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QUESTÕES
01- (Analista Mercado Capitais CVM 2000) - O procedimento de segregar o patrimônio da
empresa avaliada do patrimônio de seus sócios está fundamentado no conceito da:
a) entidade
b) identidade
c) prudência
d) materialidade
e) relatividade
04 - (Analista Judiciário TRF CE) - Entre os Princípios Fundamentais de Contabilidade, a Res. CFC
750/93 do Conselho Federal de Contabilidade relaciona o Princípio da Atualização Monetária. A
aplicação deste princípio:
a) é facultativa.
b) representa nova avaliação, pois utiliza indexadores aptos a traduzir a variação do
poder aquisitivo da moeda nacional.
c) é compulsória quando a inflação acumulada no triênio for de 100% ou mais.
d) somente poderá ocorrer em demonstrações contábeis de natureza complementar às
demonstrações de natureza corrente, derivadas da escrituração contábil regular.
e) está suspensa até nova revisão dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.
05 - (Analista Judiciário TRF CE) - Determinada empresa pagou juros antecipados, cobrados pela
instituição financeira na data da concessão do empréstimo bancário. O procedimento contábil de
apropriar ao Resultado as despesas de juros por quotas mensais, de acordo com a duração do
contrato, corresponde ao Princípio Fundamental de Contabilidade da:
a) Oportunidade
b) Uniformidade
c) Prudência
d) Realização da receita
e) Competência.
Atualização Monetária
A“revogação” implícita do Princípio da Atualização Monetária, foi em 1995. A partir de então o uso
deste princípio ficou, aparentemente, como optativo.
Este princípio refere-se ao ajuste dos valores dos componentes patrimoniais, devido à perda do
poder aquisitivo num ambiente inflacionário. A Atualização Monetária representa apenas um ajuste dos
valores originais mediante aplicação de indicadores oficiais, que reflitam a variação do poder aquisitivo
da moeda e servem para homogeneizar as diversas contas das mais variadas espécies.
Procedimento Contábil
O Princípio da Atualização Monetária relaciona-se à manutenção dos valores registrados em
unidades monetárias equivalentes à transação efetuada, tendo por base o poder aquisitivo da moeda,
objetivando amenizar os efeitos da inflação sobre os valores registrados – em decorrência de fatos
passados – nas demonstrações contábeis.
De acordo com a Resolução nº. 750/1993 do CFC, o Princípio da Atualização Monetária visa
reconhecer os efeitos inflacionários nas demonstrações contábeis, assim se pronunciando:
“Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos
registros contábeis através do ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes
patrimoniais. São resultantes da adoção desse Princípio: a moeda, embora aceita universalmente como
Princípios e Normas Contábeis.”
Medida de valor, não representa unidade constante em termos do poder aquisitivo; para que a
avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações originais.
Tendo a Contabilidade o Patrimônio como objeto, os Princípios Fundamentais de Contabilidade
como núcleo central de orientação e como objetivo a correta apresentação do Patrimônio, bem como a
análise das causas das suas mutações, faz-se necessário atualizar sua expressão formal em moeda
nacional, a fim de que os valores dos componentes patrimoniais e, por conseqüência, o do patrimônio
líquido, permaneçam atualizados.
A determinação desse princípio está vinculada à perda do poder aquisitivo da moeda, que
requer ajustamento de sua expressão formal, visando manter o valor original das transações efetuadas,
devendo ser realizada por meio de indexador, de forma uniforme por todas as entidades, permitindo,
assim, possíveis comparações.
Esse segundo conjunto é considerado como aquele que atende ao Princípio de Atualização
Monetária e, portanto, o que está de acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade, apesar
de não afetar as relações da Entidade com terceiros e acionistas, as quais são baseadas nas
demonstrações contábeis pela LS.
Com o advento da Lei nº 9.249, de 20 de dezembro de 1995, a partir de janeiro de 1996, foi
vedada a atualização monetária das demonstrações contábeis para fins fiscais e societários.Princípios
e Normas Contábeis
Este é um dos mais importantes assuntos para os empresários, pois se trata de apurar o
resultado econômico da atividade. Apurar o resultado não significa meramente subtrair as despesas
das receitas, é necessário que seja feita de tal forma que o lucro ou prejuízo possa ser demonstrado de
maneira clara e transparente, facilitando a análise do leitor e eventuais decisões necessárias para
melhorar a performance da empresa.
