Você está na página 1de 38

BRAINSTORMING, CONCEITOS E

PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DE
PAINÉIS

Professor:
Me. Sandra Franchini
Gabriel Coutinho Calvi
DIREÇÃO

Reitor Wilson de Matos Silva


Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi

NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho


Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha
Head de Produção de Conteúdos Rodolfo Pinelli
Head de Planejamento de Ensino Camilla Cocchia
Gerência de Produção de Conteúdos Gabriel Araújo
Supervisão do Núcleo de Produção
de Materiais Nádila de Almeida Toledo
Supervisão de Projetos Especiais Daniel F. Hey
Projeto Gráfico Thayla Guimarães
Design Educacional Larissa Finco e Rossana Costa Giani
Design Gráfico Produção de Materiais

C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação


a Distância; LINKE, Paula Piva; FRANCHINI, Sandra de Cássia; CALVI,
Gabriel Coutinho

Laboratório de Criação. Paula Piva Linke; Franchini; Gabriel
Coutinho Calvi
Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017.
38 p.
“Pós-graduação Universo - EaD”.
1. Laboratório. 2. Criação. 3. EaD. I. Título.

CDD - 22 ed. 632


CIP - NBR 12899 - AACR/2

NEAD - Núcleo de Educação a Distância


Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900
Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
sumário
01 6| BRAINSTORMING

02 10| PAINÉIS DE TEMA E PÚBLICO-ALVO

03 17| PAINÉIS DE OCASIÃO DE USO E ESTILO DE VIDA

04 23| PAINÉIS DE CORES, MATÉRIA-PRIMA E SHAPES


BRAINSTORMING, CONCEITOS E PROCESSO
DE CONSTRUÇÃO DE PAINÉIS

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
•• Definir o conceito de Brainstorm e apresentar o processo de desenvolvi-
mento do brainstorming.
•• Compreender o conceito dos painéis de tema e público-alvo, e seus pro-
cessos de montagem.
•• Compreender o conceito dos painéis ocasião de uso e estilo de vida, e seus
processos de montagem.
•• Entender o conceito dos painéis de cores, matéria-prima e shapes, e seus
processos de montagem.

PLANO DE ESTUDO

A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:


•• Brainstorming
•• Painéis de Tema e público-alvo
•• Painéis de Ocasião de uso e estilo de vida
•• Painéis de Cores, Matérias-prima e Shapes
INTRODUÇÃO

Dos trabalhos que competem ao designer, desenvolver uma coleção é um


dos mais importantes. No entanto, para chegar ao processo de elaboração da
coleção é preciso passar por uma série de etapas que colaboram para que ele
tenha competência e inspiração total para elaborá-la. Portanto, o brainstorming
e a confecção dos painéis que dão sustentação à coleção são a parte essencial
desse trabalho que, conciliada ao esboços do croquis, traduz todo a mensagem
que ele deseja transmitir.
Neste último estudo caro(a) aluno(a) nós trabalharemos com as ferramentas
de criação que antecedem os esboços da coleção. A começar pelo brainstorming
onde todo o potencial criativo acontece e todas as ideias eclodem. Veremos
também os painéis de tema da coleção, público-alvo, ocasião de uso, estilo de
vida, shapes, de cores e de matéria-prima – suas definições importância e apli-
cabilidade no cotidiano do designer de moda. Entenderemos o seu processo
de montagem e as técnicas para que eles tenham identidade visual e harmonia.
Todo o material é desenvolvido pensando no potencial criativo do(a) aluno(a),
e na sua capacidade de ser inventivo e revolucionário! Veremos que todas as
ferramentas apresentadas só podem ser bem executadas se houver empenho,
dedicação e curiosidade para pesquisar e elaborar, através da inspiração, os me-
lhores temas, as melhores coleções. Isso depende de você! E da sua vontade
em fazer o melhor. Aproveite cada informação e abuse do seu potencial!

