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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO CATÓLICO DE BENGUELA

Criado ao abrigo do Decreto Presidencial N.º 168/12 de 24 de Julho, DR I Série – N.º141

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

MONOGRAFIA

A CRIATIVIDADE COMO FACTOR IMPORTANTE NO SUCESSO


ESCOLAR NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM. CASO DOS
ALUNOS DA 9ª CLASSE, TURMAS-E, F E G, DO PERÍODO DA
TARDE, NO COLÉGIO PÚBLICO, BG Nº 2015, REI-MANDUME-
SANTA-CRUZ, NO MUNICÍPIO DO LOBITO

ESTUDANTE: EVARISTO SOKÓPIA HILÁRIO SATULA

LICENCIATURA: CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

OPÇÃO: PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO

ORIENTADOR: MSC. RAIMUNDO QUINTAS ALBERTO

LOBITO, 2019
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO CATÓLICO DE BENGUELA
Criado ao abrigo do Decreto Presidencial N.º 168/12 de 24 de Julho, DR I Série – N.º141

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

MONOGRAFIA

A CRIATIVIDADE COMO FACTOR IMPORTANTE NO SUCESSO


ESCOLAR NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM. CASO DOS
ALUNOS DA 9ª CLASSE, TURMAS-E, F E G, DO PERÍODO DA
TARDE, NO COLÉGIO PÚBLICO, BG Nº 2015, REI-MANDUME-
SANTA-CRUZ, NO MUNICÍPIO DO LOBITO

NOME: EVARISTO SOKÓPIA HILÁRIO SATULA

FACULDADE DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

OPÇÃO: PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO

LOBITO, 2019
PENSAMENTO
“A memória clama para que o ser humano seja criativo, mas educação clássica clama
para que ele seja repetitivo. A memória não é um banco de dados nem nossa capacidade de
pensar é uma máquina de repetir informações, como as pobres máquinas dos computadores.”
(Augusto Cury, 2003)

III
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho de fim de curso aos professores da especialidade de Psicologia da


Educação do Instituto Superior Politécnico Católico de Angola em Benguela.

IV
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pela vida e por inúmeras bênçãos que me tem proporcionado.
Agradeço aos meus pais pela afectividade que nos une, agradeço ao meu orientador que
incansavelmente acompanhou-me para realização deste trabalho de fim de curso.

V
RESUMO

Observa-se não só na Escola em estudo, como também em nossa sociedade, a existência de


muitos indivíduos informados e repetidores de informações, poucos são criativos, e há pouca
valorização da criatividade no contexto escolar. Portanto esta monografia procurou analisar a
criatividade como factor importante no processo de ensino-aprendizagem. A partir deste tema,
formulamos o seguinte Problema de Investigação: Que influência pode desempenhar a
criatividade dos professores no desenvolvimento do pensamento criativo nos alunos da 9ª
classe, turmas-E, F e G período da tarde, do Colégio Público BG nº2015 Rei-Mandume Santa-
Cruz no Município do Lobito?Objectivo Geral: Analisar a influência da criatividade como
factor importante no sucesso escolar no processo ensino-aprendizagem no Colégio Público,
BG nº2015, Rei-Mandume-Santa-Cruz, no Município do Lobito. Objecto de Investigação:
Criatividade como factor importante no sucesso escolar no processo ensino-
aprendizagem.Quanto àAmostra, dizer que trabalhámos com 3 turmas da 9ª classe, o total de
alunos foi 94, das turmas-E, F e G do período da tarde. 33 Alunos da turma E, 31 alunos da
turma F e 30 alunos da turma G, com idades compreendidas entre os 14 aos 16 anos de idade.
Fazem parte da nossa amostra também 12 professores e 2 membros da Direcção da escola,
totalizando a amostra de 108 sujeitos que responderam os inquéritos por questionário
aplicados. Os resultados de nossa pesquisa demonstraram que a falta de criatividade no ensino
faz com que haja desmotivação, falta de pensamento divergente para resolução de problemas
e sobretudo insucesso escolar no processo de ensino-aprendizagem no Colégio Público BG nº
2015 Rei-Mandume Santa-cruz – Lobito

Palavras-chave: Criatividade, Sucesso escolar, Processo de Ensino-Aprendizagem.

VI
ÍNDICE GERAL
PENSAMENTO ....................................................................................................................... III
DEDICATÓRIA .......................................................................................................................IV
AGRADECIMENTOS .............................................................................................................. V
RESUMO .................................................................................................................................VI
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 10
CAPÍTULO I – A CRIATIVIDADE COMO FACTOR IMPORTANTE NO SUCESSO
ESCOLAR NO PROCESSO ENSNO-APRENDIZAGEM
1.1. DEFINIÇÃO DOS PRINCIPAIS TERMOS .................................................................. 17
1.2. CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA E TEÓRICA DA CRIATIVIDADE .............. 18
1.2.1. Contextualização Histórica ..................................................................................... 18
1.2.2. Contextualização teórica de Guilford ...................................................................... 18
1.2.3. Contextualização teórica de Torrance ..................................................................... 19
1.2.4. Contextualização teórica de Amabile ...................................................................... 19
1.2.5. Contextualização teórica de Csikszebtmiahalyi ...................................................... 19
1.2.6. Contextualização teórica de Sigmund Freud ........................................................... 19
1.2.7. Contextualização teórica de Sternberg e Lubart ..................................................... 20
1.3. PENSAMENTO CONVERGENTE E DIVERGENTE ................................................. 21
1.4. CARACTERÍSTICAS DO PENSAMENTO CRIATIVO ............................................. 23
1.5. ETAPAS DO PENSAMENTO CRIADOR.................................................................... 24
1.6. EDUCAÇÃO COM E PARA CRIATIVIDADE ........................................................... 26
1.7. IMPORTÂNCIA DO PSICÓLOGO EDUCACIONAL NA PROMOÇÃO DA
CRIATIVIDADE .................................................................................................................. 28
CAPÍTULO II – APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTEPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
2.1. CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA ............................................................................ 30
2.2. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS INQUÉRITOS APLICADOS AOS ALUNOS 30
2.3. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS INQUÉRITOS APLICADOS AOS
PROFESSORES ................................................................................................................... 34
2.4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS INQUÉRITOS APLICADOS AOS MEMBROS
DA DIRECÇÃO ................................................................................................................... 38
2.5. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .............................................................................. 41
CONCLUSÕES ........................................................................................................................ 44
SUGESTÕES ........................................................................................................................... 45
VII
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 46
APÊNDICES

VIII
ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Tem noção sobre o que é criatividade? ................................................................... 30


Tabela 2 - O que entende por criatividade? .............................................................................. 31
Tabela 3 - Na sua opinião, as aulas ministradas pelos professores têm sido muito criativas
para uma fácil assimilação e compreensão dos conteúdos? ..................................................... 31
Tabela 4 - Que procedimentos os professores utilizam para incentivar a criatividade?........... 32
Tabela 5 - Em que disciplina o professor tem promovido mais criatividade? ......................... 33
Tabela 6 - Concorda que além do professor, precisa-se do Psicólogo da educação para ajudar
os alunos descobrirem seu potencial e conhecerem-se melhor, para serem mais criativos? .... 34
Tabela 7 - Concorda que a criatividade é uma das componentes que o professor deve ter em
conta para alcance dos objectivos dentro do processo de ensino-aprendizagem? .................... 34
Tabela 8 - Que procedimentos, utiliza para promover a criatividade? ..................................... 35
Tabela 9 - Tendo em conta a criatividade, que procedimentos, tem utilizado para avaliar os
alunos? ...................................................................................................................................... 36
Tabela 10 - Criatividade em sala de aula promove: imaginação, curiosidade e motivação. .... 37
Tabela 11 - A falta de criatividade em sala de aula pode ser motivo para existência de alguns
transtornos nos alunos?............................................................................................................. 37
Tabela 12 - O Psicólogo Educacional é elemento fundamental para a promoção da
criatividade?.............................................................................................................................. 38
Tabela 13 - Concorda que a criatividade é uma das componentes que o professor deve ter em
conta para alcance dos objectivos dentro do processo de ensino-aprendizagem? .................... 38
Tabela 14 - Concorda que os alunos mais criativos são os que saem no quadro de honra? ..... 39
Tabela 15 - Além das aulas nas salas, os professores para a promoção da criatividade fazem o
seguinte: .................................................................................................................................... 39
Tabela 16 - Concorda que o Psicólogo Educacional é elemento fundamental para a promoção
da criatividade? ......................................................................................................................... 40
Tabela 17 - Concorda que a falta de criatividade em sala de aula pode ser motivo para
existência de alguns transtornos nos alunos? ........................................................................... 40

IX
INTRODUÇÃO

O mundo em que vivemos, encontramos vários problemas que precisam ser


solucionados, uma criança encontra problema quando tem de resolver uma tarefa, um
Psicólogoquando diagnostica um problema ao seu cliente, tem de criar estratégias para
melhoramento do transtorno em causa. Portanto todo o ser humano depara-se com um
problema que exige criatividade para resolução do mesmo.
A criatividade é importante para qualquer área da vida, logo não adianta termos
conhecimentos se eles não nos ajudam a ter um pensamento divergente, é essencial que nas
escolas se estimule o aluno a criar e a argumentar. “Ninguém pode aprender pelo outro e o
professor não pode obrigar o aluno a aprender porque ensinar não é mesmo que aprender” 1.
Cabe ao professor não obrigar a aprender, cabe ao professor estimular o aluno a aprender
sendo criativo na sua forma de ensinar
Nota-se que os alunos preocupam-se muito em estudar para uma determinada
avaliação quando está perto de acontecer, repetindo as vezes numa folha, o que disse o
professor (reproduzir a definição de substantivos, reproduzir os contributos dos cientistas
sobre a Química). Os alunos não criticam, isto porque simplesmente aprendem a se conformar
com o que professor leva à sala de aula, muitas vezes assistem à aula, mas não participam da
mesma. Visto que ninguém pode aprender pelo outro e o professor não pode obrigar o aluno a
aprender, cabe ao professor ser criativo para motivar e estimular o aluno a aprender de uma
forma activa, colocar desafios para provocar e desenvolver a criatividade no aluno, isto é,
fazer com que o aluno deixe de ter resposta única e irrevogável para cada questão, ter várias
respostas construídas por si para resolução de um problema.

