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Sumário

1. SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL E PARTICIPANTES DO


MERCADO
12
Funções Básicas..........................................................................................12
1.1.1. Conselho Monetário Nacional – CMN............................................14
1.1.2. Banco Central do Brasil – BACEN..................................................14
1.1.3. Comissão de Valores Mobiliários – CVM.......................................15
1.1.4. Superintendência de Seguros Privados – SUSEP.........................15
1.1.5. Superintendência Nacional de Previdência Complementar –
PREVIC 16
1.2. Principais Intermediários Financeiros.............................................17
1.2.1. Banco Comercial.............................................................................17
1.2.2. Banco de Investimento...................................................................18
1.2.3. Banco Múltiplo................................................................................19
1.2.4. Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários.........19
1.2.5. B3 S/A: Brasil, Bolsa, Balcão..........................................................20
1.3. Tipos de Investidores......................................................................21
1.4. Códigos da ANBIMA e Melhores Práticas......................................23
1.5. Prevenção e Combate à Lavagem de Dinheiro ou Ocultação de
Bens, Direitos e Valores.................................................................................28
1.6. Indisponibilidade de Bens (CSNU).................................................38
1.7. Convenção de Viena......................................................................
1.8. Normas e Padrões Éticos...............................................................39
Controles Internos: Resolução CMN 2.554/98, artigo 1°.............................39
1.9. Código Anbima de Regulação e Melhores Práticas para
Distribuição de Produtos de Investimento......................................................43
2. NOÇÕES DE ECONOMIA E FINANÇAS.................................................53
2.1. Conceitos Básicos de Economia....................................................53
2.1.1. PIB..................................................................................................53
2.2. Indicadores de Inflação...................................................................54
2.2.1. IPCA................................................................................................54
2.2.2. IGP-M e IGP-DI...............................................................................55
2.3. Câmbio (Moeda Estrangeira)..........................................................56
2.3.1. Taxa de Câmbio..............................................................................56

1
2.4. Indicadores de Juros.......................................................................58

2.4.1. Taxa Selic (over e meta).................................................................58


2.4.2. Taxa DI / CDI..................................................................................60
2.4.3. Taxa TR..........................................................................................60
2.5. Políticas do Sistema Econômico....................................................61
2.5.1. Metas para inflação.........................................................................61
2.5.2. Política Monetária...........................................................................62
2.5.3. COPOM – Comitê de Política Monetária........................................65
2.5.4. Política Fiscal..................................................................................65
2.5.5. Política Cambial..............................................................................68
2.6. Conceito Básico de Finanças.........................................................74
2.7. Capitalização Simples/capitalização composta e Proporção e
Equivalência.................................................................................................81
Taxa de Juro Nominal, Taxa de Juro Real e Fórmula de Fischer...............88
Série Uniforme de Pagamentos...................................................................89
2.8. Sistemas de amortização: SAC (Sistema de Amortização
Constante), Tabela Price e SAA (Sistema de Amortização Americano)............94
2.9. Método de Análise de Investimentos..............................................97
2.10. Custo de Oportunidade...................................................................98
2.11. Taxa Interna de retorno (TIR).........................................................98
2.12. Risco de Reinvestimento................................................................100
2.13. Valor Presente Líquido (VPL).........................................................101
3. INSTRUMENTOS DE RENDA FIXA, RENDA VARIÁVEL E
DERIVATIVOS
104
3.1. Instrumentos de Renda Fixa.........................................................104
3.1.1. Formação da Taxa de Juros (SELIC)...........................................104
3.2. Caderneta de Poupança...............................................................105
3.3. Principais Características de Títulos Públicos e Privados...........107
3.3.1. Precificação de Títulos Públicos e Privados.................................107
3.4. Indicadores de Renda Fixa...........................................................109
3.4.1. Índice de Mercado Anbima – (IMA-B, IRF-M e IMA-S)................109
3.4.2. IDkA – Índice de Duração Constante Anbima (Segmento Prefixado
e Segmento IPCA)......................................................................................110
3.5. Estrutura Temporal das Taxas de Juros......................................110

2
3.5.1. Projeção da Curva de Juros Prefixada.........................................110

3.5.2. Projeção da Curva de Cupom Cambial (Dolar/ Euro)..................111


3.5.3. Projeção da Curva de Cupom de IGPM-M e IPCA......................111
3.6. Estrutura de negociação do Mercado de Títulos Públicos e
Privados, Leilão e Mercado de Balcão, negociação no mercado primário e
secundário...................................................................................................113
3.7. Títulos Públicos.............................................................................114
3.8. Principais Títulos Privados Financeiros (emitido por
Bancos)......................................................................................................124
3.8.1. CDB (Certificado de Depósito Bancário)......................................124
3.8.2. RDB (Recebido de Depósito Bancário)........................................127
3.8.3. Letras Financeiras........................................................................128
3.8.4. Depósito a Prazo com Garantia Especial – DPGE.......................129
3.8.5. LC (Letra de Câmbio)...................................................................131
3.9. Principais Títulos Privados (emitido por Empresas não Financeiras)
134
3.9.1. Debêntures....................................................................................134
3.9.2. Debêntures Incentivadas..............................................................139
3.9.3. Nota Promissória..........................................................................139
3.10. Títulos do Segmento Agrícola......................................................139
3.10.1. Cédula de Produtor Rural.............................................................139
3.10.2. LCA...............................................................................................142
3.10.3. Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio......................143
3.10.4. Certificado de Recebíveis do Agronegócio..................................144
3.11. Títulos do Segmento Imobiliário...................................................145
3.11.1. Certificado de Recebíveis Imobiliários..........................................145
3.11.2. LCI- Letra de Crédito Imobiliário...................................................146
3.11.3. Cédula de Crédito Imobiliário.......................................................147
Resumo Investimentos Imobiliários...........................................................148
3.11.4. Resumo Investimentos Imobiliários e Agronegócio......................149
3.12. Operações Compromissadas.......................................................149
3.13. Renda Fixa Internacional..............................................................150
3.13.1. Principais Títulos Norte Americanos.............................................150
3.13.2. Treasury Bills, Treasury Notes, Treasury Bonds e TIPS (Treasury
Inflation-protected Security).........................................................................150

3
3.13.3. Títulos da Dívida Externa Brasileira.............................................152
3.13.4. CD (Certificates os Deposit).........................................................152
3.13.5. Commercial Papers......................................................................152
3.13.6. Repos (Repurchase Agreements)................................................153
3.14. Riscos em Aplicações de Renda Fixa..........................................153
3.15. Análise de Títulos de Renda Fixa.................................................159
3.15.1. Yield To Maturity...........................................................................159
3.15.2. Current Yied..................................................................................161
3.15.3. Coupon Rate.................................................................................162
3.15.4. Duration de Macaulay...................................................................163
3.15.5. Duration Modificada......................................................................165
3.16. Fundo Garantidor de Crédito (FGC).............................................166
3.17. Renda Variável..............................................................................168
3.17.1. Ações Tipos, Classes e Espécies.................................................168
3.17.2. Certificados ou Recibos de depósitos de Valores Mobiliários (ADR–
BDR) 166
3.17.3. Direito dos acionistas....................................................................171
Acionista Controlador.................................................................................171
Acionista Minoritário...................................................................................161
Tag along....................................................................................................172
Bônus Subscrição......................................................................................172
Bonificação.................................................................................................173
3.17.4. Estratégia de Precificação em Ações...........................................173
3.17.5. Ganho de Capital na Valorização das Ações...............................175
Dividendos..................................................................................................175
Juros sobre capital próprio.........................................................................175
3.17.6. Mercado Primário e Secundário...................................................175
3.17.7. Assembleia Geral e Assembleia Extraordinária...........................176
Assembleia Geral.......................................................................................176
Assembleia Extraordinária.........................................................................177
3.17.8. Abertura de Capital (Initial Public Offering – IPO) e Oferta Pública
de Ações.....................................................................................................174
3.17.8.1. Principais Instituições e suas características.............................177
3.17.10. Tipos de Subscrição.....................................................................180

4
3.17.11. Formação de Preço na Emissão de Ações..................................181
3.17.12. Negociação no Mercado de Ações...............................................181
3.17.13. Tipos de Ordem............................................................................182
3.17.14. Índice de Bolsa de Valores...........................................................183
3.18. Governança Corporativa...............................................................184
3.19. Avaliação de Investimentos em Ações.........................................187
Custo Médio Ponderado de Capital...........................................................188
EBITDA......................................................................................................189
Análise Grafista..........................................................................................189
Análise Fundamentalista............................................................................190
3.20. Despesas incorridas na negociação com ações..........................190
3.21. Tributação.....................................................................................191
3.22. Investimentos em Ações no Exterior............................................192
3.22.1. ADR (American Depositary Receipts)..........................................192
3.22.2. Global Depositary Receipts..........................................................192
3.22.3. Índice de Bolsa de Valores no Exterior.........................................193
3.22.4. Clube de Investimento..................................................................193
3.23. Derivativos....................................................................................195
3.23.1. Mercado a Termo..........................................................................196
3.23.2. Mercado Futuro.............................................................................197
3.23.3. SWAP............................................................................................198
3.23.4. Opções..........................................................................................199
3.23.5. Principais estratégicas com opções.............................................204
3.23.5.1. Operação de Financiamento.......................................................204
3.23.5.2. Box 2 Pontas................................................................................207
3.23.5.3. Box 4 Pontas................................................................................207
3.23.5.4. Straddle........................................................................................208
3.23.6.1.CAP..............................................................................................211
3.23.6.2. Floor.............................................................................................212
3.23.6.3. Collars..........................................................................................212
3.23.7. Opções Exóticas (com barreiras).................................................213
3.23.8. Modelo Binominal.........................................................................214
3.23.9. Black-Scholes...............................................................................215

5
3.24. Contratos futuros de balcão sem entrega física (NDF – Non
Deliverable Forward)...................................................................................215
3.25. Tributação em derivativos.............................................................216
3.26. COE - Certificado de Operações Estruturadas............................217
3.27. Sistemas e Câmeras de Liquidação e Custódia (Clearing House)
216
3.28. Sistema de Pagamentos Brasileiros – SPB..................................219
4. FUNDO DE INVESTIMENTO..................................................................223
4.1. Fundo de Investimento.................................................................223
4.1.1. Definições e Aspectos Gerais.......................................................223
4.1.2. Tipos de Fundos...........................................................................225
4.1.3. Gestão Discricionária....................................................................228
4.1.4. Gestão não discricionária.............................................................228
4.1.5. Marcação a mercado....................................................................228
4.1.6. Direitos e Obrigações dos Condôminos.......................................229
4.1.7. Administrador e suas funções......................................................230
4.1.7.1. Regulamento.................................................................................232
4.1.7.2. Lâmina de informações essenciais...............................................235
4.1.7.3. Termo de Adesão e Ciência de Risco..........................................236
4.1.8. Assembleia Geral de Cotistas......................................................237
4.1.9. Taxas em Fundo de Investimento................................................238
4.1.10. Gestão de Recursos.....................................................................240
4.1.11. Cotização......................................................................................241
4.1.12. Limite de aplicação por emissor, por mobilidade e ativo financeiro
242
4.2. PRINCIPAIS MODALIDADES DE FUNDOS DE INVESTIMENTO
245
4.2.1. Fundo de Renda Fixa...................................................................245

4.2.2. Fundo de Renda Fixa de Curto Prazo..........................................246


4.2.3. Fundos de Renda Fixa Referenciados.........................................247
4.2.4. Fundos de Renda Simples............................................................248
4.2.5. Fundos de Renda Fixa de Dívida Externa....................................249
4.2.6. Fundo Cambial..............................................................................250
4.2.7. Fundo de Ações............................................................................251

6
4.2.8. Fundos Multimercados..................................................................252
4.2.9. Fundo de Crédito Privado.............................................................253
4.2.10. Fundo de Investimento em Cotas de Fundos de Investimento....254
4.2.11. Fundos de Investimento em Índice de Mercado – FUNDOS DE
ÍNDICE ......................................................................................................256
4.2.12. FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO (FII)......................256
4.2.13. Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC e FIC-
FIDC) 256
4.2.14. Fundos de Investimento em Participações – FIP.........................260
4.2.15. Fundos OFF-SHORE....................................................................261
4.3. Compensação de Perdas em Fundos de Investimento...............261
4.4. Come-Cotas..................................................................................262
4.5. Divulgação de Rentabilidade........................................................262
4.6. Classificação de Fundos de Investimento ANBIMA – NÍVEIS 1, 2 E
3. 262
4.7. RESUMÃO FUNDOS DE INVESTIMENTO.................................267
4.8. Carteira Administrada...................................................................269
4.9. Gestão Discricionária....................................................................269
4.10. Gestão não discricionária.............................................................269
5. PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA: PGBL E VGBL...............271
5.1. Previdência Social X Previdência Privada....................................271
5.2. Regime Geral da Previdência – RGPS........................................271
5.3. TÉCNICAS QUE INFLUENCIAM O PRODUTO..........................273
Fase de Acúmulo/Diferimento....................................................................273
Fase de Renda/Benefício...........................................................................273
Taxa de Administração..............................................................................273
Taxas de Carregamento............................................................................273
5.4. Portabilidade.................................................................................274

5.5. Transferências Entre Planos........................................................274


Resgate......................................................................................................274
5.6. Fase de Benefício.........................................................................275
5.7. Possibilidade de pagamento de juros e/ou excedente financeiro
276 5.8. Tábua Atuarial ou Biométrica.........................................................277
5.9. FIE - Conceito...............................................................................277

7
5.10. Classificação dos Fundos.............................................................278

5.11. PLANO GERADOR DE BENEFÍCIOS LIVRES (PGBL)..............279


5.12. VIDA GERADOR DE BENEFÍCIOS LIVRES(VGBL)....................279
5.13. RESUMO PGBL E VGBL..............................................................280
5.14. Regimes de Tributação (Imposto de Renda)................................280
6. GESTÃO DE CARTEIRA E RISCO........................................................284
6.1. Noções de Estatística...................................................................284
6.2. Risco, Retorno e Mercado............................................................300
6.3. Seleção de Carteiras e Modelo Markowitz...................................300
6.4. Diversificação de risco de uma Carteira e Modelo de Markowitz 301
6.5. Modelo de Precificação de Ativos CAPM........................................303
6.6. Capital Market Line – CML...........................................................304
6.7. SML – Security Market Line..........................................................305
6.8. APT – Arbitrage Pricing Theory....................................................306
6.9. Alocação de Ativos.......................................................................306
6.10. Acordo de Basileia........................................................................309
6.11. Gestão de risco em Fundos de Investimentos e Carteiras
Administradas..............................................................................................311
7. PLANEJAMENTO DE INVESTIMENTO.................................................320
7.1. Análise do Perfil do Investidor......................................................320
7.2. Decisões do Investidor na Perspectivas de Finanças
Comportamentais........................................................................................324
7.2.1. Heurísticas.......................................................................................325
7.2.2. Disponibilidade..............................................................................325
7.2.3. Representatividade.......................................................................326
7.2.4. Ancoragem....................................................................................327
7.2.5. Aversão à perda............................................................................329
7.2.6. Efeitos de estruturação.................................................................330
7.3. Vieses Comportamentais..............................................................331
7.3.1. Excesso de Confiança..................................................................331
7.3.2. Armadilha da Confirmação...........................................................331
7.3.3. Ilusão de Controle.........................................................................332
7.4. Planejamento de Investimento.....................................................332

8
7.4.1. Planejamento Financeiro Pessoal................................................332
7.4.1.1. Etapas e Processo de Planejamento Financeiro..........................332
7.4.2. Orçamento Pessoal......................................................................332
7.5. Patrimônio Líquido (Ativos e Passivos) e Índice de endividamento
333
7.6. Reserva de Emergência...............................................................334
8. MÓDULO ADICIONAL............................................................................336
8.1. Regimes de Tributação (Imposto de Renda)................................336
8.1.1. TRIBUTAÇÃO EM PREVIDÊNCIA PRIVADA..............................336
8.1.2. Tributação em “Fundo de Investimento”.......................................337
8.1.3. Investimentos Isentos de IMPOSTO de RENDA para pessoa física
(Renda Fixa)...............................................................................................338
8.1.4. Tributação de IMPOSTO de RENDA para pessoa física (Renda
Fixa) 337
8.1.5. Tributação em compra e venda de Ações....................................339

9
Introdução
Este material foi desenvolvido pelo Professor Fernando Gaspar para
você que deseja mudar sua vida e carreira. Voltado para a certificação CEA
Anbima o mesmo busca aliar o conteúdo com a prática oferecendo conteúdo
dinâmico desenvolvido através do programa detalhado da Certificação Anbima
CEA. O conteúdo do material busca aliar o melhor conteúdo bibliográfico para
te apoiar no alcance da sua certificação. Material Atualizado com o conteúdo
01/01/2021.
A prova da CEA é desenvolvida com 70 questões, com total de 3:30
horas de prova. A estrutura da prova é extremamente conceitual/pratica, sendo
assim será necessário realizar cálculos na prova podendo fazer uso da
calculadora HP12C. É necessário obter 70% dos acertos para ser profissional
ANBIMA CEA, sendo assim são 49 acertos questões certas para alcançar a
sua certificação.

Abaixo segue o site para inscrição:


http://www.anbima.com.br/pt_br/educar/quero-me-certificar/inscricao.htm

O valor da prova é de:


 Funcionário de instituição Associada: R$ 749,00;
 Não Funcionário de Instituição Associada: R$ 899,00;

A prova é dividida nos seguintes percentuais por conteúdo conforme


abaixo:
Professor Fernando Gaspar

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https://www.instagram.com/fernandogasparoficial/

Fernando Gaspar
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Site + Simulados:
www.leadinvest.com.br

APP Simulado Lead Invest

Sou formado em Administração e fiz especialização em Finanças,


Controladoria e Auditoria pela FGV-MG e também Gestão de Pessoas pela
FGV- MG. Já fui aprovado nas principais certificações financeiras do país:
CPA-10, CPA-20, CEA, CFP, Ancord (AAI), CNPI e CGA.
Atuei por onze anos no mercado financeiro, no Banco Santander e
Banco Itaú, atuando como estagiário, Gerente Operacional, Gerente Comercial,
Consultor de investimentos.
Até que meu maior proposito de vida veio à tona, foi então que decidi
começar a ajudar pessoas a conquistarem sua certificação financeira,
compartilhar minha experiência profissional e ajudar com a minha jornada no
mercado financeiro as pessoas a conquistarem seu objetivo de vida e carreira.
Acredito muito que a proximidade e a clareza podem nos levar a destino de
sucesso, junto iremos conquistar cada vez nosso selo de qualidade no
mercado financeiro e de trabalho.
Agora, vamos com tudo, pra cima da certificação, com muita garra,
vontade e coragem para transformar a tua vida.

Um abraço!!
1. Sistema Financeiro Nacional e Participantes do Mercado

Este módulo equivale de 5 a 15% do conteúdo que cairá em sua prova.


Este módulo busca apresentar o conhecimento do Sistema Financeiro Nacional
mostrando as principais instituições que participam da construção e estrutura
do mercado financeiro nacional e quais são suas atribuições e seu impacto no
contexto brasileiro.

Funções Básicas

O Mercado Financeiro é o sistema que intermedia os recursos de


agentes superavitários (que possuem recursos para aplicação) e os agentes
deficitários (que necessitam de dinheiro para empréstimo). Este sistema é
composto de diversas instituições financeiras (Banco Múltiplo, Banco de
Investimento, Banco Comercial, Bolsa de Valores, Corretoras e Distribuidoras,
Selic, B3 Bovespa), Instituições governamentais (CMN, Bacen, CVM e Susep)
e instituições acessórias (Anbima) na qual exercem papel fundamental para
o seu correto funcionamento.
Figura: Função Básica do Mercado Financeiro

1.1. Estrutura do Sistema Financeiro Nacional

A estrutura do sistema financeiro Nacional é a forma como são


organizadas as instituições dentro do contexto econômico de um país. Cada
instituição possui sua função e forma de organização, na qual atuam em
sinergia para que todo sistema econômico seja plenamente atendido e o país
consiga manter seu sistema econômico legal e institucional.
Um grande exemplo que se assemelha a organização do sistema
financeiro nacional é Grande Empresa (multinacional), a empresa para se
organizar necessita de uma estrutura organizacional e regras de procedimento
para manter-se em plena capacidade operacional. Uma empresa precisa do
presidente, do gerente e do operário para que funcione perfeitamente. Assim é
o sistema financeiro.
1.1.1. Conselho Monetário Nacional – CMN

Instituição máxima do Sistema Financeiro Nacional na qual é sua


principal função é:

“Fixar as diretrizes e normas da Política Cambial, Monetária


(Controla Quantidade de moeda em circulação e taxa de juros) e de
Crédito, compra e venda de ouro”

Obs.: É o órgão que determina a Meta para INFLAÇÃO (IPCA –


Índice de Preço do Consumidor Amplo)

O CMN é um órgão Normativo, sendo assim ele determina o


funcionamento do mercado financeiro. Sua atribuição é comandar o mercado,
sendo assim é uma instituição financeira que não exerce EXECUÇÃO de
atividades. O CMN em si somente determina o que as demais instituições irão
seguir e adotar.

Dica: Nas questões o CMN é sempre ligado a verbos de comando.


Ex.: Determinar, Regulamentar, Fixar, Disciplinar.

1.1.2. Banco Central do Brasil – BACEN

O Banco Central é a Instituição Governamental na qual é responsável


pelo:
“Controle da inflação, atua para regular a quantidade de moeda na
economia buscando a estabilidade nos preços (controle de inflação).
Instituição também responsável pela regulação e supervisão das demais
instituições Financeiras no País”.
Órgão Responsável pelo COAF (Conselho de Controle de
Atividades Financeiras).
OBS: O BC executa as orientações do Conselho Monetário Nacional
(CMN).
Além disso, conduz as políticas monetária, cambial, de crédito, e de
relações financeiras com o exterior; a regulação e da supervisão do Sistema
Financeiro Nacional (SFN); Autorização para abertura e Funcionamento de
Instituições Financeiras, Emite papel-moeda, a administração do Sistema de
Pagamentos Brasileiro (SPB) e os serviços do meio circulante.

OBS: Comitê criado pelo Banco Central Chamado de COPOM


(Comitê de Política Monetária) é o responsável pela “Decisão da TAXA
SELIC”, taxa básica de juros do país.

1.1.3. Comissão de Valores Mobiliários – CVM

A Comissão de Valores Mobiliários é uma instituição governamental que


foi criada em 07/12/1976 pela Lei 6.385/76, com o objetivo:

“Fiscalizar, normatizar, disciplinar e desenvolver o mercado de


valores mobiliários um título de propriedade (ação) ou de crédito (obrigação),
emitido por um ente público (governo) ou privado (sociedade
anônima ou instituição financeira] no Brasil”.

Exemplos de Valores Mobiliários: Ação, Debêntures, Cota em Fundo


de Investimento, Contrato Futuro, Opções e etc.

DICA: A CVM tanto executa, quanto determina e regulamenta o


mercado de títulos e valores mobiliários. É a instituição governamental que
regula e executa o mercado de valores mobiliários. As leis criadas por este
órgão SERÃO sempre superiores e devem ser seguidas

1.1.4. Superintendência de Seguros Privados – SUSEP

A SUSEP é a instituição governamental responsável pelo:


“Controle e fiscalização dos mercados de seguro, previdência
privada aberta, capitalização e resseguro.”
Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, foi criada pelo Decreto-lei
nº 73, de 21 de novembro de 1966.
A composição de membros da SUSEP é escolhida pelo Presidente da
República. É administrada pelos seguintes Membros:
 Superintendente
 4 Diretores

1.1.5. Superintendência Nacional de Previdência Complementar –


PREVIC

A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) é


um órgão de supervisão e fiscalização as Entidades Fechadas de Previdência
Complementar (Fundos de Pensão) e de executar políticas para o regime de
previdência complementar. Criado pela Lei n° 12.154, é uma entidade
governamental autônoma que possui patrimônio e receita próprios, organizado
no sistema de autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda.

A composição de membros da PREVIC é indicada pelo Ministério da


Previdência Social e nomeados pelo Presidente da República. É administrada
pelos seguintes Membros:
 1 Diretor-Superintendente;
 4 Diretores, escolhidos dentre pessoas de ilibada reputação e de
notória competência.
1.2. Principais Intermediários Financeiros

1.2.1. Banco Comercial

Os bancos comerciais são instituições financeiras privadas ou públicas


que têm como objetivo principal proporcionar suprimento de recursos
necessários para financiar (emprestar), a curto e médio prazo, o comércio, a
indústria, as empresas prestadoras de serviços, as pessoas físicas e terceiros
em geral.
A captação de depósitos à vista (conta corrente), livremente
movimentáveis, e empréstimo de dinheiro é atividade típica do banco
comercial.
Deve ser constituído sob a forma de sociedade anônima e na sua
denominação social deve constar a expressão "Banco". (Resolução CMN
2.099, de 1994).

Para melhor entendimento dos participantes do Banco Comercial:

 Agente superavitário: Cliente/Investidor que possui dinheiro disponível


buscando ganhar com investimentos;
 Instituição financeira: O BANCO na qual irá realizar esta intermediação;
 Agente Deficitário: Cliente que procura o banco em busca de
empréstimo;
Neste contexto o banco utiliza o dinheiro do agente superavitário e
empresta para o agente deficitário cobrando juros maiores em relação os
rendimentos pagos aos agentes superavitários. Esta diferença é chamada de
“spread” e este é o lucro das instituições financeiras.

1.2.2. Banco de Investimento

Os bancos de investimento são instituições financeiras privadas


especializadas em operações de participação societária de caráter temporário,
de financiamento da atividade produtiva para suprimento de capital fixo e
de giro e de administração de recursos de terceiros.
Devem ser constituídos sob a forma de sociedade anônima e adotar,
obrigatoriamente, em sua denominação social, a expressão "Banco de
Investimento".
Não possuem contas correntes e captam recursos via depósitos a
prazo (conta de Investimento), repasses de recursos externos, internos e
venda de cotas de fundos de investimento por eles administrados.
As principais operações ativas são financiamento de capital de giro e
capital fixo, subscrição ou aquisição de títulos e valores mobiliários, depósitos
interfinanceiros e repasses de empréstimos externos (Resolução CMN 2.624,
de 1999).

Para melhor entendimento dos participantes do banco de investimento:

 Agente superavitário: Cliente/Investidor que possui dinheiro disponível


buscando ganhar com investimentos;
 Instituição financeira: O BANCO na qual irá realizar esta intermediação;
 Agente Deficitário: Empresa que busca dinheiro emprestado junto a
investidores;

Neste contexto o banco utiliza o dinheiro do agente superavitário e


repassa a empresa que deseja o dinheiro emprestado. Com isto a empresa cria
uma dívida com o investidor que deverá ser paga a fim de garantir investidores
disponíveis a financiar as atividades da empresa.
Obs.: Nesta modalidade o investidor não é sócio da empresa. Nesta
situação ele empresta dinheiro a empresa e a mesma deverá pagar o que
foi emprestado mais os juros que serão a remuneração do investidor.

1.2.3. Banco Múltiplo

Os bancos múltiplos são instituições financeiras privadas ou públicas


que realizam as operações ativas, passivas e acessórias das diversas
instituições financeiras, por intermédio das seguintes carteiras:

 Comercial, de investimento e/ou de desenvolvimento, de crédito


imobiliário, de arrendamento mercantil e de crédito, financiamento e
investimento.

OBS: O banco múltiplo deve ser constituído com, no mínimo, duas


carteiras, sendo uma delas, obrigatoriamente, comercial ou de
investimento, e ser organizado sob a forma de sociedade anônima.

Essas operações estão sujeitas às mesmas normas legais e


regulamentares aplicáveis às instituições singulares correspondentes às suas
carteiras. A carteira de desenvolvimento somente poderá ser operada por
banco público. As instituições com carteira comercial podem captar depósitos à
vista. Na sua denominação social deve constar a expressão "Banco"
(Resolução CMN 2.099, de 1994).
OBS: Deve possuir UM CNPJ para cada Carteira. Podendo publicar
um balanço único.

1.2.4. Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários

São empresas especializadas e autorizadas pela CVM que intermediam


a compra, venda e distribuição de valores mobiliários através de ordem de
terceiros (clientes investidores).
Visto a impossibilidade de o investidor realizar compra e venda de títulos
e valores mobiliários diretamente na bolsa, a corretora e distribuidora possui
extrema importância para continuidade deste mercado sendo obrigatório o
envio de ordem de compra e venda por Empresas “Corretoras e Distribuidoras”
de valores mobiliários, na qual cobram corretagem e comissões por este tipo de
serviço. Estas empresas devem ser constituídas sob forma de S/A (Sociedade
Anônima).
De acordo com a decisão do BACEN e CVM do dia 17/03/2009, foi
definido que não há diferença na área de atuação entre Corretora de
Valores e Distribuidora de Valores.

Considerações importantes sobre estas empresas:


 Uma corretora pode atuar por conta própria;
 Pode atuar como agente Fiduciário (pode representar os investidores
garantindo seus interesses);
 Sua principal função é dar liquidez e segurança ao mercado acionário;
 Podem administrar fundos e clubes de investimento;
 Podem Intermediar operações com câmbio (compra e venda de moeda
estrangeira);

1.2.5. B3 S/A: Brasil, Bolsa, Balcão

É a empresa onde ocorrem as operações (compra e venda) de ações,


Derivativos, Commodities, Balcão, Operações Estruturadas. É a instituição que
permite que corretoras enviem ordem de compra e venda de seus clientes a fim
de ocorrer a transacionalidade neste segmento do mercado financeiro.
As negociações são realizadas no Pregão Eletrônico (Bovespa) e Via
Internet, com intermédio do Home Broker das Corretoras.
Na Bolsa, o investidor que deseja comprar uma ação deverá procurar
sua corretora que emite uma ordem de compra para a bolsa, assim a bolsa
divulga esta informação ao mercado. Após esta divulgação a bolsa procura
alguma corretora que tenha enviado ordem de venda de algum investidor que
aceite vender pelo preço que o comprador esteja disposto a comprar. Após a
finalização desta transação se cria a negociação no mercado.
1.3. Tipos de Investidores

1.3.1. Investidores qualificados

Investidores Qualificados são aqueles que, segundo o órgão regulador,


possui mais condições do que o investidor comum de entender o mercado
financeiro. A vantagem de se tornar um Investidor Qualificado é a possibilidade
de ingressar em fundos restritos, como por exemplo, Fundos de Direitos
Creditórios –FIDC (Exclusivo para investidores qualificados).

É considerado INVESTIDOR QUALIFICADO:

 Investidores Profissionais;
 Pessoas físicas ou jurídicas que possuam investimentos financeiros
em valor superior a R$ 1.000.000,00 e que, adicionalmente, atestem por
escrito sua condição de investidor qualificado mediante termo próprio;
 As pessoas naturais que tenham sido aprovadas em exames de
qualificação técnica ou possuam certificações aprovadas pela CVM como
requisitos para o registro de agentes autônomo de investimento,
administradores de carteira, analistas e consultores de valores mobiliários em
relação a seus recursos próprios.

1.3.2. Investidores profissionais

Investidores Profissionais são os únicos que podem constituir Fundos


Exclusivos, um tipo de fundo que possui um único cotista, que
necessariamente deve ser um tipo de Investidor Profissional.

São considerados INVESTIDORES PROFISSIONAIS:

 Pessoas físicas ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em


valor
superior a R$ 10.000.000,00 e que, adicionalmente, atestem por escrito sua
condição de investidor qualificado mediante termo próprio;
 Instituições financeiras, companhias seguradoras e sociedade
de capitalização;
 Fundos de Investimento;
 Entidades abertas e fechadas de previdência complementar;
 Administradores de carteira e consultores de valores mobiliários
autorizados pela CVM em relação a seus recursos próprios;

1.3.3. Investidores Não-Residentes

Investidores Não Residentes (INRs) são pessoas físicas ou jurídicas,


inclusive fundos ou outras entidades de investimento coletivo, com residência,
sede ou domicílio no exterior e que investem no Brasil. Estes investidores
dependem de aprovação e registro prévio da CVM.
1.4. Códigos da ANBIMA e Melhores Práticas

1.4.1. Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para as


Ofertas Públicas de Distribuição e Aquisição de Valores Mobiliários

As instituições participantes devem observar os seguintes princípios e


regras em suas atividades relacionadas às operações de Oferta Pública de que
participem:

 Nortear a prestação das Atividades pelos princípios da liberdade


de iniciativa e da livre concorrência;
 Evitar quaisquer práticas que infrinjam ou estejam em conflito com
as regras e princípios contidos neste Código, na legislação pertinente e/ou nas
demais normas estabelecidas pela ANBIMA;
 Evitar a adoção de práticas caracterizadoras de concorrência
desleal e/ou de condições não equitativas, bem como de quaisquer outras
práticas que contrariem os princípios contidos no presente Código, respeitando
os princípios de livre negociação;
 Cumprir todas as suas obrigações, devendo empregar, no
exercício de sua Atividade, o cuidado que toda pessoa prudente e diligente
costuma dispensar à administração de seus próprios negócios, respondendo
por quaisquer infrações ou irregularidades que venham a ser cometidas
durante o período em que prestarem as atividades reguladas por este Código;
 Buscar desenvolver suas Atividades com vistas a incentivar o
mercado secundário de valores mobiliários, respeitadas as características de
cada Oferta Pública.

1.4.2. Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para


Administração de Recursos de Terceiros

As Instituições Participantes devem:


 Exercer suas atividades com boa-fé, transparência, diligência e
lealdade;
 Cumprir todas as suas obrigações, devendo empregar, no
exercício de suas atividades, o cuidado que toda pessoa prudente e diligente
costuma dispensar à administração de seus próprios negócios, respondendo
por quaisquer infrações ou irregularidades que venham a ser cometidas;
 Nortear a prestação das atividades pelos princípios da liberdade
de iniciativa e da livre concorrência, evitando a adoção de práticas
caracterizadoras de concorrência desleal e/ou de condições não equitativas,
respeitando os princípios de livre negociação;
 Evitar quaisquer práticas que infrinjam ou estejam em conflito com
as regras e princípios contidos neste Código e na Regulação em vigor;
 Adotar condutas compatíveis com os princípios de idoneidade
moral e profissional;
 Evitar práticas que possam vir a prejudicar a Administração de
Recursos de Terceiros e seus participantes, especialmente no que tange aos
deveres e direitos relacionados às atribuições específicas de cada uma das
Instituições Participantes estabelecidas em contratos, regulamentos, neste
Código e na Regulação vigente;
 Envidar os melhores esforços para que todos os profissionais que
desempenhem funções ligadas à Administração de Recursos de Terceiros
atuem com imparcialidade e conheçam o código de ética da Instituição
Participante e as normas aplicáveis à sua atividade;
 Identificar, administrar e mitigar eventuais conflitos de interesse,
nas respectivas esferas de atuação, que possam afetar a imparcialidade das
pessoas que desempenhem funções ligadas à Administração de Recursos de
Terceiros;
 Evitar práticas que possam ferir a Relação Fiduciária mantida com
os investidores;
 Desempenhar suas atribuições buscando atender aos objetivos
descritos nos Documentos dos Veículos de Investimento e na Regulação em
vigor, bem como promover a divulgação de informações a eles relacionadas,
inclusive no que diz respeito à remuneração por seus serviços, visando sempre
ao fácil e correto entendimento por parte dos investidores;
 Transferir ao Veículo de Investimento qualquer benefício ou
vantagem que possa alcançar em decorrência de sua condição como
Administrador Fiduciário, Gestor de Recursos e/ou Gestor de Patrimônio,
observada exceção prevista na norma específica de Fundos. .Oferta Pública.
1.4.3. Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para o
Programa de Certificação Continuada

Os princípios e padrões exigidos diretamente das instituições


participantes estão dispostos no art. 8º do Código de Certificação, podendo ser
resumidos em:

 Seguir código de ética e evidenciar a adesão de seus profissionais


a ele;
 Verificar se seus profissionais têm reputação ilibada e atestar que
não tenham:
a) Sido inabilitados para o exercício de cargo em instituições financeiras
e demais entidades autorizadas a funcionar pelo BACEN, CVM,
Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) ou Susep;
b) Sofrido punição definitiva, nos últimos cinco anos, em decorrência de
sua atuação como administrador ou membro de conselho fiscal de entidade
sujeita a controle e fiscalização dos órgãos reguladores mencionados;

 Zelar pelo aperfeiçoamento de seus profissionais, fornecendo


atualização profissional constante sobre práticas de mercado, produtos e
regulação aplicável;
 Manter elevados padrões éticos, adotar práticas transparentes
nas negociações e proibir práticas não equitativas e de concorrência desleal;
 Divulgar com clareza riscos e consequências que poderão advir
dos produtos, instrumentos e modalidades operacionais disponíveis no
mercado;
 Preservar as informações reservadas ou privilegiadas, excetuadas
as hipóteses em que a sua divulgação seja exigida por lei ou tenha sido
autorizada;
 Adotar procedimentos formais de controle, relacionados à
obtenção e manutenção da certificação pertinente a todos os seus
profissionais;
Padrões de Conduta

Principais Padrões de Conduta em relação ao mercado (Eu com o


mercado devo):

 Manter elevados padrões éticos na condução de todas as atividades;


 Conhecer e observar todas as normas, leis e regulamentos, inclusive as
normas de regulação e melhores práticas Anbima;
 Assegurar a observância de práticas negociais e equitativas;
 Recusar a intermediação de investimentos ilícitos;
 Não contribuir para veiculação ou circulação de notícias ou informações
inverídicas;
 Manter sigilo a respeito de informações confidências a que tenha acesso
em razão de sua atividade profissional;

Principais Padrões de Conduta em relação a instituição participante


(Eu com a empresa que trabalho devo):

 Não participar de atividades independentes que compitam direta ou


indiretamente com seu empregador;
 Informar seu empregador sobre a propriedade de quaisquer valores
imobiliários ou outros investimentos que possam influenciar ou ser influenciado
por sua atividade profissional;
 Informar seu empregador sobre quaisquer valores ou benefícios
adicionais que receba;
 Não manifestar opinião que possa prejudicar a imagem do seu
empregador;
 Evitar pronunciamentos a respeito de investimento sob responsabilidade
de outra instituição;
Principais Padrões de Conduta em relação ao investidor (Eu com o
investidor devo):

 Manter a independência e objetividade no aconselhamento de


investimentos;
 Distinguir fatos de opiniões, pessoais ou no mercado, com relação aos
investimentos aconselhados;
 Agir com ética e transparência quando houver situações de conflito de
interesse com seus clientes;
 Informar ao cliente a possibilidade de recebimento de remuneração ou
benefício pela instituição participante em razão da indicação de investimentos;
 Orientar o cliente sobre o investimento que pretende realizar, evitando
práticas capazes de induzi-lo ao erro;

1.4.4. Código Anbima de Regulação e Melhores Práticas de


Distribuição de Investimento no Varejo

As Instituições Participantes devem:


 Exercer suas atividades com boa fé, transparência, diligência e
lealdade em relação aos investidores;
 Cumprir todas as suas obrigações, devendo empregar, no
exercício de suas atividades, o cuidado que toda pessoa prudente e diligente
costuma dispensar à administração de 9 seus próprios negócios, respondendo
por quaisquer infrações ou irregularidades que venham a ser cometidas;
 Nortear a prestação das atividades pelos princípios da liberdade
de iniciativa e da livre concorrência, evitando a adoção de práticas
caracterizadoras de concorrência desleal e/ou de condições não equitativas, e
respeitando os princípios de livre negociação;
 Evitar quaisquer práticas que infrinjam ou estejam em conflito com
as regras e princípios contidos neste Código, na regulação pertinente e/ou nas
demais regras estabelecidas pela ANBIMA;
 Adotar condutas compatíveis com os princípios de idoneidade
moral e profissional;
 Divulgar informações claras e inequívocas aos investidores
acerca dos riscos e consequências que poderão advir dos Produtos de
Investimento;
 Evitar práticas que possam vir a prejudicar a Distribuição de
Produtos de Investimento, especialmente no que tange aos deveres e direitos
relacionados às atribuições específicas de cada uma das Instituições
Participantes estabelecidas em contratos, regulamentos e na regulação
vigente;
 Envidar os melhores esforços para que todos os profissionais que
desempenhem funções ligadas à Distribuição de Produtos de Investimento
atuem com imparcialidade, conheçam o código de ética da Instituição
Participante e as normas aplicáveis à sua atividade;
 Identificar, administrar e mitigar eventuais conflitos de interesse
que possam afetar a imparcialidade das pessoas que desempenhem funções
ligadas à Distribuição de Produtos de Investimento.

1.5. Prevenção e Combate à Lavagem de Dinheiro ou Ocultação


de Bens, Direitos e Valores

Lavagem de dinheiro é o processo pelo qual o criminoso


transforma, recursos obtidos através de atividades ilegais, em ativos
comuns a origem aparentemente legal.
Para disfarçar os lucros ilícitos sem comprometer os envolvidos a
lavagem de dinheiro realiza-se por meio de um processo dinâmico que requer:
 Primeiro, o distanciamento dos fundos de sua origem, evitando
uma associação direta deles com o crime;
 Segundo, o disfarce de suas várias movimentações para dificultar
o rastreamento desses recursos;
 Terceiro, a disponibilização do dinheiro novamente para os
criminosos depois de ter sido suficientemente movimentado no ciclo de
lavagem de dinheiro podendo ser considerado “limpo”;

1.5.1. Identificação dos clientes

A lei sobre crimes de “lavagem” de dinheiro exige que as instituições


financeiras entre outros:

• Identifiquem seus clientes mantendo cadastro atualizado; inclusive dos


proprietários e representantes das empresas (clientes Pessoa Jurídica);
• Mantenham registro das transações em moeda nacional ou
estrangeira, títulos e valores mobiliários, títulos de crédito, metais, ou qualquer
ativo passível de ser convertido em dinheiro, que ultrapassar limite fixado pela
autoridade competente e nos termos de instruções por esta expedida;
• Atendam no prazo fixado pelo órgão judicial competente, as
requisições formuladas pelo COAF que se processará em segredo de justiça;

Arquivem por dez anos os cadastros e os registros das transações.


1.5.2. Fases da lavagem de dinheiro

 Colocação: primeira etapa, consiste no ingresso dos recursos ilícitos no


sistema econômico em “Espécie”.
Para isso, são realizadas as mais diversas operações, como, por
exemplo:

A colocação se efetua por meio de:


• Depósitos na boca do Caixa em dinheiro;
• Compra de instrumentos negociáveis (investimentos);
• Compra de bens (Carro, Casa, e etc);
• Compra de Ouro, Metais e Jóias Preciosas;
• Compra de Obra de Arte;

Para dificultar a identificação da procedência do dinheiro, os criminosos


aplicam técnicas sofisticadas e cada vez mais dinâmicas, tais como:

• Fracionamento dos valores que transitam pelo sistema financeiro;.


• Utilização de estabelecimentos comerciais que usualmente trabalham
com dinheiro em espécie;

OBS: NESTA FASE É UTILIZADO DINHEIRO EM ESPÉCIE (DINHEIRO


VIVO)

 Ocultação – a segunda etapa do processo consiste em dificultar o


rastreamento contábil dos recursos ilícitos. O objetivo é quebrar a cadeia
de evidências ante a possibilidade da realização de investigações sobre
a origem do dinheiro. Os criminosos buscam movimentá-lo de forma
eletrônica, transferindo os ativos para contas anônimas –
preferencialmente, em países amparados por lei de sigilo bancário – ou
realizando depositados em contas “fantasmas”, ou comprando bens e
serviços de forma eletrônica.

OBS: NESTA FASE É UTILIZADO TRANSFERÊNCIAS ELETRÔNICAS (TED)


 Integração – nesta última etapa, os ativos são incorporados
formalmente ao sistema econômico. As organizações criminosas
buscam investir em empreendimentos que facilitem suas atividades –
podendo tais sociedades prestarem serviços entre si. Uma vez formada
a cadeia, torna- se cada vez mais fácil legitimar o dinheiro ilegal.

