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CNMP

Modelo de Ação
A) Modelo significativo de ação (teoria da ação significativa): foi desenvolvida por
Vives Antón, a partir da filosofia da linguagem (Wittgenstein) e das teorias da ação
comunicativa e do discurso (Habermas), como uma forma de crítica ao finalismo
(Welzel) e a sua estrutura ontológica. Parte do pressuposto de que as ações não são
meros acontecimentos, elas possuem um sentido (significado), por isso não basta
descrevê-las, é preciso interpretá-las. Destarte, sustenta que os fatos humanos
somente podem ser compreendidos por meio das normas, que, por serem
preexistentes, lhe conferem significado. Para a imputação de responsabilidade penal a
alguém, segundo o esquema da teoria significativa do delito, procede-se
primeiramente mediante a comprovação da uma pretensão de relevância e de
uma pretensão de ilicitude. Em seguida, investiga-se a pretensão de
reprovabilidade e, finalmente, se analisa a pretensão de punibilidade.

B) Modelo causal de ação (teoria clássica, mecanicista ou causal): idealizada por Liszt,
Beling e Radbruch, conduta é o comportamento humano voluntário que produz
modificação no mundo exterior. Não distingue a conduta dolosa da conduta culposa.
Igualmente, não explica os crimes omissivos próprios, nem os formais nem os de mera
conduta.

C) Modelo finalista de ação (teoria final): criada por Welzel, conduta é o


comportamento humano, consciente e voluntária, dirigido a um fim. Teve o mérito de
migrar dolo e culpa, que na teoria clássica residiam na culpabilidade, para o interior da
conduta (fato típico).

D) Modelo social de ação: concebida por Johannes Wessels, conduta é entendida


como o comportamento humano com transcendência social. Não basta a realização
dos elementos do tipo penal para a prática da infração penal, é preciso também a
intenção de produzir um resultado socialmente relevante.

E) Modelo funcionalista de ação: i. funcionalismo teleológico, C. Roxin (Escola de


Munique), a função do D. Penal é a proteção de bens jurídicos. ii. Funcionalismo
radical, G. Jakobs (Escola de Bonn), a função do D. Penal e a proteção da norma; iii.
Funcionalismo da Escola de Frankfurt, dirigida por Windried Hassemer, sustenta a
redução do Direito Penal ao que qualifica como direito penal nuclear, ficando uma
zona intermediária entre este direito e as contravenções, denominada direito de
intervenção, que se situa nas vizinhanças do direito administrativo sancionador
(Direito Penal nuclear x Direito de intervenção)

Breves apontamentos a respeito da Teoria Finalista:

 Foi concebida por Hans Welzel. Para ele, a "ação humana é o exercício DA
ATIVIDADADE FINAL".
 Há uma migração do dolo e culpa, deixando-se a culpabilidade para integrar o
próprio fato típico, logo, são considerados na conduta.
 Para o finalismo, o dolo é natural - dolus bonus. Por isso, o dolo é analisado
como elemento da conduta, de forma neutra.
 Passa-se a admitir participação no crime doloso, mas não no crime culposo.
 Dolo natural: faz-se parte do fato típico; dolo normativo: faz-se parte da
culpabilidade.
 A Doutrina majoritária entende que o Código Penal adotou a Teoria Finalista,
atinente à conduta.

DIREITO CONSTITUCIONAL
Nacionalidade

Art. 12. São brasileiros:

II – naturalizados:

b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do


Brasil há mais de 15 (quinze) anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que
requeiram a nacionalidade brasileira. (Redação dada pela ECR 3/1994)

a) A atribuição de nacionalidade secundária, nos termos da Constituição Federal de 1988


(CF), pode dar-se de forma expressa ou tácita. Errado

A naturalização tácita (grande naturalização ou naturalização coletiva) costuma ser


adotada quando o número de nacionais é menor que o desejado. Nesse caso, os
estrangeiros residentes que não declararem, dentro de determinado período, o ânimo
de permanecer com a nacionalidade de origem, automaticamente adquirem a
nacionalidade do país em que residem, independentemente de qualquer
requerimento.

Foi adotada nas Constituições Imperial de 1824 e na Republicana de 1891,


respectivamente, depois da proclamação da independência e da República, na
primeira em relação aos portugueses residentes no país, e na segunda em relação a
todos os estrangeiros residentes no país. A CF de 1988 não contemplou essa espécie
de naturalização. (Marcelo Novelino, Curso de Direito Constitucional, 13 ed.,
Juspodivm, Salvador, 2018, p. 540).

b) A aquisição de determinada nacionalidade não constitui, em si, um direito. Errado

A nacionalidade é um direito humano reconhecido na Declaração Universal dos


Direitos Humanos de 1948 (art. 15, 1), no Pacto Internacional sobre Direitos Civis e
Políticos (art. 24, § 3°) e em diversos outros instrumentos internacionais.

Embora não se refira de forma expressa à nacionalidade como um direito


fundamental, a CF elenca as suas hipóteses no art. 12, não se podendo afirmar que
não se trata de um direito, pois todos aqueles que se enquadrem nas situações
indicadas na Constituição podem exigir juridicamente o seu reconhecimento.

c) No Brasil, o acesso a cargos públicos, por concurso, nomeação ou eleição, é reservado a


brasileiros natos. Errado

A CF veda, de forma geral, o estabelecimento de quaisquer distinções entre brasileiros


natos e naturalizados, salvo as que ela mesma contiver. Assim, somente o acesso a
alguns cargos públicos, expressamente previstos na CF, é exclusivo a brasileiros natos,
conforme §§ 2° e 3° do art. 12, e não o acesso a todo e qualquer cargo público.

c) A Constituição Federal de 1988 (CF) adota o critério territorial de atribuição de


nacionalidade, portanto só têm nacionalidade brasileira os indivíduos nascidos em
território brasileiro, ainda que filhos de estrangeiros. Errado

A CF/88 adota os critérios territorial e sanguíneo ou biológico (jus soli e jus


sanguinis), sendo que o caso descrito na afirmativa constitui somente uma das
hipóteses de nacionalidade originária previstas no art. 12 da CF.

e) A nacionalidade primária, que se obtém por nascimento, pode decorrer de critérios


biológicos, territoriais ou mistos. Correto

No Brasil, a nacionalidade primária, também chamada de originária ou atribuída,


configura-se não só com a incidência dos critérios territorial e biológico, isoladamente,
mas também com a sua incidência de forma combinada, a depender da hipótese (art.
12, I, a, b e c, da CF), o que configura o critério misto.

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Item A (ERRADO) - "CF, Art. 37, caput: A administração pública direta e indireta de
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência e, também, ao seguinte:

V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de


cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de
carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se
apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento;"

Item B (ERRADO) - Art. 37, §10, CF prevê outras hipóteses: "É vedada a percepção
simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e
142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos
acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão
declarados em lei de livre nomeação e exoneração.

Letra E (ERRADO) - Art. 37, XVI, CF - "é vedada a acumulação remunerada de cargos
públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer
caso o disposto no inciso XI:
a) a de dois cargos de professor;

b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;

c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões


regulamentadas;"

A) Função de confiança é só para servidor EFETIVO. Cargo em comissão não precisa


ser necessariamente efetivo, só nos percentuais da lei. O macete da letra F: função de
confiança = efetivo.

C) Incorreta. A CF/88, na verdade, assegura a irredutibilidade nominal da


remuneração. A irredutibilidade real é uma garantia de preservação do valor da
remuneração de acordo com os índices inflacionários para que não haja perda do
poder aquisitivo. A polêmica envolveu o artigo 37, X, em que é assegurada a revisão
geral anual (RGA) para os servidores públicos, mediante lei de iniciativa do Executivo.
Os servidores entendem a RGA como um direito subjetivo, devendo ocorrer
anualmente e observar o índice inflacionário, e, caso o Executivo não a faça, deve
haver uma indenização pela perda salarial. A discussão foi parar no STF, que
basicamente decidiu o seguinte:

"2. O art. 37, X, da CF/1988 não estabelece um dever específico de que a


remuneração dos servidores seja objeto de aumentos anuais, menos ainda em
percentual que corresponda, obrigatoriamente, à inflação apurada no período.
Isso não significa, porém, que a norma constitucional não tenha eficácia. Ela impõe ao
Chefe do Poder Executivo o dever de se pronunciar, anualmente e de forma
fundamentada, sobre a conveniência e possibilidade de reajuste ao funcionalismo.

3. Recurso extraordinário a que se nega provimento, com a fixação da seguinte tese:


“O não encaminhamento de projeto de lei de revisão anual dos vencimentos dos
servidores públicos, previsto no inciso X do art. 37 da CF/1988, não gera direito
subjetivo a indenização. Deve o Poder Executivo, no entanto, pronunciar-se de forma
fundamentada acerca das razões pelas quais não propôs a revisão”.

Art. 37, X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do


art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a
iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma
data e sem distinção de índices;

https://dizerodireitodotnet.files.wordpress.com/2019/10/info-953-stf.pdf

a) FALSO.

Art. 19, I, CF: É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I -
estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o
funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de
dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse
público, notadamente nos setores educacional, assistencial e hospitalar.

b) VERDADEIRO.

Súmula n. 702 do STF: A competência do tribunal de justiça para julgar prefeitos


restringe-se aos crimes de competência da justiça comum estadual; nos demais
casos, a competência originária caberá ao respectivo tribunal de segundo grau.

Crime comum praticado por Prefeito - quem julga?

Crime estadual: TJ

Crime federal: TRF

Crime eleitoral: TRE

c) FALSO.

Os municípios NÃO TÊM legitimidade ativa para propor ADPF.

Os legitimados para a propositura da ADPF são os mesmos da ADI (art. 2° da Lei


9882/99), quais sejam:

I - o Presidente da República;

II - a Mesa do Senado Federal;

III - a Mesa da Câmara dos Deputados;

IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou a Mesa da Câmara Legislativa do Distrito


Federal;

V - o Governador de Estado ou o Governador do Distrito Federal;

VI - o Procurador-Geral da República;

VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;

VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;


IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

d) FALSO.

Segundo a Constituição Federal de 1988, o povo pode ter a iniciativa de projeto de


leis de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros, através da
manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado (art. 29, XIII).

e) FALSO.

STF >>> Todos os integrantes das guardas municipais possuem direito a porte de
arma de fogo, em serviço ou mesmo fora de serviço, independentemente do
número de habitantes do Município.

São inconstitucionais dispositivos do Estatuto de Desarmamento (Lei 10.826/2003) que


proibiam ou restringiam o uso de armas de fogo de acordo com o número de
habitantes das cidades.

Competências da Justiça
A) Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos
tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais.

B) Residualmente, compete à Justiça Estadual tudo o que não for de competência


das Justiças especiais ou especializadas, nem da Justiça Federal.

C) O STF reforça a ideia de afastar “a competência da Justiça do Trabalho para dirimir


os conflitos decorrentes das relações travadas entre servidores públicos e entes da
Administração à qual estão vinculados” por típica relação de ordem estatutária ou
de caráter jurídico-administrativo.

D) a Justiça Militar Estadual não julga civil, em nenhuma hipótese;

o órgão recursal que aprecia a decisão da primeira instância (Auditorias Militares


Estaduais), além de possuir competência originária, é o TJ ou o TJM (onde houver),
e não o STM.

A Justiça Militar da União, que julga os militares integrantes das Forças Armadas, em
certos casos, também poderá julgar o civil. Isso porque o art. 124 da CF/88 estabelece
competir à Justiça Militar (da União) processar e julgar os crimes militares definidos
em lei.
E) O art. 125, § 2.º, da CF/88 dispõe que caberá aos Estados a instituição de
representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou
municipais em face da CE, vedada a atribuição da legitimação para agir a um único
órgão. Quem terá competência para o julgamento será o Tribunal de Justiça do
Estado (TJ).

