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ESTRUTURA E DEMONSTRAÇÕES

CONTÁBEIS
ALBENICI CORREIA DE MELO

e-Book 1
Sumário
INTRODUÇÃO������������������������������������������������� 3

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS�������������������� 5
Apresentação apropriada e conformidade das de-
monstrações contábeis�������������������������������������������������������� 8
Continuidade das atividades da entidade��������������������������� 9
Regime de competência a ser observado nas demons-
trações contábeis��������������������������������������������������������������� 10
Materialidade e agregação na elaboração das de-
monstrações contábeis������������������������������������������������������ 10
Compensação de valores de itens constantes nas
demonstrações contábeis�������������������������������������������������� 11
Frequência de apresentação das demonstrações
contábeis����������������������������������������������������������������������������� 11
Informação comparativa das demonstrações contábeis12
Consistência de apresentação das demonstrações
contábeis����������������������������������������������������������������������������� 12
Estrutura e conteúdo das demonstrações contábeis������ 13

BALANCETE DE VERIFICAÇÃO�������������������� 15
Contas contábeis���������������������������������������������������������������� 15
Encerramento do Exercício Social������������������������������������� 19
Validação dos Saldos��������������������������������������������������������� 21

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO (DR)������ 27

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
ABRANGENTE (DRA)������������������������������������ 34

BALANÇO PATRIMONIAL (BP)�������������������� 38


O patrimônio������������������������������������������������������������������������ 38
Ativo������������������������������������������������������������������������������������� 40
INTRODUÇÃO
Você já parou para pensar como empresários tomam
decisões em seus negócios, como as instituições
financeiras concedem empréstimos às empresas?
E, ainda, como as empresas são avaliadas? Essas e
outras perguntas sobre as operações empresariais
podem ser respondidas por meio dos controles
internos que as empresas adotam e que resultam
em informações.

Todas as operações que uma empresa efetua são


evidenciadas por meio de seus controles, que por
sua vez resultam em relatórios. Então, se a em-
presa vende, ela terá um relatório de vendas, se
ela compra, terá um controle de compras ou um
“contas a pagar” e assim um relatório de tudo que
ela julgar necessário para o desenvolvimento de
suas atividades.

Percebe-se que uma empresa tem a liberdade de


desenvolver os relatórios que atendam às suas ne-
cessidades de gestão, os quais são referenciados
como demonstrações financeiras. Entretanto, há
relatórios formais que possuem estrutura pré-de-
terminada, não só por força da legislação, mas
também como normas emitidas pelas entidades
competentes, que são o que chamamos de rela-
tórios contábeis.

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Nesta disciplina você terá a oportunidade de co-
nhecer os relatórios de natureza formal, ou seja, os
relatórios contábeis, que vão além dos controles
gerenciais, e aprenderá como são elaborados, além
de sua relevância no cenário corporativo, uma vez
que evidenciam a situação econômico-financeira
de uma empresa.

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DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS
As demonstrações financeiras exercem um impor-
tante papel na gestão de um negócio. Imagine como
seria tomar decisões sem referência alguma. As
demonstrações financeiras servem como bússola
para todos os usuários (stakeholders), uma vez que
fornecem informações acerca da situação de uma
entidade como um todo.

Vale mencionar-se que as demonstrações finan-


ceiras têm natureza gerencial, ou seja, cada enti-
dade determina qual tipo de relatório irá usar para
controlar uma informação e assim desenvolver
as suas atividades. As demonstrações contábeis,
por sua vez, para serem elaboradas, requerem a
observância de ditames regulamentares emanados
pelas entidades competentes.

Essa formalidade exigida decorre do fato de que


são balizadoras de processos decisórios, sendo
assim não poderiam ser elaboradas de acordo com
a conveniência de cada entidade, além do fato de
que, adotando-se os mesmos padrões de elabo-
ração, possibilitam a comparabilidade entre eles.

O foco aqui é justamente explorar os relatórios


contábeis, quais são e como devem ser elabora-
dos, em consonância com as disposições regula-

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mentares. Para tanto, tomaremos como base os
Pronunciamentos nº 9 e 26 emitidos pelo Comitê
de Pronunciamentos Contábeis, que dita as nor-
mas contábeis para a convergência aos padrões
internacionais, além da Lei 6.404/76 (Lei das So-
ciedades Anônimas), alterada pela Lei 11.638/07.

SAIBA MAIS
A necessidade de convergência contábil aos padrões
internacionais motivou a criação do Comitê de Pronun-
ciamentos Contábeis, composto por pelo menos sete
entidades com interesse comum no estudo e uniformi-
zação das práticas contábeis no Brasil.

Acesse o site do CPC e entenda melhor sua função


dentro do cenário contábil brasileiro: http://www.cpc.
org.br/CPC.

As demonstrações contábeis consistem na re-


presentação estruturada da posição patrimonial
e financeira e do desempenho de uma entidade,
proporcionando informações aos interessados
(stakeholders) e contribuindo para o processo de
avaliação e tomada de decisão.

É possível, por meio das demonstrações contá-


beis, identificar como estão sendo gerenciados os
recursos pela entidade, bem como sua condição
em prestar contas aos seus investidores.

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As informações disponíveis nos relatórios contá-
beis versam sobre:

1) Ativos;

2) Passivos;

3) Patrimônio líquido;

4) Receitas e despesas, incluindo ganhos e perdas;

5) Mutações no capital próprio em virtude de in-


tegralizações e/ou distribuições aos proprietários;

6) Fluxos de caixa.

O conjunto completo das demonstrações contá-


beis inclui:

a) Balanço patrimonial ao final do período;

b) Demonstração do resultado do período;

c) Demonstração do resultado abrangente do


período;

d) Demonstração das mutações do patrimônio


líquido do período;

e) Demonstração dos fluxos de caixa do período;

f) Demonstração do valor adicionado do período;

g) Notas explicativas.

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APRESENTAÇÃO APROPRIADA
E CONFORMIDADE DAS
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Como salientado anteriormente, a elaboração das
demonstrações contábeis exige a observância
de critérios e padronização de práticas, além das
disposições legais a respeito, para que haja uma
leitura comum por parte de seus usuários.

A legislação, bem como o CPC, emana as práticas


que devem ser observadas pelas entidades. As
demonstrações contábeis são consideradas apro-
priadas quando na sua elaboração há a observân-
cia do que está determinado na legislação e nos
Pronunciamentos, Interpretações e Orientações
emitidos pelo CPC, tornando-as representação
apropriada daquilo que se propõem a retratar.

Dessa maneira, quando a entidade observa todas


as determinações divulgadas pela legislação e pelo
CPC, através de seus Pronunciamentos, Interpre-
tações e Orientações, seus relatórios contábeis
estarão em conformidade e isso deve ser informado
de forma clara, explícita e sem reservas.

