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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

PÓS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA 2022/2


DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

RESUMOS

Aula 2. 29/09/2022 ALUNO: HERBERT DE CAVALHO


1. Evolução do Estado, Governo e Sociedade
DALLARI, Dalmo de Abreu. Elementos de Teoria Geral do Estado, Dalmo de Abreu.
Elementos de Teoria Geral do Estado. 33. ed. São Paulo : Saraiva, 2015
Formas de Governo: Forma de Governo e Regime Político.
Simpósio 5 Classificação ds Formas de Governo. Monarquia e República. (pg. 222-
228).
MONARQUIA- A monarquia é uma forma dc governo que já foi adotada, há muitos séculos,
por quase todos os Estados do mundo. A necessidade de governos fortes favoreceu o
ressurgimento da monarquia absoluta (não sujeita a limitações jurídicas). A resistência ao
absolutismo (final do século XVIII), deu origem as monarquias constitucionais. O rei
continua governando, mas está sujeito a limitações jurídicas, estabelecidas na Constituição.
Depois disso, ainda surge o parlamentarismo pelos Estados monárquicos (sistema
parlamentar de governo, onde o monarca não mais governa, mantendo-se apenas como
Chefe de Estado. Características fundamentais da monarquia: Vitalicidade,
Hereditariedade, Irresponsabilidade (não deve satisfação ao povo). ARGUMENTOS A
FAVOR: (1) Sendo vitalício e hereditário, o monarca está acima das disputas políticas. (2) O
monarca é um fator de unidade do Estado. (3) Está à margem das disputas (estabilidade). (4)
Recebe uma educação especial, preparando-se para governar. ARGUMENTOS CONTRA: (1)
Se o monarca não governa é uma inutilidade dispendiosa. (2) Unidade e estabilidade
dependem de fator pessoal. (3) Extremamente perigoso ligar o destino do povo e do Estado
à sorte de um indivíduo e de sua família. (4) A monarquia é essencialmente
antidemocrática. REPÚBLICA - Próximo do significado de democracia (participação do povo
no governo). A ideia republicana se deu através das lutas contra a monarquia absoluta e
pela afirmação da soberania popular (MAQUIAVEL). Desde o século XVIII muitos teóricos e
líderes pregavam a abolição da monarquia, considerada um mal em si mesma, não lhes
parecendo que bastasse limitá-la por qualquer meio (CARTA DE JEFFERSON A GEORGE
WASHINGTON). A implantação do governo republicano na América comprovou a validade
do modelo e estimulou anseios republicanos em outros povos. Características
fundamentais da república: Temporariedade (Mandato), Efetividade (Sucessão por Eleição)
e Responsabilidade (Presta conta de suas ações).
O Parlamentarismo: Formação Histórica do Parlamentarismo.
Simpósio 6 Características do Parlamentarismo. Derivações do Parlamentarismo.
(p. 229-236).
O parlamentarismo teve suas características sendo definidas paulatinamente. Foi só no Sec.
XIX que seu formato se definiu, tendo a Inglaterra como modelo. Teve uma fase inicial forte
e foi perdendo prestígio e autoridade com o absolutismo. A partir de 1332 ocorre a criação
de duas Casas do Parlamento. Os barões, que eram pares do reino, continuavam a realizar
suas assembleias, às quais o clero não mais comparecia. E os cavaleiros, cidadãos
burgueses, identificados no seu conjunto pela designação de coni- moners, compuseram sua
própria assembleia, que seria a Câmara dos Comuns. De 1688 a 1714, depois de uma serie
de sucessões na monarquia inglesa, muito por conta da ausência do monarca nas decisões
de governo, ficou claramente delineado um dos pontos básicos do parlamentarismo: a
distinção entre o Chefe do Governo, que passou a ser o Primeiro-Ministro, e o Chefe do
Estado, que continuou sendo o monarca. O caso de John Wilkes na Inglaterra (sua oposição
à monarquia e suas idas e vindas a câmara dos comuns) acabou estabelecendo a supremacia
da representação popular, exatamente como também a França o desejava na mesma época.
Outro passo evolutivo foi a utilização do impeachment (afastar os ministros indesejáveis por
um processo) e o nascimento da responsabilidade política (auto demissão quando se recebe
um voto de desconfiança do parlamento). No sistema bipartidário o Primeiro-Ministro é
membro do partido que tem o maior número de representantes. Nos sistemas
pluripartidários nem sempre. Existem países onde coexistem a monarquia e o sistema
bipartidário (Inglaterra) e Estados que têm governo republicano e sistema pluripartidário.
Características do parlamentarismo: (1) Distinção entre Chefe de Estado e Chefe de
Governo. (2) Chefia do governo com responsabilidade política. (3) Possibilidade de
dissolução do Parlamento. Outros sistemas (1) Monista (Chefe de governo não exerce
funções políticas) (2) Dualista (Chefe do Estado também exercesse algumas funções
políticas). (3) Regime de Gabinete (quando o sistema é nitidamente monista e o executivo é
como um representante da maioria do Parlamento). Os defensores do parlamentarismo
consideram-no mais racional e menos personalista, porque atribui responsabilidade política
ao chefe do executivo e transfere ao Parlamento a competência para fixar a política do
Estado. Os críticos o argumentam com sua fragilidade e instabilidade, sobretudo na época
atual em que o Estado não pode ficar numa atitude passiva, de mero vigilante das relações
sociais. Para um período em que sua iniciativa é esperada e até exigida que o Estado precisa
de mais dinamismo e mais energia, que não se encontram no parlamentarismo.
Simpósio 7 O Presidencialismo: Formação Histórica do Presidencialismo.
Características do Presidencialismo. Derivações do Presidencialismo.
(p. 237-243).
Características básicas do governo presidencial: (1) O Presidente da República é Chefe do
Estado e Chefe do Governo. (2) A chefia do executivo é unipessoal. (3) O Presidente da
República e escolhido pelo povo. (4) O Presidente da República é escolhido por um prazo
determinado. (5) O Presidente da República tem poder de veto. A seu favor argumenta-se 3
coisas: (a) a rapidez no decidir e no concretizar as decisões, (b) a unidade de comando e (c)
a energia na utilização dos recursos do Estado. Argumento que se usa contra: (1) o
presidencialismo é que ele constitui uma ditadura a prazo fixo. Só se tira por impeachment
(precisa cometer crime, pode-se governar contra o povo sem cometer crime). (2) É preciso
ter relações com o legislativo. O problema é que o executivo, mais forte do que o
legislativo, cria um ditador. E, se o legislativo mais forte que o executivo, deixa o executivo
ficará cerceado, não podendo agir com eficácia, do que resulta a ineficiência do Estado.

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