introdução
6 Pós-Universo

Brainstorming
Pós-Universo 7

Neste estudo caro(a) aluno(a), aprenderemos a técnicas para realizar um bom brains-
torming aprendendo sua definição e prática. Discutiremos sua importância para o
profissional de moda e como ele contribui para o desenvolvimento do seu trabalho.
Em qualquer área de criação todo projeto se inicia com uma reunião de plane-
jamento, nela são discutidas as metas e anseios que se desejam alcançar para um
determinado período. No caso da moda, o planejamento das coleções são divididas
por sazonalidade; primavera/verão e outono/inverno. Nestas convenções a equipe
aborda sobre o plano de vendas, desenvolvimento de campanhas, matéria-prima
que será utilizada para a coleção e o tema para a coleção. Para o desenvolvimento
do tema da coleção é feito um brainstorming que Baxter (2011) define como sessão
de agitação de ideias e é realizado em grupo.

““
O brainstorming baseia-se no princípio: “quanto mais ideias, melhor”. É pos-
sível conseguir mais de 100 ideias em uma sessão de uma a duas horas. As
ideias iniciais geralmente são mais óbvias, e aquelas melhores e mais criati-
vas costumam aparecer na parte final da sessão. Se elas forem consideradas
insatisfatórias, deve-se retornar ao processo, após um período de incubação
(BAXTER, 2011, p. 105).

A técnica do brainstorming, portanto, nada mais é do que você criar um mapa mental
de tudo que coletou, registrar tudo em um papel, lousa ou até mesmo no seu caderno
para, posteriormente, colocar em extrair as informações mais pertinentes que nor-
tearão o seu trabalho. Alguns rotulam de chuva de ideias. Você deve registrar tudo
que se lembrar da sua pesquisa, e correlacionar com outros para que, ao final, tenha
registrado muitos detalhes para o início da criação.
Cada palavra lançada, cada associação feita com a sua pesquisa trará elementos
que aguçam a sua criatividade. Esta técnica ajuda você a criar muitas ideias listando
palavras associadas ao briefing recebido e aos dados coletados na pesquisa. É um
exercício muito eficaz no momento de iniciar o desenvolvimento da coleção, para
isto você deve conhecer muito bem o seu briefing, e ter pesquisado intensamente
sobre o tema a ser trabalhado na sua coleção. Você ainda pode fazer uso de dicio-
nário para relacionar suas ideias com palavras sinônimas, e relacionar imagens com
as palavras anotadas. Esta técnica lhe proporcionará pontos de partida para o início
da coleção. Outra alternativa muito utilizada em empresas e organizações, é realizar
a técnica em conjunto com outras pessoas, explicando as informações contidas no
briefing, apresentando as ideias conceito.
8 Pós-Universo

reflita
O curioso ao realizar um brainstorming é que aparecerão as ideias ou pala-
vras mais inusitadas que, aos olhos de quem a pensou, ou do grupo em que
você está executando não tem relação nenhuma. Entretanto, nunca des-
carte uma ideia, por mais simples ou desnecessária que ela pareça, grandes
projetos são gerados a partir de coisas simples!

Uma ideia jamais deve ser descartada, ela é o pressuposto para que novas ideias
surjam e acrescentem maior significância ao seu projeto. Baxter (2011) orienta que
a geração de ideias é o coração do pensamento criativo, resultando em resultados
positivos, é por isso a importância do brainstorming para o processo criativo.

reflita
A principal característica do brainstorming é que as ideias de uma pessoa
inspiram outras pessoas e assim, as ideias vão fluindo, a velocidades cada
vez maiores.
Baxter (2011, p. 99).

WA segunda etapa, denominada de preparação – é onde há uma correlação do


produto que pretende ser criado com o da concorrência. Essa etapa é crucial, pois, a
partir dela, se pode desenvolver um produto que realmente supra uma necessidade
que os demais produtos concorrentes do mercado ainda não analisaram. A terceira
etapa fica a cargo da análise, onde como o próprio nome já diz, verifica a viabilidade
das ideias propostas e tenta resolver possíveis falhas ou problemas.
Pós-Universo 9

A ideação é a quarta etapa, uma fase importante e definida por Baxter (2011) como:

““
A ideação é a fase criativa, propriamente dita, quando são geradas as alterna-
tivas para a solução do problema. Nessa fase, é importante o papel do líder,
estimulando a geração de ideias na direção pretendida e coibindo julgamen-
tos, que devem ser adiados (BAXTER, 2011, p. 104).