Há casos, no entanto, em que a entidade percebe


que a adoção de determinado Pronunciamento,
Interpretação ou Orientação fará com que não haja
a representação apropriada do elemento, ato que
deve ser informado. Ou seja, a entidade deve divulgar

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que adotou os Pronunciamentos, Interpretações e
Orientações aplicáveis, exceto nos casos em que a
representação adequada de uma informação requer
a dispensa de um Pronunciamento, Interpretação
ou Orientação, devendo informar de forma precisa
a razão pela qual deixou de aplicar determinado
instrumento, bem como os impactos dessa ação
nas demonstrações divulgadas.

CONTINUIDADE DAS ATIVIDADES


DA ENTIDADE
A organização deve elaborar as demonstrações
contábeis com base na sua continuidade, par-
tindo do entendimento de que vai seguir o fluxo
de operações normalmente, dentro de um futuro
previsível, de pelo menos dozes meses, mas não
se limitando a esse período.

Caso haja alguma informação de que haverá des-


continuidade do negócio, essa informação deve
ser transmitida nas demonstrações contábeis.

Dessa forma, se uma entidade divulga suas demons-


trações contábeis sem ressalva alguma quanto à
sua continuidade, entende-se que continuará ope-
rando normalmente por pelo menos mais um ano.

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REGIME DE COMPETÊNCIA
A SER OBSERVADO NAS
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
As demonstrações contábeis devem ser elabora-
das com observância do regime de competência,
exceto a demonstração do fluxo de caixa. O re-
gime de competência é observado para os itens
reconhecidos como ativos, passivos, patrimônio
líquido, receitas e despesas quando atenderem aos
critérios para tanto, de acordo com as disposições
do CPC. Consistem em registrar os elementos
do ativo, passivo, patrimônio líquido, receitas e
despesas quando incorrerem independentemente
de movimentação financeira, seja de entrada ou
saída de recursos.

MATERIALIDADE E AGREGAÇÃO
NA ELABORAÇÃO DAS
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Os elementos das demonstrações contábeis que
representam as transações efetuadas pela entida-
de devem ser segregados em classes de acordo
com sua natureza ou função, tornando os dados
condensados.

Caso o elemento isolado não seja material para


ser divulgado separadamente, deve ser agregado
a outros itens presentes nas demonstrações con-

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tábeis, requerendo a necessidade de observância
de tal fato em notas explicativas.

COMPENSAÇÃO DE VALORES
DE ITENS CONSTANTES NAS
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Exceto se for inerente à transação a que se deseja
representar, ativos, passivos, patrimônio líquido,
receitas e despesas não devem ser compensados
entre si, sob pena de afetar a compreensão efetiva
por parte do usuário do tipo de transação efetuada,
bem como os seus impactos nos fluxos futuros
da entidade.

FREQUÊNCIA DE APRESENTAÇÃO
DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
O conjunto de relatórios que compõem as demons-
trações contábeis deve ser divulgado pelo menos
de forma anual, sendo que qualquer evento que
implique na divulgação das demonstrações con-
tábeis em período inferior ou superior a um ano
deve ser informado.

As demonstrações contábeis devem ser divulga-


das de forma comparativa aos períodos anteriores
correspondentes e ainda as razões quando não
houver possibilidade de comparabilidade integral.

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INFORMAÇÃO COMPARATIVA DAS
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Salvo disposição emanada por Pronunciamento,
Interpretação ou Orientação em contrário, as infor-
mações presentes nos relatórios contábeis devem
ser divulgadas de forma comparativa em relação
ao período anterior. No caso, com pelo menos dois
balanços patrimoniais, bem como duas de cada
uma das demais demonstrações contábeis que
integram o conjunto dos relatórios contábeis, e
ainda as respectivas notas explicativas.

Se para a compreensão de uma informação cor-


rente relevante houver a necessidade de dados
de eventos passados eles também devem ser
divulgados de forma comparativa, inclusive na
informação narrativa.

As informações apresentadas de forma compa-


rativa ajudam os usuários a compreenderem a
desenvoltura da entidade e observar tendências
que auxiliam no processo de tomada de decisão.

CONSISTÊNCIA DE APRESENTAÇÃO
DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Os itens que compõem as demonstrações con-
tábeis devem ser mantidos de um período para
outro, ou seja, se num determinado ano um item
era classificado em determinado grupo, essa clas-

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sificação deve ser mantida, salvo se por alguma
razão houver mudança da natureza desse item,
que faz com que ele seja mais bem classificado
em outro grupo, ou ainda numa situação de revisão
de demonstrações contábeis, em que observa-se
a necessidade de reclassificações contábeis que
traduzem melhor a situação daquele item.

ESTRUTURA E CONTEÚDO DAS


DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
As demonstrações contábeis devem ser elabora-
das de forma clara e com distinção precisa uma
das outras. Deve haver menção de que as práticas
contábeis brasileiras que recaem apenas nas de-
monstrações contábeis foram adotadas e com isso
dar ciência aos usuários quanto à metodologia
empregada na elaboração das demonstrações
contábeis, principalmente se acompanhadas de
outros relatórios cuja elaboração não requer a
observância de tais práticas.

As seguintes informações devem estar disponíveis


junto às demonstrações contábeis:

a) O nome da entidade, ou outro meio que permita


a sua identificação, a que se referem as demons-
trações contábeis;
b) Se as demonstrações contábeis pertencem a
uma entidade individual ou a um grupo de entidades;

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c) Período abrangido pelas demonstrações
contábeis;

d) A moeda em que as demonstrações contábeis


estão sendo apresentadas, observando as dispo-
sições a respeito;

e) O nível de arredondamento adotado na apre-


sentação das demonstrações contábeis, ou seja,
a apresentação em milhares ou mesmo milhões
de unidades da moeda de apresentação tende a
oferecer maior compreensibilidade das informa-
ções aos usuários.

Agora que já conhecemos os requisitos que


devem ser observados quando elaboramos as
demonstrações contábeis, chegou o momento
de conhecermos os relatórios que compõem as
demonstrações contábeis. São eles:

1) Balanço patrimonial;
2) Demonstração do resultado;

3) Demonstração do resultado abrangente;

4) Demonstração das mutações do patrimônio


líquido;

5) Demonstração dos fluxos de caixa;

6) Notas explicativas.

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BALANCETE DE
VERIFICAÇÃO
A elaboração das demonstrações contábeis requer
a adoção de alguns procedimentos, dentre eles a
elaboração do Balancete de Verificação, que como
o próprio nome indica é um relatório que visa à
identificação de eventuais distorções existentes
nos registros contábeis, para somente após as
correções proceder com a confecção dos relató-
rios contábeis. Sua estrutura apresenta todas as
contas contábeis usadas pela entidade e que foram
movimentadas. Faz-se então necessário entender a
dinâmica contábil, ou seja, o mecanismo de débito
e crédito de contas adotado pela ciência contábil.

CONTAS CONTÁBEIS
A forma de apresentação das informações pre-
sentes nos relatórios contábeis se dá por meio da
adoção de contas, ou seja, há uma organização de
contas que possibilita a representação da situação
econômico-financeira de uma entidade.