O objectivo do professor não pode ser unicamente transmitir o conhecimento, é


necessário que o professor ser inovador ao executar sua aula a fim de criar alunos criativos
capazes de criar e trazer novidades no meio inserido e assim ajudar para o desenvolvimento.
“Piaget e Guilford dizem que o objectivo principal da educação consiste em desenvolver
homens criativos, capazes de criar coisas novas e não apenas repetir o passado”.2

Os alunos não podem aprender conformar-se com tudo, é necessário que os alunos
digam o que pensam e o que sentem. Ao ensinar, o professor deve ter em consideração os
1
Juan Días BORDENAVE, Adair Martins PEREIRA, Estratégias de ensino-Aprendizagem, Editora Vozes,
Petrópolis, Brasil, 25ª Edição, 2004, p.23
2
José Barros de OLIVEIRA, Psicologia da Educação, Editora: Livpsic, vol.1, Porto, 2010, p. 259
10
estilos cognitivos, para não esperar que um método alcance todos os alunos, o professor deve
promover a criatividade.

JUSTIFICATIVA DO TEMA Abordou-se o presente tema pelo facto de se constatar


muitos indivíduos que trabalham em determinadas áreas, contudo incapazes de darem
soluções aos problemas nas funções que exercem, não são inovadores nem criativos. Porém
foram alunos com boas notas e péssimos profissionais nos locais de trabalho. Os professores
não criam um ambiente que proporciona criatividade, por isso os alunos se focam mais em
repetir os conteúdos aprendidos, logo a abordagem deste tema será essencial porque contribui
para a promoção da criatividade no processo ensino-aprendizagem.

O presente trabalho tem como OBJECTO DE INVESTIGAÇÃO:

 Criatividade como factor importante no sucesso escolar no processo ensino-


aprendizagem.

O CAMPO DE ACÇÃO deste trabalho de investigação circunscreve-se no processo de


ensino-aprendizagem nos alunos da 9ª classe, turmas-E,F e G, do período da tarde noColégio
público BG nº 2015 Rei-Mandume, Santa-Cruz no Município do Lobito.

POPULAÇÃO: No Colégio público BG nº 2015 Rei-Mandume, da Santa-cruz, no


município do Lobito,trabalham setenta e três (73) professores, dez (10) de nível médio sendo
seis (6) do sexo masculino e quatro (4) do sexo feminino, de nível Bacharel vinte e oito (28)
professores sendo treze (13) do sexo masculino e quinze (15) do sexo feminino, a nível de
licenciatura trinta e quatro professores, 29 do sexo masculino e cinco (5) do sexo feminino, a
nível de mestrado há um Mestre do sexo masculino.

Quanto a população estudantil foram matriculados neste ano lectivo mil e setecentos e
sessenta e dois (1762) alunos, dos quais trezentos e sessenta e dois (362) alunos no período da
manhã, sendo duzentos e treze (213) do sexo masculino e cento e quarenta e nove (149) do
sexo feminino. No período da tarde setecentos e oitenta e cinco (785) alunos, sendo trezentos
e quarenta e oito (348) do sexo masculino e quatrocentos e trinta e sete (437) do sexo
feminino. No período da noite seiscentos 615 alunos sendo trezentos e seis (306) do sexo
masculino e trezentos e nove (309) do sexo feminino.

11
AMOSTRA“é uma parte finita de uma população estatística, cujas propriedades são
estudadas para obter informações sobre o todo.”3Para o este trabalho utilizamos a amostra
aleatória, e trabalhámos com 3 turmas da 9ª classe, o total de alunos foi 94, das turmas-E, F e
G do período da tarde. 33 Alunos da turma E, 31 alunos da turma F e 30 alunos da turma G
com idades compreendidas entre os 14 aos 16 anos de idade. Fazem parte da nossa amostra
também 12 professores e 2 membros da Direcção da escola, totalizando a amostra de 108
sujeitos que responderam os inquéritos por questionário aplicados. Os resultados de nossa
pesquisa demonstraram que a falta de criatividade no ensino faz com que haja desmotivação,
falta de pensamento divergente para resolução de problemas esobretudo insucesso escolar no
processo de ensino-aprendizagem no Colégio Público BG nº 2015 Rei-Mandume Santa-cruz –
Lobito

Utilizámos no presente trabalho a pesquisa Descritivacom uma abordagem


quantitativa. “As pesquisas descritivas têm como objectivo descrição das características de
determinada população ou grupo”4.

PROBLEMA DE INVESTIGAÇÃO: Segundo Cleber Cristiano Prodanov e Ernani


César de Freitas, “o problema de investigação esclarece a dificuldade específica com a qual
nos defrontamos e que pretendemos resolver por intermédio da pesquisa”.5
Tem -se constatado que alunos de qualquer turma que exista nas nossas escolas
apresentam estilos cognitivos diferentes, são de diferentes famílias e têm diferentes desejos,
entretanto os professores não ensinam de diferentes maneiras para diferentes alunos. Os
professores não mudam o estilo da aula, valorizam de forma excessiva a chamada escrita,
logo os alunos tornam-se meros repetidores de informações, a criatividade nas escolas é
pouca.
Temos como pergunta de partida:

 Que influência pode desempenhar a criatividade dos professores no desenvolvimento


do pensamento criativo nos alunos da 9ª classe, turmas-E, F e G período da tarde, do
Colégio Público BG nº2015 Rei-Mandume Santa-Cruz no Município do Lobito?

3
Webster citado por Filipe Bulola PANGE, Vencer os desafios de redigir uma proposta e tese, CLC Printers
(PVT), Zimbabwe, 2016, p. 75
4
António Carlos GIL, Como elaborar projectos de pesquisa, Atlas S.A., 4ª Edição, São Paulo, 2002 p. 42
5
Cleber Cristiano PRODANOV, Ernani Cesar de FREITAS, Metodologia do trabalho científico: Métodos e
técnicas da pesquisa e do trabalho académico, 2ª edição, Feevale, Rio Grande do Sul, 2013, p. 121.
12
Deste problema de investigação, emergiram as seguintes questões de investigação:

 Que suportes teóricos sustentam a criatividade como factor importante no sucesso


escolar no processo ensino aprendizagem?
 Que importância tem o Psicólogo Educacional na promoção da criatividade?
 Como se promove a criatividade no processo de ensino-aprendizagem nos alunos da 9ª
classe, turmas-E, F e G, período da tarde, no Colégio Público BG nº2015, Rei-
Mandume Santa-Cruz, no Município do Lobito?
 Que estratégias podem ajudar os professores na promoção da criatividade no processo
de ensino aprendizagem no Colégio Público BG nº2015, Rei-Mandume Santa-Cruz,
no Município do Lobito?

Temos neste trabalho os seguintes objectivos:

OBJECTIVO GERAL:

 Analisar a influência da criatividade como factor importante no sucesso escolar no


processo ensino-aprendizagem.

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS:

 Identificar os suportes teóricos que sustentam a criatividade como factor importante no


sucesso escolar no processo de ensino-aprendizagem.
 Descrever a importância do Psicólogo Educacional para a promoção da criatividade.
 Apresentar a maneira de como os professores promovem a criatividade no processo de
ensino aprendizagem no Colégio Público BG nº2015 Rei-Mandume Santa-Cruz no
Município do Lobito.
 Fornecer estratégias que podem ajudar os professores na promoção da criatividade no
processo de ensino-aprendizagem.

Tendo em vista o cronograma realizaram-se as seguintes tarefas:

 Pesquisa bibliográfica
 Elaboração e revisão do projecto de investigação
 Elaboração da monografia

13
 Análise e interpretação dos resultados obtidos
 Apresentação e defesa da monografia paraobtenção do grau de Licenciatura.

Para realização efectiva do presente trabalho em função dos objectivos e do tipo de


pesquisa utilizaram-se os seguintes MÉTODOS E TÉCNICAS DE INVESTIGAÇÃO:

 INDUTIVO: de acordo Marconi e Lakatos, “é um método por intermédio do qual,


partindo de dados particulares, suficientemente constatados, infere-se uma verdade
geral ou universal. Portanto, o objectivo dos argumentos indutivos é levar a
conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais se
basearam. ”Este método permitir-nos-á chegar a determinadas conclusões sobre o
tema.6
 DEDUTIVO “é o método que parte do geral e a seguir desce ao particular. Parte de
princípios reconhecidos como verdadeiro, indiscutível, e possibilita a chegar as
conclusões de maneira puramente formal.”7Tendo em vista este método partiremos de
termos gerais a fim de chegarmos às conclusões particulares do trabalho em causa.
 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA- é baseada na consulta de todas as fontes
secundárias relativas ao tema que foi escolhido para realização do trabalho. Abrange
todas as bibliografias encontradas em domínio público como: livros, revistas,
monografias, teses, artigos de internet8. Este método ajudar-nos-á a elucidar e a ter
suportes teóricos sobre a criatividade no processo de ensino-aprendizagem.
 ANÁLISE - SÍNTESE- para obter dados e resultados precisos e coerentes é essencial
ter em conta este método visto que “a análise permite a divisão mental do todo nas
suas múltiplas partes e qualidade. A Síntese estabelece mentalmente a união entre as
partes previamente analisadas e possibilita a descoberta das relações essenciais e
características gerais entre elas. A Síntese produz-se com base nos resultados obtidos
na análise e possibilita a sistematização do conhecimento”9

6
Maria de Andrade MARCONI, Eva Maria LAKATOS, fundamentos de metodologia científica, 5ª Edição, Atlas
S.A., São Paulo, 2003, p. 86.
7
António Carlos GIL, Métodos e técnicas de pesquisa social, 5ª edição, Atlas S.A., São Paulo, 1999, p. 28.
8
Auriluce Pereira CASTILHO, etall, Manual de metodologia científica, 2ª Edição, Itumbiara, São Paulo, 2014. p.
19.
9
Santa Taciana Carrillo RAMOS, ErnanSantiesteban NARANJO, Metodologia da investigação científica,
Escolar Editora, Angola,2014, página 103.
14
 MATEMÁTICO-ESTATÍSTICO- “É um método utilizado fundamentalmente, na
quantificação e processamento dos dados obtidos, o que possibilita sua posterior
interpretação e análise.10 Este método foi concebido para interpretação e
processamento das informações obtidas e sistematizadas nas tabelas, pois, este método
ajuda efetuara amostragem representativa da população em estudo, das informações
pontuais resultantes da aplicação dos inquéritos à população alvo.
 INQUÉRITO “é um formado por conjunto de perguntas, previamente definidas na
sua ordem e conteúdo e inscritas num formulário”11Esta técnica será crucial na
obtenção de dados da pesquisa.
 OBSERVAÇÃO-“A observação é uma técnica de colecta de dados para conseguir
informações e utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da
realidade.”12 É um dos recursos de colecta de dados que nos ajuda a acompanhar de
perto a investigação.

