Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Capítulos do manual
2
Pág. 8
Iremos utilizar uma empresa modelo para as aplicações práticas com as seguintes caraterísticas:
A empresa apresentou no período de 2021 e 2022 os seguintes valores:
Caraterização da empresa:
2021:
• Total de balanço: 1.000.000 euros;
aplicações práticas
5
SAF-T (PT) relativo à contabilidade
1. Encerramento de contas e
6
Pág. 15-18
7
Pág. 19-21
8
Pág. 21-22
9
Pág. 22-24
10
Pág. 24-28
• Contabilidade Analítica
• Cumprimento do prazo de 90 dias para a execução da
contabilidade (durante o exercício e prestação de contas)
• Receção e controlo dos documentos
• Regras contabilísticas do Selo de Validação da AT (SVAT) – Saldos
esperados das contas
12
Capítulo 2.
Aspetos contabilísticos e fiscais
13
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
14 14
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
15
Pág. 35-36
16 16
Pág. 36
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
• A Sociedade Micro fábrica, Lda. possui um equipamento, classificado como um item do ativo
fixo tangível (equipamento básico), pretendendo passar a mensurá-lo pelo modelo de
revalorização previsto no parágrafo 7.11 da NCRF-PE.
• Este equipamento básico é uma linha de produção, sendo o único equipamento da mesma
classe de ativos fixos tangíveis.
17
Pág.36-37
2.1. Políticas contabilísticas, estimativas e erros
Aplicação prática 1 – Alteração de política contabilística (modelo da revalorização)
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
Dados:
• Custo inicial: 100.000 euros
• Data de início de utilização: 1/1/2021
• Vida útil estimada: 7 anos (código 1080 da tabela I anexa do DR 25/2009)
• Valor residual estimado: 0 euros
• Depreciações acumuladas a 31/12/2023: (42.840 euros = 100.000 x 14,28% x 3 anos)
• Quantia escriturada antes da revalorização a ser efetuada a 31/12/2023: (57.160 = 100.000 –
42.840)
Existe mercado ativo para o equipamento básico, tendo sido estimado um justo valor (valor de
mercado) à data da revalorização de 150.000 euros (devido à escassez atual de equipamentos da
mesma natureza disponíveis no mercado, que levou a um aumento do seu valor de mercado).
18
Pág. 36-37
Cálculos auxiliares:
• (1) Excedente de revalorização: 150.000 – 57.160 = 92.840
Taxa efetiva de IRC (14%) (12,5 + 1,5 derrama)
• (2) Passivo por imposto diferido referente ao excedente: 92.840 x 14% = 12.997,60
19
Pág. 36-37
• A Sociedade Micro fábrica, Lda. utiliza a fórmula de custeio do FIFO para mensurar os
inventários (produtos acabados). Atendendo a que as empresas do mesmo setor de
atividade utilizam, por regra o custo médio ponderado, a entidade optou por alterar a
mensuração dos produtos acabados do FIFO para o custo médio ponderado, com o objetivo
de obter informação mais relevante em termos de comparabilidade com as restantes
empresas do setor de atividade onde opera.
• De acordo com a NCRF-PE, essa alteração de política contabilística tem um efeito
retrospetivo.
• O efeito dessa alteração das fórmulas de custeio determina uma redução em 100.000 euros
no custo do inventário de produtos acabados, sendo 20.000 euros relacionada com o
período corrente e 80.000 euros de períodos anteriores.
21
Pág. 37-38
22
Pág. 37-38
Enquadramento fiscal
• As aplicações retrospetivas por alterações de políticas contabilísticas com efeito respetivo em
resultados de períodos anteriores têm relevância fiscal na determinação do lucro tributável
do período corrente, nos termos do nº 1 do artigo 18º do CIRC.
• Variação patrimonial negativa relevante nos termos do nº 1 do artigo 24º do CIRC (Dedução
no campo 704 do quadro 07 da Modelo 22).
23
Pág. 38-40
24
Pág.38-40
Dados:
• Viatura ligeira de mercadorias
• Custo inicial: 80.000 euros
• Data de início de utilização: 1/1/2022
• Vida útil estimada: 8 anos (código 2375 da tabela II anexa do DR 25/2009)
• Valor residual estimado: 5.000 euros
• Em 2023, alterou-se a vida útil total para 6 anos.
25
Pág. 38-40
Cálculos auxiliares:
• Depreciação do período: quantia depreciável / período de vida útil estimado: (80.000 – 5.000)
/ 8 = 9.375
• Depreciações acumuladas a 31/12/2022: (9.375 euros = (80.000 - 5.000) x 12,5% x 1 ano)
• Quantia escriturada a 31/12/2022: (70.625 = 80.000 – 9.375)
• Quantia depreciável a 31/12/2022: (65.625 = 70.625 – 5.000)
• A estimativa do valor residual mantem-se em 5.000 euros.
• Alteração da depreciação do período: quantia escriturada antes da alteração da estimativa e o
período remanescente de vida útil: 65.625 / 5 anos = 13.125
26
Pág. 38-40
Registos contabilísticos:
Enquadramento fiscal
• Para efeitos fiscais, na determinação do lucro tributável, o gasto de depreciação do período é
aceite em termos fiscais, atendendo ao disposto no DR 25/2009, que aceita depreciações
entre a taxa máxima e mínima.
• Quota máxima: (80.000 – 5.000) / 4 = 18.750
27
Pág. 40
Registos contabilísticos:
Data Descrição Conta Débito Crédito
30/11/2023 Fatura de serviço de 2022 56 – Resultados transitados 10 000
Enquadramento fiscal
As correções de erros contabilísticos com efeito respetivo em resultados de períodos anteriores
não têm relevância fiscal na determinação do lucro tributável do período corrente, nos termos
do nº 1 do artigo 18º do CIRC.
29
2.2. Meios financeiros líquidos
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
• Caixa
i. Fundo fixo
ii. Contagem física – diferenças entre a contagem e a contabilidade
• Depósitos bancários
i. Reconciliação bancária
ii. Obrigação de possuir e utilizar conta bancária
iii. Proibição de pagamento em numerário
• Outros instrumentos financeiros
i. Enquadramento contabilístico
ii. Distinção entre a conta 14 e 41
iii. Enquadramento fiscal
30
Pág. 41-42
Fundo fixo
31
Pág. 41-43
Conferência de saldos
32
Pág. 43
Caixa
Aplicação prática 5 - Fundo fixo de caixa
• A Sociedade Micro fábrica, Lda. criou em dezembro de 2023 um fundo fixo de caixa para fazer
face a pequenas despesas diárias.
• O fundo fixo de caixa é de 1.000 euros por mês, sendo reposto mensalmente.
• Durante o mês de dezembro de 2023, foram suportadas despesas com a aquisição expedição
de correio de 200 euros, e 100 euros de despesas com táxis para deslocações de
colaboradores à conservatória.
33
Pág. 44
Registos contabilísticos:
Data Descrição Conta Débito Crédito
31/12/2023 Constituição do fundo fixo 111 – Caixa – Fundo fixo 1 000
34
Pág. 45
35
Pág. 46
Enquadramento fiscal
Nos termos da alínea b) do nº 1 do artigo 23º-A do CIRC, não são aceites como gastos fiscais para
a determinação do lucro tributável, as despesas não documentadas.
Esse gasto deve ser acrescido no campo 716 do quadro 07 da Modelo 22.
Adicionalmente, o montante de despesas não documentadas está sujeito a tributações
autónomas à taxa de 50% no valor de 1.000 euros (2.000 x 50%).
36
Pág. 47
37
Pág. 47-50
2.2. Meios financeiros líquidos
Procedimentos de controlo de Depósitos bancários
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
Criação de subcontas
41
Pág. 58
42
Pág. 58-59
43
Pág. 58-59
2.2. Meios financeiros líquidos – Outros instrumentos financeiros
Aplicação prática 8 - Instrumentos financeiros
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
Registos contabilísticos:
44
Pág. 58-59
2.2. Meios financeiros líquidos – Outros instrumentos financeiros
Aplicação prática 8 - Instrumentos financeiros
Data Descrição Conta Débito Crédito
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
Enquadramento fiscal:
• É reconhecido uma redução do rendimento anteriormente reconhecido pela desvalorização
da cotação. Apenas é reconhecido gasto a partir da eliminação do rendimento.
• Em termos de IRC, o rendimento obtido pela alienação das ações é tributável em sede de IRC,
nos termos do nº 9 do artigo 18º do CIRC, não se aplica o artigo 46º do CIRC (nos termos da
alínea b) do nº 1 do artigo 46º do CIRC).
• O ganho obtido por aumento de justo valor é um rendimento tributável nos termos da alínea
a) do nº 9 do artigo 18º do CIRC, sendo relevante para a determinação do lucro tributável.
