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Reitor
Pe. Marcelo Fernandes de Aquino, SJ
Vice-reitor
Pe. José Ivo Follmann, SJ
Editora Unisinos
Diretor
Pe. Pedro Gilberto Gomes, SJ
Alcides Brugnera
Charline Barbosa Pires
Editora Unisinos
2011
ISBN 978-85-7431-465-5
Editor
Carlos Alberto Gianotti
Acompanhamento editorial
Mateus Colombo Mendes
Fonte: elaborado pelos autores com base no Pronunciamento Conceitual Básico – Estrutura
Conceitual para Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis.
Contabilidade geral ou
Itens financeira Contabilidade gerencial
Subsistema de Informação
CONTABILIDADE DE CUSTOS
NÃO
PCGA
REGULADA
Cabe lembrar que o cálculo do custo com a finalidade contábil deverá se-
guir as normas técnicas de contabilidade e a legislação em vigor. Logo, no cál-
culo dos custos para avaliar os estoques e apurar o custo dos produtos vendidos
(CPV), as empresas industriais devem observar a legislação vigente, quanto à
filosofia de custeio a ser adotado (absorção integral), e o método de avaliação
dos estoques (valor médio; primeiro a entrar, o primeiro a sair (PEPS) ou preço
específico).
As finalidades gerenciais de custos, por sua vez, são amplas e fundamentais
no ambiente empresarial. Segundo Bornia (2002), um sistema de custos geren-
ciais deve permitir mensurar o custo dos produtos e serviços e, principalmente,
permitir avaliar o desempenho de uma empresa, fornecendo informações para a
área de produção, financeira, vendas e planejamento, tais como:
«« informações para elaboração do orçamento da empresa;
«« projeção de vendas e de produção;
«« formação do preço de venda dos produtos e serviços
«« avaliação do desempenho dos produtos;
«« controle de consumo de materiais e custo dos processos produtivos; etc.
Verifica-se, portanto, que as informações de custos têm finalidades contá-
beis, ou seja, observando as normas contábeis e a legislação vigente, são utili-
zadas na avaliação dos estoques e, por consequência, na definição do custo dos
produtos vendidos (CPV), bem como finalidades gerenciais, na medida em que
subsidiam o processo decisório de gestores de várias áreas da empresa (produ-
ção, financeira, vendas, planejamento, logística etc.).
Termos-chave
Contabilidade de custos – subsistema da contabilidade que acumula, organiza e in-
terpreta os dados relacionados às atividades da empresa, produzindo informações de
custos com finalidade contábil (contabilidade geral ou financeira) e gerencial.
Contabilidade geral ou financeira – deve observar, necessariamente, as normas contá-
beis e a legislação vigente. Elabora as demonstrações contábeis voltadas, principalmen-
te, para os usuários externos.
Referências
ATKINSON, Anthony A. et al. Contabilidade gerencial. São Paulo: Atlas, 2000.
BEULKE, Rolando: BERTÓ, Dálvio J. Gestão de custos. São Paulo: Saraiva, 2005.
BORNIA, Antônio Cezar. Análise gerencial de custos. São Paulo: Atlas, 2002.
CPC. Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Pronunciamento Conceitual Básico. Es-
trutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis.
Pronunciamento aprovado em 11/01/2008. Disponível em: <www.cpc.org.br>. Acesso
em: 05 mar. 2011.
FREZATTI, Fábio. Controle gerencial: uma abordagem da contabilidade gerencial no
contexto econômico, comportamental e sociológico. São Paulo: Atlas, 2009.
HORNGREN, Charles T.; FOSTER, George; DATAR, Srikant M. Contabilidade de custos. 9.
ed. Rio de Janeiro: LTC, 2000.
IUDÍCIBUS, Sérgio de; et al. Contabilidade introdutória. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
IUDÍCIBUS, Sério de; MARION, José C. Curso de contabilidade para não contadores: para
as áreas de administração, direito e engenharia. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
LEONE George S. G. Curso de contabilidade de custos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
OTT, Ernani; PIRES, Charline B. Conceito e Objetivos da Contabilidade. In: José Francis-
co Ribeiro Filho; Jorge Lopes; Marcleide Pederneiras (Org.). Estudando Teoria da Conta-
bilidade. 1 ed. São Paulo: Atlas, 2009, p. 57-74.
REEVE, James M. et al. Fundamentos de contabilidade: princípios. São Paulo: Cengage
Learning, 2009.
RIBEIRO, Osni M. Contabilidade de custos. São Paulo: Saraiva, 2009.
WARREN, Carl S.; REEVE, James M.; FESS, Philip E. Contabilidade gerencial. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning, 2003.
Para um bom entendimento dos temas discutidos nos próximos capítulos, é im-
portante conhecer o significado dos termos específicos utilizados pela contabili-
dade de custos, bem como as classificações de custos. Por esta razão, neste ca-
pítulo, apresentam-se as principais terminologias de custos e as classificações de
custos e despesas quanto à forma de alocação ou identificação com o produto/
serviço ou receita e com relação às variações do volume de produção ou vendas.
Desembolso
Martins (2003, p. 25) explica que um desembolso pode ser entendido como
o “pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço”, podendo acontecer
durante (à vista) ou após (no caso de compras a prazo) a entrada da utilidade
comprada.
Para Perez Jr., Oliveira e Costa (2003, p. 16), desembolso refere-se a “saída
de dinheiro do caixa ou do banco”. Os desembolsos ocorrem devido ao pagamen-
to de uma compra efetuada à vista ou de uma obrigação assumida anteriormente.
São exemplos de desembolsos: a compra de matéria-prima à vista, o pa-
gamento de salário aos funcionários, o pagamento de fornecedores referente a
compras efetuadas a prazo, o pagamento de um empréstimo obtido, entre outros.
Investimento
Gasto
Perez Jr., Oliveira e Costa (2003, p. 16) definem o gasto como o “consumo
genérico de bens e serviços” que ocorrem a todo momento em uma empresa.
Os autores chamam atenção para o fato de que o gasto não deve ser con-
fundido com desembolso e afirmam que “Frequentemente, ouvimos as pessoas
dizerem ‘Gastei muito dinheiro’. Na realidade, o dinheiro não é gasto, ele é de-
sembolsado. O que é gasto, ou seja, consumido, são os bens e serviços obtidos
por meio do desembolso imediato ou futuro”.
Considerando os conceitos apresentados, os seguintes itens podem ser
classificados como gastos:
«« consumo de matéria-prima no processo produtivo (adquirida à vista
ou a prazo);
«« contratação e utilização de serviços de vigilância;
«« consumo de energia elétrica;
«« contabilização da folha de pagamento referente à mão de obra utilizada
no período.
Custo
Na definição de Perez Jr., Oliveira e Costa (2003, p. 16), custos são “gas-
tos relativos aos bens ou serviços (recursos) consumidos na produção de outros
bens ou serviços”.
Martins (2003) explica que um custo também é um gasto reconhecido
como custo no momento em que o bem ou serviço é utilizado como fator de
produção, aplicado na fabricação de um produto ou na prestação de um serviço.
