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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema: Qualidade de ensino na disciplina de matemática para actual currículo da 9ª


classe: caso de estudo da Escola Secundaria de Coalane

Nome: Chime Ilídio Constantino Gulumanha

Código de estudante: 708214543

Curso: Licenciatura em Ensino de Matemática

Disciplina: Metodologia de Investigação Cientifica

Ano de Frequência: 2º ano

Quelimane

Setembro de 2022
Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Nome: Chime Ilídio Constantino Gulumanha

Código de estudante: 708214543

Trabalho de caracter avaliativo a ser


submetido ao centro á Distância da
Universidade Católica de Moçambique,
intitulado Qualidade de ensino na disciplina
de matemática para actual currículo da 9ª
classe

da cadeira de MIC, a ser avaliado pela tutora:


dr. Teixeira Caetano
Curso: Licenciatura em Ensino de Matemática

Disciplina: Metodologia de Investigação Cientifica

Ano de Frequência: 2º ano

Quelimane

Setembro de 2022
ii

Folha de Feedback
Classificação
Nota
Categorias Indicadores Padrões Pontuaçã do Subtota
o máxima tuto l
r
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos
 Introdução 0.5
Estrutura organizacionai
s  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso
académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada,
coerência / coesão
Análise e textual)
discussão  Revisão
bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Referências Normas APA  Rigor e coerência 4.0
iii

6ª edição em das
Bibliográfica
citações e citações/referência
s
bibliografia s bibliográficas

Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor


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Índice
Folha de Feedback.............................................................................................................ii
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor.............................iii
1. Introdução..................................................................................................................4
1.1. Enquadramento...................................................................................................4
1.2. Delimitação do tema...........................................................................................4
1.3. Justificativa da Escolha de Tema........................................................................5
1.4. Problematização..................................................................................................5
1.5. Hipóteses.............................................................................................................6
1.6. Objectivos;..........................................................................................................6
1.6.1. Objectivos gerais:........................................................................................6
1.6.2. Objectivos específicos:................................................................................6
2. Enquadramento teórico..............................................................................................7
2.1. Conceitos de qualidade/qualidade de ensino..........................................................7
2.2. Desafios de ensino de qualidade.............................................................................8
2.3. Intervenientes e indicadores de qualidade de ensino............................................10
2.4. Metodologia......................................................................................................12
2.4.1. Quanto a Abordagem do problema............................................................12
2.4.2. Quanto a Natureza.....................................................................................12
2.4.3. Quanto aos objectivos................................................................................12
Para Silveira e Gerhardit (2009, P.35) com base nos objectivos, é possível
classificar as pesquisas em três grupos a saber pesquisa:........................................13
2.4.4. Exploratória...............................................................................................13
2.4.5. Descritiva...................................................................................................13
2.4.6. Pesquisa Explicativa..................................................................................13
2.4.7. Quanto aos procedimentos Metodológicos...............................................13
2.4.8. Técnicas de Recolha de Dados..................................................................14
Aplicação do inquérito a todos intervenientes.........................................................14
2.4.9. Instrumentos de Recolha de Dados...........................................................14
2.4.10. Amostra.....................................................................................................14
2.5. Cronograma de atividade..................................................................................14
2.6. Orçamento.........................................................................................................15
4. Bibliografia..............................................................................................................17
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1. Introdução

As actividades de ensino e aprendizagem nos dias de hoje não tem sido tarefa fácil
porque requer o professor que ensina a disciplina “Matemática”, seja activo e dinâmico,
pronto para responder as perspectivas do aluno e da instituição, não apenas o domínio
de conhecimentos dos métodos de aprendizagem e motivação, mas também
conhecimentos que podem lhe ajudar a explorar mais campos metodológicos e
reconhecimento sobre a sua forma de actuar como bom profissional, com a auto estima
e comprometimento com a instituição.

A experiência e o saber desenvolvidos no campo de Educação, para actuais currículos


de ensino em Moçambique, trazem contribuições significativas para a expansão do
ensino, em todos os níveis existentes em Moçambique, no sentido da convergência
defendida pela maioria dos especialistas, entre as diferentes modalidades de educação
(Mussa, 2010).

