Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CONTÁBEIS
ALBENICI CORREIA DE MELO
e-Book 1
Sumário
INTRODUÇÃO������������������������������������������������� 3
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS�������������������� 5
Apresentação apropriada e conformidade das de-
monstrações contábeis�������������������������������������������������������� 8
Continuidade das atividades da entidade��������������������������� 9
Regime de competência a ser observado nas demons-
trações contábeis��������������������������������������������������������������� 10
Materialidade e agregação na elaboração das de-
monstrações contábeis������������������������������������������������������ 10
Compensação de valores de itens constantes nas
demonstrações contábeis�������������������������������������������������� 11
Frequência de apresentação das demonstrações
contábeis����������������������������������������������������������������������������� 11
Informação comparativa das demonstrações contábeis12
Consistência de apresentação das demonstrações
contábeis����������������������������������������������������������������������������� 12
Estrutura e conteúdo das demonstrações contábeis������ 13
BALANCETE DE VERIFICAÇÃO�������������������� 15
Contas contábeis���������������������������������������������������������������� 15
Encerramento do Exercício Social������������������������������������� 19
Validação dos Saldos��������������������������������������������������������� 21
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
ABRANGENTE (DRA)������������������������������������ 34
3
Nesta disciplina você terá a oportunidade de co-
nhecer os relatórios de natureza formal, ou seja, os
relatórios contábeis, que vão além dos controles
gerenciais, e aprenderá como são elaborados, além
de sua relevância no cenário corporativo, uma vez
que evidenciam a situação econômico-financeira
de uma empresa.
4
DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS
As demonstrações financeiras exercem um impor-
tante papel na gestão de um negócio. Imagine como
seria tomar decisões sem referência alguma. As
demonstrações financeiras servem como bússola
para todos os usuários (stakeholders), uma vez que
fornecem informações acerca da situação de uma
entidade como um todo.
5
mentares. Para tanto, tomaremos como base os
Pronunciamentos nº 9 e 26 emitidos pelo Comitê
de Pronunciamentos Contábeis, que dita as nor-
mas contábeis para a convergência aos padrões
internacionais, além da Lei 6.404/76 (Lei das So-
ciedades Anônimas), alterada pela Lei 11.638/07.
SAIBA MAIS
A necessidade de convergência contábil aos padrões
internacionais motivou a criação do Comitê de Pronun-
ciamentos Contábeis, composto por pelo menos sete
entidades com interesse comum no estudo e uniformi-
zação das práticas contábeis no Brasil.
6
As informações disponíveis nos relatórios contá-
beis versam sobre:
1) Ativos;
2) Passivos;
3) Patrimônio líquido;
6) Fluxos de caixa.
g) Notas explicativas.
7
APRESENTAÇÃO APROPRIADA
E CONFORMIDADE DAS
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Como salientado anteriormente, a elaboração das
demonstrações contábeis exige a observância
de critérios e padronização de práticas, além das
disposições legais a respeito, para que haja uma
leitura comum por parte de seus usuários.
8
que adotou os Pronunciamentos, Interpretações e
Orientações aplicáveis, exceto nos casos em que a
representação adequada de uma informação requer
a dispensa de um Pronunciamento, Interpretação
ou Orientação, devendo informar de forma precisa
a razão pela qual deixou de aplicar determinado
instrumento, bem como os impactos dessa ação
nas demonstrações divulgadas.
9
REGIME DE COMPETÊNCIA
A SER OBSERVADO NAS
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
As demonstrações contábeis devem ser elabora-
das com observância do regime de competência,
exceto a demonstração do fluxo de caixa. O re-
gime de competência é observado para os itens
reconhecidos como ativos, passivos, patrimônio
líquido, receitas e despesas quando atenderem aos
critérios para tanto, de acordo com as disposições
do CPC. Consistem em registrar os elementos
do ativo, passivo, patrimônio líquido, receitas e
despesas quando incorrerem independentemente
de movimentação financeira, seja de entrada ou
saída de recursos.
MATERIALIDADE E AGREGAÇÃO
NA ELABORAÇÃO DAS
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Os elementos das demonstrações contábeis que
representam as transações efetuadas pela entida-
de devem ser segregados em classes de acordo
com sua natureza ou função, tornando os dados
condensados.
10
tábeis, requerendo a necessidade de observância
de tal fato em notas explicativas.