Na quinta etapa temos a incubação, onde as ideias que estavam afloradas na etapa
de ideação ficam reservadas por um tempo para que se meditem as alternativas que
surgiram e tomem soluções assertivas para que, na etapa da síntese - sexta etapa do
processo - haja a junção de todas as soluções dadas em uma única solução, comple-
tando o problema em questão. Depois de passar por todas essas etapas, a sétima – e
última – é a avaliação que Baxter (2011) afirma que nela as ideias são avaliadas e jul-
gadas, fazendo uma seleção das mesmas com o uso de critérios definidos na etapa
de orientação.
Esse roteiro do brainstorming para a criação de ideias e alternativas, não precisa
ser seguido com rigor, ele pode ser adaptado para a realidade do grupo que o executa
ou do designer que também o utiliza. O mais importante é que ocorra o processo
de captação, criação e seleção das ideias para que o desenvolvimento do produto
aconteça de forma eficiente e eficaz.
Chegamos ao final deste estudo e aos poucos o desenvolvimento do produto vai
se delineando graças as ferramentas que nos são apresentadas. O brainstorming é
um processo utilizado por quase toda indústria criativa e colabora para a criação de
bons projetos. Utilize-o caro(a) aluno(a) em seu ambiente de trabalho e veja a pro-
dutividade que ele pode proporcionar.
10 Pós-Universo

Painéis de Tema
e Público-Alvo
Pós-Universo 11

A criação, montagem e desenvolvimento de painéis é uma das tarefas primordiais


do trabalho do designer, pois, dá todo o aparato para que o mesmo construa sua
coleção de forma global desde a primeira até a última fase. Os painéis são o resulta-
do das pesquisas que o designer efetuou antes de iniciar o sua coleção e, cada um
deles, possui uma especificidade que contribuirá para o andamento do seu traba-
lho. Ao longo das próximas aulas veremos as características de cada um deles, sua
função e importância na constituição do processo criativo. Para esse estudo caro(a)
aluno(a), abordaremos sobre os painéis de tema e público-alvo e todas as suas singu-
laridades para que você os confeccione corretamente, e de uma forma que contribua
para o seu trabalho.

Painel de Tema

Figura 1 - Painel de Tema


Fonte: DSfashion designer (2016, on-line).

O tema é o princípio norteador de toda a coleção. É a causa motora do desenvolvi-


mento e confecção da coleção. Todas as informações relevantes para o estilista são
extraídas deste painel, é por isso que sua montagem necessita ter coerência e clareza,
pois, o designer recorrerá a ele durante todas as etapas de elaboração da coleção.
Treptow (2013) diz que o tema é a história, o argumento, a inspiração de uma coleção.
12 Pós-Universo

Sendo assim, a escolha de um tema abre um leque de oportunidades para a escolha


de cores, texturas dos tecidos, caimentos, linha e formas para a modelagem entre
outros aspectos que conseguem ser resumidos através das expressões das imagens.
Com todas essas informações à nossa disposição a pergunta que podemos
fazer é; Como elaborar e desenvolver um tema? O tema nasce a partir de uma vasta
pesquisa que o designer realiza nas mais variadas fontes, como vimos nas aulas an-
teriores, ele pode ou não ter uma palavra-chave que contribuirá para a seleção das
informações para a criação do tema, como também pode extrair essa palavra-cha-
ve a partir de suas pesquisas, o mais indicado é que ele adapte à sua realidade essa
fase de busca de inspiração.
O tema da coleção pode surgir de qualquer fonte; cabe ao designer transformar
esse elemento inspirador em uma proposta de moda, conceitual ou comercial, con-
forme o objetivo da empresa (TREPTOW, 2013, p. 106). Assim, toda a fase de pesquisa
do tema necessita ter informações a coniventes com aquilo que se deseja criar. Os
exemplos de tema são diversificados, temos alguns em mente:
Exemplos de Tema:

