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Índice

1. Introdução........................................................................................................................1
2. Fim de exercício..............................................................................................................2
3. Lançamento de regularização de contas..........................................................................3
4. Disponibilidades..............................................................................................................4
5. Dividas de e a terceiros....................................................................................................4
6. Acréscimos e diferimentos..............................................................................................5
7. Previsões..........................................................................................................................5
8. Existências.......................................................................................................................6
9. Apuramento de resultados...............................................................................................6
Conclusão................................................................................................................................9
Referencias bibliográfica......................................................................................................10
1. Introdução
Antes de iniciar qualquer procedimento de encerramento do exercício, é necessário que o
executor realize algumas análises importantes.

O reconhecimento da despesa orçamentaria, ao longo do exercício, deve ser realizado no


momento do empenho. Quanto a contabilização, durante o exercício, a despesa é registada
no momento da liquidação, sendo que, apenas para o encerramento do exercício, para efeito
de composição dos passivos (obrigações), são consideradas as despesas geralmente
empenhadas. Para efeito de registro contábeis, a despesa empenhada e não liquidada deve
ser válida quanto a existência do fato gerador da mesma, apurando-se os empenhos
subsistentes para a devida inscrição em restos a pagar e os insistentes para anulação antes
do encerramento do exercício.

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1. Fim de exercício
Fim de exercício é uma das etapas mais importante da contabilidade, sendo esta fase que se
procede a elaboração e apresentação do balanço, demonstração de resultados e anexos, de
modo a que a empresa mostre a sua situação econômico-financeira e o resultado das
operações por ela realizadas.

Conforme o artigo 62 ͦ do código comercial, todas as empresas devem efetuar o apuramento


de resultado do exercício econômico e elaborar balanço até 31 de Marco do ano civil
seguinte ao que respeita o resultado.

As demonstrações financeiras devem proporcionar informação de qualidade, que seja


compreensível a as suas utentes, que são investidores, financiadores, trabalhadores,
fornecedores e outros credores, administração pública e público em geral.

A utilidade da informação proporcionada pelas demonstrações financeiras deve ser


determinada com características qualitativas, isto é, com relevância, fiabilidade e
comparabilidade.

a) ‘’A relevância deve ser entendida como a qualidade que a informação tem de
influenciar as decisões dos seus utentes, ao ajudá-lo a avaliar os acontecimentos
passados, presentes e futuros, ou a confirmar ou a corrigir as suas avaliações’’.
b) ‘’A fiabilidade é a qualidade que a informação tem de estar liberta de erros
materiais e prejuízos prévios, ao mostrar apropriadamente o que tem por finalidade
apresentar ou se espera que razoavelmente represente, podendo, por conseguinte,
dela depender os utentes’’.
c) ‘’A comparabilidade é quantificação dos efeitos financeiros de operações e de
outros acontecimentos devem ser registadas de forma consistente pela empresa e
durante a sua visa, para identificarem tendências na sua posição financeira e nos
resultados das suas operações’’.

As tarefas a realizar pela empresa no final do exercício estruturam-se em duas fases.

Na primeira fase são executadas as tarefas que preparam a elaboração das demonstrações
financeiras:

 Realização de inventário geral;


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 Registo de regularização e ratificação das contas;
 Elaboração do balancete retificado;
 Registo de apuramento de resultados;
 Elaboração do balancete final

Na segunda fase elaboram-se as demonstrações financeiras, nomeadamente:

 Balanço;
 Demonstração de resultado por natureza ou por funções;
 Anexo ao balanço e à demonstração de resultados;
 Demonstração de fluxos de caixa.

2. Lançamento de regularização de contas


Segundo Borges (2002), A regularização de contas tem por finalidade retificar saldos
contabilísticos das contas, com base nos elementos fornecidos, pelo balancete de
verificação de 31/12 do exercício e pelo inventario elaborado na mesma data.