 Art. 61, caput, CF. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a
qualquer membro ou Comissão da Câmara do Deputados, do Senado Federal
ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal
Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos
cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.

 Artigo 128 CF, § 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa
é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização,
as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas,
relativamente a seus membros

 Quanto a alternativa D:

CONTRABANDO LEGISLATIVO – CAIU DELTA PB 2022

Durante a tramitação de uma medida provisória no Congresso Nacional, os


parlamentares poderão apresentar emendas?

Medidas provisórias poderão ser emendadas, desde que haja pertinência temática.

 Contrabando legislativo é a inclusão de matérias estranhas às medidas


provisórias editadas pelo Executivo, prática essa proibida pela Resolução
01/2002 do Congresso Nacional, conforme artigo 4º, § 4º.

Se não houver pertinência, ocorre inconstitucionalidade formal por competir


exclusivamente ao Presidente da República a iniciativa de medida provisória, que seria
usurpada quando o Congresso Nacional introduz matéria completamente nova em
projeto de lei de conversão (STF, ADI 5.127, 2015).

Portanto, tais emendas deverão ter relação de pertinência temática com a medida
provisória que está sendo apreciada. Assim, a emenda apresentada deverá ter
relação com o assunto tratado na medida provisória.
Desse modo, é incompatível com a Constituição a apresentação de
emendas sem relação de pertinência temática com medida provisória submetida à sua
apreciação.STF. Plenário. ADI 5127/DF, rel. orig. Min. Rosa Weber, red. p/ o
acórdão Min. Edson Fachin, julgado em 15/10/2015 (Info 803).

 Art. 61, caput, CF. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a
qualquer membro ou Comissão da Câmara do Deputados, do Senado Federal
ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal
Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos
cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.

 Artigo 128 CF, § 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa
é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização,
as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas,
relativamente a seus membros

 Quanto a alternativa D:

CONTRABANDO LEGISLATIVO – CAIU DELTA PB 2022

Durante a tramitação de uma medida provisória no Congresso Nacional, os


parlamentares poderão apresentar emendas?

Medidas provisórias poderão ser emendadas, desde que haja pertinência temática.

 Contrabando legislativo é a inclusão de matérias estranhas às medidas


provisórias editadas pelo Executivo, prática essa proibida pela Resolução
01/2002 do Congresso Nacional, conforme artigo 4º, § 4º.

Se não houver pertinência, ocorre inconstitucionalidade formal por competir


exclusivamente ao Presidente da República a iniciativa de medida provisória, que seria
usurpada quando o Congresso Nacional introduz matéria completamente nova em
projeto de lei de conversão (STF, ADI 5.127, 2015).

Portanto, tais emendas deverão ter relação de pertinência temática com a medida
provisória que está sendo apreciada. Assim, a emenda apresentada deverá ter
relação com o assunto tratado na medida provisória.
Desse modo, é incompatível com a Constituição a apresentação de
emendas sem relação de pertinência temática com medida provisória submetida à sua
apreciação.STF. Plenário. ADI 5127/DF, rel. orig. Min. Rosa Weber, red. p/ o
acórdão Min. Edson Fachin, julgado em 15/10/2015 (Info 803).

Controle de Constitucionalidade
ERRADO - "A procuradoria jurídica estadual ou municipal possui legitimidade para
interpor recurso em face de acórdão de tribunal de justiça proferido em
representação de inconstitucionalidade. STF. Plenário. ARE 873804 AgR-segundo-ED-
EDv-AgR/RJ, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 13/10/2022 (Info 1072)."

B) ERRADO - "É irrecorrível a decisão que indefere o pedido de ingresso na condição de


amicus curiae. A diretriz vigora também relativamente a processos de índole subjetiva
(RE 1017365 AgR, Relator(a): EDSON FACHIN, Tribunal Pleno, DJe de 24/9/2020). STF.
Plenário. Inq 4888 AgR, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 22/08/2022.

C) ERRADO - "Exige-se quórum de MAIORIA ABSOLUTA dos membros do STF para


modular os efeitos de decisão proferida em julgamento de recurso extraordinário
repetitivo, com repercussão geral, no caso em que NÃO tenha havido declaração de
inconstitucionalidade da lei ou ato normativo.

Qual é o quórum para que o STF, no julgamento de recurso extraordinário repetitivo, com
repercussão geral reconhecida, faça a modulação dos efeitos da decisão?

• Se o STF declarou a lei ou ato inconstitucional: 2/3 dos membros.

• Se o STF não declarou a lei ou ato inconstitucional: maioria absoluta.

STF. Plenário. RE 638115 ED-ED/CE, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 18/12/2019
(Info 964)."

D) CERTO - "A arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) é


instrumento eficaz de controle da inconstitucionalidade por omissão. A ADPF
pode ter por objeto as omissões do poder público, quer totais ou parciais, normativas
ou não normativas, nas mesmas circunstâncias em que ela é cabível contra os atos em
geral do poder público, desde que essas omissões se afigurem lesivas a preceito
fundamental, a ponto de obstar a efetividade de norma constitucional que o consagra.
STF. Plenário. ADPF 272/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 25/3/2021 (Info 1011)."

E) ERRADO - "Ausente alteração substancial no conteúdo do ato normativo


questionado, superveniente alteração meramente redacional não implica prejuízo ao
exame do mérito. ADI 3534, Relator (a): Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado
em 10/10/2019.
 PARA COMPLEMENTAR:

Podem ser impugnados, por meio de ADPF:

a) atos omissivos e comissivos; atos administrativos. Ato normativo municipal e


distrital.

b) atos do Poder Público de qualquer esfera da federação;

c) atos de efeitos concretos ou singulares, incluindo DECISÕES JUDICIAIS (ADPF


101\DF);

d) atos normativos secundários; e) atos anteriores à Constituição de 1988 (atos pré-


constitucionais);

f) atos normativos JÁ REVOGADOS (ADPF 33\PA e ADPF 84)

g) ato normativo de eficácia exaurida (ADPF 77\DF)"

h) para questionar a interpretação dada a um dispostivo constitucional (ADPF 216).

 A arguição por descumprimento de preceito fundamental somente é


cabível: quando não houver outro meio eficaz de sanar a lesividade (artigo
4º, § 1º, da Lei federal 9.882/1999).
 No âmbito da ADPF, conforme entendimento do STF, constituem matéria
relacionada a preceito fundamental: os princípios fundamentais, os direitos
e garantias fundamentais, as cláusulas pétreas, os princípios sensíveis.

 Já foi cobrado em 2021: É possível que seja proposta ADPF contra súmula
vinculante)?

R: NÃO. A arguição de descumprimento de preceito fundamental não é a via adequada


para se obter a interpretação, a revisão ou o cancelamento de súmula vinculante. (STF.
Plenário. ADPF 147-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em
24/03/2011. ATENÇÃO!!!!! Contra súmula abstrata e genérica é cabível, quando
satisfeito o requisito da subsidiariedade. STF. Plenário ADPF 501-AgR, Rel. para
acórdão Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 14/09/2020.

Compete ao CNMP
Compete ao CNMP dirimir conflitos de atribuições entre membros do MPF e de
Ministérios Públicos estaduais. STF. Plenário. ACO 843/SP, Rel. para acórdão Min.
Alexandre de Moraes, julgado em 05/06/2020. STF. Plenário. Pet 4891, Rel. Marco
Aurélio, Relator p/ Acórdão Alexandre de Moraes, julgado em 16/06/2020 (Info 985 –
clipping).

Existem 4 (quatro) hipóteses de conflito de atribuições entre membros dos Ministérios


Públicos:

1) Quando o conflito for entre promotores de justiça de um mesmo Estado = quem


decide é o Procurador-Geral de Justiça (PGJ);

2) Quando o conflito for entre procuradores da república = quem decide é a Câmara


de Coordenação e Revisão (órgão colegiado do MPF);

3) Quando o conflito for entre dois ramos diferentes do MPU, por exemplo, entre o
procurador do MPT e o procurador do MPF = quem decide é o Procurador-Geral da
República (PGR);

4) Quando o conflito for entre o MPE x MPF ou entre Ministérios Públicos de Estados
diferentes = quem decide é o CNMP.

Obs.: a decisão que resolve o conflito de atribuição não vincula o Poder Judiciário,
portanto, após ser decidido quem é o promotor ou procurador que deve atuar no
caso, ainda assim o magistrado poderá declinar de sua competência se entender que
não é competente para o conhecimento da demanda.

Art. 128. O Ministério Público abrange:

II - as seguintes vedações:

a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou


custas processuais;

b) exercer a advocacia;

c) participar de sociedade comercial, na forma da lei; III - exercer o comércio ou


participar de sociedade comercial, exceto como cotista ou acionista;

d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de
magistério;

e) exercer atividade político-partidária;


f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas,
entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei.

Quanto à alínea e) acima, veja: há quem defenda que a redação da alínea acima é
inconstitucional, pois afronta cláusula pétrea, na medida em que retira a capacidade
eleitoral passiva dos membros do MP. Ademais, a CF, no art. 64, §4, IV, veda, em
razão de ser cláusula pétrea, a extinção de direitos e garantias fundamentais.

 COTA DE TELA

O que é?

R: É a obrigatoriedade de se exibir filmes nacionais em cinemas brasileiros.

São constitucionais a cota de tela, consistente na obrigatoriedade de exibição de filmes


nacionais nos cinemas brasileiros, e as sanções administrativas decorrentes de sua
inobservância. A denominada “cota de tela” promove intervenção voltada a viabilizar a
efetivação do direito à cultura, sem, por outro lado, atingir o núcleo dos direitos à livre
iniciativa, à livre concorrência e à propriedade privada, apenas adequando as liberdades
econômicas à sua função social. STF. Plenário. RE 627432/RS, Rel. Min. Dias Toffoli,
julgado em 18/3/2021 (Repercussão Geral – Tema 704) (Info 1010).

Qual objetivo?

R: Viabilizar o direito à cultura, respeitando à livre concorrência e a propriedade


privada, fomentando o cinema nacional brasileiro (ANCINE).

LETRA A (CORRETA) - "São constitucionais a cota de tela, consistente na


obrigatoriedade de exibição de filmes nacionais nos cinemas brasileiros, e as
sanções administrativas decorrentes de sua inobservância. A denominada “cota de
tela” promove intervenção voltada a viabilizar a efetivação do direito à cultura, sem, por
outro lado, atingir o núcleo dos direitos à livre iniciativa, à livre concorrência e à
propriedade privada, apenas adequando as liberdades econômicas à sua função social.
STF. Plenário. RE 627432/RS, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 18/3/2021
(Repercussão Geral – Tema 704) (Info 1010)."

Letra B (INCORRETA) - "Art. 176, §4º, CF. Não dependerá de autorização ou


concessão o aproveitamento do potencial de energia renovável de capacidade reduzida."

Letra C (INCORRETA) - "Art. 164, caput, CF. A competência da União para emitir
moeda será exercida exclusivamente pelo banco central."

Letra D (INCORRETA) - "Art. 164, § 1º, CF. É vedado ao banco central conceder,
direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou
entidade que não seja instituição financeira."

Letra E (INCORRETA) - "Art. 174, caput, CF. Como agente normativo e regulador da
atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização,
incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para
o setor privado."

A) art. 182, § 1º: o plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para
cidades COM MAIS DE 20 MIL HABITANTES, é o instrumento básico da política de
desenvolvimento e de expansão urbana.

B) CORRETA: "O STF entendeu, portanto, que a CF/88 não proíbe que sejam oferecidas
aulas de uma religião específica, que ensine os dogmas ou valores daquela religião.
Não há qualquer problema nisso, desde que se garanta oportunidade a todas as
doutrinas religiosas". - STF. Plenário. ADI 4439/DF, rel. orig. Min. Roberto Barroso,
red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 27/9/2017 (Info 879).

C) Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem
localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho
escravo na forma da lei serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a
programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário e
sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que couber, o disposto
no art. 5º.

D) art. 231, § 2º: As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua
posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e
dos lagos nelas existentes.

E) Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela


necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por
objetivos:

Letra A - "Sociedade de economia mista, cuja participação acionária é negociada em


Bolsas de Valores, e que, inequivocamente, está voltada à remuneração do capital de
seus controladores ou acionistas, não está abrangida pela regra de imunidade tributária
prevista no art. 150, VI, “a”, da Constituição, unicamente em razão das atividades
desempenhadas. STF. Plenário. RE 600867, Rel. Joaquim Barbosa, Relator p/ Acórdão
Luiz Fux, julgado em 29/06/2020 (Repercussão Geral – Tema 508) (Info 993 –
clipping).

Letra B - Súmula Vinculante 31: "É inconstitucional a incidência do imposto sobre


serviços de qualquer natureza - ISS sobre operações de locação de bens móveis."

Letra C - Súmula Vinculante 19: "A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços
públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes
de imóveis não viola o artigo 145, II, da Constituição Federal."
A Constituição Federal (art. 145, II) autoriza a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios a instituírem taxas, em razão do exercício do poder de
polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e
divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição

Letra D - Súmula Vinculante 29: "É constitucional a adoção, no cálculo do valor de


taxa, de um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto,
desde que não haja integral identidade entre uma base e outra.

Letra E (CORRETA) - "A imunidade tributária prevista no art. 150, VI, “d”, da
Constituição Federal, não abarca o maquinário utilizado no processo de produção
de livros, jornais e periódicos. A imunidade tributária visa à garantia e efetivação da
livre manifestação do pensamento, da cultura e da produção cultural, científica e
artística. Assim, é extensível a qualquer material assimilável a papel utilizado no
processo de impressão e à própria tinta especial para jornal, mas não é aplicável aos
equipamentos do parque gráfico, que não são assimiláveis ao papel de impressão,
por não guardarem relação direta com a finalidade constitucional do art. 150, VI,
“d”, da CF/88. STF. 1ª Turma. ARE 1100204/SP, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/
o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 29/5/2018 (Info 904)."

A imunidade tributária prevista no art. 150, VI, “d”, da Constituição Federal, não
abarca o maquinário utilizado no processo de produção de livros, jornais e
periódicos. A imunidade tributária visa à garantia e efetivação da livre manifestação do
pensamento, da cultura e da produção cultural, científica e artística. Assim, é extensível
a qualquer material assimilável a papel utilizado no processo de impressão e à própria
tinta especial para jornal, mas não é aplicável aos equipamentos do parque gráfico, que
não são assimiláveis ao papel de impressão, por não guardarem relação direta com a
finalidade constitucional do art. 150, VI, “d”, da CF/88. STF. 1ª Turma. ARE
1100204/SP, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes,
julgado em 29/5/2018 (Info 904).

Exemplos dessa imunidade: Quando o livro sai da gráfica, não paga IPI; quando é
vendido pela livraria, não paga ICMS; quando é importado, não paga Imposto de
Importação.

Imunidade incondicionada: A norma constitucional que prevê a imunidade cultural é


dotada de eficácia plena e aplicabilidade imediata, não precisando de lei para
regulamentá-la. Por essa razão, é classificada como uma imunidade incondicionada (não
depende do preenchimento de nenhuma condição prevista em lei, bastando ser livro,
jornal, periódico ou o papel destinado à sua impressão).

➥ O conceito de livro deve ser utilizado em sentido amplo. Assim, incluem-se aqui os
manuais técnicos e as apostilas (STF RE 183.403/SP).
➥ A imunidade tributária constante do art. 150, VI, “d”, da Constituição Federal (CF),
aplica-se ao livro eletrônico (“e-book”), inclusive aos suportes exclusivamente
utilizados para fixá-lo. STF. Plenário. RE 330817/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado
em 8/3/2017 (repercussão geral) (Info 856).

➥ A imunidade da alínea “d” do inciso VI do art. 150 da CF/88 alcança componentes


eletrônicos destinados, exclusivamente, a integrar unidade didática com fascículos. STF.
Plenário. RE 595676/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 8/3/2017 (repercussão
geral) (Info 856).

➥ Súmula 657-STF: A imunidade prevista no art. 150, VI, “d”, da Constituição Federal
abrange os filmes e papeis fotográficos necessários à publicação de jornais e periódicos.

ESTADO DE DEFESA/SITIO

Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: IV - aprovar o estado de


defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma
dessas medidas;

Art. 90. Compete ao Conselho da República pronunciar-se sobre: I - intervenção


federal, estado de defesa e estado de sítio; art. 91. § 1º Compete ao Conselho de Defesa
Nacional: II - opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da
intervenção federal;

Art. 136, § 3º Na vigência do estado de defesa: III - a prisão ou detenção de qualquer


pessoa não poderá ser superior a dez dias, salvo quando autorizada pelo Poder
Judiciário;

Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, I, só
poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas:

I - obrigação de permanência em localidade determinada;

II - detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns;

III - restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das


comunicações, à prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e
televisão, na forma da lei;

IV - suspensão da liberdade de reunião;

V - busca e apreensão em domicílio;


VI - intervenção nas empresas de serviços públicos;

VII - requisição de bens.

Parágrafo único. Não se inclui nas restrições do inciso III a difusão de pronunciamentos
de parlamentares efetuados em suas Casas Legislativas, desde que liberada pela
respectiva Mesa.

Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o


Conselho de Defesa Nacional, Solicitar ao Congresso Nacional autorização para
decretar o estado de Sítio nos casos de:

I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a


ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa;

II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.

A vigência de estado de sítio permite a imposição de restrições relativas à liberdade de


imprensa, radiodifusão e televisão, inclusive no que se refere à difusão de
pronunciamentos de parlamentares efetuados em suas Casas
Legislativas, ainda que liberada pela respectiva Mesa. A vigência de estado de sítio
permite a imposição de restrições relativas à liberdade de imprensa, radiodifusão e
televisão, não se incluindo nestas a difusão de pronunciamentos de parlamentares
efetuados em suas Casas Legislativas, desde que liberada pela respectiva Mesa

NO ESTADO DE DEFESA = Pres. DECRETA = CN APROVA

(24h sub /dur 30+30 dias / até 10 dias preso)

Ø Decretado ou prorrogado o Pres. Rep. -> PRAZO de 24h para submeter o ATO e a
JUSTIFICATIVA ao CN que decidirá por MAIORIA ABSOLUTA caso o CN esteja
em recesso no prazo de 5 dias.

Ø Congresso Nacional apreciará o decreto dentro de 10 dias contados de seu


recebimento

Ø TEMPO DE DURAÇÃO: Não superior a 30 DIAS podendo


ser PRORROGADO uma vez, POR IGUAL PERÍODO.
Ø Prisão neste período não superior a 10 dias salvo quando autorizada pelo Judiciário;

CASOS PARA O ESTADO DE DEFESA:

PRESERVAR ou prontamente RESTABELECER, em locais restritos e determinados,


a ORDEM PÚBLICA ou a PAZ SOCIAL ameaçadas por grave e
iminente INSTABILIDADE INSTITUCIONAL ou atingidas
por CALAMIDADES de grandes proporções na natureza.

______________________________________________________________________

ESTADO DE (SSSSS)ÍTIO = Press. (SSS)OLICITA ao CN. = CN AUTORIZA

Ø Para ser decretado ou prorrogado relatará os motivos determinantes do pedido

Ø O decreto indicara: TEMPO DE DURAÇÃO, NORMAS DE EXECUÇÃO e


GARANTIAS CONSTITUCIONAIS SUSPENSAS

Ø TEMPO DE DURAÇÃO: POR TODO O TEMPO QUE PERDURAR A


GUERRA OU A AGRESSÃO ARMADA

ESTRANGEIRA.

Não podendo ser por mais de 30 dias ou prorrogado por igual período.

PROCESSO CIVIL

Alternativa correta: Letra "E"

Fundamentação:

 Art. 5º, § 5º, da Lei n.° 7.347/85:

§ 5º Admitir-se-á o litisconsórcio facultativo entre os Ministérios Públicos da União,


do Distrito Federal e dos Estados na defesa dos interesses e direitos de que cuida esta
lei.

 Parque Nacional é uma espécie de unidade de conservação, sendo


regulamentada pela Lei nº 9.985/2000.
 O Parque Nacional integra o grupo das Unidades de Proteção Integral (art. 8º,
III).

 O MPF possui legitimidade para propor, na Justiça


Federal ação civil pública que vise à proteção de zona de amortecimento de
parque nacional, ainda que a referida área não seja de domínio da União. STJ.
2ª Turma. AgRg no REsp 1373302-CE, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em
11/6/2013 (Info 526).
 A) ERRADO - "O MPF possui legitimidade para propor, na Justiça Federal, ação
civil pública que vise à proteção de zona de amortecimento de parque nacional,
ainda que a referida área não seja de domínio da União. STJ. 2ª Turma. AgRg no
REsp 1373302-CE, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 11/6/2013 (Info
526)."
 B) ERRADO - Jurisprudência em Teses do STJ, Ed. 25, Processo Coletivo III, Tema
10): "10) Os efeitos e a eficácia da sentença no processo coletivo não
estão circunscritos a lindes geográficos, mas aos limites objetivos e subjetivos
do que foi decidido."
 "O STF decidiu que é inconstitucional a delimitação dos efeitos da sentença
proferida em sede de ação civil pública aos limites da competência territorial
de seu órgão prolator: I - É inconstitucional o art. 16 da Lei nº 7.347/85, alterada
pela Lei nº 9.494/97. II - Em se tratando de ação civil pública de efeitos
nacionais ou regionais, a competência deve observar o art. 93, II, da Lei nº
8.078/90 (CDC). III - Ajuizadas múltiplas ações civis públicas de âmbito nacional
ou regional, firma-se a prevenção do juízo que primeiro conheceu de uma
delas, para o julgamento de todas as demandas conexas. STF. Plenário. RE
1101937/SP, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 7/4/2021 (Repercussão
Geral – Tema 1075) (Info 1012)."
 C) ERRADO - Mesma fundamentação do item A.
 Não obstante, para fins de conhecimento, a pegadinha da questão está no fato
de que, caso não se tratasse da situação excepcional de Parque Nacional (logo,
competência da Justiça Federal), a comarca de Manaus somente seria foro
competente nas Ações Civis Públicas quando o dano for de âmbito regional ou
nacional, apesar disso, o caso em questão trata-se de dano local. A grosso
modo, temos:
 dano local: o dano ou risco de dano limitar-se ao território de determinado
foro (competência: Juízo do foro atingido)
 dano regional: dano ou ameaça apresenta-se sobre várias comarcas/foros de
um mesmo Estado (competência: Juízo do foro da capital do Estado atingido ou
do DF, se este estiver envolvido/atingido).
 dano nacional: dano ou ameaça de dano que abranger diversas
localidades/comarcas em mais de um Estado da Federação. Há quem defenda
que, além da abrangência, o dano ou ameaça deve ter impacto relevante para
o País (competência: Juízo do foro das capitais de quaisquer dos Estados e do
DF (a competência territorial é concorrente).
 Art. 93, I e II, CDC: "Art. 93. Ressalvada a competência da Justiça Federal, é
competente para a causa a justiça local:
 I - no foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano, quando de âmbito
local;
 II - no foro da Capital do Estado ou no do Distrito Federal, para os danos de
âmbito nacional ou regional, aplicando-se as regras do Código de Processo Civil
aos casos de competência concorrente."
 D) ERRADO - Tranquilamente respondida com os comentários dos itens A e C.
 I Reconheceu a prescrição do pedido A.
 A decisão interlocutória que afasta (rejeita) a alegação de prescrição é
recorrível, de imediato, por meio de agravo de instrumento com fundamento
no art. 1.015, II, do CPC/2015. Isso porque se trata de decisão de mérito.
 Embora a ocorrência ou não da prescrição ou da decadência possam ser
apreciadas somente na sentença, não há óbice para que essas questões
sejam examinadas por intermédio de decisões interlocutórias, hipótese
em que caberá agravo de instrumento com base no art. 1.015, II, do
CPC/2015, sob pena de formação de coisa julgada material sobre a
questão.
 STJ. 3ª Turma. REsp 1.738.756-MG, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em
19/02/2019 (Info 643
 II Julgou liminarmente improcedente o pedido B, por falta de previsão
legal.
 É possível que, na inicial, o autor cumule dois pedidos: um deles versa sobre
questão exclusivamente de direito, e a respeito dela já existe súmula ou
julgamento repetitivo; o outro versa sobre questão de fato, ou questão de
direito não sumulada nem decidida em julgamento repetitivo. Nada obsta que
o juiz, de plano, julgue improcedente o primeiro pedido e determine o
prosseguimento do processo e a citação do réu em relação ao segundo. Não
haverá sentença de improcedência liminar, mas decisão interlocutória de
improcedência liminar, contra a qual caberá agravo de instrumento. O
julgamento parcial de algum dos pedidos cumulados na petição inicial
configura decisão interlocutória que decide o mérito, devendo ser
impugnada por meio de agravo de instrumento (art. 1015, II e 354,
parágrafo único, CPC/2015). SOUZA, Adailton Alves de. O julgamento de
improcedência liminar nos códigos de processo civil de 1973 e 2015. Revista Jus
Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 25, n. 6282, 12 set. 2020. Disponível
em: . Acesso em: 25 fev. 2023.
 III Indeferiu o pedido de tutela provisória quanto ao pedido C,
determinando que a instrução processual prosseguisse apenas em
relação a esse pedido.
 Art. 1.015. CPC Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias
que versarem sobre: I - tutelas provisórias;
 IV Determinou a exclusão da agência estadual, por ilegitimidade passiva,
e o prosseguimento do processo apenas em relação à empresa
fornecedora de água e esgoto.
 Art. 1.015. CPC Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias
que versarem sobre: VII - exclusão de litisconsorte;
 ATENÇÃO: Não cabe agravo de instrumento contra decisão de indeferimento
do pedido de exclusão de litisconsorte. STJ. 3ª Turma. REsp 1.724.453-SP, Rel.
Min. Nancy Andrighi, julgado em 19/03/2019 (Info 644).Juiz MANTEVE o
litisconsorte: Não cabe agravo de instrumento.