•• Históricos: épicos

•• Arquitetura: estilos de construções

•• Música: estilos musicais

•• Etnias: variações culturais

•• Fantasias: desenhos animado, contos de fadas

•• Subjetivos: sonhos, romantismo, desarmamento

•• Literários: períodos

•• Personalidades: heróis, pessoas marcantes,

•• Figuras de estilo

•• Artes: períodos, obras, autores

•• Natureza: fenômeno, objetos, seres

•• Tecnologia: atualidades tecnológicas

•• Mitologias/Lendas: mitos, 7 pecados capitais


Pós-Universo 13

Dentre os exemplos de temas propostos vamos pegar o de artes para desenvol-


vermos nesta aula – lembrando que os temas propostos são apenas dicas para que
facilite seu entendimento, podendo ser muito mais amplo – O painel que desenvol-
vemos tem como tema; “A arte e os ensinamentos budistas” onde o designer extraiu
toda a sua inspiração da cultura budista, através da arte, dos ensinamentos da cultura
budista. Para isso, foi necessário ler sobre a cultura, as teses dos seus pensadores e
colher imagens múltiplas que contemplem o tema delimitado por ele, retendo as in-
formações mais importantes e que contribuíssem para o desenvolvimento do painel.
O resultado desse processo pode ser verificado na figura 2, a seguir.

Figura 2 - A arte e os ensinamentos budistas


Fonte: elaborado pelos autores.

Perceba que todos os elementos contidos no painel concedem suporte para quem
desenvolve a coleção e, partir dele, podem ser extraídas as cores, formas, texturas,
estampas e até acessórios da coleção. Por exemplo, a cor predominante é são os
tons terrosos; vermelho, marrom e laranja. As flores disposta nos cantos proporcio-
nam leveza e delicadeza, o que pode servir de inspiração para a seleção de tecidos
leves e fluídos. O desenho geométrico das mandalas pode ser traduzido para uma
coleção que contenha tecidos com recortes geométricos ou até mesmo um traba-
lho com estampas.
14 Pós-Universo

saiba mais
É interessante que todo painel contenha seu título fixado para melhor iden-
tificação, mesmo que ele seja para uso do designer demais pessoas do
processo de desenvolvimento da coleção terão acesso a esse painel.

Todas as imagens selecionadas devem transmitir alguma mensagem para o designer


é por isso que sua organização é importante. E podemos ir mais longe, as imagens
contidas no painel podem contribuir ainda para o desenvolvimento de acessórios
como; colares, brincos, pulseiras e tantos outros modelos. É a missão de quem pes-
quisa sobre a coleção, desenvolver um tema que contribua de todas as formas para
o sucesso criativo da mesma.

saiba mais
A montagem dos painéis pode ser realizada de duas formas; manual ou
digital. Manualmente, o designer recorta as principais informações e imagens
que selecionou na fase da pesquisa e, de forma ordenada, os fixa sobre uma
prancha ou mural para que ordene as ideias. Na forma digital, o processo é
semelhante, entretanto, o designer pode fazer uso de programas de edição
de imagem para melhor delinear essas informações.

Painel de Público-Alvo
Toda coleção é destinada para um perfil de consumidor. A eleição desse perfil é
feita pela marca que, através de pesquisas de posicionamento de mercado, desco-
briu necessidades que podem ser supridas no desenvolvimento de seu produto.
Nesse sentido, o painel público-alvo, tem a função de direcionar o perfil de seus con-
sumidores quanto ao gênero, faixa etária e preferências de estilo para o qual você
desenvolverá a coleção. Isto é importante, pois, a coleção necessita agradar e conven-
cer esse nicho de mercado, consequentemente, deve-se conhecer profundamente
o grupo para o qual ela será desenvolvida, ansiando que a coleção também agrade
outros públicos que não estão dentro das expectativas da marca. Lupetti (2007), diz
Pós-Universo 15