Assim, pode-se afirmar que, numa empresa industrial, custos são todos os
recursos consumidos na fabricação dos produtos. Os custos são contabilizados
nas contas de estoques (de produto em elaboração e de produto pronto) e são re-
conhecidos na conta de resultado como custo do produto vendido (CPV) quando
ocorre a venda.
Despesa:
Dutra (2009) explica que a despesa é a parcela do gasto que não tem rela-
ção com a atividade de elaboração de bens e serviços.
As despesas são os “gastos relativos aos bens ou serviços consumidos no
processo de geração de receitas e manutenção dos negócios da empresa. [...] A
empresa tem despesas para gerar receitas e não para produzir seus bens e servi-
ços” (PEREZ JR.; OLIVEIRA; COSTA, 2003, p. 16).
As despesas podem ser:
«« Administrativas: são as despesas relacionadas à administração do negó-
cio. Por exemplo, aluguel, ordenados dos funcionários da administra-
ção, depreciação de móveis e utensílios utilizados no escritório, ener-
gia elétrica, água e telefone utilizados no departamento administrativo,
material de escritório consumido etc.
«« Comerciais ou com Vendas: são as despesas ligadas à atividade de venda
dos produtos ou serviços. Por exemplo, gastos com promoção, coloca-
ção e distribuição de mercadorias, propaganda e marketing, ordenados
dos vendedores, perdas com títulos incobráveis, brindes, etc.
«« Financeiras: juros pagos em função de empréstimos para capital de
giro ou investimentos, despesas bancárias, descontos financeiros con-
cedidos aos clientes etc.
Perdas
Desperdício
Perez Jr., Oliveira e Costa (2003, p. 17), definem desperdícios como os “gas-
tos incorridos no processo produtivo ou de geração de receitas que possam ser eli-
minados sem prejuízo da qualidade ou quantidade dos bens, serviços ou receitas
geradas”.
São exemplos de desperdício o retrabalho para correção de defeitos, esto-
cagem e movimentações desnecessárias e relatórios financeiros, administrativos
e contábeis desnecessários (PEREZ JR.; OLIVEIRA; COSTA, 2003).
Bornia (2002, p. 41) explica que se pode considerar um desperdício o esforço
econômico que não é capaz de agregar valor aos produtos ou que não está relacio-
nado às atividades da empresa. Para o autor, o conceito de “desperdício” é mais
amplo do que o de “perdas”, pois engloba as perdas normais do processo produti-
vo. “Se, por exemplo, um processo trabalha comumente com um índice de 1% de
peças defeituosas e, em um dado período, 5% dos itens produzidos forem defeituo-
sos, a perda normal equivale a 4%, enquanto os desperdícios totalizam 5%.
Ganhos
Custo de produção
Para Perez Jr., Oliveira e Costa (2003), o custo de produção, em uma em-
presa industrial, inclui o custo dos materiais consumidos, acrescido dos demais
gastos incorridos na produção, tais como:
«« custo dos materiais diretos e indiretos;
«« mão de obra direta;
«« mão de obra indireta;
«« energia elétrica;
«« manutenção;
«« depreciação; entre outros.
Verificam-se, na Figura 2, os principais elementos que formam o Custo de
Produção em uma empresa industrial.
MD
MOD CIF
Materiais Diretos
Mão de Obra Custos Indiretos
Matéria-prima
Direta de Fabricação
Embalagem
Custo de Produção
Custeio
Custo Direto
Quanto à forma de
alocação ou
identificação com O
PRODUTO
OU SERVIÇO
Custo Indireto
CLASSIFICAÇÃO
DOS CUSTOS
Custo Variável
Quanto ao
comportamento em
relação às variações
dos volumes DE
PRODUÇÃO
Custo Fixo
A despesa, por sua vez, pode ser classificada quanto à sua relação com as
receitas da empresa como direta ou indireta. Além disso, pode ser classificada
quanto ao seu comportamento em relação ao volume de vendas como fixa ou
variável (Figura 4).
Despesa Direta
Quanto à relação
com a RECEITA DE
VENDAS da empresa
Despesa Indireta
CLASSIFICAÇÃO
DAS DESPESAS
Despesa Variável
Quanto ao
comportamento em
relação às variações
dos volumes
DE VENDAS Despesa Fixa
Custos diretos
Custos indiretos
Critério de rateio “são os cri-
térios utilizados para distribui-
ção dos gastos indiretos aos São classificados como custos indiretos os itens
produtos, centros de custos, de custos cujo consumo para cada unidade produzida
centros de receitas ou receitas não pode ser identificado de forma objetiva, sendo que
geradas” (PEREZ JR.; OLIVEIRA,
a alocação (distribuição) aos produtos terá que ser feita
COSTA, 2003).
de forma estimada, ou seja, por meio de rateios.
Despesas diretas
Despesas indiretas
Custos variáveis
Os custos variáveis são aqueles que mantêm uma relação direta com os vo-
lumes produzidos, ou seja, aumentam ou diminuem na proporção da oscilação
da produção. São exemplos de custos variáveis: matéria-prima e embalagens.
As principais características dos custos variáveis, segundo Perez Jr., Olivei-
ra e Costa (2003), são:
«« seu valor total varia na proporção direta do volume de produção;
«« o valor é constante por unidade, independentemente da quantidade
produzida.
Sendo assim, pode-se afirmar que o custo variável tem o seguinte compor-
tamento:
«« O custo variável unitário é estável por unidade produzida. Por exemplo,
a empresa gasta R$ 10,00 de matéria-prima para produzir 1 unidade do
produto “x” e este valor é constante por unidade (Gráfico 1).
R$12,00
R$10,00
Custo Variável Unitário
R$8,00
R$6,00
R$4,00
R$2,00
R$-
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Quantidade Produzida
R$100,00
R$90,00
R$80,00
Custo Variável Total
R$70,00
R$60,00
R$50,00
R$40,00
R$30,00
R$20,00
R$10,00
R$-
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Quantidade Produzida
Para Perez Jr., Oliveira e Costa (2003), custos fixos são os que permanecem
constantes em relação à quantidade produzida, dentro do limite da capacidade
instalada. São exemplos de custos fixos o aluguel do prédio da fábrica, a depre-
ciação das máquinas e equipamentos, o seguro dos equipamentos utilizados na
produção, etc.
O autor explica que as principais características dos custos fixos são as
seguintes:
«« o custo total permanece constante dentro de certas faixas de produção;
«« o custo por unidade produzida varia na medida em que ocorre variação
no volume de produção;
«« sua alocação aos centros de custos é feita, na maioria de vezes, por
rateios.
R$4.500,00
R$4.000,00
R$3.500,00
Custo Fixo Total
R$3.000,00
R$2.500,00
R$2.000,00
R$1.500,00
R$1.000,00
R$500,00
R$-
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 5000
Quantidade Produzida
R$12,00
R$10,00
Custo Fixo Unitário
R$8,00
R$6,00
R$4,00
R$2,00
R$-
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500
Quantidade Produzida
Observa-se que o custo fixo total não varia em função do volume de pro-
dução, ou seja, permanece fixo no período, independentemente do número de
unidades que a empresa conseguiu produzir. O custo fixo unitário, por outro
lado, diminui na medida em que a produção aumenta.