• Em ambas as situações, não há que efetuar qualquer correção no quadro 07 da Modelo 22.
46
2.3. Clientes, vendas e prestações de serviços
• Clientes
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
Notas de crédito
48
Pág. 58-65
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
2.3. Clientes, vendas e prestações de serviços
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
Imparidade de clientes
49
Pág. 65
2.3. Clientes, vendas e prestações de serviços
Vendas e prestações de serviços
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
50
Pág. 65-71
2.3. Clientes, vendas e prestações de serviços - vendas e prestações de serviços
Aplicação prática 9 - Reconhecimento do rédito de vendas de bens (vendas em moeda
estrangeira)
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
Registos contabilísticos:
51
Pág. 65-71
2.3. Clientes, vendas e prestações de serviços - vendas e prestações de serviços
Aplicação prática 9 - Reconhecimento do rédito de vendas de bens (vendas em moeda
estrangeira)
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
52
Pág. 65-71
Enquadramento fiscal:
• Em termos de IRC, o rédito da venda dos bens de inventário é um rendimento tributável no
momento em que ocorre, nos termos da alínea a) do nº 1 do artigo 18º do CIRC. O gasto das
vendas é dedutível para efeitos fiscais, nos termos do mesmo número do CIRC.
• O gasto pela diferença de câmbio desfavorável é também aceite para efeitos de IRC, nos
termos da alínea c) do nº 2 do artigo 23º do CIRC.
• Não existe qualquer correção no quadro 07 da Modelo 22.
53
Pág. 71-72
54
Pág. 72
55
Pág. 71-73
Registos contabilísticos:
31/12/2023 Reforço das perdas por 6511 – Perdas por imparidade 30 000
imparidade (3) – Em dívidas a receber –
Clientes
2194 – Perdas por imparidade 30 000
acumuladas – Cliente D
57
Pág. 71-73
(3) Existe uma reversão da perda por imparidade da dívida a receber do cliente E de 15.000 euros,
atendendo a que o cliente pagou a dívida, anteriormente reconhecida em perdas por imparidade. E
adicionalmente existe uma nova perda por imparidade no montante de 30.000 euros referente ao cliente
D.
A conta 219 – Perdas por imparidade acumuladas apresenta em 31/12/2023 o saldo de 65.000 euros.
58
Pág. 73-75
2.3. Clientes, vendas e prestações de serviços - Clientes
Aplicação prática 10 – Perdas por imparidade em dívidas a receber de clientes
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
Enquadramento fiscal:
• Em termos de IRC, o tratamento fiscal das perdas por imparidade, tendo em conta o
balancete de antiguidade de saldos e restantes informações conhecidas, vamos determinar o
valor acumulado da perda por imparidade em créditos fiscalmente dedutível em 31/12/2023.
Admitindo que continuam verificados todos os requisitos para dedução fiscal, nos termos e
condições definidas nos artigos 28.º-A e 28.º-B do CIRC, das perdas por imparidade em
créditos de clientes contabilizadas. Assim, temos:
Limite fiscal
Cliente Dívida Enquadramento legal
% Valor (€)
Cliente A 10 000 100% 10 000 art.º 28.º-B, 1, c) e 2, d)
Cliente B 5 000 50% 2 500 art.º 28.º-B, 1, c) e 2, b)
Cliente C 20 000 0% - Não enquadrado no art.º 28.º-B
Cliente D 30 000 75% 22 500 art.º 28.º-B, 1, c) e 2, c)
TOTAL 65 000 35 000
59
Pág. 73-75
60
Pág. 73-75
61
Pág. 75
62
Pág. 76
2.3. Clientes, vendas e prestações de serviços - Clientes
Aplicação prática 11 – Créditos incobráveis
• Em termos de IRC, no quadro 07 da Modelo 22 do período de tributação de 2022 acresceu
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
Enquadramento fiscal:
Mas realçamos que, em 2023, a incobrabilidade da dívida não tem impacto no resultado
contabilístico e a perda fiscal dos 10.000 euros acaba por ficar refletida para efeitos fiscais do
seguinte modo:
• Dedução fiscal de 5 000 euros em 2022, correspondente à perda por imparidade dedutível;
• Dedução fiscal de 5.000 euros em 2023, pela dedução desse valor no campo 762 do Q07.
• Esta dedução fiscal em 2023 pode agora ser vista como a dedução fiscal do crédito incobrável
que é gasto ou perda do período de tributação, para cujo montante não foi admitida perda por
imparidade ou esta se mostra insuficiente, nos termos do artigo 41.º do CIRC. No caso, a perda
por imparidade admitida fiscalmente mostrava-se insuficiente.
• Os créditos incobráveis que não se enquadrem no artigo 41.º do CIRC, são acrescidos no campo
722 do Q07 da declaração modelo 22.
64
2.4. Fornecedores de bens e de serviços
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
• Enquadramento contabilístico
• Perdas por imparidade – Saldos devedores ou adiantamentos - contabilidade e IRC
• Aquisição de bens e serviços: enquadramento contabilístico e fiscal
• Critérios de imputação temporal e Análise documental dos gastos
• Conceito de gasto fiscalmente dedutível: artigo 23.º CIRC
• Periodização do lucro tributável: Artigo 18.º CIRC
• Critério geral de dedutibilidade dos gastos
• Suporte Documental: n.º 3 do artigo 23.º do CIRC
• Despesas não documentadas vs. despesas não devidamente documentadas
• Detalhe de encargos específicos (Conservação e reparação, Encargos com combustíveis,
Deslocações e estadas vs. despesas de representação)
65
Pág. 77-78
Conferência de faturas
66
Pág. 79-88
Letras e confirming
67
Pág. 88
68
Pág. 88
69
Pág. 89
2.4. Fornecedores de bens e de serviços
Aplicação prática 12 – Encargos suportados
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
70
Pág. 89
71
2.5. Pessoal e gastos com o Pessoal
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
• Enquadramento contabilístico
• Contabilização dos benefícios a curto prazo dos empregados
• Estimativa de Férias e Subsídios de Férias Cálculo da estimativa em 2023 a
pagar em 2024
• Participação nos Lucros e gratificações
• Enquadramento contabilístico
• Enquadramento fiscal: IRC
• Participação nos Lucros – Segurança Social
• Participação nos Lucros – IRS
• Benefícios de cessação de emprego
• Enquadramento contabilístico e fiscal
72
Pág. 89-94
73
Pág. 94
74
Pág. 95
75
Pág.
2.5. Pessoal e gastos com o Pessoal
Aplicação prática 13 – Estimativa de férias e subsídio de férias
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
76
Pág. 95
77
Pág. 98-99
Registos contabilísticos:
Data Descrição Conta Débito Crédito
31/12/2023 Pelo reconhecimento do gasto 631 – Remunerações – Aos órgãos 15 000
com as participações nos lucros sociais
dos empregados 632 – Remunerações – Ao Pessoal 6 000
2722 – Credores por acréscimos de 21 000
gastos
Enquadramento fiscal
• O gerente é titular de 60% do capital social da empresa. A sua remuneração mensal é 5 000 €.
• Valor da gratificação a atribuir ao gerente: 15.000 (a ser paga ou colocada à disposição até ao
fim de 2024).
• Remuneração mensal média do gerente: 5.000 x 14 / 12 = 5.833,33
• Limite fiscal: 2 X 5.833,33 = 11.666,67
• Valor que ultrapassa o limite: 15.000 – 11.666,67 = 3.333,33
• Acresce no Quadro 07 da modelo 22 de 2023: 3.333,33 Campo 735 do Q07.
• Os restantes encargos com as participações nos lucros dos empregados são aceites como
gastos fiscais, pressupondo o pagamento até ao final de 2024. 79
Pág. 101
80
Pág. 101
Enquadramento fiscal
• Em termos de IRC, acrescer 16.000 euros no campo 715 do Q07 da Modelo 22
de 2023 (nº 12 do artigo 18º CIRC).
• Em 2024, deduzir 16.000 euros no campo 761 do Q07.