Podemos dizer que as contas contábeis compõem


a representação dos elementos patrimoniais
quando pertencentes ao Balanço Patrimonial ou
elementos de resultado, quando integrantes da
Demonstração de Resultado. Elas devem receber
nomes que permitam identificar a natureza dos

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elementos que representam, ou seja, as contas
devem receber um nome que permita ao usuário
identificar o seu conteúdo.

Por exemplo, a conta denominada “duplicatas a


receber”, onde serão registradas as operações
de vendas efetuadas pela entidade, a conta de-
nominada “estoque”, onde serão registradas as
operações envolvendo estoques da entidade, e
assim por diante. As contas podem ser:
y Ativas, quando pertencentes ao grupo do Ativo,
possuem natureza devedora “D”;
y Passivas, quando integrantes do grupo do
Passivo, possuem natureza credora “C”;
y De resultado, quando integrarem a Demonstra-
ção de Resultado e forem usadas para apuração
do resultado da entidade; podem ser receitas com
natureza de saldo credor “C” ou despesas com
natureza de saldo devedor “D”;
y De compensação, quando voltadas para fins
de controle gerencial sem impacto no patrimônio
ou resultado.

A tabela abaixo evidencia a dinâmica das contas


contábeis em relação aos grupos a que pertencem:
Tabela 1: Dinâmica das contas contábeis
Conta Natureza Saldo em conta
Aumenta com Diminui com
Ativo devedora débito crédito

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Conta Natureza Saldo em conta
Aumenta com Diminui com
Passivo credora crédito débito
Patrimônio credora crédito débito
líquido
Receita credora crédito débito
Despesa e devedora débito crédito
custo
Fonte: elaborado pela autora.

Verificaremos mais adiante que as contas são


adotadas a depender da demonstração contábil
em questão.

Com a necessidade de utilização de contas para


registro das operações de uma entidade, faz-se
necessária a adoção de um relatório que contemple
todas as contas de uma entidade. Esse relatório
recebe a denominação de plano de contas.

Plano de contas pode ser considerado o rol de itens


denominados “contas” adotado pelas entidades e
contendo as contas que melhor representam as
suas transações, norteando assim os registros
contábeis.

Dessa forma, o plano de contas tem como objetivo


servir de guia para que a contabilidade registre
as operações efetuadas pela entidade, além de
atender às necessidades dos usuários internos
(administradores) das informações contábeis da
entidade.

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Sua elaboração não pode ser aleatória, uma vez
que precisa atender às Normas Brasileiras de
Contabilidade, bem como a legislação, e, ainda,
dependendo do segmento de atuação da entidade,
o plano de contas deve ser compatível com as nor-
mas expedidas por órgãos regulatórios específicos
(Bacen, ANEEL etc.).

No labor contábil também nos depararemos com


a referência de plano de contas SPED (a sigla
significa Sistema Público de Escrituração Digital),
que nada mais é do que um plano de contas re-
ferencial adotado pela legislação tributária para
fins de elaboração e entrega de declarações de
natureza fiscal. A entidade deve então efetuar um
“DE-PARA” de seu plano de contas para o plano de
contas referencial, a fim de atender às demandas
de natureza tributária.

SAIBA MAIS
Embora desenvolvido para fins fiscais, o plano de contas
referencial ajuda a entender a finalidade das contas
contábeis, uma vez que apresenta a descrição de uso
para cada uma delas. As entidades podem utilizá-lo
como ponto de partida para o desenvolvimento de seu
próprio plano de contas. O link a seguir pertencente ao
Sistema SPED apresenta o plano de contas referencial:
http://sped.rfb.gov.br/arquivo/show/4273

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ENCERRAMENTO DO EXERCÍCIO
SOCIAL
A partir de agora conheceremos um relatório que,
como informado anteriormente, deve ser elabo-
rado antes das demonstrações contábeis, com a
finalidade de correção de eventuais distorções: o
Balancete de Verificação.
Tabela 2: Balancete de Verificação
A Arte de Brincar Indústria e Comércio de Brinquedos Ltda.
Balancete de Verificação referente ao período de X2
Saldos Iniciais X1 Movimentação no Saldos Finais X2
período
Nome da Devedor Credor Devedor Credor Devedor Credor
conta
Caixa Geral 2.833 9.000 10.612 1.221

Bancos c/ 237.415 65.544 125.700 177.259


Movimento

Aplicações 1.278.128 311.769 1.589.897


Financeiras

Duplicatas a 765.236 1.755.360 1.552.719 967.877


Receber

Estoques 2.871.961 1.988.907 964.080 3.896.788

Partes Rela- 2.387.500 587.300 1.800.200


cionadas LP

Investimentos 360.000 360.000

Imobilizado 886.278 28.312 857.966

Intangível 400.000 400.000

Fornecedores 547.693 255.732 397.673 689.634

Empréstimos 2.478.978 1.191.870 1.024.150 2.311.258

Obrigações 587.258 549.072 437.174 475.360


Trabalhistas

Obrigações 537.568 241.277 226.078 522.369


Tributárias

Contas a 110.247 187.094 297.341


Pagar

Tributos 1.233.412 31.587 1.264.999


Parcelados

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A Arte de Brincar Indústria e Comércio de Brinquedos Ltda.
Balancete de Verificação referente ao período de X2
Saldos Iniciais X1 Movimentação no Saldos Finais X2
período
Nome da Devedor Credor Devedor Credor Devedor Credor
conta
Capital Social 3.000.000 3.000.000

Reserva de 694.195 694.195


Lucros

Receita com 3.626.084 3.626.084


vendas

Deduções s/ 189.777 189.777


vendas

Impostos s/ 226.078 226.078


vendas

Custo dos 964.080 964.080


produtos
vendidos

Despesas com 437.174 437.174


pessoal

Despesas 222.980 222.980


administrativas

Despesas 174.693 174.693


gerais

Receita 30.000 30.000


financeira

Despesas com 645.250 645.250


juros

Totais 9.189.351 9.189.351 9.228.563 9.228.563 12.911.240 12.911.240

Fonte: elaborado pela autora

É possível perceber que o Balancete de Verificação


apresenta todas as contas contábeis que receberam
movimentação, independentemente de sua natu-
reza, ou seja, contas do ativo, passivo, patrimônio
líquido, receita, despesa ou custo.

Sua validade advém da adoção do método universal


das partidas dobradas: a todo débito correspon-
de um crédito de igual valor, permitindo assim a

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identificação de discrepâncias e a possibilidade
de correção.

O Balancete de Verificação nada mais é do que


um relatório que contempla todas as contas da
entidade que receberam movimentação no período
em análise. Dessa maneira, os saldos devedores
devem corresponder aos saldos credores.

Com o Balancete de Verificação, a entidade possui


as informações necessárias para a elaboração
das demonstrações contábeis. Conheceremos
a primeira delas: o Demonstrativo de Resultado.