O trabalho apresenta a seguinte estrutura ordinária: possui uma introdução na qual se


faz menção sobre a essência do tema e enquadramento teórico-metodológico. No Capítulo I
faz-se a justificação teórica sobre criatividade como factor importante no sucesso escolar no
processo ensino-aprendizagem, referindo-se a vários aspectos temáticos, associado à definição
dos conceitos básicos que norteiam o tema de investigação. No Capítulo II faz-se a
caracterização da escola, análise e interpretação dos dados da investigação e a discussão dos
resultados relativo aos inquéritos por questionário aplicados. Por último, temos as conclusões,
sugestões, bibliografia e um corpo de anexos.

10
José Bonifácio RIBEIRO & José SILVA, Compêndio de filosofia, 18ª Edição, Lisboa, Livraria Popular de
Francisco Franco, 1970, p.204.
11
Hugo Consciência SILVESTRE, Joaquim Filipe ARAÚJO, Metodologia para a investigação social, Escolar
Editora, Lisboa, 2012, p. 159.
12
Maria de Andrade MARCONI, Eva Maria LAKATOS, fundamentos de metodologia científica, 5ª Edição,
Atlas S.A., São Paulo, 2003, p.190.
15
CAPÍTULO I – A CRIATIVIDADE COMO FACTOR
IMPORTANTE NO SUCESSO ESCOLAR NO PROCESSO
ENSINO-APRENDIZAGEM
Antes de se resolver um problema é necessário percepcionar os termos que compõem
o problema em questão, para dar coerência e coesão às respostas a serem dadas. Por isso,
neste capítulo através de suportes teóricos daremos explicaçãoao tema, a criatividade como
factor importante no sucesso escolar no processo de ensino-aprendizagem. As várias
definições e teorias que serão apresentadas demonstrar-nos-ão que a criatividade é um tema
que vem preocupando a comunidade científica há muito tempo, porque é factor importante na
promoção do sucesso escolar no processo ensino-aprendizagem.

1.1. DEFINIÇÃO DOS PRINCIPAIS TERMOS

Criatividade é aptidão complexa distinta da inteligência e do funcionamento


cognitivo e que seria a função da fluidez de ideias de raciocínio indutivo, de algumas
qualidades perceptivas da personalidade, bem como da inteligência divergente na medida em
que ela favorece a diversidade das relações e dos produtos. Os indivíduos criativos denotam
imaginação, espírito de invenção e originalidade.13 Das várias concepções sobre criatividade,
diríamos que esta é a mais completa pelo facto de englobar todos os aspectos essenciais da
criatividade: aptidão complexa, atitude positiva às novas ideias, originalidade.

Sucesso escolar é todo o resultado positivo que se adquire no fim de qualquer


actividade escolar que se identifica com a obtenção de bons resultados académicos quanto
14
qualitativos quanto quantitativos nas várias disciplinas curriculares do curso. Percebemos
então que sucesso escolar não só é ter muitas positivas, muitos conteúdos memorizados, mas
também ter competência afectiva, competência psicomotora, bem desenvolvidas no contexto
escolar.

Processo de Ensino-Aprendizagem Consiste no conjunto de tarefas ou etapas, que se


manifestam de uma forma bilateral (professor-aluno) visando alcançar os objectivos
preconizados, tendo em conta a realização e qualidade da actividade docente-Educativa.15
Nesta concepção está reflectida a interacção que deve existir neste processo para alcance dos
objectivos, enfatiza a mesma que é um processo que vai acontecendo, e não produto acabado.

13
Roland DORON & François PAROT, Dicionário de psicologia, Climepsieditores, Lisboa, 2001, p.194
14
José Barros de OLIVEIRA, Psicologia da Educação, Livpsic, vol.1, Porto, 2010, p. 238
15
Carlos L. JOSÉ, Didáctica, Cortez Editora, Brazil, 2004, p.55
17
1.2. CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA E TEÓRICA DA CRIATIVIDADE

1.2.1. Contextualização Histórica


Segundo Oliveira, a Criatividade vem do termo latino “creare”, seu significado é
fazer, criar. Em grego “Krainen” que significa realizar.16Esta abordagem etimológica dá-nos
a compreender que o criativo é aquele que faz e torna real algo que permanecia no imaginário.

A primeira explicação sobre criatividade é de Homero que dizia que a mente era
composta por duas câmaras separadas, em uma das duas era controlada pelos deuses onde
surgiam ideias criativas.17 Assim, quando um indivíduo sentia um impulso de criatividade
invocaria o deus apropriado, porque estas ideias eram projectadas pelos deuses. Esta ideia faz-
nos presumir que os indivíduos criativos foram escolhidos por deuses para feitura da obra
criativa, e os não criativos não foram escolhidos para serem criativos porque talvez possam ter
sido amaldiçoados.

No fim da idade média e na época do renascimento a criatividade é vista como sendo


hereditária e pesquisava-se mais o termo genialidade, acreditando que só génios eram
criativos.18Nesta época acreditava-se que os indivíduos não criativos não podiam ser criativos
porque seus progenitores não eram, e os educadores da mesma época trabalhavam mais com
os alunos que já demonstram serem criativos para aperfeiçoa-los. Em 1950, Guilford
preocupa-se compreender a criatividade através de domínio científico e desafiou os
psicólogos daquela altura a investigarem mais sobre como encontrar a criatividade nas
crianças e jovens e como promover o desenvolvimento de personalidades criativas.19

1.2.2. Contextualização teórica de Guilford


Guilford considerava que a criatividade estaria na produção divergente. Assim, o
pensamento criativo e a resolução de problemas aliam-se, formando o pensamento divergente,
ou seja, pensar de forma criativa resultaria sempre na elaboração de respostas que mostrariam

16
Mariana do Carmo PALHARES, Importância da criatividade no contexto escolar, Semesp, São Manuel,
2014, p.2.
17
Idem, p.2.
18
Idem, p.3.
19
Idem.
18
ser tanto diferentes como alternativas, para tal era necessário focar quatro características: a
fluência, a flexibilidade, a elaboração e a originalidade.20

1.2.3. Contextualização teórica de Torrance


Torrance concordou com Guilford que a criatividade estaria na produção divergente e
definiu a criatividade como processo de tornar-se sensível a falhas, deficiências na informação
ou desarmonias, identificar as dificuldades ou os elementos que faltam formular hipóteses a
partir de deficiências encontradas, testar os resultados encontrados.21

1.2.4. Contextualização teórica de Amabile


Amabile na sua abordagem diz que um produto é considerado criativo a medida em
que é ao mesmo tempo, novo e apropriado, ou uma valiosa resposta à tarefa, e tarefa é
heurística e não algorítmicas. Tarefas algorítmicas têm uma solução clara, por outro lado,
tarefas heurísticas não têm uma solução clara nem facilmente identificável. Ainda para este
autor para que o individuo seja criativo é necessário que tenha motivação intrínseca e
22
extrínseca. O indivíduo criativo tem disposição de criar, isto é, o indivíduo criativo tem
motivação interna para resolver um determinado problema, tem vontade de criar, paciência ao
criar, desejo de inventar, contudo as recompensas que representam a motivação externa, são
importantes para manter a disposição de criar, porém o aluno não pode se fixar muito em
recompensas caso queira ser criativo.

1.2.5. Contextualização teórica de Csikszebtmiahalyi


Segundo Csikszebtmiahalyi o processo criativo é resultado das características pessoais
e sociocultural, desta forma o autor vê a criatividade como fenómeno mais sistémico do que
individual.23 Traços individuais são importantes, entretanto dependerão sempre do factor
sociocultural, que definem quais os traços associados à criatividade naquele momento
histórico-cultural.

1.2.6. Contextualização teórica de Sigmund Freud


Para Freud a criatividade surgiria em contrair uma experiência traumática que
normalmente teria acontecido na infância, estas experiências estão armazenadas no

20
Fábio André Pereira PITA, A criatividade no ensino básico, Universidade da Madeira, Madeira, 2015, p.21.
21
Idem, p.21-22.
22
Sandra Guerreiro JACINTO, criatividade e estatutos identitários em alunos do ensino superior, Universidade
Lusófona de humanidades e tecnologias, Lisboa, 2011, p.40.
23
Idem, p.43
19
inconsciente do indivíduo, afirmando que o que estava no inconsciente do indivíduo, poderia
ser revelado através de palavras-chave ou por meio da hipnose. Desta forma as ideias que
estariam no inconsciente misturavam-se com as ideias do consciente numa tentativa de
resolução de um trauma, Freud acreditava que a sublimação era a primeira causa da
criatividade.24

1.2.7. Contextualização teórica de Sternberg e Lubart


Estes dois autores apresentam-nos a teoria do investimento criativo, em que é
afirmado que as pessoas criativas são aquelas que desejam e estão dispostas a comprar barato
e vender caro nas áreas das ideias.25Comprar barato trata-se de perseguir ideias pouco
conhecidas, pouco exploradas ou mesmo desconhecidas, mas que ao inventar explorando
mais, podem ter grande potencial.

Segundo estes autores a criatividade resulta de seis recursos: as capacidades


intelectuais, o conhecimento, os estilos de pensar, a personalidade, a motivação e o ambiente:

1. Nas capacidades intelectuais distinguem-se três tipos de capacidades: a


habilidade sintética para ver os problemas de novas perspectivas e assim
escapar aos limites do pensamento convencional, sendo possível um indivíduo
melhorar esta habilidade; a habilidade analítica para reconhecer qual das ideias
valem a pena investir e quais as que não, avaliando seu potencial; e as
habilidades prático-contextual para saber como persuadir os outros a vender
sua ideia. A junção destas três habilidades é importante. O uso da habilidade
analítica na ausência de outras duas habilidades irá resultar de fortes críticas,
mas não criativas. Já a habilidade sintética sem o uso das outras duas
habilidades resulta em novas ideias que não estão sujeitas a exames para
melhorá-lo e fazê-los funcionar. Por fim a habilidade prático-contextual sem as
confluências das outras duas habilidades pode resultar na aceitação de ideias
por parte da sociedade, não porque são boas ideias, mas porque foram bem
apresentadas.
2. O conhecimento mostra-se um bem necessário para poder avançar sobre uma
determinada área.