81
Pág. 101-106
2.6. Estado e outros entes públicos
Procedimentos de controlo de Estado e outros entes públicos
Da responsabilidade do órgão de gestão da entidade:
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
84
Pág. 107
2.6. Estado e outros entes públicos
• Prazos de pagamentos por conta (artigo 104.º do Código do IRC)
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
• Revogado
• Dedução à coleta: artigo 93.º CIRC
PEC dedutíveis à coleta Período de utilização Período de tributação Prazo pedido de
de 2023 (nº de anos) limite para a dedução reembolso
PEC 2017 Ano + 6 2023 31/03/2024
PEC 2018 Ano + 6 2024 31/03/2025
PEC 2019 Ano + 6 2025 31/03/2026
PEC 2020 Ano + 6 2026 31/03/2027
PEC 2021 Ano + 6 2027 31/03/2028
86
Pág. 109
• Derrama Municipal
• Derrama estadual (art. 87.º-A CIRC) / Regional (Regiões autónomas)
• Estimativa de IRC (No caso prático, capítulo 5 do manual)
• Encargos (impostos e outros) sobre terceiros - Artigo 23.º – A, n.º 1,
alínea f) CIRC
• Imposto adicional ao IMI (AIMI)
• Multas, coimas, juros compensatórios (Art.º 23-Aº nº 1 e) CIRC)
• Tributações autónomas
87
Pág. 114
88
Pág. 120
89
Pág. 120
90
Pág. 120
Registos contabilísticos:
Data Descrição Conta Débito Crédito
julho Fatura do fornecedor espanhol 6226 – Conservação e Reparação 2 000
2471 – IVA Suportado noutros 420
países - Espanha
22111 – Fornecedores c/c 2 420
julho Fatura do fornecedor francês 6224 – Honorários 500
2472 – IVA Suportado noutros 100
países - França
22111 – Fornecedores c/c 600
novembro Reembolso do estado espanhol 12 – Depósitos à Ordem 420
2471 – IVA Suportado noutros 420
países - Espanha
Indeferimento do estado 6224 – Honorários 100
francesa 2472 – IVA Suportado noutros 100
países - França
91
Pág. 120-122
2.6. Estado e outros entes públicos
Aplicação prática 17 – IVA suportado no estrangeiro
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
Enquadramento fiscal:
Em termos de IRC, de facto, importa fazer referência à Circular n.º 14/2008, de
11 de julho, nos termos da qual "Sempre que não seja exercido o direito ao
reembolso do IVA, o montante do IVA contabilizado como custo não é dedutível
para efeitos de determinação do lucro tributável em IRC, porque não se verifica
o requisito exigido pelo n.º 1 do artigo 23.º do respetivo Código".
Assim, no fecho de contas, deve-se verificar se existe para cada país IVA
superior a 50 euros, por forma a questionar o sujeito passivo da possibilidade
de reembolso. Se pretender, avança-se com o pedido de reembolso, ficando a
aguardar resposta. No caso de não pretender, avança-se para a sua
regularização contabilística e posterior acréscimo ao Q07 da Modelo 22.
92
Pág. 120-122
2.6. Estado e outros entes públicos
Aplicação prática 17 – IVA suportado no estrangeiro
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
Enquadramento fiscal:
Nos casos em que o IVA é inferior a 50 euros, não sendo passível de pedido de
reembolso, avança-se para a sua regularização contabilística, sem acréscimo ao
Q07 da Modelo 22."
Sempre que não seja exercido esse direito ao reembolso (sendo
esse reembolso possível), o montante do IVA contabilizado como gasto não é
dedutível para efeitos de determinação do lucro tributável em IRC, porque não se
verifica o requisito exigido pelo n.º 1 do artigo 23.º do respetivo Código, terá que
ser acrescido no quadro 07 da Modelo 22.
No caso da sociedade Micro Fábrica, o IVA suportado em França foi indevidamente
liquidado pelo fornecedor, pelo que, não sendo possível recuperar esse montante,
deverá ser reconhecido como gasto contabilístico, mas acrescido no campo 752 do
quadro 07 da Modelo 22.
93
Pág. 122
2.6. Estado e outros entes públicos
• Tributações autónomas
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
• Taxas de tributação autónoma viaturas ligeiras: n.º 3 do artigo 88.º do Código do IRC
(*) para viaturas híbridas plug-in que tiverem uma autonomia mínima, no modo elétrico, de 50 km e emissões oficiais
inferiores a 50 gCO2/km
(**) O limite do custo de aquisição para as viaturas elétricas é 45.000 para 2011, 50.000 para 2012 a 2014 e 62.500 a
partir de 2015
94
Pág. 123
2.6. Estado e outros entes públicos
Aplicação prática 18 – Tributações autónomas
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
96
Pág. 125-131
2.7. Inventários, custo dos inventários e variação da produção
Procedimentos de controlo de inventários, custo dos inventários e variação da produção
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
Segregação de funções
Contagem física
Contabilidade analítica
97
Pág. 131
98
2.7. Inventários, custo dos inventários e variação da produção
• Sistemas de inventário (permanente e intermitente)
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
• Enquadramento contabilístico
• Mensuração dos Inventários
• Custo e valor realizável líquido
• Custo de aquisição e custo de produção
• Custos de juros de empréstimos obtidos
• Técnicas e Fórmulas de custeio para mensuração dos inventários
• Enquadramento fiscal
• Critérios de mensuração fiscal – Artigo 26.º CIRC (Inventários)
• Perdas por imparidade em inventários (artigo 28º do CIRC)
• Comunicação de inventários à AT (valorização apenas para inventário
permanente – acordo de concertação social)
99
Pág. 138
101
Pág. 139
102
Pág. 139-140
103
Pág. 139-140
104
Pág. 139-140
105
2. Aspetos contabilísticos e fiscais Pág. 139-140
Foram vendidas as 10 000 unidades, valorizadas a 52 000 euros, por 100 000
euros. Foi utilizado o custo específico.
106
Pág. 140
Quebras anormais - são aquelas de verificação imprevisível, eventual, e resultantes de factos alheios ao
exercício da atividade, como por exemplo acidentes, roubos, incêndios, entre outros.
107
2. Aspetos contabilísticos e fiscais Pág. 140
Enquadramento contabilístico
• Em termos de mensuração, o § 11.1 da NCRF-PE, refere que os inventários devem ser
mensurados pelo custo ou valor realizável líquido, dos dois o mais baixo.
• O procedimento contabilístico previsto nos §§ 11.20 a 11.24da NCRF-PE estabelece que
quando algum item de inventários, ou itens semelhantes, sofram alguma desvalorização, o
seu custo (de aquisição ou de produção) deve ser reduzido para o respetivo valor recuperável,
que é o valor realizável líquido. 111
Pág. 142
2.7. Inventários, custo dos inventários e variação da produção
Aplicação prática 21 – Perdas por imparidade de inventários
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
Registos contabilísticos :
112
2. Aspetos contabilísticos e fiscais Pág. 143
2.7. Inventários, custo dos inventários e variação da produção
Aplicação prática 21 – Perdas por imparidade de inventários
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
Enquadramento fiscal
• O artigo 28.º do Código do IRC prevê um tratamento semelhante ao estabelecido nas normas
contabilísticas. No entanto, esta norma fiscal estabelece uma definição específica de valor
realizável líquido, que pode não ser exatamente idêntico ao estabelecido em termos
contabilísticos.
• Essa regra fiscal determina que o valor realizável líquido deve ser determinado pelos preços
de venda constantes de elementos oficiais ou os últimos que em condições normais tenham
sido praticados pelo sujeito passivo ou ainda os que, no termo do período de tributação,
forem correntes no mercado, desde que sejam considerados idóneos ou de controlo
inequívoco.
• Atendendo a estas regras fiscais, para suportar a perda de inventários resultante da situação
de perda de imparidade, a entidade deve obter toda a documentação ou outro tipo de
informação disponível, que comprove a quebra ou redução de preços, a obsolescência, os
danos ou qualquer outro motivo.