Em função disto, o ideal é que a empresa consiga produzir o máximo de
unidades possíveis utilizando a mesma estrutura de custos fixos, pois assim ela
poderá distribuir os custos fixos em uma maior quantidade de unidades produ-
zidas, o que reduz seu custo por unidade, conforme ilustra o Gráfico 4.
Despesas variáveis
Termos-chave
Critérios de rateio – são os critérios utilizados para a distribuição dos gastos indiretos
aos produtos/serviços (custos indiretos) e às receitas geradas (despesas indiretas).
Custo – consumo de bens ou serviços para a produção de outros bens/serviços.
Custo direto – são os custos diretamente identificados com os produtos/serviços, tais
como matéria-prima, material de embalagem e mão de obra direta.
Custo fixo – não varia em função do volume de produção. Os custos fixos totais são
constantes em relação à quantidade produzida, dentro do limite de capacidade instala-
da. Por exemplo, aluguel do prédio da fábrica, depreciação das máquinas e equipamen-
tos, salário (e encargos) do supervisor de produção.
Custo indireto – custo que não pode ser identificado de forma direta e objetiva com o
produto/serviço, tais como aluguel do prédio da fábrica e salário (e encargos) do super-
visor de produção.
Custo variável – tem relação direta com o volume produzido. O custo variável total au-
menta ou diminui na proporção em que a produção aumenta ou diminui. Por exemplo,
matéria-prima e embalagem.
Despesa – consumo de bens ou serviços em atividades não relacionadas à produção,
mas sim ligadas à geração de receitas e à manutenção/administração do negócio. As
despesas classificam-se, basicamente, em administrativas, com vendas e financeiras.
Despesa direta – são aquelas que estão diretamente relacionadas com a receita de ven-
das. Por exemplo, comissão e impostos incidentes sobre vendas.
Despesa fixa – são aquelas que permanecem constantes em relação ao volume de ven-
das como salário dos funcionários da contabilidade, despesa com água, luz, telefone.
Despesa indireta – são as despesas que não podem ser identificadas de forma direta
com a receita gerada. Por exemplo, honorários pagos ao contador, aluguel do prédio
administrativo, despesa com água, luz, telefone.
Despesa variável – as despesas variáveis são aquelas que oscilam de forma diretamente
proporcional ao volume de vendas, como, por exemplo, comissão dos vendedores.
Gasto – consumo de um bem ou serviço obtido por meio de desembolso imediato
(compra à vista) ou futuro (compra a prazo).
Referências
BORNIA, Antônio Cezar. Análise gerencial de custos. São Paulo: Atlas, 2002.
CRC-SP. Curso sobre contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 1992.
CRC–SP. Custos: ferramenta de gestão. São Paulo: Atlas, 2000.
DUTRA, René G. Custos: uma abordagem prática. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 9. ed. São Paulo, Atlas, 2003.
PEREZ JR., José Hernandez, OLIVEIRA, Luiz Martins de; COSTA, Rogério Guedes. Gestão
estratégica de custos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
SOUZA, Marcos Antônio; DIEHL, Carlos Alberto. Gestão de custos. São Paulo: Atlas,
2009.
3.1 Materiais diretos
adicionais sobre a compra, tais como fretes, seguros e despesa com armazena-
mento, menos os impostos compensáveis.
No caso de empresas comerciais, são contabilizados o valor de aquisição e
todos os gastos para colocação da mercadoria em condições de venda (como frete
sobre compras, por exemplo), deduzindo-se também os impostos compensáveis.
Assim pode-se estabelecer a seguinte equação para cálculo do custo de
aquisição:
Custo de aquisição (matéria-prima) ou valor para estoque (mercadorias) 5
Valor de compra 1 Gastos para disponibilizar o bem 2 Créditos tributários
Este método é conhecido como FIFO, que é a abreviatura de First In, First
Out ou, em português, como PEPS (Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair). Por este
método as baixas são valorizadas pelas primeiras entradas remanescentes, o que
significa que se utilizam sempre as mercadorias/matérias-primas mais velhas
e, consequentemente, as unidades existentes em estoque correspondem àquelas
adquiridas mais recentemente.
Se as primeiras mercadorias
Para melhor compreensão do método FIFO ou adquiridas são as primeiras a
PEPS, o exemplo a seguir, mostra a movimentação de serem vendidas, o estoque é
matéria-prima de uma empresa em um período de qua- formado pelas últimas merca-
dorias adquiridas.
tro dias:
R$ R$
Data Operação Qtde. Unid. R$ Total Qtde. Unid. R$ Total Qtde. R$ Total
2.700,00
Se as últimas mercadorias
Considerando-se as informações apresentadas na adquiridas são as primeiras
Tabela 2, o custo da matéria-prima utilizada, adotando- a serem vendidas, o estoque
é formado pelas mercadorias
-se o método de controle de estoques UEPS, é apresen-
mais antigas.
tado na Tabela 4.
R$ R$
Data Operação Qtde. Unid. R$ Total Qtde. Unid. R$ Total Qtde. R$ Total
O estoque final, por sua vez, é composto pelas mercadorias mais antigas,
ou seja, pelas 50 unidades que já faziam parte do estoque no início do período.
Como o próprio nome indica, pelo método do custo médio ponderado va-
riável, as baixas do estoque são feitas sempre pelo valor médio das mercadorias/
matérias-primas estocadas.
As principais características deste método são apresentadas no Quadro 5.
R$ R$ R$ R$
Data Operação Qtde. Unid. Total Qtde. Unid. R$ Total Qtde. Médio* R$ Total
2.750,00
* O custo médio é obtido a partir da divisão do valor total de matéria-prima pela quantidade.
** As matérias-primas que saem do estoque (são consumidas) são avaliadas pelo seu custo médio.
Fonte: elaborada pelos autores.
COFINS NÃO
IPI NÃO
ICMS NÃO
(2) IPI – –
(2) ICMS – –
(2) PIS – –
(2) COFINS – –
COFINS NÃO
IPI SIM
Alíquota do produto (destacado na NF)
ICMS SIM
Alíquota do produto (destacado na NF)
(2) PIS – –
(2) COFINS – –
A apuração dos tributos devidos (IRPJ e CSLL) com base no Lucro Real é
mais complexa, comparativamente ao simples nacional e ao lucro presumido,
pois, nesta sistemática, o Lucro Real (base de cálculo dos impostos) “é apurado
a partir do resultado contábil do período-base, que pode ser positivo (lucro) ou
negativo (prejuízo)”, o que “pressupõe escrituração contábil regular e mensal”
(FABRETTI, 2009, p. 213).
Oliveira (2008) explica que o Lucro Real é o resultado contábil líquido, an-
tes da dedução do IRPJ e CSLL, ajustado pelas adições, exclusões e compensações
prescritas ou autorizadas pela legislação do imposto de renda.
Via de regra, os impostos recuperáveis nas empresas tributadas pelo Lucro
Real são: IPI, ICMS, PIS e Cofins (Quadro 10).
* ATENÇÃO: observe que no cálculo do PIS e da COFINS a recuperar, a base de cálculo é o valor
pago aos fornecedores (–) IPI.
Fonte: elaborada pelos autores.