COMPENSAÇÃO DE VALORES
DE ITENS CONSTANTES NAS
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Exceto se for inerente à transação a que se deseja
representar, ativos, passivos, patrimônio líquido,
receitas e despesas não devem ser compensados
entre si, sob pena de afetar a compreensão efetiva
por parte do usuário do tipo de transação efetuada,
bem como os seus impactos nos fluxos futuros
da entidade.
FREQUÊNCIA DE APRESENTAÇÃO
DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
O conjunto de relatórios que compõem as demons-
trações contábeis deve ser divulgado pelo menos
de forma anual, sendo que qualquer evento que
implique na divulgação das demonstrações con-
tábeis em período inferior ou superior a um ano
deve ser informado.
11
INFORMAÇÃO COMPARATIVA DAS
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Salvo disposição emanada por Pronunciamento,
Interpretação ou Orientação em contrário, as infor-
mações presentes nos relatórios contábeis devem
ser divulgadas de forma comparativa em relação
ao período anterior. No caso, com pelo menos dois
balanços patrimoniais, bem como duas de cada
uma das demais demonstrações contábeis que
integram o conjunto dos relatórios contábeis, e
ainda as respectivas notas explicativas.
CONSISTÊNCIA DE APRESENTAÇÃO
DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Os itens que compõem as demonstrações con-
tábeis devem ser mantidos de um período para
outro, ou seja, se num determinado ano um item
era classificado em determinado grupo, essa clas-
12
sificação deve ser mantida, salvo se por alguma
razão houver mudança da natureza desse item,
que faz com que ele seja mais bem classificado
em outro grupo, ou ainda numa situação de revisão
de demonstrações contábeis, em que observa-se
a necessidade de reclassificações contábeis que
traduzem melhor a situação daquele item.
13
c) Período abrangido pelas demonstrações
contábeis;
1) Balanço patrimonial;
2) Demonstração do resultado;
6) Notas explicativas.
14
BALANCETE DE
VERIFICAÇÃO
A elaboração das demonstrações contábeis requer
a adoção de alguns procedimentos, dentre eles a
elaboração do Balancete de Verificação, que como
o próprio nome indica é um relatório que visa à
identificação de eventuais distorções existentes
nos registros contábeis, para somente após as
correções proceder com a confecção dos relató-
rios contábeis. Sua estrutura apresenta todas as
contas contábeis usadas pela entidade e que foram
movimentadas. Faz-se então necessário entender a
dinâmica contábil, ou seja, o mecanismo de débito
e crédito de contas adotado pela ciência contábil.
CONTAS CONTÁBEIS
A forma de apresentação das informações pre-
sentes nos relatórios contábeis se dá por meio da
adoção de contas, ou seja, há uma organização de
contas que possibilita a representação da situação
econômico-financeira de uma entidade.
15
elementos que representam, ou seja, as contas
devem receber um nome que permita ao usuário
identificar o seu conteúdo.
16
Conta Natureza Saldo em conta
Aumenta com Diminui com
Passivo credora crédito débito
Patrimônio credora crédito débito
líquido
Receita credora crédito débito
Despesa e devedora débito crédito
custo
Fonte: elaborado pela autora.
17
Sua elaboração não pode ser aleatória, uma vez
que precisa atender às Normas Brasileiras de
Contabilidade, bem como a legislação, e, ainda,
dependendo do segmento de atuação da entidade,
o plano de contas deve ser compatível com as nor-
mas expedidas por órgãos regulatórios específicos
(Bacen, ANEEL etc.).
SAIBA MAIS
Embora desenvolvido para fins fiscais, o plano de contas
referencial ajuda a entender a finalidade das contas
contábeis, uma vez que apresenta a descrição de uso
para cada uma delas. As entidades podem utilizá-lo
como ponto de partida para o desenvolvimento de seu
próprio plano de contas. O link a seguir pertencente ao
Sistema SPED apresenta o plano de contas referencial:
http://sped.rfb.gov.br/arquivo/show/4273
18
ENCERRAMENTO DO EXERCÍCIO
SOCIAL
A partir de agora conheceremos um relatório que,
como informado anteriormente, deve ser elabo-
rado antes das demonstrações contábeis, com a
finalidade de correção de eventuais distorções: o
Balancete de Verificação.
Tabela 2: Balancete de Verificação
A Arte de Brincar Indústria e Comércio de Brinquedos Ltda.
Balancete de Verificação referente ao período de X2
Saldos Iniciais X1 Movimentação no Saldos Finais X2
período
Nome da Devedor Credor Devedor Credor Devedor Credor
conta
Caixa Geral 2.833 9.000 10.612 1.221
19
A Arte de Brincar Indústria e Comércio de Brinquedos Ltda.