Principais operações que são indícios de crimes de lavagem de


dinheiro:

• Aumentos substanciais no volume de depósitos de qualquer pessoa


física ou jurídica, sem causa aparente, em especial se tais depósitos são
posteriormente transferidos, dentro de curto período de tempo, a destino
anteriormente não relacionando com o cliente;
• Troca de grandes quantias de notas de pequeno valor por notas de
grande valor;
• Proposta de troca de grandes quantias em moeda nacional por moeda
estrangeira e vice-versa;
• Compras de cheques de viagem e cheques administrativos, ordens de
pagamentos ou outros instrumentos em grande quantidade-
isoladamente ou em conjunto independente dos valores envolvidos sem
evidências de propósito claro
• Movimentação de recursos em praças localizadas em fronteiras;
• Movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, a atividade
econômica ou a ocupação profissional e a ocupação profissional e a
capacidade financeira presumida do cliente;
• Numerosas contas com vistas ao acolhimento de depósitos em
dinheiro sem nome de um mesmo cliente, cujos valore, somado, resulte
em quantias significativa.
• Abertura de conta em agências bancárias localizadas em estação de
passageiros, aeroporto, rodovia ou porto internacional ou pontos de
atração turística, salvo se o proprietário ou empregado de empresa
regulamente instalada nesses locais;
• Utilização de cartão de credito em valor não compatível com a
capacidade financeira do usuário.
Fases Lavagem de Dinheiro

1.5.3. Pena

Reclusão de três a dez anos e multa.

Incorre na mesma pena quem, para ocultar ou dissimular a utilização de


bens, direitos ou valores provenientes de qualquer dos crimes antecedentes
referidos neste artigo:

• Os converte em ativos lícitos;


• Os adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia,
guarda, tem em depósito, movimenta ou transfere;
• Importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos
verdadeiros.
A multa pecuniária, aplicada pelo COAF, será variável não superior:

a) Ao dobro do valor da operação;


b) Ao dobro do lucro real obtido ou que presumivelmente seria obtido
pela realização da operação;
c) Ai valor de R$ 20.000,00 (Vinte milhões de reais);

Obs.: A pena será reduzida de um a dois terços e começará a ser


cumprida em regime aberto, podendo o juiz deixar aplica-la ou substituí-la por
pena restritiva de direitos, se o autor, coautor ou partícipe colaborar
espontaneamente com as autoridades, prestando esclarecimentos que
conduzam à apuração das infrações penais e de sua autoria ou à localização
dos bens, direitos ou valores objeto do crime. A pena será aumentada de um a
dois terços, se os crimes definidos na lei forem cometidos de forma reiterada
ou por intermédio de organização criminosa.

1.5.4. Comunicação ao COAF

De acordo com a Circular 2852/98, Carta-Circular 2826/98 e a


complementação da Carta- Circular 3098/03, as instituições financeiras
deverão comunicar ao Banco Central:

• As operações suspeitas envolvendo moeda nacional ou estrangeira,


títulos e valores mobiliários, metais ou qualquer outro ativo passível de ser
convertido em dinheiro de valor acima de R$ 10.000,00
• As operações suspeitas que, realizadas com uma mesma pessoa,
conglomerado ou grupo, em um mesmo mês calendário, superem, por
instituição ou entidade, em seu conjunto, o valor de R$10.000,00;
• Depósito em espécie, retirada em espécie ou pedido de
provisionamento para saque, de valor igual ou superior a R$ 50.000,00,
independentemente de serem suspeitas ou não, o cliente deve avisar ao
banco com no mínimo 3 dias úteis de antecedência ao saque (retirada).

Obs: Toda operação realizada por uma instituição financeira acima de R$ 10.000,00 deve ficar
registrada no banco. A operação que for igual ou acima de R$ 10 mil e SUSPEITA deve ser
reportada ao COAF, através do SISCOAF.

1.5.5. COAF – Conselho de Controle de Atividades Financeiras

Órgão máximo no combate à lavagem de dinheiro. O COAF está


vinculado ao Banco Central do Brasil e tem como finalidade disciplinar,
aplicar penas administrativas, receber, examinar e identificar as
ocorrências suspeitas de atividades ilícitas previstas na Lei, sem prejuízo
da competência de outros órgãos e entidades.

Porém, para que as atividades do COAF sejam bem-sucedidas, é


importante que, todas as instituições visadas, no que diz respeito à lavagem de
dinheiro, proveniente do crime, mantenham em registro, todas as informações
de relevância sobre seus clientes e suas operações.

Além dos bancos, devem combater a lavagem de dinheiro


empresas e instituições que trabalham com a comercialização de joias,
metais preciosos e obras de arte.

1.5.6. Quem está sujeito à lei e a regulamentação

As pessoas físicas e jurídicas que tenham, em caráter permanente ou


eventual, como atividade principal ou acessória, cumulativamente ou não:

I - A captação, intermediação e aplicação de recursos financeiros de


terceiros, em moeda nacional ou estrangeira;
II – A compra e venda de moeda estrangeira ou ouro como ativo
financeiro ou instrumento cambial;
III - A custódia, emissão, distribuição, liquidação,
negociação, intermediação ou administração de títulos ou valores
mobiliários;
As pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, que operem
no Brasil como agentes, dirigentes, procuradoras, comissionarias ou por
qualquer forma representem interesses de ente estrangeiro que exerça
qualquer das atividades referidas neste artigo:

 As pessoas físicas ou jurídicas que exerçam atividades de promoção


imobiliária ou compra e venda de imóveis;
 As pessoas físicas ou jurídicas que comercializem joias, pedras e metais
preciosos, objetos de arte e antiguidades;
 As pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens de luxo ou de
alto valor, intermediam a sua comercialização ou exerçam atividades que
envolvam grande volume de recursos em espécie;
 As pessoas físicas ou jurídicas que prestem, mesmo que
eventualmente, serviços de assessoria, consultoria, contadoria, auditoria,
aconselhamento ou assistência, de qualquer natureza, em operações;
 As pessoas físicas ou jurídicas que atuem na promoção, intermediação,
comercialização, agenciamento ou negociação de direitos de transferência de
atletas, artistas ou feiras, exposições ou eventos similares;
 As empresas de transporte e guarda de valores;
 As pessoas físicas ou jurídicas que comercializem bens de alto valor de
origem rural ou animal ou intermedeiem a sua comercialização;
 As dependências no exterior das entidades mencionadas neste artigo,
por meio de sua matriz no Brasil, relativamente a residentes no País.

1.5.7. Abordagem Baseada em Riscos

É o novo modelo de eixo central no que tange a prevenção a lavagem de


dinheiro e se trata de uma aderência as diretrizes mundiais. ABR (Abordagem
baseada em risco exige métricas e metodologia para avaliar e mensurar as
atividades que possam obter risco de lavagem de dinheiro em suas devidas
atividades, criando um grau de risco maior ou menor dependendo dos fatores
avaliados. O principal objetivo é identificar, avaliar e compreender os riscos de
lavagem de dinheiro e financiamento ao Terrorismo (LD-FT), tomando medidas
necessárias, aplicando recursos com o objetivo de mitigá-los de forma efetiva.
Para a execução desse modelo é necesssário sistemas de informação e
controle compatível com o risco específicos de LD-FT. A metodolgia do ABR deve
ser elaborada e realizada conforme seus critérios e de acordo com a sua
realidade, respietando as exigências dos reguladores e auto reguladores.

1.5.8. Avaliação Interna de Risco

As instituições passíveis ao controle e analise do processo de lavagem de


dinehiro, deve realizar a avaliação interna de risco, com o objetivo de identificar os riscos
na utilização de seus produtos, serviços e novas tecnologias para a prática de lavagem de
dinheiro e financiamento ao tráfico (LD-FT).

Essa avaliação deve ser realizada pela área de PLD-FT da istituição, controles
internos e compliance, ou área equivalente. Esta avaliação e analise deve ser comunicada
e apresentada a alta direção da instituição.

Uma avaliação realizada de maneira pouco rigida, pode expor a operação de PLD-
FT, acarretando risco de imagem e risco legal.

1.5.9. Análise de Efetividade

Após criar as regras para avaliar os riscos presentes nas atividades que possam
possuir risco de lavagem de dinheiro, é necessário elaborar um relatório de efetividade do
cumprimento do política adotada pela própria instituição no que tange a prevenção e o
combate do PLD-FT, sendo necessária a aprovação e validação da alta diretoria da
instituição.

O Bacen elencou informações mínimas necessárias para estar no documento da


análise de efetividade:

 Elaborado anualmente, com data-base de 31/12;

 Ser encaminhado até 31/03 do ano seguinte a data base;

 Encaminhado para o comitê de auditoria, conselho de administração ou/e à


direção da instituição;

 Informaões mínimas na avaliação de efetividade:

 Métodos adotados na avaliação;

 Testes aplicados;
 Qualificação dos avaliadores;

 Deficiência identificadas no processo;

 Procedimentos de conhecer clientes, com validação de informações;

 Procedimentos de monitoramento e comunicação ao COAF;

 Governança da política PL-FT;

 Medidas de desenvolvimento da cultura organizacional PL-FT;

 Porgramas de capacitação períodica do pessoal envolvido no


processo;

 Procedimentos para conhecer funcionários, parceiros e terceirizados;

 Ações de regularização a partir dos apontamentos da auditoria interna


e supervisão do Bacen;

A classificação de risco dos clientes deve seguir a avaliação interna de


risco da instituição, detalhada em sua abordagem baseada em risco.

1.5.10. Beneficiários

As instituições devem adotar medidas para localizar os beneficiários finais,


que são pessoas naturais que possuem, controlam ou inflenciam certas entidades
ou outras pessoas naturais com o itituito de conduzir transações no mercado em
seus nomes.

Os beneficiários finais em fundos de investimento, apenas os fundos


exclusivos ou fundos com gestão irrestrita precisam localizar seus
cotistas/beneficiários finais, os demais estão disponesados de identitificar, devendo
cada instituição estebelecer como irá proceder sua política PLD-FT, avaliação
interna de risco e metodologia de ABR.

1.5.11. Identificação de Colaboradores, Parceiros, Terceirizados e


Prestrador de Serviços Relevantes

É necessário a identificação e verificação, proporcional a posção que


ocupam, por este motivo é necessário realizar os procedimentos de:

 Conheça seu Cliente (KYC);

 Conheça seu Funcionário (KYE);


 Conheça seu Parceiro (KYP);

São procedimentos para que se conheça e avalie o relacionamento da


instituição financeira com os potenciais riscos no processo de lavagem de dinheiro.

1.6. Indisponibilidade de Bens, Direitos e Valores em Decorrência


de resoluão do Conselho de Segurança das Nações Unidas

Resolução constituida pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas


CSNU, na qual possibilita o bloqueio de bens e valores de condenador por
terrorismo.

Amparada pela Lei 13.810/19, a resolução obriga sem demora e sem aviso
prévio aos dententores dos ativos, que as instituições a respeito (Bolsa de Valores,
Corretoras, Seguradoras e outros), mediante notificação dos órgãos reguladores e
fiscalizadores, realizam a indisponibilidade de ativos de titularidade, direta ou
indireta, de pessoas físicas, jurídicas ou entidades submetidas a sanções
decorrentes das resoluções vigentes.

Os envolvidos em indisponibilidade, estarão restringidos a entrar e sair de


território nacional e não poderão importar ou exportar bens para outras localidades.

A indisponibilidade pode partir de duas fontes:

 Por execução das resoluções do Conselho de Segurança das Nações


Unidas ou seu Comitê:

 Após recimento das provas, o juiz terá até 24 horas para solicitar
o cumprimento da execução da Resolução. Dentro de 15 dias o
processo será finalizado, podendo o indivíduo ser indiciado ou
não.

 Rerquerimento de autoridade central estrangeira, em que o pedido está


de acordo com as resoluções do conselho de segurança das nações
unidas ou seu comitê.
1.7. Convenção de Viena

Convenção contra o tráfico ilícito de entorpecentes e de substâncias


psicotrópicas.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere
o art. 84, inciso IV da Constituição, e considerando que a Convenção Contra o
Tráfico Ilícito de Entorpecentes e Substâncias Psicotrópicas, foi concluída em
Viena, a 20 de dezembro de 1988;
Considerando que a referida Convenção foi aprovada pelo Congresso
Nacional, pelo Decreto Legislativo nº 162, de 14 de junho de 1991;

1.8. Normas e Padrões Éticos

Controles Internos: Resolução CMN 2.554/98, artigo 1°

Art. 1º Determinar às instituições financeiras e demais instituições


autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil a implantação e a
implementação de controles internos voltados para as atividades por elas
desenvolvidas, seus sistemas de informações financeiras, operacionais e
gerenciais e o cumprimento às normas legais e regulamentares a elas
aplicáveis. Parágrafo 1º Os controles internos, independentemente do porte
da instituição, devem ser efetivos e consistentes com a natureza,
complexidade e
risco das operações por ela realizadas.
Parágrafo 2º São de responsabilidade da diretoria da instituição:
I – a implantação e a implementação de uma estrutura de
controles internos efetiva mediante a definição de atividades de controle para
todos os níveis de negócios da instituição;
II – o estabelecimento dos objetivos e procedimentos pertinentes aos
mesmos;
III – a verificação sistemática da adoção e do cumprimento dos
procedimentos definido sem função do disposto no inciso II.
1.8.1. Segregação de atividades e política de segurança da
informação

A Segregação de atividades deve ser realizada de forma a evitar


possíveis conflitos de interesses (Barreira de Informação) e definição de
responsabilidades.
Os controles internos, cujas disposições devem ser acessíveis a todos
os funcionários da instituição de forma a assegurar que seja conhecida a
respectiva função no processo e as responsabilidades atribuídas aos diversos
níveis da organização, devem prever, em especial:

1. A definição de responsabilidades dentro da instituição;


2. A segregação das atividades atribuídas ao integrante da instituição de
forma a que seja evitado o conflito de interesses, bem como meios de
minimizar e monitorar adequadamente áreas identificadas como de potencial
conflito da espécie;
3. A existência de canais de comunicação que assegurem aos
funcionários, segundo o correspondente nível de atuação, o acesso a
confiáveis, tempestivas e compreensíveis informações consideradas relevantes
para suas tarefas e responsabilidades;
4. A contínua avaliação dos diversos riscos associados às atividades da
instituição;
5. A existência de testes periódicos de segurança para os sistemas de
informações, em especial para os mantidos em meio eletrônico.
6. Os controles internos devem ser periodicamente revisados e
atualizados, de forma a que sejam a eles incorporadas medidas relacionadas a
riscos novos ou anteriormente não abordadas;
7. A atividade de auditoria interna deve fazer parte do sistema de controles
internos;
1.8.2. (CHINESE WALL) SEGREGAÇÃO ENTRE GESTÃO DE
RECURSOS PRÓPRIOS E DE TERCEIROS – Barreira de Informação

As instituições financeiras devem ter suas atividades de administração


de recursos próprios e recursos de terceiros (Fundos), totalmente separadas
(SEGREGADA) e independentes de forma a prevenir potenciais conflitos de
interesse.

MURO
Gestão de Recursos Gestão de Recursos
Próprios Terceiros

1.8.3. Utilização Indevida de Informações Privilegiadas

Informação Privilegiada: Representa toda e qualquer informação


relevante, fora do domínio público, que se venha a obter no exercício das
funções diárias de qualquer profissional.

Ex.: Analista de investimentos que será responsável pelo IPO de uma


empresa, este possui informações privilegiadas desta empresa.

Insider Trader: O Insider Trader é o indivíduo que, tendo acesso a


informações privilegiadas, na qual é utilizada em seu próprio benefício ou em
benefício de terceiros.
Ex.: Este mesmo analista por possuir esta informação, faz operações no
mercado financeiro em prol de benefício próprio ou repassando estas
informações a terceiros em busca de ganhos financeiros.

Front Runner: O Front Runner é o indivíduo ou instituição que se utiliza


de ordens de clientes para o seu próprio benefício, realizando antes para si
próprio a operação ordenada pelo cliente.

Ex.: Corretor de ações possui um cliente relevante e este envia grandes


ordens para comprar determinada ação, mediante esta informação compra
para si a mesma ação em busca de benefício próprio e ganho financeiro.

1.8.4. Confidencialidade

Profissional deve manter os mais restritos níveis de confidencialidade


das informações com todos os clientes e patrocinadores, a menos que a
divulgação seja exigida por lei. Sendo assim, toda e qualquer informação
deve se manter em sigilo.

1.8.5. Conflitos de Interesse

Conflito de interesses ocorre quando uma decisão é influenciada pelos


interesses de apenas uma das partes envolvidas, prejudicando as demais.
Portanto, exercer qualquer tipo de ação para obtenção de vantagens pessoais
prejudicando outros é agir tanto antiética (por ser contrário ao que se entende
por correto) quanto imoralmente (por se concretizar em prejuízo ao outro).

Esta prática pode influenciar negativamente o preço das cotas dos


fundos de investimentos visto o fato de possuir informação privilegiada pode
levar a uma distorção do preço e uma análise incorreta da atual situação do
preço no mercado.
1.9. Código Anbima de Regulação e Melhores Práticas para
Distribuição de Produtos de Investimento

1.9.1. Definições

Art. 1º. Para os efeitos deste Código, entende-se por:

I. Administração Fiduciária: compreende o conjunto de serviços relacionados direta ou


indiretamente ao funcionamento e à manutenção dos Veículos de Investimento;
II. ANBIMA ou Associação: Associação Brasileira dos Mercados Financeiros e de Capitais;
III. Canais Digitais: canais digitais ou eletrônicos utilizados na distribuição, que servem como
instrumentos remotos sem contato presencial entre o investidor ou potencial investidor e a
Instituição Participante;
IV. Conglomerado ou Grupo Econômico: conjunto de entidades controladoras diretas ou
indiretas, controladas, coligadas ou submetidas a controle comum;
V. Criptografia: conjunto de técnicas para codificara informação de modo que somente o
emissor e o receptor consigam decifrá-la;
VI. Distribuição de Produtos de Investimento:
(i) oferta de Produtos de Investimento de forma individual ou coletiva, resultando ou não em
aplicação de recursos, assim como a aceitação de pedido de aplicação por meio de agências
bancárias, plataformas de atendimento, centrais de atendimento, canais digitais ou eletrônicos,
ou qualquer outro canal estabelecido para este fim; e
(ii) atividades acessórias oferecidas aos investidores, tais como manutenção do portfólio de
investimentos e fornecimento de informações periódicas acerca dos investimentos realizados;
VII. Documentos dos Veículos de investimento: são os documentos oficiais exigidos pela
regulação específica dos Veículos de Investimento;
VIII. Gestão de Recursos de Terceiros: consiste na gestão profissional dos ativos integrantes
das carteiras dos Veículos de Investimento, nos termos estabelecidos nos Documentos dos
Veículos de Investimento, assim como na regulação em vigor;
IX. Instituições Participantes: instituições associadas à ANBIMA ou instituições aderentes a
este Código;
X. Material Publicitário: material que tenha como objetivo estratégia comercial e
mercadológica, divulgado pelas Instituições Participantes por qualquer meio de comunicação
disponível e destinado a investidores ou potenciais investidores;
XI. Material Técnico: material de suporte técnico a uma decisão de investimento, divulgado
pelas nstituições Participantes por qualquer meio de comunicação disponível e destinado a
investidores ou potenciais investidores;
XII. Produtos Automáticos: aqueles que possuem a funcionalidade de aplicação e resgate
automático, conforme saldo disponível na conta corrente do investidor;
XIII. Produtos de Investimento: títulos, valores mobiliários, direitos e outros instrumentos de
emissor público ou privado, regulados pela Comissão de Valores Mobiliários e/ou pelo Banco
Central do Brasil;
XIV. Organismos de Supervisão: a Comissão de Acompanhamento para Distribuição de
Produtos de Investimento e o Conselho de Regulação e Melhores Práticas para Distribuição de
Produtos de Investimento, ambos previstos no Título IV deste Código;
XV. Propaganda Institucional: todo material utilizado pelas Instituições Participantes e
empresas do mesmo conglomerado ou grupo econômico com o objetivo de estratégia
mercadológica e que mencione em seu conteúdo a Distribuição de Produtos de Investimento;
XVI. Regulação: normas legais, infralegais e de autorregulação que abrangem a Distribuição
de Produtos de Investimento;
XVII. Veículo de Investimento: Fundos de Investimento e Carteiras Administradas
constituídos com o objetivo de investir recursos obtidos junto a um ou mais investidores.

1.9.2. Objetivo

O presente Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas para


Distribuição de Produtos de Investimento (“Código”) tem como objetivo
estabelecer princípios e regras para Distribuição de Produtos de Investimento,
visando, principalmente:

I. A manutenção dos mais elevados padrões éticos e a consagração da institucionalização de


práticas equitativas no mercado financeiro e de capitais;
I. A concorrência leal;
III. A padronização de seus procedimentos;
IV. O estímulo ao adequado funcionamento da Distribuição de Produtos de Investimento;
V. A transparência no relacionamento com os investidores, de acordo com o canal utilizado e
as características dos investimentos;
VI. A qualificação das instituições e de seus profissionais envolvidos na Distribuição de
Produtos de Investimento.
1.9.3. Princípios Gerais

As Instituições Participantes devem:

I. Exercer suas atividades com boa fé, transparência, diligência e lealdade em relação aos
investidores;
II. Cumprir todas as suas obrigações, devendo empregar, no exercício de suas atividades, o
cuidado que toda pessoa prudente e diligente costuma dispensar à administração de seus
próprios negócios, respondendo por quaisquer infrações ou irregularidades que venham a ser
cometidas;
III. Nortear a prestação das atividades pelos princípios da liberdade de iniciativa e da livre
concorrência, evitando a adoção de práticas caracterizadoras de concorrência desleal e/ou de
condições não equitativas, e respeitando os princípios de livre negociação;
IV. Evitar quaisquer práticas que infrinjam ou estejam em conflito com as regras e princípios
contidos neste Código, na regulação pertinente e/ou nas demais regras estabelecidas pela
ANBIMA;
V. Adotar condutas compatíveis com os princípios de idoneidade moral e profissional;
VI. Divulgar informações claras e inequívocas aos investidores acerca dos riscos e
consequências que poderão advir dos Produtos de Investimento;
VII. Evitar práticas que possam vir a prejudicar a Distribuição de Produtos de Investimento,
especialmente no que tange aos deveres e direitos relacionados às atribuições específicas de
cada uma das Instituições Participantes estabelecidas em contratos, regulamentos e na
regulação vigente;
VIII. Envidar os melhores esforços para que todos os profissionais que desempenhem funções
ligadas à Distribuição de Produtos de Investimento atuem com imparcialidade, conheçam o
código de ética da Instituição Participante e as normas aplicáveis à sua atividade; e
IX. Identificar, administrar e mitigar eventuais conflitos de interesse que possam afetar a
imparcialidade das pessoas que desempenhem funções ligadas à Distribuição de Produtos de
Investimento.

1.9.4. Segurança e Sigilo das Informações

As Instituições Participantes devem estabelecer mecanismos para:

I. Propiciar o controle de informações confidenciais a que tenham acesso os


seus sócios, diretores, alta administração, profissionais e terceiros contratados;
II. Assegurar a existência de testes periódicos de segurança para os sistemas
de informações, em especial para os mantidos em meio eletrônico; e
III. Implantar e manter treinamento para os seus sócios, diretores, alta
administração, profissionais e terceiros contratados que tenham acesso a
informações confidenciais.

As Instituições Participantes devem implementar e manter, em


documento escrito, regras e procedimentos para assegurar o disposto no
caput, incluindo, no mínimo:

I. Regras de acesso às informações confidenciais indicando como se dá o


acesso e controle de pessoas autorizadas e não autorizadas a essas
informações, inclusive nos casos de mudança de atividade dentro da mesma
instituição ou desligamento do profissional;
II. Regras específicas sobre proteção da base de dados e procedimentos
internos para tratar casos de vazamento de informações confidenciais, mesmo
que oriundos de ações involuntárias; e
III. Regras de restrição ao uso de sistemas, acessos remotos e qualquer outro
meio/veículo que contenha informações confidenciais no exercício de suas
atividades;

1.9.5. Material Publicitário

A Instituição Participante, ao divulgar Material Publicitário em qualquer


meio de comunicação disponível, deve incluir, em destaque, link ou caminho
direcionando investidores ou potenciais investidores ao Material Técnico
sobre o Produto de Investimento mencionado, de modo que haja
conhecimento de todas as informações, características e riscos do
investimento.

1.9.6. Material Técnico

O Material Técnico deve possuir, no mínimo, as seguintes informações


sobre o Produto de Investimento:
I. Descrição do objetivo ou estratégia;
II. Público-alvo, quando destinado a investidores específicos;
III. Carência para resgate e prazo de operação;
IV. Nome do emissor, quando aplicável;
V. Tributação aplicável;
VI. Classificação de risco do produto, nos termos estabelecidos pela Diretriz
ANBIMA de Suitability;
VII. Descrição resumida dos principais fatores de risco, incluindo, no mínimo,
os riscos de liquidez, de mercado e de crédito, quando aplicável; e
VIII. Informações sobre os canais de atendimento.

1.9.7. Avisos Obrigatórios

As Instituições Participantes devem incluir, com destaque, nos Materiais


Técnicos os seguintes avisos obrigatórios:

I. Caso faça referência a histórico de rentabilidade ou menção a performance:

Rentabilidade obtida no passado não representa garantia de resultados


futuros; A rentabilidade divulgada não é líquida de impostos;

II. Caso faça referência a Produtos de Investimento que não possuam garantia
do fundo garantidor de crédito:

O investimento em [indicar produto de investimento] não é garantido pela


instituição ou por qualquer mecanismo de seguro ou, ainda, pelo fundo
garantidor de crédito;

III. Caso faça referência à simulação de rentabilidade:

As informações presentes neste material técnico são baseadas em


simulações e os resultados reais poderão ser significativamente
diferentes;
1.9.8. Divulgação de Informações via Site

As Instituições Participantes devem disponibilizar em seus sites na


internet seção exclusiva sobre os Produtos de Investimento distribuídos,
contendo, no mínimo, as seguintes informações:

I. Descrição do objetivo e/ou estratégia de investimento;


II. Público-alvo, quando destinado a investidores específicos;
III. Carência para resgate e prazo de operação;
IV. Nome do emissor, quando aplicável;
V. Tributação aplicável;
VI. Classificação de risco do produto, nos termos estabelecidos pela Diretriz
ANBIMA de Suitability;
VII. Descrição resumida dos principais fatores de risco, incluindo, no mínimo,
os riscos de liquidez, de mercado e de crédito, quando aplicável;
VIII. Informações sobre os canais de atendimento;

1.9.9. Conheça seu Cliente

As Instituições Participantes devem buscar conhecer seus investidores


no início do relacionamento e durante o processo cadastral, identificando a
necessidade de visitas pessoais em suas residências, seus locais de trabalho e
em suas instalações comerciais (“know your customer – KYC”).

§1º. As Instituições Participantes devem implementar e manter, em


documento escrito, regras, procedimentos e controles de KYC que sejam
efetivas e consistentes com a natureza, porte, complexidade, estrutura, perfil
de risco dos Produtos de Investimento distribuídos e modelo de negócio da
instituição.
§2º. O documento de que trata o parágrafo acima deve conter, no mínimo:
I. Procedimento adotado para aceitação de investidores, incluindo
procedimento para análise e validação dos dados, bem como a forma de
aprovação dos investidores;
II. Indicação dos casos em que são realizadas visitas aos investidores em sua
residência, local de trabalho ou instalações comerciais;
III. Indicação do sistema e ferramentas utilizadas para realizar o controle das
informações, dados e movimentações dos investidores;
IV. Procedimento de atualização cadastral, nos termos da regulação em vigor;
V. Procedimento adotado para identificar a pessoa natural caracterizada como
beneficiário final, nos termos da regulação em vigor;
VI. Procedimento adotado para veto de relacionamentos em razão dos riscos
envolvidos;

1.9.10. Suitability

As Instituições Participantes, no exercício de suas atividades, não


podem recomendar Produtos de Investimento, realizar operações ou prestar
serviços sem que verifiquem sua adequação ao perfil do investidor.

§1º. As Instituições Participantes devem implementar e manter, em


documento escrito, regras e procedimentos que possibilitem verificar a
adequação dos Produtos de Investimento ao perfil dos investidores
(“Suitability”), devendo conter, no mínimo:

I. Coleta de informações: descrição detalhada do mecanismo de coleta das


informações junto ao investidor para definição de perfil;
II. Classificação do perfil: descrição detalhada dos critérios utilizados para a
classificação de perfil do investidor, devendo ser observadas as características
de classificação para cada perfil, conforme Diretriz ANBIMA de Suitability;
III. Classificação dos Produtos de Investimento: descrição detalhada dos
critérios utilizados para a classificação de cada produto de investimento,
devendo ser observado o disposto na Diretriz ANBIMA de Suitability;
IV. Comunicação com o investidor: descrição detalhada dos meios, forma e
periodicidade de comunicação utilizada entre a Instituição Participante e o
investidor para:
a. Divulgação do seu perfil de risco após coleta das informações; e
b. Divulgação referente ao desenquadramento identificado entre o perfil do
investidor e seus investimentos, a ser efetuada sempre que verificado o
desenquadramento;
V. Procedimento operacional: descrição detalhada dos procedimentos
utilizados para a aferição periódica entre o perfil do investidor e seus
investimentos;
VI. Atualização do perfil do investidor: descrição detalhada dos critérios
utilizados para atualização do perfil do investidor, incluindo a forma como a
Instituição Participante dará ciência desta atualização;
VII. Controles internos: descrição detalhada dos controles e mecanismos
adotados pela Instituição Participante, observada a seção I do capítulo V deste
Código, para o processo de Suitability com o objetivo de assegurar a
efetividade dos procedimentos estabelecidos pela instituição.

1.9.11. Selo ANBIMA

A veiculação do Selo ANBIMA tem por finalidade exclusiva demonstrar o


compromisso das Instituições Participantes em atender às disposições deste
Código.

§1º. A ANBIMA não se responsabiliza pelas informações constantes dos


documentos divulgados pelas Instituições Participantes, ainda que façam uso
do Selo ANBIMA, nem tampouco pela qualidade da prestação de suas
atividades.
§2º. Cabe à Diretoria da ANBIMA expedir diretrizes para regulamentar as
regras de uso do Selo ANBIMA.
1.9.12. Private

O serviço de Private, para fins deste Código, compreende:

 A Distribuição de Produtos de Investimento para os investidores que


tenham capacidade financeira de, no mínimo, R$ 3.000.000,00 (três
milhões de reais), individual ou coletivamente;
 A prestação dos seguintes serviços: a. Proposta de portfólio de
produtos e serviços exclusivos; e/ou b. Planejamento financeiro,
incluindo, mas não se limitando:
i. Análises e soluções financeiras e de investimentos específicas para
cada investidor, observada a regulação aplicável;
ii. Constituição de Veículos de Investimento, que podem ser exclusivos,
reservados e personalizados segundo as necessidades e o perfil de
cada investidor, em parceria com Administradores Fiduciários e/ou
Gestores de Recursos de Terceiros.

A Instituição Participante que oferecer para seus investidores o serviço


de Private deve possuir em sua estrutura:

I. Setenta e cinco por cento (75%) de seus gerentes de


relacionamento certificados CFP®, devendo estes profissionais ser
funcionários das Instituições Participantes e exercerem suas
funções exclusivamente para o Private.
II. Profissional responsável pela análise de risco de mercado e de
crédito dos Produtos de Investimento recomendados aos
investidores; e III. Economista;
PARA FIXAR OS CONHECIMENTOS DESTE CAPÍTULO

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2. Noções de Economia e Finanças

Este módulo equivale de 5 a 15% do conteúdo que cairá em sua prova.


O objetivo deste módulo é verificar se o profissional tem domínio dos principais
conceitos sobre Economia e Finanças. Além disto, o profissional deverá ter
capacidade de interpretar a informação e explicar seu significado. Alguns dos
tópicos poderão exigir cálculos financeiros, diagramação, interpretação de
gráficos e resolução de problemas utilizando técnicas de matemática financeira.

2.1. Conceitos Básicos de Economia

2.1.1. PIB

O PIB (Produto Interno Bruto) é a soma de TODOS OS BENS E


SERVIÇOS “Finais” PRODUZIDOS EM UM PAÍS durante certo período.
É um indicador que mede a capacidade produtiva e de geração de
riqueza de um país, visto ele indicar todos os produtos e serviços produzidos
em determinado país.

Ex: Por exemplo, se você produziu um armário e vendeu por R$ 50,00,


sabendo que precisou comprar madeira a R$ 10,00 mais as tintas R$ 20,00,
neste caso a participação da indústria foi de R$ 30,00 e você que transformou
o armário contribuiu com mais R$ 20,00 para o PIB do seu País.

O índice só considera os bens e serviços finais, de modo a não calcular


a mesma coisa duas vezes. A matéria-prima usada na fabricação não é
considerada.

53
Conceito do Cálculo do PIB:

NX (Exportação Líquida) = Exportação – Importação

Obs.: No cálculo do PIB tudo é soma.

Exemplo de como calcular o PIB

2.2. Indicadores de Inflação

2.2.1. IPCA

O IPCA é o índice de inflação ou deflação oficial Brasileiro e é medido


pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Abaixo seguem algumas características do IPCA:

o O órgão que determina a meta do IPCA é o Conselho Monetário


Nacional.
o Este índice é divulgado mensalmente pelo IBGE.
o Seu Cálculo abrange as famílias com rendimentos mensais entre 1 e
40 Salários Mínimos e que sejam residentes nas regiões metropolitanas de
Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo,
Curitiba, Porto Alegre, Brasília e Município de Goiânia.
Participação Percentual no Cálculo do IPCA

2.2.2. IGP-M e IGP-DI

É um indicador que mede a variação dos preços, possui o mesmo


conceito do IPCA, porém é medido pela FGV – Fundação Getúlio Vargas,
porém não é o índice de inflação Oficial do Brasil. O IGM-M e IGP-DI é
divulgado mensalmente.
Este índice é muito utilizado para correção do preço de alugueis e
contratos em geral.

Para cálculo do IGP é utilizado à seguinte métrica:

60% do IPA (Índice de Preços por Atacado) 30% do IPC (Índice de Preço ao Consumidor)
10% do INCC (Índice Nacional de Custo Construção Civil)

Dica: Para gravar o percentual utilizar a seguinte pergunta:


 60% do IP é a primeira letra do alfabeto, sendo assim 60% está o IPA.
 30% é o IP e a próxima letra no alfabeto, sendo assim IPC.
 E os demais 10% é o INCC que sobrou.

Obs: A principal diferença entre o IGP-M e o IGP-DI está nas datas de


cálculo do índice.

IGP-DI: É medido entre o 1° (primeiro) e último dia do mês.


IGP-M: É medido entre o 21° dia do mês anterior ao 20° dia do mês atual.
2.3. Câmbio (Moeda Estrangeira)

2.3.1. Taxa de Câmbio

Taxa de Câmbio é uma relação entre moedas de dois países que resulta
no preço de uma delas medido em relação à outra.

Ex: O preço do dólar está R$ 3,50, quer dizer que 1 Dólar é equivalente a
R$ 3,50, para trocar o Real pelo Dólar é necessário possuir R$ 3,50.

Mas, além de expressar quantitativamente a condição de troca entre


duas moedas, a taxa de câmbio expressa às relações de troca entre dois
países.
Um dos fatores que afetam o preço da taxa de Câmbio é a Balança de
Pagamentos, na qual é um instrumento da contabilidade nacional referente à
descrição das relações comerciais de um país com o resto do mundo.

Registra o total de dinheiro (moeda estrangeira) que entra e sai de um


país, na forma de:
 Importações e exportações de produtos;
 Serviços;
 Capital Financeiro;
 Transferências comerciais;

Taxa Ptax: é a taxa expressa de fechamento (diário, mensal, semestral


e etc) do câmbio. É divulgada diariamente e mensalmente pelo Banco Central
(Taxa de fechamento, mensal, diária e etc.). Taxa relacionada ao passado.

Taxa Spot: é a taxa de câmbio no mercado a vista (taxa expressa


quando você decide comprar os dólares dentro do horário de funcionamento
deste mercado). Taxa relacionada ao presente.
Conceito de valorização do Dólar

Sendo assim quando há uma saída muito expressiva de dólares no


Brasil através do envio de dinheiro ao exterior, ocorrerá um aumento no preço
do Dólar em relação ao Real.
Quando há uma entrada muito expressiva de dólares no Brasil através
do recebimento de dinheiro do exterior, ocorrerá uma diminuição do preço do
Dólar em relação ao Real.
Figura: Impactos do Dólar

2.4. Indicadores de Juros

2.4.1. Taxa Selic (over e meta)

Taxa Selic Meta: é a taxa expressa e decida pelo COPOM a fim de


controlar a inflação medida pelo IPCA.

A taxa Selic meta é quem regula a taxa Selic Over, como as demais taxas
de juros de toda economia como exemplo da taxa CDI, DI.

Taxa Selic Over: É a taxa de juros interbancária (entre um banco e


outro) usando como garantia os títulos públicos emitidos pelo tesouro nacional.
Esta taxa também recebe o nome de Taxa Selic Overnight, uma vez que os
empréstimos entre um banco e outro são feitos por períodos de curtíssimo
prazo (1 dia). O termo overnight significa exatamente operações financeiras
com prazo de 1 dia.

Para manter o saldo dos depósitos compulsórios de acordo com o


estabelecido pelo Banco Central, os bancos são obrigados a fazer empréstimos
com outros bancos dando em garantia títulos do tesouro nacional. A garantia
aqui funciona da mesma maneira que um financiamento imobiliário, nele você
usa o imóvel como garantia até liquidar o financiamento, os bancos
usam os títulos adquiridos do Banco central como garantia.
Diante das explicações dos conceitos de Taxa Selic Meta e Taxa Selic
Over, abaixo será apresentado como funciona na pratica. O Copom decide a
taxa de Juros Selic, e assim esta taxa é utilizada como parâmetro para formar
de remuneração da taxa CDI e Taxa Selic Over.

A afirmação acima é comprovada com a correlação existente entre a Taxa Selic e o CDI. Os dois possuem

15.00%

10.00%
SE
5.00% CD

0.00%
2.4.2. Taxa DI / CDI

Taxa DI: é uma das taxas de juros praticadas nos empréstimos entre
instituições financeiras. Todos os dias, bancos que ficam com o caixa negativo
podem recorrer ao mercado interbancário para fazer empréstimos com os
bancos que têm sobra de caixa.

Isso ocorre porque as instituições financeiras não podem terminar o dia


com caixa negativo. Trata-se de uma medida de segurança, para manter o
sistema financeiro saudável e estável.

2.4.3. Taxa TR

Taxa Referencial é a taxa básica de nossa economia e é utilizada para


correção de poupança, FGTS, e saldo devedor de financiamentos imobiliários.
O valor da TR é de responsabilidade do Banco Central do Brasil
(BACEN).
A TBF (Taxa Básica Financeira) é calculada pela taxa da LTN aplicando
um fator multiplicativo fixado em 0,93.

Conceito do Cálculo TR:

TBF= Taxa básica


Financeira R= Redutor
2.5. Políticas do Sistema Econômico

Metas para Inflação

Política Monetária Política Fiscal Política Cambial

2.5.1. Metas para inflação

Metas de Inflação é uma política econômica no qual o principal objetivo


é diminuir e manter a inflação em níveis baixos.
Para isto eles fazem um anúncio prévio de uma meta numérica para a
inflação em prazo predeterminado e se comprometem explicitamente de que
o Banco Central irá buscar o cumprimento desta meta fixada. Para alcançar a
meta estabelecida, muitas vezes pelo Governo, o BACEN deve utilizar todos os
instrumentos possíveis como a taxa de juros, o crescimento da base monetária
ou a taxa de câmbio.
Modelo adotado no Brasil desde 1999. O objetivo deste sistema é gerar
maior segurança e evitar o risco da hiperinflação, garantindo uma
previsibilidade por parte do mercado quanto á taxa de inflação.

OBS.: O órgão responsável pela definição da meta para inflação


(IPCA) é o CMN (Conselho Monetário Nacional).
Figura: Exemplo de Metas para Inflação

2.5.2. Política Monetária

É o conjunto de medidas que o governo adota para controlar a oferta


de moeda conforme os interesses econômicos do país. Entende-se como o
conjunto de medidas adotadas pelo Governo visando adequar os meios de
pagamento disponíveis às necessidades da economia do país, bem como,
controlar da quantidade de dinheiro em circulação no mercado e que permite
definir as taxas de juros (Selic).

Instrumentos utilizados para conduzir a política Monetária:

• Depósito compulsório: É a reserva obrigatória recolhida dos


depósitos bancários, conforme percentual fixado pelo Banco Central do Brasil
(BCB), com a finalidade de restringir ou de alimentar o processo de expansão
dos meios de pagamento. Objetivo é evitar o processo de multiplicação de
capital desenfreado.
• Operações de Redesconto: Operação de concessão de um
empréstimo por parte de um Banco Central a um banco comercial, para
resolver situações de dificuldades de tesouraria. Esse empréstimo é
remunerado à designada taxa de desconto. Essa operação é uma ferramenta
do Banco Central para regular a oferta monetária de um país. Se o Banco
Central decide aumentar as taxas de juros de uma operação de redesconto,
fica mais difícil para um banco comercial aumentar sua reserva monetária,
diminuindo assim os ativos em circulação. Porém, caso as taxas de juros para
essa operação diminuam, é facilitado o empréstimo aos bancos comerciais,
aumentando a reserva monetária e facilitando a concessão de crédito a seus
clientes.

• Open Market (operações de mercado aberto): Mercado


de títulos no qual atuam um banco central e os bancos comerciais de um país
e no qual são comprados e vendidos os . O
sses títulos. Quanto maior a quantidade de Títulos comprados pelo governo maior a quantidade de dinheiro em circulação n

Dentro da Política Monetária há duas políticas que são adotadas a fim de


controlar a quantidade de moedas em circulação no país, é a política monetária expansionista e contracionista.

Política monetária expansionista: consiste em aumentar a oferta de

moeda, reduzindo assim a taxa de juros básica e estimulando investimentos


majoritariamente no setor privado. Essa política é adaptada em épocas de
recessão visando aumentar a demanda agregada e gerar novos empregos.
Política monetária contracionista: consiste em reduzir a oferta de
moeda, aumentando assim a taxa de juros e reduzindo os investimentos no
setor privado. Essa modalidade da política monetária é aplicada quando a
economia está a sofrer alta inflação, visando reduzir a procura agregada e,
consequentemente, o nível de preços.

Abaixo seguem exemplos de impactos em relação à política monetária:

“Política Expansionista”

DEPOSITO COMPULSÓRIO OPERAÇÃO DE REDESCONTO COMPRA TÍTULO PÚBLICO

“Política Contracionista”

DEPOSITO COMPULSÓRIO OPERAÇÃO DE REDESCONTO VENDA TÍTULO PÚBLICO


2.5.3. COPOM – Comitê de Política Monetária

Copom é um órgão constituído no âmbito do Banco Central do


Brasil em 20 de junho de 1996, por meio da circular n° 2.698 com as
finalidades de estabelecer às diretrizes da política monetária e definir a taxa a
básica de juros. Tem, ainda, a competência específica de regular a liquidez da
economia, por meio dos instrumentos de política monetária.

É composto pela Diretoria do Banco Central.

São realizadas 8 reuniões anuais, sendo divulgado até outubro. Podem


ocorrer reuniões extraordinárias caso seja convocada pelo Presidente do
Banco Central. As reuniões ocorrem em dois dias (Terça e Quarta-feira), no
primeiro dia são apresentados dados e discussões no segundo dia acontece a
votação e definição de taxa de juros.

2.5.4. Política Fiscal

O conjunto de medidas pelas quais o Governo arrecada receitas e


realiza despesas de modo a cumprir três funções: a estabilização
macroeconômica, a redistribuição da renda e a alocação de recursos.

A função Estabilizadora: consiste na promoção do crescimento


econômico sustentado, com baixo desemprego e estabilidade de preços.
A função Redistributiva: visa assegurar a distribuição equitativa da
renda.
A função Alocativa: consiste no fornecimento eficiente de bens e
serviços públicos, compensando as falhas de mercado.
Dentro da Política Fiscal há duas visões sobre as contas do setor público,
que são: Superávit/Déficit Primário e Superávit/Déficit Nominal.