Questão muito bem feita!

Contra improcedência liminar do pedido cabe APELAÇÃO.

Contra julgamento antecipado do mérito cabe AGRAVO DE INSTRUMENTO.

Contra decisão interlocutória acerca da tutela provisória e exclusão de litisconsorte


cabe AGRAVO DE INSTRUMENTO.

Como o processo não foi integralmente extinto, sendo certo que continuou em relação
ao pedido "C", eu entendo que se trata de decisão interlocutória que se refere ao
mérito do processo (decisão interlocutória mista terminativa), destarte, o recurso
cabível é o AGRAVO DE INSTRUMENTO, em relação ao pedido "C" o MP tem
legitimidade para interpor agravo de instrumento, com fundamento no art. 1.015, I, do
CPC.

DIREITO PENAL E PROCESSO PENAL

GABARITO DADO COMO CORRETO LETRA “C” - ATENÇÃO!

A – INCORRETA: O art. 92, inciso II, do CP trata de um dos efeitos de natureza


específica e extrapenal da condenação criminal, prevendo o seguinte: “são também
efeitos da condenação a incapacidade para o exercício do poder familiar, da tutela ou
da curatela nos crimes DOLOSOS sujeitos à pena de reclusão cometidos contra
outrem igualmente titular do mesmo poder familiar, contra filho, filha ou outro
descendente ou contra tutelado ou curatelado”. Logo, não se aplica a crime culposo,
conforme constou na premissa.

B – INCORRETA: A alternativa disse, de forma abrangente e sem exceções, que o


confisco consiste na perda de QUALQUER dos produtos, proveitos e instrumentos do
crime, deixando de ressalvar o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé, não
observando, portanto, o art. 91, inciso II, do CP, que assim dispõe: “são efeitos da
condenação a perda em favor da União, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro
de boa-fé, dos instrumentos do crime (...).

C – ALTERNATIVA DADA COMO CORRETA: Segundo Cleber Masson: "A perda de bens
e valores e o confisco não se confundem. Aquela é uma pena restritiva de direitos (CP, art.
45, § 3º), ao passo que este é efeito genérico e automático da condenação (CP, art. 91,
inciso II). O confisco incide sobre os instrumentos ou sobre o produto do crime, de cunho
ilícito, enquanto a perda de bens e valores recai sobre o patrimônio lícito do
condenado" (Cleber Masson, Direito Penal, 16ª edição, pg. 651).
Portanto, se o confisco difere da perda de bens e valores (espécie de PRD), é errado
dizer que o confisco pode ser previsto como pena, notadamente por serem institutos
jurídicos diferentes.

D – INCORRETA: Os efeitos extrapenais genéricos decorrem de qualquer condenação


criminal, dispensando previsão expressa na sentença penal. São consequências
extrapenais genéricas previstas no CP aquelas constantes no art. 91 e seus incisos
(tornar certa a reparação do dano e confisco pela União).

E – INCORRETA: Os efeitos extrapenais específicos da


condenação NÃO necessariamente precisam ser pleiteados na inicial acusatória,
contudo, necessitam ser motivadamente declarados na sentença. Art. 92, parágrafo
único, do CP – os efeitos de que trata este artigos não são automáticos, devendo ser
motivadamente declarados na sentença.

Nesse sentido: “No que se refere à perda do cargo público, consignou-se a


desnecessidade de vir prevista na denúncia, posto que decorre de previsão legal
expressa, nos termos do artigo 92 do Código Penal. (STJ - AgRg no REsp: 1924174 RS
2021/0054309-3, Relator: Ministro JOEL ILAN PACIORNIK, Data de Julgamento:
07/12/2021, T5 - QUINTA TURMA, Data de Publicação: DJe 10/12/2021).

"Não é imprescindível que a possibilidade de perda do cargo público conste da


denúncia, porquanto decorrente de previsão legal expressa, como efeito da
condenação, nos termos do art. 92 do CP”. ( HC 305.500/SP, Rel. Ministro ROGERIO
SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em 04/10/2016)".

Conceitue no âmbito do Direito Penal e diferencie os conceitos de confisco-pena


e confisco-efeito, apontando hipóteses de incidência destes institutos.

O confisco na forma de pena é uma modalidade de pena restritiva de direito,


consubstanciada na perda de valores e bens, cuja base legal encontra previsão no art.
5º, inciso XLVI, alínea “b” da CF e artigo 43, inciso II, do CP. Trata-se de uma pena
autônoma, por força da disposição do artigo 44 do CP, cuja finalidade precípua é de
substituir a pena restritiva de liberdade. Haverá perda de bens e valores de forma
direta, ou seja, em detrimento da pena propriamente dita. Tal modalidade pode
aparecer também no preceito secundário de determinados delitos, como no art. 244-A
do ECA e LD, art. 60.

Já o confisco como forma de efeito é uma consequência/efeito da condenação, é a


perda do produto ou proveito do crime em favor do ente estatal. Base legal: art. 91, II
e 91-A do CP.

Portanto, enquanto o primeiro é uma pena em si, o segundo trata-se do efeito da


condenação.
MARIA DA PENHA

) STJ Info 731 - 2022: A Lei Maria da Penha é aplicável às mulheres


trans em situação de violência doméstica, porque o critério é
o gênero que não se confunde com o sexo.

b) Art. 9, § 1º O juiz determinará, por prazo certo, a inclusão da mulher em


situação de violência doméstica e familiar no cadastro de programas assistenciais
do governo federal, estadual e municipal.

c) Art. 9, § 4º Aquele que, por ação ou omissão, causar lesão, violência física, sexual
ou psicológica e dano moral ou patrimonial a mulher fica obrigado a ressarcir
todos os danos causados, inclusive ressarcir ao Sistema Único de Saúde (SUS), de
acordo com a tabela SUS, os custos relativos aos serviços de saúde prestados para o
total tratamento das vítimas em situação de violência doméstica e familiar,
recolhidos os recursos assim arrecadados ao Fundo de Saúde do ente federado
responsável pelas unidades de saúde que prestarem os serviços.

§ 6º O ressarcimento de que tratam os §§4º e 5º deste artigo não poderá importar


ônus de qualquer natureza ao patrimônio da mulher e dos seus dependentes, nem
configurar atenuante ou ensejar possibilidade de substituição da pena aplicada.

d) É desnecessária, portanto, a demonstração específica da subjugação


feminina para que seja aplicado o sistema protetivo da Lei Maria da Penha. Isso
porque a organização social brasileira ainda é fundada em um sistema hierárquico
de poder baseado no gênero, situação que o referido diploma legal busca coibir."
(AgRg no REsp 1931918/GO, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI
CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em 28/09/2021, DJe 30/09/2021).

GABARITO E Art. 9º § 2º LMP- O juiz assegurará à mulher em situação de violência


doméstica e familiar, para preservar sua integridade física e psicológica: II
- manutenção do vínculo trabalhista, quando necessário o afastamento do local de
trabalho, por até seis meses.

Todavia.. (RESP 1757775 )

Mulheres vítimas de violência doméstica que necessitam se afastar do


trabalho usufruem analogicamente do:

 AUXÍLIO DOENÇA, DEVENDO A EMPRESA PAGAR OS 15 PRIMEIROS DIAS e O


INSS o restante – RESP 1757775
 Súmula 536 STJ - A suspensão condicional do processo e a transação
penal não se aplicam na hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria
da Penha.
 Aprofundamento: O crime de lesão corporal leve, no âmbito doméstico e
familiar, cometido em detrimento da mulher, enseja a propositura de ação
penal pública incondicionada, conforme a súmula 524 do STJ:
 SÚMULA 589 - STJ: É inaplicável o princípio da insignificância nos crimes ou
contravenções penais praticados contra a mulher no âmbito das relações
domésticas.
 E) SÚMULA 588 - STJ: A prática de crime ou contravenção penal contra a
mulher com violência ou grave ameaça no ambiente
doméstico impossibilita a substituição da pena privativa de liberdade por
restritiva de direitos.
 JURISPRUDÊNCIA EM TESES DO STJ, Ed. 41, 11: O crime de lesão
corporal, ainda que leve ou culposo, praticado contra a mulher no âmbito das
relações domésticas e familiares, deve ser processado mediante ação
penal pública incondicionada.
 STJ: Lei Maria da Penha é aplicável à violência contra mulher trans
 STJ: A aplicação da circunstância agravante prevista no art. 61, II, “f”, do Código
Penal – contra criança, maior de 60 anos, enfermo ou mulher grávida – de
modo conjunto com outras disposições da Lei Maria da Penha, NÃO
acarreta bis in idem.
 Info 657 A reconciliação entre a vítima e o agressor, no âmbito da
violência doméstica e familiar contra a mulher, não é fundamento
suficiente para afastar a necessidade de fixação do valor mínimo para
reparação dos danos causados pela infração penal.
 STJ, AgRg no HC 661757 – violência contra a mulher: Para a configuração
do crime de ameaça, não é necessário que a mulher vítima de violência
sinta-se ameaçada ou intimidada pelas palavras ditas pelo autor. (Artigo
147 do CP, trata-se de crime formal).
 STJ, CC 156284 Em caso de ameaça por redes sociais ou pelo whatsapp, o
juízo competente para deferir as medidas protetivas de urgência é aquele
do local no qual a mulher tomou conhecimento das intimidações.
 STJ, 6ªT, Info. 625: NÃO caracteriza bis in idem o reconhecimento das
qualificadoras de motivo torpe e de feminicídio no crime de homicídio
praticado contra mulher em situação de violência doméstica e familiar.
(Motivo torpe: natureza Subjetiva, feminicídio: natureza objetiva).
 A prática de contravenção penal, no âmbito de violência doméstica, não é
motivo idôneo para justificar a prisão preventiva do autor desse tipo de
infração, mesmo em caso de descumprimento da medida protetiva imposta a
ele.