VALIDAÇÃO DOS SALDOS


Percebemos que as demonstrações contábeis
precisam ser divulgadas pelo menos uma vez ao
ano. Dessa forma ao fim de cada exercício social
a entidade precisa fazer o levantamento de suas
contas para fins de apuração de sua situação
econômico-patrimonial, momento em que os pro-
cedimentos a seguir devem ser adotados.

De posse das informações constantes no Balancete


de Verificação, a entidade terá que fazer a checagem
de validação de saldos, ou seja, terá que confirmar
se todos os saldos informados no Balancete de
Verificação estão corretos e possuem lastro.

Validados os saldos, a entidade deve então pro-


ceder com os lançamentos de encerramento do

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exercício, procedimento em que irá apurar qual foi
sua performance naquele período, que consiste
em encerrar os saldos das contas de resultado.

Tomemos nosso exemplo da empresa A Arte de


Brincar, que no início do período de X2 apresentava
o total de R$ 9.189.351 de saldos. Observe que
apenas as contas patrimoniais possuem saldos
iniciais. As movimentações em contas de resul-
tado no período de X2 totalizam R$ 2.860.032
para débitos e R$ 3.656.084 para créditos, onde
se faz necessário o encerramento das contas de
resultado, que apresentam os seguintes saldos:
Tabela 3: Análise de saldos de Balancete de Verificação
A Arte de Brincar Indústria e Comércio de Brinquedos Ltda.
Balancete de Verificação referente ao período de X2
Movimentação no período Saldos Finais X2
Nome da conta Devedor Credor Devedor Credor
Receita com 3.626.084 3.626.084
vendas

Deduções s/ 189.777 189.777


vendas

Impostos s/ 226.078 226.078


vendas

Custo dos produ- 964.080 964.080


tos vendidos

Despesas com 437.174 437.174


pessoal

Despesas 222.980 222.980


administrativas

Despesas gerais 174.693 174.693

Receita financeira 30.000 30.000

Despesas com 645.250 645.250


juros

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A Arte de Brincar Indústria e Comércio de Brinquedos Ltda.
Balancete de Verificação referente ao período de X2
Movimentação no período Saldos Finais X2
Nome da conta Devedor Credor Devedor Credor
Totais 2.860.032 3.656.084 2.860.032 3.656.084

Fonte: elaborado pela autora

A prática de encerramento de exercício consiste


em transferir os saldos de todas as contas de
resultado para uma conta transitória que chama-
remos de “Apuração de Resultado do Exercício”.
Dessa forma as contas de receita que apresentam
saldos credores devem ser debitadas e as contas
de despesa que apresentam saldos devedores,
devem ser creditadas, não devendo haver saldos
nestas contas:
Tabela 4: Apuração de Resultado do Exercício
A Arte de Brincar Indústria e Comércio de Brinquedos Ltda.
Balancete de Verificação referente ao período de X2
Movimentação no Lançamentos de Saldos Finais X2
período Encerramento
Nome da Devedor Credor Devedor Credor Devedor Credor
conta
Receita com 3.626.084 3.626.084 3.626.084
vendas

Deduções s/ 189.777 189.777


vendas

Impostos s/ 226.078 226.078


vendas

Custo dos 964.080 964.080


produtos
vendidos

Despesas 437.174 437.174


com pessoal

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A Arte de Brincar Indústria e Comércio de Brinquedos Ltda.
Balancete de Verificação referente ao período de X2
Movimentação no Lançamentos de Saldos Finais X2
período Encerramento
Nome da Devedor Credor Devedor Credor Devedor Credor
conta
Despesas 222.980 222.980
administra-
tivas

Despesas 174.693 174.693


gerais

Receita 30.000 30.000


financeira

Despesas 645.250 645.250


com juros

Apuração do 2.860.032 3.656.084 796.052


Resultado do
Exercício

Totais 2.860.032 3.656.084 6.516.116 6.516.116

Fonte: elaborado pela autora

Observe que a conta de Apuração do Resultado do


Exercício depois dos lançamentos de encerramen-
to (destacados em azul) ficou com o saldo de R$
796.052 credor, que indica que a empresa fechou
o exercício de X2 com o lucro de R$ 796.052, lucro
que deverá ser transferido para a conta de Reserva
de Lucros pertencente ao grupo do Patrimônio
Líquido:

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Tabela 5: Transferência do lucro para a conta Reserva de Lucros
A Arte de Brincar Indústria e Comércio de Brinquedos Ltda.
Balancete de Verificação referente ao período de X2
Saldos Iniciais X1 Movimentação no Saldos Finais X2
período
Nome da Devedor Credor Devedor Credor Devedor Credor
conta
Caixa Geral 2.833 9.000 10.612 1.221

Bancos c/ 237.415 65.544 125.700 177.259


Movimento

Aplicações 1.278.128 311.769 1.589.897


Financeiras

Duplicatas a 765.236 1.755.360 1.552.719 967.877


Receber

Estoques 2.871.961 1.988.907 964.080 3.896.788

Partes Rela- 2.387.500 587.300 1.800.200


cionadas LP

Investimentos 360.000 360.000

Imobilizado 886.278 28.312 857.966

Intangível 400.000 400.000

Fornecedores 547.693 255.732 397.673 689.634

Empréstimos 2.478.978 1.191.870 1.024.150 2.311.258

Obrigações 587.258 549.072 437.174 475.360


Trabalhistas

Obrigações 537.568 241.277 226.078 522.369


Tributárias

Contas a 110.247 187.094 297.341


Pagar

Tributos 1.233.412 31.587 1.264.999


Parcelados

Capital Social 3.000.000 3.000.000

Reserva de 694.195 796.052 1.490.247


Lucros

Receita com 3.626.084 3.626.084


vendas

Deduções s/ 189.777 189.777


vendas

Impostos s/ 226.078 226.078


vendas

Custo dos 964.080 964.080


produtos
vendidos

25
A Arte de Brincar Indústria e Comércio de Brinquedos Ltda.
Balancete de Verificação referente ao período de X2
Saldos Iniciais X1 Movimentação no Saldos Finais X2
período
Nome da Devedor Credor Devedor Credor Devedor Credor
conta
Despesas 437.174 437.174
com pessoal

Despesas 222.980 222.980


administra-
tivas

Despesas 174.693 222.980


gerais

Receita 30.000 30.000


financeira

Despesas 645.250 645.250


com juros

Apuração do 3.656.084 3.656.084


Resultado do
Exercício

Totais 9.189.351 9.189.351 16.540.731 16.540.731 10.051.208 10.051.208

Fonte: elaborado pela autora

Pronto! Agora as demonstrações contábeis obri-


gatórias já podem ser elaboradas!

26
DEMONSTRAÇÃO DE
RESULTADO (DR)
A primeira demonstração contábil que conhece-
remos é o Demonstrativo de Resultado. Trata-se
de uma importante demonstração que pertence à
categoria de relatório dinâmico, pois evidencia as
transações que envolvem as receitas e despesas
da empresa em determinado período.