Contas do setor Público:

Receitas Despesas operacionais (não


Impostos arrecadados financeiras)
Resultado
Primário

Despesas com juros sobre a Dívida


Resultado Pública
Nominal

Superávit/Déficit primário: É o resultado da atividade pública sem as


despesas de pagamento da dívida pública (Juros).
Superávit/Déficit Nominal: É o resultado da atividade pública com o
pagamento das dívidas pública (Juros).

Dentro da Política fiscal há duas políticas que são adotadas a fim de


controlar a quantidade de produção e carga tributária de um país, são as
políticas fiscais expansionistas e contracionistas:
Política Fiscal Expansionista: É a tomada de medidas econômicas que
objetiva gerar um aumento da despesa pública ou redução de impostos. Os
seus objetivos são:

 Aumentar a despesa pública para aumentar a produção e reduzir


o desemprego;
 Impostos mais baixos, para aumentar o rendimento disponível ao
consumidor/investidor, causando aumento de consumo e investimento das
empresas, em conclusão, uma mudança no sentido da demanda
agregada (expansão);

Política Fiscal Contracionista: É a tomada de decisão que visa uma


redução de gastos governamentais público ou aumento os impostos, ou ainda
uma combinação de ambos. Os seus objetivos são:

 Reduzir os gastos do governo para desacelerar a produção;


 Aumentar os impostos para que as pessoas não consumam tanto
e as empresas invistam menos, consequentemente desloca a demanda
agregada (contração);
“Política Expansionista”

IMPOSTOS DESPESA
PÚBLICA

“Política Contracionista”

IMPOSTOS DESPESA
PÚBLICA

2.5.5. Política Cambial

Política cambial tem como principal objetivo manter o equilíbrio no fluxo


de entrada e saída de moeda estrangeira de tal forma que a taxa de câmbio
possa se manter em um patamar que atenda os interesses do governo no
cenário econômico que o país se encontra.
Existem momentos em que o governo adota medidas para valorizar o
real (o dólar fica mais barato). Existem momentos em que o governo adota
medidas que desvalorizam o real (o dólar fica mais caro).
Muitas vezes as variações cambiais são um efeito colateral de outras
políticas econômicas. O objetivo é sempre buscar um equilíbrio, evitando
alterações bruscas da taxa de câmbio e dos preços influenciados por ela. Estas
mudanças bruscas sempre prejudicam as empresas, população e governo.
É papel do Banco Central é adotar medidas para evitar a volatilidade
que é a variação rápida do valor da moeda.
Existem três regimes de câmbio diferentes que os governos podem
adotar:

Regime de câmbio flutuante: O preço da moeda estrangeira é


determinado pelas leis de oferta e demanda sem interferência do Banco
Central. Quando a oferta de dólares no país é muito grande o seu preço tende
a cair. Quando existem poucos dólares diante de muito interesse pela moeda o
preço tende a subir. Neste regime o Banco Central não fica comprando e
vendendo dólares para influenciar no preço da moeda. Quem determina a taxa
de câmbio é o mercado em um consenso geral.

Exemplo: Câmbio Flutuante

Regime de câmbio flutuante sujo: Sistema no qual o Banco Central


observa o comportamento do mercado decidindo o momento de intervir, para
evitar uma excessiva desvalorização ou valorização da moeda. Atualmente é o
regime de câmbio adotado pelo Brasil, e o Banco Central utiliza as operações
de “swaps cambiais” a fim de intervir no mercado de câmbio.
Exemplo: Câmbio Flutuante Sujo

Regime de câmbio fixo: Existem países onde o nível de interferência


do estado na economia é muito elevado e neles encontramos o regime de
câmbio fixo. Neste tipo de regime o Banco Central está sempre comprando e
vendendo dólares para evitar a variação do seu preço. Para utilizar o câmbio
fixo é necessário que o país tenha uma grande reserva de dólares. Quando
falta dinheiro o país se vê obrigado a pedir empréstimos internacionais, já que
não pode imprimir dólares.

Exemplo: Câmbio Fixo


Regime de câmbio híbrido: A mistura do câmbio fixo e câmbio flutuante.

Efeitos da alta do dólar na economia:

Real desvalorizado (dólar caro) ► Inflação sobe (↑)


Real desvalorizado (dólar caro) ► Balança Comercial sobe
(↑) Real desvalorizado (dólar caro) ► PIB sobe (↑)

Efeitos da alta do dólar na economia:

Real valorizado (dólar barato) ► Inflação Cai()


Real valorizado (dólar barato) ► Balança Comercial Cai()
Real valorizado (dólar barato) ► PIB Cai()

Valorização do Dólar
Desvalorização do Dólar

Cupom cambial: é a taxa de juro obtida a partir da diferença entre a


taxa acumulada do depósito interbancário (DI) e a taxa de câmbio no período
da operação (PTAX 800 de venda).
Pode-se dizer então que o cupom cambial é uma taxa de juros em dólar,
ou se preferir, é a remuneração em reais dos dólares investidos no Brasil , e
quanto maior o cupom cambial, maior será a atratividade da entrada de
recursos na economia. Caso houver um aumento na taxa de juro ou
valorização cambial, a taxa do cupom cambial também aumentará.

Existem dois tipos de cupom cambial:


• Cupom Cambial Sujo – DDI – é calculado com base na PTAX de
um dia anterior, sendo contaminado pela variação cambial. A variação do dólar
do dia útil anterior à data da operação é utilizada, porém a variação na data do
vencimento do contrato não é utilizada;

• Cupom Cambial Limpo – FRC – é retirado o efeito da variação


cambial, isto é, é substituído a PTAX do dia anterior à operação pela taxa do
dólar spot;
Reserva internacional: são os depósitos em moeda estrangeira
dos bancos centrais e autoridades monetárias. São ativos dos bancos centrais
que são mantidos em diferentes reservas, como o dólar americano, o euro ou
o iene, e que são utilizados no cumprimento dos seus compromissos
financeiros,
como a emissão de moeda, e para garantir as diversas reservas bancárias
mantidas num banco central por governos ou instituições financeiras.

Contas externas: É o registro das transações de um país com o resto


do mundo. No Brasil, os valores são expressos em dólares americanos, mesmo
quando são efetuados com outros países que não os EUA. Duas grandes
contas formam o balanço de pagamentos de um país:

A) Conta Corrente:
Engloba os registros de três outras contas: a balança comercial, a conta
de serviços e rendas e as transferências unilaterais:
 Balança comercial:
Registra o comércio de bens, na forma de exportações e importações.
Quando as exportações são maiores que as importações temos um
superávit na Balança Comercial.
Um déficit ocorre quando as importações são maiores que
as exportações.
 Conta de Serviços e Rendas:
Inclui os pagamentos/recebimentos relacionados com o comércio de
bens, como fretes e seguros, as receitas/despesas com viagens internacionais,
o aluguel de equipamentos, os serviços governamentais, a exportação e
importação de serviços e o pagamento/recebimento de juros e de lucros e
dividendos.

 Transferências Unilaterais:
Contabilizam o saldo líquido das remessas de recursos ou doações feitas
entre residentes no Brasil e residentes em outros países.
B) Conta de Capitais:
Registra o saldo líquido entre as compras de ativos estrangeiros por
residentes no Brasil e a venda de ativos brasileiros a estrangeiro;

2.6. Conceito Básico de Finanças

Valor presente, valor futuro, desconto e diagrama de Fluxo de Caixa

Valor Presente: é a fórmula matemático-financeira capaz de determinar


o valor presente de pagamentos futuros descontados a uma taxa de juros
apropriada; O objetivo central do valor Presente é determinar o quanto “EU”
deveria aplicar hoje para alcançar um determinado valor no futuro (este valor já
é determinado no início).
Como ela é calculada na HP12C:

Você terá que utilizar as teclas que estão selecionadas nos retângulos
em vermelho, abaixo da calcadora será abordado a ordem que deve ser
utilizado para que a HP retorne o Valor Presente.
Etapas para cálculo do valor Presente na HP12C:

1°- Pressione “f” e depois “REG”, para que seja iniciado o cálculo;
2° - Informe o valor futuro nas teclas numéricas, após determinado o valor
selecionar a Tecla “CHS” e após selecionar “FV”;
3° - Digite “0” e selecione “PMT”;
4° - Informe a “taxa de juros” nas teclas numéricas, após determinado o
valor selecionar a Tecla “i”;
5° - Informe a “Tempo (Meses, Ano e etc)” nas teclas numéricas, após
determinado o valor selecionar a Tecla “n”;
6° - Selecione a tecla “PV”, na qual irá retornar o valor Presente.

Valor Futuro: é a fórmula matemático-financeira capaz de determinar o


valor futuro de pagamentos futuros adicionados a uma taxa de juros apropriada;
O objetivo central do valor Futuro é determinar o qual valor eu terei no
futuro, aplicando um valor determinado “hoje”.

Como ela é calculada na HP12C:

Você terá que utilizar as teclas que estão selecionadas nos retângulos
em vermelho, abaixo da calcadora será abordado a ordem que deve ser
utilizado para que a HP retorne o Valor Futuro.
Etapas para cálculo do valor Futuro na HP12C:

1°- Pressione “f” e depois “REG”, para que seja iniciado o cálculo;
2° - Informe o valor Presente nas teclas numéricas, após determinado o
valor selecionar a Tecla “CHS” e após selecionar “PV”;
3° - Digite “0” e selecione “PMT”;
4° - Informe a “taxa de juros” nas teclas numéricas, após determinado o
valor selecionar a Tecla “i”;
5° - Informe a “Tempo (Meses, Ano e etc)” nas teclas numéricas, após
determinado o valor selecionar a Tecla “n”;
6° - Selecione a tecla “FV”, na qual irá retornar o valor Presente.

Desconto: é a taxa utilizada para determinar o valor do dinheiro na data


de hoje que será recebido somente em algum momento do futuro.

Como ela é calculada na HP12C:

Você terá que utilizar as teclas que estão selecionadas nos retângulos
em vermelho, abaixo da calcadora será abordado a ordem que deve ser
utilizado para que a HP retorne o Desconto.
Etapas para cálculo do Desconto na HP12C:

1°- Pressione “f” e depois “REG”, para que seja iniciado o cálculo;
2° - Informe o valor Nominal nas teclas numéricas, após determinado o
valor selecionar a Tecla “CHS” e após selecionar “PV”;
3° - Informe a “Tempo (Meses, Ano e etc)” nas teclas numéricas, após
determinado o valor selecionar a Tecla “n”;
4° - Informe a “taxa de juros” nas teclas numéricas, após determinado o
valor selecionar a Tecla “i”;
5° - Selecione “f” e após selecione “INT”, será informado o valor do
Desconto;
6° - Selecione na sequência a seguir: “RCL” “PV” “+” “CHS”, e será
informado o valor descontado.

Diagrama de Fluxo de Caixa (Cupom e Amortizações):

Fluxo de caixa é o método de avaliar as receitas futuras através de juros


que serão recebidos criando uma projeção de recebimento de capital.

O conceito do cupom no sistema de fluxo de caixa significa como você


irá receber os seus juros, se será no final do investimento (zero Cupom), ou se
receberá juros periódicos (cupom).

O conceito de amortização é um processo de extinção de uma dívida


através de pagamentos periódicos, que são realizados em função de um
planejamento, de modo que cada prestação corresponde à soma do reembolso
do capital ou do pagamento dos juros do saldo devedor, podendo ser o
reembolso de ambos, sendo que os juros são sempre calculados sobre
o saldo devedor
2.7. Capitalização Simples/capitalização composta e Proporção e
Equivalência.

Capitalização Simples: Os juros incidem somente sobre o capital


Inicial. Sendo assim a correção e valorização irão ocorrer somente sobre o
valor que foi aplicado.
Fórmula:

Ex.: Qual o valor do montante produzido por um capital de R$


1.200,00, aplicado no regime de juros simples a uma taxa mensal de
2% durante 10 meses.
Como ela é calculada na HP12C:

Você terá que utilizar as teclas que estão selecionadas nos retângulos
em vermelho, abaixo da calcadora será abordado a ordem que deve ser
utilizado para que a HP retorne o Capitalização Simples.
Etapas para cálculo do Juros Simples na HP12C:

1°- Pressione “f” e depois “REG”, para que seja iniciado o cálculo;
2° - Informe o valor do Capital nas teclas numéricas, após determinado o
valor selecionar a Tecla “ENTER”;
3° - Informe a “Tempo (Meses, Ano e etc)” nas teclas numéricas, após
determinado o valor selecionar a Tecla “X”;
4° - Informe a “taxa de juros” nas teclas numéricas, após determinado o
valor selecionar a Tecla “%”;

Taxa de Juros Proporcionais: Duas taxas de juros são consideradas


proporcionais quando possuem períodos de capitalização diferente e se
aplicadas sobre um mesmo montante inicial produzem um mesmo valor final.

OBS: Somente usada em juros simples.

Fórmulas:

Taxa de Juro Proporcional = Taxa x


Período
Usado quando se deseja saber de Juros Mensais para Juros Anuais,
Usado de períodos menores para períodos Maiores.

Taxa de Juro Proporcional = Taxa / Período

Usado quando se deseja saber de Juros Anuais para Juros


Mensais. Usado de Períodos Menores para Períodos Maiores.

Usando o exemplo anterior de 10% anuais, teríamos o valor de 0,83%


a.m. Usando o cálculo de (10/12= 0,83).
Capitalização Composta: Os juros incidem sobre o capital acrescido os
juros de período anterior. Famoso Juros sobre Juros.

Fórmula:

Ex.: Qual o montante gerado pelo capital de R$ 1.500,00 aplicados a


juros compostos durante 6 meses, a uma taxa de 2% a.m.?

Como ela é calculada na HP12C:

Você terá que utilizar as teclas que estão selecionadas nos retângulos
em vermelho, abaixo da calcadora será abordado a ordem que deve ser
utilizado para que a HP retorne o Capitalização Composta.
Etapas para cálculo do Juros Composto na HP12C:

1°- Pressione “f” e depois “REG”, para que seja iniciado o cálculo;
2° - Informe o valor Presente nas teclas numéricas, após determinado o
valor selecionar a Tecla “CHS” e após selecionar “PV”;
3° - Digite “0” e selecione “PMT”;
4° - Informe a “Tempo (Meses, Ano e etc)” nas teclas numéricas, após
determinado o valor selecionar a Tecla “n”;
5° - Informe a “taxa de juros” nas teclas numéricas, após determinado o
valor selecionar a Tecla “i”;
6° - Selecione a tecla “FV”, após faça a subtração “-“ pelo valor do Capital
“PV”;

Taxa Equivalente: As taxas equivalentes irão produzir um mesmo


montante que a outra operação, porém com períodos de capitalização
(rendimento de juros) diferente da taxa original. No mesmo exemplo o
investimento que rende 10% ao ano renderá 0,79% a.m. Seu principal objetivo
é buscar traduzir diversos períodos de investimento trazendo para a avaliação
de investimento a taxa que equivale a determinado período de investimento.

Fórmula:

Obs.: Não é cobrado na prova

Ex.: Qual a taxa equivalente ao mês de uma aplicação que oferece uma rentabilidade
de 12% ao ano?
iq = [( 1 + 0,12 ) ^ 1/12]-1
iq = 0,94%

Como ela é calculada na HP12C:

Você terá que utilizar as teclas que estão selecionadas nos retângulos
em vermelho, abaixo da calcadora será abordado a ordem que deve ser
utilizado para que a HP retorne a Taxa Equivalente do Período Maior para o
Período Menor.
Etapas para cálculo da Taxa Equivalente na HP12C:

1°- Pressione “f” e depois “REG”, para que seja iniciado o cálculo;
2° - Informe o “1”, após selecione “ENTER” e após determine o
percentual de juros do período dividido por 100”;
3° - Informe o “1”, após selecione “ENTER” e após você irá pressionar o
botão da divisão e informar o período (Menor) que deseja obter;
4° - Pressione “Yx”;
5° - Informe o “1” e após Subtraia “-“;
6° - - Informe o “100” e após Multiplique “X“;

Taxa de Juro Nominal, Taxa de Juro Real e Fórmula de Fischer

Taxa de Juro Nominal: As taxas de juros nominais são aquelas em que


a taxa de juros é um valor aparente (taxa de Juros Bruta, ou seja, a taxa de
juros divulgada), e não representa o custo efetivo do dinheiro seja ele recebido
ou desembolsado.

Ex.: Um investimento rendeu 18% no ano. (Esta é a taxa de juros


Nominal).

Taxa de Juros Real: As taxas de juro real, em contrapartida levam em


consideração a inflação e todos os demais custos envolvidos na negociação. É
a taxa nominal dividido pela taxa de inflação do período, na qual considera
somente o ganho real do seu investimento.

Cálculo:

Ex.: Um investidor, ao realizar um investimento, receberá taxas pré-


estabelecidas, investindo R$ 10.000,00 e receberá, no prazo máximo de um
ano, o percentual de 30% de rendimento. Se a inflação do período foi de 3%.
Determine a taxa real de juros deste investimento?
Taxa Real= _1+ 0,3- 1 * 100 = 26,21%
1+ 0,03

Fórmula de Fisher: Busca avaliar qual taxa você deve alcançar para
que você obtenha o ganho real (já com o impacto da Inflação), esta é uma
avaliação na qual será determinada qual a taxa “Nominal” que devo ganhar
para garantir a taxa Real.

Série Uniforme de Pagamentos

Série Uniforme Antecipadas: As séries Uniformes de Pagamentos


antecipadas são aquelas em que o primeiro pagamento (Aplicação) ocorre na
data “0”, ou seja, no início da aplicação (ou pagamento).

Valor Presente de uma série Antecipada:


Valor da Prestação em uma série Antecipada:

Número de Períodos de uma série Antecipada

Valor Futuro de uma série Antecipada

Série Uniforme Postecipadas: As séries Uniformes de Pagamentos


Postecipados são aquelas em que o primeiro pagamento (Aplicação) ocorre na
data “1”, ou seja, no mês 1 ou seguinte a aplicação (ou pagamento).

Valor Presente de uma série Postecipada:


Valor da Prestação em uma série Postecipada:

Número de Períodos de uma série Postecipada

Valor Futuro de uma série postecipada


Como ela é calculada na HP12C:

Você terá que utilizar as teclas que estão selecionadas nos retângulos
em vermelho, abaixo da calcadora será abordado a ordem que deve ser
utilizado para que a HP retorne o Série Antecipada e Postecipada:
Etapas para cálculo da Série Antecipada e Postecipada na HP12C:

1°- Pressione “f” e depois “REG”, para que seja iniciado o cálculo;
2° - informe o prazo se você irá calcular uma série “POSTECIPADA”
deve informar ( “g” e “END”), se você for calcular uma séria “ANTECIPADA”
deve informar ( “g” e “Begin”);
3° - Informe a taxa e após selecione “i” ;
4°- - Informe o período e após selecione “i” ;
5° - Informe o Valor Presente ou Valor Futuro”;
6° - Selecione “PMT “CHS”

Perpetuidade: Perpetuidade pode ser entendida como um valor que se


repete indefinidamente em intervalos regulares (Juros Mensais Perpétuos).
Pode ser um valor fixo (perpetuidade sem crescimento) ou um valor com
crescimento constante (perpetuidade com crescimento).
2.8. Sistemas de amortização: SAC (Sistema de Amortização
Constante), Tabela Price e SAA (Sistema de Amortização Americano)

O conceito de amortização é o processo de extinção de uma dívida


através de pagamentos periódicos, que são realizados em função de um
planejamento, de modo que cada prestação corresponde a soma do reembolso
do capital ou dos juros do saldo devedor (juros sempre são calculados sobre o
saldo devedor), podendo ainda ser o reembolso de ambos.

SAC (Sistema de Amortização Constante): É um sistema na qual a


amortização do capital é IGUAL (constante).

O sistema SAC utiliza as seguintes características:

 Amortização do CAPITAL é constante;


 As PARCELAS são decrescentes;
 JUROS são decrescentes;
 SALDO DEVEDOR é decrescente;
Sistema de Amortização PRICE: É um sistema na qual a PARCELA é
IGUAL (constante).

O sistema PRICE utiliza as seguintes características:

 As PARCELAS são constantes;


 JUROS são decrescentes;
 Amortização do CAPITAL é crescente;
 SALDO DEVEDOR é decrescente;
Sistema de Amortização Americano: Sistema de Amortização onde o
pagamento se caracteriza apenas pelos pagamentos dos juros da dívida,
deixando o valor da dívida constante (sem Amortização). A dívida pode ser
paga, portanto, em um único pagamento.
2.9. Método de Análise de Investimentos
.
Taxa Mínima de Atratividade: é uma taxa de juros que representa o
mínimo que um investidor se propõe a ganhar quando faz um investimento, ou
o máximo que uma pessoa se propõe a pagar quando faz um financiamento.

Esta taxa é formada a partir de 3 componentes básicas:


1. Custo de oportunidade: remuneração obtida em alternativas que
não as analisadas, ou seja, é o valor de outras oportunidades não escolhidas.
Exemplo: caderneta de poupança, fundo de investimento, etc;
2. Risco do negócio: o ganho tem que remunerar o risco inerente de
uma nova ação. Quanto maior o risco, maior a remuneração esperada;
3. Liquidez: capacidade ou velocidade em que se pode sair de uma
posição no mercado para assumir outra;

A TMA (Taxa Mínima de Atratividade) é considerada pessoal e


intransferível pois a propensão ao risco varia de pessoa para pessoa, ou ainda
a TMA pode variar durante o tempo. Assim, não existe algoritmo ou fórmula
matemática para calcular a TMA.

Ao se utilizar uma TMA como taxa de juros de referência, é entendida


como a taxa de desconto ao qual aplicam-se métodos em comparação em
relação a um período de tempo, como o Valor Presente Líquido ou o Custo
Anual Uniforme para se determinar a viabilidade financeira de um investimento
ou empréstimo. Caso o resultado seja positivo, a TIR (taxa interna de retorno)
supera a TMA e o investimento é interessante. O contrário ocorre caso o
resultado seja negativo.
2.10. Custo de Oportunidade

É o quanto o investidor deixa de ganhar por optar por um outro


investimento. Ao escolher por outra opção, está deixando de ganhar uma
taxa na primeira opção que o mesmo possuía.

Ex.: Investidor possui a possibilidade de investir em uma ação com


potencial de ganho de 20% e possui a possibilidade de receber em um título
pré- fixado o valor de 12%.

Neste caso se o cliente desejar investir nas ações e não obter o ganho
esperado, o custo de oportunidade seria a possibilidade de investir com ganho
certo no título pré-fixado.

2.11. Taxa Interna de retorno (TIR)

É a taxa que visa determinar a rentabilidade de um investimento.


Um investimento é atrativo quando sua TIR é superior à taxa do Custo de
Oportunidade.

Como ela é calculada na HP12C:

Você terá que utilizar as teclas que estão selecionadas nos retângulos
em vermelho, abaixo da calcadora será abordado a ordem que deve ser
utilizado para que a HP retorne a TIR.
Etapas para cálculo da TIR na HP12C:

1°- Pressione “f” e depois “REG”, para que seja iniciado o cálculo;
2° - Informe o investimento Inicial e selecione “CHS”, após selecione “g”
e após Selecione “CFo”;
3° - Digitar cada valor do fluxo de caixa, selecionar “g” e após selecionar
“CFj;
4° - Se algum fluxo de caixa se repete, basta selecionar a quantidade
dessa repetição e após selecionar “g” e “Nj”;
5° - Selecione “f” e “IRR”;

Taxa Interna de Retorno Modificada: A Taxa Interna de Retorno


Modificada (TIRM) é um método de análise da viabilidade de empreendimentos
que traz os fluxos de caixa negativos a valor presente líquido; e que leva os
fluxos de caixa positivos para valor futuro.
Esse método é importante porque o fluxo negativo (investimento da
empresa no projeto) necessita de ser descontado a uma taxa que represente
seu custo de capital.
Além disso, a utilização dessa técnica permite representar que os
retornos obtidos do empreendimento serão reinvestidos a uma taxa de
reinvestimento definida, normalmente a TMA (Taxa Mínima de Atratividade);

Vantagens:

 Leva em conta o custo do Capital;


 Determina uma taxa de reinvestimentos;

Etapas para calcular na HP12C:

 Vamos Calcular o valor presente dos fluxos de caixa do projeto


utilizando a taxa de desconto de capital;
 Levar o valor presente dos fluxos para o último ano do projeto;
 Calcular a taxa que faz com que o investimento inicial se
transforma em neste fluxo de caixa futuro do último ano do projeto;

2.12. Risco de Reinvestimento

O risco de ter de reinvestir os rendimentos a uma taxa mais baixa do que


aquela a que o investimento ganhou anteriormente. Uma das principais formas
através das quais este risco se apresenta é quando as taxas de juros caem ao
longo do tempo (Prefixado) e se trata de obrigações resgatáveis.
No entanto, a desvantagem do resgaste de uma obrigação é que o
investidor fica com fundos que poderá não ser capaz de reinvestir a uma taxa
comparável. Este risco de reinvestimento pode ter um impacto negativo nos
retornos de um indivíduo ao longo do tempo.

2.13. Valor Presente Líquido (VPL)

É a fórmula econômico-financeira capaz de determinar o valor presente


de pagamentos futuros descontados a uma taxa de juros apropriada, menos o
custo do investimento inicial.
Dessa forma, O valor presente líquido (VPL) de um projeto de
investimento pode ser definido como a soma algébrica dos valores
descontados do fluxo de caixa a ele associado. Em outras palavras, é a
diferença do valor presente das receitas menos o valor presente dos custos, é
uma das possíveis técnicas para realizar o orçamento de capital para uma
empresa, ou seja, o VPL corresponde a um método sofisticado de análise de
investimentos.
Análises Realizadas pelo VPL:

VPL > 0 = Projeto economicamente viável, deve ser o projeto escolhido;


VPL = 0 = Projeto na qual não produz resultado financeiro mediante a
taxa de retorno requerida, sendo assim deve-se analisar o custo de
oportunidade;
VPL < 0 = Projeto economicamente inviável, sendo assim este projeto
não deve ser priorizado;

Temos que considerar o conceito de valor do dinheiro no tempo, pois,


exemplificando, R$ 1 milhão hoje não valeriam R$ 1 milhão daqui a um ano,
devido ao custo de oportunidade se colocar, por exemplo, tal montante de
dinheiro na poupança para render juros.

Como ela é calculada na HP12C:


Você terá que utilizar as teclas que estão selecionadas nos retângulos
em vermelho, abaixo da calcadora será abordado a ordem que deve ser
utilizado para que a HP retorne a VPL.

Etapas para cálculo da TIR na HP12C:

1°- Pressione “f” e depois “REG”, para que seja iniciado o cálculo;
2° - Informe o investimento Inicial e selecione “CHS”, após selecione “g”
e após Selecione “CFo”;
3° - Digitar cada valor do fluxo de caixa, selecionar “g” e após selecionar
“CFj;

4° - Selecione a taxa de retorno do projeto e selecione “i”;


5° - Selecione “f” e “NPV”;
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3. Instrumentos de Renda Fixa, Renda Variável e Derivativos

Este módulo equivale de 15% a 25% do conteúdo que cairá em sua


prova. O objetivo deste módulo é verificar se o profissional tem domínio dos
principais conceitos e a estrutura dos produtos de renda variável, renda fixa e
dos principais instrumentos derivativos negociados no mercado local e
internacional. O profissional deverá entender, explicar e avaliar os principais
instrumentos financeiros, suas formas de negociação, bem como das
características operacionais dos produtos. Cálculos poderão ser exigidos com a
utilização de calculadoras financeiras.

Renda Fixa Renda Variável


 É possível conhecer  Não é possível saber qual será
a sua rentabilidade.
rentabilidade no início
da operação.

3.1. Instrumentos de Renda Fixa

3.1.1. Formação da Taxa de Juros (SELIC)


3.2. Caderneta de Poupança

É o investimento mais conhecido do Brasileiro. Todo investimento em


poupança é utilizado para financiamento imobiliário.

Regras de Remuneração (pagamento de juros):

Regra Antiga

 Mensal (pessoas físicas): TR +0,5% a.m.;


 Trimestral (pessoas jurídicas): TR +1,5% a.m.;

Regra Nova:

 Sempre que a Selic for menor ou igual a 8,5% o investidor irá


receber 70% da Taxa Selic + TR.

OBS: Nova rentabilidade das aplicações realizadas posterior ao dia


03 de maio de 2012.

Obs.: Aplicações realizadas nos dias 29,30 e 31 de cada mês, terão


como data de aniversário (data da aplicação da poupança) o dia 01 do mês
subsequente.
No caso de resgates, o dinheiro será retirado prioritariamente do saldo
dos depósitos realizados a partir de 4 de maio de 2012 (data de
implementação da nova regra). Depois de esses recursos serem esgotados,
será usado o saldo anterior. Lembrando que o valor dos juros pagos é sempre
sobre a data Base do Aniversário do deposito da poupança.

Obs.: Poupança é Garantido pelo Fundo Garantidor de Crédito FGC.

Tributação: São Isentos do pagamento de Imposto de Renda as


pessoas físicas e pessoas jurídicas sem fins lucrativos.
3.3. Principais Características de Títulos Públicos e Privados

3.3.1. Precificação de Títulos Públicos e Privados

Os principais componentes que serão utilizados para tratamento da


precificação dos investimentos em renda fixa serão informados logo abaixo:

Cupom: Valor pago periodicamente de Juros (rendimentos), esses


pagamentos são definidos no momento de sua emissão. Podem ser pagos de
forma FIXA (Prefixado) ou variável (Pós-Fixado) corrigido por algum indicador;
Sem Cupom: Juros pagos somente no vencimento do investimento.
Sem a obrigação de pagamento periódico de juros (rendimentos). São
negociados com deságio em relação ao valor de Face. Obs: Os títulos que não
possuem pagamento de cupom são conhecidos como “Bullet”;
Valor de Face: Valor principal de uma obrigação. Valor do Título, valor
que será resgatado no vencimento.
Preço de Mercado: É o preço que equilibra demanda e oferta por um
título específico. Reflete o preço real de um título. Conhecido como “preço
MTM”, pois é utilizado nos procedimentos de marcação a mercado.
Preço da Curva: ´´e aquele alcançado por intermédio de uma operação
de desconto, segundo o critério exponencial de descapitalização do fluxo de
caixa do título em questão. A taxa de desconto, em cada saída ou entrada do
fluxo, deve ser equivalente à taxa calculada a partir da estrutura a termo em
relação à data do vencimento do papel.
Preço de Carregamento: é aquele obtido por meio da atualização do
valor efetivamente pago no ato da compra do título. O fator de atualização deve
ser igual ao custo de financiamento da compra do título no mercado de
reservas bancárias. Em geral, o custo do carregamento é medido pela taxa
Selic. O preço de Carregamento equivale ao conceito de custo de
oportunidade.

Formas de emissão para negociação:

Ao par: Negociação ou cotação de um ativo, título ou valor mobiliário,


pelo mesmo preço do Valor Nominal (valor desembolsado pelo título);

Ágio: Prêmio obtido na troca de um valor por outro. Diferença a mais,


entre o valor venal e o valor nominal do título e valores mobiliários. Exemplo:
Paga-se um prêmio a mais pela compra de determinado título;

Deságio: Diferença a menos entre o valor venal e o valor nominal. Ex:


Você paga um valor menor em relação ao valor do título;
Formas de Remuneração:
 Prefixado: Um título é prefixado quando o valor dos rendimentos
é conhecido no início da operação.
 Pós-Fixado: Um título é pós-fixado quando o valor dos juros
somente é conhecido no momento do resgate, e sua rentabilidade é atrelada a
diversas taxas de juros, índices de preço, índices e etc. As
principais são: CDI, SELIC, TR, TBF, IPCA e IGP-M.
Amortização e Pagamento de juros
Os juros de um título podem ser amortizados com:

 Com CUPOM: Pagamento de juros periódicos.;

 Sem CUPOM: Pagamento dos juros somente no vencimento;


Exemplo de título ZERO cupom: Investir 10.000 e após 4 anos,
resgatar o título, recebendo de volta o principal + juros de 10% ao ano,
acumulado (do período). Nesse caso o valor total de resgate será de
R$10.641,00 (10.000 de principal + 641,00 de juros).

Exemplo de título COM cupom: Investir 1.000 por 5 anos, receber


durante esse período cupons de juros anuais de 10%. Dessa maneira o
investidor irá receber após cada ano 100,00 (10% sobre o principal) e no
vencimento do título 1.100,00 (1.000 de principal e 100 referente aos juros do
último período), totalizando 1.500,00.
3.4. Indicadores de Renda Fixa

3.4.1. Índice de Mercado Anbima – (IMA-B, IRF-M e IMA-S)

Índice de Mercado Anbima é uma família de índices de renda fixa que


representam a dívida pública por meio dos preços a mercado de uma carteira
de títulos públicos federais.

Os subíndices do IMA são determinados pelos indexadores aos quais os


títulos são atrelados:
3.4.2. IDkA – Índice de Duração Constante Anbima (Segmento
Prefixado e Segmento IPCA)

O IDkA (Índice de Duração Constante ANBIMA) é um conjunto de


índices que medem o comportamento de carteiras sintéticas de títulos públicos
federais com prazo constante:

3.5. Estrutura Temporal das Taxas de Juros

3.5.1. Projeção da Curva de Juros Prefixada

As taxas de juros mudam de valor em relação a prazos diferentes. A


Curva de Juros, portanto, é o desenho na qual é formado pelos diversos pontos
no futuro com os respectivos valores das taxas de juros futuras. O ponto é: as
taxas de juros mudam de valor em relação a prazos diferentes.
Nesse exemplo da Curva de Juros, podemos ver que as taxas curtas,
como em janeiro de 2019, operam mais baixas oferecendo remuneração de
apenas 6,5% ao ano. Por outro lado, as taxas longas são mais altas, pagando
mais de 9,5% ao ano em janeiro de 2029 (prazo 10 anos mais longo).

Sendo assim, a Curva de Juros pode ser entendida simplesmente como


uma "aposta" em como e qual percentual serão esses juros no futuro.

Na pratica a análise da curva de juros é:

 Com inflação elevada e sem perspectiva de queda, aumenta-se


os juros da economia (no Brasil, a Selic) fazendo com que a economia
desaqueça e os preços comecem a cair;
 Caso a economia esteja parada e com baixa inflação, reduz-se os
juros para acelerar os negócios e a elevação do nível geral dos preços;

Agora, imagine que (bem diferente do período atual) vivêssemos com


inflação elevada e sem perspectivas de queda. Suponha ainda que mesmo
com esse cenário, o Banco Central vá na direção contrária e decida por baixar
a taxa de juros.
A reação do mercado se dará na curva de juros:
 A taxa de juros terá que se elevar no futuro para compensar o
desequilíbrio atual e controlar a inflação porque o mercado tentará antecipar
esse movimento.
 Se a inflação estivesse baixa e o Banco Central aumentasse a
taxa de juros, as curvas futuras iriam cair como resposta de que, em algum
momento do futuro, a autoridade monetária terá que baixar os juros.

3.5.2. Projeção da Curva de Cupom Cambial (Dolar/ Euro)

Cupom Cambial é o diferencial entre a taxa de juros interna (prefixada) e


a variação cambial, ambas medidas no mesmo período. Sendo assim trata-se
da taxa de juros estrangeira negociada em um mercado local.
Logo, considerando o câmbio estável, nossa taxa de juros é proporcional
ao cupom. Como não sabemos exatamente quais serão as variações da taxa
de juros em moeda local e do câmbio, utiliza-se as taxas futuras de DI e Dólar
para calcular o cupom futuro.

3.5.3. Projeção da Curva de Cupom de IGPM-M e IPCA


A curva de cupom de IGPM é construída a partir dos contratos de swap
DI x IGPM. Os vértices a serem interpolados para a construção da curva são
obtidos a partir das taxas referenciais DI x IGPM disponibilizadas no site da B3.
A curva de cupom de IPCA é construída a partir das taxas referenciais
de swap DI x IPCA disponibilizadas no site da B3.
Sendo assim podemos entender que há uma relação muito forte na
construção da curva de Cupom juntamente com a taxa DI (juros), levando uma
avaliação juros versus Inflação.

3.6. Estrutura de negociação do Mercado de Títulos Públicos e


Privados, Leilão e Mercado de Balcão, negociação no mercado primário e
secundário.

Dealer: São Instituições Financeiras Credenciadas pelo Banco Central


para atuação no mercado de negociação de Títulos Públicos, tanto no mercado
primário quanto no mercado Secundário. Para obter informações de qual
instituição financeira atua como Dealer, basta acessar o site do Banco Central,
que esta informação esta disponível.

Dealer Primário: Até 12 instituições aprovadas e direcionadas para as


colocações primárias de títulos públicos federais.
Dealer Especialistas: Até 10 Instituições aprovadas e Direcionadas para
as negociações no mercado secundário de títulos públicos Federais.

Operações Compromissadas: são operações de empréstimos de


recursos (reservas bancárias) com garantia em títulos. Nestas operações existe
um compromisso de recompra com vencimento em data futura, anterior ou
igual
à do vencimento do título objeto.

Mercado Primário: São Colocações primárias feitas por intermédio de


ofertas públicas, pelo STN (ou Banco Central) que divulgará com antecedência
mínima de 1 (um) dia útil, os editais (portaria/comunicados) contendo as
condições específicas de cada Leilão, com acesso direto exclusivo para as
instituições financeiras integrantes do SELIC e o respectivo crédito à conta do
Tesouro Nacional. Antes de cada Leilão, o Banco Central poderá divulgar a

intenção do volume a ser colocado junto ao mercado, reservando-se a parcela


restante, quando houver.

Tipos de ofertas:
 Participantes: Bancos, Corretoras e Distribuidoras (obs: Fundos
de investimento não podem participar);
 Frequência: Uma vez por Semana (3° Feira, em Geral);

Mercado Secundário: Os títulos constantes da carteira do Banco Central


(ou das Instituições Participantes) são oferecidos para venda (ou Compra); A
oferta ocorre por meio de leilão informal e somente os Dealers Credenciados e
aprovados pelo Bacen Podem Participar.

3.7. Títulos Públicos

Os Títulos Públicos Federais são títulos de Renda fixa emitidos pelo


Governo Federal na qual busca através desta modalidade de investimento
financiar a sua dívida pública e garantir a entrada adicional de recursos

financeiros ao governo. Em contrapartida o governo cria uma obrigação de


pagamento de rendimentos (juros) na qual são determinados no momento da
compra do título. Esse rendimento pode ter sua remuneração:

 Prefixada;
 Pós-fixada;

Para os títulos Pós-fixados, por exemplo, tem-se dois indicadores


(IPCA e SELIC), que variam conforme o tipo.

Existem também aqueles que não possuem indexadores, os chamados


títulos Prefixados.

É possível negociar estes títulos diariamente no mercado financeiro,


através do Tesouro Direto, sendo assim não é necessário aguardar até o prazo
do vencimento do título para vende-lo.

Riscos dos Títulos Públicos:

 Risco de Crédito;
 Risco de Mercado;
 Risco de Liquidez

OBS: Títulos Públicos não Garantidos pelo Fundo Garantidor de


Crédito – FGC.

Principais Títulos públicos e sua Característica

As principais características dos títulos públicos estão em sua forma de


remuneração aos investidores, podendo ser Prefixadas, Selic ou IPCA, cada
forma de remuneração possui vantagens em determinados cenários
econômicos e possui este conhecimento é de extrema importância para o
investidor.
Título (investimento) PREFIXADO

LTN (LETRA DO TESOURO NACIONAL)

Iniciaremos com a explicação do LTN (Letra do Tesouro Nacional) que


possui em sua característica ser um título PREFIXADO, na qual o pagamento
dos juros será realizado no vencimento do título público.
O LTN (Letra do Tesouro Nacional) é um ótimo investimento em
perspectivas de futuras quedas nas taxas de juros SELIC, isto por que quem
contratou um título prefixado que paga 15% a.a. estará garantido que receberá
esta remuneração independente do que aconteça com a taxa Selic.

Então se projetarmos uma possível queda da taxa Selic para 13% a.a.,
os nossos títulos LTN (Letra do Tesouro Nacional) estarão pagando mais
juros do que o mercado estaria pagando com a SELIC. (veja o exemplo abaixo
para melhor fixar os conhecimentos)
Nesta situação caso os juros pagos pelo Título Prefixado seja maior que
a taxa Selic, este título possui uma atratividade gerando maior lucro ao
investidor do que o mercado (SELIC) está pagando atualmente, veja os
exemplos abaixo:

 Prefixado 15% a.a. Uma aplicação de R$ 10.000,00 obteria um


rendimento no ano de R$ 1.500,00;
 Investimentos atrelados à Selic em 13% a.a. Uma aplicação de
R$ 10.000,00 obteria um rendimento no ano de R$ 1.300,00;
NTN-F (NOTA DO TESOURO NACIONAL – SÉRIE F)

Dentre os prefixados temos o NTN-F (Nota do Tesouro Nacional –


Série F), na qual sua única diferença em relação ao LTN é que o NTN-F paga
juros semestralmente ao investidor, quando o LTN (Letra do Tesouro Nacional)
só irá pagar os juros do investimento no vencimento do título.

Vejam acima que quanto maior for a taxa prefixada de um LTN em


relação a Taxa Selic maior será o ganho do título prefixado, porém caso a Taxa
Selic seja maior que o título prefixado menor será o ganho, visto título
atrelados à SELIC estarem pagando mais juros que os títulos prefixados.

“Pagamento dos Juros”

LTN NTN-F

VENCIMENTOSEMESTRAL
Título (investimento) PÓS-FIXADO

LFT (LETRA FINANCEIRA DO TESOURO)

O LFT (letra Financeira do Tesouro) é um título público que remunera


o investidor com a variação da Taxa Selic, sendo assim quanto maior for a alta
da taxa Selic maior será o ganho e quanto maior for a baixa da Taxa Selic
menor será o ganho do investidor.
Este Título pode ser comprado com:
 Ágio: pagamento de taxa na contratação; Você para um valor
adicional ao valor nominal do Título;
 Deságio: Ganho de juros (adicionais) na contratação; Você para
um valor menor ao valor nominal do título;
 Ao par: Não há diferença entre o valor pago e o valor nominal do
título;

Sendo assim no contexto geral, o LFT é um título público que possui seu
Benchmark a variação da Taxa Selic. Abaixo será apresentado o gráfico com a
variação hipotética da Taxa Selic em 7 anos e é possível ver períodos de alta e
baixa da taxa Selic, em períodos de alta o investidor irá ganhar maior
rentabilidade em seus investimentos e nos períodos de baixa sua rentabilidade
será reduzida.
Título (investimento) HÍBRIDO

NTN-B e NTN-B PRINCIPAL (NOTA DO TESOURO NACIONAL)

O NTN-B principal (Notas do Tesouro Nacional) é um título público que


remunera o investidor com uma taxa prefixada mais a variação do IPCA, título
que sempre terá rentabilidade real positiva pois não sofre com os efeitos da
inflação e sim se beneficia da variação do IPCA. Este título é indicado para
investidores que desejam se proteger dos efeitos da inflação a longo prazo.
Nos títulos que remuneram o investidor com a taxa prefixada mais o
IPCA temos o NTB, na qual sua principal diferença está no pagamento de juros
semestrais, quanto o NTN-B Principal somente remunera o investidor no final
do vencimento do título.
Veja abaixo que quanto maior for a inflação do período maior será o
ganho do investidor, e quanto menor for a inflação menor será o ganho do
investidor, mas lembrando sempre que o valor mínimo de ganho já é conhecido
pela taxa prefixada, no qual no caso abaixo está em 5%.
“Pagamento dos Juros”
NTN-B NTN-B
(PRINCIPA

VENCIMENTO SEMESTRAL

Explicação sobre Títulos Negociados com Deságio

Deságio é pagar um preço abaixo ao valor de emissão (nominal) dos


títulos, nesta situação esta diferença é explicada pelos juros que serão pagos
ao investidor até que se alcance o valor nominal (emissão).
Títulos Públicos com deságio são (LTN, NTN-F, NTN-B e NTN-B
Principal), sendo assim estes títulos serão negociados a um preço abaixo do
seu preço de emissão (nominal), estes títulos são emitidos no valor de R$
1.000,00.