Letra A: INCORRETA. No concurso entre agravantes e atenuantes, a atenuante


da confissão espontânea deve preponderar sobre a agravante da dissimulação, nos
termos do art. 67 do Código Penal. STJ. 6ª Turma. HC 557224-PR, Rel. Min.
Antonio Saldanha Palheiro, julgado em 16/08/2022 (Info 745).

Letra B: CORRETA. Para mim, haveria necessidade de outros dados para


constatar a inexistência de subordinação entre os eventos. Porém, ao que parece, o
fato de as armas terem sido encontradas em momento posterior aos crimes contra
a vida, caracteriza um novo contexto fático (a conduta de portar arma ilegalmente
não pode ser absorvida pelo crime de homicídio, quando restar evidenciada a
existência de crimes autônomos, sem nexo de dependência ou subordinação – STJ
em 27/08/2013).

Letra C: INCORRETA. O art. 71 do CP, autoriza expressamente a continuidade


delitiva inclusive nos crimes cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa
(crime continuado específico).

Letra D: INCORRETA. Prevalece o crime de tentativa de homicídio.

Letra E: INCORRETA. As duas armas encontradas eram de uso permitido, razão


pela qual se verifica a existência de crime única.

Homicídio praticado com arma de fogo --> “a conduta de portar arma ilegalmente
não pode ser absorvida pelo crime de homicídio, quando restar evidenciada a
existência de crimes autônomos, sem nexo de dependência ou subordinação”. –
STJ em 27/08/2013.

Delimitadas as teses jurídicas para os fins dos arts. 927, III, 1.039 e seguintes do
CPC/2015 :

A) Caso o casal tenha sido flagrado antes de efetuar a primeira venda da droga, é
cabível a configuração do crime de associação para o tráfico na modalidade tentada.

é necessária a demonstração da estabilidade e da permanência da associação para


a condenação pelo crime do artigo 35 da Lei 11.343/2006.

HC 721.055.

-------------------------------------------------------------------
C) para a aplicação da causa de diminuição de pena no crime de tráfico é necessário que
o agente seja primário, de bons antecedentes, não integre organização criminosa nem se
dedique a atividades criminosas. Se o autor do tráfico também se associou para cometê-
lo, caracterizando-se o crime do art. 35 da Lei nº 11.343/06, que exige um ajuste prévio
e duradouro com tal finalidade, é evidente que o último dos requisitos mencionados não
pode ser considerado atendido. Sobre o tema, decidiu o STJ: “Conforme mansa
orientação jurisprudencial desta Corte, a condenação pelo crime de associação para o
tráfico configura circunstância que, por si só, constitui óbice à concessão da minorante
do § 4º do art. 33 da Lei de Drogas” (AgInt no HC 467.201/SP, j. 12/03/2019).

---------------------------------------------------------------

D) Não se pode referendar uma condenação por associação para o tráfico


pautada apenas em ilações a respeito do local em que apreendidas as drogas
etiquetadas e os petrechos comumente utilizados na endolação de entorpecentes,
pois isso equivaleria a validar a adoção de uma seleção criminalizante norteada pelo
critério espacial, em que as vilas e favelas são mais frequentemente percebidas como
"lugares de tráfico", em razão das representações desses espaços territoriais como
necessariamente associados ao comércio varejista de drogas (KONZEN, Lucas P.;
GOLDANI, Julia M. "Lugares de tráfico": a geografia jurídica das abordagens policiais
em Porto Alegre. Revista Direito GV [online]. 2021, v. 17, n. 3.). Admitir-se que o
simples fato de o flagrante ter ocorrido em comunidade dominada por facção criminosa
– e não em outros locais da cidade – comprove, ipso facto, a prática do crime em
comento significa, em última instância, inverter o ônus probatório e atribuir prova
diabólica de fato negativo à Defesa, pois exige-se, de certo modo, que o Acusado
comprove que não está envolvido com facção criminosa.

STJ.

----------------------------------------------------------------

E) Para o STJ, condenação pelo crime de associação para o tráfico exige prova robusta
de vínculo permanente entre os envolvidos.

STJ: suspeito fumando maconha da janela x inviolabilidade domiciliar:

A do Superior Tribunal de Justiça () proferiu decisão entendendo que o fato dos


policiais militares avistarem suspeito fumando cigarro de maconha na janela de seu
apartamento não confere a eles fundadas suspeitas de que há prática de no local,
e nem motivo para invadir a residência sem autorização judicial. 2023
Jurisprudência em Teses do STJ:

 É inviável a aplicação da causa especial de diminuição de pena prevista no


§ 4º do art. 33 da Lei n. 11.343/2006 quando há condenação simultânea do
agente nos crimes de tráfico de drogas e de associação para o tráfico, por
evidenciar a sua dedicação a atividades criminosas ou a sua participação
em organização criminosa.

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Requisitos para que essa associação de duas ou mais pessoas seja crime:

a) estável;

b) permanente;

c) destinada à prática de tráfico de drogas próprio (art. 33, caput) ou equiparado (art.
33, § 1º) ou tráfico de maquinário (art. 34).

 Segundo o STJ, “esse crime reclama concurso de duas ou mais pessoas de


forma estável ou permanente, ligadas pelo animus associativo dos agentes,
não se confundindo com a simples coautoria.” (HC 149.330-SP, Rel. Min. Nilson
Naves, julgado em 6/4/2010).

Adendo:

Segundo o STJ e o STF, para configuração do tipo de associação para o tráfico, é


necessário que haja estabilidade e permanência na associação criminosa. Dessa
forma, é atípica a conduta se não houver ânimo associativo permanente (duradouro),
mas apenas esporádico (eventual).

STJ. 5ª Turma. HC 248844/GO, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 21/05/2013.

STJ. 6ª Turma. HC 139942-SP, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em
19/11/2012.

A) art. 292 do Código de Trânsito, “A suspensão ou a proibição de se obter a permissão


ou a habilitação para dirigir veículo automotor pode ser imposta isolada ou
cumulativamente com outras penalidades”.

--------------------------------------------------------------------------------

B) Não é agravante, mas causa de aumento de pena.

Art. 302, § 1No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é
aumentada de 1/3 (um terço) à metade, se o agente:

II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;


----------------------------------------------------------------------------------------------

C) A doutrina considera uma forma qualificada!

Art. 303, § 2 A pena privativa de liberdade é de reclusão de dois a cinco anos, sem
prejuízo das outras penas previstas neste artigo, se o agente conduz o veículo com
capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra
substância psicoativa que determine dependência, e se do crime resultar lesão
corporal de natureza grave ou gravíssima.

-------------------------------------------------------------------------------

D) Art. 294. Em qualquer fase da investigação ou da ação penal, havendo necessidade


para a garantia da ordem pública, poderá o juiz, como medida cautelar, de ofício, ou a
requerimento do Ministério Público ou ainda mediante representação da autoridade
policial, decretar, em decisão motivada, a suspensão da permissão ou da habilitação
para dirigir veículo automotor, ou a proibição de sua obtenção.

------------------------------------------------------------------------------

E) É constitucional a imposição da pena de suspensão de habilitação para dirigir


veículo automotor ao motorista profissional condenado por homicídio culposo no
trânsito.

(RE 607107, Relator(a): Min. ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, julgado em


12/02/2020, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-088 DIVULG 13-04-2020 PUBLIC 14-04-2020)

ATENÇÃO: Apesar de a questão não ter sido expressa, ela exigiu a literalidade do CTB.
Porém, se a questão envolver entendimento jurisprudencial, vale lembrar que o Juiz
não pode mais decretar essas medidas cautelares de ofício, em razão das alterações
trazidas pelo PAC, ainda que se trate de previsão em lei especial. Afinal, o STJ já decidiu
que nem mesmo as previsões específicas de atuação de ofício do Juiz em matéria de
medida protetiva da Lei Maria da Penha subsistem em razão do PAC.

C- No caso de lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, a circunstância


de o agente conduzir o veículo com capacidade psicomotora alterada em razão da
influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência
constitui causa especial de aumento de pena.

GABARITO: ERRADO

Lesão corporal grave ou gravíssima + Embriaguez= Qualificadora.

Lesão corporal leve + Embriaguez= Concurso de crimes entre os dois crimes.


Art. 303. Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor: Penas -
detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se obter a
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.

§ 2 A pena privativa de liberdade é de reclusão de dois a cinco anos, sem prejuízo das
outras penas previstas neste artigo, se o agente conduz o veículo com capacidade
psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância
psicoativa que determine dependência, e se do crime resultar lesão corporal de
natureza grave ou gravíssima.

GABARITO - A

A) dolosos.

Tais crimes estão previstos nos arts. 130 a 136, dos crimes de perigo sendo que
não há previsão de delito culposo.

---------------------------------------------------------

B) processados mediante ação penal pública incondicionada. (ERRADO)

Um bom exemplo é o crime de Perigo de contágio venéreo ( Art. 130, CP)

Art. 130, § 2º - Somente se procede mediante representação.

---------------------------------------------------------

c) da modalidade qualificada pelo resultado morte.(ERRADO)

Crimes qualificados pelo resultado é termo usado para designar crimes em que há
um tipo derivado, com pena mais grave, em razão da ocorrência de um resultado que
não faz parte do tipo básico.

--------------------------------------------------------------

d) comissivos.

A omissão de socorro, 135, é classificada como omissivo próprio.

--------------------------------------------------------------------------

E de perigo concreto. .(ERRADO)

Os delitos deste capítulo se consumam com a mera exposição do bem jurídico


penalmente tutelado a uma situação de perigo, ou seja, basta a probabilidade de
dano.
4.1. O período de recolhimento obrigatório noturno e nos dias de folga, por
comprometer o status libertatis do acusado deve ser reconhecido como período a
ser detraído da pena privativa de liberdade e da medida de segurança, em
homenagem aos princípios da proporcionalidade e do non bis in idem.

4.2. O monitoramento eletrônico associado, atribuição do Estado, não é condição


indeclinável para a detração dos períodos de submissão a essas medidas cautelares,
não se justificando distinção de tratamento ao investigado ao qual não é determinado e
disponibilizado o aparelhamento.

Detração é o cômputo, na pena privativa de liberdade e na medida de segurança, do


tempo de prisão provisória, no Brasil ou no exterior, de prisão administrativa ou de
internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou estabelecimento
semelhante.

4.3. As horas de recolhimento domiciliar noturno e nos dias de folga devem ser
convertidas em dias para contagem da detração da pena. Se no cômputo total
remanescer período menor que vinte e quatro horas, essa fração de dia deverá ser
desprezada.

5. Recurso especial provido para que o período de recolhimento domiciliar noturno e


nos dias de folga obrigatório da recorrente seja detraído da pena que lhe foi imposta, nos
moldes delineados.

(REsp n. 1.977.135/SC-INFO 758 STJ-, relator Ministro Joel Ilan Paciornik, Terceira
Seção, julgado em 23/11/2022, DJe de 28/11/2022.)