3.2 Mão de obra
Os custos com mão de obra abrangem todos os gastos despendidos com
o pessoal (salários, encargos sociais e provisões), que podem ser atribuídos aos
produtos de forma direta ou indireta.
Estes custos dividem-se em dois grandes grupos:
«« Custo com mão de obra direta: refere-se ape-
Martins (2003) menciona que
nas ao pessoal que trabalha diretamente so- ainda que seja possível medir
bre o produto em elaboração, “desde que seja a mão de obra direta, mas a
possível a mensuração do tempo despendido e empresa opte por não fazê-
-lo, por razões econômicas
a identificação de quem executou o trabalho, ou pela complexidade do
sem necessidade de qualquer apropriação indi- processo, esta deve ser tra-
reta ou rateio” (MARTINS, 2003, p. 133). tada como indireta, uma vez
«« Custo com mão de obra indireta: a mão de que precisará ser distribuída
aos produtos com base em
obra indireta é aquela relativa ao pessoal que critérios estimados.
não trabalha diretamente sobre o produto,
mas que está envolvido na produção (supervisores da produção de di-
versos produtos, operadores de máquinas que fabricam diversos pro-
dutos ao mesmo tempo sem a possibilidade de se verificar quanto cada
produto consome do seu tempo total). Por ser um gasto indireto, o cus-
to com este tipo de mão de obra é distribuído aos produtos utilizando-
-se algum critério de rateio.
Além dos valores incorridos pela empresa com as verbas salariais, devem
ser considerados na equação de custos com mão de obra, direta ou indireta, os
seguintes itens:
«« encargos sociais de conta da empresa, tais como a contribuição ao
INSS, contribuição a terceiros e FGTS
«« provisão mensal das férias, décimo terceiro salário e adicional férias
«« vale refeição, vale transportes etc.
INSS 20,00
SESI/SESC 1,50
SENAI/SENAC 1,00
INCRA 0,20
Sub-total 1 36,80
Férias 8,33
Subtotal 2 2 19,44
Neste ponto, cabe destacar que a alíquota referente ao S.A.T. pode osci-
lar em função do Fator Previdenciário de Prevenção (FAP). Estabelecido pelo
Decreto nº. 6.042 de 12 de fevereiro de 2007, o FAP é um índice aplicado sobre
o S.A.T. que pode resultar em uma redução de até 50% desta contribuição ou
um aumento de até 100%, conforme o desempenho da empresa em relação ao
número de acidentes de trabalho e benefícios concedidos por esta razão, entre
outros aspectos.
A provisão de férias corresponde a 30 dias de férias após o funcionário
completar 12 meses de trabalho na empresa. Este valor deve ser apropriado
como um custo mensal com mão de obra, mesmo que pago uma vez por ano.
Calcula-se com base em 1/12 3 100, uma vez que a cada 12 meses o funcionário
tem um mês de férias, gerando um custo de 8,33% no mês.
O décimo terceiro salário (13º) deve ser calculado considerando-se que
a empresa paga ao funcionário um salário adicional por ano. Ainda que o valor
relativo ao 13º salário não seja pago mensalmente, o funcionário, a cada mês
trabalhado, terá direito a receber a parcela de 13º salário referente a este mês
trabalhado. Logo, este valor deve ser apropriado como custo mensal, sendo que
o cálculo do 13º salário é feito na base de 1/12 3 100, resultando em um acrésci-
mo no custo de 8,33% por mês.
O adicional de férias, por sua vez, corresponde a um terço do salário que
o funcionário recebe quando goza o período de férias e também deve ser apro-
priado como um custo mensal, mesmo que pago uma vez por ano. Calcula-se da
seguinte forma: (1/3)/12 3 100, ou seja, 1 salário dividido por 3 5 33,33% (um
terço) que será pago ao funcionário no momento das férias. Para definir a par-
cela de custo mensal divide-se 33,33% por 12, o que resulta em 2,78% por mês.
Finalmente, os encargos sobre décimo terceiro e férias são definidos con-
siderando-se que sobre o valor mensal de 13º e adicional de férias provisionado
(8,33% 1 8,33% 1 2,78% 5 19,44%) a empresa paga também todos os encargos
– desde o INSS até o FGTS (36,8%). Desta forma, como um cálculo direto, a em-
presa incorre em mais 7,16% mensais (19,44% 3 36,8%).
Desta forma, considerando os cálculos apresentados, a empresa tem um
acréscimo sobre a folha de pagamento de 63,40% (encargos sociais de 36,80%,
provisões de 19,44% e encargos sobre as provisões de 7,16%), que deverá ser
adicionado à equação de custos com a mão de obra.
Se, por exemplo, o funcionário recebe R$ 1.000,00 por mês, o custo com
encargos sociais e provisões, que também devem ser contabilizados como custo
com mão de obra, é calculado conforme apresentado na Tabela 10.
Neste ponto, cabe destacar que, para fins gerenciais, o custo com mão de
obra direta pode ser apurado levando-se em conta o total de horas em que o em-
pregado efetivamente esteve à disposição da empresa, o que significa que devem
ser considerados aspectos relacionados ao regime de trabalho, dias de descanso
remunerados (domingos e feriados), bem como faltas abonadas, para que seja
possível estimar o número máximo de horas que o trabalhador pode oferecer à
empresa.
Para fins de exemplificação, considera-se que o funcionário tem uma re-
muneração mensal de R$ 1.000,00 e que os encargos sociais e provisões somam
R$ 634,00, conforme apresentado na Tabela 10, bem como as seguintes infor-
mações:
«« contrato de trabalho (horas contratuais por mês) 220
«« contrato de trabalho (horas semanais) 44
«« regime de trabalho – horas diárias (5 dias da semana 2 2ª a 6ª feira) 8,8
«« feriados no ano – excluindo o mês de férias 12
«« número médio de faltas abonadas por ano 2
Com base nestas informações, o custo anual com mão de obra é apurado
na Tabela 11.
Especificação
(2) Feriados 12
Termos-chave
Custo de aquisição dos MD – é formado pelo valor da compra, ao qual são somados
os gastos para disponibilizar os bens e deduzidos os créditos tributários (impostos a
recuperar).
Custo com mão de obra – composto pelas verbas salariais, somados os encargos so-
ciais, provisões e outros benefícios concedidos pela empresa (vale refeição, vale trans-
porte etc.)
Mão de obra direta (MOD) – mão de obra do pessoal que trabalha diretamente sobre
o produto em elaboração e que pode ser atribuída a ele sem a necessidade de rateio.
Mão de obra indireta – relativa ao pessoal que não trabalha diretamente sobre o produ-
to, sendo distribuída mediante a adoção de critérios de rateio.
Materiais diretos (MD) – matéria-prima, componentes adquiridos prontos, embalagens,
entre outros, aplicados na produção.
Método custo médio ponderado variável – método de valorização dos estoques pelo
qual as baixas são realizadas considerando-se o valor médio das mercadorias/matérias-
-primas estocadas.
Método FIFO ou PEPS – Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair. Método de valorização dos
estoques pelo qual as baixas (saídas) são valorizadas pelas primeiras entradas remanes-
centes.
Método LIFO ou UEPS – Último a Entrar, Primeiro a Sair. Método de valorização dos es-
toques pelo qual as baixas são valorizadas pelas últimas entradas remanescentes.