Os lançamentos de regularização mais correntes são:

 Lançamentos de registo das diferenças de caixa, diferenças de saldo de depósitos


bancários, quebras ou sobras de stocks;
 Lançamentos de registos de custos ou de proveitos do exercício, mais que ainda não
tenha sido registada a despesa ou receita correspondente, por não estarem
documentadas (acréscimo de custos e acréscimo de proveitos);
 Lançamento de rectificacao de despesas ou de recitas do exercício, que devem ser
consideradas como custos ou proveitos do exercício seguinte (custos diferidos ou
proveitos diferidos);
 Lançamentos de constituição, reforço, revisões de ajustamentos e reposição de
provisões;
 Lançamento das quotas anuais de amortizações de imobilizado;
 Lançamentos de retificação das existências (SII)
 Lançamento da estimativa para impostos (IRC)

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3. Disponibilidades
 Caixa (conta 1.1), segundo o PGC, inclui meios de pagamentos, como notas e
moedas, cheques e vales postais. O saldo de caixa confere-se através da contagem
física, para verificação de saldo de caixa e saldo contabilístico. Caso exista moeda
estrangeira, é necessário reconverte-la a taxa de cambio na data de balanço (31/12)
e efetuar lançamentos rectificativos relativamente as existências de cambio
existentes.

No caixa não deve estar incluído vales, cheques pré-datados, cheques devolvidos,
justificativos de despesas e selo de correio.

 Deposito a ordem (conta 1.2) respeita aos meios de pagamento existentes em


contas à vista nas instituições de credito, (PGC).

Devem ser feitas reconciliações bancarias periodicamente entre os registos contabilísticos e


os extratos dos bancos. As diferenças detectadas devem ser regularizadas.

4. Dividas de e a terceiros
Dividas dos clientes (conta 4.1), devem ser verificadas, pode existir facturas ou recibos que
não tenha contabilizados, adiantamentos por regularizar, e por fim verificar a necessidade
de constituir ajustamento de conta de cliente de cobrança duvidosa, nos termos do artigo 35
ͦ do CIRC. Este ajustamento só pode ser constituído se estiver refletido na subconta 4.1.8 –
clientes cobrança duvidosa.

 Dividas a fornecedores (conta 4.2), estão englobados nesta conta todas as dívidas a
pagar, resultante de transações correntes. Devemos verificar se todos os pagamentos
estão contabilizados, e solicitar os principais fornecedores os extratos para
confirmação do saldo, (circularização de terceiros).
 Empréstimos bancários (conta4.3), devemos verificar se os empréstimos são de
curto prazo ou longo prazo. Registam-se nesta conta todos os empréstimos obtidos á
excepção dos empréstimos de sócios, que são registados na conta 4.6.7 – credores
sócios.
 Imposto sobre o rendimento (conta 4.4.1), nesta conta temos que verificar
pagamentos por conta e os pagamentos especiais por conta, os quais devem refletir os

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valores de pagamentos efetuados. No fim do exercício, com base na matéria coletável,
será calculada a estimativa de imposto, o qual será registado a credito da conta 4.4.1.1
– estimativa de imposto, por debito da conta 8.5 – imposto sobre o rendimento do
exercício, (Borges, A., Rodrigues, A & Rodrigues, R, 2002)

5. Acréscimos e diferimentos
Segundo o PGC, registam-se esta conta, os custos ou proveitos quando obtidos ou
incorridos, independentemente do seu recebimento ou pagamento. Permite o registo de
custos e proveitos no respectivo exercício econômico a que respeitam.

Acréscimo de proveitos (4.9), esta conta movimenta-se a debito por contrapartida dos
proveitos a reconhecer no próprio exercício, mesmo que não tenha documentação
vinculativa, cuja receita só se verifica em exercício seguintes. (Exemplo: juros obtidos,
rendimentos de títulos de participação ou por rendimento de participação de capital por
lucro a receber).

Gastos e perdas financeiras (6.9), esta conta compreende os custos que devem ser
reconhecidos nos exercícios seguintes, embora a a despesa tenha sido liquidada no
exercício em curso. Movimenta-se a debito e no balanço encontra-se do lado do activo.
(Exemplo: juros suportados, rendas adiantadas, seguros antecipados.)