Art. 387, § 2º O tempo de prisão provisória, de prisão administrativa ou de internação,


no Brasil ou no estrangeiro, será computado para fins de determinação do regime
inicial de pena privativa de liberdade. (Incluído pela Lei 12.736/2012)
Jurisprudência relacionada:

 Se a sentença deixar de fazer a detração por não ter o condão de alterar o


regime de cumprimento de pena, haverá nulidade? R: Não. De acordo com
o Superior Tribunal de Justiça, não viola o art. 387, § 2º, do Código de Processo
Penal a sentença que deixa de fazer a detração, quando o desconto do tempo
de prisão cautelar não teria o condão de alterar o regime inicial de
cumprimento de pena fixado ao réu. (STJ. 6ª Turma. REsp 1843481/PE, Rel. Min.
Rogerio Schietti Cruz, DJe de 14/12/2021)
 O tempo de recolhimento domiciliar também pode ser considerado para a
detração? R: Sim. De acordo com o Superior Tribunal de Justiça, a soma das
horas de recolhimento domiciliar a que o réu foi submetido devem ser
convertidas em dias para contagem da detração da pena. E se no cômputo
total remanescer período menor que 24 (vinte e quatro) horas, essa fração de
dia deverá ser desprezada. (STJ. REsp 1977135-SC, julgado em 23/11/2022 –
Recursos Repetitivos – Tema 1155)
 O monitoramento eletrônico associado é condição indeclinável para a
detração? R: Não. De acordo com o Superior Tribunal de Justiça, o
monitoramento eletrônico associado, atribuição do Estado, não é condição
indeclinável para a detração dos períodos de submissão a essas medidas
cautelares, não se justificando distinção de tratamento ao investigado ao qual
não é determinado e disponibilizado o aparelhamento. (STJ. REsp 1977135-SC,
julgado em 23/11/2022 – Recursos Repetitivos – Tema 1155)

a) Súmula 639-STJ: Não fere o contraditório e o devido processo decisão que, sem
ouvida prévia da defesa, determine transferência ou permanência de custodiado em
estabelecimento penitenciário federal..

b) É reconhecida a retroatividade do patamar estabelecido no art. 112, V, da LEP,


incluído pela Lei nº 13.964/2019, àqueles apenados que, embora tenham cometido
crime hediondo ou equiparado sem resultado morte, não sejam reincidentes em
delito de natureza semelhante. STJ. 3ª Seção. REsp 1910240-MG, Rel. Min. Rogerio
Schietti Cruz, julgado em 26/05/2021 (Recurso Repetitivo – Tema 1084) (Info 699).

c) A competência dos juízes da execução penal para a fiscalização e interdição dos


estabelecimentos prisionais tem natureza administrativa. Logo, a competência para
apreciar o recurso é da Primeira Seção do STJ, que julga os feitos relativos a direito
público em geral. STJ. Corte Especial. CC 170111/DF, Rel. Min. Francisco Falcão, julgado
em 17/03/2021 (Info 689).

d) O Juízo da Execução pode promover a retificação do atestado de pena para constar


a reincidência, com todos os consectários daí decorrentes, ainda que não esteja
reconhecida expressamente na sentença penal condenatória transitada em julgado.
STJ. 3ª Seção. EREsp 1.738.968-MG, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 27/11/2019 (Info
662).

e) Súmula-STJ nº 192 – SÚMULA 192. COMPETE AO JUÍZO DAS EXECUÇÕES PENAIS


DO ESTADO a execução das penas impostas a sentenciados pela Justiça Federal,
Militar ou Eleitoral, quando recolhidos a estabelecimentos sujeitos à administração
estadual.

caindo muito:

 A jurisprudência atual do Superior Tribunal de Justiça não admite a execução


provisória de pena restritiva de direitos, por força do disposto no art. 147, da
Lei de Execução Penal.
 O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal – STF, autorizou
que presas transexuais e travestis com identidade de gênero feminino tenham
direito a optar por cumprir penas em presídio feminino ou masculino, no qual
serão mantidas em área reservada, como garantia de segurança
 CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Exigência de cumprimento de 1/6 da
pena para trabalho externo aplica-se apenas ao fechado. Buscador Dizer o
Direito, Manaus. Disponível em: <>. Acesso em: 10/11/2022
 O STJ, contudo, entende que eventuais horas extras devem ser computadas
quando excederem a oitava hora diária, hipótese em que se admite o cômputo
do excedente para fins de remição de pena.
 HC 355.674/RS STJ - Os presos em regime semiaberto não necessitam cumprir
o tempo de 1/6 da pena para a realização do trabalho externo.
 RE 171.3617/RS STJ - A prática de falta grave não acarreta a alteração da data-
base para fins de saída temporária e trabalho externo.
 Súmula 439 STJ - Admite-se o exame criminológico pelas peculiaridades do
caso, desde que em decisão motivada.
 Súmula 533 STJ - Para o reconhecimento de falta disciplinar, é necessária a
instauração do PAD, assegurado o direito de defesa realizado por advogado.
 RE 972.598/RS STF - Não é necessária a realização do PAD para aplicação de
falta grave, quando há audiência de justificação, realizada com a participação
do MP e da defesa.
 segundo o STJ, eventual decisão de manutenção do monitoramento por meio
de tornozeleira eletrônica sem fundamentação concreta evidenciaria
constrangimento ilegal ao apenado.
 STJ: Não é admitida a remição ficta, pois a remição não pode ser aplicada fora
das hipóteses elencadas no art. 126 (só se admite remição decorrente do
trabalho ou estudo efetivamente realizado)
 STJ: O fato de o estabelecimento penal assegurar a atividades laborais e a
educação formal não impede a remição por leitura e resenha de livros
 STJ: O rol das atividades consideradas para remição não é taxativo. O
reeducando tem direito à remição de sua pena pela atividade musical realizada
em coral.
 STJ: É possível a remissão na hipótese de aprovação no ENEM diante do
aproveitamento de estudo realizado durante a execução da pena
 STJ: Prática esportiva não é válida para fins de remição
 A violação comprovada dos deveres do condenado quanto à monitoração
eletrônica não poderá acarreta a conversão da pena restritiva de direitos em
pena privativa de liberdade.
 OUTRA OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: A falta de estabelecimento penal
adequado não autoriza a manutenção do condenado em regime prisional mais
gravoso, tendo em vista a violação aos princípios da individualização da pena e
da legalidade (artigo 5º, incisos XLVI e XXXIX, da Constituição Federal). Processo
2240844-76.2020.8.26.0000

A audiência de justificação serve para "justificar" (daí o nome) um fato perante um


magistrado e pode ser usada em todo tipo de pedido no qual há tutela provisória. Em
migalhas, é uma "ajuda" para convencer o juiz a conceder a liminar por meio da prova
oral

192. COMPETE AO JUÍZO DAS EXECUÇÕES PENAIS DO ESTADO a execução


das penas impostas a sentenciados pela Justiça Federal, Militar ou Eleitoral, quando
recolhidos a estabelecimentos sujeitos à administração estadual

quanto ao item B, está errado pq a falta grave interrompe o prazo para a progressão de
regime.

quanto ao item C, está errado pq quem concede é o juiz, vejamos: S 520 STJ - O
benefício de saída temporária no âmbito da execução penal é ato jurisdicional
insuscetível de delegação à autoridade administrativa do estabelecimento prisional.

quanto ao item d, GABARITO CORRETO, conforme juris:

A inexistência de estabelecimento penal adequado ao regime prisional determinado para


o cumprimento da pena não autoriza a concessão imediata do benefício da prisão
domiciliar, porquanto, nos termos da Súmula Vinculante n. 56, é imprescindível que a
adoção de tal medida seja precedida das providências estabelecidas no julgamento do
RE 641.320/RS, quais sejam: (...)

saída temporária

 não precisa ter um comportamento bom, basta ser adequado.


 para ser beneficiado precisa Compatibilidade do benefício com os objetivos da
pena.

 juiz da execução

 reserva jurisdicional indelegável

 cumprimento de 1/6 para primário

 cumprimento de 1/4 para reincidente

 são coisas boas (estudar, visitar a família e datas comemorativas)

 SEMIABERTO APENAS (menor que 8 anos) se tiver preso não é


reincidente é a mesma pena e soma

art, 117. somente se admitirá o recolhimento beneficiário do regime aberto em


residência particular quando se tratar de:

 condenado maior de 70 anos;

 condenado acometido com doença grave;

 condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental;

 condenada gestante

CPP

Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente
for:

I - maior de 80 (oitenta) anos;

II - extremamente debilitado por motivo de doença grave;

III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou
com deficiência;

IV - gestante;
V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;

VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze)
anos de idade incompletos.

juris

 STJ - INFO742 - 2022: A concessão de prisão domiciliar às genitoras de


menores de até 12 anos incompletos é legalmente presumida, não estando
condicionada à comprovação da imprescindibilidade dos cuidados maternos

 STJ - INFO733 - 2022: A apreensão de grande quantidade e variedade de


drogas não impede a concessão da prisão domiciliar à MÃE de filho menor
de 12 anos se não demonstrada situação excepcional de prática de delito
COM violência ou grave ameaça OU contra seus filhos (art. 318-A do CPP)

 STJ - INFO657 - 2019: Reeducando, em prisão domiciliar, PODE ser autorizado


a se ausentar de sua residência para frequentar culto religioso no período
noturno.

 O simples fato de a mulher ser reincidente não faz com que ela perca o direito à
prisão domiciliar. STF. 2ª Turma. HC 143641/SP. Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, julgado em 20/2/2018 (Info 891

 RE 171.3617/RS STJ - A prática de falta grave não acarreta a alteração da data-


base para fins de saída temporária e trabalho externo.

 HC 355.674/RS STJ - Os presos em regime semiaberto não necessitam cumprir


o tempo de 1/6 da pena para a realização do trabalho externo.

 O STJ- art. 117 da Lei de Execuções Penais estabeleça como requisito para a
concessão de prisão domiciliar o cumprimento da pena no regime prisional
aberto, é possível a extensão do benefício aos Condenados recolhidos no regime
fechado ou semiaberto desde que demonstrada a excepcionalidade

Incorreta. Conforme recente entendimento do STF, a justa causa, exigência legal para o
recebimento da denúncia, instauração e processamento da ação penal, é formada por três
componentes indispensáveis: a tipicidade, a punibilidade e a viabilidade (existência de
fundados indícios de autoria). Presentes os três elementos, não há que se falar em
ausência de justa causa. Os requisitos para o oferecimento de proposta de transação
penal são outros (art. 76, §2º, Lei n.º 9.099/95). Ademais, a transação penal não
constitui direito subjetivo do acusado, mas poder-dever do Ministério Público, a quem
cabe, com exclusividade, analisar a possibilidade de aplicação deste instituto. Eventual
discordância do juiz quanto ao não oferecimento da proposta será resolvida com a
aplicação analógica do art. 28 do CPP.

b) Correta. Súmula n. 337 do STJ: É cabível a suspensão condicional do processo na


desclassificação do crime e na procedência parcial da pretensão punitiva.

c) Incorreta. Art. 75, Parágrafo único (Lei n.º 9.099/95): O não oferecimento da
representação na audiência preliminar não implica decadência do direito, que poderá ser
exercido no prazo previsto em lei.

d) Incorreta. Os Juizados Especiais Criminais são dotados de competência relativa para


julgamento das infrações penais de menor potencial ofensivo, razão pela qual se permite
que essas infrações sejam julgadas por outro juízo com vis atractiva para o crime de
maior gravidade, pela conexão ou continência, observados, quanto àqueles, os institutos
despenalizadores, quando cabíveis. STF. Plenário. ADI 5264/DF, Rel. Min. Cármen
Lúcia, julgado em 4/12/2020 (Info 1001).

e) Incorreta. Art. 63 (Lei n.º 9.099/95): A competência do Juizado será determinada


pelo lugar em que foi praticada a infração penal.