Referências
FABRETTI, Láudio C. Contabilidade tributária. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 9. ed. São Paulo, Atlas, 2003.
OLIVEIRA, Gustavo P. de. Contabilidade tributária. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
4.1 Filosofias de custeio
Segundo o CRC-SP (1992, p. 31), custeio significa “método para apropria-
ção dos custos aos produtos”.
Bornia (2002) explica que os princípios de custeio podem ser definidos como
filosofias básicas que devem ser seguidas pelos sistemas de custos, levando-se em
consideração o objetivo e/ou período de tempo no qual a análise é realizada.
Este capítulo discute o custeio por absorção total ou integral, o custeio por
absorção parcial ou ideal, o custeio variável ou direto e o custeio por atividade,
que, de uma forma restrita, segundo Bornia (2002), diferem-se entre si em fun-
ção do tratamento dado aos custos fixos.
Além da forma como tratam os custos fixos, os métodos de custeio também
se diferem em função das informações que disponibilizam. Leone (2009, p. 12)
afirma que “[...] a contabilidade de custos pretende com o emprego de cada um
deles produzir diferentes informações que vão atender a necessidades distintas”.
GASTOS RECEITA
CUSTOS DESPESAS
DIRETOS INDIRETOS
RATEIO
PRODUÇÃO
PRODUTO A
PRODUTO B
PRODUTOS
ACABADOS
CPV RESULTADO
Figura 5 – Custeio por absorção total ou integral – Fluxo dos custos e despesas.
Fonte: Peres JR; Oliveira; Costa. (2003, p. 69).
5 Lucro bruto
Especificação Quantidade
Custos e Despesas R$
* Este valor é contabilizado no estoque, que, no final do período, passa a ser formado por 20.000
unidades que custaram para a empresa R$ 670.000,00.
Fonte: elaborada pelos autores.
O custo dos produtos vendidos (CPV) representa o custo dos produtos en-
tregues (vendidos) aos clientes em um determinado período. O CPV é calculado
pela multiplicação da quantidade vendida pelo custo médio unitário dos produ-
tos em estoque (Tabela 15).
Cabe destacar que o custeio por absorção ideal ou parcial é utilizado para
fins gerenciais e não é aceito pela legislação societária e fiscal.
Souza e Diehl (2009, p. 104) apontam como vantagem desta filosofia de cus-
teio o fato de que ela segrega a capacidade utilizada daquela que não foi usada no
período, ou seja, foi perdida, bem como contribui com a redução das distorções, na
medida em que “facilita o processo de atribuição de custos de forma discricionária
aos produtos”. Por outro lado, mencionam os autores, esta filosofia de custeio é
mais complexa e custosa, pois requer maior detalhamento e acompanhamento.
A Figura 6 apresenta o fluxo dos custos e despesas no custeio por absorção
ideal ou parcial.
GASTOS RECEITA
CUSTOS DESPESAS
VARIÁVEIS FIXOS
RATEIO OCIOSIDADE
PRODUÇÃO
PRODUTO A
PRODUTO B
PRODUTOS
ACABADOS
CPV RESULTADO
Figura 6 – Custeio por absorção ideal ou parcial – Fluxo dos custos e despesas.
Fonte: elaborada pelos autores com base em Peres Jr., Oliveira e Costa (2003).
5 Lucro bruto
(2) Ociosidade
* Observe que para cálculo dos custos variáveis consideram-se as quantidades produzidas no
período.
Fonte: elaborada pelos autores.
Tabela 19 – Custo por unidade produzida (Custeio por absorção ideal ou parcial)
* Cada unidade produzida é lançada no estoque a R$ 33,00. Desta forma, adotando-se esta filoso-
fia de custeio, o estoque total é de R$ 660.000,00.
Fonte: elaborada pelos autores.
Observe que o custo unitário total cai de R$ 33,50 (custeio por absorção
total ou integral) para R$ 33,00. Isto ocorre justamente em função dos custos
fixos atribuídos aos produtos.
Enquanto no custeio por absorção total ou integral o custo fixo unitário é
de R$ 5,50 (R$ 110.000/20.000 – unidades produzidas), no custeio por absorção
ideal ou parcial é de R$ 5,00. Isto significa que o fato de a empresa não estar
conseguindo aproveitar a sua capacidade produtiva instalada (estrutura fixa)
está onerando o seu produto em R$ 0,50.
Custo da ociosidade
Resultado da empresa
Dutra (2009), por sua vez, menciona, entre outas, as seguintes característi-
cas do custeio variável:
«« os custos e despesas que variam em função do volume de produção/
vendas são separados daqueles que não sofrem oscilações;
«« os custos fixos são considerados um encargo do período, o que signi-
fica que não fazem parte do estoque de produtos prontos e, por conse-
quência, do custo dos produtos vendidos;
«« apenas os custos que oscilam em função do volume de produção (vari-
áveis) são atribuídos aos produtos;
«« determina a margem de contribuição (receita de vendas deduzida dos
custos e despesas variáveis);
«« fornece instrumentos de controle gerencial, facilita a elaboração e o
controle de orçamento e determinação e controle de padrões.
Considerando-se as características do custeio variável, apresenta-se, na Fi-
gura 7, o fluxo dos custos e despesas segundo esta filosofia de custeio.
RESULTADO
DAS VENDAS
CUSTOS FIXOS
(–) CPV
= MARGEM DE
DESPESAS
CONTRIBUIÇÃO
FIXAS
(–) CUSTOS
FIXOS
(–) DESPESAS
FIXAS
= RESULTADO
5 Margem de contribuição
* Observe que entre as três filosofias estudadas até o momento, esta foi a que apresentou o me-
nor custo unitário. Isso ocorre porque, neste caso, os custos fixos não fazem parte do custo do
produto, sendo contabilizados diretamente no resultado do período.
Fonte: elaborada pelos autores.
Para o cálculo do estoque final, assim como já realizado nas demais filoso-
fias de custeio, parte-se do estoque inicial, adiciona-se a produção do período e
deduz-se o CPV.
Resultado da empresa
Pelo custeio variável, os custos fixos, que não foram computados como
custo dos produtos, são lançados diretamente no resultado do exercício, confor-
me mostra a Tabela 28.
Onde:
MC % 5 Margem de contribuição percentual
CV 5 Custo variável
DV 5 Despesa variável
1 Para aprofundar seus estudos sobre este tema sugere-se a leitura da obra: NAKAGAWA, Ma-
sayuki. ABC: Custeio Baseado em Atividades. São Paulo: Atlas, 1994.
PRODUTOS EM
ELABORAÇÃO
DESPESAS DAS
ATIVIDADES
(–) CPV
CUSTOS NÃO
IDENTIFICADOS
COM AS
ATIVIDADES
DRE
DESPESAS NÃO
IDENTIFICADAS
COM AS
ATIVIDADES
Para melhor compreensão da filosófica de custeio ABC, com base nos da-
dos apresentados na seção anterior, a seguir apresenta-se o cálculo do custo total
de produção do período, o custo por unidade produzida, o custo do produto ven-
dido (CPV), o valor do estoque final e o resultado da empresa, mediante a adoção
desta filosofia de custeio.
