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Moema, brasileira, solteira, natural e residente em Fortaleza, no Ceará, maior e capaz,

conheceu Tomás, brasileiro, solteiro, natural do Rio de Janeiro, também maior e capaz. Tomás
era um próspero empresário que visitava o Ceará semanalmente para tratar de negócios,
durante o ano de 2010.
Desde então passaram a namorar e Moema passou a frequentar todos os lugares com Tomás
que sempre a apresentou como sua namorada. Após algum tempo, Moema engravidou de
Tomás. Este, ao receber a notícia, se recusou a reconhecer o filho, dizendo que o
relacionamento estava acabado, que não queria ser pai naquele momento, razão pela qual não
reconheceria a paternidade da criança e tampouco iria contribuir economicamente para o bom
curso da gestação e subsistência da criança, que deveria ser criada por Moema sozinha.
Moema ficou desesperada com a reação de Tomás, pois quando da descoberta da gravidez
estava desempregada e sem condições de custear seu plano de saúde e todas as despesas da
gestação que, conforme atestado por seu médico, era de risco.
Como sua condição financeira também não permitia custear as despesas necessárias para a
sobrevivência da futura criança, Moema decidiu procurar orientação jurídica. É certo que as
fotografias, declarações de amigos e alguns documentos fornecidos por Moema conferiam
indícios suficientes da paternidade de Tomás.
Diante desses fatos, e cabendo a você pleitear em juízo a tutela dos interesses de Moema,
elabore a peça judicial adequada, a fim de garantir que Moema tenha condições financeiras de
levar a termo sua gravidez e de assegurar que a futura criança, ao nascer, tenha condições de

AO JUÍZO DA VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE FORTALEZA – CE


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MOEMA, brasileira, solteira, desempregada, portadora da Cédula de Identidade nº


X.XXX.XXX, inscrita no Cadastro de Pessoas Físicas sob o n XXX.XXX.XXX-XX,
domiciliada em Fotaleza, no Ceará, (enderço completo), por intermédio dos seus
advogados signatários (mandato anexo – documento declarado autêntico, nos termos do
art. 425, inc. IV, do CPC/2015), vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência,
com fulcro nos artigos 294, 303, 319 e 320 do Código de Processo Civil de 2015,bem como com
base na Lei nº 11.804/08 c/c a Lei nº 5.478/68 c/c o artigo 1.694 e seguintes, do Código Civil de
2002, porpor a presente AÇÃO DE CONCESSÃO DE ALIMENTOS GRAVÍDICOS Em desfavor de
TOMÁS, brasileiro, solteiro, empresário (portadora da Cédula de Identidade nº X.XXX.XXX,
inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas sob o nºXXX.XXX.XXX-XX, natural do Rio de
Janeiro, (endereço completo), pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir aduzidos.

1 – PRELIMINARMENTE.
1.1 – BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA
A Requerente requer a concessão do benefício da justiça gratuita,assegurada pelo
artigo 98 do Código de Processo Civil de 2015, em virtude de não poder arcar com o
pagamento de eventuais custas processuais e honorários advocatícios sem o prejuízo do seu
sustento ou de sua família, já que atualmente se encontra desempregada.
Conforme disposição do artigo 4º, § 1º, da Lei n.º 1.060/50, com as alterações introduzidas
pela Lei n.º 7.510/86, a parte gozará dos benefícios da assistência judiciária mediante
simples afirmação, na própria petição inicial, de que não está em condições de
arcar com eventuais custas do processo e com os honorários de advogado, sem prejuízo
próprio ou de sua família.

2 – DOS FATOS.
A Requerente manteve namoro com o Réu desde o ano de 2010,constituindo
relacionamento público e notório, uma vez que a parte Ré apresentava a parte autora como
sua namorada e, ainda, frequentavam assídua e conjuntamente os mesmos lugares
(fotografias e documentos em anexo - documentos declarados autênticos, nos termos do art.
425, inc. IV, do CPC/2015)