Balancete de Verificação referente ao período de X2
Saldos Iniciais X1 Movimentação no Saldos Finais X2
período
Nome da Devedor Credor Devedor Credor Devedor Credor
conta
Capital Social 3.000.000 3.000.000
20
identificação de discrepâncias e a possibilidade
de correção.
21
exercício, procedimento em que irá apurar qual foi
sua performance naquele período, que consiste
em encerrar os saldos das contas de resultado.
22
A Arte de Brincar Indústria e Comércio de Brinquedos Ltda.
Balancete de Verificação referente ao período de X2
Movimentação no período Saldos Finais X2
Nome da conta Devedor Credor Devedor Credor
Totais 2.860.032 3.656.084 2.860.032 3.656.084
23
A Arte de Brincar Indústria e Comércio de Brinquedos Ltda.
Balancete de Verificação referente ao período de X2
Movimentação no Lançamentos de Saldos Finais X2
período Encerramento
Nome da Devedor Credor Devedor Credor Devedor Credor
conta
Despesas 222.980 222.980
administra-
tivas
24
Tabela 5: Transferência do lucro para a conta Reserva de Lucros
A Arte de Brincar Indústria e Comércio de Brinquedos Ltda.
Balancete de Verificação referente ao período de X2
Saldos Iniciais X1 Movimentação no Saldos Finais X2
período
Nome da Devedor Credor Devedor Credor Devedor Credor
conta
Caixa Geral 2.833 9.000 10.612 1.221
25
A Arte de Brincar Indústria e Comércio de Brinquedos Ltda.
Balancete de Verificação referente ao período de X2
Saldos Iniciais X1 Movimentação no Saldos Finais X2
período
Nome da Devedor Credor Devedor Credor Devedor Credor
conta
Despesas 437.174 437.174
com pessoal
26
DEMONSTRAÇÃO DE
RESULTADO (DR)
A primeira demonstração contábil que conhece-
remos é o Demonstrativo de Resultado. Trata-se
de uma importante demonstração que pertence à
categoria de relatório dinâmico, pois evidencia as
transações que envolvem as receitas e despesas
da empresa em determinado período.
27
y Receita: são aumentos nos benefícios eco-
nômicos durante o período contábil, sob a forma
da entrada de recursos ou do aumento de ativos
ou diminuição de passivos, que resultam em au-
mentos do patrimônio líquido, e que não estejam
relacionados com a contribuição dos detentores
dos instrumentos patrimoniais;
y Ganho: são geradores de aumentos nos bene-
fícios econômicos em virtude de fatos não rela-
cionados às atividades operacionais da empresa.
y Despesa: despesas são decréscimos nos be-
nefícios econômicos durante o período contábil,
sob a forma da saída de recursos ou da redução
de ativos ou assunção de passivos, que resultam
em decréscimo do patrimônio líquido, e que não
estejam relacionados com a distribuição aos deten-
tores dos instrumentos patrimoniais da entidade;
y Perda: trata-se de eventos que geram a utili-
zação de recurso da empresa de forma anormal.
Os processos de uso de um recurso da empresa
sem correspondente intenção de ganho econômico
classificam-se como perda. Incêndios, inundações,
desperdícios no processo produtivo são exemplos.
y Custo: trata-se do consumo de recursos ligados
diretamente ao processo produtivo da empresa.
Para que a empresa ofereça seus bens/serviços, os
gastos necessários para tal fim são classificados
como custos. A matéria-prima para consumo pos-
28
terior deve ser classificada como Ativo e somente
quando é consumida é transferida para custo.
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
1 Receita bruta
2 (-) Deduções
3 Receita líquida
5 Lucro bruto
7 Resultado operacional
10 (-) IRPJ/CSLL
Onde,
29
pelo regime de competência (transferência, posse
do bem e dos riscos significativos), há atividades
específicas como construção civil/construção de
navios onde o reconhecimento da receita se dá
por etapas;
2) Deduções: engloba as vendas canceladas,
os abatimentos e os tributos incidentes sobre as
vendas, ou seja, sobre a Receita Bruta;
30
direto. Podem ser: administrativas, comerciais, gerais
etc. Há também aquelas que não se enquadram
nas categorias anteriores, que são classificadas
em outras despesas operacionais.