ATIVO PASSIVO
Bens e Direitos Obrigações
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital (+) RECEITA
Resultado
(-) DESPESA
Contabilmente, esse confronto entre Receitas e Despesas, no final do exercício, é feito por
meio de lançamentos de encerramento dessas contas, (deixá-las com saldo igual a zero), cuja
contrapartida seria dada em uma única conta, denominada “Resultado do exercício”. As receitas serão
creditadas e as despesas, debitadas na conta “Resultado do exercício”. A diferença entre os débitos e
créditos da conta “Resultado do exercício” será:
Naturalmente, se o total das receitas for igual ao das despesas, a empresa não terá obtido nem
lucro nem prejuízo, isto é, obterá resultado nulo.
DESPESAS RECEITAS
DEBITO CREDITO DEBITO CREDITO
APURAÇÃO DO RESULTADO
Débito Crédito
Despesas Receitas
Para apurar o resultado (lucro ou prejuízo) obtido pela empresa no período, é necessário
encerrar as contas de resultado (receitas e despesas). Sistemática de apuração do resultado:
Os valores das despesas, quando incorridas, são levados a débito da conta que representa o
gasto correspondente, portanto, no final do exercício, terão sempre saldo devedor.
_________Despesas_________
______Débito | Crédito____
Saldo Devedor_______________
Os valores das receitas, quando realizadas, são levados a crédito da conta que representa a
geração do recurso, portanto, no final do exercício, terão sempre saldo credor.
__________Receitas_________
______Débito | Crédito____
______________Saldo Credor__
2º. Passo: Encerrar todas as contas de receitas e despesas em contrapartida de uma conta
transitória denominada “Resultado do exercício”.
Mas por que encerrar as contas de resultado?
Porque elas servem apenas para apurar o resultado de um período, seus saldos precisam ser
zerados para que, no período seguinte, volte acumular valores daquele exercício.
O saldo devedor de cada conta de despesa deve ser debitado na conta “Resultado do
Exercício” e creditado na própria conta de despesa, encerrando-a.
O saldo credor de cada conta de receita deve ser creditado na conta “Resultado do Exercício” e
debitado na própria conta de receita, encerrando-a.
Veja que a conta “Resultado do Exercício” também é uma conta transitória com a finalidade de
apurar o resultado. Após apurá-lo e realizadas as provisões, também deve ser encerrada, seu saldo
deve ser transferido para uma conta patrimonial “Lucros Acumulados”.
Em caso de prejuízo, o saldo da conta “Resultado do Exercício” seria devedor e seu lançamento de
encerramento seria:
Operacional Líquida.
• Desta, deduz-se o custo dos produtos vendidos, obtendo-se o lucro bruto.
• Do lucro bruto, são subtraídas as despesas operacionais, que, em
geral, dividem-se em quatro grandes grupos:
• Desse valor, devemos deduzir o valor da provisão para imposto de renda, obtendo, assim, o lucro
antes das participações estatutárias.
3. Exercício
Com base no balancete abaixo, após a apuração do resultado do exercício, responda às questões 3.1,
3.2, 3.3 e 3.4:
Após as alterações da Lei das S.A. promovidas pela Lei nº 11.638/2007 e pela MP nº 449/2008,
a conta “Lucros ou Prejuízos Acumulados” tem sido objeto de várias dúvidas em relação à manutenção
ou não de seu saldo positivo (lucro acumulado) no Balanço Patrimonial. Isso ocorre principalmente nas
sociedades não constituídas como sociedades por ações e que também não se enquadram como
sociedades de grande porte.
A movimentação da conta lucros ou prejuízos acumulados implica a recepção do resultado do
período no patrimônio líquido, bem como a destinação e reversão das reservas de lucro e da
distribuição de dividendos. Na Lei das S.A. a destinação do resultado do exercício às reservas de lucro
está disciplinada nos arts. 193 a 199 e a distribuição de dividendos nos arts. 201 a 203. O Boletim
Verbanet tratou desse assunto nos seguintes textos: “Reservas de Lucro” - Boletim nº 11/2008;
“Distribuição de Lucros” - Boletim nº 12/2008; “Absorção de Prejuízos” - Boletim nº 13/2008.
Atente-se, ainda, para o fato de que a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados é
obrigatória, conforme preveem o inciso II do art. 176 da Lei das S.A. e o caput do art. 274 do RIR 1999.
E também foi objeto do texto “Demonstração dos Lucros Acumulados”, publicado no Boletim nº
12/2007.
Trataremos, no presente texto, sobre a utilização da conta “Lucros ou Prejuízos Acumulados”,
de modo a dirimir possíveis dúvidas sobre a manutenção ou não de seus saldos no balanço.