O professor de matemática transmite o seu conhecimento para os alunos com a mesma


intensidade e frequência, com a intenção de alcançar as metas individuais e
organizacionais. Portanto, A modalidade educacional alternativa para transmitir
informações e instruções aos alunos por meio do correio e receber destes as respostas às
lições propostas, tornou a educação acessível às pessoas de qualquer condição socias e
não tinham condições de cursar o ensino (Almeida, 2003).

Esta pesquisa é feita exactamente neste contexto, para tal, a pesquisa estará organizada
em três capítulos, os elementos pré textuais (introdução, objectivos, problematização,
justificativa, enquadramento do tema, relevância e a metodologia), os elementos
textuais (desenvolvimento) e os elementos pós textuais (conclusão e as referencias
bibliográficas)

1.1. Enquadramento
Este tema enquadra-se na disciplina de matemática no currículo secundário. Para este
trabalho o foco será aos alunos da 9ª classe. Mas também se abrange para as restantes
classes do ensino escolar de Moçambique.
1.2. Delimitação do tema
O estudo em analise, Qualidade de ensino no curso de matemática para actual currículo
da 9ª classe, explora os aspectos positivos que podem aumentar a eficiência de ensino
da 9ª classe em Moçambique. Os aspectos relevantes tratados no currículo da 9ª classe
5

buscam sempre contextualizar e preparar o professor e aluno nas matérias que são
abordados durante o ciclo de ensino.
1.3. Justificativa da Escolha de Tema
Analisando o currículo da 9ª classe em uso nas escolas na disciplina de matemática,
nota-se claramente, objectivos gerais do ensino da matemática na 9ª classe incluem os
alunos obterem conhecimentos referentes noção de números reais e radiciação,
inequações e sistemas de inequações lineares com uma variável, noção de monómios e
polinómios, equações quadráticas, função quadrática, quadriláteros, noções Básicas de
estatística, semelhança de triângulos, cálculo de áreas e volume dos sólidos
geométricos. Para tais conteúdos o aluno deve ser capaz de ter a capacidade de aprender
e assimilar os conteúdos para melhor desenvolvimento na classe posterior.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais afirmam que se deve buscar a compreensão dos


saberes das ciências, inscritos na complexidade da vida. Esses parâmetros trazem
especificações sobre as perspectivas metodológicas para as áreas da Ciência da
Natureza, Matemática e suas Tecnologias, ao apontarem como uma competência a ser
desenvolvida, a “contextualização das ciências no âmbito sociocultural, na forma de
análise crítica das ideias e dos recursos da área e das questões do mundo que podem ser
respondidas ou transformadas por meio do pensar e do conhecimento científico
(Civiero, Livramento, Oliveira, & Fronza, 2016).

O professor age como pilar na educação de qualidade, portanto, a disciplina de


matemática é vista como pedra no sapato de alguns alunos, assim sendo o professor
torna-se responsável em identificar e acompanhar o aluno, transmitir conhecimentos
através métodos simples para alcançar a qualidade desejada no aluno e na escola.
1.4. Problematização.
As condições existentes nas escolas moçambicanas contribuem na qualidade de ensino
na área de matemática. Aliado a falta de material didáctico ou inacessibilidades de
informações contribui na qualidade.
Segundo Zucula (2021), a nível da sociedade várias vozes reclamando que a qualidade
de ensino oferecido nas nossas escolas não é de desejar, pois, segundo eles, os alunos
concluem ensino primário sem saber escrever, ler e fazer as primeiras quatro operações
matemáticas, repercutindo ate no nível secundário e pré-universitário. Chegado neste
extremo, com isso levanta- se a seguinte questão de partida:
Problema:
6

Que contributo traz qualidade de ensino na disciplina de matemática para actual


currículo da 9ª classe?