Dessa maneira, a Demonstração do Resultado do


Exercício (DRE) possibilita identificar o desempe-
nho (performance) da empresa no período a que
corresponde. A DRE pode ser levantada de acordo
com a conveniência da empresa, ela indica as
receitas e despesas.
y Receitas maiores que as despesas = lucro ou
superávit.
y Receitas menores que as despesas = prejuízo
ou déficit.

Importante entender os conceitos adotados na


elaboração da DRE para que sua interpretação
seja correta. A estrutura da DRE é segmentada por
atividades/natureza das operações.

Conceitos de “receita”, “ganho”, “despesa”, “perda”


e “custo” estão definidos no CPC 26, observe:

27
y Receita: são aumentos nos benefícios eco-
nômicos durante o período contábil, sob a forma
da entrada de recursos ou do aumento de ativos
ou diminuição de passivos, que resultam em au-
mentos do patrimônio líquido, e que não estejam
relacionados com a contribuição dos detentores
dos instrumentos patrimoniais;
y Ganho: são geradores de aumentos nos bene-
fícios econômicos em virtude de fatos não rela-
cionados às atividades operacionais da empresa.
y Despesa: despesas são decréscimos nos be-
nefícios econômicos durante o período contábil,
sob a forma da saída de recursos ou da redução
de ativos ou assunção de passivos, que resultam
em decréscimo do patrimônio líquido, e que não
estejam relacionados com a distribuição aos deten-
tores dos instrumentos patrimoniais da entidade;
y Perda: trata-se de eventos que geram a utili-
zação de recurso da empresa de forma anormal.
Os processos de uso de um recurso da empresa
sem correspondente intenção de ganho econômico
classificam-se como perda. Incêndios, inundações,
desperdícios no processo produtivo são exemplos.
y Custo: trata-se do consumo de recursos ligados
diretamente ao processo produtivo da empresa.
Para que a empresa ofereça seus bens/serviços, os
gastos necessários para tal fim são classificados
como custos. A matéria-prima para consumo pos-

28
terior deve ser classificada como Ativo e somente
quando é consumida é transferida para custo.

Vamos conhecer a estrutura do Demonstrativo de


Resultado?

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO

1 Receita bruta

2 (-) Deduções

3 Receita líquida

4 (-) Custo dos produtos/serviços vendidos

5 Lucro bruto

6 (-) Despesas operacionais

7 Resultado operacional

8 (+/-) Resultado financeiro

9 Resultado antes do IRPJ/CSLL

10 (-) IRPJ/CSLL

11 Resultado líquido do exercício

Onde,

1) Receita bruta: engloba o valor bruto total das


vendas de produtos e/ou serviços. Deve haver a
segregação por produto (visão analítica). Na DRE,
o reconhecimento das vendas deve ser efetuado

29
pelo regime de competência (transferência, posse
do bem e dos riscos significativos), há atividades
específicas como construção civil/construção de
navios onde o reconhecimento da receita se dá
por etapas;
2) Deduções: engloba as vendas canceladas,
os abatimentos e os tributos incidentes sobre as
vendas, ou seja, sobre a Receita Bruta;

3) Receita líquida: corresponde à diferença entre


a “Receita Bruta” e as “Deduções” da Receita Bruta,
valor que a entidade dispõe para cobertura das
despesas e custos que ela tem na exploração de
sua atividade;

4) Custo dos produtos/serviços vendidos: trata-se


dos custos efetivamente incorridos no processo
produtivo para geração das receitas, bem como
os próprios produtos normalmente classificados
no estoque da entidade;

5) Lucro bruto: corresponde à diferença entre a


“Receita Líquida” e o “Custo dos produtos/serviços
vendidos”, onde é possível calcular a margem bruta,
ou seja, a lucratividade da entidade após os custos,
permitindo assim eventuais ajustes nos valores do
que se vende de modo a melhorar a lucratividade;

6) Despesas operacionais: as despesas são dividi-


das pela sua natureza e referem-se aos sacrifícios
de recursos para obtenção da receita, sem vínculo

30
direto. Podem ser: administrativas, comerciais, gerais
etc. Há também aquelas que não se enquadram
nas categorias anteriores, que são classificadas
em outras despesas operacionais.

7) Resultado operacional: trata-se do resultado


apurado antes do resultado financeiro e dos tributos
incidentes sobre o resultado. O resultado opera-
cional possibilita o cálculo de outro importante
indicador: o da “margem operacional”, que indica
a eficiência operacional da entidade, ou seja, o
quanto a atividade principal da entidade lhe gera
de benefício.

8) Resultado financeiro: corresponde ao resul-


tado líquido advindo da diferença entre a receita
financeira e a despesa financeira. Se as receitas
foram maiores, adiciona-se ao resultado operacio-
nal, se as despesas forem superiores às receitas,
nesse caso esse resultado deve ser diminuído do
resultado operacional.

9) Resultado antes do IRPJ/CSLL: corresponde


à diferença entre o “Resultado operacional” e o
“Resultado financeiro”.

10) IRPJ/CSLL: correspondem aos valores de


“Imposto de Renda da Pessoa Jurídica” e da “Con-
tribuição Social s/ Lucro Líquido”.

31
11) Resultado líquido do exercício: corresponde
ao resultado efetivo da empresa naquele período.
Se positivo indica lucro, ou seja, as receitas do pe-
ríodo foram superiores às despesas. Se negativo
indica prejuízo, ou seja, as despesas do período
foram superiores às receitas. O resultado líquido do
exercício possibilita o cálculo da “margem líquida”
(lucratividade) auferida pela entidade.

Agora que já conhecemos os elementos que com-


põem a Demonstração do Resultado, vejamos
como seria essa demonstração em nosso exemplo
anterior, a Demonstração do Resultado da empresa
fictícia A Arte de Brincar:
Tabela 6: Demonstração do Resultado da empresa A Arte de
Brincar
A Arte de Brincar Indústria e Comércio de Brinquedos Ltda.
CNPJ: 12.345.678/0001-23
Demonstração do Resultado dos Exercícios X2 e X1
Em R$ X2 X1
Receita bruta 3.626.084 3.997.801
(-) Deduções s/ (189.777) (295.790)
vendas
(-) Impostos s/ (226.078) (283.714)
vendas
Receita Líquida 3.210.229 3.418.297
(-) Custo dos pro- (964.080) (1.197.833)
dutos vendidos
Lucro Bruto 2.246.149 2.220.464
(-) Despesas (834.847) (767.381)
operacionais

32
A Arte de Brincar Indústria e Comércio de Brinquedos Ltda.
CNPJ: 12.345.678/0001-23
Despesas com (437.174) (392.058)
pessoal
Despesas (222.980) (258.796)
administrativas
Despesas gerais (174.693) (116.527)
Resultado 1.411.302 1.453.083
operacional
Resultado (615.250) (758.888)
financeiro
Receita financeira 30.000 76.000
Despesas com (645.250) (834.888)
juros
Resultado antes do 796.052 694.195
IRPJ/CSLL
IRPJ/CSLL - -
Resultado Líquido 796.052 694.195
do Exercício
Fonte: elaborado pela autora.