24
Idem, p.18
25
Eunice Soriano de ALENCAR, Escala de práticas docentes para a criatividade na educação superior, Revista
de Avaliação Psicológica, Brasília, 2010, p. 13.
20
3. Quanto aos estilos de pensar, estas são formas preferíveis de utilizar as
capacidades do indivíduo, ou seja, são decisões acerca de como deve distribuir
as capacidades que estão disponíveis.
4. Quanto à personalidade, esta mostra-se igualmente importante no
funcionamento da criatividade sendo alguns dos seus atributos a vontade de
querer ultrapassar obstáculos, de correr riscos, de tolerar ambiguidade e a auto-
eficácia.
5. Referente à motivação, alguns investigadores ressalvam que as pessoas não
conseguem, ou quase nunca conseguem, realizar produtos criativos, a não ser
que gostem de facto daquilo que fazem.
6. Por fim o ambiente que o indivíduo está inserido pode ditar a produção de
ideias criativas. Independente dos recursos internos que o indivíduo possua
para pensar de forma criativa, se este não estiver num ambiente propício para
desenvolver tais ideias, estas podem nunca passar do pensamento. 26

São várias abordagens sobre criatividade, porém todas concordam que criatividade é
apresentar algo novo, é inovar. Criatividade é a possibilidade de ter várias opções para
responder um problema.

1.3. PENSAMENTO CONVERGENTE E DIVERGENTE


Inteligência é a capacidade de resolver problemas.27 Para tal, o indivíduo tem de
percepcionar os dados dos problemas e relaciona-los uns com os outros. Terá que
compreender a estrutura do problema, que muitas vezes se apresenta bastante complexa pela
presença de elementos irrelevantes, terá de encontrar as estratégias adequadas, como, por
exemplo, os processos de tentativa e erro, eliminação de hipóteses, associação, raciocínio
lógico, etc. Em alguns casos, o recurso a experiência passada pode dar a solução ou contribuir
para minorar as dificuldades. Mas nem sempre se resolve os problemas pelos recursos e
estratégias usuais, sendo necessário em muitos deles, tentar novas vias, ou seja, descobrir
forma inéditas ou imaginativas de os solucionar. Tal só é possível se a pessoa é criativa tendo
como apanágio o pensamento divergente.

26
Idem, p.14.
27
Roland DORON & François PAROT, Dicionário de Psicologia, Climepsieditores, Lisboa, 2001, p.394.
21
Pensamento convergente e pensamento divergente são termos usados por Guilford
para designar os modos mais criativos ou mais convencionais de as pessoas usarem a
inteligência para resolverem os problemas com que deparam na vida.28

Para fácil compreensão sobre o pensamento Convergente utilizaremos uma ilustração


fictícia: Para ensinar sobre o poder da mente, na sala de aula o professor contou a história de
um jovem que amava pintar, imaginava coisas extraordinárias, na verdade a sua mão tinha o
trabalho simples, o grande trabalho estava na sua mente, na sua imaginação. Infelizmente o
jovem sofreu um acidente de carro ficando tetraplégico. O professor pediu aos alunos para
acabarem a história e falarem mais sobre o poder da mente. Nas opções que restavam para
terminar a história no ponto de vista da maioria dos alunos, aquele jovem como só movia a
cabeça de certeza parou de pintar, a mente o atormentava echorava, aquela história tinha um
final infeliz. Parece que, logicamente, não tem mais alternativas. Com efeito, a maioria das
pessoas optaria por uma destas respostas convencionais, não hesitando em afirmar que não
haveria outra saída.

A forma de pensar implícita na hipótese de solução, designa-se por pensamento


convergente. No pensamento convergente todos os caminhos que se poderia seguir
resultariam de uma actividade operatória em que o caso surgiu com tal estruturação que
obrigou a concluir logicamente as alternativas apontadas.29

Para explicar o pensamento Divergente daremos continuidade à ilustração acima


apresentada. Na tarefa apresentada pelo professor (conclusão da história que devia ser autoria
dos alunos e um comentário sobre o poder da mente) somente um aluno fez diferente. Na
conclusão da sua história, o jovem continuou a pintar, mas não utilizava a mão e sim a boca.
O Jovem como amava muito pintar, a imaginação o perturbava porque esta não tinha sido
afectada grandemente, e resolveu desenvolver a habilidade de pintar com a boca e conseguiu.
Ele aprendeu que a mente é um tesouro quando o dinheiro se acaba, é uma profissão quando a
o diploma molha, afinal nem todos instrumentistas têm olhos, há atletas que correm sem
verem, há pessoas sem braço que fazem humor, afinal as alternativas apresentadas pelos
colegas eram discriminatórios concluiu o estudante.

28
Maria Antónia ABRUNHOSA, psicologia 12º ano, Areal Editores, Porto, 2007, p.44.
29
Idem, p.45.
22
Na verdade esta resposta surpreendeu a turma, visto que não fazia parte das
alternativas padrão na resolução do problema há aplicabilidade da originalidade e da destreza.
A este pensamento designamos como divergente.30

1.4. CARACTERÍSTICAS DO PENSAMENTO CRIATIVO


O professor e a comunidade escolar podem estimular o estudante a desenvolver o
pensamento criativo. Guilford defende que se deve desenvolver: a Originalidade, a fluência de
palavras, a fluência de ideias e a flexibilidade. Piletti acrescenta a Inventividade curiosidade e
pesquisa e autodirecção.
Originalidade- vários exercícios podem ser feitos para estimular a originalidade,
como torneio de ideias, de soluções para um problema, de usos para um objecto, etc. O
objectivo é que aluno aprenda a inventar, sentindo-se diferente e especial, por isso os erros
não devem ser julgados rigorosamente, devem ser corrigidos com carinho e deve-se incentivar
o aluno a dar o melhor e não lutar para ser melhor como se tem visto nas escolas. 31 O que se
pretende é que o aluno faça um poema de sua autoria no teste de Língua portuguesa, e
professor valorize o poema de cada aluno como único, não se pretende que o aluno memorize
um poema lindo de Camões e depois reproduza com perfeição e quem não conseguir fazê-lo
tem nota baixa e está reprovado.
Fluências de palavras- A facilidade de expressão é maior nas pessoas que
rapidamente são capazes de pensar e dizer um grande número de palavras. Encontrar
sinónimos, antónimos e palavras que rimem é de grande utilidade no campo da literatura. É a
fluência de palavras que contribui para que um poeta imprima rima e ritmo a um texto, tendo
em vista a impressão agradável que a leitura venha a provocar. Se o aluno reproduzir não terá
esta capacidade, porém só se aprender a criar.32
Fluência de ideias/inventividade- o Pensamento Divergente ou criatividade implica a
produção do maior número possível ideias sobre os objectos ou os acontecimentos a tratar. O
professor ao organizar um passeio com os alunos pode em sala de aula pedir que cada um faça
um texto narrativo. Quem será o protagonista de cada história? Com esta questão o professor
pode fazer com que haja várias ideias e uma inventividade extraordinária. 33

30
Idem, p.47.
31
Nelson PILETTI, Psicologia Educacional, Ática, São Paulo, 2004, p. 112.
32
Maria Antónia ABRUNHOSA, psicologia 12º ano, Areal Editores, Porto, 2007, p.47.
33
Idem, p.47.
23
Flexibilidade- em estreita ligação com as características anteriores, a flexibilidade ou
versatilidade de pensamento manifesta-se na descoberta de várias hipóteses solucionadora de
um problema. O espírito flexível tem muitas vezes que arriscar. Segundo Cropley, o criativo
aceita o risco de cometer erros, e ser considerado estúpido, de ser corrigido pelos outros,
enquanto o não criativo desde que não sinta segurança nos seus esquemas habituais, prefere
não agir. Quando surge um problema que o não criativo considera disparatado porque as
regras da lógica não permite resolvê-lo o criativo arriscar-se-á, contudo, a propor uma
solução, também Taylor atribuiu flexibilidade aos indivíduos de espíritos criativos. É de
opinião que os criativos, sendo dotados de humor e fantasistas manifestam curiosidade pelo
que os cerca, levantam questões e reestruturam facilmente as ideias.34
Curiosidade e pesquisa- ao invés de transmitir informações, o professor pode indicar
pistas para que o aluno procure as respostas, ter o hábito de levar à sala de aula problemas que
exigem argumentação e para que se tenha argumentação é essencial ter suporte teórico.35
Quando os alunos gostarem de defender suas ideias e ir à busca da verdade sobre o problema
em questão, obviamente desenvolverão o gosto pela busca e leitura.
Autodirecção- o aluno criativo é aquele que toma iniciativa, porém a atitude do
professor é preponderante para que se estimule ou se iniba a auto direcção.36 O professor que
oprime os alunos e exige respostas imutáveis e inquestionáveis, faz com que os alunos sejam
dependentes.