Súmula n. 337 do STJ : "É cabível a suspensão condicional do processo na


desclassificação do crime e na procedência parcial da pretensão punitiva.

EXTRA EXTRA

O QUE É SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO?????????????????????????

Suspensão condicional do processo é:

- um instituto despenalizador

- oferecido pelo MP ou querelante ao acusado

- que tenha sido denunciado por crime cuja pena mínima seja igual ou inferior a 1 ano

e que não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime,
- desde que presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional
da pena (art. 77 do Código Penal).

Previsão legal

A suspensão condicional do processo está prevista no art. 89 da Lei nº 9.099/95. No


entanto, vale ressaltar que não se aplica apenas aos processos do juizado especial
(infrações de menor potencial ofensivo), mas sim em todos aqueles cuja pena mínima
seja igual ou inferior a 1 ano, podendo, portanto, a pena máxima ser superior a 2
anos.

Requisitos

Para que seja possível a proposta de suspensão condicional do processo é necessário


o preenchimento dos seguintes requisitos:

1) o réu deve estar sendo acusado por crime cuja pena mínima é igual ou inferior a 1
ano;

2) o réu não pode estar sendo processado ou ter sido condenado por outro crime;

3) devem estar presentes os demais requisitos que autorizam a suspensão condicional


da pena, previstos no art. 77 do Código Penal.

Trata-se da redação do art. 89 da Lei nº 9.099/95:

Art. 89. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano,
abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá
propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não
esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os
demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do
Código Penal).

2° SURSI PROCESSUAL: Disposta na lei 9099, se aplica a todas as infrações cuja


pena MÍNIMA cominada seja igual ou inferior a 1 ano

Suspensão condicional da PENA: cabível na Maria da Penha / incabível em Drogas

NÃO impede a concessão da suspensão condicional da pena:

a) condenação a PENA de MULTA


b) ser primário OU reincidente em crime CULPOSO

c) crimes cometidos com VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA À PESSOA.

D) crime da LEI MARIA DA PENHA

Substituição por restritiva de direitos: incabível na Maria da penha/cabível em


Drogas

A) Havendo requerimento próprio neste sentido, a intimação efetivada por meio


eletrônico do Ministério Público não viola sua prerrogativa de ser pessoalmente
intimado. (STJ - Info 757)

B) O juiz tem poderes diante da omissão de alegações finais para oportunizar à parte a
substituição do causídico ou, na inércia, para requerer que a defensoria pública ofereça
as alegações finais. (STJ - Info 715)

C) O réu delatado deve ter a oportunidade de se manifestar após o decurso do prazo


concedido ao réu que o delatou. (STF - Info 1078)

D) Em caso de emendatio libelli é desnecessário o aditamento à denúncia. (STJ - Info


761)

E) Não há nulidade na formulação de quesito a respeito do dolo eventual, quando a


defesa apresenta tese no sentido de desclassificar o crime para lesão corporal
seguida de morte, ainda que a questão não tenha sido discutida em plenário. (STJ -
Info 757)

Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença:

[...]

VIII - que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a punibilidade;

IX - que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra causa


extintiva da punibilidade.
A) Art. 367. O processo seguirá sem a presença do acusado que, citado ou intimado
pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo justificado, ou, no caso
de mudança de residência, não comunicar o novo endereço ao juízo.

B) É possível a utilização de WhatsApp para a citação de acusado, desde que sejam


adotadas medidas suficientes para atestar a autenticidade do número telefônico, bem
como a identidade do indivíduo destinatário do ato processual.

STJ. 5ª Turma. HC 641877/DF, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 09/03/2021 (Info
688).

C) Art. 368. Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, será citado mediante
carta rogatória, suspendendo-se o curso do prazo de prescrição até o seu cumprimento.

D) Súmula 707, STF. Constitui nulidade a falta de intimação do denunciado para


oferecer contrarrazões ao recurso interposto da rejeição da denúncia, não a
suprindo a nomeação de defensor dativo. (GABARITO)

E) Art. 362. Verificando que o réu se oculta para não ser citado, o oficial de justiça
certificará a ocorrência e procederá à citação com hora certa, na forma estabelecida
nos .

A) ERRADO - Trata-se de rol taxativo, segundo o STF: "A decretação de prisão


temporária somente é cabível quando: (i) for imprescindível para as investigações do
inquérito policial; (ii) houver fundadas razões de autoria ou participação do indiciado;
(iii) for justificada em fatos novos ou contemporâneos; (iv) for adequada à gravidade
concreta do crime, às circunstâncias do fato e às condições pessoais do indiciado; e (v)
não for suficiente a imposição de medidas cautelares diversas. STF. Plenário. ADI
3360/DF e ADI 4109/DF, Rel. Min. Carmen Lúcia, redator para o acórdão Min. Edson
Fachin, julgados em 11/2/2022 (Info 1043)."

B) ERRADO - Art. 1º, II, Lei 7.960/89: "Art. 1° Caberá prisão temporária: II - quando o
indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao
esclarecimento de sua identidade;"

O inciso II do artigo 1º da Lei 7.960/89 não se trata de requisito necessário para a


decretação da prisão temporária nem pode ser utilizado isoladamente para se
decretar a custódia de ninguém. O STF explicou que esse inciso II do art. 1º da Lei nº
7.960/89, mostra-se dispensável ou, quando interpretado isoladamente, é
inconstitucional. Isso porque ou a circunstância de o representado não possuir
residência física evidência de modo concreto que a prisão temporária é imprescindível
para as investigações (inciso I) ou não se pode decretar a prisão pelo simples fato de
que alguém não possui endereço fixo.
Nesse sentido, não é constitucional a decretação da prisão temporária quando se
verificar, por exemplo, apenas uma situação de vulnerabilidade econômico-social –
pessoas em situação de rua, desabrigados – por violação ao princípio constitucional da
igualdade em sua dimensão material. ADI 3360/DF e ADI 4109/DF, Rel. Min. Carmen
Lúcia, redator para o acórdão Min. Edson Fachin, julgados em 11/2/2022 (Info 1043).

Fonte dos itens A e B (comentário completo do julgado pelo Dizer o Direito):


https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/9bb6dee73b8b0ca
97466ccb24fff3139

C) ERRADO - "A prática de atos infracionais anteriores serve para justificar a


decretação ou manutenção da prisão preventiva como garantia da ordem pública,
considerando que indicam que a personalidade do agente é voltada à criminalidade,
havendo fundado receio de reiteração. Não é qualquer ato infracional, em qualquer
circunstância, que pode ser utilizado para caracterizar a periculosidade e justificar a
prisão antes da sentença. É necessário que o magistrado examine três condições: a) a
gravidade específica do ato infracional cometido, independentemente de equivaler a
crime considerado em abstrato como grave; b) o tempo decorrido entre o ato
infracional e o crime em razão do qual é decretada a preventiva; e c) a comprovação
efetiva da ocorrência do ato infracional. STJ. 3ª Seção. RHC 63855-MG, Rel Min. Nefi
Cordeiro, Rel. para acórdão Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 11/5/2016 (Info
585)."

A prática de contravenção penal, no âmbito de violência doméstica, não é motivo


idôneo para justificar a prisão preventiva do réu. O inciso III do art. 313 do CPP prevê
que será admitida a decretação da prisão preventiva “se o CRIME envolver violência
doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa
com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência”. Assim,
a redação do inciso III do art. 313 do CPP fala em CRIME (não abarcando contravenção
penal). Logo, não há previsão legal que autorize a prisão preventiva contra o autor de
uma contravenção penal. Decretar a prisão preventiva, nesta hipótese, representa
ofensa ao princípio da legalidade estrita. STJ. 6ª Turma. HC 437.535-SP, Rel. Min. Maria
Thereza de Assis Moura, Rel. Acd. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 26/06/2018
(Info 632).

PRISÃO PREVENTIVA:

 JUIZ NÃO DECRETA DE OFÍCIO


 2P ➜ pode durante a fase de IP e Ação Penal
 •Decretada a prisão preventiva, deverá o órgão emissor da decisão revisar
a necessidade de sua manutenção a CADA 90 DIAS
 Não há rol taxativo de crimes

PRISÃO TEMPORÁRIA:
 JUIZ NÃO DECRETA DE OFÍCIO
 1P ➜ INQUÉRITO POLICIAL
 CRIMES COMUNS: 5 DIAS + 5 (única vez)
 CRIMES HEDIONDOS/EQUIPARADOS: 30 + 30 (única vez)
 Há rol taxativo de crimes

Maria Da Penha:

 Aprofundamento:
 O crime de lesão corporal leve, no âmbito doméstico e familiar, cometido em
detrimento da mulher, enseja a propositura de ação penal pública
incondicionada, conforme a súmula 524 do STJ:
 SÚMULA 588 - STJ: A prática de crime ou contravenção penal contra a mulher
com violência ou grave ameaça no ambiente doméstico impossibilita a
substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.
 JURISPRUDÊNCIA EM TESES DO STJ, Ed. 41, 11: O crime de lesão
corporal, ainda que leve ou culposo, praticado contra a mulher no âmbito das
relações domésticas e familiares, deve ser processado mediante ação
penal pública incondicionada.
 STJ: A aplicação da circunstância agravante prevista no art. 61, II, “f”, do Código
Penal – contra criança, maior de 60 anos, enfermo ou mulher grávida – de
modo conjunto com outras disposições da Lei Maria da Penha, NÃO
acarreta bis in idem.
 Para a configuração do crime de ameaça, não é necessário que a mulher
vítima de violência sinta-se ameaçada ou intimidada pelas palavras ditas
pelo autor. (Artigo 147 do CP, trata-se de crime formal).
 Em caso de ameaça por redes sociais ou pelo whatsapp, o juízo
competente para deferir as medidas protetivas de urgência é aquele do
local no qual a mulher tomou conhecimento das intimidações.
 Súmula 536. A suspensão condicional do processo e a transação
penal não se aplicam na hipótese de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da
Penha.
 Suspensão condicional da PENA: cabível na Maria da Penha / incabível em
Drogas
 Substituição por restritiva de direitos: incabível na Maria da penha / cabível
em Drogas

desobediência medida protetiva

>>>Nos termos do novo artigo 24-A, pune-se com pena de detenção de três meses a
dois anos, a conduta de “descumprir decisão judicial que defere medidas protetivas
de urgência previstas em lei”

>>> STJ Descumprir medida protetiva não configura delito de desobediência. O


descumprimento injustificado de medida protetiva imposta judicialmente com base
na Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06) não configura o delito
de desobediência disposto no CP.
>>> o crime do art. 24-A da Lei Maria da Penha tem pena máxima de 2 anos,
mas não admite fiança concedida pela autoridade policial. (JUIZ ARBITRA)

>>> único crime de detenção

A (ERRADA)

Transitada em julgado a sentença de impronúncia, obsta-se nova denúncia ou queixa


sobre o mesmo fato.

(CPP) Art. 414. Não se convencendo da materialidade do fato ou da existência de


indícios suficientes de autoria ou de participação, o juiz, fundamentadamente,
impronunciará o acusado.

Parágrafo único. Enquanto não ocorrer a extinção da punibilidade, poderá ser


formulada nova denúncia ou queixa se houver prova nova.

B (ERRADA)

Contra a sentença de impronúncia, é cabível a interposição de recurso em sentido estrito.