• No caso da sociedade Micro Fábrica, caso não seja possível reunir a documentação que
comprove de forma inequívoca e idónea a quebra ou redução do valor dos inventários, a
perda por imparidade reconhecida não será aceite fiscalmente e deverá ser acrescida no
campo 718 do quadro 07 da Modelo 22 113
Pág. 146
2.8. Investimentos financeiros
Procedimentos de controlo de investimentos financeiros
Da responsabilidade do órgão de gestão da entidade:
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
Suporte documental
115
Pág. 151-152
• Mensuração do goodwill
• Mensuração subsequente – Método de equivalência patrimonial
• Distribuição de lucros pela participada
• Outras alterações nos capitais próprios da participada
• Percentagem de interesse na participada
• Ajustamentos nas demonstrações financeiras da participada para a aplicação do MEP
• Descontinuação da aplicação do MEP
• Lucros não distribuídos (aditamento do n.º3 ao artigo 32.º do CSC)
• Interrupção da aplicação / obrigatoriedade de utilização
• Perdas por imparidade
• Participações no capital próprio de outras empresas
116
Pág. 152-158
• Enquadramento fiscal
• Impacto fiscal das imparidades
• Impacto Fiscal da aplicação do justo valor
• Impacto fiscal da utilização do MEP (Variações patrimoniais, Dividendos
recebidos)
• Impacto fiscal no recebimento de dividendos quando não existe aplicação
do MEP
• Impacto fiscal da alienação de investimentos financeiros (mais e menos
valias fiscais)
117
Pág. 158
118
Pág. 158
Registos contabilísticos :
Data Descrição Conta Débito Crédito
setembro Aquisição da 4111 Investimentos em subsidiárias - Participações de 42 000
participação na capital- método da equivalência patrimonial
sociedade C (1) 441 Goodwill 14 000
12 – Depósitos à Ordem 56 000
119
Pág. 158
participadas
• A sociedade Micro Fábrica, Lda. detém duas participações, tendo optado pelo MEP para
reconhecimento contabilístico dos investimentos financeiros. Relativamente ao ano de 2023,
sabe-se a seguinte informação:
Sociedade A (participação em 40%)
• Em março de 2023 a sociedade A deliberou a distribuição de lucros no valor de 50.000
euros
• Em 2023 foi apurado um lucro de 100.000 euros
Sociedade C (participação em 70%)
• Em 2023 foi apurado um prejuízo de 20.000 euros
120
Pág. 159
121
Pág. 159
122
Pág. 159
2.8. Investimentos financeiros
Aplicação prática 23 – Aplicação do MEP – Imputação dos resultados das participadas
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
123
Pág. 160
Enquadramento fiscal
• Tal como já referido, a adoção do MEP não é aceite fiscalmente, pelo que, em
termos fiscais, a sociedade Micro Fábrica, Lda. terá de eliminar o efeito
contabilístico do MEP.
• Assim, o valor reconhecido na conta 7851 deve ser deduzido no campo 758 do
Quadro 07 da Modelo 22.
• O valor reconhecido na conta 6852 deve ser acrescido no campo 712 do
Quadro 07 da Modelo 22.
124
Pág. 160
125
Pág. 160
126
Pág. 160-161
Enquadramento fiscal
• Em termos de IRC, as amortizações de um goodwill não são fiscalmente aceites, porque não
compreendidas nas situações previstas no artigo 29.º do Código do IRC. Embora estejamos
perante um intangível, a amortização não deriva de perdas de valor resultantes da sua
utilização ou do decurso do tempo, mas antes de uma política contabilística imposta pelo SNC.
• Por seu lado, o n.º 1 do artigo 45.º-A prevê a possibilidade de dedução fiscal, em partes iguais,
durante 20 anos, para o goodwill adquirido em concentrações de atividades empresariais. O
que não acontece no caso de aquisição de participações sociais – Artº 45º-A, nº 4.
• E o artigo 12.º da Lei n.º 2/2014, de 16 de janeiro, determina que esta dedução fiscal só se
aplica relativamente a ativos intangíveis e goodwill adquiridos em períodos de tributação que
se tenham iniciado em, ou após, 1 de janeiro de 2014.
Em termos da Modelo 22, a sociedade Micro Fábrica deve:
• Acrescer a amortização registada na contabilidade (1.400 euros) no campo 719 do Quadro
07 da Modelo 22
127
Pág. 161
Enquadramento Contabilístico
• A alienação de investimentos financeiros em instrumentos de capital próprio da outra
empresa, classificados como investimentos em subsidiárias, associadas ou empreendimentos
conjuntos, e mensurados pelo Método de Equivalência Patrimonial (MEP), devem implicar a
determinação de um ganho ou uma perda (mais ou menos valia) em função da diferença
entre o montante da contraprestação obtida e a quantia escriturada do investimento
financeiro, estando influenciado pela aplicação do MEP. 128
Pág. 161
129
Pág. 162
Enquadramento fiscal
• Em termos fiscais, no âmbito do artigo 46.º do CIRC, devem ser determinadas as respetivas
mais ou menos valias decorrentes da alienação da parte da participação social.
• O valor de aquisição é o valor referente ao custo (histórico) de aquisição da participação,
eventualmente líquido de perdas por imparidade, não sendo influenciado pela mensuração
pelo MEP. Este valor de aquisição deve incluir o valor dos instrumentos de capital próprio
(ações ou quotas), bem como de outros instrumentos de capital próprio.
• Se a alienação da parte de capital se referir a uma participação adquirida há mais de 2 anos,
deve ser aplicado o respetivo coeficiente de desvalorização monetária, nos termos do artigo
47.º do CIRC. Esse coeficiente apenas pode ser aplicado à parte de capital (e não aos outros
instrumentos de capital próprio).
• Em termos fiscais, quando uma mais-valia ou menos-valia em resultado do
desreconhecimento por alienação, for resultado de uma participação social noutra empresa
que cumpra os requisitos do artigo 51.º-C e das alíneas a), c) e e) do n.º 1 do artigo 51.º, bem
como o requisito previsto na alínea d) do n.º 1 ou no n.º 2 do mesmo artigo, esta não é
relevante na determinação do lucro tributável de IRC.
130
Pág. 162
Enquadramento fiscal
• Cumprindo esses requisitos das alíneas do n.º 1 e n.º 2 do artigo 51.º do CIRC, nomeadamente
que a participação não seja inferior a 10% desde que a participação no capital tenha
permanecido na titularidade da mesma entidade, de modo ininterrupto, por um período não
inferior a 12 meses, essa mais-valia fiscal não é tributada em sede de IRC na esfera da
sociedade participante, nem a menos-valia é dedutível.
• A prova do cumprimento destes requisitos deve ser efetuada através de declarações ou
documentos confirmados e autenticados pelas entidades públicas competentes, nos termos
do artigo 51.º-B do CIRC.
• Se do desreconhecimento da participação resultar uma menos-valia fiscal, e se reúnam os
requisitos ao artigo 51.º-C não é dedutível.
• No caso da sociedade Micro Fábrica o cálculo da mais ou menos valia pela alineação da
participação é o seguinte:
• 100.000€ - (150.000 euros * 1,04*) = - 56.000 euros (menos valia fiscal)
• (*) Portaria n.º 253/2022, de 20 de outubro – atualização dos coeficientes de desvalorização da moeda a aplicar aos
bens e direitos durante o ano de 2022 (à data da preparação do manual não estava publicada a portaria para 2023).
131
Pág. 163
Enquadramento fiscal
Preenchimento da Modelo 22
Menos-valia contabilística
• O valor da menos valia contabilística (20.000 euros) deve ser acrescido no campo 736 do
quadro 07 da Modelo 22
• Se existir uma menos-valia fiscal, que possa ser dedutível por não reunir os requisitos do
artigo 51.º-C, esta deve ser deduzida no campo 769 do quadro 07 da Modelo 22.
• Verificados os requisitos, às menos-valias fiscais aplica-se a “participation exemption” prevista
no artigo 51.º-C do Código do IRC.
• Neste caso, as menos valia fiscal deixa de ser relevante fiscalmente, devendo ser retirada da
imputação ao lucro tributável de IRC. Isto é, assumindo que a sociedade Micro Fábrica, Lda
cumpri com os requisitos do artigo 51.º-C do CIRC, a menos valia fiscal não concorre para o
lucro tributável. Nestas condições, não deve ser preenchido o campo 769.
• Não se aplicando o artigo 51.º-C do CIRC, a menos-valia fiscal obtida é fiscalmente relevante.
132
Pág. 164
Procedimentos de execução
Conferência dos registos contabilísticos
Controlo individualizado dos itens do ativo não corrente (“fichas imobilizado”)
133
Pág. 169
134
Pág. 170
Enquadramento fiscal
• depreciações e do valor residual
• não dedutíveis para efeitos fiscais (artigo 34.º CIRC)
• Depreciações excessivas (nº1 alínea c) artigo 34.º CIRC)
• Depreciações e amortizações praticadas para além do período máximo de vida útil (nº1
alínea d) artigo 34.º CIRC)
• Depreciações viaturas (nº1 alínea e) artigo 34.º CIRC)
• Imparidade, abates e Desvalorizações excecionais (artigo 31.º-B)
• Mais valias e reinvestimento (artigos 46º e 48.º do CIRC)
135
Pág. 172
• Ativos intangíveis
Enquadramento contabilístico
• Cumprimento da definição de ativo intangível e critérios de
reconhecimento
• Estimativa da vida útil (finitas e indefinidas)
Enquadramento fiscal
• Regime fiscal dos ativos intangíveis vida útil indefinida – Artigo 45.º A do
CIRC n.º 1
136
Pág. 181
137
Pág. 181
138
Pág. 182
2.9. Investimentos não financeiros
Aplicação prática 26 – Mais-valias, VPT e reinvestimento
Registo contabilístico da alienação do imóvel:
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
Enquadramento fiscal
• Em termos de IRC, há que determinar a mais ou menos valia fiscal nos termos do art. 46.º e
seguintes do CIRC.