1.5. Hipóteses
 O actual currículo da 9ª classe da disciplina de Matemática não influencia na
qualidade de ensino em Moçambique;
 O actual currículo da 9ª classe da disciplina de Matemática contribui
positivamente na qualidade de ensino em Moçambique
1.6. Objectivos;
1.6.1. Objectivos gerais:
 Avaliar a qualidade de ensino na disciplina de matemática para actual currículo
da 9ª classe: caso de estudo da Escola Secundaria de Coalane
1.6.2. Objectivos específicos:
 Analisar os principais indicadores de qualidade de ensino nas actuais
modalidade de currículos;
 Relacionar os intervenientes que actuam na educação, que contribuem na
qualidade de ensino.
 Analisar a evolução dos currículos de ensino em moçambique desde 2008-2020
7

2. Enquadramento teórico
2.1. Conceitos de qualidade/qualidade de ensino

O conceito de qualidade tem vários significados, de acordo com diferentes capacidades


valorativas, e tem sido muito utilizado no processo produtivo; por isso, não se tem uma
ideia clara do que seja qualidade entre os educadores, caindo em falsos consensos e
criando grande confusão para os gerentes. Para tanto, a compreensão e as actividades
relacionadas à mesma são factores primários para o sucesso estratégico, portanto, existe
três formas de percepção quanto à qualidade educacional: Primeira, a qualidade
determinada pela oferta insuficiente; Segunda, a qualidade percebida pelas disfunções
no fluxo ao longo do ensino fundamental; Terceira, por meio da generalização de
sistemas de avaliação baseados em testes padronizados (Beira, Vargas, & Gonçalo,
2015).

De acordo Civiero, et al., (2016), a concepção de qualidade é voltada para eficiência e


eficácia dos sistemas educativos. “Defendem a criação de sistemas de avaliação da
aprendizagem e a garantia de insumos crescentes nas escolas, tais como: livros
didácticos, textos de apoio, equipamentos, laboratórios e formação pedagógica” e, “com
a garantia de que os professores sejam capazes de atingir metas do currículo, incluindo a
formação dos conteúdos”.

A discussão sobre a “qualidade da/na/em educação” não é nova, ainda que ocupe espaço
marginal, ou, esteja ausente nas obras mais gerais do pensamento social mundial, em
particular moçambicano, pode se constatar que esta temática tem sido objecto de
discussão, estudos e análise por parte de Mídias, professores, pesquisadores, gestores e
administradores escolares um pouco por todo o mundo (Civiero, et al., 2016).

Em Moçambique, A educação é um processo pelo qual a sociedade prepara os seus


membros para garantir a sua continuidade e o seu desenvolvimento. Trata-se de um
processo dinâmico que busca, continuamente, as melhores estratégias para responder
aos novos desafios que a continuidade, transformação e desenvolvimento da sociedade
impõem (Queco, 2016).

A expressão “qualidade em educação”, no marco dos sistemas educacionais, admite


uma variedade de interpretações dependendo da concepção que se tenha sobre o que
esses sistemas devem proporcionar à sociedade. Uma educação de qualidade pode
significar tanto aquela que possibilita o domínio eficaz dos conteúdos previstos nos
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planos curriculares; como aquela que possibilita a aquisição de uma cultura científica ou
literária; ou aquela que desenvolve a máxima capacidade técnica para servir ao sistema
produtivo; ou, ainda, aquela que promove o espírito crítico e fortalece o compromisso
para transformar a realidade social, por exemplo.

2.2. Desafios de ensino de qualidade

O sector de educação continua a enfrentar muitos desafios em termos de sucesso escolar


e de redução das desigualdades socioeconómicas. Apenas um em cada dois alunos
completa o último ano da escola primária, enquanto apenas 35% dos alunos atingem o
nível secundário, com resultados particularmente preocupantes para as raparigas
(Agencia Francesa de Desenvolvimento, 2020).

Assim, a fim de desenvolver acções direccionadas ao acolhimento dos estudantes e à


oferta de actividades pedagógicas nos cursos presenciais, os serviços prestados por
algumas instituições de ensino passaram a ser desenvolvidos de forma remota. As
disciplinas presenciais foram substituídas por actividades lectivas que utilizassem
recursos educacionais digitais, tecnologias de informação e comunicação ou outros
meios tecnológicos, visando a manutenção do processo ensino-aprendizagem dos
estudantes no formato on-line ( (Santana, Ramos, Ziesemer, & Pedrolo, 2022)).