Um exemplo prático sobre Deságio seria:


 Um investimento em LTN (possui valor de emissão) R$ 1.000,00,
e este será o valor que você receberá no vencimento do título;
 O preço desta LTN está atualmente em R$ 596,30. Isto quer dizer
que você está comprando um título publico por R$ 596,30, porém ele vale R$
1.000,00, esta diferença é o resultado que você terá neste investimento;
Cálculo do PU de um título Prefixado: Cálculo do Preço de Mercado de
um título prefixado.

Painel Resumido Títulos Públicos


Título sem CUPOM: Pagamento dos juros somente no Vencimento do
título;

Título Com Cupom: Título com pagamento de juros periódicos


(semestrais);
Tributação: A cobrança do imposto de renda incide somente no resgate
da aplicação e somente em relação do rendimento (LUCRO) obtido. O
responsável pelo seu recolhimento é o Agente de Custódia.

A alíquota cobrada é regressiva e depende do tempo investido conforme


tabela abaixo:

IOF: Somente cobrado caso o investidor resgate sua aplicação em até


29 dias. Segue tabela regressiva do IOF.
3.8. Principais Títulos Privados Financeiros (emitido por Bancos)

3.8.1. CDB (Certificado de Depósito Bancário)

O CDB é um título privado de renda fixa para a captação de recursos de


investidores pessoas físicas ou jurídicas, por parte das instituições financeiras a
fim de realizar empréstimos financeiros a seus clientes. O CDB pode ser
emitido por bancos comerciais, bancos de investimento e bancos
múltiplos, com pelo menos uma destas carteiras descritas.

Rentabilidade:
• Prefixada
• Pós-Fixada

Prazo: O CDB pode ser negociado diretamente com a instituição


financeira (Banco) na qual deseja investir seu recurso. O CDB também pode
ser resgatado antes do prazo final caso o banco emissor concorde em resgata-
lo. No caso de resgaste antes do final do prazo, devem ser respeitados os
prazos mínimos. O resgaste é definido pelo emissor, podendo ser diário ou
com prazo de vencimento.

Garantia: O CDB possui a garantir do FGC – Fundo garantidor de


crédito que protege o investidor pessoa física em até R$250.000,00 por CPF e
por Instituição Financeira.

Riscos do CDB:
 Risco de crédito
 Risco de Liquidez
 Risco de Mercado
Tributação no CBD:

A cobrança do imposto de renda incide somente no resgate da aplicação


e somente em relação do rendimento (LUCRO) obtido. O responsável pelo seu
recolhimento (pagamento) é a Instituição Financeira. Além da cobrança do
Imposto de renda, pode ser cobrado o IOF (imposto sobre operações
Financeiras), caso o investidor resgate seus investimentos em até 29 dias do
início de sua aplicação.

A alíquota cobrada é regressiva e depende do tempo investido conforme


tabela abaixo:

IOF: Somente cobrado caso o investidor resgate sua aplicação em até


29 dias. Segue tabela regressiva do IOF.
3.8.2. RDB (Recebido de Depósito Bancário)

O RDB é um título privado de renda fixa para a captação de recursos de


investidores pessoas físicas ou jurídicas, por parte das instituições financeiras a
fim de realizar empréstimos financeiros a seus clientes. O CDB pode ser
emitido por bancos comerciais, bancos de investimento e bancos
múltiplos, com pelo menos uma destas carteiras descritas.

Rentabilidade:
• Prefixada
• Pós-Fixada

Prazo: RDB possui prazo de Vencimento, e somente pode ser resgatado


na data de Vencimento. Sendo assim, não possui liquidez imediata e também
trata-se de um título intransferível. Obs: Em casos de Exceção é possível
solicitar o pedido de resgaste, porém a instituição financeira deve concordar e
o resgaste será somente do valor principal investido.

Garantia: O RDB possui a garantir do FGC – Fundo garantidor de


crédito que protege o investidor pessoa física em até R$250.000,00 por CPF e
por Instituição Financeira.

Riscos do CDB:
 Risco de crédito
 Risco de Liquidez
 Risco de Mercado
Tributação no RDB:

A cobrança do imposto de renda incide somente no resgate da aplicação


e somente em relação do rendimento (LUCRO) obtido. O responsável pelo seu
recolhimento (pagamento) é a Instituição Financeira. Além da cobrança do
Imposto de renda, pode ser cobrado o IOF (imposto sobre operações
Financeiras), caso o investidor resgate seus investimentos em até 29 dias do
início de sua aplicação.

A alíquota cobrada é regressiva e depende do tempo investido conforme


tabela abaixo:

IOF: Somente cobrado caso o investidor resgate sua aplicação em até


29 dias. Segue tabela regressiva do IOF.
3.8.3. Letras Financeiras

A Letra Financeira (LF) é um título de renda fixa emitido por instituições


financeiras com a finalidade de captar recursos de longo prazo, dado que tem
vencimento superior a dois anos.
A LF não pode ser emitida com valor nominal unitário inferior a:
 R$ 50.000,00, se não contiver cláusula de subordinação; ou
 R$ 300.000,00, se contiver cláusula de subordinação.
No caso da LF emitida com cláusula de subordinação, seus detentores
têm seu direito de crédito condicionado ao pagamento de outras dívidas da
instituição emissora em caso de falência ou inadimplência. Contudo, este tipo
de LF oferece benefícios contábeis aos emissores e, por esse motivo, tende a
proporcionar uma melhor remuneração quando comparada com a LF sem
cláusula de subordinação.
OBS.: Não Possui FUNDO GARANTIDOR DE CRÉDITO

Tributação na Letra Financeira:


A Letra Financeira por sua característica a cobrança de 15% de imposto
de renda sobre o ganho financeiro, devido ao seu prazo mínimo de 2 anos de
investimento, porém na sua regra geral possui a tributação conforme os
demais investimentos em renda fixa, utilizando a tabela regressiva.
A cobrança do imposto de renda incide somente no resgate da aplicação
e somente em relação do rendimento (LUCRO) obtido. O responsável pelo seu
recolhimento é a Instituição Financeira. Além da cobrança do Imposto de renda,
pode ser cobrado o IOF (imposto sobre operações Financeiras), caso o
investidor resgate seus investimentos em até 29 dias do início de sua
aplicação.

A alíquota cobrada é regressiva e depende do tempo investido conforme


tabela abaixo:
IOF: Somente cobrado caso o investidor resgate sua aplicação em até 29
dias. Segue tabela regressiva do IOF:

3.8.4. Depósito a Prazo com Garantia Especial – DPGE

Os DPGE’s são depósitos a prazo emitidos por instituições financeiras.


Os bancos comerciais, múltiplos, de desenvolvimento e investimento, as
sociedades de crédito, financiamento e investimento e as Caixas Econômicas
são as instituições autorizadas a emitir este ativo. Ao adquirir um DPGE, o
investidor está emprestando dinheiro ao banco e passa a ser o seu credor.

Prazos: O prazo de vencimento destes papéis não pode ser inferior a 6


meses nem superior a 36 meses.

Garantia: O DPGE possui garantia do Fundo Garantidor de Crédito


– FGC até R$ 40 milhões por CPF e instituição financeira.

Remuneração: Pode ser pré-fixada ou pós-fixada. Porém o mais


comum é sua rentabilidade ser sobre o CDI.

OBS.: Uma característica importante é a não poder resgatar


antecipadamente nem parcialmente e seu valor mínimo para emissão é de
R$ 250.000,00.
Tributação
A cobrança do imposto de renda incide somente no resgate da aplicação
e somente em relação do rendimento (LUCRO) obtido. O responsável pelo seu
recolhimento é a Instituição Financeira. Além da cobrança do Imposto de
renda, pode ser cobrado o IOF (imposto sobre operações Financeiras), caso o
investidor resgate seus investimentos em até 29 dias do início de sua
aplicação.

A alíquota cobrada é regressiva e depende do tempo investido conforme


tabela abaixo:

IOF: Somente cobrado caso o investidor resgate sua aplicação em até 29


dias. Segue tabela regressiva do IOF:
3.8.5. LC (Letra de Câmbio)

A letra de câmbio, também conhecida como LC, é um tipo de título de


crédito feito por escrito que vincula uma ordem de pagamento de uma pessoa
para outra.

As letras de câmbio existem das relações de créditos, utilizada pelas


instituições financeiras aceitantes, como forma de captação de recursos
financeiros para emprestar à pessoas físicas ou jurídicas após um contrato de
financiamento.

A emissão deste tipo de crédito é conhecida como "saque", o que a


compõe em três características:
Sacador: aquele que emite a ordem de pagamento;
Sacado: a quem a ordem é emitida;
Tomador: o beneficiário desta ordem.

A validade da letra depende do "aceite" da ordem de pagamento pelo


sacado. O sacador tem a possibilidade de criar uma ordem para si próprio,
sendo ele, também, o sacador.

A letra de câmbio, como um documento, possui alguns requisitos para


sua validade como:
 As palavras “letra de câmbio”, inseridas no próprio texto, não
apenas no alto do título;
 O valor monetário a ser pago;
 O nome do sacado;
 O nome do tomador;
 Data e local onde a letra é sacada;
 Assinatura do sacador; a inobservância de qualquer dos requisitos
de validade, tem como consequência jurídica, sua descaracterização como
título de crédito.
Prazos: O Letra de Câmbio pode ser negociado diretamente com a
instituição financeira (Banco) na qual deseja investir seu recurso. O LCtambém
pode ser resgatado antes do prazo final caso o banco emissor concorde em
resgata-lo. No caso de resgaste antes do final do prazo, devem ser respeitados
os prazos mínimos. O resgaste é definido pelo emissor, podendo ser diário ou
com prazo de vencimento.

Garantia: O CDB possui a garantir do FGC – Fundo garantidor de


crédito que protege o investidor pessoa física em até R$250.000,00 por CPF e
por Instituição Financeira.

Remuneração: Pode ser pré-fixada ou pós-fixada. Porém o mais


comum é sua rentabilidade ser sobre o CDI.

Riscos do LC:
 Risco de crédito
 Risco de Liquidez
 Risco de Mercado

Tributação
A cobrança do imposto de renda incide somente no resgate da aplicação
e somente em relação do rendimento (LUCRO) obtido. O responsável pelo seu
recolhimento é a Instituição Financeira. Além da cobrança do Imposto de
renda, pode ser cobrado o IOF (imposto sobre operações Financeiras), caso o
investidor resgate seus investimentos em até 29 dias do início de sua
aplicação.

A alíquota cobrada é regressiva e depende do tempo investido conforme


tabela abaixo:
IOF: Somente cobrado caso o investidor resgate sua aplicação em até 29
dias. Segue tabela regressiva do IOF:

Resumo Investimentos em Instituições Financeiras


3.9. Principais Títulos Privados (emitido por Empresas não
Financeiras)

3.9.1. Debêntures

São títulos de créditos privados emitidos por empresas não


financeiras (empresas que não sejam banco) a fim de financiar sua
atividade produtiva e capital de giro (Ex.: Empresa deseja aumentar a sua
fábrica, porém não quer pegar empréstimo no banco, a empresa procura
investidores no mercado financeiro a fim de investirem no projeto do aumento
da fábrica, e assim emitem debêntures a estes clientes que investiram seus
recursos na empresa). O Objetivo da emissão de uma debênture é de
captação de recursos de médio e longo prazo para sociedades anônimas
(S.A.) não financeiras de capital aberto, em troca a empresa paga juros
periódicos aos investidores (mesma característica de pagamento de juros
dos demais investimentos).

Não existe padronização das características deste título. Ou seja, a


debênture pode incluir:

• Qualquer prazo de vencimento;


• Amortização (pagamento do valor nominal) programado na forma
anual, semestral, trimestral, mensal ou esporádica, no percentual que a
emissora decidir;
• Remuneração (pagamento de juros) através da correção monetária ou
de juros;
• Remuneração (pagamento de juros) através do prêmio (podendo ser
vinculado à receita ou lucro da emissora);

Direitos dos debenturistas (Contra Inadimplência):

• Conversão da debênture em ação da companhia emissora (Debênture


conversível);
• Garantias contra a inadimplência da empresa emissora (Garantia:
Real, Flutuante, Quirografária, Subordinada);
Garantias debêntures
Tipo de Garantia Característica
São Garantia de Bens e Direitos da
empresa, limitada a 80% do ativo total da
Real empresa. Ex.: Empresa garante um veículo
(carro) caso não seja realizado o pagamento dos
juros e investimento
realizado pelo investidor.
Os investidores (debenturista) assumem
prioridade geral sobre os ativos da empresa, sem
que haja qualquer impedimento na negociação
dos bens. Possui privilégios sobre o ativo total da
empresa. Caso haja garantias reais, os demais
Flutuante bens que estejam fora da garantia real serão
usados como garantia flutuante.
O valor de emissão é limitado a 70% do
valor contábil do ativo da companhia, diminuído
do montante de suas dívidas garantidas por
direitos
reais.
Não oferece privilégio ou preferência sobre
o ativo do emissor. O detentor da debênture
quirografária concorre em igualdade de condições
Quirografária com outros credores não preferenciais em caso
de falência da companhia. O valor de emissão
limitado ao capital social integralizado da
companhia
emissora.
Em caso de liquidação da companhia
emissora, oferece preferência de pagamento
apenas em relação ao crédito dos acionistas.
Subordinada
Pertence a uma categoria inferior à quirografária e
não tem limite de emissão.
Como regra geral, o valor total das emissões de debêntures de uma
empresa não poderá ultrapassar o seu capital social.

Resgate Antecipado: as debêntures podem ter na escritura de emissão


cláusula de resgate antecipado, que dá ao emissor (a empresa que está
captando recursos) o direito de resgatar antecipadamente, parcial ou
totalmente as debêntures em circulação.

Riscos das Debêntures:


 Risco de Mercado;
 Risco de Crédito;
 Risco de Liquidez;

OBS: Debênture não é protegida pelo FGC – Fundo Garantidor de


Crédito.

Agente Fiduciário

A função do agente fiduciário é proteger o interesse dos debenturistas


exercendo uma fiscalização permanente e atenta, verificando se as condições
estabelecidas na escritura da debênture estão sendo cumpridas.
Entende-se por relação fiduciária a confiança e lealdade estabelecida
entre a instituição participante (administradora, gestora, custodiante, etc.) e os
cotistas.
A emissão pública de debêntures exige a nomeação de um agente
fiduciário. Esse agente deve ser ou uma pessoa natural capacitada ou uma
instituição financeira autorizada pelo Banco Central para o exercício dessa
função e que tenha como objeto social a administração ou a custódia de bens
de terceiros (ex.: corretora de valores).
O agente fiduciário não tem a função de avalista ou garantidor da emissão.

O Agente Fiduciário poderá usar de qualquer ação para proteger


direitos ou defender interesses dos debenturistas, sendo-lhe especialmente
facultado, no caso de inadimplemento da emitente:

• Executar garantias reais, receber o produto da cobrança e aplicá-


lo no pagamento, integral ou proporcional dos debenturistas;
• Requerer falência da emitente, se não existirem garantias reais;
• Representar os debenturistas em processos de falência,
concordata, intervenção ou liquidação extrajudicial da emitente, salvo
deliberação em contrário da assembleia dos debenturistas;

Assembleia dos debenturistas:

É o fórum em que se reúnem os debenturistas para discutir e deliberar


sobre assuntos relativos à emissão, como, por exemplo, alterações propostas
nas características da debênture.

A assembleia de debenturistas pode ser convocada pelo agente


fiduciário, pela companhia emissora, por debenturistas que representem
10% (dez por cento), no mínimo, dos títulos em circulação, e pela
Comissão de Valores Mobiliários.

A assembleia se instalará, em primeira convocação, com a presença de


debenturistas que representem metade, no mínimo, das debêntures em
circulação, e, em segunda convocação, com qualquer número.
Tributação:

A cobrança do imposto de renda incide somente no resgate da aplicação


e somente em relação do rendimento (LUCRO) obtido. O responsável pelo seu
recolhimento é a pessoa jurídica que efetuar o pagamento dos rendimentos.
Além da cobrança do Imposto de renda, pode ser cobrado o IOF (imposto
sobre operações Financeiras), caso o investidor resgate seus investimentos em
até 29 dias do início de sua aplicação.

A alíquota cobrada é regressiva e depende do tempo investido conforme


tabela abaixo:

IOF: Somente cobrado caso o investidor resgate sua aplicação em até


29 dias. Segue tabela regressiva do IOF:
3.9.2. Debêntures Incentivadas

A emissão do título destina-se ao financiamento de projetos


considerados prioritários pelo governo federal voltados para a implantação,
ampliação, manutenção, recuperação ou modernização, entre outros, nas
áreas de logística e transporte, mobilidade urbana, energia, telecomunicações
e radiodifusão, saneamento básico e irrigação, além de projetos intensivos em
P&D e inovação.

Principais diferenças de uma debênture comum:

 Prazo médio ponderado mínimo de 4 anos;


 Isenção de imposto de Renda para pessoa física;

3.9.3. Nota Promissória

A Nota Comercial - também conhecida como Nota Promissória ou


Commercial Paper - é um título de emissão de sociedades anônimas, de
capital aberto ou fechado, como forma de captação de recursos junto a
investidores que possuem o direito de crédito contra ela.

As Notas Promissórias dessas instituições não são valores


mobiliários.

Quem pode emitir: Sociedades anônimas não financeiras.

A venda de nota promissória comercial necessita obrigatoriamente de


uma instituição financeira atuando como agente colocador, podendo ser uma
distribuidora ou corretora. Pode ser resgatada antecipadamente (o que implica
na extinção do título) caso o prazo mínimo de 30 dias seja cumprido, e que o
titular (investidor) da NP concorde.
A nota promissória comercial não possui garantia real, por isso é um
instrumento para empresas com bom conceito de crédito.

• O prazo mínimo da NP é de 30 dias;


• O prazo máximo da NP é de:
* 360 dias para S.A. de capital fechado;
* 360 dias para S.A. de capital aberto;

O instrumento financeiro pode ser indexado:

 Taxas prefixadas;
 Pós-fixadas, como DI, SELIC, IPCA, TJLP, entre outros.

Debêntures X Notas Promissórias


3.10. Títulos do Segmento Agrícola

3.10.1. Cédula de Produtor Rural

A Cédula do Produtor Rural é um título de crédito lastreado em garantia


real, representada por penhor rural ou mercantil. Trata-se de uma venda a
termo, na qual o produtor, associação ou cooperativa de crédito emite um título
para comercializar seus produtos, recebendo o valor antecipadamente, com a
obrigação de pagamento em produto (CPR Física) ou de resgate financeiro
(CPR Financeira).

A CPR pode ser negociada no:


 Mercado primário, quando o emitente deseja adiantar recursos
para utilizar na produção de determinada mercadoria agropecuária;
 Mercado secundário, quando o adquirente da CPR deseja
negociá-la por meio de sua venda a outro agente interessado;
O emitente deve procurar uma instituição (banco ou seguradora)
que dê garantia à CPR, pois aumenta o universo de compradores
interessados em adquiri-la. Essa instituição, após análise do cadastro e
garantias que o emitente oferecer, acrescenta seu aval ou agrega um seguro.

Garantias: Dentre os tipos de garantia real admitidos para a CPR, o


penhor rural tem sido apontado como o mais utilizado. São destacados dentre
os fatores responsáveis pela pouca utilização da hipoteca e da alienação
fiduciária, respectivamente, a maior dificuldade de execução da garantia e a
falta de prática na utilização do instrumento pelos emissores.

Tributação: Possui Isenção de cobrança de Imposto de Renda e IOF


para pessoa Física (PF).
OBS.: Não possui Fundo Garantidor de Crédito
3.10.2. LCA

Emitidos com base em lastro (garantias) de recebíveis originados de


negócios realizados com produtores rurais e cooperativas, relacionados com a
produção, comercialização, beneficiamento ou industrialização de produtos ou
insumos agropecuários ou de máquinas e implementos utilizados na atividade
agropecuária.
Título de crédito representativo de uma promessa de pagamento em
dinheiro, este título só pode ser emitido por bancos e por cooperativas de
crédito (instituição financeira pública ou privada).

Prazos:
 Máximo: Prazo das obrigações do agronegócio que serviram de
base para o seu lançamento. A LCI não pode exceder o tempo máximo do
financiamento do agronegócio na qual foi lastreada.
 Mínimo: 90 dias.

Garantia: A LCA possui a garantir do FGC – Fundo garantidora de


credito que protege o investidor pessoa física em até R$ 250.000,00 por
CPF e por Instituição Financeira.

Remuneração: Pode ser prefixada ou pós-fixada.


Porém o mais comum é sua rentabilidade ser atrelada ao CDI.

Riscos do LCA:
 Risco de Crédito;
 Risco de Liquidez;
 Risco de Mercado;

Tributação: Investimentos em LCA são Isentos de Imposto de renda


para pessoa física (PF).
3.10.3. Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio

Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio é um título de crédito


nominativo, de livre negociação, representativo de promessa de pagamento em
dinheiro e constitui título executivo extrajudicial. O CDCA é emitido vinculado
a direitos creditórios originários de negócios realizados por agentes da
cadeia produtiva do agronegócio.
Principais Vantagens para o investidor
 Obtenção de recursos para atender as necessidades de fluxo de
caixa, com taxa de juros fixa ou flutuante, utilizando o CDCA como título de
crédito, emitido em taxa de juros fixa ou flutuante;
 Ausência de comprovação do direcionamento dos recursos;
 Alíquota zero de IOF;

Podem emitir CDCA as cooperativas de produtores rurais e de


outras pessoas jurídicas que exerçam a atividade de comercialização,
beneficiamento ou industrialização de produtos e insumos agropecuários
ou de máquinas e implementos utilizados na produção agropecuária.

Os lastros do título devem ser registrados em entidades autorizadas


pelo Banco Central, como o RTA, por exemplo.

OBS.: Isenção do Imposto de Renda para Pessoas Físicas (IOF).


Isenção do IOF – Imposto sobre Operações Financeiras.
3.10.4. Certificado de Recebíveis do Agronegócio

Podem emitir CRA as companhias securitizadoras de direitos creditórios


do agronegócio, ou seja, instituições não financeiras constituídas sob a forma
de sociedade por ações com a finalidade de aquisição e securitização desses
direitos e de emissão e colocação de Certificados de Recebíveis do
Agronegócio no mercado financeiro e de capitais.
Nessas operações, as empresas cedem seus recebíveis para uma
securitizadora, que emitirá os CRAs e os disponibilizará para negociação no
mercado de capitais, geralmente com o auxílio de uma instituição financeira.
Por fim, essa securitizadora irá pagar a empresa pelos recebíveis cedidos.
Desse modo, a empresa conseguirá antecipar o recebimento de seus
recebíveis.

O CRA deverá conter, no mínimo, os requisitos exigidos na legislação


aplicável ao título.

Pode ser distribuído publicamente e negociado na Bolsa, bem como em


mercados de balcão organizados autorizados a funcionar pela Comissão de
Valores Mobiliários.

Garantias: CRA não está coberto pelo Fundo Garantidor de Crédito –


FGC.

Tributação: os rendimentos são isentos de IR, quando a CRA for emitida


em favor de pessoa física.
Resumo Investimentos do Agronegócio

3.11. Títulos do Segmento Imobiliário

3.11.1. Certificado de Recebíveis Imobiliários

São títulos de renda fixa de longo prazo emitidos exclusivamente por


uma companhia securitizadora, com lastro em um empreendimento imobiliário
que pagam juros ao investidor.

Os lastros mais comuns de um CRI são os créditos decorrentes de


contratos de compra e venda com alienação fiduciária do Sistema de
Financiamento Imobiliário (SFI).

Não há investimento mínimo, porém, a maior parte dos CRIs possui


valor unitário de R$300.000,00
Algumas das vantagens de se investir em CRIs:

• Investimento de longo prazo com rentabilidade acima dos títulos


públicos;
• Possuem garantia real, porém não estão cobertos pelo FGC;
• Isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas;
• Substitui os investimentos imobiliários, reduzindo os custos
administrativos de vacância e reformas.

Tributação: Os rendimentos do CRI são isentos de Imposto de Renda


para pessoa física.

3.11.2. LCI- Letra de Crédito Imobiliário

É lastreado (garantido) por créditos imobiliários, hipoteca ou por


alienação fiduciária de coisa imóvel, conferindo aos seus tomadores direito de
crédito pelo valor nominal, juros e, se for o caso, atualização monetária nelas
estipula

A LCI poderá ser garantida por um ou mais créditos imobiliários, mas a


soma do principal das LCI não pode exceder o total de créditos imobiliários
emitidos pela instituição que fez o lançamento do LCI.

Prazos:
 Máximo: Prazo das obrigações imobiliárias que serviram de base
para o seu lançamento. A LCI não pode exceder o tempo máximo do
financiamento imobiliário na qual foi lastreada.
 Mínimo: 90 dias.

Garantia: a LCI possui a garantia do FGC – Fundo garantidor de


crédito que protege o investidor pessoa física em até R$ 250.000,00 por
CPF e por Instituição Financeira.
Remuneração: Pode ser prefixada ou pós-fixada.
Porém o mais comum é sua rentabilidade ser atrelada ao CDI.

Riscos do LCI:
 Risco de Crédito;
 Risco de Liquidez;
 Risco de Mercado;

Tributação: Investimentos em LCI são Isentos de Imposto de renda para


pessoa física (PF).

3.11.3. Cédula de Crédito Imobiliário

A Cédula de Crédito Imobiliário (CCI) representa um crédito que é


originado a partir da existência de direitos de crédito imobiliário com
pagamento parcelado. Quem emite a cédula é o credor, com o objetivo de
simplificar a cessão do crédito.
É título de crédito que representa créditos imobiliários – recebíveis de
compra e venda de imóveis, contratos de locação, entre outros. A CCI permite
a antecipação do recebimento de créditos futuros.
A CCI transforma um contrato particular em um título passível de
transação. Uma de suas vantagens é a possibilidade de emissão e negociação,
independentemente da autorização do devedor.
Esses títulos são bastante utilizados como lastro na emissão de
Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), por oferecer mais segurança e
transparência para quem investe em CRI.
A CCI poderá ser emitida com ou sem garantia, real ou fidejussória, sob
a forma escritural ou cartular.

Tributação: Isenção do Imposto de Renda para Pessoas Físicas (PF).


Isenção do IOF – Imposto sobre Operações Financeiras.
Resumo Investimentos Imobiliários
3.11.4. Resumo Investimentos Imobiliários e Agronegócio

3.12. Operações Compromissadas

A operação compromissada é aquela em que o vendedor assumiu o


compromisso de recomprar em data futura pré-definida e com o pagamento de
remuneração pré-estabelecida. Na mesma operação o comprador, por sua vez,
assume o compromisso de revender o título ao vencedor na data acordada
com o pagamento do preço fixado.
Ou seja, as operações compromissadas são realizadas com um
compromisso duplo: a compra com compromisso de revenda e a venda com
compromisso de recompra. As operações compromissadas devem ser
realizadas com a rentabilidade definida (taxa prefixada) ou com parâmetros de
remuneração estabelecidos (taxa Pós-fixada).

Tributação: A cobrança do imposto de renda incide somente no resgate


da aplicação e somente em relação do rendimento (LUCRO) obtido. O
recolhimento do imposto é realizado pela pessoa jurídica que efetuar o
pagamento dos rendimentos.
A alíquota cobrada é regressiva e depende do tempo investido conforme
tabela abaixo:

IOF: Somente cobrado caso o investidor resgate sua aplicação em até


29 dias. Segue tabela regressiva do IOF:

3.13. Renda Fixa Internacional

3.13.1. Principais Títulos Norte Americanos

3.13.2. Treasury Bills, Treasury Notes, Treasury Bonds e TIPS


(Treasury Inflation-protected Security)

São Investimentos em obrigações de dívidas do governo norte


americano que são emitidas cada uma com sua particularidade, na qual será
abordada conforme sua característica:
3.13.3. Títulos da Dívida Externa Brasileira

3.13.4. CD (Certificates os Deposit)

Um certificado de depósito (CD) é um produto oferecido por bancos e


cooperativas de crédito nos Estados Unidos que oferece um prêmio de taxa de
juros em troca do cliente concordar em deixar seu investimento sem realizar
resgaste por um período predeterminado. É a mesma sistemática do CDB no
Brasil.

3.13.5. Commercial Papers

O papel comercial é uma forma não garantida de nota promissória que


paga uma taxa de juros fixa. Normalmente, é emitido por grandes bancos ou
empresas para cobrir recebíveis de curto prazo e cumprir obrigações
financeiras de curto prazo, como financiamento para um novo projeto. Como
em qualquer outro tipo de instrumento de dívida ou obrigação , a entidade
emissora oferece o papel assumindo que estará em condições de pagar juros e
principal até o vencimento.
3.13.6. Repos (Repurchase Agreements)

Repos é uma forma de empréstimo de curto prazo para negociantes


em títulos do governo . No caso de um acordo de recompra, um revendedor
vende títulos do governo a investidores , geralmente durante a noite, e os
compra de volta no dia seguinte.
Para a parte que vende o título e concorda em recomprá-lo no futuro, é
um repo; para a parte do outro lado da transação, comprando o título e
concordando em vender no futuro, é um contrato de recompra reversa .
Os acordos de recompra são normalmente usados para levantar capital
de curto prazo .

3.14. Riscos em Aplicações de Renda Fixa

Risco de Crédito

É o risco associado a incapacidade de pagamento (Calote) da instituição


na qual investidor aplicou seus recursos.

Ex.: Um investidor que aplique no CDB, o risco de crédito está


associado ao Banco na qual aplicou no CDB não realizar o pagamento dos
juros e do valor aplicado.

A fim de diminuir este risco e deixar o mercado mais transparente foram


criadas empresas que classificam a capacidade de pagamento das empresas e
governos emissores de títulos e valores mobiliários. Esta classificação é
conhecida como “rating”, e este é dado as empresas a fim de avaliar sua
capacidade de honrar seus pagamentos.

OBS.: O único investimento que não possui risco de crédito é “ação”.


Abaixo segue as principais agências de Classificação de Rating e suas
classificações:

OBS.: Quanto pior o Rating maior será o retorno exigido e maior será o
risco de crédito.
Quanto Melhor o Rating menor será o retorno exigido e menor será o
risco de crédito.

SPREAD DE CRÉDITO

É a diferença entre a taxa de juros cobrada aos tomadores de crédito e a


taxa de juros paga aos depositantes pelos bancos. é a diferença entre a
remuneração que o banco paga ao aplicador para captar um recurso e o
quanto esse banco cobra para emprestar o mesmo dinheiro.
Quanto maior o Spread de Crédito, maior será a taxa de retorno do título
(e maior o seu risco também).
O spread de crédito também está relacionado a probabilidade de
inadimplência de um emissor de título.
É uma medida de retorno adicional que o investidor deve receber por
conta de adquirir um ativo cujo emissor possui maior risco de crédito.
Risco Operacional

Risco operacional é qualquer tipo de falho ou deficiência de faturas,


dentro das atividades operacionais por parte das empresas, que possam
obstaculizar o sucesso dos objetivos estratégicos, ou seja, objetivos
operacionais e que podem gerar algumas perdas importantes.
Em síntese, as perdas por alguma deficiência, falhas ou decisões
equivocadas no referente ao recurso humano, processos, tecnologia, o
tipo infraestrutura ou acontecimentos externos.

Risco Mercado

O risco de mercado é o potencial das oscilações (variação) dos valores


(preços) de um ativo (investimento) durante um determinado período de tempo.
De modo geral é como as mudanças no preço possam afetar o seu
investimento de forma negativa. O conceito de risco de mercado está
diretamente ligado a volatilidade de um ativo.

 Quanto maior a volatilidade (oscilação) do preço de um ativo,


maior será seu risco de mercado.
 Quanto menor a volatilidade (oscilação) do preço de um ativo
menor será seu risco de mercado.

Figura: Investimento com muita volatilidade (Maior Risco de Mercado)


Figura: Investimento com baixa volatilidade (Menor Risco de Mercado)

DIVERSIFICAÇÃO

A diversificação, no mundo dos investimentos, é como o investidor


divide seus investimentos nos diversos ativos financeiros e reais, como: colocar
10% de seu dinheiro na poupança, 50% em fundos de renda fixa, 20% em
fundo imobiliário e 20% em ações.
A diversificação ajuda a reduzir os riscos de perdas. É o velho
ditado: “não coloque todos os ovos numa única cesta”. Desta forma, quando um
investimento não estiver indo muito bem, os outros podem compensar, de forma
que na média não tenha perdas mais expressivas.

Deve-se ter em mente, entretanto, que a diversificação não é capaz de


eliminar todo o risco de mercado de um investimento, isso porque há fatos no
mercado que afetam todos os ativos no mesmo sentido, seja positivo ou
negativo. A expectativa de uma recessão econômica, por exemplo, muito
provavelmente levará a uma queda nos preços de todos os ativos
(investimentos), a este risco chamamos de “RISCO SISTEMÁTICO” ou “NÃO
DIVERSIFICÁVEL”
A diversificação consegue reduzir APENAS o risco NÃO
SISTEMÁTICO (específico) ou “DIVERFICICÁVEL”. O risco sistemático não
pode ser reduzido, nem mesmo com uma excelente diversificação.
Como entender os riscos que podem afetar a diversificação de
investimentos? Os riscos serão abordados abaixo:

 Risco Sistemático (Risco não Diversificável): O Risco


Sistemático é aquele que afeta a economia de uma forma geral. Está
intimamente ligada à expectativa econômica geral.

 Risco Não Sistemático (Risco Diversificável): Refere-se a uma


empresa ou setor em específico. Os riscos não sistemáticos podem ser
minimizados uma vez que afetam apenas determinado setor.

Afeta todos os
Risco Sistemático ativos do mercado

RISCO MERCADO

Risco não Especifico de uma


Sistemático companhia ou setor

O gráfico em destaque representa o efeito e os benefícios da


diversificação em uma carteira de ações.
Risco Liquidez

É o risco relacionado com a dificuldade de vender determinado título e


valor mobiliário pelo preço e no momento desejado. Uma característica deste
risco é a dificuldade de encontrar compradores para determinado título e valor
mobiliário.

Ex.: Investidor comprou um imóvel a R$ 300.000,00 e deseja vendê-lo


pois necessita do dinheiro. Ele recebeu uma única oferta no valor de
R$200.000,00, sendo assim ele se desejar vender terá uma perda de dinheiro,
visto não possuir mais pessoas desejando comprar seu imóvel e ter recebido
somente uma ou poucas ofertas.

OBS.: O risco de liquidez está associado a um único comprador ou


poucos compradores na qual seja verificado a dificuldade de vender
determinado ativo ao preço que o vendedor esteja disposto a vender.

Risco País

Conhecido como risco Soberano (honrar o pagamento de seus


títulos públicos).

Quando uma agência de rating avalia a capacidade de pagamento de


um país, atribuindo uma nota aos títulos públicos, esse risco é chamado de
risco soberano.
Justifica-se o nome pelo fato de o governo federal ser a “instituição”
mais sólida dentre todas que existem naquele país, logo, espera-se que a
melhor nota de crédito seja atribuída a seus títulos.

Risco Cambial

Pode-se entender por risco cambial a possibilidade das taxas de câmbio


entre moedas dos países exportadores e importadores se moverem
adversamente entre a data da cotação e a data da liquidação de um negócio.
Ou
a possibilidade de uma perda ou de um ganho resultante de uma variação nas
taxas de câmbio entre moedas.

3.15. Análise de Títulos de Renda Fixa

3.15.1. Yield To Maturity

Yield to maturity (YTM) ou rendimento até o vencimento é a taxa de


retorno que os investidores possuem ao comprar e manter um título até o seu
vencimento

Em outras palavras, é a taxa interna de retorno (TIR) de um


investimento em um título se o investidor mantiver o título até o vencimento,
com todos os pagamentos feitos conforme programado e reinvestidos na
mesma taxa.

A Yield To Maturity equivale à IRR (Taxa Interna de Retorno) que


iguala, em determinado momento, o preço pago pelo título com seu fluxo
esperado de rendimento e o principal a ser resgatado ao final.
A medida incorpora, também, o mesmo pressuposto da IRR de
reinvestimento dos fluxos de caixa, até a maturidade, pela própria YTM
calculada.
O cálculo da YTM leva em conta o valor da negociação do título no
mercado (preço de compra), seu valor de resgate, o prazo dos rendimentos
(juros) dos cupons.
Onde:

C = Cupom de juros
F = Valor de face
P = Preço pago
n = Período de maturação.

Como YTM é calculada na HP12C:

Você terá que utilizar as teclas que estão selecionadas nos retângulos
em vermelho, abaixo da calcadora será abordado a ordem que deve ser
utilizado para que a HP retorne a YTM.
Etapas para cálculo da YTM na HP12C:

1°- Pressione “f” e depois “REG”, para que seja iniciado o cálculo;
2° - Informe o investimento Inicial e selecione “CHS”, após selecione “PV”;
3° - Digitar cada valor do fluxo de caixa, selecionar “PMT”;
4° - Selecionar o valor Futuro (valor de Resgate), selecionar “FV”;
5° - Selecione “f” e “YTM”, para descobrir o YMT do investimento;

3.15.2. Current Yied

Current yield pode ser traduzido como rendimento corrente de um título


de renda fixa, ou seja, o rendimento não levando em consideração o prazo do
título em questão.
É calculado dividindo a taxa de juros do cupom pelo preço do título. Por
exemplo, se um título está sendo vendido a um preço de R$100,00 com um
coupon de 10% ele oferece um current yield de 10%. Caso esse título estivesse
cotado a R$80,00 o seu current yield seria de 12,50%.
O current yield é usado para avaliar o rendimento de um título com base
em seu preço atual, de forma que:

 Se um título for negociado com desconto em relação ao seu


valor nominal (Deságio), seu current yield estará acima da taxa do cupom.
Dessa forma, possuir o título passa a ser vantajoso para o investidor;
 Se o preço atual de mercado for igual ao seu valor nominal
(ao Par), o current yield é igual à taxa do cupom. A decisão de possuir ou não
o título é indiferente;
 Se um título for negociado com um prêmio em relação ao seu
valor nominal (Ágio), seu current yield estará abaixo da taxa do cupom. Dessa
forma, possuir o título passa a ser desvantajoso para o investidor.

Fórmula:

CY = Pagamento Annual de
Juros Preço Atual do
Títulos

3.15.3. Coupon Rate

Uma Coupon Rate é o rendimento pago por um título de renda fixa ; a


taxa de cupom de um título de renda fixa é simplesmente apenas o pagamento
anual do cupom pago pelo emissor em relação ao valor nominal ou nominal do
título.
A taxa do cupom, ou pagamento do cupom, é o rendimento que o título
pagou na data de sua emissão. Esse rendimento muda à medida que o valor
do título muda , dando assim o rendimento do título até o vencimento .
3.15.4. Duration de Macaulay

A duration de Macaulay é o prazo médio ponderado do título de renda


fixa e mede sensibilidade do preço de um título prefixado a mudanças nas
taxas de juros.

O prazo médio calculado pela duration de Macaulay permite supor um


título sintético que possua apenas um cash flow no futuro com prazo de
vencimento igual à própria duration.

COMO CALCULAR O DURATION DE UM TÍTULO

Onde:
D: duration;
t: prazo de cada fluxo de caixa do título;
C: fluxos de caixa do título;
r: taxa pré-fixada;

Como Duration é calculada na HP12C:

Você terá que utilizar as teclas que estão selecionadas nos retângulos
em vermelho, abaixo da calcadora será abordado a ordem que deve ser
utilizado para que a HP retorne a Duration:
Etapas para cálculo da Duration na HP12C:

1°- Faça o Cálculo do Valor Presente de Cada (Fluxo) ou Período;


2° - Selecione o Prazo e após digite “ENTER”;
3° - Digitar cada valor Presente do fluxo (período), selecionar “ENTER”;
4° - Após selecionado os anteriores clicar em “ +”;
5° - Selecione “g” e “X W”, para descobrir a Duration do investimento;

3.15.5. Duration Modificada

A Duration Modificada projeta o quanto um título, ou uma carteira,


estão sensíveis as mudanças nas taxas de juros de mercado. O quanto
o preço dos ativos de renda fixa irão mudar em função da elevação ou
redução dos juros no mercado.

Duration Modificada = Duration de Macaulay

(1+ k)

Onde:
 Durantion Macaulay: é fórmula utilizada para calcular
a duration dos títulos de renda fixa, que já abordamos aqui.
 K: fator da taxa que estamos usando como referência.

Com essa fórmula projetamos o quanto a carteira, ou o título, sofrerá


de alteração em caso de mudança de taxa de juros. Uma vez que seja
conhecida a MD, por meio da fórmula acima, podemos prever a mudança de
preços do título através da seguinte fórmula:

Variação de preço do título é: ΔP0 = P0 x ΔK x MD, onde:

 ΔP0: Variação no preço do ativo;


 P0: preço do ativo;
 ΔK: variação na taxa de juros;
 MD: duration modificada.

Em geral, quanto maior a duration, mais cairá o preço do título, se a


taxa de juros aumentar.
 Títulos do tipo zero cupom: Duration é igual ao vencimento do
título.
 Títulos com cupom: Duration é inferior ao vencimento.
3.16. Fundo Garantidor de Crédito (FGC)

É uma entidade privada, sem fins lucrativos, que administra o


mecanismo de proteção aos depositantes e investidores no âmbito do Sistema
Financeiro Nacional, até os limites estabelecidos pela regulamentação, contra
instituições financeiras a ele associadas, em caso de intervenção e liquidação
extrajudicial e reconhecimento, pelo Banco Central do Brasil, do estado de
insolvência de instituição associada.

O FGC não exerce qualquer função pública, inclusive por delegação.

Finalidades do FGC:
 Proteger depositantes e investidores no âmbito do sistema
financeiro, até os limites estabelecidos pela regulamentação;
 Contribuir para a manutenção da estabilidade do Sistema
Financeiro Nacional (SFN);
 Contribuir para prevenção de crise bancária sistêmica;

Para garantir uma cobertura em caso de liquidação, o FGC exige de


seus associados uma contribuição mensal ordinária que atualmente é de
0,0125% (cento e vinte e cinco décimos de milésimos por cento) do montante
dos saldos das contas referentes aos instrumentos cobertos pelo fundo.
São objeto da garantia ordinária proporcionada pelo FGC os créditos
representados pelos seguintes instrumentos financeiros:
I. Depósitos à vista (conta corrente) ou sacáveis mediante aviso
prévio, depósitos de poupança e depósitos a prazo, com (CDB) ou sem (RDB)
emissão de certificado;
II. Depósitos mantidos em contas não movimentáveis por
cheques, destinadas ao registro e controle do fluxo de recursos referentes à
prestação de serviços de pagamento de salários, vencimentos,
aposentadorias, pensões e similares;
III. Letras: de câmbio (LC), imobiliária (LI), hipotecária (LH), de
crédito imobiliário (LCI) e de crédito do agronegócio (LCA);
IV. Operações compromissadas que têm como objeto títulos
emitidos, após 8 de março de 2012, por empresa ligada;
O limite atual de cobertura do FGC depende do tipo de garantia,
dividindo- se em dois tipos de garantias, ordinária e especial.
 Garantia Ordinária: O total de créditos de cada pessoa (seja
física ou jurídica) contra a mesma instituição associada, ou contra todas as
instituições associadas do mesmo conglomerado financeiro, será garantido até
o valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais).
 Garantia Especial: O total de créditos de cada pessoa contra a
mesma instituição associada ao FGC, ou contra todas as instituições
associadas do mesmo conglomerado financeiro, relativo aos DPGE, será
garantido até o valor máximo de R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais).
OBS: Nas contas conjuntas, a garantia ordinária está limitada ao mesmo
valor de 250 mil reais, ou ao saldo da conta, quando inferior a esse limite,
dividido pelo número de titulares, sendo o crédito do valor garantido feito de
forma individual.
3.17. Renda Variável

3.17.1. Ações Tipos, Classes e Espécies

Ação é a menor fração do capital social da empresa (você compra um


pedaço da empresa e se torna sócio). Todo o titular (dono) de uma ação é
Sócio da empresa na qual investiu e por este motivo investimentos em ações
não possuem risco de crédito, pelo fato na qual quando você investe em ações
você se torna sócio da empresa não havendo necessidade da empresa
retornar o seu dinheiro investido.