• Mais-valia Fiscal (MVf) = Valor de realização – (Custo de aquisição – Depreciações aceites
fiscalmente – Perdas por imparidade aceites fiscalmente) x Coeficiente desvalorização
monetária
• Como esta mais-valia se refere a um imóvel, há ainda que ter em atenção o disposto no artigo
64º do CIRC.
• De acordo com este artigo, se o Valor Patrimonial Tributário (VPT) definitivo determinado à
data da venda for superior ao valor de realização (do contrato de venda), deve ser esse VPT a
ser considerado na determinação do resultado fiscal.
140
Pág. 183
2.9. Investimentos não financeiros
Aplicação prática 26 – Mais-valias, VPT e reinvestimento
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
Registo contabilístico :
Data Descrição Conta Débito Crédito
2023 Pela contratação dos 454 – Ativos Intangíveis em Curso 15 000
serviços para o
desenvolvimento do “Web 2711 – Fornecedores de Investimento 15 000
site”
143
Pág. 188
• A sociedade Micro Fábrica, Lda. adquiriu um novo módulo de gestão para o arquivo
documental e Workflows de aprovações. Na fatura de aquisição consta a quantia de 25.000
euros para a aquisição do módulo, o valor de 5.000 euros para a instalação e 1.500 euros para
a formação dos colaboradores.
• Estando perante a aquisição de um módulo para a melhoria da eficiência da gestão da
entidade, podemos assumir que estão reunidos todos os requisitos, previstos no capítulo 8 da
NCRF-PE, para o reconhecimento como Ativo Intangível.
• Quanto à mensuração, devemos atender ao parágrafo 8.4 da NCRF-PE que nos diz que um
Ativo Intangível deve ser mensurado inicialmente pelo seu custo.
• § 8.10 a 8.13 da NCRF-PE - há determinados dispêndios que deverão ser reconhecidos como
gastos. É o caso das despesas com a formação.
144
Pág. 188
Registo contabilístico :
Data Descrição Conta Débito Crédito
2023 Pela aquisição do Módulo 443 – Ativos Intangíveis – Programas 30 000
de Gestão de computador
145
Pág. 189
146
Pág. 189
Registo contabilístico:
Data Descrição Conta Débito Crédito
2023 Registo contabilístico 643 - Gastos de depreciação e de 20 000
da amortização amortização – Ativos Intangíveis
147
Pág. 190
Enquadramento fiscal
• Em termos fiscais e de acordo com o disposto no art.º 45-A do CIRC, pode-se deduzir uma
vigésima parte do custo do ativo no apuramento do lucro tributável, originando uma diferença
entre o valor contabilístico e o valor fiscal. No caso em concreto a empresa inscreveu o valor
de 10.000 euros no campo 792 da modelo 22.
• Em termos fiscais esta amortização não é aceite fiscalmente apesar de o procedimento
contabilístico ter sido alterado, passando a prever uma amortização.
• Estes ativos continuam a não ter uma vida útil definida, pelo que também não possuem uma
vigência temporal limitada, o que determina que o gasto com amortização continua a não ser
dedutível para efeitos de IRC.
• A dedução fiscal prevista no artigo 45º-A do CIRC não deve ser confundida com a dedução
fiscal da amortização contabilizada, tratando-se de dois procedimentos distintos, com âmbito
e propósitos diferentes.
• Assim, no caso concreto a empresa acresce o valor da amortização de 20.000 euros no campo
719 do quadro 07 da modelo 22, bem como, continua a deduzir no campo 792 do mesmo
quadro 07 o montante de 10.000 euros que deduziu desde o ano de 2015.
148
Pág. 190
149
Pág. 189 -193
• Conceito de capital
• Aplicação dos resultados
• Reservas legais: conta 551
• Obrigatoriedade de constituição e limites
• Limite de distribuição aos sócios
• Perda de metade do capital: artigo 35.º CSC
• Quotas próprias (aquisição e alienação)
• Outros instrumentos de Capital Próprio (Prestações suplementares e acessórias)
• Doações
• Subsídios
• Outros
150
Pág. 193
151
Pág. 194
152
Pág. 194
Registo contabilístico:
Data Descrição Conta Débito Crédito
19/05/2023 Pelo pagamento da retenção 242 – Retenção na fonte IRS (28%) 14 000
na fonte sobre lucros aos 12 – Depósitos à ordem 14 000
sócios
153
Pág. 194
Enquadramento fiscal
• As variações patrimoniais resultantes da aplicação do resultado do período descritas no
presente exemplo não têm relevância fiscal na sociedade. Com efeito, as saídas, em dinheiro
ou em espécie, em favor dos titulares do capital, a título de remuneração ou de redução do
mesmo, não constituem variação patrimonial negativa dedutível (artigo 24.º do Código do
IRC).
• Esses rendimentos obtidos pelos sócios serão, contudo, tributados na esfera destes, de acordo
com as regras aplicáveis em IRS (sócios pessoas singulares) ou IRC (sócios pessoas coletivas).
Importa ter em conta as regras de eliminação da dupla tributação económica que possam ser
aplicáveis.
• Na esfera das pessoas singulares, chama-se a atenção para o facto de a retenção na fonte
efetuada nos termos do artigo 71.º do Código do IRS ter natureza liberatória.
• Com efeito, em IRS, os rendimentos provenientes de lucros são considerados rendimentos de
capitais, conforme alínea h) do nº2 do artigo 5.º do Código do IRS, sujeitos a retenção na fonte
à taxa liberatória de 28%, quer se trate de residentes ou não residentes, conforme alínea a) do
nº 1 do artigo 71.º do Código do IRS.
154
Pág. 195
Enquadramento fiscal
• Os sujeitos passivos residentes podem optar pelo englobamento (nºs 8 e 9 do artigo 71º do
Código do IRS), ficando, nesse âmbito, obrigados a englobar a totalidade dos rendimentos da
mesma categoria, conforme nº 5 do artigo 22º do Código do IRS.
• Na opção pelo englobamento, os lucros são considerados em apenas 50% do seu valor,
conforme alínea a) do nº1 do artigo 40º-A do Código do IRS. Contudo, conforme estabelecido
no referido n.º 9 do artigo 71.º do Código do IRS, feita a opção pelo englobamento, a retenção
que tiver sido efetuada tem a natureza de pagamento por conta do imposto devido a final. O
que significa que é deduzida a totalidade do imposto retido, ainda que o rendimento seja
apenas tributável em 50%.
• A opção, ou não, pelo englobamento deve ser mencionada nos campos 01 ou 02 do Q.4-A do
Anexo E, com preenchimento, no caso de opção, do Q.4-B da declaração modelo 3 de IRS.
• Os rendimentos englobados devem ser declarados em apenas 50% do respetivo montante.
155
Pág. 204
156
Pág. 204
• Reconhecimento inicial
• Princípio do balanceamento entre rendimentos e gastos
• Subsídios reembolsáveis
• Apoios: Empréstimos sem juros ou taxas inferiores às do mercado
• Subsídios não reembolsáveis
• Subsídios relacionados com ativos
• Subsídios relacionados com rendimentos
Enquadramento fiscal
• Artigo 20.º do Código do IRC
157
Pág. 208
158
Pág. 209
2.11. Subsídios e outros apoios das entidades públicas
Aplicação prática 31 – Subsídios não reembolsáveis relacionados com ativos
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
Registo contabilístico:
Data Descrição Conta Débito Crédito
01/02/2023 Pelo recebimento do subsídio 12 – D. ordem 20 000
5931 – Subsídios atribuídos 20 000
Enquadramento fiscal
• Artigo 22.º, n.º 1, al. d) do Código do IRC: Quando os subsídios não respeitem aos
ativos referidos nas alíneas anteriores, devem ser incluídos no lucro tributável, em
frações iguais, durante os períodos de tributação em que os elementos a que
respeitam sejam inalienáveis, nos termos da lei ou do contrato ao abrigo dos quais
os mesmos foram concedidos, ou, nos restantes casos, durante 10 anos, sendo o
primeiro o do recebimento do subsídio.
• Assim, durante um período de 10 anos, há que efetuar um acréscimo ao lucro
tributável de 20.000/10 = 2.000 euros no campo 702 do quadro 07 da Modelo 22.