Podemos observar que o Demonstrativo de Resultado


de nosso exemplo possui a estrutura recomendada
pelo CPC e determinada pela legislação, com os
seguintes elementos:

a) Identificação da entidade;
b) Período de abrangência da demonstração;

c) Moeda usada na demonstração;

d) O nível de arredondamento da moeda;

e) Informação comparada;

33
DEMONSTRAÇÃO DO
RESULTADO ABRANGENTE
(DRA)
Vamos conhecer agora outra demonstração que
embora não esteja no bojo do artigo 176 da Lei
6.404/76 é considerada como de elaboração
obrigatória de acordo com a Resolução CFC nº
1.185/09. Estamos falando da Demonstração do
Resultado Abrangente (DRA).

A DRA informa o resultado abrangente de uma


entidade, o qual corresponde à variação que ocorre
no patrimônio líquido durante dado período e que
não forem decorrentes de transações envolvendo
os sócios da entidade na qualidade de investidores.
Na prática, toda a movimentação no patrimônio
líquido que não for advinda de operações envol-
vendo os sócios na qualidade de investidores irá
compor a DRA, que podem ser classificadas em:

1) Resultado líquido do período;


2) Outros resultados abrangentes;

3) Reclassificações entre outros resultados abran-


gentes para o resultado do período.

Mas afinal para que serve essa demonstração? A


DRA permite que os investidores tenham a informa-

34
ção atualizada quanto ao patrimônio da entidade
e o capital investido, permitindo que conheçam o
negócio em si desenvolvido pela entidade.

O item 7 do CPC 26 informa quais seriam os outros


resultados abrangentes partindo do entendimento
de que compreendem itens de receita e despesa,
que podem ser decorrentes de reclassificações,
que não atendem aos requisitos estabelecidos
pelos pronunciamentos, interpretações e orienta-
ções emitidos pelo CPC para serem classificados
na Demonstração do Resultado. De acordo com o
item 81 do CPC 26 a DRA deve apresentar:

a) O total do resultado (do período);


b) Total de outros resultados abrangentes;

c) Resultado abrangente do período, sendo o total


do resultado e de outros resultados abrangentes.

Vale mencionar que a DRA pode ser elaborada


juntamente com a Demonstração do Resultado
do Exercício ou mesmo com a Demonstração das
Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL).

Cada entidade deverá apresentar sua DRA de acordo


com as operações ocorridas, mas ela deve conter
ao menos os elementos mencionados acima. Melo
e Barbosa (2018) nos apresentam um exemplo
desta demonstração, vamos conhecer?

35
Tabela 7: Demonstração do Resultado Abrangente de empresa
fictícia
EMPRESA M MELO EM R$
20X2 20X1
Resultado do Exercício
(+/-) Outros Resultados Abrangentes
Variação de Reserva de Reavaliação (quando
ocorrer)
(+/-) Ganhos/Perdas em plano de previdência
complementar ou Conversão das Demonstra-
ções Contábeis para o exterior.
Ajuste de Avaliação Patrimonial
(+/-) Resultado Abrangente de empresas inves-
tidas (reconhecida pelo método de equivalência
patrimonial)

(=) Resultado Abrangente do período


Fonte: Melo e Barbosa (2018, p.93).

Em nosso exemplo, da empresa A Arte de Brincar,


é possível observar que o grupo do patrimônio
líquido apresenta apenas as contas de capital
social e reserva de lucros; não houve, portanto,
mutações no patrimônio líquido passíveis de se-
rem informadas na Demonstração do Resultado
Abrangente, observemos:

36
Tabela 8: DRA da empresa fictícia A Arte de Brincar
A Arte de Brincar Indústria e Comércio de Brinquedos Ltda.
CNPJ: 12.345.678/0001-23
Demonstração do Resultado Abrangente dos Exercícios X2 e
X1
Em R$ X2 X1
Resultado Líquido do Exercício 796.052 694.195
(+/-) Outros Resultados Abrangentes - -
(=) Resultado Abrangente do Período 796.052 694.195

Fonte: elaborado pela autora.

37
BALANÇO PATRIMONIAL
(BP)
A segunda demonstração contábil que iremos
conhecer é o Balanço Patrimonial. Trata-se de
uma importante demonstração que evidencia a
situação econômico-financeira de uma entidade
como um todo, conforme analisaremos a seguir.

O PATRIMÔNIO
O próprio nome da demonstração já invoca o seu
propósito, qual seja: o de apresentar informações
acerca do patrimônio de uma entidade. Se pensar-
mos a contabilidade como ciência que possui o
“patrimônio” como objeto, chegaremos à seguinte
definição: patrimônio é o conjunto de bens, direitos
e obrigações de uma entidade. Ao conjunto de bens
e direitos atribuímos a denominação de Ativo, que
contempla a parte “boa” da entidade. As obriga-
ções correspondem à parte “ruim” da entidade e
recebem o nome de Passivo. A diferença de Ativo
e Passivo é o Patrimônio Líquido.

Nasceu da Teoria Patrimonialista, idealizada por


Vincenzo Mais, que defende a ideia de que o pa-
trimônio é o objeto da contabilidade, que visa à
gestão desse patrimônio. O patrimônio de análise
da contabilidade pode ser analisado na sua con-
dição estática, dinâmica e levantada, razão pela

38
qual há diferentes tipos de relatórios contábeis
com propósitos distintos. No caso do Balanço Pa-
trimonial, trata-se de uma demonstração estática,
pois visa a apresentar a situação de uma entidade
em dado momento.

Os bens, direitos e obrigações que compõem o


patrimônio de uma entidade são agrupados confor-
me sua natureza e finalidade e apresentados nas
demonstrações contábeis em “contas” próprias.
Assim, o nome de cada conta contábil é definido
pela natureza e finalidade do elemento patrimonial
a qual representa.

O Balanço Patrimonial possui a seguinte estrutura:


Tabela 9: Balanço Patrimonial
BALANÇO PATRIMONIAL
Ativo Passivo
Bens Obrigações com terceiros
Direitos Patrimônio Líquido
Obrigações com os sócios/investidores
Fonte: elaborado pela autora.

O Balanço Patrimonial torna evidente o equilíbrio


que deve haver entre as contas do Ativo e Passivo,
que decorre da sistemática das partidas dobradas,
onde os eventos são traduzidos em informação
contábil por meio do registro de débitos e créditos.

ATIVO = PASSIVO + PATRIMÔNIO LÍQUIDO

39
ATIVO
Sabemos que no Ativo devemos registrar os bens e
direitos pertencentes a uma entidade, mas, afinal,
o que é um Ativo?

Ativo é um recurso controlado pela entidade como


resultado de transações passadas ou eventos pas-
sados e do qual se espera que resultem futuros
benefícios econômicos para a entidade.

De forma prática podemos dizer que no Ativo en-


contram-se os bens pertencentes à entidade e os
direitos que ela possui junto a terceiros. Ou seja,
no Ativo está disposto onde a entidade aplicou
seus recursos.