Fornecimento de serviços de terceiros (6.3), serve se contrapartida aos custos a


reconhecer no próprio exercício, ainda que não tenha documentação vinculativa, cuja
despes so se verifica no exercício ou exercício seguintes. (Exemplo: consumo de agua,
telefone, eletricidade etc.)

6. Previsões
A provisão do período (conta 6.6), tem como cobrir responsabilidade de natureza
claramente definida, de ocorrência provável ou certa, mas incertas quanto ao seu valor ou
data de ocorrência. As provisões representam encargos a pagar, pelo que representa valores
passivos, (costa, Carlos, 2000).

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7. Existências
Consideram-se existência todos os bens armazenáveis adquiridos ou produzidos pela pela
empresa e que se destina a venda ou a serem incorporados na produção, tais como matéria-
prima, subsidiárias, produtos em curso, subprodutos e resíduos, produtos acabados e
mercadorias.

 O inventário permanente - utilização deste sistema permite saber a qualquer


momento as quantidades existentes em armazém. No entanto é aconselhável
efectuar uma contagem física no final do exercício (total ou amostragem) para
verificar se existem diferença entre as informações contabilísticas e os stocks reais.
 O inventário periódico – neste caso, uma contagem física no final do exercício é
imprescindível para determinação da existência final, e por consequência para
determinação do custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas
(CMVMC).

8. Apuramento de resultados
O lançamento de apuramentos de resultados tem por finalidade transferir os saldos das
contas de custos (classe 6) e proveitos (classe 7) para as principais contas de resultados de
classe 8)

Os lançamentos de apuramento de resultados permitem atingir simultaneamente dois


objectivos:

 O agrupamento indicando nas contas principais, indicando os ganhos e perdas que


resultam da atividade da empresa;
 Fechar as contas de custos e proveitos, de forma a ficarem com saldo nulo, após
transferência do seu saldo para a conta de resultados.

Esquematicamente:

6.2 7.1 6.9

Si) 20 1) 20 2) 40 si) 40 si) 10 3) 10

7.8

6
4) 15 Si) 15

Apuramento de resultado operacional (conta 8.1)

No apuramento dos resultados operacionais, são saldadas as contas de custos e proveitos


operacional.

Esquematicamente:

8.1

1) 20 2) 40
5) 20
Apuramento de resultado (conta 8.2)
Para apuramento de resultado financeiros, são saldadas as contas 6.9 e 7.9 do PGC
Esquematicamente:
8.2
3) 10 4) 15
6) 5

Apuramento de resultados correntes (conta 8.3)


Trata-se de um apuramento facultativo, na medida em que o PGC não prevê a utilização da
conta resultados correntes, deixando ao critério da empresa. Esta conta agrupa os saldos das
contas 8.1 e 8.2
Esquematicamente:
8.3
5) 20
6) 5
7) 8
8) 17
Apuramento de impostos sobre o rendimento (conta 8.5)

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O valor de imposto sobre o rendimento apurado, é considerado como a quantia estimada
para o imposto que incidira sobre os resultados corrigidos para efeito fiscais.
8.5
7) 8

Resultado líquido do exercício (conta 8.8)


O resultado líquido do exercício, apresenta três formas:
Positiva – se apresentar saldo credor significa que houve lucros liquido;
Negativa – se apresentar saldo devedor significa que houve prejuízos;
Nulo – significa que não houve lucros e ne prejuízos.
8.8
8) 17
9) 17

Resultados transitados
5.9
Sc) 17 9) 17
17 17

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Conclusão

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Referencias bibliográfica
Livros
Borges, A., Azevedo & Rodrigues, A (2002). Elementos da contabilidade geral. (20 ͦ. Ed).
São Paulo. Brasil.
Costa, C. B (2000). Auditoria financeira. (7 ͦ. Ed). Rei dos livros. São Paulo. Brasil.
Costa, C. B., & Alves, G., (2000). Contabilidade financeira. São Paulo. Brasil.
Plano oficial de contabilidade (2009).

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