O custo dos produtos vendidos (CPV) representa o custo dos produtos en-
tregues (vendidos) aos clientes em um determinado período. O CPV é calculado
pela multiplicação da quantidade vendida pelo custo médio unitário dos produ-
tos em estoque.
Resultado da empresa
Termos-chave
Custeio – método de apropriação dos custos aos produtos.
Custeio ABC (Custeio baseado em atividades) – filosofia de custeio na qual os custos
indiretos são distribuídos primeiramente às atividades e, na sequência, atribuídos aos
produtos, serviços e clientes.
Custeio por absorção ideal ou parcial – nesta filosofia de custeio todos os custos incor-
ridos são alocados aos produtos/serviços, considerando-se o volume de produção ideal.
É utilizado para fins gerenciais.
Custeio por absorção total ou integral – filosofia de custeio na qual todos os custos
incorridos no período são associados aos produtos/serviços, tomando-se como base a
produção realizada.
Custeio variável – filosofia de custeio na qual somente os custos variáveis são alocados
aos produtos, sendo que os custos fixos são considerados encargos do período. É utili-
zado para fins gerenciais e trabalha com o conceito de margem de contribuição.
Margem de contribuição – é a diferença entre o preço de venda e os custos e despesas
variáveis. A MC indica quanto cada produto contribui para cobrir os custos e despesas
fixos e para formar o resultado da empresa.
Referências
BORNIA, Antônio Cezar. Análise gerencial de custos. São Paulo: Atlas, 2002.
CRC-SP. Curso de contabilidade gerencial. São Paulo: Atlas, 1993.
CRC-SP. Curso sobre contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 1992.
DUTRA, René G. Custos: uma abordagem prática. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
LEONE George S. G. Curso de contabilidade de custos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 9. ed. São Paulo, Atlas, 2003.
NAKAGAWA, Masayuki. ABC: Custeio Baseado em Atividades. São Paulo: Atlas, 1994.
PEREZ JR., José Hernandez, OLIVEIRA, Luiz Martins de; COSTA, Rogério Guedes. Gestão
estratégica de custos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
SOUZA, Marcos Antônio; DIEHL, Carlos Alberto. Gestão de custos. São Paulo: Atlas,
2009.
WARREN, Carl S.; REEVE, James M.; FESS, Philip E. Contabilidade gerencial. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning, 2003.
Departamento
Processo de Rateio 1
Produtivo 1
Produto A
Departamento Processo de
Produtivo 2 Rateio 3
Produto B
Departamento
Processo de
de Apoio 1
Rateio 2
Departamento
de Apoio 2
_Contabilidade_Custos_Book.indb 88
Tabela 37 – Gastos indiretos do período – Indústria BRP S.A.
Centros adm.
Almoxarifado
Manutenção
Corte
Costura
Acabamento
Especificações Tipo de custo e de vendas Total
Pessoal com encargos Específico do C.C. 2.000,00 3.000,00 12.000,00 20.000,00 15.000,00 6.000,00 58.000,00
Gastos gerais Específico do C.C. 540,00 405,00 1.250,00 1.300,00 800,00 1.415,00 5.710,00
Total 70.210,00
17/08/2011 17:20:37
Ap r o p r i a ç ã o d o s c u s t o s i n d i r e t os – de par tame ntal iza ção e mapa... 89
Tabela 38 – Bases de rateio dos gastos indiretos do período – Indústria BRP S.A.
Centros de
apoio Centros produtivos
Almoxarifado
Acabamento
Manutenção
Centros
Costura
adm.
Corte e de
Especificações vendas Total
Área em m 2
40 30 60 80 140 50 400
Horas de 46 65 39 150
manutenção
* Observe que o custo com total depreciação foi distribuído aos equipamentos, na proporção dos
investimentos realizados.
Departamentos com maior valor de máquinas e equipamentos (Costura, por exemplo) recebem
a maior parcela destes custos.
Fonte: elaborada pelos autores.
Neste exemplo, definiu-se que o gasto com energia elétrica deve ser rateado
proporcionalmente ao consumo de energia de cada área produtiva, de apoio e
administrativa e vendas. Assim, cada departamento receberá uma parte deste
gasto, na proporção do consumo medido em kWh apresentado na Tabela 38.
Para apuração do valor a ser distribuído, inicialmente, toma-se o gasto to-
tal (R$ 1.500,00) dividindo-o pelo total de energia elétrica consumida (kWh), que
resulta em: R$ 1.500,00/1.500 kWh 5 R$ 1,00/kWh. Desta forma, o gasto com
energia elétrica é de R$ 1,00 por kWh.
Para distribuir o gasto total aos departamentos, basta multiplicar o valor
do kWh pelo consumo de cada setor, conforme mostra a Tabela 40.
R$ por
Centro de custos m² utilizado R$/m² departamento
Após o rateio dos custos da estrutura comuns a todos os setores, o custo to-
tal de cada setor/departamento da organização é apurado conforme mostra o
mapa de localização de custos (MLC) apresentado na Tabela 42. Observa-se que os
gastos com pessoal e encargos não foram rateados, pois, por meio dos relatórios
da folha de pagamento, é possível identificar os valores gastos com cada setor.
Uma vez definido o custo de cada centro de apoio
ATENÇÃO: deve-se escolher a
e produtivo e do centro administrativo e de vendas, de- base de rateio adequada, ou
ve-se distribuir (ratear) os custos dos centros de apoio seja, que representa da me-
para os setores que utilizaram os seus serviços durante lhor forma possível a relação
o período, levando-se em consideração a proporção do causa e efeito.
trabalho prestado a cada departamento.
_Contabilidade_Custos_Book.indb 92
Mapa de Localização de Custos – MLC
Centros adm.
Almoxarifado
Manutenção
Corte
Costura
Acabamento
Especificações Base de rateio e de vendas Total
Pessoal com encargos Específico do C.C. 2.000,00 3.000,00 12.000,00 20.000,00 15.000,00 6.000,00 58.000,00*
Depreciação de máquinas Valor das Máq. 100,00 300,00 200,00 900,00 350,00 150,00 2.000,00
Energia elétrica Consumo – kWh 60,00 120,00 200,00 400,00 600,00 120,00 1.500,00
2
Aluguel do prédio Área em m 300,00 225,00 450,00 600,00 1.050,00 375,00 3.000,00
Al c i d e s B r u g n e r a & C ha r l i n e Ba r b o s a Pir e s
Gastos gerais Específico do C.C. 540,00 405,00 1.250,00 1.300,00 800,00 1.415,00 5.710,00
* O custo de pessoal e encargos não precisou ser rateado, pois embora este seja um custo indireto aos produtos, pode ser identificado de forma direta com
cada departamento.
A mesma coisa acontece com os gastos gerais.
** Observe que todos os gastos indiretos do período foram distribuídos aos departamentos.
Fonte: elaborada pelos autores.
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Ap r o p r i a ç ã o d o s c u s t o s i n d i r e t os – de par tame ntal iza ção e mapa... 93
Neste exemplo, estabelece-se que o valor gasto pelo almoxarifado deve ser
distribuído aos demais setores na proporção das requisições de materiais aten-
didas, ou seja, os setores que mais tiveram requisições atendidas receberão a
maior parcela dos gastos incorridos no almoxarifado.
