“Pouco se pode esperar de alguém que só se esforça quando tem a certeza de vir a ser recompensado”.
José Ortega y Gasset
1. SISTEMAS DE GOVERNO Os Sistemas de Governo são matérias objeto do ramo científico “Ciência política”.
O sistema de governo, compreende o modo pelo qual os poderes
constituídos de um Estado se relacionam, principalmente o poder executivo e o poder legislativo.
Considerando com o grau e intensidade da separação dos
referidos poderes, tem-se desde a separação estrita entre os poderes legislativo e executivo (presidencialismo), como é exemplo os Estados Unidos, onde o chefe de governo também é chefe de Estado; até a dependência completa do governo junto ao legislativo (parlamentarismo), onde o chefe de governo e o chefe de Estado não se confundem, caso do sistema de governo do Reino Unido. 1.1 ESPÉCIES DE SISTEMA DE GOVERNO
– 1.1.1 – PRESIDENCIALISMO
– 1.1.2 – PARLAMENTARISMO
– 1.1.3 – SEMIPRESIDENCIALISMO
– 1.1.4 – PRESIDENCIALISMO DE COALIZÃO.
1.1.1 PRESIDENCIALISMO CONCEITO.
O presidencialismo é um sistema de governo no qual há uma nítida separação
dos poderes entre o executivo e o legislativo, de maneira que o poder executivo é exercido independentemente do parlamento, não é diretamente responsável perante este e não pode ser demitido em circunstâncias normais.
Presidencialismo é um sistema de governo em que um chefe de governo também
é o chefe de Estado e lidera o poder executivo, que é separado do poder legislativo e do poder judiciário.
O executivo é eleito e muitas vezes intitulado "presidente" e não é responsável
pelo legislativo e não pode, em circunstâncias normais, dissolver o parlamento.
O legislador pode ter o direito, em casos extremos, de demitir o executivo, muitas
vezes através de um processo de impeachment. No entanto, essas demissões são vistas como tão raras que não contradizem os princípios centrais deste tipo de sistema político, que, em circunstâncias normais, significa que o legislador não pode demitir o executivo. 1.1.1 PRESIDENCIALISMO 1.1.2. PARLAMENTARISMO
CONCEITO.
O parlamentarismo é um sistema de governo no qual o
poder executivo de um Estado depende do apoio direto ou indireto do parlamento, usualmente manifestado por meio de um voto de confiança.
Assim, não há uma clara separação dos poderes entre
os poderes executivo e legislativo. 1.1.2. PARLAMENTARISMO Sistema parlamentarista, sistema parlamentar ou simplesmente parlamentarismo é um sistema de governo democrático, onde o poder executivo baseia a sua legitimidade democrática a partir do poder legislativo (representado pelo parlamento nacional).
Os ramos executivos e legislativos são, portanto,
interligados nesta forma de governo.
Em um sistema parlamentarista, o chefe de Estado é
normalmente uma pessoa diferente do chefe de governo, em contraste ao sistema presidencial, onde o chefe de Estado muitas vezes é também o chefe de governo e o poder executivo não deriva a sua legitimidade democrática da legislatura. 1.1.3. SEMI-PRESIDENCIALISMO
Conceito.
Semipresidencialismo é um sistema de governo em que o
presidente partilha o poder executivo com um primeiro-ministro e um gabinete, sendo os dois últimos responsáveis perante a legislatura de um Estado.
Ele difere de uma república parlamentar na medida em que tem
um chefe de Estado eleito diretamente pela população e que é mais do que uma figura puramente cerimonial como no parlamentarismo.
O sistema também difere do presidencialismo no gabinete, que
embora seja nomeado pelo presidente, é responsável perante o legislador, o que pode obrigar o gabinete a demitir-se através de uma moção de censura. 1.1.3. SEMI-PRESIDENCIALISMO Define-se o semipresidencialismo como o sistema de governo no qual o Chefe de Estado é eleito pelo povo, reconhecendo-se assim a legitimidade democrática necessária para exercer os poderes relevantes que a Constituição lhe atribui.
Além dele, há a figura do primeiro ministro e do gabinete, que
compõ o governo, sendo este responsável politicamente perante o parlamento.
Em sentido estrito, o parlamento pode, através de uma moção de
censura, forçar a demissão do Governo(1º Ministro e Gabinete).
Difere do parlamentarismo por apresentar um chefe de Estado
com prerrogativas que o tornam muito mais do que uma simples figura protocolar ou mediador político.
Difere, também, do presidencialismo pelo fato de o governo (1º
Ministro e Gabinete) ser responsável perante o parlamento. 1.1.3. SEMI-PRESIDENCIALISMO
Num sistema semipresidencialista, a linha divisória
entre os poderes do chefe de Estado e do chefe de governo varia consideravelmente de país para país.
Há países, como a França e a Romênia, em que o
presidente é responsável pela política externa, e o primeiro- ministro, pela política interna.
Já outros, como exemplo, Portugal, a política
externa está também associada ao Ministro Dos Negócios Estrangeiros. 1.1.3. SEMI-PRESIDENCIALISMO 1.1.4. PRESIDENCIALISMO DE COALIZÃO
A expressão "presidencialismo de coalizão", criada
pelo cientista político Sérgio Henrique Abranches, caracteriza o padrão de governança brasileiro expresso na relação entre os Poderes Executivo e Legislativo.
A noção sugere a união de dois elementos - sistema
político presidencialista mais a existência de coalizões partidárias.
Esse regime de governança reserva à presidência um
papel crítico e central, no equilíbrio, gestão e estabilização da coalizão. 1.1.4. PRESIDENCIALISMO DE COALIZÃO As origens partidárias do presidente e do parlamento são desvinculadas.
As eleições parlamentares e presidenciais podem ocorrer em
datas diferentes, ou, mesmo quando a eleição é realizada na mesma data, como acontece no Brasil, o eleitor pode optar por eleger um presidente de um partido e um representante parlamentar de outra agremiação.
Assim, o presidencialismo difere do parlamentarismo justamente
pelas origens distintas dos poderes executivo e legislativo. Ao passo que, no parlamentarismo, o executivo surge da correlação de forças entre os partidos eleitos para o parlamento, no presidencialismo o executivo deriva da eleição direta do presidente pela população. 1.1.4. PRESIDENCIALISMO DE COALIZÃO A coalizão refere-se a acordos entre partidos (normalmente em torno da ocupação de cargos no governo) e alianças (dificilmente em torno de ideias ou programas) entre forças políticas para alcançar determinados objetivos.
Na maioria das vezes a coalizão é feita para sustentar um
governo, dando-lhe suporte político no legislativo (em primeiro lugar) e influenciando na formulação das políticas (secundariamente).
Em sistemas multipartidários, nos quais há mais do que dois
partidos relevantes disputando eleições e ocupando cadeiras no Congresso, dificilmente o partido do presidente terá ampla maioria no Parlamento, para aprovar seus projetos e implementar suas políticas. 1.1.4. PRESIDENCIALISMO DE COALIZÃO
Assim, alguns partidos - ou muitos, dependendo da conjuntura
política - se juntam para formar um consórcio de apoio e sustentação ao chefe de governo.
Essa prática é muito comum no sistema parlamentarista, no qual
uma coalizão interpartidária disputa as eleições para o parlamento, visando obter a maioria das cadeiras e com isso indicar ("eleger") o primeiro-ministro. OBRIGADO PELA ATENÇÃO!