1.5. ETAPAS DO PENSAMENTO CRIADOR


Durante muitos anos se associou criatividade à ideia de uma predestinação, de um dom
ou de um acaso.
Hoje em dia, os esforços de investigação psicossociológica tendem a desmitificar e
depurar cada vez mais tudo o que de obscuro possa ainda envolver o fenómeno criatividade.
Porém encara-la com objectividade constitui uma meta ainda longe de ser atingida, pois que,
para além de inquéritos e entrevistas, feitas a cientistas e artistas em plena actividade, tem de
se decorrer à descrição que os próprios fizeram das suas experiências. Com base nas
entrevistas, inquéritos e relatos feitos pelos próprios inventores, alguns psicólogos
estabeleceram algumas etapas essenciais no fenómeno de criação:

34
Idem, p.48.
35
Nelson PILETTI, Psicologia Educacional, Ática, São Paulo, 2004, p. 113.
36
Nelson PILETTI, op. cit. p. 113.
24
Apreensão- o momento criativo só acontece depois de longa preparação. Você está
enganado se pensar que os cientistas ou artistas criam facilmente, de um momento para o
outro. O acto criador é resultado de muito trabalho, de muito esforço.O primeiro passo deste
trabalho é o surgimento de uma ideia ou de um problema a ser resolvido. Isto pode acontecer
em situações a mais diversas: um sonho, uma conversa, um acidente, uma notícia, uma briga,
um facto pitoresco, um fenómeno da natureza, etc.37
Preparação- a invenção científica ou tecnológica e a criação artística ou literária só
são possíveis quando seus autores detêm conhecimentos profundos, resultantes de longas
aprendizagens nesses domínios. Todas as formas de criação. Não surgem do nada antes
reflectem uma cuidada preparação anterior.38
Incubação- nesta fase os indivíduos não se preocupam conscientemente com o
problema, ocupando seu tempo em actividades alheias a questão que pretendem solucionar. A
incubação é, por assim dizer, uma fase de latência fecunda, na medida que os dados se vão
relacionando por processos não conscientes. Relaciona-se com a primeira etapa, pois as
conexões que se estabelecem são tanto mais proveitosas para resolução final do problema
quanto mais cuidada e meticulosa tiver sido a preparação.39
Iluminação- a iluminação, inspiração ou imaginação das soluções consiste
propriamente na descoberta do resultado.Esta surge, normalmente, de forma súbita, ou seja,
por insight. Alguns Psicólogos denominam a aparição repentina da descoberta por “reacção”:
Ah!40Quando as situações ou problemas se caracterizam por grandes complexidades, a
iluminação pode surgir mais do que uma vez, permitindo encontrar respostas parciais que
culminam na solução final.
Verificação - com a verificação determina-se a validade solução encontrada. Quando
se trata de uma questão prática, a solução terá de ser testada de molde a detectar a sua
eficácia. Se o problema é teórico é necessário construir o sistema lógico que prove a coerência
e o rigor da solução.41

37
Idem, p. 107.
38
Idem, p.107.
39
Nelson PILETTI, op. cit. p.108.
40
Idem, p.109.
41
Idem, p.110.
25
1.6. EDUCAÇÃO COM E PARA CRIATIVIDADE
Torrance identifica alguns aspectos susceptíveis de promover a criatividade dos
alunos: O carácter incompleto e aberto das experiências de aprendizagem, capaz de despertar
nos alunos a curiosidade e a imaginação; o papel activo e espontâneo da exploração; a
oportunidade de fazer perguntas e expor a as suas ideias, mesmo que sejam um pouco raras.
Para fomentar na aula, a criatividade, o professor deve ainda dar segurança e liberdade ao
aluno conforme a teoria de Rogers, além de ter uma atitude de “empatia” e de “não
directividade”, deixando-se conduzir pelo aluno mais do que conduzi-lo. Daqui se depreende
a necessidade de o docente ser preparado e usar métodos de ensino mais criativos (por
exemplo, brainstorming), ao mesmo tempo que ajuda o aluno a aprender usando também a
criatividade e tornando-se mais criativo para poder enfrentar os desafios da complexidade dos
problemas futuros num mundo em rápida e profunda mutação, onde só subsiste quem se
souber adaptar continuamente necessitando por isso de muita criatividade.42

Como temos vindo a tratar neste trabalho a criatividade promove imaginação,


capacidade de resolução de problemas e bom relacionamento entre o educador e o educando.
Augusto Cury aborda sobre hábitos de professores fascinantes, os professores fascinantes são
aqueles que promovem a criatividade e formação integral nos alunos. Logo abordaremos os
hábitos dos professores fascinantes que são importantes para educar com criatividade e para a
criatividade, tais hábitos são:

1. Enquanto muitos professores preocupam-se muito com a eloquência, falar


muito, falar certo, professores fascinantes conhecem o funcionamento da
mente.43 É essencial que o professor entenda que nem todos os alunos
entendem pela exposição e que além do conteúdo deve-se desenvolver nos
alunos: capacidade de pensar, capacidade de decisão, capacidade de lidar com
perdas e frustrações e capacidade de superar conflitos.
2. A metodologia é importante para qualquer pedagogo que queira exercer esta
função, além de metodologias os professores fascinantes possuem
sensibilidade.44 Este hábito faz com que os alunos passem a humanizar mais o
professor e olhá-lo como amigo, e este ajuda-os a desenvolverem: a

42
José Barros de OLIVEIRA, Psicologia da Educação, Editora: Livpsic, vol.1, Porto, 2010, p. 260.
43
Augusto CURY, Pais brilhantes e professores fascinantes, Sextante, Rio de Janeiro, 2003, p.57.
44
Idem, p.64.
26
socialização e a auto-estima. Ensinar experiências de vida com intuito ajudar o
aluno a ser capaz de vencer os desafios que a vida estudantil apresenta, é uma
forma criativa de desenvolver um aluno criativo.
3. Os professores bons educam inteligência lógica, professores fascinantes vão
mais além, professores fascinantes educam a emoção.45 Os professores que
educam a emoção dos alunos ajudam os alunos a olharem-se como parceiros, e
fazem com que partilhem conhecimentos e troquem ideias. Professores deste
tipo ensinam os alunos a segurança, a perseverança e solidariedade. Os alunos
que têm inteligência lógica bem-educada, mas a emocional débil, acabam por
desafiarem-se quem é o melhor e quem poderá se destacar com a maior nota no
quadro de honra.
4. Muitos professores usam a memória como depósito de informações,
professores fascinantes usam-na como suporte da arte de pensar.46 Os
professores não devem impor as ideias, devem desenvolver nos alunos a
capacidade de debater, trabalhar com seus colegas apresentando seu ponto
vista, visto que muitos problemas profissionais, escolares e de vida precisarão
das opiniões dos alunos para serem resolvidas, as ideias dos cientistas não
resolvem todos problemas hoje apresentados, pois cabe ao professor ter
criatividade para desenvolver a consciência crítica dos seus alunos.
5. Professores fascinantes são mestres inesquecíveis.47 É bom que o professor crie
aventuras académicas com seus alunos e os ensine de uma forma criativa e
alegre, assim o aluno tornar-se-á discípulo de seu professor, não esquecerá de
seu professor, das aventuras e das reflexões, debates e testes maravilhosos que
fizeram parte do tempo da escolaridade.
6. Professores fascinantes resolvem conflitos em sala de aula.48 Não se trata de
corrigir publicamente os alunos, destacar os mais indisciplinados e puni-los.
Trata-se em disciplinar a turma com erro de um estudante, falar com
experiências para que os leve a mudar de comportamento, ensinar os alunos a
lidarem com a falta de concentração, a falta de compreensão entre colegas,

45
Idem, p.66.
46
Idem, p.68.
47
Augusto CURY, op. cit. p.72.
48
Idem, p.75.
27
conversar mais e respeitar os momentos de silêncio, serem pontuais não só nas
aulas do primeiro tempo, mas em toda a vida.

Portanto percebemos que os professores mencionam os cientistas nas aulas e falam de


suas ideias e como os alunos devem fazer uma actividade que a disciplina em assunto
pretende. Quando os professores educam para a vida desenvolvem nos alunos a capacidade de
usar os conteúdos não só na sala de aula, mas também em outros locais contextualizando os
conteúdos, é necessário educar com criatividade e para a criatividade pois a criatividade é sem
dúvida factor importante no sucesso escolar no processo ensino-aprendizagem.

1.7. IMPORTÂNCIA DO PSICÓLOGO EDUCACIONAL NA PROMOÇÃO DA


CRIATIVIDADE
O Psicólogo Educacional serve à Educação em geral e aos professores particularmente
a medida em que os auxilia a entender e a resolver os complexos fenómenos educativos.49 São
vários os problemas que assolam a escola, dentre estes, destacam-se os problemas de
aprendizagem, logo para que haja desenvolvimento e aperfeiçoamento da personalidade é
necessário a intervenção de muitos agentes educativos.

Os alunos com problemas de aprendizagem embora estejam dentro de um grupo, seu


atendimento necessita de atenção individualizada, a programação de suas actividades não
podem restringir-se a objectivos voltados para conteúdos escolares programáticos, mas deve
estar inicialmente voltada para melhoria da qualidade de vida do aluno.50

Em primeiro lugar só cabe ao Psicólogo a aplicação de exame psicológico, a


explicação do problema em causa e adaptações que se devem criar para que o aluno em causa
aprenda. Logo o Psicólogo proporciona criatividade para trabalhar com alunos com problemas
de aprendizagem, pode promover palestras para ajudar a comunidade a criar condições que
favorecem a criatividade, pode trabalhar com o próprio professor visto que este pode ser causa
do insucesso escolar.51 Portanto o Psicólogo Educacional contribui significativamente para
que haja criatividade no processo ensino-aprendizagem.

49
Margareth Simone Marques Prado, Psicologia da Educação, UFRB, Cruz das Almas-BA, 2015 p.35.
50
Walter Camargo JÚNIOR, Transtornos invasivos de desenvolvimento, 2ª edição, Corde, Brasília, 2005 página
122.
51
Elda Grisald Caldeira de ANDRADA, Novos paradigmas na prática do Psicólogo escolar, Universidade
Federal De Santa Catarina, Santa Catarina, 2005, p.197-199.
28
CAPÍTULO II – APRESENTAÇÃO, ANALISE E
INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
Neste capítulo apresentaremos a parte prática da investigação onde consta a obtenção
da quantificação dos dados, a interpretação e análise dos resultados, das informações que
resultaram da aplicação dos inquéritos à amostragem.

2.1. CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA

Tomou-se como local de investigação o Colégio Público BG nº 2015 Rei-Mandume


Santa-Cruz no Município do Lobito. A instituição escolar situa-se no bairro da Santa-Cruz no
Município do Lobito e na Província de Benguela; e está limitada a Norte pelo Campo do
Buraco, a Sul pelo Posto Médico das Madres, a Este Paróquia da Igreja Católica, a Oeste
Estrada Nacional 100.
A estrutura está constituída por 12 salas, das quais 8 definitivas e quatro improvisadas.
São 46 Turmas que fazem parte do Colégio Público BG nº2015 Rei-Mandume Santa-Cruz no
Município do Lobito, sendo 7ª classe 14 salas, 8ª classe 15 salas, 9ª classe 17 salas. A mesma
instituição escolar apresenta o seguinte organigrama organizativo: Um Director Geral,
Subdirector Pedagógico, Secretária Pedagógica, Director Administrativo, Secretária Geral,
Uma Comissão responsável pelas actividades Extra-Escolares, uma Comissão de Disciplina e
uma Comissão de Pais e Encarregados de Educação. Possui ainda um gabinete para o Director
Geral, um para o Director Administrativo, sala de Professores, Possui dois (2) W.C., um para
professores e pessoal administrativo, e outro para alunos e alunas.