31
11) Resultado líquido do exercício: corresponde
ao resultado efetivo da empresa naquele período.
Se positivo indica lucro, ou seja, as receitas do pe-
ríodo foram superiores às despesas. Se negativo
indica prejuízo, ou seja, as despesas do período
foram superiores às receitas. O resultado líquido do
exercício possibilita o cálculo da “margem líquida”
(lucratividade) auferida pela entidade.
32
A Arte de Brincar Indústria e Comércio de Brinquedos Ltda.
CNPJ: 12.345.678/0001-23
Despesas com (437.174) (392.058)
pessoal
Despesas (222.980) (258.796)
administrativas
Despesas gerais (174.693) (116.527)
Resultado 1.411.302 1.453.083
operacional
Resultado (615.250) (758.888)
financeiro
Receita financeira 30.000 76.000
Despesas com (645.250) (834.888)
juros
Resultado antes do 796.052 694.195
IRPJ/CSLL
IRPJ/CSLL - -
Resultado Líquido 796.052 694.195
do Exercício
Fonte: elaborado pela autora.
a) Identificação da entidade;
b) Período de abrangência da demonstração;
e) Informação comparada;
33
DEMONSTRAÇÃO DO
RESULTADO ABRANGENTE
(DRA)
Vamos conhecer agora outra demonstração que
embora não esteja no bojo do artigo 176 da Lei
6.404/76 é considerada como de elaboração
obrigatória de acordo com a Resolução CFC nº
1.185/09. Estamos falando da Demonstração do
Resultado Abrangente (DRA).
34
ção atualizada quanto ao patrimônio da entidade
e o capital investido, permitindo que conheçam o
negócio em si desenvolvido pela entidade.
35
Tabela 7: Demonstração do Resultado Abrangente de empresa
fictícia
EMPRESA M MELO EM R$
20X2 20X1
Resultado do Exercício
(+/-) Outros Resultados Abrangentes
Variação de Reserva de Reavaliação (quando
ocorrer)
(+/-) Ganhos/Perdas em plano de previdência
complementar ou Conversão das Demonstra-
ções Contábeis para o exterior.
Ajuste de Avaliação Patrimonial
(+/-) Resultado Abrangente de empresas inves-
tidas (reconhecida pelo método de equivalência
patrimonial)
36
Tabela 8: DRA da empresa fictícia A Arte de Brincar
A Arte de Brincar Indústria e Comércio de Brinquedos Ltda.
CNPJ: 12.345.678/0001-23
Demonstração do Resultado Abrangente dos Exercícios X2 e
X1
Em R$ X2 X1
Resultado Líquido do Exercício 796.052 694.195
(+/-) Outros Resultados Abrangentes - -
(=) Resultado Abrangente do Período 796.052 694.195
37
BALANÇO PATRIMONIAL
(BP)
A segunda demonstração contábil que iremos
conhecer é o Balanço Patrimonial. Trata-se de
uma importante demonstração que evidencia a
situação econômico-financeira de uma entidade
como um todo, conforme analisaremos a seguir.
O PATRIMÔNIO
O próprio nome da demonstração já invoca o seu
propósito, qual seja: o de apresentar informações
acerca do patrimônio de uma entidade. Se pensar-
mos a contabilidade como ciência que possui o
“patrimônio” como objeto, chegaremos à seguinte
definição: patrimônio é o conjunto de bens, direitos
e obrigações de uma entidade. Ao conjunto de bens
e direitos atribuímos a denominação de Ativo, que
contempla a parte “boa” da entidade. As obriga-
ções correspondem à parte “ruim” da entidade e
recebem o nome de Passivo. A diferença de Ativo
e Passivo é o Patrimônio Líquido.
38
qual há diferentes tipos de relatórios contábeis
com propósitos distintos. No caso do Balanço Pa-
trimonial, trata-se de uma demonstração estática,
pois visa a apresentar a situação de uma entidade
em dado momento.
39
ATIVO
Sabemos que no Ativo devemos registrar os bens e
direitos pertencentes a uma entidade, mas, afinal,
o que é um Ativo?
40
y Bens de venda: ativos que pertencem à entidade
e que há a intenção de sua venda;
y Bens de uso: bens que pertencem à entidade,
mas que não há intenção de venda;
y Bens de renda: bens que pertencem à entidade
e que geram benefícios mediante sua valorização
ou locação.