Nota Verbanet
De acordo com o parágrafo único do art. 3º da Lei nº 11.638/2007,
considera-se de grande porte, para os fins exclusivos da aplicação da
Lei das S.A., a sociedade ou conjunto de sociedade sob controle
comum que tiver, no exercício social anterior, ativo total superior a R$
240 milhões ou receita bruta anual superior a R$ 300 milhões.
a) o balanço patrimonial;
b) o balanço de resultado econômico.
Mais adiante, o art. 1.189 do Novo Código Civil estabelece que o balanço de resultado
econômico, ou demonstração da conta lucros e perdas, acompanhará o balanço patrimonial e dele
constarão crédito e débito, na forma da lei especial.
Tanto o balanço de resultado econômico quanto a demonstração da conta lucros e perdas não
estão em sintonia com a Lei das S.A., nem com o Regulamento do Imposto de Renda, ou com as
Normas Brasileiras de Contabilidade, que, entre outras demonstrações, prevêem o Balanço Patrimonial
e a Demonstração do Resultado do Exercício, conforme veremos na seqüência deste texto.
A questão mereceu apreciação do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), que, ao ser
questionado sobre a confecção de modelos e norma específica para as demonstrações prevista no
Novo Código Civil, emitiu o "PARECER CT/CFC Nº 25/04”.
Ou seja, o CFC não emitiu norma para o "Balanço de Resultado Econômico", nem para a
"Demonstração de Lucros e Perdas", e pelo conteúdo do Parecer CT/CFC nº 25/2004, tal normatização
não ocorrerá, pois o que o CFC pleiteia é a alteração da redação do Novo Código Civil, para adequá-lo
à Lei das S.A. e às Normas Brasileiras de Contabilidade. Evidentemente, não se trata de uma
adequação em virtude de hierarquia normativa, mas da observação da legislação às práticas contábeis
atuais.
O texto do art. 1.189 do Novo Código Civil prevê que as demonstrações serão efetuadas "na
forma da lei especial". As alterações da Lei das S.A., promovidas pela Lei nº 11.638/2007 e pela MP nº
449/2008, não introduziram o "Balanço do Resultado Econômico" nem a "Demonstração da Conta
Lucros e Perdas" entre as demonstrações exigidas das sociedades por ações e, ainda, prevêem a
harmonização das práticas contábeis brasileiras com as Normas Internacionais de Contabilidade, e
passaram a exigir, a partir de 2008, a Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) e a Demonstração do
Valor Adicionado (DVA), conforme veremos no item a seguir.
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PREVISTAS NA LEI DAS S.A.
De acordo com o art. 176 da Lei das S.A. (nº 6.404/1976), que deve ser observada pelas
sociedades por ações e pelas empresas de grande porte, assim definidas a empresas que,
independentemente do tipo societário, aufiram receita bruta no exercício anterior superior a R$
300.000.000,00, ou que apresentem ativo total superior a R$ 240.000.000,00, passaram a ser exigidas
as seguintes demonstrações contábeis:
a) balanço patrimonial;
b) demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
c) demonstração do resultado do exercício;
d) Demonstração dos Fluxos de Caixa, exceto para as companhias fechadas com patrimônio Líquido,
na data do balanço, não superior a R$ 2.000.000,00.
O § 4º do art. 176 da Lei das S.A. dispõe, ainda, que as demonstrações serão complementadas
por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para
esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados, que estão relacionadas no § 5º do art. 176 da
Lei das S.A. com a nova redação dada pela MP nº 449/2008.
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PREVISTAS PELO RIR/1999
O Regulamento do Imposto de Renda (Decreto nº 3.000/99), art. 274, prevê que, ao fim de cada
período de incidência do imposto, o contribuinte deverá apurar o lucro líquido mediante a elaboração,
com observância das disposições da lei comercial:
a) do balanço patrimonial;
b) da demonstração do resultado do período de apuração;
c) da demonstração de lucros ou prejuízos acumulados.
Destaca-se que o período de apuração do imposto de renda, como regra geral, é trimestral,
sendo admitida a apuração anual do imposto para as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro
real que paguem o imposto mensalmente por estimativa.
Dessa forma, para atendimento da legislação fiscal, as pessoas jurídicas tributadas pelo
imposto de renda com base no lucro real trimestral, ou com base no lucro presumido que mantenham a
escrituração do livro Diário, devem elaborar suas demonstrações contábeis ao final de cada trimestre; e
para atendimento da legislação societária, devem elaborar as demonstrações anuais, em 31 de
dezembro ou ao final do exercício social, quando este não coincidir com o ano-calendário ou ano-civil.