Os bens são os elementos úteis à entidade e que


podem ser expressos monetariamente. Recebem
duas classificações:

a) Quanto à natureza: tangível e intangível


y Bens tangíveis: bens corpóreos, que têm forma
física, palpáveis;
y Bens intangíveis: bens incorpóreos, que não
têm forma física.

b) Quanto à finalidade: numerário, venda, uso e


renda
y Bens numerários: bens que representam dis-
ponibilidades em dinheiro;

40
y Bens de venda: ativos que pertencem à entidade
e que há a intenção de sua venda;
y Bens de uso: bens que pertencem à entidade,
mas que não há intenção de venda;
y Bens de renda: bens que pertencem à entidade
e que geram benefícios mediante sua valorização
ou locação.

Os direitos referem-se ao poder de receber ou


compensar algo em benefício da entidade, sendo
créditos da entidade junto a terceiros ou mesmo
recursos da entidade em posse de terceiros.

PASSIVO
A manutenção das atividades de uma entidade
depende de recursos, que podem ser obtidos de
forma própria, ou seja, por meio dos investimentos
dos próprios sócios, ou, ainda, junto a terceiros,
como nas financeiras, por exemplo. Todas as obri-
gações que uma entidade possui junto a terceiros
ou sócios/investidores devem ser registradas no
Passivo. Temos então que: Passivo é uma obriga-
ção presente na entidade, derivada de eventos já
ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte
em saída de recursos capazes de gerar benefícios
econômicos.

Dessa maneira, no Passivo devem ser registradas


as obrigações que a entidade possui junto a tercei-

41
ros, sendo uma das possibilidades de origens de
recursos para que a entidade possa desenvolver
as suas atividades.

Juntamente com o Passivo, a empresa deve fazer


o controle dos recursos que ela deve aos sócios,
acionistas, ou ainda seu valor caso venha a ser
liquidada. Esse controle é feito por meio do grupo
Patrimônio Líquido, que exibe as obrigações que a
entidade possui junto aos seus sócios e acionis-
tas e que classificamos como sendo a origem de
capital próprio.

No Patrimônio Líquido são registrados os recur-


sos aportados pelos sócios, além do resultado do
exercício (lucro ou prejuízo), as reservas resultantes
de apropriações de lucros (reservas de lucros) e
as reservas para manutenção do capital (reservas
de capital).

O Patrimônio Líquido corresponde à diferença entre


o Ativo e o Passivo e contempla o valor residual
da entidade, uma vez que o Passivo com tercei-
ros fora reduzido; recebe também as seguintes
denominações: “riqueza líquida”, “capital próprio”,
“passivo não exigível” e “situação líquida”. Trata-se
da origem dos recursos que a entidade dispõe
advinda de seus investidores.

42
Tabela 10: Ativo e Passivo
Ativo = aplicação dos Passivo = origens dos
recursos recursos
Onde a entidade aplicou os re- Terceiros (instituições
cursos que ela obteve junto a financeiras/mútuos etc.),
terceiros ou com investidores com quem a entidade obteve
recursos
Patrimônio Líquido
Investidores, sócios com
quem a entidade obteve
recursos

Fonte: elaborado pela autora.

Por essa razão, deve haver equilíbrio obrigatório na


expressão do patrimônio de uma entidade, repre-
sentado pelos seus grupos dispostos da seguinte
forma no Balanço Patrimonial:
Tabela 11: Patrimônio Líquido
Ativo Passivo
$ 100.000 $ 70.000
Patrimônio Líquido
$ 30.000
Fonte: elaborado pela autora.

Superadas as definições quanto aos conceitos


de Ativo e Passivo, adentremos numa segunda
classificação existente no Balanço Patrimonial: o
“Circulante” e o “Não Circulante”.
Tabela 12: Circulante e Não Circulante
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO

43
BALANÇO PATRIMONIAL
Circulante Circulante
Não Circulante Não Circulante
Realizável a Longo Prazo Patrimônio Líquido
Investimentos
Imobilizado
Intangível
Fonte: elaborado pela autora.

CIRCULANTE E NÃO CIRCULANTE


Podemos observar que o Balanço Patrimonial pos-
sui uma apresentação específica de suas contas
e isso não se dá de forma aleatória, ou seja, a dis-
posição presente no Balanço Patrimonial decorre
da observância do ciclo operacional da entidade.

Há entidades cujas atividades que exploram per-


mitem a identificação clara quanto ao seu ciclo
de operações, sendo assim, a entidade consegue
mensurar adequadamente seu período operacional
e, a partir dele, pode efetuar a segregação adequada
de suas transações para posterior elaboração do
Balanço Patrimonial.

Entende-se por ciclo operacional o intervalo de tem-


po compreendido entre a compra das mercadorias,
ou matéria-prima para produção, e o recebimento
de sua venda.

44
Quando o ciclo operacional é claramente identifi-
cável pela entidade deve classificar as transações
que efetua em “Circulante” ou “Não Circulante”.
y Circulante: abrange as operações realizáveis ou
exigíveis num intervalo de tempo igual ou inferior
a 12 (doze) meses a contar da data da divulgação
das demonstrações contábeis.
y Não Circulante: abrange as operações não
classificadas no Circulante, ou seja, cujo prazo de
realização ou exigência ocorrem após 12 (doze)
meses a contar da data da divulgação das demons-
trações contábeis.

Quando não houver uma identificação clara em


relação ao período do ciclo operacional de uma
entidade, presume-se que ele seja de 12 meses e
essa é a razão pela qual dividimos os períodos com
base num período de 12 meses. Essa definição
temporal é relevante para fins de análise quanto à
condição de liquidez e mesmo solvência de uma
entidade.

A esse período definido de 12 (doze) meses atri-


bui-se a denominação de exercício social, o qual
não necessariamente deve corresponder com o
exercício civil e que corresponde à periodicidade
em que as demonstrações contábeis devem ser
apresentadas.

45
Imagine uma entidade que divulga suas demonstra-
ções contábeis em 31 de dezembro de X1, os bens
e direitos que ela tem para realizar até 31/12/X2
devem estar classificados em contas do Circulante
e os realizáveis após esse período devem estar
alocados no Não Circulante. Isso também vale para
as obrigações, aquelas cuja exigência se dá em
até 12 (doze) meses devem ser classificadas no
Circulante e após esse período no Não Circulante.

Agora imagine uma entidade cujo ciclo operacio-


nal não é identificável de forma clara, como seria
a classificação de seus elementos? Nesse caso
a entidade pode apresentar os elementos com
base em sua liquidez. Ou seja, no Ativo as contas
devem ser dispostas em ordem decrescente de
grau de liquidez, enquanto no Passivo as contas
são classificadas de acordo com a ordem decres-
cente de exigibilidade.

GRUPO DE CONTAS DO BALANÇO


PATRIMONIAL
Vamos conhecer agora os grupos de contas que
compõem o Balanço Patrimonial.