159
Pág. 209
Enquadramento contabilístico
• Acontecimentos após a data de balanço (que ocorram entre a data do balanço e a data
em que as demonstrações financeiras forem autorizadas para emissão, pelo órgão de
gestão)
• Acontecimentos que dão lugar a ajustamentos
• Acontecimentos que não dão lugar a ajustamentos
160
Pág. 210-211
161
Pág. 211
2.12. Acontecimentos após a data de balanço
Aplicação prática 32 – Acontecimentos após a data de balanço
2. Aspetos contabilísticos e fiscais
2. A entidade tem um processo judicial em curso desde outubro de 2023, movido por um ex-
empregado que reclama uma indemnização à entidade, no valor de 10.000 euros, por doença
profissional. Em 14/02/2023 foram conhecidos os resultados dos exames médicos periciais,
realizados ao ex-empregado, que confirmam a presença de danos em órgãos internos
provocados pela máquina que operava. A entidade não efetuou até à data o reconhecimento
deste facto nas suas demonstrações financeiras.
• O conhecimento dos resultados dos exames médicos periciais efetuados ao ex-empregado
veem, muito provavelmente, aumentar o risco de a entidade ter de pagar a indemnização
requerida em tribunal, ou seja, vem reforçar uma condição que já existia à data do balanço de
2023, i.e., uma obrigação presente, devendo dar lugar a um ajustamento em 2023.
• Como a entidade não efetuou qualquer registo, deve reconhecer uma provisão nas
demonstrações financeiras de 2023, pela melhor estimativa do valor da perda potencial, a
qual poderá ser o valor requerido em tribunal, ou seja, 10.000 euros.
163
Capítulo 3.
Declaração Modelo 22
164
3.1. Prazos
3. Declaração Modelo 22
3.2. Taxas
3.3. Taxas de tributação autónoma
3.4. Qualificação da empresa
3.5. Isenções e taxas reduzidas de derrama sujeitos à regra de minimis
a partir de 2019
165
Pág. 215
3.1. Prazos
3. Declaração Modelo 22
Prazos
• Até ao último dia do mês de maio, independentemente desse dia ser útil
ou não útil (por transmissão eletrónica);
• No caso de sujeitos passivos com período especial de tributação, até ao
último dia do 5º mês posterior á data do termo desse período (dia útil ou
não útil).
166
Pág. 215
3.2. Taxas
Para 2023, as taxas de IRC são as seguintes:
3. Declaração Modelo 22
Descrição Taxas
Taxa geral 21%
Taxa reduzida para PME e Small 17%, primeiros 50 000 € de
Mid Cap matéria coletável
169
Pág. 216
170
Pág. 218
janeiro de 2019 (artigo 18.º da Lei n.º 73/2013, de 3 de setembro), o n.º 1 do artigo 18.º da
LFL passou a prever que «os municípios podem deliberar lançar uma derrama, de duração
anual e que vigora até nova deliberação, até ao limite máximo de 1,5 por cento, sobre o
lucro tributável. Esta deliberação deixou de ser obrigatoriamente anual e foram aditados
os números 22 a 25 ao referido artigo, importando salientar o disposto no n.º 25:
• 25 - Os benefícios fiscais previstos nos números anteriores estão sujeitos às regras
europeias aplicáveis em matéria de auxílios de minimis.»
• O benefício fiscal que o sujeito passivo tem pelo facto de o município onde se encontra
deliberar a aplicação de taxas reduzidas ou de isenção de derrama municipal deve ser
inscrito no campo 904-E do anexo D à declaração modelo 22 (obrigatoriamente a partir de
2019).
• O montante do benefício a declarar corresponde à diferença de coleta de derrama
municipal calculada entre a taxa normal e a taxa reduzida ou, no caso de isenção, ao
montante apurado por aplicação da taxa normal.
171
Capítulo 4.
Benefícios Fiscais
172
4.1. Enquadramento e alterações recentes
4.2. Remuneração convencional do capital social (RCCS)
4. Benefícios Fiscais
173
4. Benefícios fiscais
4.8. Medidas de apoio ao transporte rodoviário de passageiros e de
mercadorias
4. Benefícios Fiscais
4.9. Donativos
4.10. Quotizações a favor de associações empresariais
4.11. RFAI – Regime Fiscal de Apoio ao Investimento
4.12. SIFIDE II
4.13. Regime extraordinário de apoio a encargos suportados na produção
agrícola
4.14. Regime extraordinário de apoio a encargos suportados com eletricidade e
gás
174
4. Benefícios fiscais Pág. 221
• As alterações mais relevantes verificadas nos últimos anos e que podem ter
impacto no cálculo do imposto em 2023 são:
• Lei n.º 21/2021, de 20 de abril, a qual estabelece a prorrogação de benefícios fiscais e
medida extraordinária no âmbito do regime fiscal do reinvestimento em sede de IRC.
• RFAI e SIFIDE, este diploma estabelece uma suspensão de prazos para efeitos do reporte
das respetivas dotações. A desconsideração dos prazos de reporte nos períodos de 2020 e
2021, tem efeitos retroativos a 1 de janeiro de 2020.
• Note-se que o prazo de reporte do RFAI é de 10 anos e do SIFIDE é de 8 anos, “ganhando”
os sujeitos passivos dois anos com esta alteração.
175
Pág. 221
176
4. Benefícios fiscais Pág. 221
177
Pág. 222
178
4.3. Lei n.º 20/2023, de 17 de maio Pág. 223-224
• Alterações introduzidas a diversas normas por esta Lei incluem alterações ao artigo 92.º do
Código do IRC (resultado da liquidação).
• A partir de 1 de julho de 2023, os benefícios fiscais excluídos do ajustamento do resultado da
4. Benefícios Fiscais
Apesar de terminada a sua vigência, importa assegurar as condições impostas pelos benefícios para
períodos futuros, não esquecendo também os direitos de reporte e de utilização dos benefícios (ver manual)
180
Pág. 229
comparando com uma PME ou Small Mid Cap que não exerça atividades no
interior ou Regiões Autónomas, o ganho de imposto ascende a 2.250 euros
[50.000,00 x (17% - 12,50%)].
• Não obstante o benefício não ser cumulativo com outros regimes de redução
de taxa, é compatível com a redução da taxa de IRC nas Regiões Autónomas
(que, em 2023, é de 30%, quer para a Região Autónoma da Madeira quer dos
Açores).
182
Pág. 230
4.6. Regime fiscal de incentivo à capitalização das empresas (Artigo 43.º-D EBF)
Aplicável
• Sujeitos passivos de IRC (que exercem a título principal)
4. Benefícios Fiscais
184
Pág. 232
4.6. Regime fiscal de incentivo à capitalização das empresas (Artigo 43.º-D EBF)
Conceitos
Aumento de capitais próprios elegíveis:
4. Benefícios Fiscais
4.6. Regime fiscal de incentivo à capitalização das empresas (Artigo 43.º-D EBF)
Conceitos
São aumentos líquidos de capitais próprios elegíveis:
4. Benefícios Fiscais
186
4. Benefícios fiscais Pág. 234
4.6. Regime fiscal de incentivo à capitalização das empresas (Artigo 43.º-D EBF)
Limitação ao benefício
4. Benefícios Fiscais
A dedução (taxa aplicável * aumento líquido dos capitais próprios) não pode
exceder, em cada período de tributação, o maior dos seguintes limites:
• € 2 000 000; ou
• 30 % do resultado antes de depreciações, amortizações, gastos de financiamento
líquidos e impostos, nos termos do artigo 67.º do Código do IRC (Limitação à
dedutibilidade de gastos de financiamento), ou seja, o chamado EBITDA fiscal.
187
Pág. 234
4.6. Regime fiscal de incentivo à capitalização das empresas (Artigo 43.º-D EBF)
Norma anti-abuso
Não são elegíveis, as entradas em dinheiro no âmbito da constituição de sociedades
4. Benefícios Fiscais
189
Pág. 235
• Começamos por referir que este benefício, apesar de ter entrado em vigor em 1 de janeiro de
2023, vai ser objeto de alterações estruturantes em 2024, dadas as dúvidas que suscitou e
4. Benefícios Fiscais
que foram interpretadas pela Autoridade Tributária com base na redação em vigor em 2023,
mas que serviu de suporte às propostas de alteração legislativa para 2024 (e que ainda não se
encontram legalmente concretizadas). Estas interpretações constam do Ofício-circulado n.º
20260/2023, de 14/09.
• O que significa que o entendimento aqui transmitido decorre dessas interpretações, que nem
sempre encontram correspondência no texto da lei.
• Designadamente, e no que respeita ao aspeto mais relevante, a interpretação administrativa
é a de que apenas são elegíveis os encargos que decorram, cumulativamente, de aumento
salarial individual em, pelo menos, 5,1%, no ano de 2023, da remuneração do trabalhador e
da existência de IRCT dinâmica aplicável àquela relação contratual que promova aumentos
salariais em percentagem igual ou superior a 5,1%, no ano de 2023.
• De acordo com o n.º 2 do artigo 282.º da Lei do Orçamento do Estado para 2023, esta norma
cessa a sua vigência em 31 de dezembro de 2026.