As demonstrações para fins fiscais devem ser transcritas no Diário ou no Lalur, e as
demonstrações anuais para fins societários devem ser transcritas exclusivamente no livro Diário, ou em
livro auxiliar ao Diário exclusivo para essa finalidade.
ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS - NBC T 10.19.
Com relação ao conjunto de demonstrações contábeis que devem ser elaboradas e divulgadas
pelas entidades sem fins lucrativos, devemos observar as exigências da NBC T 10.19 - Entidades sem
Finalidade de Lucros, aprovada pela Resolução CFC nº 877/2000, alterada pela Resolução CFC nº
966/2003.
Ao adaptarmos a nomenclatura das demonstrações contábeis obrigatórias para as entidades
sem fins lucrativos, conforme recomenda a NBC T 10.19, temos as seguintes demonstrações a serem
elaboradas e divulgadas:
a) balanço patrimonial;
b) demonstração do superávit ou déficit do exercício;
c) demonstração do resultado;
f) demonstração das mutações do patrimônio líquido;
g) demonstrações das origens e aplicações de recursos.
ME E EPP OPTANTES PELO SIMPLES
O art. 27 da LC nº 123/2006 dispõe que as microempresas e empresas de pequeno porte
optantes pelo Simples Nacional poderão, opcionalmente, adotar contabilidade simplificada para os
registros e controles das operações realizadas, conforme regulamentação do Comitê Gestor. Todavia,
a escrituração simplificada não foi regulamentada pelo Comitê Gestor até a presente data.
Por sua vez, a NBC T 19.13 - Escrituração Contábil Simplificada para Microempresa e Empresa
de Pequeno Porte, aprovada pela Resolução CFC nº 1.115/2007, prevê que a ME e a EPP devem
elaborar, ao final de cada exercício social, o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado, em
conformidade com o estabelecido na NBC T 3.1 - Das Disposições Gerais; na NBC T 3.2 - Do Balanço
Patrimonial; e na NBC T 3.3 - Da Demonstração do Resultado, que são partes integrantes da NBC T 3 -
Conceito, Conteúdo, Estrutura e Nomenclatura das Demonstrações Contábeis, aprovada pela
Resolução CFC nº 686/1990 e alterada pelas Resoluções CFC nºs 847/1999, 887/2000 e 1.049/2005.
É facultada à ME e à EPP a elaboração da Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados,
da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, da Demonstração das Origens e Aplicações de
Recursos e das Notas Explicativas.
Balanço Patrimonial
É uma demonstração contábil que tem por objetivo mostrar a situação financeira e patrimonial
de uma entidade numa determinada data. Representando, portanto, uma posição estática da mesma.
O Balanço apresenta os Ativos (bens e direitos) e Passivos (exigibilidades e obrigações) e o Patrimônio
Líquido, que é resultante da diferença entre o total de ativos e passivos.
A estrutura atual do Balanço Patrimonial segue abaixo:
1. Ativo 2. Passivo
1.1.1 Disponível
1.1.1.01 Caixa
1.1.1.02 Banco c/Movimento
1.1.1.03 Aplicação de Liquidez Imediata
1.1.1.04 Cheques em Cobrança
1.1.1.05 Numerários em Trânsito
1.1.2 Realizável a Curto Prazo
1.1.2.01 Duplicatas a Receber
1.1.2.02 (-) Duplicatas Descontadas
1.1.2.03 (-) Provisão p/Devedores Duvidosos
1.1.2.04 Impostos a Recuperar
1.1.2.04.01 ICMS a Recuperar
1.1.2.05 Cheques a Receber
1.1.2.06 Adiantamento a Fornecedores
1.1.2.07 Adiantamento a Empregados
1.1.3 Estoque
1.1.3.01 Matérias - Primas
1.1.3.02 Material Secundário
1.1.3.03 Produtos em Elaboração
1.1.3.04 Produtos Acabados
1.1.3.05 Mercadorias
1.1.3.06 Material de Expediente
1.1.4 Despesas Antecipadas
1.1.4.01 Seguros a Vencer
1.1.4.02 Encargos Financeiros a Apropriar
1.1.4.03 Assinaturas e Anuidades
1.2 Ativo Não Circulante
1.2.1.01 Títulos a Receber
1.2.1.02 Depósitos Judiciais
1.2.1.03 Adiantamentos a Sócios
1.2.1.04 Adiantamentos a Acionistas
1.2.1.05 Empréstimos a Coligadas
1.2.1.06 Empréstimos a Controladas
1.2.2 Investimentos
1.2.2.01 Ações de Controladas
1.2.2.02 Ações de Coligadas