Figura: Exemplo de participação dos sócios no % de ações da empresa

Ação ordinária: É um tipo de ação que garante poder de voto dentro da


empresa. Este tipo de acionista pode votar durante as assembleias (reunião)
sendo assim é uma modalidade de ação na qual o acionista possui poder de
decisão dentro da empresa.

Ação preferencial: É um tipo de ação que garante a preferência no


recebimento dos dividendos, porém não possui e nem garante direito a voto
nas assembleias e reuniões e recebem 10% a mais em dividendos em relação
a ação ordinária.

Obs.: Caso a companhia fique três (3) anos sem pagar dividendos, as
ações preferenciais passam a ter direito de voto.
3.17.2. Certificados ou Recibos de depósitos de Valores
Mobiliários (ADR–BDR)

ADR (American Depositary Receipts)

São títulos negociados no mercado americano que têm como lastro


ações de uma empresa que está instalada fora deste país.

Ex.: Há ações brasileiras que são negociadas no mercado americano,


como ADR da Petrobras, Vale, Itaú.

Abaixo será abordado os principais níveis de Negociação de uma ADR:

BDR (Brazilian Depositary Receipts): São títulos negociados no


mercado brasileiro que têm como lastro ações de uma empresa que está
instalada fora deste país.

Ex.: Há ações americanas negociadas no mercado brasileiro, Facebook,


Burger King, Google. A maioria das BDRs são negociadas somente por
investidores qualificados.
Abaixo será abordado os principais níveis de Negociação de uma BDR:

Tipos de BDR:

BDRs patrocinadas: Este tipo de BDR ocorre quando uma empresa no


exterior quer iniciar a negociação de suas ações no mercado de capitais
brasileiro. Sendo assim, ela contrata um ou mais bancos para ser sua
Instituição Depositária, que é quem irá ser o responsável pelo lançamento
destas ações na bolsa brasileira.

BDRs não patrocinadas: Neste tipo de BDR, não é a empresa


estrangeira que procura os bancos no Brasil para a emissão de ações por aqui.
Nesse caso, o banco que é a Instituição Depositária é quem possui ações da
empresa estrangeira e emite os BDRs, sem que a empresa tenha qualquer
responsabilidade pelas ações.
3.17.3. Direito dos acionistas

Acionista Controlador

De acordo com a Lei 6.404/76 Pessoa física ou jurídica, ou grupo de


pessoas vinculadas por acordo de acionistas, que possui a maioria dos votos
(Ações Ordinárias, possuindo mais de 50% de participação na empresa)
nas deliberações da assembleia geral e o poder de eleger a maioria dos
administradores da companhia, e usa efetivamente seu poder para dirigir as
atividades sociais e orientar o funcionamento da companhia.

Acionista Minoritário

Acionista que não detêm uma quantidade significativa de ações


ordinárias, com direito a voto, que lhe permita manter o controle acionário de
uma empresa. Abaixo segue alguns direitos que os acionistas minoritários
possuem:
I. Participar nos lucros sociais, recebendo dividendos, juros sobre o
capital e bonificações;
II. Comparecer às assembleias e, conforme a espécie da ação, votar;
III. Ter acesso às demonstrações financeiras da companhia, às
informações eventuais (ex.: fatos relevantes) e periódicas (como o Formulário
de Referência) e aos seus atos societários;
IV. Fiscalizar, na forma da Lei das Sociedades por Ações, a gestão
dos negócios sociais;
V. Receber extratos de sua posição acionária;
VI. Exercer eventuais direitos de subscrição;
VII. Participar do acervo da companhia, em caso de liquidação;
VIII. Dispor dos meios e procedimentos legais para fazer assegurar os
seus direitos, que não podem ser afastados pelo estatuto;
Tag along

É um mecanismo de proteção a acionistas minoritários de


uma companhia que garante a eles o direito de deixarem uma sociedade, caso
o controle da companhia seja adquirido por um investidor que até então não
fazia
parte da mesma.

O tag along garante que o comprador das ações dos controladores, faça
uma oferta pública aos acionistas minoritários, por 100% do valor pago pelas
ações dos controladores para o nível de governança corporativa tipo novo
mercado, 100% das ações ON e PN para o tipo nível 2 e 80% do valor para as
ações ON conforme a legislação para o tipo Nível 1. Cabe aos minoritários
aceitarem ou não a proposta.
O tag along é previsto na legislação brasileira (Lei das S.A., n° 6.404/76
Artigo 254-A) e assegura que a alienação, direta ou indireta, do controle
acionário de uma companhia somente poderá ocorrer sob a condição de que o
acionista adquirente se obrigue a fazer oferta pública de aquisição das demais
ações ordinárias, de modo a assegurar a seus detentores o preço mínimo de
80% do valor pago pelas ações integrantes do bloco de controle.

Bônus Subscrição

A Subscrição é um aumento de capital deliberado por uma Empresa, com


o lançamento de novas ações, para obtenção de recursos. Os acionistas da
empresa têm preferência na compra dessas novas ações emitidas pela
companhia, na proporção que lhe couber, pelo preço e no prazo
preestabelecido
pela empresa.

OBS.: Porém, se por assembleia for determinada que não há o


benefício da subscrição, caso ocorra aumento de capital (aumento da
quantidade de ações) por parte da empresa, os acionistas atuais não terão
o benefício de prioridade na compra destas ações.
Bonificação

Uma bonificação é um pagamento feito por uma empresa aos seus


acionistas, em espécie ou em ações. Normalmente, o valor da bonificação é
deliberado na assembleia geral e corresponde à uma parte dos lucros da
empresa que ficaram retidos na conta de reservas da empresa.

Ex.: Empresa possui um lucro em suas reservas e não deseja expandir


seus negócios, decide via assembleia dos acionistas que estes lucros serão
distribuídos aos seus acionistas, sendo assim o acionista recebe esta
bonificação por lucros que foram recebidos em períodos passados.

3.17.4. Estratégia de Precificação em Ações

ois conceitos são que “Havendo Grupamento (INPLIT) ou Desdobramento (SPLIT), não há alteração no capital social da em

PREÇO AÇÃO QUANTIDADE AÇÃO


Grupamento (inplit)

Reduzir a quantidade de ações aumentando o valor de cada ação.


(Objetivo: reduzir a liquidez).

Ex.: Uma empresa possui um Capital social de R$ 1.000,00 e possui 10


ações, na qual são cotadas a R$ 100,00.
Quando a empresa decide fazer o Grupamento 1:2 sua ação agora irá
valer R$ 200,00 e a empresa possuirá “5” ações no seu capital social.

PREÇO AÇÃO QUANTIDADE AÇÃO

Desdobramento (split)

Aumenta a quantidade de ações reduzindo o valor da ação. (Objetivo:


dar maior liquidez).

Ex.: Uma empresa possui um Capital social de R$ 1.000,00 e possui 10


ações, na qual são cotadas a R$ 100,00.

Quando a empresa decide fazer o desdobramento 2:1 sua ação agora irá
valer R$50,00 e a empresa possuirá 20 ações no seu capital social.

PREÇO QUANTIDAD
AÇÃO E AÇÃO
3.17.5. Ganho de Capital na Valorização das Ações

Dividendos

São parcelas de lucros de uma empresa que são distribuídos aos seus
acionistas como remuneração. Pela lei a empresa deve distribuir no mínimo
25% do seu lucro líquido, caso não seja estipulado em Assembleia o “%”
mínimo de
distribuição dos dividendos.
OBS.: Nos dividendos quem é tributado no imposto de renda é a empresa. OBS.: O valor pago em divide

Juros sobre capital próprio

É o sinônimo dos dividendos, porém o que muda é a forma de


tributação. É Uma das formas de uma empresa distribuir o lucro entre os seus
acionistas, titulares ou sócios (a outra é sob a forma de dividendos). Nesta
modalidade o pagamento da distribuição do lucro é dedutível do lucro tributável
da empresa.
OBS.: Nos Juros sobre Capital próprio quem é tributado no imposto de
renda é o investidor.
OBS.: O valor pago em juros sobre capital próprio é descontado do valor
da ação.

3.17.6. Mercado Primário e Secundário

Oferta pública de distribuição, primária ou secundária, é o processo de


colocação, junto ao público, de certo número de títulos e valores mobiliários
para venda.

As ofertas podem ser primárias ou secundárias. Quando a empresa


vende novos títulos e os recursos dessa venda vão para o caixa da empresa,
as ofertas são chamadas de “Oferta Primária”. Por outro lado, quando não
envolvem a emissão de novos títulos, caracterizando apenas a venda de ações
já existentes
- em geral dos sócios que querem desinvestir ou reduzir a sua participação no
negócio - e os recursos vão para os vendedores e não para o caixa da
empresa, a oferta é conhecida como “Oferta Secundária (block trade)”.

Oferta Primária e Oferta Secundária

3.17.7. Assembleia Geral e Assembleia Extraordinária

Assembleia Geral

Nos termos do art. 124 da lei 6.404/76 a Assembleia Geral deve ocorrer
anualmente, nos 4 (quatro) primeiros meses seguintes ao término do exercício
social, deverá haver 1 (uma) assembleia geral para:

I. Tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e votar


as demonstrações financeiras;
II. Deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício e a
distribuição de dividendos;
III. Eleger os administradores e os membros do conselho fiscal,
quando for o caso;
IV. Aprovar a correção da expressão monetária do capital social;
V. autorizar a emissão de debêntures;
A companhia aberta deverá enviar à CVM edital de convocação da
assembleia geral ordinária, em até 15 (quinze) dias antes da data marcada
para a sua realização ou no mesmo dia de sua primeira publicação, o que
ocorrer primeiro.

Deverá enviar também todos os documentos necessários ao exercício


do direito de voto nas assembleias gerais ordinárias. Além disso,
disponibilizará o sumário das decisões tomadas na assembleia, no mesmo dia
da sua realização, e ata da assembleia geral ordinária, em até 7 (sete) dias
úteis de sua realização.

Assembleia Extraordinária

A assembleia geral extraordinária de acordo com a lei 6.404/76 que tiver


por objeto a reforma do estatuto somente se instalará em primeira convocação
com a presença de acionistas que representem 2/3 (dois terços), no mínimo, do
capital com direito a voto, mas poderá instalar-se em segunda com qualquer
número.
OBS.: Assembleia geral ordinária e a Assembleia geral extraordinária
poderão ser, cumulativamente, convocadas e realizadas no mesmo local, data
e hora, instrumentadas em ata única.

3.17.8. Abertura de Capital (Initial Public Offering – IPO) e


Oferta Pública de Ações

3.17.8.1. Principais Instituições e suas características

Banco Coordenador
É a instituição financeira contratada pelas empresas para fazer a
intermediação, nas ofertas públicas de ações, debêntures, notas promissórias
comerciais e demais valores mobiliários. Podem ser: Corretoras ou
Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários e Banco de Investimento.
Nota: pode ter mais de um Banco coordenador, porém um será
denominado coordenador líder.
Agências de Rating

A fim de diminuir este risco e deixar o mercado mais transparente foram


criadas empresas que classificam a capacidade de pagamento das empresas e
governos emissores de títulos e valores mobiliários. Esta classificação é
conhecida como “rating”, e este é dado as empresas a fim de avaliar sua
capacidade de honrar seus pagamentos.

Abaixo segue as principais agências de Classificação de Rating e suas


classificações:

OBS.: Quanto pior o Rating maior será o retorno exigido e maior será o
risco de crédito.

Quanto Melhor o Rating menor será o retorno exigido e menor


será o risco de crédito.

Banco Mandatário

Tem a função de processar as liquidações físicas e financeiras entre sua


tesouraria e a instituição custodiante. Além disso, o banco mandatário verifica a
existência, autenticidade, validade e regularidade da emissão de valores
imobiliários, a quantidade emitida, série e emissão dos mesmos.
Banco Escriturador

O Banco Escriturador, além do registro, é de manter o cadastro dos


investidores atualizado, liquidar os pagamentos a que os acionistas têm direito
e realizar o atendimento aos investidores.
Banco Liquidante

Os Participantes podem indicar mais de um Banco Liquidante para


efetuar a sua liquidação financeira, através da Ficha de Cadastro, devendo ser
previamente indicado qual vai atuar como seu Banco Liquidante principal, para
o qual são automaticamente direcionadas as liquidações financeiras dos
resgates e eventos dos ativos em posição do Participante.
A inclusão de um novo Banco Liquidante se dá através de prévia
aceitação das partes. A renúncia pode ser unilateral, sendo a outra parte
comunicada do fato pela Cetip. Novas inclusões podem ocorrer a qualquer
momento do dia, porém a substituição ou retirada apenas pode ser comandada
após o fechamento do sistema. As inclusões e retiradas devem ser solicitadas
através de carta.

3.17.9. Função do Formador de Mercado (Market Maker)

Formador de Mercado ou Market Maker é agente de liquidez, facilitador

de liquidez, promotor de negócios, especialista, market maker e liquidity


provider são algumas designações atribuídas àqueles que se propõem a
garantir liquidez mínima e referência de preço para ativos previamente
credenciados, fatores de destaque na análise da eficiência no mercado de
capitais.
O papel de Formador de Mercado pode ser desempenhado por
corretoras, distribuidoras de valores, bancos de investimento ou bancos
múltiplos com carteira de investimentos, que, ao se credenciarem para exercer
essa função, assumem a obrigação de colocar no mercado, diariamente,
ofertas firmes de compra e de venda para uma quantidade de ativos
predeterminada e conhecida por todos.
3.17.10. Tipos de Subscrição

Underwriting Garantia Firme (STRAIGHT)

 Subscrição em que a instituição financeira subscreve (garante)


integralmente a emissão para revendê-la posteriormente ao público;
 Selecionando esta opção a empresa assegura a entrada de
recursos;
 O risco de mercado é do intermediário financeiro;

Underwriting de Melhores Esforços (Best Efforts)

 Subscrição em que a instituição financeira se compromete a

realizar os melhores esforços para a colocação junto ao mercado das sobras do


lançamento;
 Não há comprometimento por parte do intermediário para a
colocação efetiva de todas as ações;
 A empresa assume os riscos da aceitação ou não das ações
lançadas por parte do mercado;

Underwriting de Residual (Stand By)

Subscrição em que a instituição financeira não se compromete a


realizar integralização total das ações emitidas;
A empresa não assume os riscos da aceitação ou não das ações
lançadas por parte do mercado;
 Devolução das ações que não foram negociadas no mercado para
a empresa;
3.17.11. Formação de Preço na Emissão de Ações

Bookbuilding

Mecanismo de consulta prévia perante a demanda do mercado (clientes)


para definição do preço de subscrição (preço de Emissão de Valores
Mobiliários). Baseia-se na quantidade que investidores têm disposição para
adquirir, em diferentes faixas de remuneração. Processo de formação de
preços, normalmente através de um leilão de oferta, que auxilia na definição da
remuneração e outras características de títulos e valores mobiliários, de forma
a refletir as condições de mercado por ocasião de sua efetiva colocação à
venda.

Preço Fixo

É um preço já acordado no início da precificação, na qual não há espaço


e mudança no preço de negociação. Neste modelo o investidor já sabe por
quanto irá comprar determinado ativo.

3.17.12. Negociação no Mercado de Ações


3.17.13. Tipos de Ordem

Ordem Limitada: Ordem na qual você determina o preço de compra e


venda de um título e valor mobiliário (ação) e espera a ocorrência do mesmo no
mercado financeiro.
Ex.: O preço hoje da ação da Vale do Rio Doce está em R$ 15,00, porém
você somente deseja comprá-la caso o preço da Vale ultrapasse o valor de R$
16,00, sendo assim você envia uma ordem para sua corretora informando seu
desejo, e somente quando o preço chegar aos R$ 16,00 você irá comprar a ação
da Vale do Rio Doce.

Ordem a mercado: Ordem de compra e venda na qual é executada a


preço do mercado vigente e atual (preço ofertado no pregão ao vivo).
Ex.: Atualmente o preço da ação do Banco do Brasil está negociado em R$
20,00, e você deseja comprar a ação do Banco do Brasil pois acredita na
valorização desta ação, sendo assim o investidor informa sua corretora que deseja
comprar a ação do Banco do Brasil ao preço que está sendo negociado no
mercado.
3.17.14. Índice de Bolsa de Valores
3.18. Governança Corporativa

Governança corporativa é o conjunto de práticas que tem por finalidade


alinhar os objetivos da administração da companhia aos interesses dos
acionistas.
Para tanto, estabelece um sistema pelo qual as sociedades são dirigidas
e monitoradas, envolvendo os relacionamentos entre investidores
(acionistas/cotistas), Conselho de Administração, Diretoria, Auditoria
Independente e Conselho Fiscal. A análise das práticas de governança
corporativa aplicada ao mercado de capitais envolve, principalmente:

 Transparência;
 Equidade de tratamento dos acionistas;
 Prestação de contas e responsabilidade corporativa;
 Boas práticas de governança corporativa logram aumentar o valor
de uma companhia, facilitar seu acesso ao capital e contribuir para sua
perenidade;

Governança corporativa é o conjunto de mecanismos de incentivo e


controle que visam assegurar que as decisões sejam tomadas em linha com os
objetivos de longo prazo das organizações. Entre os mecanismos de
governança, destacam-se a existência de:

I. Conselho de administração ativo e que atue com independência;


II. Maioria obrigatória de conselheiros independentes, todos com
excelente reputação no mercado, experiência e firme compromisso de
dedicação ao Conselho;
III. Comitê de Auditoria composto exclusivamente por membros
independentes;
Novo mercado, Nivel 2 e Nivel 1
3.19. Avaliação de Investimentos em

Ações Valor Nominal

Valor Nominal é o valor para cada ação no momento de sua emissão,


através de uma IPO ou através de uma emissão secundária.

Valor Patrimonial

Valor Patrimonial é o valor patrimonial de uma ação (ou lote de 1000


ações) no momento da apuração do Balanço Patrimonial. Seu valor é calculado
dividindo-se o patrimônio líquido pela quantidade total de ações (ou lote de
1.000 ações) da empresa.

Valor de Mercado

Valor de Mercado é o valor pelo qual uma companhia efetivamente é


(ou seria) negociada na Bolsa de valores. Resumidamente, é o valor que o
mercado estaria disposto a pagar por ela.

Valor de Liquidação

Valor de liquidação é o valor determinado quando do encerramento das


atividades de uma companhia, indicando quanto compete de resultado na
liquidação para cada ação emitida.

Lucro por Ação (LPA)

O índice LPA representa a parcela do lucro líquido pertencente a cada


ação. Busca avaliar o quanto cada ação representa no resultado do lucro
líquido. Quanto maior o Índice Lucro por ação, melhor será esta ação.

LPA = Lucro Líquido / Número de Ações Emitidas


Índice Preço/Lucro – PL

O índice Preço/Lucro de uma ação (também conhecido por múltiplo de


lucros ou P/LPA) é um índice usado para medir quão baratos ou caros os
preços das ações estão. É provavelmente o mais consistente indicador de
ressalva quanto ao otimismo excessivo no mercado. Serve também como um
marcador de problemas e de oportunidades de negócio. Relacionando o preço
e os lucros por ação de uma companhia, pode-se analisar a avaliação de
mercado das ações de companhias relativa à riqueza que a companhia está
criando realmente. O índice P/L é calculado da seguinte forma:

Índice P/L = Preço por Ação


Lucro por Ação

É uma indicação do número de anos que se levaria para reaver o capital


aplicado (investido) na compra de uma ação, por meio da distribuição de
dividendos.

Custo Médio Ponderado de Capital

É uma taxa que mede a remuneração requerida sobre o capital investido


em uma determinada empresa ou entidade com fins lucrativos. Essa taxa
mede também o custo de oportunidade dos investidores ou credores do
negócio.
É obtido pelo custo de cada fonte de capital, ponderado por sua
respectiva participação na estrutura de financiamento da empresa.

Fórmula:
WACC = custo médio ponderado de capital
CP = capital próprio avaliado a preços de mercado
CT = capital de terceiros avaliado a preços de mercado
iCP = custo do capital próprio (remuneração do acionista)
iCT = custo do capital de terceiros (remuneração dos credores)
T = alíquota de imposto de renda

EBITDA

Ebitda é a sigla em inglês para earnings before interest, taxes,


depreciation and amortization, que traduzido literalmente para o português
significa: "Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização”. Seu
objetivo é avaliar a produtividade e eficiência da empresa. Sendo quanto maior
o EBITDA maior será a geração de produtividade.

Análise Grafista

A Análise Técnica, ou gráfica estabelece projeções para os preços


das ações baseadas na observação do comportamento passado através
da visualização gráfica: sua demanda e oferta e a evolução passada dos
volumes negociados e os preços das ações.
Em resumo, a análise técnica estuda as movimentações nos preços
passados e, a partir daí, explica a sua evolução futura.
Análise Fundamentalista

Afirma que há um valor para cada ação baseado no desempenho


econômico-financeiro da empresa, comparando empresas do mesmo setor,
setores diferentes e análises conjunturais, considerando variáveis internas e
externas à empresa e suas influências sobre o valor da ação.
Portanto, a análise Fundamentalista utiliza-se de informações quanto à
empresa, ao setor a que ela pertence, ao mercado de ações e à conjuntura
econômica.

3.20. Despesas incorridas na negociação com ações

Corretagem: Valor pago as corretoras pela intermediação de compra e


venda de ações, títulos e valores mobiliários. O valor cobrado pelas corretoras
sobre a compra e venda de ações.

Custodia: Tarifa cobrada mensalmente como manutenção de


investimento, para garantir a guarda e titularidade de suas ações, paga a
Clearing House.
Emolumentos: Os emolumentos são cobrados pelas Bolsas de Valores
por pregão na qual tenha ocorrido negociação por ordem do investidor. A taxa
de custódia cobrada é de 0,035% do valor financeiro da operação.

3.21. Tributação:

A tributação no mercado de ações é de responsabilidade do


investidor, sendo assim ele deve recolher o imposto sobre os ganhos de
capital sempre no último dia útil do mês seguinte em relação ao mês na
qual obteve ganhos
financeiros.

e obteve ganhos financeiros no mês de agosto, o imposto de renda sobre estes ganhos somente deverá ser pago no último

Tributação em ações:

Isenção de pagamento de Imposto de renda: Somente ocorre isenção


do pagamento sobre o imposto de renda em vendas realizadas no mês que
não ultrapasse o valor de R$ 20.000,00.

Ex.: Investidor comprou ações da Petrobras em Maio no pagamento no


total R$ 15.000,00, o mesmo vendeu estas ações no valor total de R$
19.800,00 e vendeu no mês de junho. Sendo assim, como as vendas foram
abaixo de R$ 20.000,00 não há incidência de imposto de renda.
Compensação de perdas: É a possibilidade de ficar isento do
pagamento de imposto de renda por ter tido prejuízo em determinado mês,
porém só é possível ficar isento caso tenha auferido perda de capital em
operações com ações no mês atual e em meses anteriores.

Ex.: Investidor teve prejuízo de R$ 10.000,00 no mês anterior, porém


neste mês ele ganhou R$ 10.000,00, este investidor está isento do pagamento
do imposto de renda.

3.22. Investimentos em Ações no Exterior

3.22.1. ADR (American Depositary Receipts)

3.22.2. Global Depositary Receipts

Os GDR’s funcionam de maneira semelhante aos ADR’s, porém são


negociados em outros países que não são os EUA (Estados Unidos). Nos
GDR’s o banco depositário e deste país e as cotações são expressas na
moeda correte deste país.
3.22.3. Índice de Bolsa de Valores no Exterior

3.22.4. Clube de Investimento

Clube de Investimento é uma comunhão de recursos de pessoas físicas


– de no mínimo 3 e no máximo 50 participantes, nenhum cotista pode ter mais
de 40% de participação nas cotas do clube.
O clube deve ser administrado por sociedade corretora, sociedade
distribuidora, banco de investimento ou banco múltiplo com carteira de
investimento, que é responsável pelo conjunto de atividades e de serviços
relacionados direta e indiretamente ao seu funcionamento e manutenção.
Deve- se aplicar no mínimo 67% do patrimônio líquido do fundo em ações. A
tributação é a mesma de ação 15% e paga no resgaste pelo clube de
investimento.
Vantagens:
 A maior influência dos membros na gestão da carteira;
 Maior flexibilidade em ajustar a carteira ao perfil do grupo de
investidores;
 Taxa de administração mais baixa;
 Estrutura de gestão mais enxuta que a de um fundo;
 Custos menores: em um clube não existem encargos com
auditorias, fiscalização da CVM, as correspondências aos cotistas são em
menor número e menos detalhadas;
3.23. Derivativos

Ativos financeiros cujos valores e características de negociação estão


amarrados aos ativos que lhes servem de referência. A palavra “derivativo” vem
do fato que o preço do ativo é derivado de um outro, e a oscilação deste ativo
impacta diretamente o preço do seu derivativo.
Ex.: Opção de compra da Petrobrás, o preço desta opção é derivado do
ativo "ação da Petrobras".

Há derivativos nas seguintes classes:

 Derivativos agropecuários: Ex.: Soja, açúcar e etc.;


 Derivativos financeiros: têm seu valor de mercado referenciado
em alguma taxa ou índice financeiro, como taxa de juro, taxa de
inflação, taxa de câmbio, índice de ações, ações e etc.;
 Derivativos de energia e climático: Ex.: Energia, Crédito de
carbono, e etc.

Tipos de derivativos:

 Mercado Futuro;
 Mercado de Opções;
 Mercado a Termo;
 Mercado de Swaps;

Participantes e integrantes do Mercado

 Hedge: nesse mercado buscando proteção contra oscilações de


preços dos ativos;

Ex.: Possui a ação da Petrobras e deseja comprar opções para proteger


contra as oscilações no preço.
 Especulador: assumem o risco da operação com o objetivo de
auferir ganhos com a oscilação dos preços;

Ex.: Entra e sai rapidamente no mercado fazendo “apostas”.

 Arbitrador: obtém vantagens financeiras em função de distorções


nos preços do ativo nos mercados diferentes;

Ex.: Monitora todos os mercados em busca de distorções a fim de lucrar


sem correr riscos.

3.23.1. Mercado a Termo

É um tipo de derivativo em que um compromisso é firmado, entre


vendedor e comprador, de compra e/ou venda de contratos padronizados para
liquidação física e financeira em uma data futura, ficando as partes,
compradora e vendedora, vinculadas entre si até que o contrato seja liquidado.

Há o desembolso por parte do comprador da garantia exigida.

Prazo de um contrato a termo deve ser de 16 a 999 dias

Principais Características:
• O vendedor: compromisso de entregar o bem negociado;
• O comprador: pagamento do preço previamente ajustado;
• Não há ajuste diário (débito ou crédito na conta realizado através da
atualização do preço de fechamento de mercado);
Direitos e Proventos:

Os direitos e proventos distribuídos (dividendos, juros sobre capital


próprio) às ações-objeto do contrato a termo pertencem ao comprador e serão
recebidos, juntamente com as ações objeto, na data de liquidação ou segundo
normas específicas da CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia).
No caso de bonificações em ações, grupamentos ou desdobramentos, a
quantidade de ações contratadas será ajustada proporcionalmente, mantendo-
se inalterado o compromisso financeiro original.
A liquidação de uma operação a termo, no vencimento do contrato ou
antecipadamente, se assim o comprador o desejar, implica a entrega dos
títulos pelo vendedor e o pagamento do preço estipulado no contrato pelo
comprador.

3.23.2. Mercado Futuro

Uma operação no mercado futuro é um compromisso de compra ou


venda de um determinado ativo, em uma determinada data futura e a um preço
pré- definido.
Quando um investidor compra um contrato futuro, é dito que ele está
com uma “posição comprada à futuro”. Ou seja, ele está se comprometendo a
comprar na data de vencimento, o objeto do contrato, ao preço pré-acordado
com a outra parte.
De modo inverso, quando o investidor vende um contrato futuro, é dito
que ele está com uma “posição vendida a futuro” e se compromete a vender no
futuro, na data de vencimento, o objeto do contrato ao preço pré-acordado.

Algumas características do mercado futuro:

• Negociados mercadorias e ativos financeiros;


• A liquidação dos contratos pode ser física ou financeira. Predomina a
liquidação financeira;
• Os contratos são PADRONIZADOS (quantidade, peso, vencimento,
local de entrega). Por isso, são menos flexíveis que os contratos no
mercado a termo;
• Ajustes diários: agregam maior garantia às operações;
• Exige uma “Margem de Garantia”;
• Negociação em Bolsa de Valores;
• Possibilidade de liquidação antes do prazo de vencimento;

OBS.: A principal diferença entre o mercado a termo e o mercado futuro é


que no mercado futuro o ajuste do contrato é realizado diariamente,
enquanto o contrato a termo a liquidação financeira somente ocorre no
final do contrato ou quando finalizado antecipadamente.

3.23.3. SWAP

É uma operação em que há troca de posições quanto ao risco e


à rentabilidade, entre investidores.
O contrato de troca pode ter como objeto moedas, commodities ou ativos
financeiros.

Swap é um contrato derivativo. Pode ser usado para proteção


(hedge ou seguro), ou como investimento especulativo.

Nesse tipo de contrato, os investidores se comprometem a pagar a


oscilação de uma taxa ou do valor de um ativo (no caso do contrato cambial,
considera-se a variação na cotação do dólar americano, por exemplo). Quando
um investidor realiza o chamado swap cambial reverso, por exemplo, isto é,
troca
CDI, em reais, por variação cambial em dólares, ele também ganha, além da
variação, uma taxa adicional, chamada de cupom cambial

Os swaps mais comuns no mercado brasileiro são:

 Swap de taxa de juros: Troca da taxa de juros prefixados por


juros pós-fixados (conforme a variação dos CDIs, por exemplo, que é um ativo
financeiro corrigido pela taxa diária de juros) ou o inverso, para quem quer
evitar o risco de uma futura alta nos juros.

 Swap cambial: Troca de taxa de variação cambial (variação do


preço do dólar americano) por taxa de juros pós-fixados.
Também conhecida como hedge (cobertura de risco) cambial,
a swap cambial é uma operação de câmbio em que há simultaneamente a
compra e a venda de moedas. Os valores iniciais, ou seja, o tamanho do
contrato, os indicadores e a data de vencimento são livremente pactuados
entre as partes.

3.23.4. Opções

No mercado de opções, negocia-se o direito de comprar ou de vender


um bem por um preço fixo numa data futura.
Quem adquirir o direito deve pagar um prêmio ao vendedor. Este prêmio
não é o preço do bem, mas apenas um valor pago para ter a opção
(possibilidade) de comprar ou vender o referido bem em uma data futura por
um preço previamente acordado.
O objeto de negociação pode ser um ativo financeiro ou uma
mercadoria, negociados em pregão, com ampla transparência.
O comprador da opção, também chamado titular, sempre terá o
direito do exercício, mas não obrigação de exercê-lo.
O vendedor da opção, também chamado lançador, terá a obrigação
de atender ao exercício caso o titular opte por exercer seu direito.
Agentes do mercado de opções:

• Lançador (vendedor): Aquele que vende uma opção, assumindo a


obrigação de vender o determinado ativo financeiro;
• Titular de opção (comprador): Aquele que tem o direito de exercer ou
negociar uma opção, porém não tem a obrigação de exercer o seu direito;
• Prêmio: Preço pago na negociação da opção;
• Exercício de opções: Operação pela qual o titular de uma operação
exerce seu direito de comprar o lote de ações-objeto, ao preço de exercício.
• Pó (Virar Pó): Gíria utilizada pelos profissionais do mercado financeiro,
significando título e/ou investimento que perdeu totalmente o seu valor no
mercado. Ex.: "meu investimento naquela ação virou pó.

Formas de exercer o direito de opção:

• Americana: Durante a vigência do contrato, a qualquer momento;


• Europeia: Apenas na data de vencimento do contrato de opções;

Tipos de opções: Opção de Compra (CALL) e Opção de Venda (PUT)

A relação do preço do ativo com o preço da opção determina se a opção


é dita como In-The-Money (dentro do dinheiro); At-The-Money (no dinheiro), ou
Out-of-The-Money (fora do dinheiro).

• Opção de Compra (call) In-The-Money (ITM): Preço do ativo


subjacente (Preço atual da Ação) é superior ao preço de exercício da opção;
“Investimento Lucrativo”;
• Opção de Compra (call) Out-of-The-Money (OTM): Preço do
ativo adjacente (Preço atual da Ação) é inferior ao preço de exercício da
opção. “Investimento em Prejuízo”;
• Opção de Venda (put) In-The-Money (ITM): Preço do ativo
adjacente (Preço atual da Ação) é inferior ao preço de exercício da opção;
“Investimento Lucrativo”
• Opção de Venda (put) Out-of-The-Money (OTM): Preço do ativo
adjacente (Preço atual da Ação) é superior ao preço de exercício da opção.
“Investimento em Prejuízo”;
• Opção de Compra (call) ou Opção de Venda (put) At-The-
Money (ATM): Preço do ativo subjacente (Preço atual da Ação) é igual ao
preço de exercício da opção; “Investimento no zero a zero, não lucrou e não
perdeu”

Exemplo prático na análise dos tipos de opções


OPÇÕES TITULA LANÇADOR
R

1. Vende a opção
1. Compra a opção
2. Recebe o prêmio
2. Paga o prêmio
3. Possui
OPÇÃO DE COMPRA 3. Possui
OBRIGAÇÃO de VENDER
(CALL) DIREITO de COMPRAR uma determinada
uma quantidade de ações a um
preço pré- determinado.
determinada quantidade
de ações a um preço pré- 4. Expectativa de queda
determinado.
4. Expectativa de alta

1. Compra a opção Vende a opção


2. Paga o prêmio Recebe o
OPÇÃO DE VENDA 3. Possui prêmio
(PUT) DIREITO de VENDER Possui OBRIGAÇÃO de
uma COMPRAR uma
determinada quantidade determinada quantidade de
de ações a um preço pré- ações a um preço pré-
determinado. determinado.
4. Expectativa de Expectativa de alta
queda

GRÁFICOS DE UMA OPÇÃO


Efeito no prêmio das opções:

 Taxa de juros: Mudanças na taxa básica de juros da economia, modificam a


precificação do prêmio da opção, mais conhecido como “Rho” no modelo Black
and Scholes;
 Tempo para o vencimento: Quanto maior o tempo entre a data atual e o
vencimento maior será o prêmio pago pela opção, isto devido à alta incerteza
do exercício ou não da opção, e quanto mais próximo do vencimento menor
será o prêmio pago pela opção, mais conhecido como “Tetha”;
 Volatilidade: É a medida de variação do preço do ativo, quanto maior a
variação do preço do ativo, maior será a volatilidade do prêmio da opção;
 Preço do ativo objeto: É o preço de mercado (atual) do ativo;
 Preço de exercício: Preço definido como opção para liquidação financeira;

3.23.5. Principais estratégicas com opções

3.23.5.1. Operação de Financiamento

Conhecido também como Lançamento Coberto é uma estratégia na


qual se busca ganhar % de lucro com a “Expectativa” gerada pela precificação
de uma opção de compra. O objetivo é lucrar com a diferença entre o preço de
mercado e o valor recebido do prêmio da opção.

Para montar esta estratégia é necessário duas (2) etapas:

 Comprar a Ação no mercado a vista;


 Vender a opção de compra (OTM, ATM, ITM);

Obs: Lembrando que a Quantidade de Ações compradas deve ser a


mesma quantidade de Opções vendidas.
Ex: Compra de 100 ações – Venda de 100 Opções
Nesta estratégia o “Titular da Ação” ou “Lançador da Opção de Compra”,
se compromete a vender o Ativo Objeto da Opção pelo preço de exercício da
opção (Strike) até a data limite da Série Lançada.

Vamos utilizar como exemplo um investidor que tem R$ 10.000,00 e


quer realizar um lançamento coberto:

 Passo 1: Comprar as ações. Em nosso exemplo, vamos comprar


400 ações da Petrobras por R$ 25,00 cada uma. (R$ 25,00 x 400 = R$
10.000,00)
 Passo 2: Vender as opções. Logo depois de comprar as ações,
vamos vender para outro investidor o direito de comprá-las de nós a R$ 20,00
cada uma. Por esse direito vamos cobrar R$ 5,50.

a) PETROBRAS ACIMA DE R$ 20,00:

Se Petrobras custar mais do que R$ 20,00/ação, quem comprou as


opções vai exercê-las. Ele fará isso, porque comprar por R$ 20,00 uma ação
que vale mais do que esse valor é um bom negócio.

Nesse caso, o investidor dono da ação vai receber R$ 20,00 pela ação +
R$ 5,50 pela opção = R$ 25,50 como ele comprou a ação por R$ 25,00 ele
terá ganho R$ 0,50 por ação ou 2%.

Isso significa que se o papel cair 15%, saindo de R$ 25,00 para R$


21,25 o dono da ação ainda ganha dinheiro. Na verdade, a ação de nosso
exemplo pode cair 20% que a operação será vencedora.

b) PETROBRAS ABAIXO DE R$ 20,00:


Se Petrobras cair mais de 20% e for para baixo de R$ 20,00 o investidor
começa a perder dinheiro. Isso acontece porque abaixo de R$ 20,00 não vale a
pena exercer a opção. Dessa forma, o dono da ação ficará com ela e com o
dinheiro que recebeu pela opção.
Mesmo perdendo dinheiro, vale lembrar que esse investidor consegue
amortecer de forma muito eficiente as quedas. Se o papel cair 25% e for para
R$ 18,75, o investidor perderá apenas 3%. Isso ocorre porque ele terá uma
ação de R$ 18,75 + R$ 5,50 que recebeu pela opção, totalizando R$ 24,25.

3.23.5.2. Box 2 Pontas

Uma operação de opção com característica de renda FIXA, pois no início


de sua montagem já é possível saber o “%” de lucro da operação.
Nesta operação com opções envolvem a negociação em duas (2) pontas
flexíveis. Imposto de Renda é pela TABELA REGRESSIVA.

 Compra de um PUT com exercício inferior à venda de uma Call;


 Venda de uma PUT com exercício superior a compra de uma Call

Ex:

 Comprar um direito de Venda (PUT) ao preço de exercício de R$ 14,00 a


um prêmio de R$ 0,35.
 Vender uma Call ao preço de exercício de R$ 13,00 a um prêmio de R$
1,10.
 Lucro da operação R$ 0,75.

3.23.5.3. Box 4 Pontas

Uma operação de opção com característica de renda FIXA, pois no início


de sua montagem já é possível saber o “%” de lucro da operação.
Nesta operação com opções envolvem a negociação em quatro (4)
pontas flexíveis. OBS: Imposto de Renda é pela TABELA REGRESSIVA.
Box 4 pontas, também conhecida como Box Spread, é uma operação
onde só há lucro, envolvendo a compra de quatro opções, sendo duas calls e
duas puts, ou, um Bull Call Spread com um Long Put Spread.
Logo, essa operação consiste em uma compra de uma Call In-The-
Money, com uma venda de uma Call Out-The-Money e a compra de uma Put
In-
The-Money com uma venda de uma Put Out-The-Money, com as mesmas
quantidades e mesmo prazo de vencimento.

 Compra de Call In-The-Money: Comprar uma Call no preço de


exercício abaixo do preço da ação. Comprar uma Call lhe dá o
direito de comprar uma ação até a data de vencimento, pelo preço
estabelecido;
 Venda de Call Out-The-Money: Vender uma Call no preço de
exercício acima do preço da ação. Vender uma Call lhe dá a
obrigação de vender uma ação até a data de vencimento, pelo
preço estabelecido;
 Compra de Put In-The-Money: Comprar uma Put de preço de
exercício superior ao preço da ação. Comprar uma Put lhe dá o
direito de vender uma ação até a data de vencimento, pelo preço
estabelecido;
 Venda de Put Out-The-Money: Vender uma Put no preço de
exercício abaixo do preço da ação. Vender uma Put lhe dá a
obrigação de comprar uma ação até a data de vencimento, pelo
preço estabelecido;

Compra CALL + Venda CALL + Venda PUT + Compra PUT = BOX 4

Exemplo de operação:

Para montar essa operação, o investidor deverá comprar uma Call In-
The- Money PETRJ17 pagando um prêmio de R$ 2,02 por opção, vender de
uma Call Out-The-Money PETRJ18, recebendo um prêmio de R$ 1,60, vender
uma Put Out-The-Money PETRV18, recebendo um prêmio de R$ 0,40 por
opção e comprar uma Put In-The-Money, pagando um prêmio de R$ 0,55 por
opção. Veja o resumo a seguir:
Resumo da operação:

Na data de vencimento, teremos os possíveis resultados, conforme o preço da


ação no vencimento:

3.23.5.4. Straddle

Straddle é uma operação onde o investidor compra duas opções (CALL


e PUT) com o mesmo preço-strike e mesmo vencimento.
O objetivo, nesse caso, é lucrar com a diferença do preço da ação no
vencimento com o preço-strike da opção. Como se trata de uma operação em
duas pontas opostas, tanto faz se o preço estará acima ou abaixo do strike. Em
ambos os casos, o investidor ganhará – mas desde que o preço esteja
suficientemente longe do strike.
Portanto, quanto mais distante a ação fechar do preço-strike, tanto para
cima quanto para baixo, mais o investidor poderá lucrar com o straddle. Por
depender de um movimento brusco na cotação da ação, o straddle é uma
operação indicada para momentos de grande volatilidade.

Logo, no straddle, a única situação onde o investidor perderia dinheiro


seria quando a ação e a opção fechassem em níveis de preço próximos um do
outro
Para exemplificar, suponha a seguinte situação: A ação ABC apresenta
duas opções CALL e PUT em uma determinada data:

CALL ABCA12
 Preço Strike: R$ 12,00;
 Preço de venda: R$ 1,90;

PUT ABCM12
 Preço Strike: R$ 12,00;
 Preço de venda: R$ 0,65;

Sendo assim, um investidor decide fazer um straddle nessa ação,


comprando 1000 unidades de ABCA12 e 1000 unidades de ABCM12.

Dessa forma, ele gastará:

Custo total straddle = 1000×1,90 + 1000×0,65 = R$ 2.550,00.

Logo, os possíveis cenários no vencimento são:

1. A ação fecha o dia abaixo do preço-strike:

Nesse caso, a CALL vira pó e a PUT é exercida em R$ 12,00.


Logo, o investidor ganhou, por cada PUT comprada, a diferença de preço
entre o strke e o fechamento da ação.
Mas como o custo conjunto de CALL e uma PUT foi de R$ 2,55, o
straddle só seria lucrativo se a ação fechasse abaixo de R$ 9,45.

2. A ação fecha o dia no preço-strike:

Nesse caso, tanto a CALL quanto a PUT são exercidas em R$ 12,00.


Logo, o investidor não lucrou nada.
Logo, o prejuízo do straddle será o custo de R$ 2.550 da operação.

3. A ação fecha o dia acima do preço-strike


Nesse caso, a PUT vira pó e a CALL é exercida em R$ 12,00.
Logo, o investidor ganhou, por cada CALL comprada, a diferença de
preço entre o strke e o fechamento da ação.
Mas como o custo conjunto de CALL e uma PUT foi de R$ 2,55, o straddle
só seria lucrativo se a ação fechasse acima de R$ 14,55.

3.23.5.5. Strangle

Strangle é uma estratégia utilizada no mercado de opções a partir da


compra de duas opções, uma opção put e outra opção call, com igual
vencimento, mas com preços de exercício diferentes (OTM).

Strangle é uma montagem de estratégia em que é comprada uma put


com determinado preço de exercício “A” e uma call com preço de exercício
acima de “A”, com o mesmo vencimento.

A lógica é obter ganho independentemente do lado para o qual o ativo


se movimente.
Nesse cenário, não existe limite para o lucro máximo. Por sua vez, a
máxima perda corresponde ao custo inicial de compra das opções.
Exemplo:
O investidor então tem uma ação cotada a R$ 20,00 e tem esta crença
de movimentação. Por isso, compra 1.000 opções put mediante preço de
exercício de R$ 19,00, e 1.000 opções call com preço de exercício de R$
21,00.

Logo, neste exemplo de strangle, temos que:

1. Se a ação estiver abaixo de R$ 19,00 na data do vencimento:


O investidor pode exercer a opção put. A opção call vira pó
(desaparece). Dessa forma, o custo de venda de 1.000 ações a R$ 19,00 em
relação ao exercício de opções, que corresponde ao custo de compra de 1.000
ações no mercado à vista. O prêmio vai ser pago para a compra das opções;

2. Se a ação estiver acima de R$ 21,00 na data de vencimento:


O investidor pode exercer a opção call. A opção put desaparece. Assim,
o custo de venda de 1.000 ações no mercado à vista corresponde ao custo de
compra de 1.000 ações a R$ 21,00 em relação ao exercício de opções. O
prêmio vai ser pago para a compra das opções.