Em pouco espaço de tempo professores e alunos precisaram adequar ambientes de


trabalho e estudo, aprender a utilizar novas tecnologias, dividir o tempo entre as
demandas académicas e familiares, superar as dificuldades de acesso tecnológico e de
domínio das tecnologias, além de conviver com o medo de serem infectados pelo
coronavírus. Neste contexto, tanto os docentes, quanto os discentes, tiveram suas rotinas
alteradas, necessitando adaptar-se a um novo modelo de ensino-aprendizagem,
concomitantemente aos ajustes familiares, sociais e de trabalho.

Segundo Dourado & Oliveira (2009) afirma, questão fundamental consiste em


identificar, no âmbito das políticas internacionais, quais são os compromissos
assumidos pelos diferentes países na área da educação, como tais compromissos se
configuram em políticas, programas e acções educacionais e como eles se materializam
no cotidiano escolar.

No entanto, para distinguir se uma educação é ou não de qualidade, precisamos de


indicadores que nos permitam mensurar os resultados advindos do processo educativo e
9

assim pode-lo comparar entre tantos outros sistemas podendo deste modo operar
reformas, mudanças, mantê-lo, melhorá-lo, etc. Mas afinal de contas em termos
conceituais o que é qualidade em educação? provavelmente muitos venham a ser os
conceitos mas apego-me, para quem de maneira geral, deve abarcar as estruturas, os
processos e os resultados educacionais (Queco, 2016).

A educação no país subdivide-se em vários subsistemas (ensino básico, ensino


secundário geral, ensino técnico profissional, educação de adultos/alfabetização, ensino
superior). Todos os subsistemas estão sob égide do Ministério da Educação.

Relativamente ao ensino básico, falar de uma educação de qualidade entendo significar


em primeiro lugar, criar condições de acesso para todas as crianças em idade de iniciar a
escolaridade. Porém, tal não acontece devido a exiguidade de infra-estruturas escolares
na pátria amada, as crianças que conseguem o ingresso são entulhadas em turmas
numerosíssimas condicionando assim a possibilidade de o professor vir a atender as
dificuldades de cada uma das crianças na sala de aulas.

Em segundo lugar, enriquecer os insumos escolares (carteiras para todas as crianças na


sala de aulas, salas com um mínimo de condições, etc.). As crianças no país, estudam
em condições deploráveis, mesmo dentro dos maiores centros urbanos há escolas que
usam árvores como salas de aula; as crianças que pelo menos conseguem estar numa
sala de aulas geralmente sentam-se no chão frio, sujo, etc. (sob todos os riscos estético
posturais); as condições sanitárias das escolas mesmo dentro dos maiores centros
urbanos são também deploráveis (não aconselháveis ao uso humano); quando saímos
um pouco e mais além dos maiores centros urbanos, encontramos situações ainda
piores, os distritos e localidades esses, estão entregues a chamada inovação, construções
com material local nas quais durante o tempo chuvoso, são decretadas (férias) pois, as
suas salas são feitas de caniço, palha, capim, etc. passíveis de ser derrubadas por um
simples sopro da mãe natureza.

Em terceiro lugar, formar professores, vezes sem conta somos atacados pelos média
com notícias de que o país não tem professores suficientes para reduzirmos o ratio
professor-aluno que actualmente encontra-se demasiado assustador. Entretanto, pelas
ruas há tanto professor que não conseguiu enquadramento.

No que diz respeito aos restantes subsistemas de ensino, os problemas não estão muito
distantes dos existentes no ensino básico (turmas numerosas, acesso limitado,
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professores não devidamente qualificados, infra-estruturas insuficientes, etc.). No


ensino técnico profissional e superior por exemplo, adicionam-se a falta de professores
(nacionais) devidamente qualificados para as áreas; nas escolas técnicas do ramo
industrial há falta de quase todo material para aulas práticas.

2.3. Intervenientes e indicadores de qualidade de ensino

As instituições escolares eficazes e de qualidade surgem estreitamente ligadas ao


conceito de desenvolvimento dos formandos, o qual se mede pêlos resultados
cognitivos, académicos e não académicos, como as expectativas positivas, as atitudes
face à escolarização e à aprendizagem, a sociabilidade e a capacidade de trabalhar em
grupo, o espirito de iniciativa, a capacidade de tomar decisões e aquisição de valores
relacionados com o epítrito de cidadania, de liberdade e de respeito pela diferença.