(CPP) Art. 416. Contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária


caberá apelação

C (ERRADA)

Ao encerrar a primeira fase do procedimento especial do tribunal do júri, demonstrada a


inimputabilidade do agente, ainda que a defesa suscite outras teses defensivas para
exame do conselho de sentença, o juiz, fundamentadamente, deverá proferir sentença de
absolvição sumária imprópria.

(CPP) Art. 415. O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando:

[...] IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime.

Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV do caput deste artigo ao caso de
inimputabilidade prevista no caput do art. 26 do Decreto-Lei n 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 – Código Penal, salvo quando esta for a única tese defensiva.

D (CORRETA)

Ao encerrar a primeira fase do procedimento especial do tribunal do júri, o juiz poderá


dar ao fato definição jurídica diversa da constante da acusação, embora o acusado
fique sujeito a pena mais grave.

(CPP) Art. 418. O juiz poderá dar ao fato definição jurídica diversa da constante
da acusação, embora o acusado fique sujeito a pena mais grave.
E (ERRADA)

Preclusa a decisão de pronúncia, havendo circunstância superveniente que altere a


classificação do crime, não será mais possível o aditamento da denúncia pelo Ministério
Público.

(CPP) Art. 421. Preclusa a decisão de pronúncia, os autos serão encaminhados ao juiz
presidente do Tribunal do Júri.

§ 1º Ainda que preclusa a decisão de pronúncia, havendo circunstância superveniente


que altere a classificação do crime, o juiz ordenará a remessa dos autos ao Ministério
Público.

LEI 12.850/13

Art. 4º O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial, reduzir
em até 2/3 (dois terços) a pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de
direitos daquele que tenha colaborado efetiva e voluntariamente com a investigação e
com o processo criminal, desde que dessa colaboração advenha um ou mais dos
seguintes resultados:

I - a identificação dos demais coautores e partícipes da organização criminosa e


das infrações penais por eles praticadas;

Art. 4º § 4º Nas mesmas hipóteses do caput deste artigo, o Ministério Público poderá
deixar de oferecer denúncia se a proposta de acordo de colaboração referir-se a
infração de cuja existência não tenha prévio conhecimento e o colaborador:

I - não for o líder da organização criminosa;

II - for o primeiro a prestar efetiva colaboração nos termos deste artigo.

Complementando:

 Informativo 814, STF: Não há violação da Súmula Vinculante nº 14 quando o juiz


não permite que réu colaborador tenha acesso a depoimentos outros colhidos
e que não digam respeito aos fatos imputados a ele, colaborador, máxime
se o teor de tais depoimentos ainda se encontra sob apuração.

 O delatado possui o direito de ter acesso às declarações prestadas pelos


colaboradores que o incriminem, desde que já documentadas e que não se
refiram à diligência em andamento que possa ser prejudicada. STF. 2ª Turma.
Rcl 30742 AgR/SP, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 4/2/2020 (Info
965).
 “O Plenário deste Supremo Tribunal Federal assentou a INEXISTÊNCIA de
conexão necessária entre o delito de organização criminosa e os demais
eventualmente praticados no seu contexto, permitindo a tramitação
concomitante das respectivas propostas acusatórias perante juízos distintos e
atestando a não ocorrência, em tais hipóteses, do vedado bis in idem.” STF.
Segunda Turma. Inquérito 3989 DF, Relator Ministro Edson Fachin, Julgado em
11/06/2019.

 "Mesmo sem ter assinado o acordo de colaboração premiada, o acusado pode


colaborar fornecendo as informações e provas que possuir e, ao final, na
sentença, o juiz irá analisar esse comportamento processual e poderá
conceder benefício ao acusado mesmo sem ter havido a prévia celebração e
homologação do acordo de colaboração premiada, ou seja, o acusado pode
receber a sanção premiada mesmo sem a celebração do acordo, caso o
magistrado entenda que sua colaboração tenha sido eficaz." STF, 2ª Turma. MS
35693 AgR/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 28/5/2019 (Info 942).

 É possível o compartilhamento, para outros órgãos e autoridades públicas, das


provas obtidas no acordo de colaboração premiada, desde que sejam
respeitados os limites estabelecidos no acordo em relação ao colaborador.
Assim, por exemplo, se um indivíduo celebra acordo de colaboração premiada
com o MP aceitando fornecer provas contra si, estas provas somente poderão
ser utilizadas para as sanções que foram ajustadas no acordo. STF. 2ª Turma.
PET 7065/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 30/10/2018 (Info 922).

 "Em quaisquer condutas praticadas em concurso de agentes é possível


celebrar acordo de colaboração premiada – interpretação, inclusive, mais
benéfica aos delatores", acrescentou. STJ, HC 582.678/RJ, rel. Min. Laurita Vaz, j.
14.06.2022.

 STJ Info 751 - 2022: é ilegal a colaboração premiada firmada pelo advogado
que, sem justa causa, delata seu cliente, em ofensa ao dever de sigilo
profissional.

 STJ Info 754 - 2022: O § 6º do art. 4º da Lei nº 12.850/2013 estipula que o acordo
de colaboração premiada é celebrado pelo investigado ou acusado. Assim, a
vítima não pode ser colaboradora, porque lhe faltaria interesse - haja vista que
é a interessada na tutela punitiva.
O Ministério Público poderá deixar de oferecer denúncia se a proposta de acordo de
colaboração referir-se a infração de cuja existência não tenha prévio conhecimento e o
colaborador:

 não for o líder da organização criminosa;


 for o primeiro a prestar efetiva colaboração nos termos deste artigo.
 Não ter prévio conhecimento: Considera-se existente o conhecimento prévio
da infração quando o Ministério Público ou a autoridade policial competente
tenha instaurado inquérito ou procedimento investigatório para apuração dos
fatos apresentados pelo colaborador.

Doutrina: Parte da doutrina chama isso de perdão ministerial, pois a decisão ficará no
âmbito do MP. Trata-se do princípio da oportunidade regrada da ação penal pública (o
promotor natural é quem decidirá). É uma mitigação ao princípio da obrigatoriedade
da ação penal.

Quanto ao acordo de colaboração premiada: é um negócio jurídico personalíssimo


e meio de OBTENÇÃO de prova.

O colaborador pode receber como “prêmio”

 Perdão judicial
 Redução da pena em 2/3
 Aplicação de pena diversa (substituir por PRD)
 Não ajuizamento da ação penal

Desde que dessa colaboração advenha um ou mais dos seguintes resultados:

 a identificação dos demais coautores e partícipes da organização criminosa e


das infrações penais por eles praticadas;
 a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização
criminosa;
 a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização
criminosa;
 a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais
praticadas pela organização criminosa;
 a localização de eventual vítima com a sua integridade física preservada.

Lavagem de Dinheiro

Lei 9.613/98:

Art. 1º § 4 A pena será aumentada de um a dois terços, se os crimes definidos nesta


Lei forem cometidos de forma reiterada ou por intermédio de organização criminosa.
Art. 2º O processo e julgamento dos crimes previstos nesta Lei:

II - independem do processo e julgamento das infrações penais antecedentes,


ainda que praticados em outro país, cabendo ao juiz competente para os crimes
previstos nesta Lei a decisão sobre a unidade de processo e julgamento;

A lavagem de capitais consiste na no ato de ocultar ou dissimular a origem ilícita de


bens ou valores que sejam frutos de crimes.

No caso em questão a lavagem era cometida por meio de organização criminosa.

Art. 1º § 4 A pena será aumentada de um a dois terços, se os crimes definidos


nesta Lei forem cometidos de forma reiterada ou por intermédio de organização
criminosa.

Não esquecer:

Art. 2º O processo e julgamento dos crimes previstos nesta Lei:

II - independem do processo e julgamento das infrações penais antecedentes,


ainda que praticados em outro país, cabendo ao juiz competente para os crimes
previstos nesta Lei a decisão sobre a unidade de processo e julgamento;

eu tinha ficado na dúvida quanto a letra C: mas percebi que na vdd Cavalcante não se
encontra nas possibilidades de AUTORIA MEDIATA, mas sim é coautor.

Hipótese de autoria mediata:

a) Erro determinado por terceiro

b) Coação moral irresistível

c) Obediência hierárquica

d) Caso do instrumento impunível

AUTORIA MEDIATA: comete o fato típico por MEIO do ato de outra pessoa

A autoria mediata é uma construção doutrinária, jurisprudencial. Na autoria mediata


não há concurso de pessoas. FAZER Q1998625

Lembrar que foi WELZEL quem 1º teorizou a TEORIA DO DOMÍNIO DO FATO (no
caso de concurso de agentes) e ROXIN APRIMOMOU ESSA TEORIA. A referida teoria
não significa uma expansão dos limites ou fundamentos da responsabilidade penal,
mas somente um critério de diferenciação entre autor e partícipe.

AUTORIA MEDIATA: comete o fato típico por MEIO do ato de outra pessoa
Teoria objetivo-formal = autor é quem pratica o núcleo,

Admite autoria mediata (= TEORIA DO DOMÍNIO DO FATO).

Ação ex delicti

Art. 64. Parágrafo único. Intentada a ação penal, o juiz da ação civil poderá suspender
o curso desta, até o julgamento definitivo daquela.

A) Art. 63. Transitada em julgado a sentença condenatória, poderão promover-lhe a


execução, no juízo cível, para o efeito da reparação do dano, o ofendido, seu
representante legal ou seus herdeiros.

D) Art. 65. Faz coisa julgada no cível a sentença penal que reconhecer ter sido o ato
praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito
cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.

E) Art. 66. Não obstante a sentença absolutória no juízo criminal, a ação civil poderá
ser proposta quando não tiver sido, categoricamente, reconhecida a inexistência
material do fato.

Quanto à alternativa A (errada), ela contraria a previsão do art. 243 do CPP:

(CPP) Art. 243. O mandado de busca deverá:

I - indicar, o mais precisamente possível, a casa em que será realizada a diligência e o


nome do respectivo proprietário ou morador; ou, no caso de busca pessoal, o nome
da pessoa que terá de sofrê-la ou os sinais que a identifiquem;

Ou seja, há sim exigência expressa no CPP.

A alternativa B (errada) contraria entendimento da 6ª Turma do STJ:

Realizada a busca e apreensão, apesar de o relatório sobre o resultado da diligência


ficar adstrito aos elementos relacionados com os fatos sob apuração, deve ser
assegurado à defesa acesso à integra dos dados obtidos no cumprimento do
mandado judicial. STJ. 6ª Turma. RHC 114.683/RJ, Rel. Rogério Schietti Cruz, julgado em
13/04/2021 (Info 692).

A alternativa C (errada) contraria o entendimento da 5ª Turma do STJ:

Não há nulidade na busca e apreensão efetuada por policiais, sem prévio mandado
judicial, em apartamento que não revela sinais de habitação, nem mesmo de forma
transitória ou eventual, se a aparente ausência de residentes no local se alia à fundada
suspeita de que o imóvel é utilizado para a prática de crime permanente. STJ. 5ª
Turma. HC 588.445-SC, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 25/08/2020
(Info 678).

A alternativa D (errada) expõe justamente o contrário do entendimento do STJ:

É válida, com base na teoria da aparência, a autorização expressa para que os


policiais fizessem a busca e apreensão na sede de empresa investigada, autorização
essa dada por pessoa que, embora tenha deixado de ser sócia formal, continuou
assinando documentos como representante da empresa. STJ. 5ª Turma. RMS 57.740-
PE, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 23/03/2021 (Info 690).

A correta é a alternativa E, pois não há a referida exigência.

Segue entendimento da 6ª Turma do STJ, conforme apontado pelos colegas.

Não existe exigência legal de que o mandado de busca e apreensão detalhe o tipo de
documento a ser apreendido, ainda que de natureza sigilosa. STJ. 6ª Turma. RHC
141.737/PR, Rel. Min. Sebastião Reis Junior, julgado em 27/04/2021 (Info 694).

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