Deste relacionamento, resultou a gravidez da Requerente, conforme se faz prova com o Laudo
Médico em anexo (documento declarado autêntico, nos termos do art.425, inc. IV, do
CPC/2015).Ocorre que, ao tomar conhecimento da gravidez, o Réu se recusou a reconhecer o
filho e a contribuir economicamente para o bom curso da gestação e subsistênciada criança,
rompendo o relacionamento com a Requerente sob a alegação de que não queria ser pai
naquele momento, o que obrigaria a parte autora a criar a criança sozinha. Além disso, cabe
ressaltar que, em razão de estar desempregada, a parte autora não possui condições de
custear seu plano de saúde e nem mesmo as despesas da gestação que, nos termos do
atestado médico em anexo (documento declarado autêntico, nos termos do art. 425, inc. IV,
do CPC/2015), trata-se de gravidez de risco. Entretanto, a fim de confirmar a procedência
desta demanda, a autor atrás aos autos vasta quantidade de documentos que
conferem indícios suficientes da paternidade do Requerido, bem como atestados e
relatórios médicos que comprovam os riscos da gravidez (documentos declarados
autênticos, nos termos do art. 425, inc. IV, do CPC/2015).

3 – DO DIREITO.
A Requerente pleiteia seus direitos previstos na Lei nº 11.804/08, que prevê a prestação
alimentícia a ser paga à mulher gestante, fazendo com que o suposto pai exerça a sua
obrigação legal, uma vez que a Requerente se encontra em situação financeira muito difícil,
necessitando do auxílio do Requerido para levar a gravidez a termo e assegurara subsistência
da criança Senão vejamos o que diz a legislação civil sobre o assunto:“Art. 2o , da Lei nº
11.804/08 – Os alimentos de que trata esta Lei compreenderão os valores suficientes para
cobrir as despesas adicionais do período de gravidez e que sejam dela decorrentes, da
concepção ao parto, inclusive as referentes a alimentação especial, assistência médica e
psicológica, exames complementares, internações, parto, medicamentos e demais
prescrições preventivas e terapêuticas indispensáveis, a juízo do médico, além de outras que o
juiz considere pertinentes.

4 – DA CONCESSÃO DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS.


Com fundamento no artigo 4º da Lei nº 5.478/68, em face de a necessidade da
Requerente ser premente, a parte autora requer se digne Vossa Excelência, desde logo, a
arbitrar alimentos provisórios, em favor de MOEMA, ora Requerente, na base de 30% (Trinta
por cento) da remuneração do Requerido. A tutela aspirada na presente demanda deverá ser
concedida de forma antecipada, uma vez que a Requerente preenche todos os requisitos dos
artigos 294 e 300 do Código de Processo Civil de 2015, senão vejamos:“Art. 294. A tutela
provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência

5 – DOS PEDIDOS.
Dado todo o exposto, requer in fine:
a) Concessão do benefício da Justiça Gratuita, em concordância com a Lei nº 1.060/50 com as
alterações introduzidas pela Lei nº 7.288/84, pelo fato de a autora estar desempregada e ser
considerada pobre na acepção jurídica do termo, não reunindo condições de arcar com as
despesas e custas processuais sem prejuízo de sua própria subsistência ou de sua
família
b) A antecipação dos efeitos da tutela, nos termos do artigo 300 do Código de Processo Civil de
2015, para fins de determinar que o Requerido exerça sua obrigação legal e promova a
prestação alimentícia a ser paga à mulher gestante, nos termos dos fundamentos
supracitados;
c). Procedência total da presente ação de alimentos gravídicos, na formada Lei nº 11.804/08
c/c a Lei nº 5.478/68 c/c o artigo 1.694 e seguintes, do Código Civil de2002, para que seja
arbitrada a pensão alimentícia na base de 30% (Trinta por cento) da remuneração da parte
requerida e colocada à disposição da parte autora;
d). A condenação do Requerido nas custas processuais e honorários advocatícios, na base de
20% (Vinte por cento) sobre o valor da condenação;
e). A citação do Requerido, para que este, querendo, responda aos termos da presente
demanda, sob pena de confissão e revelia;f). A intimação do representante do Ministério
Público para funcionarem todos os atos do processo, sob pena de nulidade do feito, conforme
artigos 176, 177 e 178,inciso I, todos do Código de Processo Civil de 2015;
g) O deferimento de todas as provas que instruem a exordial.

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos,


principalmente através de documentos (desde já acostados) e depoimento pessoal do
Requerido, sob pena de confissão.

Outrossim, requer de antemão a designação por este r. Juízo de Audiência de


Conciliação, Instrução e Julgamento, onde eventualmente serão ouvidas testemunhas.
Dá-se à causa o valor de R$ 880,00 (oitocentos e oitenta reais) para fins meramente fiscais.
Termos em que,
Pede deferimento.
Brasília, 22 de agosto de 2016
ADVOGADO
OAB

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