3. Se a ação estiver entre R$ 19,00 e R$ 21,00 na data de


vencimento,
O prejuízo vai corresponder ao prêmio que se pagou pelas opções, ou
seja, o prêmio para montagem da estratégia. Este é o máximo prejuízo da
operação.

3.23.6. CAP, Floor e Collar

3.23.6.1. CAP

Possui em sua estrutura de Hedge (Seguro).


No Cap a empresa paga um prêmio ao Banco (vendedor) com intuito
de limitar um teto para a flutuação da taxa de juros contra uma dívida
contratada.
A empresa, então, obtém vantagem em todas as quedas da taxa de
juros, porém em caso de alta das taxas de juros, estará protegida pela taxa
mínima fixada (Strike Rate ou Taxa de Exercício).
A diferença para maior entre essa taxa flutuante de mercado serão
pagas pelo banco.
Para formalizar um “CAP” é necessário realizar um contrato de opção,
normalmente “Europeia”.

3.23.6.2. Floor

Taxa Floor é o oposto de um “cap”. É um produto que oferece proteção


em caso de baixa nas taxas de juros.
Neste tipo de operação o banco (vendedor), mediante o recebimento
de um prêmio, se compromete a pagar à empresa (comprado, Investidor) o
diferencial de taxas a menor entre uma taxa mínima pré-estabelecida. É
considerado o seguro contra baixa nas taxas de juros, garantindo ao investidor
uma rentabilidade mínima para seus investimentos.

3.23.6.3. Collars

Um colar de taxa de juros é a compra simultânea de um “CAP” de


taxa
de juros e a venda de um “Floor” da taxa de juros no mesmo índice pelo
mesmo vencimento e pelo valor principal nocional.

 A taxa de limite é definida acima da taxa mínima;


 O objetivo do comprador de uma Collars é proteger-se contra o
aumento das taxas de juros (ao mesmo tempo em que concorda em desistir de
alguns dos benefícios das taxas de juros mais baixas);
 A compra do “CAP” protege contra o aumento das taxas,
enquanto a venda do “FLOOR” gera receita premium;
 Um colar cria uma banda dentro da qual a taxa de juros efetiva do
comprador flutua;
Um Collar de taxa de juros reversa é a compra simultânea de um
“FLOOR” de taxa de juros e a venda simultânea de um limite de taxa de juros.

 O objetivo é proteger o banco da queda nas taxas de juros;


 O comprador seleciona a taxa do índice e corresponde aos
valores de vencimento e principal para o FLOOR e o CAP;
 Os compradores podem construir Collar reversos de custo zero
quando é possível encontrar taxas de FLOOR e CAP com os mesmos prêmios
que fornecem uma faixa aceitável;

3.23.7. Opções Exóticas (com barreiras)

Nesta modalidade é definido o preço do exercício, e também um


determinado nível de preço de barreira, que é chamado de gatilho (trigger), que
quando atingido fará com que a opção passe a existir (knock in) ou deixe de
existir (knock out).

Logo, ao se negociar uma opção com barreira, dependendo do seu tipo,


não se tem garantias de que ela chegará a existir (knock in), ou se ela não
existirá (knock out).
 Prêmio de Rebate: Deverá ser pago pelo lançador (vendedor da
opção) ao titular (comprador da opção) se uma barreira knock-in contratada
não for acionada ou caso a barreira knock-out tiver sido atingida. Pode ser
entendido como a devolução do prêmio da opção, em parte ou na sua
totalidade, ao titular.
 Knock-in: as opções com barreira do tipo knock-in passam a
“existir” apenas depois do preço do ativo objeto ter atingido o preço de barreira.
A partir desse ponto o comprador passa a ter o direito de exercer a opção e o
vendedor terá obrigação de atender o exercício.
 up-and-in: o preço do ativo-objeto, está abaixo do preço da
barreira, na data de lançamento;
 down-and-in: o preço do ativo-objeto, está acima do preço da
barreira, na data de lançamento;
 Knock-out: As opções com barreira deixam de existir caso o preço
do ativo-objeto atinja a barreira knock-out antes da data de vencimento. A
barreira knock-out pode ser do tipo:
 up-and-out: o preço do ativo-objeto, está abaixo do preço da
barreira, na data de lançamento;
 down-and-out: o preço do ativo-objeto, está acima do preço da
barreira, na data de lançamento;

3.23.8. Modelo Binominal

Este modelo parte do pressuposto de que, no último instante para


exercício, o valor tempo da opção é zero, como não poderia deixar de ser.
Considera-se que naquele momento, a opção está dentro ou fora-do-dinheiro,
tem valor intrínseco ou não vale nada, ou seja, o prêmio de risco do ultimo
instante na vida de uma opção é zero.

A formulação matemática será:

C= Max {0,S} – E ou P= Max {0, E-S}

Onde: max=o maior dentre;


C= O valor da opção de compra (Call);
S= Valor do objeto no último instante para o exercício da opção;
E= Preço de Exercício da opção;
P= Valor da opção de venda (Put)

As principais considerações deste modelo são:

 O modelo pressupõe que o mercado não tem tendência;


 Ignoram-se os custos de transação;
 Desconsidera-se a inflação;
 Considera-se que o mercado é eficiente;
Uma das desvantagens na prática é a lentidão no processamento das
fórmulas, devido ao número de períodos a serem considerados para um
resultado.

3.23.9. Black-Scholes

É um modelo que faz as seguintes suposições explícitas:

 É possível emprestar e tomar emprestado uma taxa de juros livre


de risco constante e conhecida;
 O preço segue um movimento browniano geométrico com
tendência (drift) e volatilidade constantes;
 Não há custos de transação;
 A ação não paga dividendos;
 Não há restrições para a venda a descoberto;
 O modelo trata apenas opções europeias;

A partir dessas condições ideais no mercado para um ativo ( e para a


opção sobre o ativo), os autores mostram que o valor de uma opção (a formula
do Black-Scholes) varia apenas com o preço da ação e com o tempo até o
vencimento.

Assim é possível criar uma posição protegida, consistindo em uma


posição comprada na ação e uma posição vendida nas opções de compra da
mesma ação, cujo valor não depende do preço da ação.

3.24. Contratos futuros de balcão sem entrega física (NDF – Non


Deliverable Forward)

Contrato a Termo de Moeda sem Entrega Física é um derivativo


operado em mercado de balcão, que tem como objeto a taxa de câmbio de
uma determinada moeda. É uma operação normalmente utilizada como
instrumento de hedge, pois o contratante de um NDF garante uma taxa de
câmbio futura para a moeda base do contrato.
O NDF possui a mesma sistemática do “Contrato a Termo”, porém a sua
diferença é que no NDF somente é negociado “Fluxo Financeiro”, não há a
entrega física da moeda estrangeira.

3.25. Tributação em derivativos

A tributação sobre o ganho financeiro.

Derivativo Operações Normais Day Trade


Termo 15% e 0,005 % retido 20% e 1 % retido
na fonte na fonte
Contrato 15% e 0,005 % retido na 20% e 1 % retido na
Futuros
fonte fonte
Opção 15% e 0,005 % retido na 20% e 1 % retido na
fonte fonte
Swap Até 180 dias 22,5%
De 181 a 360 dias 20,0%
De 361 a 720 dias 17,5%
Acima de 720 dias

15,0%

Em Swaps:
RESPONSABILIDADE/RECOLHIMENTO: O imposto será retido pela
pessoa jurídica que efetuar o pagamento do rendimento, na data da liquidação
ou cessão do respectivo contrato.

PRAZO DE RECOLHIMENTO (Pagamento do Imposto): Até o terceiro


dia útil da semana subsequente à da ocorrência do fato gerador (Fechamento
da operação).
Não é permitida a de compensação de perdas incorridas em
operações de swap com os ganhos líquidos obtidos em outras operações
de renda variável.
Compensação de perdas: É a possibilidade de ficar isento do
pagamento de imposto de renda, porém só é possível caso tenha auferido
percas em operações com (Termo, Mercado Futuro, Opção) no mês atual e em
meses anteriores.
Ex.: Investidor teve prejuízo de R$ 10.000,00 no mês anterior, porém
neste mês ele ganhou R$ 10.000,00, este investidor está isento do pagamento
do imposto de renda.

3.26. COE - Certificado de Operações Estruturadas

O Certificado de Operações Estruturadas – COE é um novo investimento


que passa a ser disponibilizado ao mercado brasileiro. É instrumento inovador
e flexível, que mescla elementos de Renda Fixa e Renda Variável.
Traz ainda o diferencial de ser estruturado com base em cenários de
ganhos e perdas selecionadas de acordo com o perfil de cada investidor.

A Emissão desse instrumento poderá ser feita em duas modalidades:


1. Valor nominal protegido: com garantia do valor principal investido.
2. Valor nominal em risco: em que há possibilidade de perda até o limite do
capital investido.

Emitido por Instituição Financeira e registrados na B3.

Flexibilidade de atrelar seus rendimentos aos mais diversos ativos, como:


• Ações ou índices de bolsas do Brasil e do exterior;
• Moedas – dólar e euro;
• Juros – CDI, libor e índices de inflação;
• Commodities – índices, metais preciosos, agrícolas, petróleo e
outros metais.

Principais características:

• Possibilidade de resgate antecipado sujeito à marcação a


mercado e, portanto, sem garantia do principal investido;
• Obriga a assinatura do termo de ciência de risco: assinado uma
única vez pelo investidor, dando ciência dos riscos do COE;
• Não conta com a garantia do Fundo Garantidor de Crédito –
FGC;

• Tributação de acordo com tabela regressiva de Renda Fixa.


Exemplo de análise do COE

Um COE foi emitido com a seguintes premissas


Compra de 3 ações: Vale, Petrobrás e Banco do Brasil, com vencimento em 3 anos; Cenário I -
Cenário II -
Cenário III - ;

Cenário IV -

Resultado da estratégia no dia do vencimento do COE:

• Ações da Vale=
• Ações da Petrobrás=
Ações do Banco do Brasil=

2 (número de ações consideradas)

Tributação em COE:

A cobrança do imposto de renda incide somente no resgate da aplicação


e somente em relação do rendimento (LUCRO) obtido. O responsável pelo seu
recolhimento é a Instituição Financeira. Além da cobrança do Imposto de
renda, pode ser cobrado o IOF (imposto sobre operações Financeiras), caso o
investidor resgate seus investimentos em até 29 dias do início de sua
aplicação.
A alíquota cobrada é regressiva e depende do tempo investido conforme
tabela abaixo:

IOF: Somente cobrado caso o investidor resgate sua aplicação em até 29


dias. Segue tabela regressiva do IOF:

3.27. Sistemas e Câmeras de Liquidação e Custódia (Clearing


House)

A Clearing House (câmara de compensação) é responsável pelo


registro de todas as operações realizadas, acompanhamento das
posições mantidas, compensação financeira dos fluxos e liquidação
dos contratos.

Obs: Quando ocorre a negociação (compra e venda) de algum título


ou valor mobiliário, a Clearing House irá fazer o registro da operação
garantindo a troca de titularidade de determinado investimento. Esta é uma
garantia da Clearing House.
Sua principal função no mercado financeiro é diminuir (mitigar) o risco
de liquidação (garantir que seja transferido os recursos de quem comprou
para quem vendeu).

No Brasil há duas Clearing House que serão descritas abaixo:

 SELIC: é responsável pelas operações, acompanhamento de


posições mantidas, compensação financeira e liquidação dos
contratos financeiros de “TÍTULOS PÚBLICOS FEDERAIS” (LFT,
LTN, NTN-B,NTN-B Principal, NTN-F)
 B3: é responsável pelas operações, acompanhamento de posições
mantidas, compensação financeira e liquidação dos contratos
financeiros de “TÍTULOS PRIVADOS, AÇÕES e DERIVATIVOS”:

o Títulos privados: Derivativos (Termo, Futuros, e opções);


Swaps
o Renda Fixa: (CDB, RDB, LF, DI);
o Títulos Agrícolas: (CPR, CRA E LCA);
o Títulos de Crédito: (CCB);
o Títulos Imobiliários: (CCI, CRI, LCI);
fundos de
o Valores Mobiliários (Debêntures e NC) e Cotas de
investimento.

BANCO/
INVESTIDOR CORRETO
RA

CLEARI
NG
HOUSE
3.28. Sistema de Pagamentos Brasileiros – SPB

O Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) compreende as entidades,


os sistemas e os procedimentos relacionados com o processamento e a
liquidação de operações de transferência de fundos, de operações com moeda
estrangeira ou com ativos financeiros e valores mobiliários.

São integrantes do serviço do SPB

 Compensação de cheques;
 Compensação e liquidação de ordens eletrônicas de débito e de
crédito;
 Transferência de fundos e de outros ativos financeiros;
 Compensação e liquidação de operações com títulos e valores
mobiliários;
 Compensação e liquidação de operações realizadas em bolsas
de mercadorias e de futuros e outras entidades;

Esses fatos possibilitaram a redução dos riscos de liquidação nas


operações interbancárias, com consequente redução também do risco
sistêmico, isto é, o risco de que a quebra de uma instituição financeira
provoque a quebra em cadeia de outras, no chamado "efeito dominó".
PARA FIXAR OS CONHECIMENTOS DESTE CAPÍTULO

ACESSE NOSSO SIMULADO PELO SITE OU PELO APLICATIVO LEAD INVEST

https://www.leadinvest.com.br/simuladocea-modulo-3
https://www.leadinvest.com.br/simuladocea
4. FUNDO DE INVESTIMENTO

O objetivo deste módulo é verificar se o profissional tem domínio dos


principais conceitos sobre os Fundos de Investimento, sua regulamentação,
estrutura, forma de negociação e características operacionais dos produtos.
Este módulo representa de 10% a 20% da prova.

4.1. Fundo de Investimento

4.1.1. Definições e Aspectos Gerais

Fundos de Investimento: é uma forma de aplicação financeira, formada


pela união de vários investidores que se juntam para a realização de
um investimento financeiro, não possuindo personalidade jurídica, e sendo
constituído tal qual um condomínio, visando um determinado objetivo ou
retorno esperado, dividindo as receitas geradas e as despesas necessárias
para o funcionamento do fundo de investimento.
A administração e a gestão do fundo são realizadas
por especialistas contratados. Os administradores tratam dos aspectos
jurídicos e legais do fundo, os gestores da estratégia de montagem da
carteira de ativos do fundo, visando o maior lucro possível com o menor nível
de risco. Os gestores compram ativos como títulos públicos, CDBs, ações,
debêntures e etc., em nome do fundo de investimento com objetivo de gerar
riqueza ao cotista.

Cliente/ Investido Administrador Fundo Gestor Fundo

Administrador Fundo
Fundos de Investimento em cotas: investem cotas de fundos de
investimentos de outras empresas administradoras de fundo de investimento. É
uma espécie de investidor (cotista) de fundo de investimento.

Cliente/ Investido Administrador Fundo Fundo Investimento (Mercado)

Administrador Fundo

Condomínio: Comunhão de recursos (dinheiro) sob a forma de


condomínio onde os cotistas têm o mesmo interesse e objetivos ao investir no
mercado financeiro e de capitais. Reunião de pessoas que possuem dinheiro
para investir, escolhem um administrador para representá-los e tem o objetivo
comum de receber rendimentos financeiros.
(Ex.: Funciona da mesma maneira como um condomínio residencial,
todos moram com o objetivo de ter tranquilidade e um bom local de moradia).

Cota: As cotas do fundo correspondem a frações de seu patrimônio, é


sempre serão escriturais e normativas. A cota, portanto, é a menor fração do
patrimônio líquido do fundo.

Como é calculado o valor da cota?

Valor da cota = Patrimônio Líquido


Número de cotas

Patrimônio Líquido = Valor de mercado dos ativos – Taxa de


Administração – Taxa performance – demais despesas do fundo
4.1.2. Tipos de Fundos

Fundos Abertos
Os fundos de investimento abertos permitem a entrada de novos
investidores ou o aumento da participação dos antigos por meio de
investimentos adicionais, assim como é permitido o resgate de cotas, mediante
a venda de ativos do fundo para a entrega do valor correspondente ao cotista
que efetuou o resgate, total ou parcial, de suas cotas.
Você pode aplicar e resgatar a qualquer momento.

Fundos Fechados
Os fundos de investimento fechados não permitem a entrada e a saída
de investidores a qualquer momento. Após um período determinado, não são
mais admitidos novos cotistas nem novos investimentos pelos antigos cotistas
no fundo. Além disso, também não é permitido o resgate de cotas por decisão
do cotista, sendo definido um prazo de fechamento do fundo ou data
previamente informada pelo administrador do fundo. O prazo para
encerramento do fundo também é previamente definido.
Você tem data certa para aplicar e data certa resgatar.

Ex: Você pode aplicar entre 10/04 a 30/5 e poderá sacar (resgatar)
somente entre 01/12 à 30/12.

O material de divulgação de distribuição de cotas do fundo fechado deve


conter pelo menos as seguintes informações:
• Nome do fundo;
• Nome, endereço do administrador e gestor, se houver;
• Nome e endereço das instituições responsáveis pela distribuição;
• Política de investimento, público alvo e principais características
do fundo;
• Mercados onde as cotas dos fundos são negociadas;
• Condições de subscrição de integralização;
• Data do início e encerramento da distribuição;
• Os dizeres, de forma destacada: "A concessão do registro da presente
distribuição não implica, por parte da CVM, garantia de veracidade das
informações prestadas ou julgamento sobre a qualidade do fundo, de seu
administrador ou das cotas a serem distribuídas".

Fundos Restritos
Fundos classificados como “restritos” são aqueles constituídos para
receber investimento de um grupo restrito de cotistas, normalmente membros
de uma única família, ou empresa de um grupo econômico. Também são muito
comuns fundos restritos a investidores qualificado.

Fundos Exclusivos
Os Fundos classificados como "Exclusivos" são aqueles constituídos
para receber aplicações exclusivamente de um único cotista. Somente
investidores profissionais podem ser cotistas de Fundos exclusivos.
Marcação a mercado é facultativa.

Fundo de Investimento com carência


O regulamento do fundo pode estabelecer prazo de carência para
resgate, com ou sem rendimento. Os fundos com Carência têm resgate após o
término da carência. A grande diferença entre os fundos com carência e sem
carência é a liquidez. Se você investir em um Fundo que possua prazo de
carência, não poderá resgatar até terminar esse prazo.
Você pode investir a qualquer momento, porém para resgata há um
prazo definido.

Fundos de Investimento sem carência


Resgates podem ser efetuados a qualquer momento, isto é, liquidez
diária
.

Fundos Passivos (FUNDO INDEXADO)


Os fundos passivos são aqueles que buscam acompanhar um
determinado “benchmark” e por essa razão seus gestores têm menos liberdade
na seleção de Ativos. Ex: São fundos que acompanham, por exemplo, o CDI.
Os Fundos Passivos (ou com uma gestão Passiva), buscam
acompanhar ou replicar um determinado “benchmark”.
Por exemplo, se um Fundo busca a rentabilidade de 100% do CDI
(benchmark), ele reunirá esforços para alcançar essa “marca”.
Quando um investidor escolhe um fundo passivo, ele não deve
esperar ganhos extraordinários muito diferente desse referencial que o
Fundo busca acompanhar. Logo, a gestão Passiva tem um perfil mais
conservador, com menores custos operacionais.

Fundos Ativos
São considerados ativos aqueles em que o gestor atua buscando obter
melhor desempenho, assumindo posições que julgue propícias para superar o
seu “benchmark”. Ex: Gestor busca os melhores ativos no mercado financeiro a
fim de obter maior rentabilidade. Logo, uma gestão Ativa vai atrás das
melhores oportunidades de aplicação, tendo como principal objetivo
maximizar os resultados, tendo assim um perfil mais agressivo, onde possui
um maior custo operacional.

Fundo Alavancado
Um fundo é considerado alavancado sempre que existir possibilidade
(diferente de zero) de perda superior ao patrimônio do fundo, desconsiderando-
se casos de default nos ativos do fundo.
Os Fundos Alavancados geralmente se utilizam de derivativos para
aumentar sua exposição no mercado. Isso significa que eles podem lucrar
mais, mas também podem perder mais (inclusive todo o patrimônio do Fundo e
até mais do que isso). Geralmente, essa estratégia está presente nos
Fundos agressivos.
4.1.3. Gestão Discricionária

É aquela em que o administrador de carteiras detém, exclusivamente, o


poder de decidir, por conta e risco do investidor, sobre a análise, a seleção, a
compra e venda dos ativos.

4.1.4. Gestão não discricionária

É aquela em que o investidor toma as decisões de investimento segundo


o seu próprio juízo de valor, e as informa ao administrador de carteiras para
que este meramente as operacionalize.

4.1.5. Marcação a mercado

Este conceito diz que o Fundo deve reconhecer todos os dias, o valor
de mercado (venda) de seus ativos.
A marcação a mercado faz com que o valor das cotas de cada fundo
reflita, de forma atualizada, a que preço o administrador dos recursos venderia
cada ativo a cada momento (mesmo que ele o mantenha na carteira). Ainda de
acordo com a legislação, devem ser observados os preços do fim do dia, após
o fechamento dos mercados. Já para a renda variável, a legislação determina
que observe o preço médio dos ativos durante o dia.
Características da marcação a mercado:

 O Objetivo de marcar a mercado é evitar transferência de riqueza


entre cotistas;
 Os ativos que fazem parte da carteira de responsabilidade do
administrador devem ter um preço único;
 Administrador deve divulgar no mínimo uma versão simplificada da
marcação a mercado;
4.1.6. Direitos e Obrigações dos Condôminos

O cotista deve ser informado:

• Do objetivo do fundo;
• Da política de investimento do fundo e dos riscos associados a essa
política de investimentos;
• Das taxas de administração de desempenho cobradas, ou critérios
para sua fixação, bem como das demais taxas e despesas cobradas;
• Das condições de emissão e resgate de cotas do fundo e quando for o
caso, da referência de prazo de carência ou de atualização da cota;
• Dos critérios de divulgação de informação e em qual jornal são
divulgadas as informações do fundo;
• Quando for o caso, da referência à contratação de terceiros com o
gestor de recursos.

OBS: Sempre que o material de divulgação apresentar informações


referentes à rentabilidade ocorrida em períodos anteriores, deve ser incluída
advertência, com destaque, de que:
 Os investimentos em fundos não são garantidos pelo
administrador ou por qualquer mecanismo de seguro ou, ainda, pelo fundo
garantidor de crédito (FGC);
 A rentabilidade obtida no passado não representa garantia de
rentabilidade futura;

Para avaliação da performance do fundo de investimento, é


recomendável uma análise de período de, no mínimo, 12 meses.
Somente poderá publicar e divulgar material do produto de investimento
após 6 meses de rentabilidade apurada.
O cotista deve ter acesso:

• Ao regulamento e ao formulário de informação complementar;


• Ao valor do patrimônio líquido, valor da cota e rentabilidade no mês e
ano civil;
• A composição da carteira do fundo (o administrador deve colocá-lo à
disposição dos cotistas);

O cotista deve receber:

• Mensalmente extrato dos investimentos;


• Anualmente demonstrativo para Imposto de Renda com os
rendimentos obtidos no ano civil, número de cotas possuídas e o valor da cota;

Obrigações dos cotistas:

O cotista deve ser informado e estar ciente de suas obrigações, tais como:
• O cotista poderá ser chamado a aportar recursos ao fundo nas
situações em que o PL do fundo se tornar negativo;
• O cotista pagará taxas de administração, de acordo com o percentual
é critério do fundo;
• Observar as recomendações de prazo mínimo de investimento e os
riscos que o fundo pode incorrer;
• Comparecer nas assembleias gerais;
• Manter seus dados cadastrais atualizados para que o administrador
possa lhe enviar os documentos;

4.1.7. Administrador e suas funções

• Remeter aos cotistas dos fundos não destinados exclusivamente a


investidores qualificados as demonstrações de desempenho do fundo, até o
último dia útil de fevereiro de cada ano;
• Divulgar, em lugar de destaque na sua página na rede mundial de
computadores e sem proteção de senha, o item 3 da demonstração de
desempenho do fundo relativo;
a) aos 12 (doze) meses findos em 31 de dezembro, até o último dia
útil de fevereiro de cada ano;
b) aos 12 (doze) meses findos em 30 de junho, até o último dia útil de
agosto de cada ano;

Regras gerais sobre divulgação de informação:

A. As informações divulgadas pelo administrador relativas ao fundo devem ser


completas, verdadeiras, consistentes e não induzirem o investidor ao erro;
B. Todas as informações relativas ao fundo devem ser escritas em linguagem
simples, clara, objetiva e concisa;
C. A divulgação de informações sobre o fundo deve ser abrangente, equitativa e
simultânea para todos os cotistas;
D. As informações fornecidas devem ser úteis a avaliação do investimento;
E. As informações relativas aos fundos não podem assegurar ou sugerir a
existência de garantia de resultados futuros ou isenção de riscos para o investidor;
F. Informações factuais devem ser diferenciadas de interpretações, opiniões,
projeções e estimativa;
G. Informações factuais devem vir acompanhadas da indicação de suas fontes;
H. As regras se aplicam ao Formulário de Informações Complementares – FIC, à
lâmina e a qualquer outro material de divulgação do fundo;
I. Caso as informações divulgadas apresentem incorreções ou impropriedades
que possam induzir o investidor a erros de avaliação, a CVM pode exigir;
• Acesso da divulgação de informação;
• A veiculação, com igual destaque e por meio do veículo usado para divulgar a
informação original, de retificações e esclarecimentos, devendo constar, de forma expressa,
que a informação está sendo publicada por determinação da CVM;

Informações Relevantes (disclaimers)

Divulgar, diariamente o valor do patrimônio líquido e da cota (função


do Administrador do fundo de investimento).

Mensalmente, remeter aos cotistas um extrato com as seguintes


informações:
• Nome do fundo e o número de seu registro no CNPJ;
• Nome, endereço e número de registro do administrador no CNPJ;
• Nome do cotista;
• Saldo e valor das cotas no início e no final do período e a
movimentação ocorrida ao longo do mesmo;
• Rentabilidade do Fundo auferida entre o último dia útil do mês anterior
e o último dia útil do mês de referência do extrato;
• Data de emissão do extrato da conta;
• O telefone, o correio eletrônico (e-mail) e o site;

Anualmente, colocar as demonstrações financeiras do Fundo,


incluindo o Balanço, à disposição de qualquer interessado que as solicitar.

Substituição Administrador e Gestor

O administrador e o gestor devem adotar as políticas, procedimentos e


controles internos necessários para que a liquidez da carteira do fundo seja
compatível com os prazos previstos no regulamento para pagamento dos
pedidos de resgate e o cumprimento das obrigações do fundo.
O administrador e o gestor da carteira do fundo devem ser substituídos
nas hipóteses de:
 Descredenciamento para o exercício da atividade de
administração de carteiras de valores mobiliários,
 Por decisão da CVM;
 Renúncia;
 Destituição, por deliberação da assembleia geral;

No caso de renúncia ou descredenciamento, o administrador deve


convocar imediatamente assembleia geral para eleger seu substituto, a se
realizar no prazo de até 15 (quinze) dias, sendo também facultado aos cotistas
que detenham ao menos 5% (cinco por cento) das cotas emitidas, em qualquer
caso, ou à CVM, nos casos de descredenciamento, a convocação da
assembleia geral.
Na hipótese de descredenciamento, a CVM deve nomear administrador
temporário até a eleição de nova administração.

4.1.8. Divulgação de informações para a venda e distribuição

4.1.8.1. Regulamento

Documento que estabelece as regras de funcionamento


e operacionalização de um fundo de investimento,
segundo legislação vigente.
Ex:
 À administração;
 À espécie, se aberto ou fechado;
 Ao prazo de duração, se determinado ou indeterminado;
 À gestão;
 Aos prestadores de serviço;
 À política de investimento, de forma a caracterizar a classe do
fundo;
 À taxa de administração e, se o caso, às taxas de performance,
entrada e saída;
 Às condições de aplicação e resgate de cotas;
Exemplo de Regulamento

Uma forma de associação para o Regulamento é que ele é o “MANUAL


DE INSTRUÇÕES DO FUNDO DE INVESTIMENTO”
4.1.8.2. Lâmina de informações essenciais

O administrador de fundo de investimento aberto que não seja destinado


exclusivamente a investidores qualificados deve elaborar a lâmina de
informações essenciais, documento que apresenta de forma simplificada as
principais informações do fundo. Ela é apresentada em um formato simples,
reduzido e deve seguir um padrão e uma sequência pré-definidos.
Devido a sua estrutura, é um documento que permite compreender e
comparar informações importantes sobre os fundos, tais como:
• O público-alvo e restrições de investimento;
• Descri ção resumida da política de investimento do fundo,
incluindo os limites de aplicação em ativos no exterior, em crédito privado, o
limite de alavancagem, quando houver, e se o fundo utiliza derivativos apenas
para proteção da carteira;
• Informações sobre investimento mínimo, carência, condições de
resgate, taxas cobradas;
• A composição da carteira do fundo, incluindo o patrimônio líquido
e as cinco espécies de ativos em que ele concentra seus investimentos;
• A classificação de risco que o administrador atribui ao fundo,
considerando a estratégia de investimento adotada, que vai de 1 (um), menor
risco, a 5 (cinco), maior risco;
• Histórico de rentabilidade;
• Exemplo comparativo e simulação de despesa;
• Descrição resumida da política de distribuição do fundo;
• Informações sobre o serviço de atendimento ao cotista;
Os investidores devem sempre exigir a apresentação da lâmina dos
fundos que lhes são ofertados nos pontos de distribuição, como as agências
bancárias e as corretoras, inclusive pelos canais eletrônicos. Entretanto, o
investidor não deve abrir mão de ler também o regulamento e o formulário de
informações complementares
Exemplo de Lâmina de Informações Essenciais

4.1.8.3. Termo de Adesão e Ciência de Risco

O investimento em um fundo é formalizado pela assinatura do termo de


adesão e ciência de risco, no qual o cotista atesta que teve acesso ao inteiro
teor do regulamento, da lâmina e do formulário de informações
complementares.
O cotista declara ainda que tem ciência dos fatores de risco relativos ao
fundo, de que não há qualquer garantia contra eventuais perdas patrimoniais e,
se for o caso, de que as estratégias de investimento do fundo podem resultar
em perdas superiores ao capital aplicado e a consequente obrigação do cotista
de aportar recursos adicionais para cobrir o prejuízo do fundo.

4.1.9. Assembleia Geral de Cotistas

É a reunião dos cotistas para deliberarem sobre certos assuntos


referentes ao Fundo.
Compete privativamente à Assembleia Geral de cotistas deliberar sobre:

I As demonstrações contábeis apresentadas pelo administrador;


II A substituição do administrador, gestor ou custodiaste do fundo;
III A fusão, a incorporação, a cisão, a transformação ou a liquidação
do fundo;
IV O aumento da taxa de administração, da taxa de performance ou
das taxas máximas de custódia;
V A alteração da política de investimento do fundo;
VI A emissão de novas cotas, no fundo fechado;
VII A amortização e o resgate compulsório de cotas, caso não
estejam previstos no regulamento; e
VIII Alteração do regulamento exceto quando (situação onde não é
necessário Assembléia):
b) Decorrer exclusivamente da necessidade de atendimento a
exigências expressas da CVM ou de adequação a normas legais ou
regulamentares;
c) For necessária em virtude da atualização dos dados
cadastrais do administrador ou dos prestadores de serviços do fundo,
tais como a alteração na razão social, endereço, página na rede mundial
de computadores e telefone;
d) Envolver redução da taxa de administração ou da taxa
performance;
Convocação da Assembleia

A convocação da Assembleia Geral deve ser feita por correspondência


encaminhada a cada cotista, com pelo menos 10 dias de antecedência em
relação à data de realização;

 A presença da totalidade dos cotistas supre a falta de convocação;


 Além da Assembleia geral, o administrador, o gestor, o
custodiante ou o cotista ou grupo de cotistas que detenha, no mínimo, 5%
(cinco por cento) do total de cotas emitidas, podem convocar a qualquer tempo
assembleia extraordinária de cotistas, para deliberar sobre ordem do dia de
interesse do fundo ou dos cotistas;
 A Assembleia Geral é instalada com a presença de qualquer
número de cotistas.

Assembleia geral ordinária (AGO) e Assembleia geral extraordinária


(AGE)

AGO é a Assembleia convocada anualmente para deliberar sobre as


demonstrações contábeis do Fundo. Deve ocorrer em até 120 dias após o
término do exercício social. Esta Assembleia Geral somente pode ser realizada
no mínimo 30 dias após estarem disponíveis aos cotistas as demonstrações
contábeis auditadas relativas ao exercício encerrado. Quaisquer outras
Assembleias são chamadas de AGE (Assembleia geral extraordinária).

4.1.10. Taxas em Fundo de Investimento

Taxa de Administração

Percentual pago pelos cotistas de um fundo para remunerar todos os


prestadores de serviço. É uma taxa expressa ao ano calculada e deduzida
diariamente.
A cobrança de taxa de administração afeta o valor da cota.
A rentabilidade divulgada pelos fundos de investimento é sempre liquida
de taxa de administração.

Taxa de Performance

Percentual cobrado do cotista quando a rentabilidade do fundo supera a


de um indicador de referência. Nem todos os fundos cobram taxa de
performance, sendo assim somente fundos ativos podem cobrar taxa
performance, visto possuir gestão ativa. Cobrança após a dedução de todas
as despesas, inclusive da taxa de administração.
Linha d’agua: Metodologia utilizada para cobrança de taxa de
performance.
Periodicidade: Semestral

Ex.: Toda rentabilidade acima de 5% será cobrada o percentual de taxa


performance definido pelo administrador do fundo.

Taxa de Ingresso ou Taxa de Saída

Taxa de ingresso: Elas são cobradas na aquisição (compra da cota em


um fundo de investimento) de cotas do fundo.

Taxa de saída: Normalmente é cobrada quando existe um prazo para


resgate das cotas, mas o investidor não quer (ou não pode) esperar este tempo
para receber o dinheiro.
4.1.11. Gestão de Recursos

Aplicação de Recursos

Quando o cotista (investidor) aplica recursos em um fundo (compra de


cotas), o gestor deverá comprar ativos para a carteira do fundo (com o recurso
que o cotista aplicou).

Resgaste de recursos

Quando o cotista (investidor) resgata recursos de um fundo (venda de


cotas), cabe ao gestor do fundo vender ativos para conseguir recursos para
honrar o resgate e pagar o cotista.
Na emissão das cotas do fundo deve ser utilizado o valor da cota do dia
ou do dia seguinte ao da data da aplicação, segundo o disposto no
regulamento.

OBS: Em casos excepcionais de liquidez dos ativos componentes da


carteira do fundo, inclusive em decorrência de pedidos de resgates
incompatíveis com a liquidez existente, ou que possam implicar alteração do
tratamento tributário do fundo ou do conjunto dos cotistas, em prejuízo destes
últimos, o administrador poderá declarar o fechamento do fundo para a
realização de desgastes e caso o fundo permaneça fechado por período
superior a 5 (cinco) dias consecutivos, será obrigatória a convocação de
assembleia geral extraordinária, no prazo máximo de 1 (um) dia, para deliberar,
no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da data do fechamento para resgate,
sobre as seguintes possibilidades:
 Substituição do administrador, do gestor ou de ambos;
 Reabertura ou manutenção do fechamento fundo para desgaste;
 Possibilidade do pagamento de resgate em títulos e valores
mobiliários;
 Cisão do fundo;
 Liquidação do fundo;
4.1.12. Cotização

Prazo de cotização: é o tempo que o fundo leva para converter o


dinheiro em cotas, a partir da data de aplicação, ou as cotas em dinheiro, a
partir da data do pedido de resgate.
Prazo de liquidação: é o tempo que o fundo leva, depois da cotização,
para depositar o dinheiro resgatado na conta do cotista.
Prazo de resgate: é o tempo decorrido desde o pedido de resgate até o
depósito do dinheiro na conta do cotista. É a soma do prazo de cotização com
o prazo de liquidação.
D+n: é a forma de medir os prazos no mercado financeiro, como os
prazos de cotização, liquidação e resgate. A letra D representa o dia útil em
quefoi realizada a operação (por exemplo, o pedido de resgate).

• Cota de abertura: Cota na qual é apurada e conhecida no início


do dia; Quais fundos podem utilizar cota de abertura:

* Curto prazo;
* Referenciado DI;
* Renda fixa;
 Cota de fechamento: Cota na qual é apurada e conhecida no
final do dia ou fechamento do mercado; Quais fundos podem utilizar a cota de
fechamento:
* Curto Prazo;
* Referenciado DI;
* Renda Fixa;
* Multimercado;
* Cambial;
* Dívida Externa;
* Ações;

Obs: Para os fundos que tiverem carteira com prazo médio superior
a 365 dias (longo prazo), é obrigatório o uso de cota de fechamento.

4.1.13. Limite de aplicação por emissor, por mobilidade e ativo


financeiro.

Limites por emissor


Os fundos podem investir:
 No máximo 20% de seu patrimônio em ativos emitidos por
instituição financeira;
 Até 10% em outros fundos de investimento;
 Até 10% em companhia aberta;
 Até 5% nos demais emissores pessoa física ou jurídica de
direito privado;
 Não há limites para investimentos em títulos públicos federais;
 Não pode deter mais de 20% de seu patrimônio líquido em
títulos ou valores mobiliários de emissão do administrador, do gestor ou de
empresas a eles ligadas, salvo em algumas hipóteses previstas na
regulamentação.

Além disso, o regulamento do fundo deve estabelecer qual o percentual


máximo permitido para aplicação em cotas de fundos de investimento
administrados por seu administrador, gestor ou empresa a eles ligada.
Limites por modalidade de ativo financeiro

Os fundos, sem prejuízo das normas estabelecidas para cada classe,


devem respeitar o limite:

 Máximo de aplicação de 20% do seu patrimônio líquido em uma


lista de ativos financeiros dispostos na regulamentação, como cotas de
fundos de investimento, cotas de fundos de índices, certificados de recebíveis
imobiliários (CRIs) e outros.

Para o investimento em cotas de alguns fundos específicos, também


listados na norma, como os destinados exclusivamente a investidores
profissionais, a restrição é maior e deve ser de no máximo 5%, dentro do
limite anterior de 20%.

Há modalidades de ativos, por outro lado, para as quais não há limite de


concentração:
 Títulos públicos federais, as operações compromissadas neles
lastreadas, ouro, desde que adquirido e alienado em mercado organizado,
títulos de emissão de instituições financeiras, e alguns valores mobiliários,
como ações e debêntures, desde que tenham sido objeto de oferta pública.

Ativos financeiros no exterior

É permitido aos fundos, se previsto em seu regulamento, investir em


ativos financeiros no exterior, incluindo fundos de investimento no exterior,
desde que asseguradas as condições estabelecidas na regulamentação:
 Fundos destinados ao varejo podem investir no máximo 20%
do seu patrimônio líquido em ativos financeiros no exterior.
Para os fundos destinados exclusivamente a investidores qualificados,
há duas possibilidades:
 Ou o fundo respeita, como regra geral, o limite máximo de 40%,
ou,
 Caso o fundo observe as condições previstas na regulamentação
e inclua em sua denominação o sufixo “Investimento no Exterior”, esse
tipo de investimento é ilimitado, respeitando o mínimo de 67% do
patrimônio líquido.

Não possuem limite de concentração para investir em ativos financeiros


no exterior os fundos classificados como “Renda Fixa – Dívida Externa” e os
destinados a investidores profissionais que recebem em seu nome o sufixo
“Investimento no Exterior".
As aplicações em ativos financeiros no exterior não são
cumulativamente consideradas no cálculo dos correspondentes limites de
concentração por emissor ou por modalidade de ativo financeiro, aplicáveis aos
ativos domésticos.
4.2. PRINCIPAIS MODALIDADES DE FUNDOS DE INVESTIMENTO

4.2.1. Fundo de Renda Fixa

Investe no mínimo 80% de seu Patrimônio Líquido em ativos de renda


fixa expostos a variação da taxa de juros ou a um índice de preços, ou ambos.
Sua carteira é composta por títulos que rendem uma taxa previamente
acordada. Estes fundos se beneficiam num cenário de queda da taxa de juros,
mas tem risco de taxa de juros e eventualmente de crédito.

Estes fundos podem ser adicionalmente classificados como:


 “Longo Prazo”, quando o prazo médio de sua carteira superar 365
dias.

Neste caso, não poderá ser utilizada a “cota de abertura”.


É vedada (proibida) a cobrança de taxa de performance, salvo
quando se tratar de Fundo destinado a investidor qualificado.

PERFIL: Fundo Moderado


4.2.2. Fundo de Renda Fixa de Curto Prazo

São Fundos que têm por objetivo proporcionar a menor volatilidade


possível dentre os Fundos disponíveis no mercado brasileiro.
O fundo classificado como "Renda Fixa” que aplica 100% dos seus
recursos exclusivamente em títulos públicos federais ou privados (de baixo
risco de crédito), pré-fixados ou indexados à Taxa Selic” ou outra taxa de juros,
ou títulos indexados ao índice de preços, com prazo máximo a decorrer de 375
(trezentos e setenta e cinco) dias, e prazo médio da carteira do fundo inferior a
60 (sessenta) dias devem incluir, a sua denominação, os sufixo “Curto prazo”.

Podem utilizar-se de estratégia com derivativos somente para


proteção da carteira

É vedada a cobrança de taxa de performance, salvo quando se tratar de


Fundo destinado a investidor qualificado.

PERFIL: Fundo Conservador


4.2.3. Fundos de Renda Fixa Referenciados

O fundo classificado como "Renda Fixa” cuja política de investimento


assegure que ao menos 95% (noventa e cinco por cento) do seu patrimônio
líquido esteja investido em ativos que acompanham, direta ou indiretamente,
determinado índice de referência deve incluir, à sua denominação, o sufixo
“Referenciado” seguido da denominação de tal índice.
Além disso, esses fundos devem ter 80% (oitenta por cento), no
mínimo, de seu patrimônio líquido representado, isoladamente ou
cumulativamente, por títulos da dívida pública federal ou por ativos financeiros
de renda fixa considerados de baixo risco de crédito pelo gestor.

Esses fundos têm a sua atuação restrita a respectiva atuação


nos mercados de derivativos à realização de operações com o objetivo de
proteger posições detidas à vista (hedge).

É vedada a cobrança de taxa de performance, salvo quando se


tratar de Fundo destinado a investidor qualificado

PERFIL: Fundo Conservador


4.2.4. Fundos de Renda Simples

O fundo classificado como “Renda Fixa” que tenha 95% (noventa e


cinco por cento), no mínimo, de seu patrimônio líquido representado, isolada ou
cumulativamente, por títulos da dívida pública federal ou títulos de renda fixa
de emissão ou coobrigação de instituições financeiras que possuam
classificação de risco atribuída pelo gestor, no mínimo, equivalente àqueles
atribuídos aos títulos da dívida pública federal, esses fundos devem incluir em
sua denominação, o sufixo “Simples”.

É vedado ao fundo simples a:


a. Cobrança de taxa de performance;
b. Realização de investimentos no exterior;
c. Concentração em créditos privados;
d. Transformação do fundo em fundo fechado;

A lâmina de informações essenciais fingindo de que trata o capital deve


comparar a performance do fundo com a performance da taxa Selic.
Dispensa do termo de adesão e ciência de risco e preenchimento do API
(Analise Perfil do Investidor);

PERFIL: Fundo Conservador


4.2.5. Fundos de Renda Fixa de Dívida Externa

O fundo classificado como “Renda Fixa” que tenha 80% (oitenta por
cento), no mínimo, de seu patrimônio líquido representado por títulos
representativos da dívida externa de responsabilidade da União, deve incluir, à
sua denominação, o sufixo “Dívida Externa”.
É a forma mais fácil de investir em papéis brasileiros negociados no
mercado internacional.

Somente fundos de Dívida Externa podem adquirir títulos


representativos da dívida externa de responsabilidade da união.

Podem cobrar taxa de performance.