1.2.2.03 Ações de Outras Empresas
1.2.3 Imobilizado
1.2.3.01 Edificações
1.2.3.02 Móveis e Utensílios
1.2.3.03 Veículos
1.2.3.04 Ferramentas
1.2.3.05 Máquinas e Equipamentos
1.2.3.06 Reflorestamentos
1.2.3.51 (-) Depreciação Acumulada Edificações
1.2.3.52 (-) Depreciação Acumulada Móveis e Utensílios
1.2.3.56 (-) Exaustão Acumulada Reflorestamentos
1.2.4 Intangível
2.1.1 Fornecedores
2.1.2 Duplicatas a Pagar
2.1.3 Salários a Pagar
2.1.4 INSS a Recolher
2.1.5 FGTS a Recolher
2.1.6 Provisão p/ 13º Salário
2.1.7 Dividendos a Pagar
2.1.8 Imposto de Renda a Recolher
2.1.9 Contribuição Social a Recolher
2.1.10 Provisão p /Férias
2.1.11 ICMS a Recolher
2.1.12 PIS Receita Bruta a Recolher
2.1.13 Cofins Receita Bruta a Recolher
2.1.14 PIS Importação a Recolher
2.1.15 Cofins Importação a Recolher
2.1.20 Empréstimos Bancários
2.2 Passivo Não Circulante
Saldos iniciais
Aumento de Capital:
Reversões de Reservas:
- de contingências
- de lucros a realizar
Proposta da Administração de
Destinação do Lucro:
- Reserva legal
- Reserva estatutária
Saldo em 31.12.X2
Estamos diante de uma situação estática, ou seja, uma fotografia do saldo disponível no início e outra
no final do período. Mas quais foram as razões que contribuíram para o aumento das disponibilidades
em 680.000?
A Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) irá indicar o que ocorreu no período em termos de saída e
entrada de dinheiro no Caixa (demonstração dinâmica) e o resultado desse Fluxo.
Elaboração da DFC
A DFC pode ser elaborada sob duas formas distintas: pelo método DIRETO e pelo método INDIRETO.
a) O método Direto parte da conta “Caixa”, ordenando as operações de acordo com a sua natureza e
condensando-as, onde se poderão extrair todos os dados necessários.
b) O método Indireto parte das Demonstrações Financeiras, uma vez que nem sempre teremos acesso
à ficha (ou livro) da conta “Caixa”, para o que é necessário lançar mão de uma técnica bastante prática
para elaborar a DFC.
OBS: Será aberto um tópico específico para análise e elaboração da DFC.
Demonstração do Valor Adicionado – DVA
A Demonstração do Valor Adicionado (DVA) é o informe contábil que evidencia, de forma
sintética, os valores correspondentes à formação da riqueza gerada pela empresa em determinado
período e sua respectiva distribuição.
Obviamente, por se tratar de um demonstrativo contábil, suas informações devem ser extraídas
da escrituração, com base nas Normas Contábeis vigentes e tendo como base o Princípio Contábil da
Competência.
A utilização do DVA como ferramenta gerencial pode ser resumida da seguinte forma:
1) como índice de avaliação do desempenho na geração da riqueza, ao medir a eficiência da
empresa na utilização dos fatores de produção, comparando o valor das saídas com o valor das
entradas; e,
2) como índice de avaliação do desempenho social à medida que demonstra, na distribuição da
riqueza gerada, a participação dos empregados, do Governo, dos Agentes Financiadores e dos
Acionistas.
O valor adicionado demonstra, ainda, a efetiva contribuição da empresa, dentro de uma visão
global de desempenho, para a geração de riqueza da economia na qual está inserida, sendo
resultado do esforço conjugado de todos os seus fatores de produção.
A Demonstração do Valor Adicionado, que também pode integrar o Balanço Social, constitui desse
modo, uma importante fonte de informações à medida que apresenta um conjunto de elementos que
permitem a análise do desempenho econômico da empresa, evidenciando a geração de riqueza, assim
como dos efeitos sociais produzidos pela distribuição dessa riqueza.
OBS: Será aberto um tópico específico para análise e elaboração da DVA.
Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados - DLPA
A DLPA evidencia as alterações ocorridas no saldo da conta de lucros ou prejuízos
acumulados, no Patrimônio Líquido.