190
Pág. 236
191
Pág. 236
192
Pág. 236
193
Pág. 237
194
Pág. 237
195
Pág. 237
196
Pág. 237
199
4. Benefícios fiscais Pág. 237
200
4. Benefícios fiscais Pág. 240
O artigo 70.º EBF consagra, até 2026, um benefício ao setor do transporte rodoviário, relativa à
dedução ao lucro tributável dos gastos suportados com a aquisição em território português, de
4. Benefícios Fiscais
4.9. Donativos
Noção de donativo constante do artigo 61.º EBF:
• Donativos constituem entregas em dinheiro ou em espécie, concedidos, sem
4. Benefícios Fiscais
202
4. Benefícios fiscais Pág. 241
4.9. Donativos
O EBF estabelece os seguintes benefícios relativos a mecenato:
• Mecenato científico: art. 62.º-A EBF
4. Benefícios Fiscais
204
4. Benefícios fiscais Pág. 242
205
4. Benefícios fiscais Pág. 234
RFAI nas áreas elegíveis, que, para o período de 2022 a 2027 foram redefinidas
conforme consta do novo mapa nacional de auxílios estatais com finalidade
regional (artigo 43.º do Código Fiscal do Investimento), são suscetíveis de usufruir
das seguintes deduções à coleta do imposto:
• 30% das aplicações relevantes, relativamente ao investimento realizado até
ao montante de 15.000.000 euros;
• 10% das aplicações relevantes, relativamente à parte do investimento
realizado que exceda o montante de 15.000.000 euros.
206
4. Benefícios fiscais Pág. 244
208
4. Benefícios fiscais Pág. 249
209
4. Benefícios fiscais Pág. 250
210
4. Benefícios fiscais Pág. 251
4.12. SIFIDE II
Este benefício encontra-se regulado nos artigos 35.º a 42.º do Código Fiscal do
Investimento e é relativo a investimento em despesas de investigação e
4. Benefícios Fiscais
desenvolvimento.
4.12. SIFIDE II
As despesas associadas a atividades de I&D incluem:
• Aquisições de ativos fixos tangíveis, à exceção de edifícios e terrenos, desde que
4. Benefícios Fiscais
212
4. Benefícios fiscais Pág. 252
4.12. SIFIDE II
As despesas associadas a atividades de I&D incluem:
• Despesas relativas à contratação de atividades de investigação e
4. Benefícios Fiscais
213
4. Benefícios fiscais Pág. 253
4.12. SIFIDE II
Só a partir de 1 de janeiro de 2024, com as alterações introduzidas pela Lei n.º
21/2023 é que se verificarão mudanças relevantes na elegibilidade dos
investimentos em despesas efetuadas em:
4. Benefícios Fiscais
214
4. Benefícios fiscais Pág. 254
215
4. Benefícios fiscais Pág. 254
A majoração em 40% dos gastos ou perdas incorridos com a aquisição dos seguintes
bens, quando utilizados no âmbito das atividades de produção agrícola:
a) Adubos, fertilizantes e corretivos orgânicos e minerais;
b) Farinhas, cereais e sementes, incluindo misturas, resíduos e desperdícios das
indústrias alimentares, e quaisquer outros produtos próprios para alimentação de
gado, aves e outros animais, destinados à alimentação humana; e
c) Água para rega;
d) Garrafas de vidro.
216
4. Benefícios fiscais Pág. 254-255
• Por fim, este benefício fiscal está também sujeito à limitação do art.º 92.º do
Código do IRC (resultado da liquidação) por não se encontrar expressamente
excluído.
217
4. Benefícios fiscais Pág. 255
• Este regime consta do artigo 231.º da Lei do OE para 2023 para o período de
tributação que se iniciasse em ou após 1 de janeiro de 2022.
4. Benefícios Fiscais
218
Capítulo 5. Estimativa de IRC, apuramento
de resultados e preparação das
demonstrações financeiras modelo
reduzido NCRF-PE
219
e preparação das demonstrações financeiras (NCRF-PE)
5. Estimativa de IRC, apuramento de resultados
220
Pág. 259
221
5. Estimativa de IRC, apuramento de resultados e preparação das Pág. 259
e preparação das demonstrações financeiras (NCRF-PE) demonstrações financeiras modelo reduzido NCRF-PE
5.1. Estimativa de IRC
5. Estimativa de IRC, apuramento de resultados
222
Pág. 260
Pela transferência dos pagamentos por conta para a conta de apuramento (se
existirem):
• Débito da conta 2415 - “Imposto sobre o rendimento - IRC apuramento”,
por contrapartida a
• Crédito da conta 2412 - “Imposto sobre o rendimento - Paga- mentos por
conta”, pelo montante dos pagamentos por conta;
Pela transferência das retenções na fonte efetuadas por terceiros (se
existirem):
• Débito da conta 2415 - “Imposto sobre o rendimento - IRC apuramento”,
por contrapartida a
• Crédito da conta 2414 - “Imposto sobre o rendimento - Retenções na fonte
efetuadas por terceiros”, pelo montante das retenções na fonte.
223
Pág. 260
224
Pág. 260
225
Pág. 261
226
Pág. 261
demonstrações financeiras
• A sociedade Micro Fábrica, Lda. identificou os seguintes dados para efeitos da
determinação da estimativa de IRC:
• Resultado antes de impostos (RAI): 279.810
Prejuízos fiscais dedutíveis:
• 2014: 1 000
• 2015-2019: 0
• 2020: 110 000
• 2021: 5 000
• 2022: 0
227
Pág. 261
demonstrações financeiras
• Balancete em 31/12/2023, após movimentos de encerramento de contas,
antes de apuramento de resultados
• Consultar manual
228
Pág. 261
demonstrações financeiras
• Cálculos auxiliares para a estimativa de IRC
Determinação da estimativa de IRC Observações Valores
Resultado antes de impostos RAI - Balancete de 31/12/2023 - 279 810
após apuramento de resultados
Correções no quadro 07:
Aplicação prática 1 - Alteração de política Não é relevante 0
contabilística (modelo da revalorização)
Aplicação prática 2 – Alteração de política
contabilística (alteração das fórmulas de Dedução campo 704 -80 000
custeio)
Aplicação prática 3 - Alteração de estimativas Não é relevante 0
contabilísticas - Alteração de vida útil
Aplicação prática 4 - Erros contabilísticos (gastos Não é relevante 0
de períodos anteriores)
229
Pág. 265
e preparação das demonstrações financeiras (NCRF-PE) Aplicação prática 35 – Estimativa de IRC, apuramento de resultados e demonstrações financeiras
• Cálculos auxiliares para a estimativa de IRC
5. Estimativa de IRC, apuramento de resultados
230
Pág. 265
e preparação das demonstrações financeiras (NCRF-PE) Aplicação prática 35 – Estimativa de IRC, apuramento de resultados e demonstrações financeiras
• Cálculos auxiliares para a estimativa de IRC
5. Estimativa de IRC, apuramento de resultados
e preparação das demonstrações financeiras (NCRF-PE) Aplicação prática 35 – Estimativa de IRC, apuramento de resultados e demonstrações financeiras
• Cálculos auxiliares para a estimativa de IRC
5. Estimativa de IRC, apuramento de resultados
232
Pág. 265
e preparação das demonstrações financeiras (NCRF-PE) Aplicação prática 35 – Estimativa de IRC, apuramento de resultados e demonstrações financeiras
• Cálculos auxiliares para a estimativa de IRC
5. Estimativa de IRC, apuramento de resultados
233
Pág. 265
e preparação das demonstrações financeiras (NCRF-PE) Aplicação prática 35 – Estimativa de IRC, apuramento de resultados e demonstrações financeiras
• Cálculos auxiliares para a estimativa de IRC
5. Estimativa de IRC, apuramento de resultados
234
Pág. 266
e preparação das demonstrações financeiras (NCRF-PE) Aplicação prática 35 – Estimativa de IRC, apuramento de resultados e demonstrações financeiras
• Cálculos auxiliares para a estimativa de IRC
5. Estimativa de IRC, apuramento de resultados
235
Pág. 266
e preparação das demonstrações financeiras (NCRF-PE) Aplicação prática 35 – Estimativa de IRC, apuramento de resultados e demonstrações financeiras
• Cálculos auxiliares para a estimativa de IRC
5. Estimativa de IRC, apuramento de resultados
236
Pág. 266
e preparação das demonstrações financeiras (NCRF-PE) Aplicação prática 35 – Estimativa de IRC, apuramento de resultados e demonstrações financeiras