PERFIL: Fundo Agressivo


4.2.6. Fundo Cambial

Os fundos classificados como “Cambiais” devem ter como principal fator


de risco de carteira a variação de preços de moeda estrangeira ou a variação
do cupom cambial. No mínimo 80% (oitenta por cento) da carteira deve ser
composta por ativos relacionados diretamente, ou sintetizados via derivativos,
ao fator de risco que dá nome à classe.
Os Fundos Cambiais Dólar são os mais conhecidos. A aplicação é feita
em R$ (reais), e sua carteira é composta por papéis que buscam acompanhar a
variação da moeda norte americana.

Comentário: ATENÇÃO, ele não acompanha a cotação do dólar.

Podem cobrar taxa de performance. Podem utilizar derivativos.

PERFIL: Fundo Agressivo


4.2.7. Fundo de Ações

Investe no mínimo 67% do seu patrimônio líquidos em ações


negociadas no mercado à vista de bolsa de valores.
A performance destes fundos está sujeita à variação de preço das ações
que compõem sua carteira. Por isso, são mais indicados para quem tem
objetivos de investimentos de longo prazo.
Fundos de ações cuja política de investimento preveja que, no mínimo,
2/3 (dois terços) do seu patrimônio líquido seja investido em ações de
companhias listadas em segmento de negociação de valores mobiliários,
voltado ao mercado de acesso, instituído por bolsa de valores ou por entidade
do mercado de balcão organizado, que assegure, por meio de vínculo
contratual, práticas diferenciadas de governança corporativa devem usar, em
seu nome, a designação “Ações – Mercado de Acesso”.

Podem cobrar taxa de performance e podem utilizar derivativos.

Os Fundos de Ações – Mercado de Acesso constituídos sob a forma de


condomínio fechado podem utilizar, como parâmetro de referência para o
cálculo da taxa de performance, índices atrelados a juros ou inflação.

PERFIL: Fundo Agressivo


ESTRATÉGIA DE ALOCAÇÃO DE RECURSOS EM FUNDOS DE
AÇÕES

Market timing: é a estratégia de tomar decisões de compra ou venda


de ativos financeiros (geralmente ações ), tentando prever movimentos futuros
de preços de mercado. A previsão pode ser baseada em uma perspectiva de
mercado ou condições econômicas resultantes
de análises técnicas ou fundamentais.

Stock picking: aposta em ações com maior potencial de retorno. Esta


aposta se dá, geralmente, em relação às ações que fazem parte do benchmark.
Por exemplo, se Petrobrás representa 20% da carteira do Ibovespa, e o
administrador acredita que seja uma boa alternativa de investimento, pode
comprar 25% para a carteira do Fundo. Se o administrador estiver correto,
estes 5% extras ajudarão a ultrapassar o benchmark.

Arbitragem: comprar e vender o mesmo ativo, com características


ligeiramente diferentes, ganhando o diferencial do preço. Por exemplo, compra
de uma ação
ON e venda de uma ação PN do mesmo emissor. Nesse caso, o
administrador não está fazendo aposta com relação à direção da bolsa, mas
apenas com relação ao diferencial de preços entre esses dois ativos.

4.2.8. Fundos Multimercados

Os Fundos classificados como "Multimercado" devem possuir políticas


de investimento que envolva vários fatores de risco, sem o compromisso de
concentração em nenhum fator em especial ou em fatores diferentes das
demais classes previstas na instrução. Ou seja, este tipo de Fundo pode aplicar
em DI/SELIC, índices de preços, taxas de juros, câmbio, dívida externa e
ações.
Podem usar derivativos para alavancagem. Podem cobrar taxa de
performance.
4.2.9. Fundo de Crédito Privado

O fundo de investimento que realizar aplicações em quaisquer ativos ou


modalidades operacionais de responsabilidade de pessoas físicas ou jurídicas
de direito privado ou de emissores públicos ou outros que não a União Federal
que, em seu conjunto, exceda o percentual de 50% (cinquenta por cento) de
seu patrimônio líquido, deverá observar as seguintes regras, cumulativamente
àquelas previstas para a sua classe:
I - Na denominação do fundo deverá constar a expressão “Crédito
Privado”.
II – o regulamento, o Formulário de Informações Complementares –
FIC e o material de venda do fundo deverão conter, com destaque, alerta de
que o fundo está sujeito a risco de perda substancial de seu patrimônio líquido
em caso de eventos que acarretem o não pagamento dos ativos integrantes de
sua carteira, inclusive por força de intervenção, liquidação, regime de
administração temporária, falência, recuperação judicial ou extrajudicial dos
emissores responsáveis pelos ativos do fundo;

PERFIL: Fundo Moderado


4.2.10. Fundo de Investimento em Cotas de Fundos de
Investimento

O fundo de investimento em cotas de fundos de investimentos deverá


manter, no mínimo 95% (noventa e cinco portento) de seu patrimônio investido
em cotas de fundos de investimento de uma mesma classe, exceto os fundos
de investimento em cotas classificados como "Multimercado", que podem
investir em cotas de fundos de classes distintas;
O restante 5% (cinco por cento) do patrimônio do fundo poderão ser
mantidos em depósitos à vista ou aplicarem em:
I. Títulos públicos federais;
I. Títulos de renda fixa de emissão de instituição financeira;
II. Operação compromissadas (Operação envolvendo títulos de
renda fixa), de acordo com a regulação especificado pelo Conselho Monetário
Nacional
– CMN;
Deverá constar da denominação do fundo a expressão "Fundo de
Investimento em Cotas de Fundos de Investimento" acrescida da classe dos
fundos investidos de acordo com regulamentação específica.
4.2.11. Fundos de Investimento em Índice de Mercado –
FUNDOS DE ÍNDICE

Esses fundos também conhecidos como ETF – Exchange Traded Funds.

O fundo é uma comunhão (conjuntos) de recursos destinado à aplicação


em carteira de títulos e valores mobiliários (ações) que visa refletir as variações
e rentabilidade de um índice de referência (ex: Ibovespa), por prazo
indeterminado. Da denominação do fundo deve constar a expressão “Fundo de
Índice” e a identificação do índice de referência.
O fundo é regido por esta Instrução e pelas disposições constantes do
seu regulamento, sendo seu principal meio de divulgação de informações a sua
página na rede mundial de computadores.

Fundo deve manter 95% (noventa e cinco por cento), no mínimo, de


seu patrimônio aplicado em valores mobiliários (Ações) ou outros ativos de
renda variável autorizados pela CVM, e ativos que apliquem em índice de
referência de Renda Fixa, na proporção em que estes integram o índice de
referência, ou em posições compradas no mercado futuro do índice de
referência, de forma a refletir a variação e rentabilidade de tal índice.
Tributação: 15% na fonte.

PERFIL: Fundo Agressivo


4.2.12. FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO (FII)

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FII) destinam-se ao


desenvolvimento de empreendimentos imobiliários, tais como construção de
imóveis, aquisição de imóveis prontos, ou investimentos em projetos visando
viabilizar o acesso à habitação e serviços urbanos, inclusive em áreas rurais,
para posterior alienação, locação ou arrendamento.
Estes Fundos destinam-se a investidores que procuram imóveis como
uma forma de diversificação de sua carteira de investimentos, e esperam
ganho de capital moderado e rendimentos em forma de aluguel.
Os Fundos imobiliários são comercializados na forma de Fundos
fechados, que podem ter duração determinada ou indeterminada.

Estes Fundos devem distribuir, no mínimo, 95% do lucro auferido,


apurados segundo o regime de caixa.

Alíquota de IR: 20% (Sobre Ganho de Capital “Valorização das


Cotas”)

RECOLHIMENTO (pagamento do Imposto): Até o último dia útil do mês


subsequente ao do encerramento do período de apuração.

INCIDÊNCIA: Sobre ganhos de capital (Valorização da Cota).

COMPENSAÇÃO DE PERDAS: Perdas incorridas na alienação de


cotas de fundo de investimento imobiliário só podem ser compensadas com
ganhos auferidos na alienação de cotas de fundo da mesma espécie.

RESPONSÁVEL PELO RECOLHIMENTO: Administrador do Fundo (em


caso de IR na Fonte relativo a distribuição dos lucros caso não esteja dentro da
regra de isenção), e o Próprio Investidor em relação aos ganhos sobre a
valorização da cota.
.
ISENÇÃO de IR (Imposto de Renda) : Os rendimentos (dividendos)
distribuídos pelos fundos de investimento imobiliário cujas cotas sejam
admitidas à negociação exclusivamente em bolsas de valores ou no mercado
de balcão organizado, ISENÇÃO PARA PESSOA FISÍCA, nos seguintes casos:

 Será concedido somente nos casos em que o fundo de


investimento imobiliário possua, no mínimo, 50 (cinquenta) cotistas;

 Não será concedido à cotista pessoa física titular de cotas que


representem 10% (dez por cento) ou mais da totalidade das cotas emitidas
pelo fundo de investimento imobiliário ou cujas cotas lhe derem direito ao
recebimento de rendimento superior a 10% (dez por cento) do total de
rendimentos auferidos pelo fundo.

Uma vez constituído e autorizado o funcionamento do Fundo, admite-se


que 25% de seu patrimônio, no máximo e temporariamente, seja investido
em cotas de FI e/ou em Títulos de Renda Fixa.

Esta parcela pode ser maior se expressamente autorizado pela CVM,


mediante justificativa do administrador do Fundo.

É vedado ao Fundo operar em mercados futuros ou de opções.


PERFIL: Fundo Moderado

4.2.13. Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC e


FIC-FIDC)

São Fundos constituídos por títulos de crédito originários de operações


realizadas nas instituições financeiras, na indústria, arrendamento mercantil,
hipotecas, prestação de serviços e outros títulos que possam ser admitidos
como direito de crédito pela CVM.
Desta forma, as operações de crédito originalmente feitas podem
ser cedidas aos Fundos que assumem estes direitos creditórios. Esta
operação permite aos bancos, por exemplo, que cedam (vendam) seus
empréstimos aos FIDC, liberando espaço para novas operações, e
aumentando a liquidez deste mercado,

Estes Fundos podem ser:

 Abertos: quando os cotistas podem solicitar resgate das cotas, de


acordo com o estatuto do Fundo;
 Fechados: quando as cotas podem ser resgatadas somente ao
término do prazo de duração do Fundo, ou no caso de sua liquidação;
Benefícios dos FIDC:

 Para quem cede os direitos creditórios: diminuição dos riscos


de crédito e “liberação de espaço no balanço”;
 Para as empresas: mais liquidez no mercado de crédito;
 Para os investidores: uma alternativa de investimento que tende
a oferecer uma rentabilidade maior do que a renda fixa tradicional;

Tipos de Cotas:
 Cota sênior: Aquela que não se subordina às demais para efeito
de amortização e resgate (Cota que possui Prioridade);
 Cota subordinada: Aquela que se subordina à cota sênior ou a
outras cotas subordinadas, para efeito de amortização e resgate;
Riscos: O principal risco para o investidor em FIDC é o crédito da
carteira de recebíveis. Ou seja, o retorno está diretamente ligado ao nível de
inadimplência dos recebíveis que formam o lastro da carteira.

Os FIDC podem operar no mercado de derivativos (bolsas e balcão com


sistema de registro) somente para proteger suas posições à vista.
No caso de Fundo aberto, o Fundo será liquidado ou incorporado a outro
se mantiver PL médio inferior a R$500.000 durante 3 meses consecutivos, ou 3
meses após a autorização da CVM.

Observações:

 Para Oferta Pública, ela dever ter seus riscos avaliados por
uma agência classificadora de Riscos;
 Não há valor mínimo para aplicação;
 O FIDC deve ter, no mínimo, 50% de seu patrimônio em
direitos creditórios;
Tributação: “Tabela Regressiva”

PERFIL: Fundo Moderado

4.2.14. Fundos de Investimento em Participações – FIP

O Fundo de Investimento em Participações (FIP) é uma comunhão de


recursos destinados à aplicação em companhias abertas, fechadas ou
sociedades limitadas, em fase de desenvolvimento. Cabe ao administrador
constituir o fundo e realizar o processo de captação de recursos junto aos
investidores através da venda de cotas.

O FIP é um investimento em renda variável constituído sob a forma de


condomínio fechado, em que as cotas somente são resgatadas ao término de
sua duração ou quando é deliberado em assembleia de cotistas a sua
liquidação.

Os FIPs devem manter, no mínimo, 90% de seu patrimônio investido


em “ações, debêntures simples, bônus de subscrição ou outros títulos e
valores mobiliários conversíveis ou permutáveis em ações de emissão de
companhias abertas ou fechadas, bem como em títulos ou valores
mobiliários representativos de participação em sociedades limitadas. A
exceção são as debentures simples, cujo limite máximo é de 33% do capital
subscrito do fundo.

Tributação: 15% na Fonte;

PERFIL: Fundo Agressivo

4.2.15. Fundos OFF-SHORE

Os fundos Off-Shore investem recursos no exterior, sendo sua sede


formalmente localizada no exterior, porém o gestor localiza-se no Brasil.

4.3. Compensação de Perdas em Fundos de Investimento

 As perdas só podem ser compensadas com ganhos em fundos


com o mesmo tratamento tributário. Há três classificações: fundos de
investimento de curto prazo, longo prazo e de ações.
 A compensação entre fundos de Mesmo Administrador, desde
que seja nesta mesma Instituição Financeira.
 Não há prazo para compensação, desde que seja mantido os
registros e declarados;
4.4. Come-Cotas

É uma modalidade de cobrança de imposto de renda semestral, na qual


é realizada no último dia útil do mês de Maio e Novembro, sem
necessariamente ter sido realizado o resgate do fundo de investimento. Esta
cobrança afeta diretamente a quantidade de cotas de investimento, reduzindo a
quantidade de cotas visto ter sido realizada à cobrança do imposto.

A cobrança é realizada na alíquota de:


 20% dos rendimentos para fundos considerados de curto
prazo (até 360 dias);
 15% dos rendimentos para fundos considerados de longo
prazo (acima de 360 dias);

Obs.: Quando ocorrer o resgate por parte do investidor haverá a


compensação do imposto já pago anteriormente.

Os Fundos de Renda Fixa, Multimercado e Cambial podem utilizar o


sistema de come-cotas.
Fundos que não usam come-cotas:
 Crédito Privado;
 Ações;
 Fundo de Investimento em Cotas;

A cobrança é semestral com alíquota anual (Quer dizer que você


paga 15% a.a., porém é cobrado a cada 6 meses);

4.5. Divulgação de Rentabilidade

É expressamente vedada:
 Divulgação, em qualquer meio, de qualificação, premiação, título
ou análise que utilize dados de menos de 12 (doze) meses;
 Divulgação de rentabilidade do fundo com menos de 6 meses de
registro na CVM;
 Divulgação de comparação entre Fundos que tenham
classificação ANBIMA diferentes, sem qualificá-los e sem apresentar
justificativa consistente para a comparação.
4.6. Classificação de Fundos de Investimento ANBIMA – NÍVEIS 1,
2 E 3.

A ANBIMA agrupa fundos de investimento com as mesmas


características, identificando-os pelas suas estratégias e fatores de risco. Esse
agrupamento facilita a comparação de performance entre os diferentes fundos
e auxilia o processo de decisão de investimento, além de contribuir para
aumentar a transparência do mercado.
A Classificação de Fundos ANBIMA, os investimentos estão divididos
em três níveis sendo:
 1º Nível: Classes de Ativos
 2º Nível: Riscos
 3º Nível: Estratégias de investimento

Subdivisões para os fundos de Renda Fixa.


Subdivisões para os fundos de Ações.

Subdivisões para os fundos de Multimercado.


Subdivisões para os fundos Cambiais: Não possui subdivisões.
Sendo apenas cambial nos três níveis.
4.7. RESUMÃO FUNDOS DE INVESTIMENTO

Fundos Passivos
Fundos ATIVOS
4.8. Carteira Administrada

Carteira administrada, consiste na gestão profissional de recursos ou


valores mobiliários, sujeitos à fiscalização da Comissão de Valores Mobiliários,
entregues ao administrador, com autorização para que este compre ou venda
títulos e valores mobiliários por conta do investidor.
Estes profissionais se responsabilizam pela gestão dos recursos de seus
clientes, e podem assumir, por exemplo, a gestão da carteira de fundos ou
clubes de investimentos. Eles são responsáveis, entre outras coisas, pelas
decisões sobre os tipos de ativos financeiros que farão parte da carteira que
administram, e em que proporção, considerando, entre outros fatores, os riscos
e as políticas de investimentos pré-definidas.
O imposto de renda não possui alteração, visto cada investimento que o
cliente possuir a tributação será exclusiva a determinado investimento.
Ex: Aplicar em ações irá tributar 15%, CDB “Tabela Regressiva”.

4.9. Gestão Discricionária

É aquela em que o administrador de carteiras detém, exclusivamente, o


poder de decidir, por conta e risco do investidor, sobre a análise, a seleção, a
compra e venda dos ativos.

4.10. Gestão não discricionária

É aquela em que o investidor toma as decisões de investimento segundo


o seu próprio juízo de valor, e as informa ao administrador de carteiras para
que este meramente as operacionalize.
PARA FIXAR OS CONHECIMENTOS DESTE CAPÍTULO

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5. PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR ABERTA: PGBL E VGBL

O objetivo deste módulo é verificar se o profissional tem domínio dos


principais conceitos sobre os Produtos de Previdência Complementar, aspectos
de venda dos produtos e sua adequação ao tipo de plano e perfil dos
investidores. Além disto, os profissionais devem ser capazes de orientar aos
clientes a respeito dos benefícios dos planos de previdência complementar em
termos tributários.
Este Módulo Representa 10 a 15 % do conteúdo que irá ser exigido em sua
prova.

5.1. Previdência Social X Previdência Privada

Previdência Social é referente ao Benefício pago pelo INSS aos


trabalhadores. Ela funciona como um seguro controlado pelo governo,
garantindo que o trabalhador continue a receber uma renda quando se
aposentar, mas que também não fique desamparado em caso de gravidez,
acidente ou doença.
Previdência Privada, como o próprio nome sugere, é uma opção do
indivíduo. Também é chamada de Previdência Complementar, ela estabelece a
formação de uma reserva a ser usada como o pagamento dos filhos ou investir
em um negócio próprio.

5.2. Regime Geral da Previdência – RGPS

O Regime Geral de Previdência Social (RGPS) tem suas políticas


elaboradas pela Secretaria de Previdência do Ministério da Economia e
executadas pelo instituto Nacional do Seguro Social (INSS), autarquia federal
vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário. Este Regime
possui caráter contributivo e de filiação obrigatória. Dentre os contribuintes,
encontram-se os empregados, empregadores, empregados assalariados,
domésticos, autônomos, contribuintes individuais e trabalhadores rurais.
Todo trabalhador com carteira assinada é automaticamente filiado à
previdência Social. Quem trabalha por conta própria precisa se inscrever e
contribuir mensalmente para ter acesso aos benefícios previdenciários. São
Segurados da Previdência Social os empregados, os empregados domésticos,
os trabalhadores avulsos, os contribuintes individuais e os trabalhadores rurais.
Até mesmo quem não tem renda própria, como as donas-de-casa e os
estudantes, pode se inscrever na Previdência Social. Para se filiar é preciso ter
mais de 16 anos.
O trabalhador que se filia à Previdência Social é chamado de segurado.
5.3. TÉCNICAS QUE INFLUENCIAM O PRODUTO

Fase de Acúmulo/Diferimento
É aquele decorrido entre a data de início da vigência do plano e a data
de concessão do benefício. Em outras palavras, é o período de acumulação/
poupança em que são feitas as contribuições que capacitam o participante em
receber o benefício.

Fase de Renda/Benefício
É o período na qual os rendimentos/ou resgaste são realizados. Em
outras palavras, é o período no qual você não irá mais realizar contribuições na
previdência e somente irá receber os benefícios mensais ou o valor acumulado
mais os juros no resgaste.

Taxa de Administração

Refere-se às despesas com a gestão financeira do fundo, contratada a


uma empresa especializada. A cobrança ocorre durante toda a fase de
contribuição e incide sobre o capital total, incluindo os rendimentos. Esse custo
é regulamentado pelo Banco Central e pela Comissão de Valores Mobiliários.

Taxas de Carregamento

É cobrada logo na Entrada do plano ou no Final do plano (Postecipado)


e a cada Depósito ou Contribuição que você faz. Isso quer dizer que, se esse
custo for de 5%, a cada R$ 100,00 investidos só R$ 95,00 serão creditados
efetivamente em seu plano. Em outras palavras, quanto maior o percentual,
menor a fatia de contribuição do seu depósito feito por você que vai “engordar
o seu capital”
As instituições financeiras têm liberdade de cobrar taxas de até 10% nos
planos VGBL e PGBL, com aprovação da SUSEP.

Regulamento do fundo, elaborado de acordo com as disposições


5.4. Portabilidade

É a transferência, parcial ou total, do saldo acumulado entre fundos do


plano contrato, ou para outros planos, outra seguradora ou Entidade Aberta de
Previdência Complementar – EAPC, durante o período de acumulação, por
vontade do titular. O prazo mínimo para portabilidade é de 60 dias da data do
aporte inicial.

5.5. Transferências Entre Planos

Não é permitido mudar de modalidade, ou seja, de um VGBL para


um PGBL e vice-versa. Se quiser fazê-lo, o investidor deverá resgatar seja
recursos e aplicar novamente em outro plano, o que implicará em cobrança de
IR sobra o dinheiro retirado, conforme regime tributário escolhido e vigente à
época do resgaste.
Sendo assim somente é possível realizar portabilidade de planos de
previdência de PGBL para PGBL e de VGBL para VGBL.
Quanto ao regime de tributação é possível trocar a tabela de cobrança
de imposto de renda da progressiva para a regressiva. O contrário, entretanto,
não é possível. Uma vez escolhida a tabela regressiva, deve-se permanecer
com ela.

OBS: Tempo Mínimo para resgate e portabilidade é de 60 dias.


Resgate

Uma das formas de sair do plano, ou seja, de utilizar a reserva


acumulada, pode ser o resgate total, caso o cliente não queira passar a receber
uma renda mensal. Para essa opção, há duas formas disponíveis de resgate:

• Resgate programado: são definidas datas certas para a retirada do


dinheiro. Os recursos que continuarem no plano permanecerão rendendo.
• Resgate total: é a alternativa mais barata para o usuário, mas não é
indicada para quem não tem experiência em gerir seu patrimônio. Afinal, se o
dinheiro ficar parado, deixará de render.
5.6. Fase de Benefício

Fase na qual o investidor recebe o benefício em forma de renda mensal.


5.7. Possibilidade de pagamento de juros e/ou excedente
financeiro

É a diferença entre a rentabilidade do fundo de investimento e a


rentabilidade do índice de atualização do plano. Essa diferença, quando
positiva, é creditada no plano de previdência do titular.
O excedente financeiro deve estar aprovado em estatuto para que seja
realizado o repasse ao participante/beneficiário do plano de previdência.
5.8. Tábua Atuarial ou Biométrica

Tábua atuarial é o estudo e métrica que avalia a expectativa de vida de


um indivíduo de acordo com um conjunto de fatores utilizados pelo governo, no
caso da previdência social, planos de previdência privada ou de plano de vida,
para calcular a expectativa de vida de um grupo especifico ou da população de
determinado lugar – Influenciando com isso, diretamente, na taxa de juros que
regerá o benefício.
Nesta situação quanto mais antiga a tabua utilizada em seu plano de
previdência menor será a expectativa de vida e a contribuição por parte do
participante será menor. O inverso é verdadeiro, quanto mais atual for a tábua
atuarial utilizada maior será a expectativa de vida e maior será a contribuição
por parte do participante.

Atualmente temo as seguintes tábuas atuariais são AT-83 e AT-2000 e


BR-EMS.

5.9. FIE - Conceito

Fundo de investimento especialmente constituído ou o fundo de


investimento em quotas de fundos de investimento especialmente constituídos,
cujos únicos quotistas sejam, direta ou indiretamente, sociedade seguradoras e
entidades abertas de previdência complementar ou no caso de fundos com
patrimônio segregado, segurados e participantes de VGBL ou PGBL.
5.10. Classificação dos Fundos

Classificação Conforme Anbima


5.11. PLANO GERADOR DE BENEFÍCIOS LIVRES (PGBL)

O PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) é mais vantajoso para


aqueles que fazem a declaração do imposto de renda pelo formulário
completo. É uma aplicação em que incide risco, já que não há garantia de
rentabilidade, que inclusive pode ser negativa. Ainda assim, em caso de ganho,
ele é repassado integralmente ao participante.
O resgate pode ser feito no prazo de 60 dias de duas formas: de uma
única vez, ou transformado em parcelas mensais. Também pode ser abatido
até 12% da renda bruta anual do Imposto de Renda e tem taxa de
carregamento.

Em resumo o PGBL é um plano de previdência na qual é possível


abater 12% da renda bruta anual no seu imposto de renda, com isso é
possível diminuir o pagamento de imposto de renda. Outra característica
deste plano é que a incidência de imposto de renda é sobre o valor Total
do investimento (Total aplicado + Juros recebidos).

5.12. VIDA GERADOR DE BENEFÍCIOS LIVRES(VGBL)

O VGBL, ou Vida Gerador de Benefício Livre, é aconselhável para


aqueles que não têm renda tributável, já que não é dedutível do Imposto de
Renda, ainda que seja necessário o pagamento de IR sobre o ganho de capital.
Nesse tipo de produto, também não existe uma garantia de rentabilidade
mínima, ainda que todo o rendimento seja repassado ao integrante. O primeiro
resgate pode ser feito em prazo que varia de dois meses a dois anos. A partir
do segundo ano, também pode ser feita a cada dois meses.
Nesta modalidade a incidência de imposto de renda é somente
sobre o rendimento ganho.
5.13. RESUMO PGBL E VGBL

5.14. Regimes de Tributação (Imposto de Renda)

REGIME DE TRIBUTAÇÃO REGRESSIVO

Quanto maior o prazo menor será o imposto cobrado.


REGIME DE TRIBUTAÇÃO PROGRESSIVA

Quanto maior o valor recebido entre resgate total ou resgate


parcial, maior será o imposto pago. Outra característica da Tabela
Progressiva é de que no ato do resgaste ocorre a tributação de 15% na fonte.
No ano subsequente ao saque deve-se realizar a declaração do Imposto de
Renda e realizar o Ajuste deste imposto recolhido. Ex:
 Se o cliente fez o resgaste e o valor o “%” a ser pago de imposto
de renda é “27,5%”, no ato do resgaste será tributado “15%” na fonte, e o
restante dos “12,5%” deverá ser pago no ano seguinte juntamente com a
declaração do imposto de renda.
 Se o cliente fez o resgaste e o valor “%” a ser pago de imposto de
renda é de “0%”, ano ato do resgaste será tributado “15%” na fonte, e no ano
seguinte será realizada a restituição deste “%” pago no resgaste.

Segue a tabela progressiva do Imposto de Renda:


DICA para não ERRAR Previdência na Prova

PGBL + IR (PROGRESSIVA) PGBL + IR (REGRESSIVA)

Declaração Completa; Declaração Completa;


Dedução de 12% de Rendimentos Tributáveis;
Dedução de 12% de Rendimentos Tributáveis;
IR sobre o valor TOTAL (Aplicação + JurosIRRecebidos)
sobre o valor TOTAL (Aplicação + Juros Recebidos)

VGBL + IR (PROGRESSIVA) VGBL + IR (REGRESSIVA)

Declaração Simplificada; Declaração Simplificada;


IR sobre o valor dos rendimentos (Juros Recebidos)
IR sobre o valor dos rendimentos (Juros Recebidos)
Indicado para CURTO PRAZO até 4 Anos.Indicado para LONGO PRAZO ACIMA 4 Anos.
PARA FIXAR OS CONHECIMENTOS DESTE CAPÍTULO

ACESSE NOSSO SIMULADO PELO SITE OU PELO APLICATIVO LEAD INVEST

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https://www.leadinvest.com.br/simuladocea
6. GESTÃO DE CARTEIRA E RISCO

O objetivo deste módulo é verificar se o profissional tem domínio de


determinados conceitos associados à estatística, gestão de carteiras e análise
de riscos. Cálculos poderão ser exigidos e a utilização de calculadoras
financeiras será permitida.
Este modulo representa de 10 a 20% de sua prova.

6.1. Noções de

Estatística MÉDIA

A média é um conceito que busca entender o comportamento dos


preços em determinado período. No seu conceito ele busca as variações de
preço diárias de uma ação e estas variações são dividas pela quantidade de
dias utilizados nesta análise. Neste tipo de análise o investidor busca entender
o comportamento médio de preço a fim de tomar uma decisão de
investimentos. A principal vantagem do cálculo da média é o cálculo do retorno
esperado de um investimento.

Considerando que uma ação teve as seguintes oscilações nos primeiros


5 dias de um determinado mês:

1º dia → +

3% 2º dia →
+ 4% 3º dia
→ − 2% 4º

dia → − 1%
Assim podemos calcular o “retorno médio” deste ativo, calculando a
média destes valores.

X  3  4  (2)  (1)  1  5  1%
55

O que acontece com a média se somou “X” em cada um dos retornos?


Vamos somar 3% em cada um dos retornos acima e tentar identificar o que vai
acontecer com a média.

1º → + 3% + 3% = 6%
2º → + 4% + 3% = 7%
3º → − 2% + 3% = 1%
4º → − 1% + 3% = 2%
5º → + 1% + 3% = 4%

Assim podemos calcular o novo “retorno médio” deste ativo, calculando a


nova média:

X  6  7  1 2  4  20  4%
55

Ou seja, notamos que a média é de 4%, exatamente 3% maior que a


média anterior. Coincidência? Não, como somamos o mesmo valor em
TODOS os retornos, é de se esperar que a média sofra o mesmo ajuste,
porém o desvio padrão não se altera.

MODA

É o valor que ocorre com maior frequência em uma série de valores.


Exemplo: Considerando que uma ação teve as seguintes oscilações nos
primeiros 5 dias de um determinado mês:
1º → +
3%
2º → +
4%
3º → −
2%

A Moda é − 2%.

Um conjunto de resultado pode apresentar uma moda ou mais, sendo


classificado como:
1 moda = Unimodal
2 modas = Bimodal
3 ou mais = Multimodal

MEDIANA

É o valor que divide o conjunto em dois subconjuntos, onde estes


subconjuntos formados terão exatamente a mesma quantidade de elementos.

Exemplo para amostra ímpar

Considerando que uma ação teve as seguintes oscilações nos primeiros


5 dias de um determinado mês:

1º → + 3%
2º → + 4%
3º → − 2%
4º → − 3%
5º → + 1%

OBS.: Para encontrar a mediana é necessário colocar as oscilações em


ordem:
− 3%; − 2%; + 1%; 3%; 4%

Assim a Mediana = + 1%

Exemplo para amostra Par

Considerando que uma ação teve as seguintes oscilações nos primeiros


5 dias de um determinado mês:

1º → + 3%
2º → + 4%
3º → + 2%
4º → + 6%

Colocando as oscilações em ordem:

+ 2%; + 3%; + 4%; + 6%

Mediana será a média entre os valores centrais:

+ 3 + 4 = 3,5%
2
Instrumentos estatísticos para avaliar a volatilidade (risco) de
determinado investimento

VARIÂNCIA

Mede o grau de dispersão de um conjunto de dados é dado pelos


desvios (variação/volatilidade) em relação à média desse conjunto.

Cálculo da variância:
Considerando que uma ação teve as seguintes oscilações nos primeiros
5 dias de um determinado mês:

1º → + 3%
2º → + 5%
3º → + 7%
4º → − 2%
5º → + 2%

Primeiro efetuar o cálculo da média:

X  3  5  57  (2)  2  15
5
 3%
Calcular agora a variância:

σ 2  (3  3)2  (5  3)2  (7  3)2  (2  3)2  (2  3)2


X
4

σ 2 0  4  16  25  1  46  11,5%
X 4
4

Assim a Variância é de 11,5%.


Algumas dicas para te apoiar na análise da variância:

 Sabendo a variância é possível determinar o desvio padrão,


extraindo a sua raiz quadrada.
 Quanto maior for a variância maior será o desvio padrão e
consequentemente, maior será o risco.
 Ativos com retornos constantes possuem variância nula.

DESVIO PADRÃO

A variância possui um problema de construção como medida de


dispersão de dados: ela apresenta uma unidade de medida igual ao quadrado
da unidade de medida dos dados originais. Esse problema é resolvido
extraindo-se a raiz quadrada da variância, o que chamamos de desvio-
padrão.
Desvio Padrão é a VOLATILIDADE de um ativo e utilizado como
principal medida de risco de se investir em determinado ativo (investimento).
Quais dos dois ativos abaixo possuem maior risco?

Data PETR4 VALE5

07/07
− 4% − 2%
Cálculo da média para PETR4:

08/07
− 3% − 1% X  (4)  (3)  1 6  (5)  5  1%
PETR 4
5 5
09/07
+ 1% +1%
Cálculo da média para VALE5:
(2)  (1)  1 (2)  (1) 5
10/07
+ 6% − 2% X     1%
VALE5
5 5

11/07
− 5% − 1%

Ou seja, o retorno esperado nas duas carteiras são os mesmos. Qual


ação escolher então?
Um investidor racional, diante de dois ativos similares com mesmo
retorno, irá escolher o de menor risco, para isso devemos calcular o Desvio
Padrão de cada ativo.

Cálculo do Desvio padrão para PETR4:

 2X (4  (1))2  (3  (1))2  (1 (1))2  (6  (1))2  (5  (1))2


4

9  4  4  49  16  82
 X2 
4 4  20,5
 4,52%
Cálculo do Desvio padrão para VALE5:

 2X (2  (1))2  (1 (1))2  (1 (1))2  (2  (1))2  (1 (1))2
4

1 0  4  1 0  6
2
X 4 4
 1,5%
 1,22%

Assim podemos afirmar que a ação da PETR4 possui um RISCO MAIOR


para o investidor, por apresentar um desvio-padrão maior.
Neste caso o investidor racional irá optar em comprar ações da VALE5

Em alguns casos é possível identificar “visualmente” qual o ativo é mais


volátil. Olhe o exemplo abaixo:

Janeiro Fevereiro Março Abril

Fundo A: 0,5% 2,3% – 4,0% – 2,9%

Fundo B: – 1,2% 0,45% – 0,25%


0,9%

Percebemos que “Fundo A” possui maior risco, volatilidade,


variância e desvio padrão do que o “Fundo B”, devido a sua variação
(mudança) no preço ser maior que o “Fundo B”.
BETA ()

Beta é a volatilidade (risco) da performance média relativa ao mercado.

Uma carteira de mercado, Ibovespa ou IBrX por exemplo, possui


diversas ações de diversos setores diferentes. Logo, presumimos que a mesma
não sofre com riscos não sistemáticos, por ser diversificada. Como as suas
oscilações são afetadas apenas pelo risco sistemático, assumimos que suas
oscilações representam 100% desse risco, logo, o coeficiente beta dessa
carteira será sempre igual a 1. (100% = 100/100 = 1)

Já o Beta de uma ação pode assumir vários valores, como:

 Se b > 1, a carteira de ativos oscila mais que a carteira


de mercado, ou seja, tem um risco maior se comparada ao risco do mercado.
Então, se o mercado está em alta, o retorno da carteira de ativos é maior do
que o retorno da carteira de mercado. Se o mercado está em baixa, o retorno
da carteira de ativos é menor do que o retorno da carteira de mercado. Em
outras palavras, ou o ativo “sobe mais” ou “cai mais”. O ativo também se
caracteriza
por ser agressivo.
 Se b = 1, a carteira de ativos tem o mesmo risco que a
carteira de mercado.
 Se b < 1, a carteira de ativos é menos arriscada do que a
carteira de mercado e o ativo se caracteriza por ser defensivo.

Caso o investidor deseje obter um retorno próximo ao Ibovespa ou ao


IBr- X sem precisar comprar todas as ações da carteira, deverá procurar ações
que façam parte do índice e que tenham o coeficiente beta próximo de 1.

O coeficiente Beta (β) é usado para medir o Risco não-diversificável


(SISTEMÁTICO);
O Desvio Padrão é usado para medir o Risco Diversificável (NÃO
SISTEMÁTICO);
Instrumentos estatísticos para avaliar comportamento de
determinado investimento em relação a outro investimento

COVARIÂNCIA

Em geral, observa-se que quando os juros sobem, os preços das ações


caem. Este comportamento sugere que há uma covariância negativa entre as
variáveis taxa de juros e preços de ações.
A covariância é uma medida que avalia como as variáveis X e Y se inter-
relacionam de forma linear, ou seja, como Y varia em relação a uma
determinada variação de X.
Quando a covariância é:
 Positiva, duas variáveis tendem a variar na mesma direção; isto
é, se uma sobe, a outra tende a subir e vice-versa;
 Negativa, duas variáveis tendem a variar em direções opostas;
isto é, se uma sobe a outra tende a cair e vice-versa;
 Zero: Difícil de se identificar um comportamento interdependente
entre as variáveis.

CORRELAÇÃO

A covariância busca mostrar se há um comportamento de


interdependência linear entre duas variáveis. Porém, a covariância é uma
medida dimensional, sendo afetada pelas unidades de medida das séries X e
Y.
Para corrigir esse problema da covariância, chegou-se a medida de
correlação que é um número adimensional que varia entre – 1 e 1 (inclusive).

A correlação (ou coeficiente de correlação linear de Pearson) é dada


pela fórmula.
O coeficiente de correlação mostra se há relação linear entre duas
séries de dados X e Y.
Se o coeficiente de correlação:
 For igual a 1: significa que existe relação linear perfeita entre X e
Y, de tal forma que se X aumenta, Y aumenta na mesma proporção também;
 For igual a – 1: significa que existe relação linear perfeita entre X
e Y, de tal forma que se X aumenta, Y diminui na mesma;
 For igual a zero: não existe relação de linearidade entre as
variáveis X e Y;

Exemplo de Correlação entre dois ativos


RESUMO DE COVARIÂNCIA E CORRELAÇÃO

Ambas as medidas são utilizadas para quantificar o grau de


diversificação de uma carteira. Mensura a inter-relação entre duas variáveis.
Como uma variável explica a outra.

Ao calcular a correlação ou covariância, podemos encontrar um número:

 Positivo: Indica que as duas variáveis oscilam no mesmo


sentido;
 Negativo: indica que as duas variáveis oscilam em direções
opostas;
 Zero: indica que não é possível determinar o grau de
diversificação entre os ativos;

A Correlação é um valor que sempre oscila de – 1 a 1 e quanto menor


o índice, maior o grau de diversificação.

COEFICIENTE DE DETERMINAÇÃO

O coeficiente de determinação (R2) mostra quanto da variação de Y é


explicada pela variação de X e quanto da variação de Y é devida a fatores
aleatórios.
O coeficiente de determinação (R2) mede o grau da correlação.Seu
resultado é de 0 a 1, quanto mais próximo de 1 mais forte é a correlação, e
quanto mais próximo de 0 mais fraca é a correlação entre duas variáveis.

A fórmula do coeficiente de determinação é:


Instrumento estatístico para avaliar probabilidade de acerto de
determinado investimento

DISTRIBUIÇÃO NORMAL

A Distribuição Normal explica a probabilidade de um evento ocorrer.

A importância de se saber a média e o desvio-padrão, está em


conhecer a probabilidade de os eventos ocorrerem. As probabilidades de
se afastar da média certa quantidade de desvios-padrão já estão calculadas
pelos estatísticos.

Para obter-se exatamente 95% de probabilidade de acerto em seu


investimento, é necessário utilizarmos 1,96 desvios padrões.

Segue abaixo no nível de desvio padrão necessário para obter certa


probabilidade de acerto:

 1 desvio padrão = 68,26%;


 2 Desvio Padrão= 95,44%;
 3 Desvio Padrão= 99,74%;
Ex: Considere que um fundo de investimento em ações tenha média dos
retornos igual a 4% e um risco (desvio padrão) de 3%, então é de se esperar
que os futuros retornos destes ativos estejam entre:

Cálculo para um desvio padrão:

4% (média) – 3% (um desvio padrão) = 1%


4% (média) + 3% (um desvio padrão) = 7%

Assim é de se esperar que os retornos deste fundo estejam entre:


1% a 7% → Com aproximado 68% de confiança.

Cálculo para dois desvios padrão:

4% (média) – 6% (dois “desvios padrão”) = – 2% 4% (média) + 6% (dois “desvios padrão”) = 10%

Assim é de se esperar que os retornos deste fundo estejam entre:


– 2% a 10% → Com aproximado 95% de confiança.

Cálculo para três desvios padrão:

4% (média) – 9% (três “desvio padrão”) = – 5% 4% (média) + 9% (três “desvio padrão”) = 13%

Assim é de se esperar que os retornos deste fundo estejam entre:


– 5% a 13% → Com aproximado 99% de confiança.
Graças ao conceito de distribuição normal, é possível determinar a perda
máxima de uma carteira, com certa probabilidade de ocorrer.

Exemplo: se uma carteira possui média dos retornos igual a 3% e


desvio padrão de 2%, logo é de se esperar que em 95% dos casos seu
retorno oscile
entre – 1% (média menos 2 desvios padrões) a 7% (média mais dois desvios
padrões).

Nesse caso, mantendo-se a média e o desvio padrão, pode-se garantir


para o investidor que a sua perda máxima será de 1% em 95% das perdas
ocorridas pelo fundo.

Alguns fundos prometem isso para o cliente no Formulário de


Informações Complementares (antigo prospecto), gerando todo um trabalho de
gestão e controle dos riscos. Para isso é necessária adoção às práticas como
as que veremos em seguida.

Resumo Instrumentos Estatísticos


6.2. Risco, Retorno e Mercado

Mercado Eficiente

O conceito de mercado Eficiente reforça que os mercados financeiros


são "eficientes em relação à informação". Ou seja, um agente não consegue
alcançar consistentemente retornos superiores à média do mercado (com um
determinado nível de risco), considerando as informações publicamente
disponíveis no momento em que o investimento é feito.

Existem três versões principais da hipótese: "fraca", "semiforte" e "forte".


 A hipótese "fraca" considera que os preços negociados para os
bens (por exemplo, ações, obrigações ou propriedade) refletem toda
a informação histórica disponível publicamente.
 A hipótese "semiforte" afirma que os preços refletem todas as
informações publicamente disponíveis, e também que os preços mudam
instantaneamente para refletir as novas informações públicas.
 A hipótese "forte" afirma que os preços refletem instantaneamente
até mesmo informações ocultas ou "privilegiadas". Há evidências a favor e
contra as hipóteses "fraca" e "semiforte", ao passo que há evidências fortes
contra a hipótese "forte".

6.3. Seleção de Carteiras e Modelo Markowitz

Retorno Esperado

Retorno esperado de uma carteira é o retorno mais provável do ativo


(Avaliando comportamento médio do passado) e multiplicado pela
probabilidade de ocorrência do mesmo diante de determinado cenário.

Retorno Esperado do Ativo = Probabilidade de Ocorrência x Retorno Investimento


Retorno Esperado do Carteira = Peso do Ativo na Carteira x Retorno
Esperado dos Ativos

Exemplo

6.4. Diversificação de risco de uma Carteira e Modelo de Markowitz

6.4.1.1. Teoria de Markwitz

A teoria do portfólio mostra que o risco de uma carteira não é dado


simplesmente pela média do risco dos ativos individuais, pois é preciso
considerar a correlação existente entre os ativos. Sendo assim, pode-se dizer
que a "palavra-chave" que permeia a teoria de Markowitz é o conceito
de diversificação, com o intuito de reduzir o risco da carteira.

Deve-se levar em conta a diversificação do risco na construção de


portfólios, e que é possível construir uma série de portfólios, nos mais variados
níveis de retorno exigidos, que sejam otimizados para a redução do risco

A teoria de Markowitz trabalha cada um desses pontos:


 Risco da carteira (analise dos ativos);
 Minimização do risco (Analise da Carteira);
 Fronteira eficiente (seleção da Carteira;
Na teoria de Markowitz é que o risco de um ativo medido
isoladamente torna-se diferente quando esse ativo é incluído em uma
carteira.

A teoria de Markowitz mostrou que na medida em que o investidor


diversifica sua carteira, escolhendo ativos com correlação negativa, ele
consegue reduzir, ou até eliminar (pelo menos na teoria) o risco diversificável
(risco não sistemático).