2.2. INQUÉRITO POR QUESTIONÁRIO FEITO AOS ALUNOS

Tabela 1 - Tem noção sobre o que é criatividade?

OPÇÕES FREQUÊNCIA PERCENTAGEM

Sim 94 100%

Não 0 0%

Total 94 100%

Fonte: Elaboração própria

De acordo com a questão acima apresentada aos alunos, notamos que 100% respondeu
sim.
30
Tabela 2 - O que entende por criatividade?

OPÇÕES FREQUÊNCIA PERCENTAGEM


24 26%
Inventar o que nunca
existiu
Inventar partindo do 20 21%
que já existe

Fazer coisas novas 50 53%

Total 94 100%

Fonte: Elaboração própria

Relativamente a questão o que entende por criatividade: 26% optou por responder,
inventar o que nunca existiu, 21% optou por responder, inventar partindo do que já existe e
53% optou pela opção que dizia fazer coisas novas.

Tabela 3 - Na sua opinião, as aulas ministradas pelos professores têm sido muito
criativas para uma fácil assimilação e compreensão dos conteúdos?

OPÇÕES FREQUÊNCIA PERCENTAGEM

20 21%
Sim

Não 25 27%

Algumas 49 .52%

Total 94 100%

Fonte: Elaboração própria

De acordo a questão, na sua opinião, as aulas ministradas pelos professores têm sido
muito criativas para uma fácil assimilação e compreensão dos conteúdos, 21% respondeu sim,
27% respondeu não e 52% respondeu algumas.

31
Tabela 4 - Que procedimentos os professores utilizam para incentivar a criatividade?

OPÇÕES FREQUÊNCIA PERCENTAGEM

Mandam trabalhos tendo em conta a 32 34%


opinião e a criatividade do aluno
A partir de algo que já existe, fazer algo 6 6%
novo
Além de exercícios teóricos os professores 12 .13%
mandam também práticos
Criam actividades culturais e incentivam 0 0%
apresentar artes

Nenhuma 44 47%

Todas 0 0%

Total 94 100%

Fonte: Elaboração própria

Sobre a questão, Que procedimentos os professores utilizam para incentivar a


criatividade, 34% Respondeu Mandam trabalhos tendo em conta a opinião e a criatividade do
aluno, 6% respondeu, A partir de algo que já existe, fazer algo novo,13% respondeu, Além de
exercícios teóricos os professores mandam também práticos, 0% respondeu, Criam
actividades culturais e incentivam apresentar artes, 47% respondeu Nenhuma, 0% respondeu
Todas.

32
Tabela 5 - Em que disciplina o professor tem promovido mais criatividade?

OPÇÕES FREQUÊNCIA PERCENTAGEM


11 12%
Língua Portuguesa
E.V.P. 10 11%

Matemática 1 1%
Língua Estrangeira 7 7%
E.M.C. 2 2%
Física 1 1%
Biologia 60 64%
História 0 0%

Educação Laboral 0 0%
Química 0 0%
Geografia 0 0%
Educação Física 1 1%

Em nenhuma 1 1%
Em todas 0 0%

Total 94 100%

Fonte: Elaboração própria

Quanto à questão que disciplina o professor tem promovido mais criatividade, 64%
respondeuBiologia, 12% respondeuLíngua Portuguesa, 11% respondeu E.V.P.,7%
respondeuLíngua Estrangeira, 2% respondeuE.M.C., 1% respondeu Matemática, 1%
respondeu Física, 1% respondeu Educação Física, 1% respondeunenhum. Foi 0% para
disciplinas restantes e na opção todas.

33
Tabela 6 - Concorda que além do professor, precisa-se do Psicólogo da educação para
ajudar os alunos descobrirem seu potencial e conhecerem-se melhor, para serem mais
criativos?

OPÇÕES FREQUÊNCIA PERCENTAGEM

94 100%
Sim

Não 0 0%

Total 94 100%

Fonte: Elaboração própria

Concorda que além do professor, precisa-se do Psicólogo da educação para ajudar os


alunos descobrirem seu potencial e conhecerem-se melhor, para serem mais criativos, 100%
respondeuSim e 0% respondeu Não.

2.3. INQUÉRITOS POR QUESTIONÁRIO FEITO AOS PROFESSORES

Tabela 7 - Concorda que a criatividade é uma das componentes que o professor deve
ter em conta para alcance dos objectivos dentro do processo de ensino-aprendizagem?

OPÇÕES FREQUÊNCIA PERCENTAGEM

12 100%
Sim

Não 0 0%

Total 12 100%

Fonte: Elaboração própria

Relativamente a questão, concorda que a criatividade é uma das componentes que o


professor deve ter em conta para alcance dos objectivos dentro do processo de ensino-
aprendizagem, 100% Respondeu sim e 0%respondeu não.

34
Tabela 8 - Que procedimentos, utiliza para promover a criatividade?

OPÇÕES FREQUÊNCIA PERCENTAGEM

3 25%
Contar histórias

Realização da aula em outros contextos além da 0 0%


sala de aula

Promover aulas práticas 2 17%

Levar meios de ensino não permanentes 7 58%

Nenhuma 0 0%

Todas 0 0%

Total 12 100%

Fonte: Elaboração própria

Sobre a questão, Que procedimentos, utiliza para promover a criatividade,25%


respondeu Contar histórias, 0% respondeu Realização da aula em outros contextos além da
sala de aula, 17% respondeu Promover aulas práticas, 58 % respondeu Levar meios de ensino
não permanentes, 0% respondeu Nenhuma, 0% respondeu Todas.

35
Tabela 9 - Tendo em conta a criatividade, que procedimentos, tem utilizado para
avaliar os alunos?

OPÇÕES FREQUÊNCIA PERCENTAGEM

1 8%
Utilizo simplesmente provas escritas
Através de perguntas directas peço que aluno 8 67%
repita taxativamente o que aprendeu
Mando trabalho tendo em conta a opinião e a 3 25%
criatividade do aluno
Mando trabalhos em equipa sem muitas regras, 0 0%
incentivando o trabalho em equipa, procuro
valorizar e elogiar a criatividade que a equipa
apresenta

Nenhuma 0 0%

Todas 0 0%

Total 12 100%

Fonte: Elaboração própria

Quanto a questão, Tendo em conta a criatividade, que procedimentos, tem utilizado


para avaliar os alunos,8% Respondeu Utilizo simplesmente provas escritas,67% respondeu
Através de perguntas directas, peço que o aluno repita taxativamente o que aprendeu, 25%
respondeu Mando trabalho tendo em conta a opinião e a criatividade do aluno,0% respondeu
Mando trabalhos em equipa sem muitas regras, incentivando o trabalho em equipa, procuro
valorizar e elogiar a criatividade que a equipa apresenta,0% respondeu Nenhuma,0%
respondeu Todas.

36
Tabela 10 - Criatividade em sala de aula promove: imaginação, curiosidade e
motivação.
OPÇÕES FREQUÊNCIA PERCENTAGEM

Sim 12 100%

Não 0 0%

Total 12 100%

Fonte: Elaboração própria

De acordo a afirmação Criatividade em sala de aula promove: imaginação, curiosidade


e motivação.100% Respondeu Sim e 0% respondeu Não.

Tabela 11 - A falta de criatividade em sala de aula pode ser motivo para existência de
alguns transtornos nos alunos?
OPÇÕES FREQUÊNCIA PERCENTAGEM

Sim 8 67%

Não 4 33%

Total 12 100%

Fonte: Elaboração própria

Concernente a questão, A falta de criatividade em sala de aula pode ser motivo para
existência de alguns transtornos nos alunos, 67 % Respondeu Sim e 33% respondeu Não.

37
Tabela 12 - O Psicólogo Educacional é elemento fundamental para a promoção da
criatividade?
OPÇÕES FREQUÊNCIA PERCENTAGEM

Sim 8 67%

Não 4 33%

Total 12 100%

Fonte: Elaboração própria

Relativamente a questão, O Psicólogo Educacional é elemento fundamental para a


promoção da criatividade, 67% Respondeu Sim e 33% respondeu Não.

2.4. INQUÉRITO POR QUESTIONÁRIO FEITO AOS MEMBROS DA DIRECÇÃO

Tabela 13 - Concorda que a criatividade é uma das componentes que o professor deve
ter em conta para alcance dos objectivos dentro do processo de ensino-aprendizagem?
OPÇÕES FREQUÊNCIA PERCENTAGEM

Sim 2 100%

Não 0 0%

Total 2 100%

Fonte: Elaboração própria

Concorda que a criatividade é uma das componentes que o professor deve ter em conta
para alcance dos objectivos dentro do processo de ensino-aprendizagem, 100% Respondeu
Sim e 0% respondeu Não.

38
Tabela 14 - Concorda que os alunos mais criativos são os que saem no quadro de
honra?
OPÇÕES FREQUÊNCIA PERCENTAGEM

Sim 0 0%

Não 2 100%

Total 2 100%

Fonte: Elaboração própria

Na questão Concorda que os alunos mais criativos são os que saem no quadro de
honra, 0% Respondeu Sim e 100% respondeu Não.

Tabela 15 - Além das aulas nas salas, os professores para a promoção da criatividade
fazem o seguinte:
OPÇÕES FREQUÊNCIA PERCENTAGEM

Levam os alunos para visitas de estudo 0 0%

Promovem palestras para seus alunos 0 0%

Fazem exposição de obras feitas pelos alunos 0 0%

Nenhuma 2 100%

Todas 0 0%

Total 2 100%

Fonte: Elaboração própria

Além das aulas nas salas, os professores para a promoção da criatividade fazem o
seguinte:0% Respondeu Levam os alunos para visitas de estudo, 0% Respondeu Promovem
palestras para seus alunos, 0% Respondeu Fazem exposição de obras feitas pelos alunos,
100% respondeu Nenhuma e 0% Respondeu Todas.