PASSIVO
A manutenção das atividades de uma entidade
depende de recursos, que podem ser obtidos de
forma própria, ou seja, por meio dos investimentos
dos próprios sócios, ou, ainda, junto a terceiros,
como nas financeiras, por exemplo. Todas as obri-
gações que uma entidade possui junto a terceiros
ou sócios/investidores devem ser registradas no
Passivo. Temos então que: Passivo é uma obriga-
ção presente na entidade, derivada de eventos já
ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte
em saída de recursos capazes de gerar benefícios
econômicos.
41
ros, sendo uma das possibilidades de origens de
recursos para que a entidade possa desenvolver
as suas atividades.
42
Tabela 10: Ativo e Passivo
Ativo = aplicação dos Passivo = origens dos
recursos recursos
Onde a entidade aplicou os re- Terceiros (instituições
cursos que ela obteve junto a financeiras/mútuos etc.),
terceiros ou com investidores com quem a entidade obteve
recursos
Patrimônio Líquido
Investidores, sócios com
quem a entidade obteve
recursos
43
BALANÇO PATRIMONIAL
Circulante Circulante
Não Circulante Não Circulante
Realizável a Longo Prazo Patrimônio Líquido
Investimentos
Imobilizado
Intangível
Fonte: elaborado pela autora.
44
Quando o ciclo operacional é claramente identifi-
cável pela entidade deve classificar as transações
que efetua em “Circulante” ou “Não Circulante”.
y Circulante: abrange as operações realizáveis ou
exigíveis num intervalo de tempo igual ou inferior
a 12 (doze) meses a contar da data da divulgação
das demonstrações contábeis.
y Não Circulante: abrange as operações não
classificadas no Circulante, ou seja, cujo prazo de
realização ou exigência ocorrem após 12 (doze)
meses a contar da data da divulgação das demons-
trações contábeis.
45
Imagine uma entidade que divulga suas demonstra-
ções contábeis em 31 de dezembro de X1, os bens
e direitos que ela tem para realizar até 31/12/X2
devem estar classificados em contas do Circulante
e os realizáveis após esse período devem estar
alocados no Não Circulante. Isso também vale para
as obrigações, aquelas cuja exigência se dá em
até 12 (doze) meses devem ser classificadas no
Circulante e após esse período no Não Circulante.
46
y Clientes: correspondem aos valores que a
entidade possui a receber de clientes;
y Outros créditos: é composto por valores que a
entidade tem para receber ou compensar;
y Tributos a compensar: devem ser alocados
os valores que a entidade possui a compensar de
impostos pagos a mais ou indevidos;
y Investimentos temporários em curto prazo:
são os valores de investimentos em aplicações
para revenda, ou seja, têm natureza meramente
especulativa;
y Estoques: são os valores referentes ao estoque
da entidade;
y Despesas do exercício seguinte: correspondem
a créditos contra terceiros realizáveis no exercício
seguinte;
47
y Intangível: alocam-se neste grupo os bens in-
tangíveis destinados à manutenção das atividades
da entidade.
48
y Reservas de Capital: são valores de incremen-
tos efetuados pelos investidores, não havendo
transição pelo resultado da entidade;
y Ajustes de Avaliação Patrimonial: este grupo
foi estabelecido pela Lei 11.638/07 e deve abranger
os ajustes decorrentes do valor justo que deve ser
atribuído ao patrimônio da entidade;
y Reservas de Lucros: são formadas pelos resul-
tados positivos (lucros) da entidade não distribuídos
aos seus investidores;
y Ações em Tesouraria: contemplam as ações
destinadas à recompra pela própria entidade, não
disponibilizadas no mercado para serem negociadas;
y Prejuízos Acumulados: são formadas pelos
resultados negativos (prejuízos) que a entidade
auferiu desenvolvendo as suas atividades.
49
Tabela 13: Balanço Patrimonial da empresa fictícia A Arte de
Brincar
50
b) Período de abrangência da demonstração;
c) Moeda usada na demonstração;
d) Nível de arredondamento da moeda;
e) Informação comparada;
f) O equilíbrio entre Ativo e Passivo, indicando
saldos iguais.
51
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este e-book nos permitiu conhecer três importantes
demonstrações contábeis de elaboração obriga-
tória de acordo com a legislação. Embora tenham
natureza impositiva, as demonstrações devem ser
vistas como ferramentas indispensáveis no pro-
cesso de avaliação da situação de uma entidade.
52
Referências Bibliográficas
& Consultadas
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS
– CPC. Pronunciamentos. Disponível em: http://
www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/
Pronunciamentos.