Dessa forma, conforme o MLC (Tabela 42), tem-se o valor de R$ 3.000,00
gasto no período e um total de 300 requisições atendidas neste mesmo período (Ta-
bela 38). Logo, o custo por requisição é de R$ 10,00 (R$ 3.000,00/300 requisições).
Para distribuir o custo do almoxarifado para os setores para os quais ele
prestou serviços, basta multiplicar o custo unitário por requisição pelo número
de pedidos atendidos, conforme mostra a Tabela 43.
_Contabilidade_Custos_Book.indb 94
Tabela 44 – MLC após rateio dos gastos do almoxarifado – Indústria BRP S.A.
Centros
Base de adm. e de
Almoxarifado
Manutenção
Corte
Costura
Acabamento
17/08/2011 17:20:37
Ap r o p r i a ç ã o d o s c u s t o s i n d i r e t os – de par tame ntal iza ção e mapa... 95
_Contabilidade_Custos_Book.indb 96
Tabela 46 – MLC após rateio dos gastos do almoxarifado – Indústria BRP S.A.
Centros
adm. e de
Almoxarifado
Manutenção
Corte
Costura
Acabamento
Especificações Base de rateio vendas Total
17/08/2011 17:20:37
Tabela 47 – MLC – Indústria BRP S.A.
_Contabilidade_Custos_Book.indb 97
Centros
adm. e de
Almoxarifado
Manutenção
Corte
Costura
Acabamento
Especificações Base de rateio vendas Total
Pessoal com encargos Específico do C.C. 2.000,00 3.000,00 12.000,00 20.000,00 15.000,00 6.000,00 58.000,00
Depreciação máquinas Valor das 100,00 300,00 200,00 900,00 350,00 150,00 2.000,00
máquinas
Energia elétrica Consumo – kWh 60,00 120,00 200,00 400,00 600,00 120,00 1.500,00
2
Aluguel do prédio Área em m 300,00 225,00 450,00 600,00 1.050,00 375,00 3.000,00
(Rateio)
Gastos gerais Específico do C.C. 540,00 405,00 1.250,00 1.300,00 800,00 1.415,00 5.710,00
17/08/2011 17:20:37
98 Al c i d e s B r u g n e r a & C ha r l i n e Ba r b o s a Pir e s
Unidades
Produto produzidas Especificação Corte Costura Acabamento
Unidades
Produto produzidas Especificação Corte Costura Acabamento Total
Tabela 50 – Rateio do custo indireto para a camisa polo – Indústria BRP S.A.
Horas
Centro de custo trabalhadas Custo hora Custo total
Total 34.596,26
Tabela 51 – Rateio do custo indireto para a camisa esporte – Indústria BRP S.A.
Horas
Centro de custo trabalhadas Custo hora Custo total
Total 27.553,74
Verifica-se que cada camisa polo consome 1,4 metro de tecido a um custo
de R$ 8,00 o metro, e mais 6 metros de linha a um custo de R$ 0,20 por metro.
Logo, para conhecer os custos dos materiais diretos utilizados, basta multiplicar
o consumo unitário (1,40 metros) pela quantidade produzida (10.000 unidades).
Chega-se no consumo de 14.000 metros de tecido a um custo de R$ 8,00 por
metro, o que totaliza R$ 112.000,00. Procede-se da mesma forma para os demais
itens de materiais diretos.
Tabela 53 – Custo dos materiais diretos camisa polo – Indústria BRP S.A.
Total 124.000,00
O mesmo procedimento deve ser adotado para apuração dos custos dos
materiais diretos consumidos na fabricação da camisa esporte, como mostra a
Tabela 54.
Tabela 54 – Custo dos materiais diretos camisa esporte – Indústria BRP S.A.
Total 94.000,00
Tabela 55 – Custo total de produção e custo por unidade – Indústria BRP S.A.
Produtos
Termos-chave
Departamentalização ou setorização de custos – apropriação dos custos aos produtos/
serviços por meio da utilização da estrutura organizacional da empresa.
Departamentos administrativos – departamentos responsáveis pela administração da
empresa e pela comercialização dos produtos.
Departamentos auxiliares, de apoio ou de serviços – departamentos que não atuam
diretamente na produção e têm como finalidade prestar serviços aos departamentos
produtivos.
Departamentos produtivos – departamentos que atuam sobre a produção, transfor-
mando matéria-prima em produto pronto.
Mapa de localização de custos – quadro demonstrativo que permite a distribuição dos
custos indiretos aos setores.
Referências
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 9. ed. São Paulo, Atlas, 2003.
PEREZ JR., José Hernandez, OLIVEIRA, Luiz Martins de; COSTA, Rogério Guedes. Gestão
estratégica de custos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
RIBEIRO, Osni M. Contabilidade de custos. São Paulo: Saraiva, 2009.
SOUZA, Marcos Antônio; DIEHL, Carlos Alberto. Gestão de custos. São Paulo: Atlas,
2009.
Segundo Sardinha (1995), a partir destes fatores, o preço de venda dos pro-
dutos deverá garantir à empresa a maximização dos seus lucros, a qualidade do
Mark-up 60,75%*
Corte 9.640,00
Costura 14.194,44
Acabamento 10.761,82
Descrição R$
O Preço de Venda com base nos custos totais também pode ser calculado
partindo-se da seguinte fórmula:
Onde:
DDV%5 despesas diretas com vendas em percentual (% Impostos sobre
vendas 1 % impostos sobre comissões 1 % inadimplência)
ML% 5 % margem de lucro sobre o preço de venda.
IPI% 5 alíquota do IPI incidente sobre o produto
Onde:
Lucro líquido% 5 Margem de lucro desejada após o desconto dos im-
postos que incidem sobre o resultado (Imposto de renda e contribuição
social).
Alíquota de IR% e CS% 5 Alíquota de imposto de renda (mais adicional
de IR, se for o caso) e contribuição social.
Assim, se, por exemplo, a empresa deseja obter um lucro líquido (após IR
e CS) de 10% sobre as vendas e a alíquota de IR e CS totaliza 28%, a ML% a ser
considerada é de:
Tabela 60 – Lucro por unidade da camisa polo após IR e CS – Indústria BRP S.A.
Descrição R$
Onde:
DDV%5 Despesas diretas com vendas em percentual (% impostos sobre
vendas 1 % impostos sobre comissões 1 % inadimplência)
CF% e DF% 5 % estimado para cobrir os custos fixos de produção e as des-
pesas fixas, não incluídos na base de cálculo
ML% 5 % margem de lucro sobre o preço de venda.
IPI% 5 alíquota do IPI incidente sobre o produto
Para melhor compreensão do cálculo do preço de venda com base nos cus-
tos variáveis apresenta-se o seguinte exemplo:
«« Custo variável unitário 5 R$ 15,00
«« Impostos sobre vendas 5 25%
«« Comissões sobre vendas 5 3%
«« Alíquota IPI 5 7%
«« Margem de lucro 5 10%
«« Os custos fixos correspondem a 24% do preço de venda e as despesas
fixas a 6%.