Contas do Ativo, grupo Ativo Circulante


y Disponibilidades: é composta pelas contas
que representam bens numerários como caixa e
bancos;

46
y Clientes: correspondem aos valores que a
entidade possui a receber de clientes;
y Outros créditos: é composto por valores que a
entidade tem para receber ou compensar;
y Tributos a compensar: devem ser alocados
os valores que a entidade possui a compensar de
impostos pagos a mais ou indevidos;
y Investimentos temporários em curto prazo:
são os valores de investimentos em aplicações
para revenda, ou seja, têm natureza meramente
especulativa;
y Estoques: são os valores referentes ao estoque
da entidade;
y Despesas do exercício seguinte: correspondem
a créditos contra terceiros realizáveis no exercício
seguinte;

Contas do Ativo, grupo Ativo Não Circulante


y Ativo Realizável em Longo Prazo: contempla
os direitos realizáveis após o término do exercício
seguinte ou ainda direitos advindos de transações
societárias;
y Investimentos: deve abranger bens destinados
à manutenção da empresa ou ainda participações
em outras sociedades;
y Imobilizado: alocam-se neste grupo os bens
tangíveis de natureza durável destinados à manu-
tenção das atividades da entidade;

47
y Intangível: alocam-se neste grupo os bens in-
tangíveis destinados à manutenção das atividades
da entidade.

Contas do Passivo, grupo Passivo Circulante:


y Fornecedores: correspondem aos valores que
a entidade possui a pagar para fornecedores;
y Empréstimos e financiamentos: contemplam
os valores que a entidade tem a pagar referentes
a empréstimos e financiamentos obtidos;
y Obrigações Tributárias: contemplam os tributos
que a entidade possui a pagar;
y Obrigações Trabalhistas: salários, tributos e
outras obrigações trabalhistas da entidade;
y Outras obrigações: outras dívidas que a enti-
dade possua para manutenção de suas atividades.

Contas do Passivo, grupo Passivo não Circulante:


y Passivo Exigível em Longo Prazo: contempla
as obrigações exigíveis após o término do exercí-
cio seguinte.

No grupo do Patrimônio Líquido


y Capital Social: representa os valores recebidos
pela entidade referentes à subscrição de seus
investidores ou ainda gerados pela entidade por
meio de suas atividades;

48
y Reservas de Capital: são valores de incremen-
tos efetuados pelos investidores, não havendo
transição pelo resultado da entidade;
y Ajustes de Avaliação Patrimonial: este grupo
foi estabelecido pela Lei 11.638/07 e deve abranger
os ajustes decorrentes do valor justo que deve ser
atribuído ao patrimônio da entidade;
y Reservas de Lucros: são formadas pelos resul-
tados positivos (lucros) da entidade não distribuídos
aos seus investidores;
y Ações em Tesouraria: contemplam as ações
destinadas à recompra pela própria entidade, não
disponibilizadas no mercado para serem negociadas;
y Prejuízos Acumulados: são formadas pelos
resultados negativos (prejuízos) que a entidade
auferiu desenvolvendo as suas atividades.

Agora que já conhecemos os elementos que


compõem o Balanço Patrimonial, vejamos como
seria o Balanço Patrimonial de nosso exemplo, o
da empresa A Arte de Brincar. Note que a demons-
tração possui apenas as contas patrimoniais e que
o resultado lucro auferido no período de X2 de R$
796.052 foi transferido para a conta de Reserva
de Lucros, que começou com o saldo inicial de R$
694.195, recebeu aumento de R$ 796.052 e fechou
com o saldo em X2 de R$ 1.490.247:

49
Tabela 13: Balanço Patrimonial da empresa fictícia A Arte de
Brincar

A Arte de Brincar Indústria e Comércio de Brinquedos Ltda.


CNPJ: 12.345.678/0001-23
Balanço Patrimonial
Exercícios X2 e X1
ATIVO PASSIVO
Em reais 31.12. 31.12. Em reais 31.12.X2 31.12.
(R$) X2 X1 (R$) X1
Circulante 6.633.042 5.155.573 Circulante 4.295.962 4.261.744

Caixa Geral 1.221 2.833 Fornecedores 689.634 547.693

Bancos c/ 177.259 237.415 Empréstimos 2.311.258 2.478.978


Movimento

Aplicações 1.589.897 1.278.128 Obrigações 475.360 587.258


Financeiras Trabalhistas

Duplicatas a 967.877 765.236 Obrigações 522.369 537.568


Receber Tributárias

Estoques 3.896.788 2.871.961 Contas a Pagar 297.341 110.247

Não 3.418.166 4.033.778 Não Circulante 1.264.999 1.233.412


Circulante

Realizável a 1.800.200 2.387.500 Exigível a 1.264.999 1.233.412


Longo Prazo Longo Prazo

Investimentos 360.000 360.000 Patrimônio 4.490.247 3.694.195


Líquido

Imobilizado 857.966 886.278 Capital Social 3.000.000 3.000.000

Intangível 400.000 400.000 Reserva de 1.490.247 694.195


Lucros

Total do Ativo 10.051.208 9.189.351 Total do 10.051.208 9.189.351


Passivo

Fonte: elaborado pela autora, adaptado de Melo e Barbosa


(2018, p.93).

Podemos observar que o Balanço Patrimonial de


nosso exemplo possui a estrutura recomendada
pelo CPC, com os seguintes elementos:
a) Identificação da entidade;

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b) Período de abrangência da demonstração;
c) Moeda usada na demonstração;
d) Nível de arredondamento da moeda;
e) Informação comparada;
f) O equilíbrio entre Ativo e Passivo, indicando
saldos iguais.

51
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este e-book nos permitiu conhecer três importantes
demonstrações contábeis de elaboração obriga-
tória de acordo com a legislação. Embora tenham
natureza impositiva, as demonstrações devem ser
vistas como ferramentas indispensáveis no pro-
cesso de avaliação da situação de uma entidade.

As demonstrações contábeis, como estudamos,


devem ser elaboradas com as observâncias dos
ditames legais e ainda com a observância das prá-
ticas indicadas por entidades que se dedicam ao
estudo da contabilidade, somente assim poderão
ser usadas como aliadas no processo decisório.

Por fim, ao conhecermos a estrutura e forma de


elaboração das demonstrações contábeis teremos
condições de identificar distorções e nortear ações
que possam conduzir à melhoria de processos em
busca de resultados cada vez mais satisfatórios.

52
Referências Bibliográficas
& Consultadas
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS
– CPC. Pronunciamentos. Disponível em: http://
www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emitidos/
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como dispor de um instrumento fundamental
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societária: aplicável a todas as sociedades de
acordo com as normas internacionais e do CPC.
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contábeis: contabilidade empresarial. 6. Ed. São
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Publicacao/153327/pdf/0. Acesso em: 05 fev.
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contábeis sintéticas: foco no caixa, no lucro e
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NIYAMA, J. K. Contabilidade internacional. 2. ed.


São Paulo: Atlas, 2010. [Minha Biblioteca].

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Interpretação das Demonstrações Contábeis. 4.
ed. São Paulo: Atlas, 2014. [Minha Biblioteca].

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