A razão pela qual a diversificação melhora a relação risco e retorno é


que, na medida em que novos ativos são adicionados a uma carteira de
investimentos, o risco total, medido pelo desvio-padrão da carteira
apresentado anteriormente, é reduzido. Já o retorno da carteira é
determinado pela média ponderada dos retornos dos ativos individuais.

O princípio da dominância afirma que o investidor racional prefere o


investimento que proporcione o maior retorno esperado para o mesmo nível
de risco. Ou ainda o menor risco para o mesmo retorno esperado.

O processo para encontrar a carteira de mínima variância (CMV) se


resume em encontrar o “portfólio ótimo” através de um ponto de mínimo
(derivada). Este portfólio será o de menor desvio-padrão dentre todas as
combinações possíveis.
A partir da CMV, se fizermos um ponto em todas as combinações de
ativos que possuem o menor nível de risco (desvio-padrão) para qualquer
retorno superior ao da CMV, obteremos a "fronteira eficiente de
Markowitz".

6.5. Modelo de Precificação de Ativos CAPM

O CAPM é uma equação que expressa o retorno requerido por um


ativo/investimento em função do Beta desse ativo. Utilizado para definir se um
ativo está supervalorizado (caro) ou subvalorizado (Barato) no momento da sua
negociação no mercado.

Sua formula é=
Obs: Neste calculo adicionamos a taxa livre de Risco (Taxa Selic), então
o objetivo é entender que o seu retorno tem que ser acima da taxa livre de
risco.

O modelo CAPM é um modelo de formação de preço de ativos que


equaciona a relação básica entre risco e retorno, presente em todos os tipos de
decisões financeiras.
O modelo CAPM equaciona a relação entre o risco não diversificável e o
retorno exigido para o conjunto de ativos.
Uma vez que o risco diversificável não interessa para o investidor, pois é
passível de eliminação, será utilizada uma nova medida de mensuração do
risco não diversificável.

6.6. Capital Market Line – CML

É a carteira Eficiente, composta pela combinação de ativos com risco


(desvio padrão) e um ativo livre de risco, que maximiza a relação de risco e
retorno do investidor.
A CML tem seu intercepto na taxa livre de risco e sua inclinação
representando o coeficiente de recompensa para variabilidade, quanto maior
for a inclinação melhor a relação de risco e retorno da carteira.
A carteira ótima é a melhor combinação de ativos de risco para serem
combinados com ativos seguros para formar uma carteira completa, esse
Coeficiente de recompensa (inclinação da CML) é aquele que tangência a
fronteira Eficiente.
A diferença entre Markowitz para a CML é que na CML ocorre a adição
do ativo livre de risco à fronteira eficiente, na qual não é utilizado pelo modelo
de Markowitz.
6.7. SML – Security Market Line

A SML é uma reta que mostra que o retorno exigido pelo mercado (Eixo
Vertical – RE) para o nível de risco sistemático (Eixo Horizontal – Beta)
A reta do mercado de títulos é composta por títulos individuais ou
carteiras em condições de equilíbrio, situados sobre a reta.
A linha de mercado de títulos (SML) relaciona o retorno esperado e o
Beta, e representa a relação risco-retorno para todos os títulos considerados
individualmente, bem como para todas as carteiras possíveis.

Obs: CML relaciona o retorno esperado com o desvio padrão, e


apresenta a relação risco-retorno para carteiras eficientes – aquelas formadas
por ativos com risco e um isento de risco (análise de carteira).
Dica de Prova:

A diferença entre CML e SML reside na avaliação do seu risco, a CML


avalia o risco pelo desvio padrão (avaliando setor), já a SML avalia o risco pelo
Beta (avaliando o mercado).

6.8. APT – Arbitrage Pricing Theory

APT surgiu como alternativa ao CAPM, na qual possibilita a relação


risco retorno de um ativo com múltiplos fatores de risco que capturam o risco
sistemática e não apenas ao retorno do portfólio de mercado.

APT assume mercados às vezes com preços incorretos, antes que o


mercado acabe corrigindo e voltando ao valor justo. Usando o APT, os árbitros
esperam tirar proveito de quaisquer desvios em relação ao valor justo de
mercado.

6.9. Alocação de Ativos

Expressão utilizada pelos profissionais de mercado para referência à


escolha dos ativos que irão compor as carteiras. Trata-se justamente da
Seleção dos ativos que serão parte integrante de uma carteira de investimento
e em que quantidade.
Estabelecer um “mix” de ativos é um processo dinâmico e um dos mais
importantes para conhecermos a relação risco e retorno de nossas carteiras.
Seus objetivos como investidor devem estar bem representados no “mix”
de de ativos de sua carteira.

Alocação Estratégica de Ativos

O asset Allocation Estratégico emprega a “política básica de mix de


ativos”. Essa mistura proporcional de ativos é baseada nos rendimentos
esperados para classe de ativos no longo-prazo.
Por Exemplo:
 Rendimento de 10% ao ano em Ações;
 Rendimento de 5% ao ano em Renda Fixa;
 Sendo assim, o Retorno Esperado é de 7,5% ao ano;

Alocação de Ativos com Pesos Constantes

Uma alocação de Ativos de pesos constantes é uma estratégia na qual


cada ativo é rebalanceado constantemente para manter a política de alocação.

Por Exemplo:
 Se uma classe de ativos tiver caído de preço o investidor poderia
comprar um pouco mais dela por avaliar que esteja relativamente “Barata”, e
se essa classe de ativos subir de preço poderia ser vendida por ter se tornado
“cara”.

Alocação Tática de Ativos

A Alocação Tática de Ativos atua em três (3) principais classes de ativos


(ações, títulos e dinheiro) são ativamente equilibradas e ajustada com a
intenção de maximizar retornos da carteira e minimizar os riscos em relação a
um ponto de referência, como um índice.

Ex: Um investidor emprega alocação tática de ativos pode chegar a uma


combinação prudente de ativos adequados à tolerância ao risco e aos objetivos
de investimento.
Se esse investidor optar por uma alocação de carteira moderada, ela
pode ser direcionada para 65% em ações, 30% de Títulos e 5% de caixa.
Neste estilo de investimento que a torna tática é que a alocação mudará
dependendo do mercado prevalecente (ou esperado) e das condições
econômicas. Dependendo dessas condições e dos objetivos do investidor, a
alocação a um ativo especifico
(ou mais de um ativo) pode ser ponderada por valores neutros, ponderada ou
subponderada.

Alocação Dinâmica de Ativos

É uma forma de alocação em que o “mix” de ativos é ajustado


dinamicamente de acordo com a “Subida” ou “Descida” da bolsa ou com o
fortalecimento ou enfraquecimento da economia.

Ex: Se a bolsa está aparentando fraqueza as ações são vendidas


rapidamente ou fazemos uma diminuição de nossa alocação em ações. Por
outro lado, se o mercado se torna forte as ações são imediatamente
recompradas em antecipação aos ganhos futuros do mercado.

Alocação de Ativos Garantida

Estratégia de alocação onde não permitimos que a carteira caia abaixo


de um valor pré-determinado. Quando a carteira atingir um resultado acima de
uma base pré-estabelecida, emprega-se a administração ativa buscando obter
o maior retorno possível.
Por outro lado, se a carteira caixa abaixo de um valor determinado,
todos os ativos serão investidos em ativos livres de risco de forma a não se
perder o valor base definido. Nesse ponto o investidor deveria rever sua
estratégia e buscar novas formas de investir.
Esta estratégia é adequada à cliente avessos ao risco, investidores que
desejam um determinado grau de administração ativa de suas carteiras, mas
também que gostam de segurança de poder estabelecer um piso mínimo
abaixo do qual não é permitido a carteira cair.

Alocação Integrada de Ativos

A alocação integrada de ativos considera tanto o retorno esperado dos


ativos — como as estratégias anteriores — quanto o risco em que cada um
deles está envolvido.
Ela procura combinar algumas das estratégias anteriormente mostradas,
de acordo com os objetivos e o perfil do investidor, para criar uma carteira que
atenda às suas necessidades de forma mais fiel. É importante, porém, que as
estratégias aplicadas não tenham metodologias opostas, como a alocação de
ponderação constante e a dinâmica.
Um meio de alcançar o objetivo principal da alocação de ativos, e reduzir
riscos e custos em busca de uma rentabilidade mais expressiva é diversificar
os aportes entre ativos de renda fixa e variável. Tomando essa atitude, o
investidor conta com a segurança de um retorno garantido combinada com o
potencial de uma rentabilidade maior.

6.10. Acordo de Basileia

O Acordo de Basileia é um tratado para regular o funcionamento dos


bancos e instituições financeiras. Ratificado por mais de 100 países em 1988
durante a Convenção de Basileia, na Suíça, o acordo definiu uma série de
critérios e regras para dar mais segurança e preservar a solidez do sistema
bancário mundial. Chamado oficialmente de International Convergence of
Capital Measurement and Capital Standards, o acordo de Basileia tem como
base duas medidas principais.
A primeira é a criação de uma metodologia comum de avaliação de risco
de crédito para as operações financeiras.
Já a segunda obriga que as instituições financeiras mantenham sempre
um índice mínimo de capital depositado em caixa.

6.10.1. Basileia I

O tratado inicial determinou as três regras básicas que fundamentam o


acordo. São elas:
 Índice mínimo de capital. Também conhecido como índice de
Basileia. Determina que um banco deve manter depositados em caixa pelo
menos 8% do valor atual dos seus empréstimos.
 Capital regulatório. Determina que a instituição mantenha uma
quantia de capital próprio depositado em caixa para mitigar possíveis riscos;
 Avaliação de risco. Obriga toda instituição a avaliar o risco das
suas operações de empréstimo e financiamento. Para isso, a base principal é a
análise do perfil de crédito do tomador.

6.10.2. Basileia II

Com um mais direcionamento mais subjetivo, o Basileia II teve como


objetivo reforçar o conjunto de medidas estabelecidas no primeiro acordo.
Porém, ao mesmo tempo, esse acordo também deu mais liberdade aos
bancos. Sendo assim, o Basileia II permitiu que os limites de capital fossem
adequados de acordo com o Banco Central de cada país.

6.10.3. Basileia III

Após a crise de 2008, o terceiro acordo de Basileia veio para ampliar as


regras contidas nos acordos anteriores. Logo, o Basileia III aumentou a
regulação sobre o sistema financeiro. Isso, obviamente, levou a imposição de
limites mais rígidos para a atuação dos bancos e instituições. As duas medidas
mais importantes nesta nova parte do acordo são:
 Colchão de conservação de capital. Além dos 8% de índice
mínimo de capital do primeiro acordo, a regra estabelece que as instituições
mantenham uma reserva extra de 2,5%. Com isso, o percentual de capital que
deve permanecer depositado sobe para 10,5%.
 Colchão contracíclico de capital. Além do índice mínimo, essa
regra determina que as instituições também mantenham em caixa uma reserva
entre 0% e 2,5% sobre o capital emprestado do banco. Nesse caso, a taxa
varia de acordo com a situação do sistema financeiro de cada país e é
destinada especialmente para mitigar o risco de crise sistêmica.
6.11. Gestão de risco em Fundos de Investimentos e Carteiras
Administradas

6.11.1. Prêmio pelo Risco/Retorno

6.1.11.1. Índice Sharpe

Calcula a rentabilidade de um ativo, considerando o seu risco (Risco x


Retorno) em relação ao setor econômico.
O índice Sharpe se faz necessário em decisões quando estamos
comparando investimentos similares (risco Diversificável) e uma das opções
possui maior retorno enquanto a outra possui menor risco, como o exemplo
a seguir:
EXEMPLO
4
Retor Ris
no co Nesse exemplo, nenhum dos ativos domina o
outro, já que um possui maior retorno e o outro
Fundo 23% 5% menor
A
risco. Para definirmos qual a melhor opção de
investimento é necessária calcular o Índice Sharpe.
Fundo 20% 3%
B

Mede quanto de prêmio é recebido por risco assumido:

Onde:
 Rp = Rentabilidade esperada de um investimento com risco maior quezero.
 Rf =: Rentabilidade de um investimento sem risco.
 σp: Volatilidade ou desvio-padrão do investimento com risco.
Calculando o Índice Sharpe, considerando uma taxa livre de risco de
13% (Selic):

Assim, para cada 1% de risco assumido no ativo A, tem-se 2% de


retorno, enquanto esse mesmo 1% de risco assumido no ativo B, retorna
2,33%. Logo, a melhor relação risco retorno é de B.

 Quanto maior o Índice Sharpe, melhor a relação risco x retorno e


melhor o desempenho do fundo.
 Quanto menor o Índice Sharpe, pior é a relação risco x retorno e
pior o desempenho fundo.

Existe também o Índice Sharpe Modificado, em que a única diferença


está em considerar o benchmark do fundo ao invés da taxa livre de risco.

Aplicação do Índice Sharpe em gráfico de risco x retorno:


A e B possuem o mesmo retorno, porém B possui menor risco que A,
logo: Índice Sharpe de B é maior que o Índice Sharpe de A.
A e C possuem o mesmo risco, porém A possui maior retorno que C,
logo: Índice Sharpe de A é maior que o Índice Sharpe de C.

6.1.11.2. Índice Treynor

Se considerarmos que uma carteira de ações possui diversas ações de


diversos segmentos, logo chegamos à conclusão que a mesma é bem
diversificada, eliminando o seu risco não sistemático, sobrando apenas o
risco sistemático. Nesse caso, talvez seja mais interessante utilizar como
medida de risco o coeficiente beta da carteira ao invés do desvio padrão.
Por esse motivo foi criado o índice Treynor, que é uma medida similar
ao Índice de Sharpe, com a diferença de que, em vez de usar como medida
de risco o desvio-padrão ou semi-desvio, usa o coeficiente Beta. Além disso,
ela é uma medida de excesso de retorno em relação ao risco sistemático.
O risco de ativos individuais ou de um pequeno grupo de ativos pode ser
melhor descrito pelo seu co-movimento com o mercado (Beta).
Assim, o Índice de Treynor parece ser particularmente útil para essa
tarefa, quando a carteira do investidor é uma de muitas carteiras incluídas em
um grande fundo.
RESUMO SHARPE X TREYNOR

INDÍCES CÁCULO

Retorno Fundo-Taxa livre risco


ÍNDICE SHARPE
(Selic) Desvio Padrão do
Fundo

ÍNDICE Retorno Fundo-Benchmark do


SHARPE fundo Desvio Padrão do
MODIFICAD Fundo
O

Retorno Fundo-Taxa livre risco


ÍNDICE TREYNOR
(Selic) Coeficiente beta da
carteira

6.2. Índice de Modigliani

O índice de Modigliani é uma medida de retorno ajustado pelo risco


usado na análise de carteiras de investimento, no qual o retorno do fundo é
ajustado para sua volatilidade.
Ao contrário do índice de Sharpe, ele utiliza o retorno absoluto do fundo
e não o retorno relativo à taxa livre de risco.
O índice é calculado da seguinte forma:

Onde: σrm = desvio padrão (risco) da carteira de mercado;


σrj = desvio padrão (risco) do investimento em avaliação;
Rj = rentabilidade do investimento;
Rf = taxa de retorno de um ativo livre de risco;
Rm = rentabilidade do mercado.
6.2.11. Value At Risk

O cálculo do Valor em Risco (ou VAR) é um método de se obter o valor


esperado da máxima perda (ou pior perda) dentro de um horizonte de tempo
com um intervalo de confiança.

Exemplo de um fundo de investimento que possui em sua Lâmina de


Informações Complementares:

“VAR de 1% para 1 dia e 95% de confiança”


Significa que, para o dia seguinte, há 95% de chances de o valor da
perda da carteira não ser maior que 1% do Patrimônio Líquido do fundo.
O valor real da perda pode ser maior que 1%, pois há 5% de chances de
a estimativa ser ultrapassada.

Stress Test

O Stress Test mede quanto um portfólio pode perder em uma situação


hipotética de Stress macroeconômico, chamado Cenário de Stress.

O VAR estará correto 95% do tempo, e errado 5% das vezes (outros


graus de confiança são possíveis). Como podemos avaliar qual a perda
máxima que uma instituição financeira ou um fundo de investimento pode
sofrer?
O VAR não fornece a informação de quanto pode chegar a perda máxima.

Por exemplo, quando dizemos que o VAR é de 1%, não conseguimos


imaginar se a perda máxima, que pode acontecer com probabilidade menor do
que de 5%, será 2%, 10% ou 50%.

Para saber até onde a perda de valor de uma carteira pode chegar
temos que usar a técnica chamada de stress test.
O Stress Test normalmente é utilizado como um complemento do VAR,
com o objetivo de medir as perdas quando o grau de confiança (normalmente
95%) é ultrapassado. São, em geral, situações de stress de mercado,
conhecidas como fat tail (cauda grossa), que é uma referência à "ponta" da
distribuição normal dos retornos, e que pode assumir valores muito altos,
imprevisíveis se apenas o VAR for utilizado.

Stop Loss

O Stop Loss é a o limite de perda máxima aceita pelo investidor. Esta


ferramenta é utilizada quando os limites de VAR são ultrapassados.

Por exemplo, seja um Fundo que tenha um limite, definido em estatuto,


de VAR de 1% em um dia, com 95% de confiança. Ou seja, o gestor deste
Fundo não pode posicionar sua carteira de modo que possa perder mais que
1% do seu valor em um dia, com 95% de chances.

Digamos que, em determinado momento, a volatilidade dos mercados


aumente de maneira generalizada. Utilizando esta nova volatilidade, o gerente
de risco descobre que o Fundo está correndo o risco de perder 2% em um dia,
com 95% de chances.

Neste momento, o gestor é obrigado a se desfazer de posições, de


modo que o risco de perdas diminua para 1% em um dia, com 95% de
chances. A este movimento de reversão de posições para diminuição do risco
chamamos Stop Loss.

Portanto, no contexto do VAR, o stop loss não necessariamente “corta”


um prejuízo, mas apenas diminui posições de risco.

Back Testing

Qualquer modelo de VAR deve ser testado para aferir a sua precisão. O
Back Testing é uma ferramenta utilizada para este teste. Ou seja, o modelo é
alimentado com dados históricos, e o número de violações (ocorridas no
passado) do limite de VAR é medido, de modo a verificar se estão dentro do
nível de confiança estabelecido.

Normalmente o Back Testing é utilizado para testar modelos derivados


através de simulações.

PROCESSO DE GESTÃO DE RISCO DA CARTEIRA

Resumo Gestão de Risco da Carteira


Medidas de Avaliação em Fundo de Investimento

Tracking Error

Tracking error é uma medida de quão aproximadamente um portfólio


replica o seu benchmark.

O tracking error mede o desvio-padrão da diferença entre os retornos do


portfólio e os do benchmark. Para um fundo que visa replicar um índice
(passivo), o tracking error deverá ser tão próximo quanto possível de
zero.

Ou seja, o tracking error é dado pelo desvio-padrão das diferenças entre


os retornos de um fundo e os retornos do seu benchmark em um determinado
período. Quanto mais “volátil” forem estas diferenças, maior será o
tracking error.

Erro Quadrático

Mede o desvio médio das variações das cotas do fundo em relação


as variações de seu indicador de referência, ou benchmark.
Quanto menor o EQM, melhor – maior a aderência das cotas do fundo
ao benchmark. Usado para analisar a performance dos fundos de gestão
passiva.

O Erro Quadrático Médio, por sua vez, é dado pela seguinte equação:

Ou seja, o erro quadrático médio é calculado pela média das diferenças


ao quadrado entre os retornos de um fundo e os retornos de seu benchmark.
O Erro Quadrático Médio será sempre um número positivo ou igual a
zero (quando o retorno do fundo for igual ao retorno do seu benchmark),
porém, o mesmo não pode ser negativo.
PARA FIXAR OS CONHECIMENTOS DESTE CAPÍTULO

ACESSE NOSSO SIMULADO PELO SITE OU PELO APLICATIVO LEAD INVEST

https://www.leadinvest.com.br/simuladocea-modulo-6

https://www.leadinvest.com.br/simuladocea
7. PLANEJAMENTO DE INVESTIMENTO

O objetivo deste módulo é verificar se o profissional possui uma visão


geral e consolidada dos tópicos anteriores, tem domínio dos conceitos
apresentados e sua aplicação na avaliação de produtos de investimento,
incluindo os principais indicadores de retorno e risco abordados nos itens
anteriores do programa. Cálculos poderão ser exigidos tendo como base os
itens anteriores do programa. Espera-se que o profissional demonstre uma
visão consolidada, permitindo desta forma uma recomendação adequada de
alocação de investimentos em função do perfil dos investidores, suas reações
na perspectiva de Finanças Comportamentais e do processo de decisão. (Para
os cálculos as fórmulas serão fornecidas).
Este Módulo representa 15 a 25% do conteúdo cobrado na prova.

7.1. Análise do Perfil do Investidor

Análise do Perfil do investidor (API) é uma ferramenta utilizada pelas


instituições financeira com o intuito de adequar o produto de investimento ao
perfil do seu cliente, buscando atender as expectativas de retorno/risco, visto
cada cliente possuir um perfil e expectativas diferentes quando o assunto é
investimento. Sendo assim as Instituições participantes deverão adotar
procedimentos formais, estabelecidos de acordo com critérios próprios, e
controles que possibilitem verificar o processo de API (Análise do Perfil do
Investidor) buscando entender o objetivo e situação financeira do cliente.

Para definição do objetivo de investimento do Investidor, as


instituições participantes devem considerar, no mínimo, as seguintes
informações do Investidor:

I. Período em que será mantido o investimento;


I. As preferências declaradas quanto a assunção de riscos;
II. As finalidades do investimento;
Para definição da situação financeira do Investidor, as instituições
participantes devem considerar, no mínimo, as seguintes informações do
Investidor:

I. O valor das receitas regulares declaradas;


I. O valor e os ativos que compõem seu patrimônio;
II. A necessidade de recursos futuro declarada;

A API (Análise do Perfil do Investidor) pode ser realizado mediante


contato pessoal ou com o uso de qualquer meio de comunicação, seja sob
forma oral, escrita, eletrônica ou pela rede (internet) mundial de
computadores.

A Instituição deve atualizar as informações relativas ao perfil de seus


clientes em intervalos não superiores a 24 (vinte e quatro) meses.

Não é obrigatório a aplicação do API para os clientes:

I. Investidores Qualificados. (Lembre-se que todo investidor


profissional também é qualificado);
II. Pessoa jurídica de direito público;
III. Cliente tiver sua carteira de valores mobiliários administrada
discricionariamente por administradores de carteira de valores
mobiliários autorizados pela CVM.

Obs: Investidor Pessoa Jurídica considerada investidor qualificado


não é necessário preencher o API.
Após finalizar o preenchimento do questionário, o cliente
poderá ser classificado em um dos três perfis indicados
abaixo:

Perfil Conservador: Clientes com este perfil têm como objetivo a


preservação do capital e possuem baixa tolerância a riscos. Também é
representado por clientes que, apesar de estarem dispostos a correr um pouco
mais de riscos na busca por retornos diferenciados, tenham necessidade de
sacar os recursos em curto período de tempo.

Perfil Moderado: Clientes com este perfil estão dispostos a correrem


alguns riscos em investimentos, buscando um retorno diferenciado no médio
prazo, com baixa necessidade de liquidez no curto prazo, havendo
disponibilidade para diversificar parte das aplicações em alternativas mais
arrojadas.

Perfil Arrojado: Clientes com alta tolerância a riscos, baixa ou nenhuma


necessidade de liquidez no curto/médio prazo e que estejam dispostos a
aceitar as oscilações dos mercados de risco (e possíveis perdas) na busca por
retornos diferenciados no longo prazo.
Produtos Sugeridos de Acordo com o Perfil do Investidor

Situações Atípicas no Preenchimento do API (Análise Perfil


Investidor)

Caso o cliente se recuse a assinar o API: Assina o termo de recusa


na qual atesta a não intenção do cliente em preencher o questionário API, e no
qual
o cliente assume os riscos financeiros relacionados às aplicações dos recursos
nos produtos, serviços e operações escolhidos por ele.

Termo de Investidor Qualificado: poderá ser preenchido apenas pelos


clientes Pessoa Jurídica que declaram essa condição, afirmam que a empresa
possui investimentos financeiros no valor superior à R$ 1 MM e ainda atestam
possuir conhecimento suficiente sobre os mercados financeiro e de capitais, de
modo a estarem dispensados da obrigação do Banco de verificar a adequação
dos produtos, serviços ao seu Perfil de Investimento;
Termo de Desenquadramento: Termo na qual o cliente atesta a
aceitação em aplicação em um investimento fora do seu perfil. Aceitando riscos
maiores mesmo fora do seu perfil.

Obs.: O perfil é valido somente para o titular da conta. É realizado


um API por CPF/CNPJ.

7.2. Decisões do Investidor na Perspectivas de Finanças


Comportamentais

A todo o momento no mercado financeiro qualquer pessoa que decide


realizar algum tipo de investimento passa pelo processo de tomada de decisão
de investimentos na qual pode ocorrer conflitos de decisões ou com fotografias
emocionais anteriores veja alguns exemplos:

 Investir em poupança pelo simples motivo de ser a aplicação que


os nossos pais sempre utilizaram;
 Comprar uma ação por um determinado valor. Depois, acordar em
um belo dia com uma notícia trágica de essa companhia estar envolvida em um
esquema de corrupção, em que tudo aponta para uma grande crise no curto e
médio prazo. Mesmo assim, não optar em vender a ação, pelo fato de o valor
atual ser inferior ao valor de compra (realizar prejuízo);
 Investir em CDB somente de grandes bancos. Evitar aplicar em
bancos pequenos, que em geral oferecem taxas mais atrativas e para valores
até R$ 250 mil que estão cobertos pelo FGC;
 Aplicar em um fundo de ações em um momento ruim de mercado,
resgatar após as primeiras quedas e nunca mais reaplicar nesse tipo de
investimento;
 Ler uma reportagem em uma revista ou jornal, sobre determinado
ativo financeiro ou instituição financeira, e em seguida decidir investir nesse
ativo;
Diante do que foi mencionado acima vemos que nem sempre os
investidores tomam decisões racionais. Por este motivo iniciou-se os estudos
das finanças comportamentais com o objetivo de entender as ilusões cognitivas
no processo de tomada de decisões em investimentos.

Com isto criou-se dois conceitos de tomada de decisões em


investimento pela perspectiva das finanças comportamentais que são:

Razão: Quando agimos com razão estamos vendo a estratégia como


um todo, as consequências e resultados daquela tomada de decisão. A razão
pode ser considerada nosso freio e também, muitas vezes, o nosso impulsor.
Emoção: A emoção nos faz agir por impulso, pensando somente no
bem- estar, no prazer e na alegria momentânea. Ela é responsável por nos
fazer rir, chorar e sorrir. É algo que desperta em nós, sem que usemos a lógica,
o bom senso, ou a racionalidade.

7.2.1. Heurísticas

As heurísticas são atalhos mentais que agilizam e simplificam a


percepção e a avaliação das informações que recebemos. Por um lado, elas
simplificam enormemente a tarefa de tomar decisões; mas, por outro, podem
nos induzir a erros de percepção, avaliação e julgamento que escapam à
racionalidade ou estão em desacordo com a teoria da estatística. Esses erros
ocorrem de forma sistemática e previsível, em determinadas circunstâncias, e
são chamados de vieses.

7.2.2. Disponibilidade

Decisões influenciadas por ocorrências e eventos recentes na memória


do investidor.
Experiências mostraram que exemplos de categorias mais numerosas
são recordados mais rapidamente do que categorias menos numerosas, que
ocorrências prováveis são mais fáceis de imaginar do que ocorrências
improváveis e que conexões associativas são fortalecidas quando dois eventos
frequentemente ocorrem simultaneamente.

Vieses cognitivos que emanam da heurística da Disponibilidade:


• Facilidade de lembrança: Os indivíduos julgam que os eventos
mais facilmente recordados na memória, com base em sua vividez ou
ocorrência recente, são mais numerosos do que aqueles de igual frequência
cujos casos são menos facilmente lembrados.
• Capacidade de recuperação: Os indivíduos são enviesados em
suas avaliações da frequência de eventos, dependendo de como suas
estruturas de memória afetam o processo de busca.

Exemplos aplicados a investimentos:


1. Comprar ações da empresa X após ler em uma revista que o
lucro da mesma bateu recorde;
2. Vender ou não comprar ação de uma companhia aérea após ser
noticiado a queda de uma aeronave;

7.2.3. Representatividade

A heurística da representatividade tem como característica a


classificação de uma coisa com base na semelhança com um caso típico ou
comum. Decisões a partir de associações com estereótipos formados e
desprezo de informações relevantes para a tomada de decisão. As pessoas
julgam os eventos pela sua aparência e semelhança, não pela probabilidade de
eles acontecerem. Os indivíduos avaliam a probabilidade de um evento “B”
pelo nível em que um evento “A” se assemelha de “B”.

Vieses cognitivos que emanam da heurística da representatividade:


• Falta de sensibilidade a proporções da base: Os indivíduos
tendem a ignorar as proporções da base na avaliação da probabilidade de
eventos, quando é fornecida qualquer outra informação descritiva, mesmo se
esta for irrelevante.
• Falta de sensibilidade ao tamanho da amostra: Os indivíduos,
frequentemente, não são capazes de apreciar o papel do tamanho da amostra
na avaliação da confiabilidade das informações da mesma.
• Concepções errôneas sobre o acaso: Os indivíduos esperam
que uma sequência de dados gerados por um processo aleatório pareça ser
"aleatória", mesmo quando for demasiado curta para que aquelas expectativas
sejam estatisticamente válidas.
• Regressão à média: Os indivíduos tendem a ignorar o fato de
que eventos extremos tendem a regredir à média nas tentativas subsequentes.
• A falácia da conjunção: Os indivíduos julgam erradamente que
as conjunções (dois eventos que ocorrem em conjunto) são mais prováveis do
que um conjunto mais global de ocorrências do qual a conjunção é um
subconjunto.

Exemplos aplicados a investimentos:


 Desistir de investir em ações porque teve experiências negativas
anteriormente, pois anteriormente já perdeu 10% neste investimento;
 Acreditar que toda vez que uma ação chegar ao preço de R$
10,00 a mesma terá valorização, visto isto já ter ocorrido no passado;

7.2.4. Ancoragem

A heurística da Ancoragem faz com que a exposição prévia a uma


informação nos leve a considerá-la fortemente na tomada de decisão ou na
formulação de estimativas, independentemente de sua relevância para o que é
decidido ou estimado, ocorre quando tomamos uma decisão ou avaliação com
base no primeiro pedaço de informação recebida. Nossa primeira impressão
atua como um ponto de âncora ou de referência a que todas as informações
subsequentes e relacionadas são comparadas. Se a âncora contém
informações incompletas ou irrelevantes podemos acabar fazendo uma má
decisão.
A ancoragem se deve principalmente a um mecanismo relacionado à
forma como a nossa mente funciona: o priming. O priming é o efeito decorrente
da enorme capacidade associativa da nossa mente, que faz com que palavras,
conceitos e números evoquem outros similares, um após o outro, numa reação
em cadeia. Ou seja, uma palavra é mais rapidamente lembrada, e se torna
mais
disponível na nossa mente, se tiver conexão com outras vistas/ouvidas em um
momento recente. É também o processo pelo qual experiências recentes nos
predispõem, de forma automática, a adotar determinado comportamento. É
muito comum a ancoragem se basear em valores.

Da heurística da ancoragem emanam três vieses:


• Ajuste insuficiente da âncora: preconiza que as pessoas
desenvolvem estimativas partindo de uma âncora inicial, com base em
qualquer informação que seja fornecida, a qual é ajustada até produzir uma
resposta final. Uma consequência importante da utilização dessa heurística é
que o ajuste geralmente é insuficiente, ou seja, a resposta final frequentemente
fica próxima dessa âncora.
• Vieses de eventos conjuntivos e disjuntivos: estudos indicam
que as pessoas tendem a superestimar a probabilidade de eventos conjuntos
(eventos que devem ocorrer em conjunção com um outro) e subestimar a
probabilidade de eventos disjuntivos (eventos que ocorrem
independentemente). “Esse viés fornece explicações importantes para os
problemas de cronograma de projetos que requerem planejamento
multiestágio, pois a tendência geral de superestimar a probabilidade de
eventos conjuntivos leva a um injustificado otimismo na avaliação da
propensão de que planos serão bem-sucedidos ou que projetos serão
finalizados no prazo”.
• Excesso de confiança: em análise de decisão, especialistas
frequentemente são requisitados a expressar suas crenças em relação a uma
quantidade, tal como o valor médio do índice da Bolsa de Valores em um
determinado dia, na forma de distribuição de probabilidade. “Tal distribuição é
geralmente construída por meio da solicitação para que as pessoas
selecionem valores que correspondam a percentis específicos na sua
distribuição de probabilidade subjetiva”.

Exemplos aplicados a investimentos:


 Um investidor que compra a ação da companhia “A” que custa R$
80, tende a achar barata a ação da companhia “B”, cotada em R$ 20, ainda
que as duas empresas não tenham nenhuma correlação.
 Investidor aplica em um fundo de investimento um valor de R$
100.000,00 e a bolsa começa a cair. Ele decide não se desfazer do
investimento, independentemente de qual seja a perspectiva futura do preço e
da economia, enquanto não “recuperar” o valor investido inicialmente.
 Comprar ação de uma companhia que está custando R$ 5,00,
justificando a decisão de investimento pelo fato do valor dessa mesma ação já
ter chegado à R$30,00 meses atrás;

7.2.5. Aversão à perda

A aversão à perda não é uma heurística, como trata o edital da


certificação, e sim um viés comportamental. A Aversão à Perda (loss aversion,
em Inglês) é um viés que nos faz atribuir maior importância às perdas do que
aos ganhos, nos induzindo frequentemente a correr mais riscos no intuito de
tentar reparar eventuais prejuízos.
Alguns estudos sugerem que isso se dá porque, do ponto de vista
psicológico, a dor da perda é sentida com muito mais intensidade do que o
prazer com o ganho.

Em investimentos isso acontece quando decidimos manter investimentos


não lucrativos e vender investimentos com ganho.

Exemplos aplicados a investimentos:


 Investir em caderneta de poupança, mesmo não estando
satisfeito com o retorno, guiado principalmente pelo medo de se expor a riscos
maiores;
 Ter dificuldades financeiras, investir todo dinheiro em ações em
busca de recuperar poder de compra e de fazer uma poupança;
 Não olhar o saldo de sua aplicação em fundo de ações após o
índice Ibovespa sofrer uma perda significativa;
 Ação cai 30% e investidor não vende por medo de realizar o
prejuízo, porém uma ação sobe 5% o investidor vende este investimento,
ganhando apenas 5%;
7.2.6. Efeitos de estruturação

De acordo com essa abordagem, a maneira como um problema é


estruturado ou a forma como a informação é apresentada, exerce um impacto
importante no processo decisório. É a influência na decisão de investimento da
forma como as alternativas ou o problema é apresentado (framing).

Exemplos aplicados a investimentos:


 Fazer uma operação no mercado de derivativos que te garanta o
dobro do valor investido com 80% de chance. Qual a sua propensão em
investir?
 E se anunciasse esse mesmo investimento como algo que lhe
oferecesse uma probabilidade de 20% de perder todo seu investimento. Qual a
sua nova propensão a investir nesse mesmo ativo?

Resumo Finanças Comportamentais


7.3. Vieses Comportamentais

7.3.1. Excesso de Confiança

É a tendência que leva a pessoa a confiar excessivamente em seus


próprios conhecimentos e opiniões, além de superestimar sua contribuição
pessoal para a tomada de decisão, tendendo a acreditar que sempre está certa
em suas escolhas e atribuindo seus eventuais erros a fatores externos.
Dentre os motivos do qual deriva esse viés é de acreditarmos que a
informação em nosso poder é suficiente para a tomada de decisão.
Isso gera uma tendência de acreditar que somos mais inteligentes em
controlar os eventos e riscos do que realmente somos ou que possuímos
capacidade de análise acima da média dos outros agentes do mercado.

7.3.2. Armadilha da Confirmação

Os indivíduos tendem a buscar informações de confirmação para o que


consideram ser verdadeiro e negligenciam a busca de indícios de não
confirmação. Nesse sentido as contas mentais são comuns e surgem de formas
muito criativas, desde papel de pão às planilhas de fluxo de caixa.

7.3.3. Ilusão de Controle

Ocorre quando indivíduos equivocadamente pensam que têm o controle

de uma situação e na verdade não têm. Isso torna as pessoas mais otimistas
sobre os resultados esperados e mais confiantes na precisão de suas previsões.
A ilusão de controle seria uma reação dos indivíduos para aliviar o
desconforto frente à incerteza.
7.4. Planejamento de Investimento

7.4.1. Planejamento Financeiro Pessoal

7.4.1.1. Etapas e Processo de Planejamento Financeiro

7.4.2. Orçamento Pessoal

Orçamento pessoal e familiar está diretamente ligado ao planejamento


de gastos e receitas (salário) de uma família ou de uma pessoa. A fim de
determinar a situação financeira o cálculo abaixo é utilizado para determinar a
situação do orçamento familiar.
Faça uma lista com todas as suas despesas, das maiores até as
mais corriqueiras;
 Selecione tudo o que for: “Receitas, Despesas, Dívidas e seus
Investimentos”;
 Compartilhe com a família, para que a mesma participe do
processo;
 Faça um orçamento com todos os valores já mencionados;
 Em posse destas informações você tem um breve resumo da sua
vida financeira.

Fórmula:

Rendas Auferidas – Despesas Gerais = Saldo

Se as receitas forem maiores que as despesas haverá sobra de


recursos que poderão ser aplicados a fim de receber rendimentos.

Se as Receitas forem menores que as despesas haverá a necessidade


de financiamento e empréstimo, visto não ser possível pagar suas despesas
pela falta de rendimentos ganhos.

7.5. Patrimônio Líquido (Ativos e Passivos) e Índice de


endividamento

Ativos são entendidos como os bens e direitos que uma empresa possui
e estão diretamente ligados com a capacidade da mesma em gerar resultados
financeiros.
Passivos são entendidos como as despesas contraídas pela empresa a
fim de financiar a sua atividade produtiva (atividade fim).
Patrimônio Líquido está diretamente ligado ao capital dos sócios.

O índice de endividamento é a forma de calcular a quão endividada está


uma empresa e qual o risco associado pelo seu endividamento.
Fórmula:

Índice de Endividamento = (Passivo/Ativo) * 100

7.6. Reserva de Emergência

Reserva de Emergência é o montante de dinheiro que é necessário em


um momento emergencial, como um acidente de carro, a perda de um emprego,
alguma reforma inesperada em casa ou até mesmo um falecimento inesperado.
Esse recurso guardado é o que garante que a pessoa terá segurança e
tranquilidade para quitar seus débitos sem grandes perdas de padrão de vida
em momentos de maior dificuldade.
O tamanho da Reserva de Emergência depender muito de pessoa para
pessoa e de seu padrão de vida, expectativas também. Para se determiner o
tamanho da Reserva de Emergência essencial se deve realizer uma análise
detalhada da vida do cliente, como seguros, bens e etc.
Os produtos indicados para reserve de emergência devem ser produtos
que possuam liquidez diária na qual o cliente consiga resgatar rapidamente
para sanar seu momento de emergência. Os produtos mais indicados são:
 Poupança;
 CDB (com liquidez diária);
 Fundos de Investimento DI;
 Tesouro Selic (LFT);
PARA FIXAR OS CONHECIMENTOS DESTE CAPÍTULO

ACESSE NOSSO SIMULADO PELO SITE OU PELO APLICATIVO LEAD INVEST

https://www.leadinvest.com.br/simuladoceamodulo-7

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8. MÓDULO ADICIONAL

8.1. Regimes de Tributação (Imposto de Renda)

8.1.1. TRIBUTAÇÃO EM PREVIDÊNCIA PRIVADA

REGIME DE TRIBUTAÇÃO

REGRESSIVO

Quanto maior o prazo menor será o imposto cobrado.

REGIME DE TRIBUTAÇÃO PROGRESSIVA

Quanto maior o valor recebido entre resgate total ou resgate parcial,


maior será o imposto pago. Segue a tabela progressiva do Imposto de Renda:
DICA para não ERRAR Previdência na Prova

PGBL + IR (PROGRESSIVA) PGBL + IR (REGRESSIVA)

Declaração Completa; Declaração Completa;


Dedução de 12% de Rendimentos Tributáveis;
Dedução de 12% de Rendimentos Tributáveis;
IR sobre o valor TOTAL (Aplicação + JurosIRRecebidos)
sobre o valor TOTAL (Aplicação + Juros Recebidos)

VGBL + IR (PROGRESSIVA) VGBL + IR (REGRESSIVA)

Declaração Simplificada; Declaração Simplificada;


IR sobre o valor dos rendimentos (Juros Recebidos)
IR sobre o valor dos rendimentos (Juros Recebidos)
Indicado para CURTO PRAZO até 4 Anos.Indicado para LONGO PRAZO ACIMA 4 Anos.

8.1.2. Tributação em “Fundo de Investimento”

A tributação em fundo de investimento ocorre sempre na “FONTE”,


isto quer dizer, a tributação ocorre somente no resgaste.
A ÚNICA exceção para esta regra são os fundos que possuem a
sistemática do “COME-COTAS”, na qual irá ocorrer a cobrança 15% ou 20%
anualmente, cobrados semestralmente (Maio e Novembro) e esta cobrança irá
afetar a quantidade de cotas, reduzindo a quantidade de cotas.

O único fundo que não cobra IOF, é o fundo de ações, os demais


seguem a regra de cobrança para resgates até 29 dias.
Fund Tributação Tributação Quando
os IR IOF pagar
Até 180 dias

Todos 22,5% Até o 29° dias é No


fundos, 181 dias até 360 dias cobrado resgaste ,
20,0%
exceto 361 até 720 dias direto na
ações fonte
17,5%
Acima de 720 dias

15,0%
No
Fundo de 15% ISENTO resgaste ,
ações direto na
fonte

Compensação de Perdas em fundos de investimento:


Há possibilidade compensar perdas realizadas em um fundo de
investimento, porém só pode ser compensada caso você reinvista no fundo de
mesma classe de Imposto de Renda (Imposto da Tabela Regressiva de Longo
Prazo, Imposto da Tabela Regressiva de Curto Prazo, Imposto de Renda
Variável), e fundo de mesmo administrador (caso invista com o administrador
XPTO, deve-se investir novamente com o administrador XPTO).

8.1.3. Investimentos Isentos de IMPOSTO de RENDA para pessoa


física (Renda Fixa):

 LCI;
 LCA;
 Poupança (isento para pessoa física e jurídica sem fins lucrativos);
 Debêntures incentivadas
8.1.4. Tributação de IMPOSTO de RENDA para pessoa física (Renda
Fixa)

Tabela Regressiva

IOF: Fica isento após 30 dias da data da aplicação

8.1.5. Tributação em compra e venda de Ações

A tributação no mercado de ações é de responsabilidade do investidor,


sendo assim ele deve recolher o imposto sobre os ganhos de capital sempre
no último dia útil do mês seguinte em relação ao mês na qual obteve ganhos
financeiros.
Ex.: Cliente obteve ganhos financeiros no mês de agosto, o imposto de
renda sobre estes ganhos somente deverá ser pago no último dia útil de
Setembro.

Tributação em ações:

Isenção de pagamento de Imposto de renda: Somente ocorre isenção


do pagamento sobre o imposto de renda em vendas realizadas no mês que
não ultrapasse o valor de R$ 20.000,00.

Ex.: Investidor comprou ações da Petrobras em Maio no pagamento no


total R$ 15.000,00, o mesmo vendeu estas ações no valor total de R$
19.800,00 e vendeu no mês de junho. Sendo assim, como as vendas foram
abaixo de R$ 20.000,00 não há incidência de imposto de renda.

Compensação de perdas: É a possibilidade de ficar isento do


pagamento de imposto de renda, porém só é possível caso tenha auferido
perda de capital em operações com ações no mês atual e em meses
posteriores.

Ex.: Investidor teve prejuízo de R$ 10.000,00 no mês anterior, porém


neste mês ele ganhou R$ 10.000,00, este investidor está isento do pagamento
do imposto de renda.

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