De acordo com o artigo 186, § 2º da Lei nº 6.404/76, a companhia poderá, à sua opção,
substituir a demonstração de lucros ou prejuízos acumulados pela demonstração das mutações do
patrimônio líquido. "A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá indicar o montante do
dividendo por ação do capital social e poderá ser incluída na demonstração das mutações do
patrimônio líquido, se elaborada e publicada pela companhia."
Demonstrações Comparativas
É a comparação das demonstrações contábeis dos dois últimos exercícios, e o grande objetivo
é que a análise de uma empresa seja feita sempre com vista no futuro, por isso, é fundamental verificar
a evolução passada, e não apenas situação de um momento.
Com a alteração da Lei das S/As em 2008 foram publicados diversas orientações para a
elaboração das Demonstrações Comparativas 2008/2007.
Consolidação das Demonstrações Contábeis
No caso de Companhias Abertas e Grupos Societários, é necessário que complementarmente
às demonstrações contábeis normais, também sejam apresentadas demonstrações contábeis
consolidadas da investidora com suas controladas.
De acordo com o CFC, Consolidação das Demonstrações Contábeis é o processo que ocorre
pela soma ou pela agregação de saldos ou grupos de contas, excluídas as transações entre entidades
incluídas na consolidação, formando uma unidade contábil consolidada.
Balanço Social
Com o crescimento da preocupação da população mundial com o meio ambiente e com a sociedade
que cerca as companhias, muitas empresas estão demonstrando a interação neste meio através das
seguintes demonstrações:
No ano de 1997, o sociólogo Betinho, lançou no Brasil uma campanha pela divulgação voluntária do
B.S. No ano de 1998, o Ibase lançou o selo Balanço Social Ibase/Betinho, conferido anualmente às
empresas que publicam o balanço social no modelo sugerido pela entidade.
Balanço Ambiental – Reflete a postura da empresa em relação aos recursos naturais,
compreendendo gastos com a preservação, proteção e recuperação; investimentos com
equipamentos, tecnologias e campanhas voltadas para a área ambiental. Pode também ser
demonstradas as quantidades comparativas de poluentes produzidos entre um período e outro.
Balanço de Recursos Humanos – Visa mostrar o perfil da força de trabalho, remuneração,
benefícios recebidos e gastos com treinamento de funcionários, além da discriminação dos
gastos em benefícios da sociedade na qual está inserida, como centros de recreação e
entidades assistenciais.
Exemplo de Demonstração do Fluxo de Caixa para o exercício findo em 31-12-20x1
a- Atividades operacionais:
● Recebimentos de clientes 100.000
● Pagamentos a fornecedores de estoques (20.000)
● Pagamentos de impostos sobre vendas (2.000)
● Pagamento de despesas com vendas administrativas (12.000)
● Pagamento de despesas financeiras (3.000)
● Recebimento de receitas financeiras 5.000
● Dividendos recebidos de sociedades investidas 2.500
● Pagamentos de Imposto de Renda e Contribuição Social (7.000)
Fluxo de caixa das atividades operacionais 63.500
b- Atividades de investimentos:
● Valor da venda de investimentos 30.000
● Valor da venda de ativos imobilizados 20.000
● Aquisições de investimentos (7.300)
● Aquisições de ativos imobilizados (6.400)
● Empréstimos concedidos (6.900)
● Recebimentos de empréstimos concedidos 7.400
● Aplicações em renda fixa e renda variável (9.600)
● Recebimentos de aplicações em renda fixa e renda variável 10.600
Fluxo de caixa das atividades de investimentos 37.800
c- Atividades de financiamentos:
● Recebimento de empréstimos e financiamentos 17.000
● Pagamentos de empréstimos e financiamentos (13.000)
● Recebimentos de integralizações de capital 27.000
● Dividendo pagos (7.250)
● Compras de ações em tesourarias (1.230)
● Fluxo de caixa das atividades de financiamentos 22.520
- Fechamento:
- Aumento líquido no caixa (a+b+c) 123.820
- Caixa no início do período (buscar no BP) 104.600
- Caixa no fim do período (buscar no BP) 228.420
Reconciliação do lucro líquido do período com o fluxo de caixa das atividades operacionais:
● Lucro líquido do período 71.510
Aumento (diminuição) dos itens que não afetam o caixa:
Depreciação e amortização 2.400
Variações monetárias líquidos devedores 8.800
Resultado de equivalência patrimonial (7.600)
Dividendos recebidos de sociedades investidas 2.500
Lucro na venda de investimentos (2.750)
Lucro na venda de ativos imobilizados (2.430)
Aumento de contas a receber de clientes (13.100)
Aumento dos estoques (4.600)
Aumento de fornecedores de estoque 3.750
Aumento de contas a pagar 2.950
Aumento de impostos sobre venda 700
Aumento de impostos sobre lucro 2.300
Aumento de despesas antecipadas (930)
Fluxo de caixa das atividades operacionais 63.500
Observações
o É imprescindível apresentar a reconciliação entre o lucro líquido e o fluxo de caixa das atividades
operacionais;
o O caixa no início (R$ 104.600) e no final do período (R$ 228.420), deve concordar com os
respectivos saldos apresentados no balanço patrimonial do exercício social anterior e atual;
o O valor do aumento líquido de caixa (R$ 123.820), representa o somatório do fluxo de caixa das
atividades operacionais (R$ 63.500), do fluxo de caixa das atividades de investimento (R$ 37.800)
e das atividades de financiamento (R$ 22.520);
Varejista S.A.