O ensino de qualidade base-se em três parâmetros de acordo com Ethier (1989) citado
por (Saraiva, Reis, & Roldão, 2006)

1- Qualidade dos recursos humanos, matérias e financeiros de que deve dispor um


serviço de educação;
2- Qualidade do processo educativo em que os programas e os métodos exprimam
todo o seu potenciam
3- Qualidade dos resultados académicos, mas também dos relacionamentos com o
desenvolvimento pessoal e social dos estudantes;

A qualidade na educação pressupõe o envolvimento e a participação de todos os


intervenientes da comunidade escolar, desde as instâncias superiores até a comunidade
em geral. Os responsáveis pela gestão escolar deve dar oportunidade para o
envolvimento da comunidade (interna ou externa) da escola impulsionando e agindo de
forma mútua e conectada. A democratização do poder e o aperfeiçoamento dos recursos
humanos levam, não somente a valorização e motivação dos intervenientes da educação,
como também a uma participação activa e a melhoria de desempenho das actividades
com vista ao alcance de um objectivo comum, a melhoria da qualidade na educação.

A formação continuada dos professores deve fazer parte integrante do sistema de ensino
e não pode reduzir-se a cursos periódicos de reciclagem ou participação em eventos
promovidos pelas secretarias. Numa mesma perspectiva, a formação dos professores
deve ser entendida como um processo contínuo, começando com a formação inicial e se
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estendendo ao longo da vida profissional, como base essencial para a promoção de


mudança educativa visando a eficácia e qualidade de ensino aprendizagem (Beira,
Vargas, & Gonçalo, 2015).

Os indicadores educacionais são construídos para atribuir um valor estatístico à


qualidade do ensino de uma escola ou rede, atendo-se não somente ao desempenho dos
alunos, mas também ao contexto económico e social em que as escolas estão inseridas.
Tais ferramentas são úteis principalmente para o monitoramento dos sistemas
educacionais, considerando o acesso, a permanência e a aprendizagem de todos os
alunos, contribuindo para a criação de políticas públicas voltadas para a melhoria da
qualidade da educação e dos serviços oferecidos à sociedade pela escola (Minayo,
2015).

Às taxas de Rendimento Escolar - taxa de aprovação (refere-se à quantidade de alunos


aprovados no ano lectivo);

taxa de reprovação (refere-se à quantidade de alunos retidos no ano lectivo); taxa de


abandono (indica o número de alunos que não concluíram o ano lectivo);

taxa de distorção idade/série (indica a desfasagem entre a idade e a série que o aluno
deveria estar cursando) -, oferecem um quadro amplo da situação das escolas e sistema
de ensino no que se refere à Educação Básica em nosso estado e país.
12

2.4. Metodologia

Segundo Marconi & Lakatos (2003, p.82), método é o conjunto das actividades
sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o
objectivo, conhecimentos válidos e verdadeiros, traçando o caminho a ser seguido,
detetando erros e auxiliando as decisões do cientista. Ou seja, metodologia é o conjunto
de regras, normas e procedimentos estabelecidos para desenvolver ou realizar uma
determinada pesquisa.

Para Silveira e Gerhardit (2009) as metodologias incluem o tipo de pesquisa quanto as


técnicas de colecta e análise de dados. Indicam como realizar a pesquisa, especificando
suas etapas e os procedimentos que serão adoptados em cada uma delas.

2.4.1. Quanto a Abordagem do problema

Quanto a abordagem a pesquisa pode ser quantitativa, qualitativa ou mista (Freitas &
Prodanov, 2013). A pesquisa qualitativa que de acordo com Menezes e Silva (2005) é
aquela que foca-se na interpretação de fenómenos e atribuição de significados,
considera que há um vínculo indissociável entre o mundo objectivo e a subjetividade do
sujeito que não pode ser traduzido em números, é descritiva e não requer o uso de
métodos ou técnicas estatísticas. A pesquisa quantitativa é aquela que de acordo com as
mesmas autoras quantifica todas as informações para analisa-las e classifica-las, assim
ela recorre a recursos estatísticos como percentagem, moda, mediana entre outros,
entretanto o presente trabalho segue uma abordagem qualitativa que consiste no uso dos
meios qualitativos.