39
Tabela 16 - Concorda que o Psicólogo Educacional é elemento fundamental para a
promoção da criatividade?
OPÇÕES FREQUÊNCIA PERCENTAGEM

Sim 2 100%

Não 0 0%

Total 2 100%

Fonte: Elaboração própria

Quanto à questão,Concorda que o Psicólogo Educacional é elemento fundamental para


a promoção da criatividade, 100% Respondeu Sim e 0% respondeu Não.

Tabela 17 - Concorda que a falta de criatividade em sala de aula pode ser motivo para
existência de alguns transtornos nos alunos?
OPÇÕES FREQUÊNCIA PERCENTAGEM

Sim 2 100%

Não 0 0%

Total 12 100%

Fonte: Elaboração própria

Quanto à questão, Concorda que a falta de criatividade em sala de aula pode ser
motivo para existência de alguns transtornos nos alunos,100% Respondeu Sim e 0%
respondeu Não.

40
2.5. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Neste estudo procurámos analisar a influência da criatividade como factor importante


no sucesso escolar no processo ensino-aprendizagem, caso dos alunos da 9ª classe, turmas E,
F e G, do período da tarde, no Colégio Público, BG nº 2015, Rei-Mandume Santa-Cruz, no
município do Lobito. Depois da recolha de informações e das análises feitas discutiremos os
resultados obtidos.

Olhando para os dados apresentados na tabela 3, podemos conceber que 52%


certificou que somente alguns professores têm despertado interesse na execução de suas aulas,
ao passo que 21% respondeu sim, concordando que as aulas dos professores têm despertado
interesse e 27% respondeu que não. Quer dizer que alguns professores têm dado importância a
criatividade, é bom ter em conta pelo facto de a criatividade do professor ao mudar o
ambiente da aula proporciona motivação, estimula criatividade e promove uma aprendizagem
significativa.52Na Tabela 5 admite-se que, os dados presentes levam a pensar que precisamos
de trabalhar em busca de criatividade para fazermos pensadores e não meros reprodutores,
uma vez que maior parte de disciplina não chegou a 5%. Quanto à questão da Tabela 6
respondida pelos alunos, 100% afirmou que precisa-se de Psicólogo Educacional a fim de este
contribuir paraa formação integral e para a promoção da criatividade. A actuação psicológica
na instituição escolar favorece o desenvolvimento e a consequente aprendizagem do aluno,
cuja actuação pode minimizar o fracasso escolar53.

Segundo a Tabela 7, todos os professores concordaram que a criatividade é uma das


componentes que o professor deve ter em conta para alcance dos objectivos. Para Émile
Planchard a Pedagogia é ciência e arte de educar.54 A pedagogia sendo arte obriga o professor
a ter criatividade na prática pedagógica para alcance dos objectivos, além do conhecimento,
estar armado de métodos que corresponde à ciência. Na pergunta colocada aos professores na
Tabela 8 sobre os procedimentos utilizados para promover a criatividade, 58% de professor
respondeu que tem levado meios de ensino não permanentes, 25% de professor afirmou que
tem contado histórias e 17% de professor respondeu que tem promovido aulas práticas.

52
Denise de Souza FLEITH & Eunice Soriano de ALENCAR, Escala sobre o clima para criatividade em sala
de aula, Psicologia teoria e pesquisa, vol. 21, nº1, Brasília, 2005. P.87
53
C.C. SALVADOR, etall, Psicologia da Educação, Artmed, São Paulo, 2000, p.38
54
Casimiro AMADO, História da Pedagogia e da Educação, Universidade de Évora, Évora, 2007, p. 6
41
Criatividade é fugir aos moldes de costume.55Isto é, criatividade para professor é contar uma
história, promover aulas práticas levar à sala meios de ensino não permanentes, promover
saídas de estudo, palestras, actividades culturais. De acordo a questão da Tabela 9, tendo em
conta a criatividade, que procedimentos, tem utilizado para avaliar a criatividade dos alunos,
notamos que 67%, respondeu que através de perguntas directas pede que o aluno repita
taxativamente o que aprendeu, 25% respondeu que manda trabalho tendo em conta a opinião e
a criatividade do aluno, e 8% respondeu que utiliza simplesmente provas escritas. Alencar e
Fleith afirmam que dar ênfase na reprodução do conhecimento e na memorização de
ensinamentos dificultam e inibem o desenvolvimento e a expressão da capacidade de criar, a
indicação de apenas uma resposta para um problema, não dá ênfase na imaginação. 56 Portanto
para dar ênfase a criatividade na forma de avaliação, é bastante importante que o professor
utilize diversas formas de avaliar pelo facto de ter diversos alunos.

Face a análise dos dados descritos na tabela 11, 67% concordou que a criatividade é
tão importante que a falta dela pode causar transtornos nos alunos, ao passo que 33% não
concordou que a falta de criatividade pode causar transtornos nos alunos. Um professor
quando não vela pela criatividade como factor importante no sucesso escolar, expressa
autoridade com agressividade e corrige publicamente, querendo que o aluno reproduza o que
o professor ensina, pune quando estiver irado, não se importando com as diferenças, logo
estas atitudes inibem os alunos e podem fazer com que os alunos tenham transtorno de
ansiedade, transtorno de personalidade anti-social, Mutismo Selectivo e outros
transtornos.57De acordo a tabela 12, respondida pelos professores, 67% concordou que o
Psicólogo Educacional é elemento fundamental para a promoção da criatividade, ao passo que
33% respondeu que não. Os alunos podem apresentar atitudes fora dos padrões de conduta.
Neste particular devem-se realçar as crianças que são sucessivamente irrequietas, incapazes
de prestar atenção e de controlar a impulsividade, não suportam regras e fogem
continuamente de adultos e actividades que exigem esforço mental. Alunos desse género
motivam que pais e professores percam a paciência e lhes atribuam culpas inexistentes,
porque podem ser vítimas do Transtorno Déficit de atenção/Hiperactividade. 58 Pois, só o

55
Nelson PILETTI, Psicologia Educacional, Ática, São Paulo, 2004, p. 106.
56
Zélia Maria Freire de OLIVEIRA, Factores influentes no desenvolvimento do potencial criativo, Universidade
Católica de Brasília, Campina, 2010, p. 86.
57
Augusto CURY, Pais brilhantes e professores fascinantes, Sextante, Rio de Janeiro, 2003, p.57.
58
Nduva TONET, Psicólogos, porquê e para quê?,4ª Edição, Chiado Editora, 2012, p.53-54.
42
Psicólogo da Educação é o especialista aprovado para diagnosticar e intervir nestes problemas
de aprendizagem e outros problemas que podem surgir no contexto escolar.

De acordo os resultados da Tabela 14, 100% dos inquiridos não concordou que os
alunos mais criativos são os que saem no quadro de honra. No quadro de honra tem-se em
conta as notas quantitativas altas, não é verdade que todos alunos que saem no quadro de
honra são os mais capazes de criar ou solucionar todos os problemas. Logo Paulovich afirma
que estudantes ansiosos por notas são forçados a memorizar e regurgitar um volume incrível
de factos em um ritmo que impede o mais entusiasta de reflectir sobre o material ensinado. 59
Na tabela 15, 100% dos inquiridos respondeu que os professores não levam os alunos para
visita de estudo, não promovem palestras para os alunos, nem fazem exposição de obras feitas
pelos alunos. A actividade extra-escolar, actividade que acontece fora dos programas
curriculares, é importantes para a promoção de criatividade, fazer uma obra de arte, participar
de uma palestra fora da sala habitual com um prelector que não exigirá notas positivas, visitar
museus ou outros lugares históricos pode incentivar os alunos a fazerem e melhorarem o que
foi feito pelos antepassados. Aquando da questão da Tabela 16, 100% concordou que o
Psicólogo Educacional é fundamental para promoção da criatividade. Ao Psicólogo da
Educação cabe resolver os problemas de desenvolvimento e de aprendizagem, e explicar os
motivos e causas desta e actuar colectivamente, com vistas à superação de “problemas
escolares”60. Logo ao trabalhar colectivamente com professores e outros intervenientes do
processo educativo, vai sugerir novas maneiras de trabalhar em determinada situação para que
haja aprendizagem.

59
Denise de Souza FLEITH & Eunice Soriano de ALENCAR, Inventário de práticas docentes que favorecem a
criatividade no ensino superior, Psicologia teoria e pesquisa, Brasília, 2004, p.105
60
Márcia FRANCHI, Marciano PONTEL, A actuação do Psicólogo escolar e o desenvolvimento histórico da
Psicologia Educacional, UNOCHAPECO, São Lourenço, 2014, p.8.
43
CONCLUSÕES

Depois de uma abordagem sobre a temática em causa, tendo em conta todos os


aspectos apresentados nesta investigação, chegamos às seguintes conclusões:
 A criatividade é factor importante para o sucesso escolar no processo de ensino
aprendizagem pelo facto de vários autores mencionados defenderem que ela promove
novidade, imaginação e motivação dentro do processo ensino-aprendizagem.
 O Psicólogo Educacional é muito importante na promoção da criatividade
porque propõe maneiras de trabalhar com aluno que apresenta problemas de aprendizagem.
De forma criativa ajuda o aluno a descobrir seu potencial e conhecer-se melhor com intuito de
ser mais criativo, conforme prescrito na Tabela 6, na Tabela 12 e na Tabela 16.
 No Colégio Público BG nº 2015, Rei-Mandume, Santa-Cruz, no município do
Lobito, para promoção da criatividade os professores fazem o seguinte: Mandam trabalhos
tendo em conta a opinião e a criatividade do aluno; Levam meios de ensino não permanentes;
e quanto a avaliação quantitativa, através de perguntas directas pedem que os alunos repitam
taxativamente o que aprenderam, de acordo a Tabela 4, Tabela 8 e Tabela 9.
 Considerando a Tabela 8 e a Tabela 15, para promover criatividade os
professores podem fazer o seguinte: Além da sala de aula, podem realizar a aula em outros
contextos; Levar os alunos para visitas de estudo; Promover palestras para os alunos; Fazer
exposição de obras feitas pelos alunos.