Balanços Patrimoniais Comparativos
20x2 20x1
ATIVO
Circulante:
Caixa 100.000 70.000
Contas a receber de clientes 200.000 120.000
Estoques 300.000 240.000
Subtotal 60.000 430.000
PASSIVO
Fornecedores 90.000 64.000
Impostos a pagar sobre venda 6.000 3.600
Impostos a pagar sobre o lucro 15.000 7.200
Empréstimos a pagar 150.000 126.000
Dividendos a pagar 17.000 9.600
Subtotal 278.000 210.400
RAZÕES:
Mutações do ativo não circulante:
● Saldo em 31-12-20x1 893.000
● Compras de ativos imobilizados 36.000
● Equivalência patrimonial 13.100
● Dividendos recebidos de sociedades controladas (7.900)
● Terreno vendido (valor de venda de $22.000) (14.350)
● Depreciações e amortizações (9.900)
● Saldo em 31-12-20x2 900.000
Varejista S/A
Demonstração do resultado do exercício de 20x2
a) Recebimento de Clientes
● Receita bruta das vendas 789.245
●( +) Contas a receber de clientes em 31-12-20x1 120.000
●( -) Contas a receber de clientes em 31-12-20x2 200.000
Total 709.245
Somente devemos considerar as contas a receber oriundas das vendas aos clientes. Contas a receber
relacionadas com alienações de ativos não circulantes devem ser alocadas ns atividades de
investimentos.
Como calcular:
CMV=EI + C – EF, logo CMV + EF – EI = C
621.300 + 300.000 – 240.000 = 681.300 (total de compras efetuadas no ano)
Saldo inicial de fornecedores + compras – saldo final de fornecedores = total de pagamentos realizados
a fornecedores no ano.
Esses pagamentos contemplam ISS, PIS, COFINS, ICMS, IPI, SIMPLES etc.
O valor registrado na demonstração do resultado (R$ 71.250) é igual ao valor a ser considerado na
DFC em função de inexistirem dívidas no início e no final do exercício social.
n) Dividendos Pagos
● Valor debitado durante o exercício no patrimônio líquido (conforme mutações do PL)
17.000
● (+) Dividendos a pagar em 31-12-20x1 9.600
● ( -) Dividendos a pagar em 31-12-20x2 (17.000)
Total 9.600
Varejista S/A
Demonstração do Fluxo de Caixa de 20x2
Método Direto
- Atividades operacionais
● Recebimento de cliente (item a) 709.245
● Pagamentos a fornecedores de estoques (item b) (655.300)
● Pagamentos de impostos sobre vendas (item c) (7.400)
● Pagamentos de despesas com vendas e administrativas (item d) (71.000)
● Pagamento de despesas financeiras (item e) (21.250)
● Recebimentos de receitas financeiras (item f) 9.600
● Dividendos recebidos de sociedades investidas (item g) 7.900
●Pagamentos de Imposto de Renda e Contribuição Social (item h) (8.545)
Fluxo de caixa das atividades operacionais (37.000)
- Atividades de investimentos:
● Valor da venda de ativos imobilizados (item i) 22.000
● Aquisições de ativos imobilizados (item j) (36.000)
Fluxo de caixa das atividades de investimentos (14.000)
- Atividades de financiamentos:
● Recebimento de empréstimos e financiamentos (item k) 62.000
● Pagamentos de empréstimos e financiamentos (item l) (38.000)
● Recebimentos de integralização de capital (item m) 66.600
● Dividendos pagos (item n) (9.600)
Fluxo de caixa das atividades de financiamentos 81.000
- Atividades operacionais:
● Lucro líquido do período 71.510
Aumento (diminuição) dos itens que não afetam o caixa:
Depreciação e amortização 2.400
Variações monetárias líquidos devedores 8.800
Resultado de equivalência patrimonial (7.600)
Dividendos recebidos de sociedades investidas 2.500
Lucro na venda de investimentos (2.750)
Lucro na venda de ativos imobilizados (2.430)
Aumento de contas a receber de clientes (13.100)
Aumento dos estoques (4.600)
Aumento de fornecedores de estoque 3.750
Aumento de contas a pagar 2.950
Aumento de impostos sobre venda 700
Aumento de impostos sobre lucro 2.300
Aumento de despesas antecipadas (930)
Fluxo de caixa das atividades operacionais 63.500