2.4.2. Quanto a Natureza

Para Silveira e Gerhardit (2009, P.35) quanto a natureza a pesquisa pode ser básica e
Aplicada. Pesquisa Básica Objectiva gerar conhecimentos novos, úteis para o avanço da
Ciência, sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais,
enquanto que a Pesquisa Aplicada Objectiva gerar conhecimentos para aplicação
prática, dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses
locais.

Portanto quanto a natureza a presente pesquisa é uma pesquisa Aplicada.


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2.4.3. Quanto aos objectivos

Para Silveira e Gerhardit (2009, P.35) com base nos objectivos, é possível classificar as
pesquisas em três grupos a saber pesquisa:

2.4.4. Exploratória

Este tipo de pesquisa tem como objectivo proporcionar maior familiaridade com o
problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. A grande
maioria dessas pesquisas envolve:

 Levantamento bibliográfico;
 Entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema
pesquisado; e
 Análise de exemplos que estimulem a compreensão. Essas pesquisas podem ser
classificadas como: pesquisa bibliográfica e estudo de caso, pesquisa
2.4.5. Descritiva

É aquela que exige do investigador uma série de informações sobre o que deseja
pesquisar. Esse tipo de estudo pretende descrever os fatos e fenómenos de determinada
realidade (TRIVIÑOS, 1987). São exemplos de pesquisa descritiva: estudos de caso,
análise documental, pesquisa ex-post-facto. Para Triviños (1987, p. 112), os estudos
descritivos podem ser criticados porque pode existir uma descrição exacta dos
fenómenos e dos fatos. Estes fogem da possibilidade de verificação através da
observação. Ainda para a autora, às vezes não exige por parte do investigador um exame
crítico das informações, e os resultados podem ser equivocados; e as técnicas de colecta
de dados, como questionários, escalas e entrevistas, podem ser subjectivas, apenas
quantificáveis, gerando imprecisão.

2.4.6. Pesquisa Explicativa

Este tipo de pesquisa preocupa-se em identificar os factores que determinam ou que


contribuem para a ocorrência dos fenómenos. Ou seja, este tipo de pesquisa explica o
porquê das coisas através dos resultados oferecidos. Uma pesquisa explicativa pode ser
a continuação de outra descritiva, posto que a identificação de factores que determinam
um fenómeno exige que este esteja suficientemente descrito e detalhado.

Portanto quanto aos objectivos esta pesquisa é descritiva.


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2.4.7. Quanto aos procedimentos Metodológicos

Para Silveira e Gerhardit (2009, P.35) quanto aos procedimentos metodológicos uma
pesquisa pode ser, experimental, bibliográfica, documental, pesquisa de campo, Ext-
pos-facto, pesquisa de levantamento, survey, Estudo do caso, pesquisa participante,
Etnográfica e Etnometodologica.

De acordo com Silveira e Gerhardit (2009, P.35) a pesquisa de campo caracteriza-se


pelas investigações em que, além da pesquisa bibliográfica e/ou documental, se realiza
colecta de dados junto a pessoas, com o recurso de diferentes tipos de pesquisa
(pesquisa ex-post-facto, pesquisa-acção, pesquisa participante, etc.).

Então quanto aos procedimentos metodológicos esta pesquisa é de campo.

2.4.8. Técnicas de Recolha de Dados

Para alcançar – se os objectivos desta pesquisa, o pesquisador desenvolverá as seguintes


actividades:

Aplicação do inquérito a todos intervenientes

2.4.9. Instrumentos de Recolha de Dados

Para esta pesquisa usar-se-á como instrumentos de recolha de dados e amostra, a


verificação dos resultados do pré teste, a máquina fotográfica, esferográfica, uma sala
de aulas, verificação dos resultados do inquérito feito aos funcionários da empresa.

2.4.10. Amostra

A amostra ocorre quando a pesquisa não é censitária, isto é, não abrange a totalidade
dos componentes do universo, surgindo a necessidade de investigar apenas uma parte da
população, (LAKATOS & MARCONI, 2001, p.108).