• Cálculos auxiliares para a estimativa de IRC
5. Estimativa de IRC, apuramento de resultados
Legendas:
Não é relevante - gasto aceite em termos fiscais ou rendimento tributável, no período
corrente
Não é aplicável - sem impacto fiscal
237
Pág. 266
e preparação das demonstrações financeiras (NCRF-PE) Aplicação prática 35 – Estimativa de IRC, apuramento de resultados e demonstrações financeiras
• Cálculos auxiliares para a estimativa de IRC
5. Estimativa de IRC, apuramento de resultados
238
Pág. 266
239
Pág. 267
e preparação das demonstrações financeiras (NCRF-PE) Aplicação prática 35 – Estimativa de IRC, apuramento de resultados e demonstrações financeiras
Registos contabilísticos – Apuramento de resultados:
Data Descrição Conta Débito Crédito
5. Estimativa de IRC, apuramento de resultados
31/12/2023 Transferência das contas da 811 - Resultado antes de impostos 1 374 520
classe 6 para o RAI (1) 6x - Gastos 1 374 520
Transferência das contas da 7x – Rendimentos 1 654 330
classe 7 para o RAI (2) 811 - Resultado antes de impostos 1 654 330
Transferência do RAI para o 811 - Resultado antes de impostos 279 810
RLP (3) 818 – Resultado Líquido 279 810
Transferência do IRC estimado 818 - Resultado 3 558
para o RLP 2416 – IRC a pagar 3 558
240
Pág. 267
e preparação das demonstrações financeiras (NCRF-PE) Aplicação prática 35 – Estimativa de IRC, apuramento de resultados e demonstrações financeiras
Balanço em 31/12/2023:
RÚBRICAS NOTAS DATAS
5. Estimativa de IRC, apuramento de resultados
31/12/2023 31/12/2022
ATIVO
241
Pág. 267
e preparação das demonstrações financeiras (NCRF-PE) Aplicação prática 35 – Estimativa de IRC, apuramento de resultados e demonstrações financeiras
Balanço em 31/12/2023:
RÚBRICAS NOTAS DATAS
5. Estimativa de IRC, apuramento de resultados
31/12/2023 31/12/2022
Ativo Corrente
Inventários 191 840
Clientes 58 000
Estados e outros entes públicos 0
Capital subscrito e não realizado 0
Outros créditos a receber 237 200
Diferimentos 0
Outros ativos financeiros 30 750
Caixa e depósitos bancários 337 795
855 585
Total do ativo 1 374 875
242
Pág. 267
e preparação das demonstrações financeiras (NCRF-PE) Aplicação prática 35 – Estimativa de IRC, apuramento de resultados e demonstrações financeiras
Balanço em 31/12/2023:
RÚBRICAS NOTAS DATAS
5. Estimativa de IRC, apuramento de resultados
e preparação das demonstrações financeiras (NCRF-PE) Aplicação prática 35 – Estimativa de IRC, apuramento de resultados e demonstrações financeiras
Balanço em 31/12/2023:
RÚBRICAS NOTAS DATAS
5. Estimativa de IRC, apuramento de resultados
PASSIVO
Passivo não corrente
Provisões 10 000
Financiamentos obtidos 0
Outras dívidas a pagar 155 110
Passivo corrente
Fornecedores 147 570
Estado e outros entes públicos 25 648
Financiamentos obtidos 0
Diferimentos 0
Outros passivos correntes 137 557
310 775
Total do passivo 475 885
Total do capital próprio e do passivo 1 374 875
244
Pág. 268
e preparação das demonstrações financeiras (NCRF-PE) Aplicação prática 35 – Estimativa de IRC, apuramento de resultados e demonstrações financeiras
Demonstração dos resultados de 2023:
RENDIMENTOS E GASTOS NOTAS PERÍODOS
5. Estimativa de IRC, apuramento de resultados
2023 2022
Vendas e serviços prestados 1 346 455
Subsídios à exploração 0
Variação nos inventários da produção 172 500
Trabalhos para a própria entidade 0
Custos das mercadorias vendidas e das 331 500
matérias consumidas
Fornecimentos e serviços externos 53 975
Gastos com o pessoal 847 485
Imparidade de inventários (perdas/reversões) 160
Imparidade de dívidas a receber 15 000
(perdas/reversões)
Provisões (aumentos/reduções) 10 000
Outras imparidades (perdas/reversões) 0
245
Pág. 268
Aplicação prática 35 – Estimativa de IRC, apuramento de resultados e demonstrações financeiras
e preparação das demonstrações financeiras (NCRF-PE) Demonstração dos resultados de 2023:
2023 2022
Aumentos/reduções de justo valor 750
Outros rendimentos 119 625
Outros gastos 40 875
Resultado antes de depreciações, gastos de 340 335 0
financiamentos e impostos
Gastos/reversões de depreciação e de 60 525
amortização
Resultado operacional (antes de gastos de 279 810 0
financiamento e impostos)
Juros e rendimentos similares obtidos 0
Juros e gastos similares suportados 0
Resultado antes de impostos 279 810
246
Capítulo 6.
Dossier fiscal
247
6.1. Importância e obrigatoriedade
6. Dossier Fiscal
6.2. Conteúdo
6.3. Prazo de organização / entrega
248
Pág. 277
249
Pág. 277
250
Pág. 280
6.2. Conteúdo
6. Dossier Fiscal
Conteúdo obrigatório
Anexo I Portaria nº 51/2018 (Check list no manual)
Conteúdo conveniente
Sugestões no manual
251
Pág. 281
253
7. Prestação de contas
254
Pág. 285
255
Pág. 285
• Dispensa de convocatória
• Assembleias universais (nº 1 artigo 54º do CSC):
• Artigo 263.º Dispensa de Assembleia Geral de Aprovação de contas (apenas
sociedades por quotas):
• Prazo e ordem do dia
• Elaboração das atas das assembleias gerais
• Atas (artigo 63.º CSC)
256
Pág. 288
257
Pág. 289
258
Pág. 289
• Conteúdo
• Artigo 35.º CSC Perda de metade do capital
• Microentidades
259
Quais as datas limite
31.Dez Data de referência para Encerramento SA+SQ: [Art.ºs 65º-A do CSC]: Admitindo coincidência entre o período
das Contas económico e o período civil
1.Mar SA: Convocatória da AG. SA: [Art.º 376 e 377º do CSC]: A convocação compete ao presidente da mesa (no
SA+SQ: Apresentar as contas ao caso da AG anual, a pedido do CA), devendo a convocatória ser publicada
Conselho Fiscal e ao ROC (http:publicções.mj.pt). Quando sejam nominativas todas as acções pode
substituir-se a publicação: a] por cartas registadas; ou b] por correio electrónico
15.Mar SQ: Convocatória da AG; com recibo de leitura
SA+SQ: Disponibilização do Relatório e SQ: [Art.º 248º do CSC]: A convocação compete a qualquer dos gerentes
Contas aos sócios (e no site da Internet) e deve ser feita por meio de carta registada, expedida com a
[263º e 289º do C.S.C.] antecedência mínima de quinze dias
31.Mar
SA+SQ: Data limite AG (s/ consolidação e
s/ mep)
31.Mai SA+SQ: [Art.ºs 65 n.º5 e 376º do CSC]
SA+SQ: Data limite AG (c/ consolidação ou
c/ mep)
Entrega da M22
15.Jul
Entrega da IES e pagamento do depósito
* As datas apresentadas no cronograma são datas limite e, no que respeita a obrigações fiscais, consideram identidade entre o ano fiscal e o económico.
Perfil do Financiamento
▪ Representa a % de passivo que origina custo (Dívida Financeira
= Dívida Financeira / Total Passivo
corresponde à Dívida que dá lugar ao pagamento de juros)
261
Indicador Descrição
Margem Bruta (%) ▪ % que a Empresa retira dos proveitos depois de considerar os custos
= Margem Bruta / Proveitos Operacionais das mercadorias vendidas e matérias consumidas
Margem de Lucro Operacional Monetária (%) ▪ Restringimos a análise operacional à vertente monetária (pois aqui não
EBITDA / Proveitos Operacionais1) consideramos amortizações)
Grau de Cobertura de Juros ▪ Representa uma medida de risco quanto à capacidade de uma entidade
= EBIT / Resultados Financeiros conseguir satisfazer os seus compromissos financeiros
Custo da “Dívida financeira” ▪ Custo que a Empresa tem com os Passivos que dão origem ao
= Custos financeiros / Dívida originadora de custos2) pagamento de juros
Alavancagem Operacional ▪ Permite anaçisar o impacto nos resultados resultante de alterações nas
= Variação em % do EBIT / Variação % das Vendas vendas, tendo em consideração a estrutura de custos (fixos e variáveis)
262
Obrigado
Bom Trabalho!
263