- Atividades de investimentos:
● Valor da venda de investimentos 30.000
● Valor da venda de ativos imobilizados 20.000
● Aquisições de investimentos (7.300)
● Aquisições de ativos imobilizados (6.400)
● Empréstimos concedidos (6.900)
● Recebimentos de empréstimos concedidos 7.400
● Aplicações em renda fixa e renda variável (9.600)
● Recebimentos de aplicações em renda fixa e renda variável 10.600
Fluxo de caixa das atividades de investimentos 37.800
- Atividades de financiamentos:
● Recebimento de empréstimos e financiamentos 17.000
● Pagamentos de empréstimos e financiamentos (13.000)
● Recebimentos de integralizações de capital 27.000
● Dividendo pagos (7.250)
● Compras de ações em tesourarias (1.230)
● Fluxo de caixa das atividades de financiamentos 22.520
Note que a única diferença que existe em relação ao método direto é na apresentação das atividades
operacionais:
- Método Indireto – apresenta uma conciliação entre o lucro líquido e o fluxo de caixa das
atividades operacionais. De qualquer forma, é bom lembrar que essa informação também é divulgada
no método direto geralmente em nota explicativa às demonstrações financeiras.
Alguns profissionais têm defendido a tese de que os encargos de INSS não são depositados em conta
específica dos empregados, e, assim sendo, deveria, ser classificados no grupo de Distribuição ao
Governo.
Distribuição aos financiadores
Representa os gastos incorridos com a utilização de recursos de terceiros. Esses gastos normalmente
estão atrelados a empréstimos a pagar (passivo circulante e/ou passivo não circulante) a instituições
financeiras, tais como:
● Juros.
● Variação monetária passiva (empréstimo em moeda nacional).
● Variação cambial passiva (empréstimos em moeda estrangeira).
● Comissões bancarias.
Algumas companhias abertas tambem têm registrado nesse grupo os alugueis pagos ou creditados a
terceiros, incluindo gastos de arrendamentos mercantis não capitalizados (arrendamentos mercantis
operacionais).
Distribuição aos acionistas
Representa a parcela do lucro liquido do exercício que foi distribuída ou cuja distribuição foi proposta
aos acionistas, da forma que se segue.
● Dividendos.
● Juros referentes à remuneração do capital próprio.
Distribuição ao governo
Representa os impostos incorridos com os governos municipal, estadual e federal e incluídos na
apuração do lucro líquido do exercício:
● ICMS.
● IPI.
● ISS.
● PIS.
● COFINS.
● Imposto de Renda.
● Contribuição social.
● IPTU.
● Imposto sobre Operações Financeiras.
Parcela retida para reinvestimentos.
Representa o valor do lucro líquido do exercício deduzido do montante distribuído aos acionistas
(dividendos e juros referentes à remuneração do capital social) e que foi retido nas reservas de lucros
(legal, estatuárias, para expansão ou investimento etc.).
Exemplos de elaboração
Admitamos as seguintes informações sobre o resultado do exercício e sobre os dividendos declarados:
Note que nesse exemplo a sociedade distribuiu mais valor adicionado do que gerou, caracterizando
uma situação de apuração de prejuízo. O valor de $ 26.000 que representa o prejuízo líquido do
exercício, é apresentado como redutor da coluna, de distribuição do valor adicionado, de forma que o
total concorde com o total da coluna de geradores do valor adicionado. Observe também que
financiadores (despesas financeiras) são o principal item de distribuição do valor adicionado (54% do
total), donde se conclui que essa Sociedade deve estar bastante endividada, ou seja, com uma grande
participação de capitais de terceiros (financiamentos), e que o nível de lucratividade das operações não
está sendo suficiente para absorver os encargos das dívidas.