Esta pesquisa como será feita em na escola a amostra serão, portanto, os funcionários
que fazem parte dessa instituição e alunos.

2.5. Cronograma de atividade

Actividade Tempo Junho - 2022 Julho Agosto

Definição do problema de pesquisa


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Redação preliminar do projeto de


pesquisa

Execução da Pesquisa

Análise dos Dados

Produção do relatório inicial

Apresentação do Relatório final

2.6. Orçamento.

Nº Material Quantidade Custo Unitário (mt) Total (mt)

1 Resma 1 200,00 250,00

2 Computador 1 15.000,00 15000,00

3 Esferográficas 2 5 10

4 Impressão - 500 500

5 Transporte - 500 1000

6 Internet (movitel 4G) - 400 400

Fonte: Autor Total 17160,00


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3. Considerações finais

Educação e qualidade, uma questão que a prior pressupõe dois conceitos fundamentais
(educação e qualidade) separados porém, acasalados com vista a construção e
desenvolvimento de um processo tão importante e imprescindível para toda e qualquer
sociedade (a educação). A educação escolar é um processo que se pode entender partir
do momento em que o indivíduo ingressa à escola até o culminar de sua formação e
quiçá servir onde sua formação seja necessária.

Olhando para o espectro educacional moçambicano, falar de um ensino de qualidade


creio ser possível porém, muitas reformas há ainda que fazer para que se atinge tal
objectivo. Ora, para este objectivo ser concretizável, creio também ser de capital
importância o envolvimento de todas as camadas da sociedade que estejam em frente do
processo de escolaridade principalmente da criança.

A reflexão acima, trouxe em epígrafe os agentes envolvidos na condução da educação


em Moçambique, o que faz perceber que somos reféns de regras que os outros fazem a
seu favor e que nós somos apenas veículos para que tais atinjam seus objectivos. Não
que seja mau/errado fazer parte e conduzir-se em consonância com organismos
internacionais mas há contudo, a necessidade de elaborar reformas internas, tendo em
conta os desafios locais, as realidades locais (cultura e subculturas, línguas, etc.), sob
forma a que a sociedade perceba da necessidade de uma escolaridade integral, da sua
importância em suas próprias vidas e quiçá para a nação em geral.

A pretensão de uma sociedade de qualidade, defendem muitos autores, tem a sua base
numa educação também de qualidade. Então, se pretendemos atingir níveis altos de
cidadania, temos que trabalhar muito a base da pirâmide onde a população é mais
numerosa o que exige de antemão muita atenção e consideração aos considerados
menos favorecidos e nos dignarmos trazer respostas com trabalho prático a perguntas
como: como atingir altas taxas de permanência na escolaridade obrigatória nas zonas
rurais?, sabermos o que na realidade queremos se é atingir os objectivos do milénio ou
termos pessoas no futuro que se orgulhem de ter passado por uma
escolaridade/formação de qualidade (muito importante ainda, encontrarmos o nosso
conceito de qualidade).
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4. Bibliografia
Agencia Francesa de Desenvolvimento. (2020). MELHORAR O ACESSO E A
QUALIDADE DA EDUCAÇÃO EM MOÇAMBIQUE. Obtido em 06 de Setembro de
2022, de AFD: https://www.afd.fr/pt/carte-des-projets/melhorar-o-acesso-e-qualidade-
da-educacao-em-mocambique
Beira, J. C., Vargas, S. M., & Gonçalo, C. R. (2015). Gestão de qualidade do Ensino
Básico em Moçambique: Um estudo em escolas primárias e públicas. Navus, 65 - 77.
Civiero, P. A., Livramento, S., Oliveira, F. P., & Fronza, K. R. (2016). UMA ANÁLISE
DOS LIVROS DIDÁTICOS DE MATEMÁTICA E FÍSICA: Intersecções de temas de
História e Filosofia da Ciência. anais electronico do 15º siminario nacional de historia
ciencia e da tecnologia . florianopolis.
Dourado, L. F., & Oliveira, J. F. (2009). A QUALIDADE DA EDUCAÇÃO:
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