Você está na página 1de 5

§ monarquia dualista: modelo de governo no qual o poder político é compartilhado

entre o rei e o parlamento, que eram forças distintas, com o monarca tentando suprimir o
parlamento, sem sucesso.
representa uma fase inicial na evolução do sistema político inglês.
reflete a luta pelo equilíbrio de poderes e a resistência contra a tentativa de concentração
do poder.

§ veto de bolso: poder do presidente, em sistemas presidenciais, de recusar a


aprovação de uma legislação ao não a assinar, mantendo-a temporariamente em
suspenso. Esta ferramenta permite a rejeição de uma medida aprovada pelo legislativo,
exercendo influência significativa sobre a formulação de políticas.
a sua recusa não é definitiva, podendo ser ultrapassada por uma maioria parlamentar.

§ impeachment: criado no contexto político britânico medieval = instrumento para


remover uma autoridade pública, devido a conduta imprópria ou violação séria da lei. Inclui
acusações formais do legislativo e um julgamento. Esta ferramenta visa garantir a
responsabilidade política.

§ governo de gestão: fase transitória entre a nomeação de um novo governo e sua


entrada em funções. ocorre quando o governo anterior é demitido ou renuncia,
aguardando a formação do novo gabinete. Durante este, as principais decisões são
adiadas.

§ moção de censura construtiva: ferramenta política apresentada pela oposição num


sistema parlamentar. Contra o governo em exercício, ela expressa desaprovação e propõe
uma alternativa para formar um novo governo.

§ sistema parlamentar de gabinete: maior prevalência do executivo + tipicamente


britânico + assenta numa conceção de bipartismo puro (1 dos partidos tem maioria
absoluta)

§ investidura parlamentar tácita: quando não se dá uma votação, por nem o governo
ter solicitado o voto de confiança nem a oposição ter apresentado uma moção de censura.

§ orleanismo: período histórico após a Revolução Francesa, caracterizado pela


restauração da monarquia na França sob a Casa de Orléans.
representou uma tentativa de reconciliação entre a monarquia e os ideais republicanos.
§ referenda ministerial: aposição da assinatura de um ministro nos atos formalmente
assinados pelo monarca. Esta responsabiliza os membros do governo e torna-os passíveis de
impeachment.

§ dissolução parlamentar: poder do chefe de Estado para dissolver o parlamento. Este


ato é frequentemente realizado com a referenda do governo e serve como um instrumento
de equilíbrio de poderes. resulta na convocação de novas eleições, proporcionando ao
povo a oportunidade de eleger um novo corpo legislativo.

§ governo de iniciativa presidencial: é um executivo que não emana de eleições


legislativas, mas sim do presidente da república, caso não haja uma maioria estável
na Assembleia da República, ou para desbloquear uma crise política.
A partir da revisão constitucional de 1982, o Governo deixou de ser responsável politicamente
perante o presidente, fazendo com que a formação de um governo de iniciativa presidencial só
seja concretizada apenas em casos excecionais, depois de esgotadas todas as outras soluções
de base parlamentar exclusiva.

§ sistema parlamentar de assembleia: maior prevalência do parlamento +


caracterizam-se pelo pluripartidismo, tornando a formação de maiorias difícil, o que exige
recurso a coligações (= junção partidária

§ aristocracia-oligarquia: Aristóteles estabelece distinções entre diferentes formas de


organização política. Aristocracia, segundo Aristóteles, refere-se a uma forma de governo
em que o poder é exercido por uma elite, enquanto oligarquia é a forma corrompida da
aristocracia, na qual um pequeno grupo controla o poder em benefício próprio.

§ separação rígida de poderes, no sistema presidencial: Montesquieu e sua defesa da


separação rígida de poderes, pode-se entender que essa ideia se refere à divisão clara e
distinta entre os poderes legislativo, executivo e judiciário num sistema presidencial.

§ investidura parlamentar: quando, devido a uma proposta de moção de rejeição do


programa (apresentada pela oposição) ou por um voto de confiança (solicitado pelo
governo), se dá uma votação.

§ coligação negativa: as partes envolvidas compartilham apenas uma oposição


comum a uma determinada política ou administração, sem necessariamente concordarem
em outros aspetos.
§ congresso (sistema norte-americano): refere-se ao órgão legislativo federal bicameral
composto pela Câmara dos Representantes e pelo Senado. A Câmara dos Representantes
é constituída por membros eleitos proporcionalmente à população de cada estado,
enquanto o Senado tem dois membros de cada estado, independentemente da sua
população. O Congresso é responsável por criar leis e aprovar o orçamento.

Esta estrutura visa equilibrar os interesses dos estados mais populosos e menos
populosos, promovendo uma representação mais equitativa.

§ veto político: poder de um líder político de rejeitar ou vetar uma legislação aprovada
pelo legislativo. é uma ferramenta crucial para o chefe de Estado influenciar a legislação,
garantindo que a implementação de leis esteja alinhada com suas prioridades políticas.