44
SUGESTÕES

1) Que o Colégio Público BG nº2015 Rei-Mandume Santa-Cruz no Município do Lobito


trabalhe para existência de um gabinete de Psicologia da Educação para ajudar na
promoção do Plano educativo Individual, sugestões de estratégias que ajudem os
professores a trabalharem melhor com alunos a fim de se promover uma formação
criativa e integral.
2) Que a coordenação das actividades extra-escolares trabalhe directamente com os
professores e com a direcção da escola para promover palestras, actividades culturais,
actividades artísticas, visitas de estudo para que os alunos possam estar mais
motivados para aprender e para que possam explorar melhor outras habilidades que
acarretam para construção do pensamento divergente.
3) Que os professores da 9ª classe das turmas, E, F e G do período da tarde do Colégio
Público BG nº2015 Rei-Mandume Santa-Cruz no Município do Lobito levem meios
de ensino não permanentes, promovam aulas práticas, mandem trabalhos tendo em
conta a opinião e a criatividade do aluno para promoção da criatividade.

45
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABRUNHOSA, Maria Antónia, psicologia 12º ano, Areal Editores, Porto, 2007.
ALENCAR, Eunice Soriano de, Escala de práticas docentes para a criatividade na educação
superior, Revista de Avaliação Psicológica, Brasília, 2010.
AMADO, Casimiro, História da Pedagogia e da Educação, Universidade de Évora, Évora,
2007.
ANDRADA, Elda Grisald Caldeira de, Novos paradigmas na prática do Psicólogo escolar,
Universidade Federal De Santa Catarina, Santa Catarina, 2005.
BORDENAVE, Juan Días, PEREIRA, Adair Martins, Estratégias de ensino-Aprendizagem,
Editora Vozes, Petrópolis, Brasil, 25ª Edição, 2004.
CASTILHO, Auriluce Pereira, etall, Manual de metodologia científica, 2ª Edição, Itumbiara,
São Paulo, 2014.
CURY, Augusto, Pais brilhantes e professores fascinantes, Sextante, Rio de Janeiro, 2003.
DORON, Roland & PAROT, François, Dicionário de psicologia, Climepsi editores, Lisboa,
2001.
FLEITH, Denise de Souza & ALENCAR, Eunice Soriano de, Escala sobre o clima para
criatividade em sala de aula, Psicologia teoria e pesquisa, vol. 21, nº1, Brasília, 2005.
FLEITH, Denise de Souza & ALENCAR, Eunice Soriano de, Inventário de práticas docentes
que favorecem a criatividade no ensino superior, Psicologia teoria e pesquisa, Brasília, 2004.
FRANCHI, Márcia, PONTEL, Marciano, A actuação do Psicólogo escolar e o
desenvolvimento histórico da Psicologia Educacional, UNOCHAPECO, São Lourenço, 2014.
GIL, António Carlos, Métodos e técnicas de pesquisa social, 5ª edição, Atlas S.A., São Paulo,
1999.
GIL, António Carlos, Como elaborar projectos de pesquisa, Atlas S.A., 4ª Edição, São Paulo,
2002

JACINTO, Sandra Guerreiro, criatividade e estatutos identitários em alunos do ensino


superior, Universidade Lusófona de humanidades e tecnologias, Lisboa, 2011.
JOSÉ, Carlos L., Didáctica, Cortez Editora, Brazil, 2004.
JÚNIOR, Walter Camargo, Transtornos invasivos de desenvolvimento, 2ª edição, Corde,
Brasília, 2005.

46
MARCONI, Maria de Andrade, LAKATOS, Eva Maria, fundamentos de metodologia
científica, 5ª Edição, Atlas S.A., São Paulo, 2003.
OLIVEIRA, José Barros de, Psicologia da Educação, Editora: Livpsic, vol.1, Porto, 2010.
PALHARES, Mariana do Carmo, Importância da criatividade no contexto escolar, Semesp,
São Manuel, 2014.
PANGE, Filipe Bulola, Vencer os desafios de redigir uma proposta e tese, CLC Printers
(PVT), Zimbabwe, 2016.
PILETTI, Nelson, Psicologia Educacional, Ática, São Paulo, 2004.
PITA, Fábio André Pereira, A criatividade no ensino básico, Universidade da Madeira,
Madeira, 2015.
PRODANOV, Cleber Cristiano, FREITAS, Ernani Cesar de, Metodologia do trabalho
científico: Métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico, 2ª edição, Feevale, Rio
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PRADO, Margareth Simone Marques, Psicologia da Educação, UFRB, Cruz das Almas-BA,
2015.
RAMOS, Santa Taciana Carrillo, NARANJO ErnanSantiesteban, Metodologia da
investigação científica, Escolar Editora, Angola,2014.
RIBEIRO, José Bonifácio & SILVA, José, Compêndio de filosofia, 18ª Edição, Lisboa,
Livraria Popular de Francisco Franco, 1970.
SALVADOR, C.C., etall, Psicologia da Educação, Artmed, São Paulo, 2000.
OLIVEIRA, Zélia Maria Freire de, Factores influentes no desenvolvimento do potencial
criativo, Universidade Católica de Brasília, Campina, 2010.
SILVESTRE, Hugo Consciência, ARAÚJO, Joaquim Filipe, Metodologia para a
investigação social, Escolar Editora, Lisboa, 2012.
TONET, Nduva, Psicólogos, porquê e para quê?,4ª Edição, Chiado Editora, 2012.

47
APÊNDICES
INQUÉRITO APLICADO AOS ALUNOS DA 9ª CLASSE, TURMAS -E, F E G,
DO PERÍODO DA TARDE DO COLÉGIO PÚBLICO BG Nº 2015 REI-MANDUME
NO MUNICÍPIO DO LOBITO
Estimado (a) aluno (a), estamos efectuando um estudo sobre: A criatividade como factor
importante no sucesso Escolar no processo de Ensino-Aprendizagem. Logo para recolha de
dados de nossa pesquisa pedimos encarecidamente que responda com X nos espaços que
correspondam com sua escolha.

1. Tem noção sobre o que é criatividade?


a) Sim____
b) Não____

2. O que entende por criatividade?


a) Inventar o que nunca existiu_____
b) Inventar partindo do que já existe_____
c) Fazer coisas novas____

3. Na sua opinião, as aulas ministradas pelos professores têm sido muito criativas para
uma fácil assimilação e compreensão dos conteúdos?
a) Sim___
b) Não___
c) Algumas____

4. Que procedimentos os professores utilizam para incentivar a criatividade?


a) Mandam trabalhos tendo em conta a opinião e a criatividade do aluno____
b) A partir de algo que já existe, fazer algo novo_____
c) Além de exercícios teóricos os professores mandam também exercício
práticos____
d) Criam actividades culturais e incentivam apresentar artes_____
e) Nenhuma_____
f) Todas___

5. Em que disciplina o professor tem promovido mais criatividade?


a) Língua Portuguesa____
b) E.V.P.___
c) Matemática____
d) Língua Estrangeira____
e) E.M.C.____
f) Física____
g) Biologia____
h) História____
i) Educação Laboral____
j) Química____
k) Geografia____
l) Educação Física____
m) Em nenhuma__
n) Em todas____

6. Concorda que além do professor, precisa-se do Psicólogo da educação para ajudar os


alunos descobrirem seu potencial e conhecerem-se melhor, para serem mais criativos?
a) Sim____
b) Não____

Muito obrigado pela sua carinhosa colaboração!


INQUÉRITO APLICADO AOS PROFESSORES DA 9ª CLASSE TURMAS-E, F E
G, DO PERÍODO DA TARDE DO COLÉGIO PÚBLINO BG Nº 2015 REI-MANDUME
NO MUNICÍPIO DO LOBITO

Estimado (a) professor(a), estamos efectuando um estudo sobre: A criatividade como


factor importante no sucesso escolar no Processo de Ensino-Aprendizagem. Logo para
recolha de dados de nossa pesquisa pedimos encarecidamente que responda com X nos
espaços que correspondam com sua escolha.

1. Concorda que a criatividade é um factor importante que o professor deve ter em conta
para alcance dos objectivos dentro do processo de ensino-aprendizagem?
a) Sim___
b) Não___

2. Que procedimentos, utiliza para promover a criatividade?


a) Contar histórias__
b) Realização da aula em outros contextos além da sala de aula___
c) Promover aulas práticas___
d) Levar meios de ensino não permanentes___
e) Nenhuma___
f) Todas____

3. Tendo em conta a criatividade, que procedimentos, tem utilizado para avaliar os


alunos?
a) Utilizando perguntas escritas___
b) Através de perguntas directas peço que aluno repita taxativamente o que aprendeu
___
c) Mando trabalho tendo em conta a opinião e a criatividade do aluno ___
d) Mando trabalhos em equipa sem muitas regras, incentivando o trabalho em equipa,
procuro valorizar e elogiar a criatividade que a equipa apresenta____
e) Nenhuma____
f) Todas____
4. Criatividade em sala de aula promove: imaginação, curiosidade e motivação.
a) Sim___
b) Não ____

5. A falta de criatividade em sala de aula pode ser motivo para existência de alguns
transtornos nos alunos?
a) Sim___
b) Não___

6. O Psicólogo Educacional é elemento fundamental para a promoção da criatividade?


c) Sim___
d) Não___

Muito obrigado pela sua carinhosa colaboração!


INQUÉRITO APLICADO AOS MEMBROS DA DIRECÇÃO DO COLÉGIO
PÚBLINO BG Nº 2015 REI-MANDUME NO MUNICÍPIO DO LOBITO

Estimado membro da Direcção, estamos efectuando um estudo sobre: A criatividade como


factor importante no sucesso escolar no Processo de Ensino-Aprendizagem. Logo para
recolha de dados de nossa pesquisa pedimos encarecidamente que responda com X nos
espaços que correspondam com sua escolha.

1. Concorda que a criatividade é um factor importante que o professor deve ter em


conta para alcance dos objectivos dentro do processo de ensino-aprendizagem?
a) Sim___
b) Não___

2. Concorda que os alunos mais criativos são os que saem no quadro de honra?
c) Sim___
d) Não___

3. Além das aulas nas salas os professores, para a promoção da criatividade fazem o
seguinte:
a) Levam os alunos para visitas de estudo____
b) Promovem palestras para seus alunos____
c) Fazem exposição de obras feitas pelos alunos____
d) Nenhuma____
e) Todas____

4. Concorda que o Psicólogo Educacional é um elemento fundamental para


promoção da criatividade?
a) Sim_____
b) Não_____
5. Concorda que a falta de criatividade em sala de aula pode ser motivo para
existência de alguns transtornos nos alunos?
a) Sim_____
b) Não_____

Muito obrigado pela sua carinhosa colaboração!

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