A partir desdás informações, o preço de venda é definido conforme segue:
Desta forma, para auferir um lucro de 10% sobre o preço de venda, a em-
presa deve comercializar cada unidade de produto a R$ 50,16. O resultado é
apresentado na Tabela 61.
Descrição R$
Cabe lembrar que se a empresa desejar obter uma margem de lucro de 10%
após os impostos incidentes sobre o resultado, a margem de lucro utilizada no
cálculo deve ser calculada conforme apresentado no tópico anterior.
Onde:
CTu 5 custo total por unidade em R$
DTu 5 despesa total por unidade em R$
Lucro por unidade 5 lucro desejado por unidade em R$
DDV%5 despesas diretas com vendas em percentual (% impostos sobre
vendas 1 % impostos sobre comissões 1 % inadimplência)
IPI% 5 alíquota do IPI incidente sobre o produto
Descrição R$
Termos-chave
Mark-up – índice aplicado sobre os custos para formação do preço de venda. Tem por
objetivo cobrir, entre outros itens, impostos sobre vendas, despesas variáveis, IR e CSLL,
bem como gerar a margem de lucro desejada.
Método com base no retorno do capital investido – método no qual o preço de venda
é estabelecido considerando-se o retorno esperado (R$/unidade) capaz de garantir a
recuperação do capital investido.
Método com base nos custos totais ou plenos – consiste na adição de um mark-up a
uma base de cálculo formada pela totalidade de custos e despesas incorridas.
Método com base nos custos variáveis – consiste na aplicação de um mark-up aos cus-
tos e despesas variáveis. Os custos e despesas fixas são definidos como um percentual
do preço de vendas e incluídos no cálculo do mark-up.
Referências
COGAN, S. Custos e preços: formação e análise. São Paulo: Ed. Pioneira, 1999.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 9. ed. São Paulo, Atlas, 2003.
SANTOS, Joel J. Fundamentos de custos: para formação do preço e do lucro. 5. ed. São
Paulo: Atlas, 2008.
SARDINHA, José Carlos. Formação de preço: a arte do negócio. São Paulo: Makron
Books, 1995.
WARREN, Carl S.; REEVE, James M.; FESS, Philip E. Contabilidade gerencial. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning, 2003.
90000
80000
Ponto de
70000 Equilíbrio Contábil
Faturamento (R$)
60000
20000
10000
0
0 200 400 600 800 1000
Volume (Quantidade)
ou
Onde:
PECq 5 ponto de equilíbrio contábil em quantidade
CF Total 5 custo fixo total
DF Total 5 despesa fixa total
PVu 5 preço de venda unitário
CVu 5 custo variável unitário
DVu 5 despesa variável unitária
MCu 5 margem de contribuição unitária
Verifica-se, portanto, que a empresa terá que produzir e vender 6.000 uni-
dades para atingir o ponto de equilíbrio contábil, sendo que neste nível de opera-
ção o resultado auferido será igual à zero, ou seja, não haverá lucro ou prejuízo,
conforme mostra a Tabela 63.
Descrição R$
ou
ou
PEC$ 5 PECq 3 PVu
Onde:
PEC$ 5 ponto de equilíbrio contábil em termos monetários
CF Total 5 custo fixo total
DF Total 5 despesa fixa total
PVu 5 preço de venda unitário
CVu 5 custo variável unitário
DVu 5 despesa variável unitária
MC% 5 margem de contribuição em percentual
90000
80000
Ponto de Equilíbrio
70000 Econômico
Faturamento (R$)
60000
Ponto de Equilíbrio
50000 Contábil
Receita de vendas
Gastos variáveis
40000
Gastos fixos
30000 Gasto total
20000
10000
0
0 200 400 600 800 1000
Volume (Quantidade)
ou
Onde:
PEEq 5 ponto de equilíbrio econômico em quantidade
CF Total 5 custo fixo total
DF Total 5 despesa fixa total
LP Total 5 lucro planejado Total
PVu 5 preço de venda unitário
CVu 5 custo variável unitário
A empresa terá que produzir e vender 7.250 unidades para atingir o ponto
de equilíbrio econômico, ou seja, cobrir todos os custos e despesa e gerar lucro
planejado de R$ 25.000,00, conforme se segue:
Descrição R$
ou
ou
Onde:
PEE$ 5 ponto de equilíbrio econômico em termos monetários
CF Total 5 custo fixo total
DF Total 5 despesa fixa total
LP Total 5 lucro planejado total
PVu 5 preço de venda unitário
CVu 5 custo variável unitário
DVu 5 despesa variável unitária
MC% 5 margem de contribuição em percentual
Verifica-se que a empresa terá que vender R$ 725.000,00 para obter o lucro
planejado de R$ 25.000,00 no período.
Descrição R$
(1) Recebimentos
(2) Desembolsos
Fonte: elaborada pelos autores com base em Warren, Reeve e Fess (2003).
Receita de vendas
e
MSO $ 5 Vendas em $ (2) Vendas no ponto de pquilíbrio (PEC $)
Por exemplo, uma empresa vende 10 unidades do produto “x” por mês, nas
seguintes condições:
«« Preço de venda 5 R$ 600,00 por unidade
«« Custos e despesas variáveis 5 R$ 400,00 por unidades
«« Custos e despesas totais 5 R$ 1.400,00
Descrição R$
Descrição R$
Termos-chave
Alavancagem operacional (AO) – índice que indica o efeito que uma variação nas ven-
das provoca no resultado operacional.
Margem de segurança operacional (MSO) – diferença entre as vendas totais e as ven-
das no ponto de equilíbrio. Indica a queda que pode ocorrer nas vendas sem que a
empresa apresente prejuízo.
Ponto de equilíbrio contábil (PEC) – volume de vendas necessário para que o resultado
contábil seja igual a zero (Receita de vendas 5 Custos totais 1 Despesas totais)
Ponto de equilíbrio econômico (PEE) – volume de vendas necessário para que a empre-
sa cubra os custos e despesas totais e atinja o lucro pretendido.
Ponto de equilíbrio financeiro (PEF) – volume de receitas necessário para pagar todos
os custos e despesas desembolsáveis, bem como outras dívidas que a empresa tenha
que saldar no período.
Referências
LEONE, George Sebastião Guerra. Curso de contabilidade de custos. São Paulo: Atlas,
2000.
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 9. ed. São Paulo, Atlas, 2003.
PEREZ JR., José Hernandez, OLIVEIRA, Luiz Martins de; COSTA, Rogério Guedes. Gestão
estratégica de custos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
PINTO, Alfredo A. G. et al. Gestão de custos. Rio de Janeiro: FGV Management, 2010.
SANTOS, Joel J. Análise de custos. São Paulo: Atlas, 2000.
WARREN, Carl S.; REEVE, James M.; FESS, Philip E. Contabilidade gerencial. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning, 2003.
WERNKE, Rodney. Gestão de custos: uma abordagem prática. São Paulo: Atlas, 2001.
Alcides Brunera
Mestre em Administração pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Bacha-
rel em Ciências Contábeis pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
Bacharel em Administração de Empresas pela Universidade de Passo Fundo. Professor de
Contabilidade e Custos do curso de Ciências Contábeis da UNISINOS.