§ responsabilidade institucional do governo: refere-se à obrigação que o governo


possui perante as instituições do Estado e, indiretamente, perante a população.

§ constituição mista (Aristóteles, montesquieu): refere-se a uma forma de governo ideal


que combina elementos de monarquia, aristocracia e democracia. A intenção é evitar a
corrupção inerente a formas puras de governo, equilibrando poderes e interesses para
promover o bem comum.

§ monarquia orleanista: situação em que por força da instrumentalização política do


impeachment o gabinete do rei responde perante o parlamento.

afirma-se que o sistema presidencial favorece e propicia as situações de impasse político. explica
porquê
O sistema presidencial é propenso a situações de impasse político devido à rígida separação de poderes
entre o presidente e o legislativo. A eleição independente do presidente, com mandato fixo, pode
resultar em conflitos frequentes, dificuldade em encontrar compromissos e falta de flexibilidade para
superar impasses. A dualidade de legitimidade, a falta de mecanismos eficazes para remover o
presidente e a tendência para confrontos contribuem para a propensão a impasses. A falta de tradição de
formação de coalizões também dificulta a construção de maiorias legislativas. Em resumo, a estrutura
do sistema presidencial torna mais desafiador resolver disputas políticas e alcançar consenso.

Os sistemas políticos britânico, alemão e italiano são todos considerados parlamentares,


apesar de algumas diferenças em seus detalhes de funcionamento. A característica central que
os une é a ênfase no papel predominante do parlamento na formação e controle do governo.
Vamos analisar algumas razões que justificam essa classificação para cada um desses
sistemas:

1. Sistema Britânico:
• O Reino Unido possui um sistema parlamentar clássico. O parlamento é
composto por duas câmaras, a Câmara dos Comuns e a Câmara dos Lordes. O
chefe de governo (primeiro-ministro) é geralmente o líder do partido majoritário
na Câmara dos Comuns. O monarca é uma figura simbólica, e o governo é
politicamente responsável perante o parlamento. A dissolução do parlamento e
a convocação de novas eleições são prerrogativas do monarca, geralmente
exercidas com a recomendação do primeiro-ministro.
2. Sistema Alemão:
• A Alemanha adota um sistema parlamentar misto conhecido como sistema
misto de representação proporcional. O Bundestag (parlamento) é eleito por
sufrágio universal, e o chanceler (chefe de governo) é normalmente o líder do
partido que consegue formar uma coalizão majoritária. O presidente alemão é
uma figura cerimonial e não exerce um papel político significativo. O governo é
politicamente responsável perante o parlamento, e a falta de confiança
parlamentar pode levar à queda do governo.
3. Sistema Italiano:
• A Itália também segue um sistema parlamentar, onde o parlamento
desempenha um papel crucial. O parlamento italiano é bicameral, composto
pela Câmara dos Deputados e pelo Senado. O chefe de governo (primeiro-
ministro) é geralmente o líder do partido ou coalizão que possui maioria
parlamentar. O presidente italiano é uma figura cerimonial com poderes
limitados. O governo é politicamente responsável perante o parlamento, e a
falta de confiança pode resultar na queda do governo.

Em resumo, nos três casos, o parlamento desempenha um papel central na formação e no


controle do governo, e os chefes de governo são politicamente responsáveis perante o
parlamento. Apesar de algumas diferenças nos detalhes institucionais, a ênfase na supremacia
parlamentar é a razão pela qual esses sistemas são classificados como parlamentares.

O impeachment desempenhou um papel significativo no desenvolvimento do sistema inglês,


especialmente durante eventos como a Guerra Civil Inglesa e a Revolução Gloriosa, quando o
Parlamento usou esse mecanismo para limitar o poder monárquico. No contexto inglês, o
impeachment teve uma natureza política e contribuiu para o desenvolvimento do sistema
parlamentar, onde o governo é responsável perante o Parlamento.

Nos sistemas presidenciais, o impeachment é uma ferramenta formalizada com implicações


políticas e legais específicas. Nos sistemas presidenciais modernos, o impeachment visa
garantir checks and balances, impedindo abusos de poder e responsabilizando o chefe de
Estado por suas ações. A remoção do presidente é uma possível consequência do
impeachment, contrastando com o histórico inglês, onde a deposição do monarca nem
sempre levou à abolição da monarquia. Em resumo, o papel e as implicações do impeachment
diferem entre o sistema inglês e os sistemas presidenciais, refletindo as características únicas
de cada sistema político.

A Glorious Revolution é classificada como uma revolução conservadora devido à sua ênfase na
manutenção da ordem social existente, à conservação das instituições monárquicas e à preservação da
tradição religiosa. Em vez de buscar uma transformação radical, a revolução adaptou e modificou as
estruturas existentes para refletir as mudanças desejadas

Você também pode gostar