que quanto mais o público a quem se destina o produto é conhecido, maiores as


chances de atingi-lo, portanto, de ser bem-sucedido. Ao desenvolver um produto
precisamos identificar os desejos e necessidades básicas do consumidor, projetando
um produto real e dando todas as possibilidades de ampliá-lo, criando um pacote
de benefícios, e satisfazendo da melhor forma o consumidor.
Alguns pesquisadores da área do design indicam que o primeiro passo antes de
desenvolver qualquer coleção é delimitar seu público-alvo, pois a partir desse e de
suas peculiaridades que o produto será pensado, portanto, no processo criativo o
primeiro passo é a seleção desse público e, respectivamente a montagem do painel.
Novamente utilizaremos a temática da arte e os ensinamentos budistas para
desenvolvermos o painel de público-alvo. Lembrando que ele pode ser construído
manualmente, ou com ajuda de ferramentas de edição de imagens como CorelDraw
e Adobe Photoshop. Use a criatividade!

Figura 3 - Exemplo de Painel de público-alvo


Fonte: elaborado pelos autores.
16 Pós-Universo

Todas as mulheres selecionadas para compor o público possuem uma faixa etária de
um intervalo de cinco anos. É comum, no mercado de moda, a utilização desse inter-
valo para a definição do perfil do consumidor, já que pesquisas apontam que cada
período existe um público com características e necessidades distintas. Logo, a deli-
mitação se faz necessária para que o produto desenvolvido foque nessas preferências.
Neste estudo aprendemos a definição e técnicas de construção dos painéis de
tema e público-alvo, entendendo a importância e influência no processo criativo da
coleção. De todas as ferramentas apresentadas, nenhuma existiria se a criatividade
não estiver como centro de todo trabalho. É ela que conduz o designer fornecendo
inspiração através das ferramentas de pesquisa, logo os painéis de tema e público-
-alvo concedem todo aparato para que o criador tenha a possibilidade de pautar
sua coleção em informações concretas. Dessa forma, em ambos os painéis são reti-
radas informações que distinguem os desejos e necessidades do consumidor, sem
perder o foco da coleção.

reflita
O público-alvo é a quem se direciona qualquer tipo de produto. Sem ele,
seria irrelevante tanto esforço e determinação no desenvolvimento de uma
coleção.
Pós-Universo 17

Painéis de Ocasião de
Uso e Estilo de Vida
18 Pós-Universo

Neste estudo daremos continuidade na construção dos painéis para o desenvolvi-


mento da coleção de moda – conheceremos mais dois importantes painéis que o
designer utiliza e suas definições e importância para o desenvolvimento do produto.
Além disso, aprenderemos seu processo de montagem e de que forma que ele fun-
ciona como ferramenta de inspiração.

Painel de Ocasião de Uso


O painel de ocasião de uso como o próprio nome sugere contém todas as infor-
mações a respeito da usabilidade para o qual aquela roupa será destinada. Ele está
ligado ao segmento de mercado que pode ser diversificado, ou seja, pode atender
uma linha específica as mais comuns são:

•• Night wear: roupas para noite;

•• Daily wear: roupas para o dia a dia;

•• Casual wear: roupas com praticidade;

•• Jeans wear: roupas confeccionadas com jeans

•• Beach wear: moda praia;

•• Sleepwear: pijamas;

•• Evening gow wear: roupas de festa.

Fonte: Cor de cravo (2009, on-line).


Pós-Universo 19

saiba mais
O painel de ocasião de uso deve conter todos os lugares em que o público-
-alvo utilizaria a roupa da coleção. É devido a isso que é importante delimitar
qual o segmento de mercado que ele deseja atender antes de iniciar suas
pesquisas.

Existe uma variedade de segmentos – wear – para o mercado de moda, e cada um


deles está conectado a roupa para uma ocasião. Sendo assim, quando o estilista idea-
liza a coleção, ele carece, antes de tudo, pensar em qual será o tipo de segmento de
mercado que ela atenderá, este segmento está diretamente ligado a ocasião de uso.

Figura 4 - Painel de ocasião de uso


Fonte: elaborado pelos autores.
20 Pós-Universo

Seguindo a temática dos painéis deste estudo que trabalham a arte e os ensinamentos
budistas, este painel contém todos os lugares no qual o público da marca utilizaria
as roupas desenvolvidas na coleção. O segmento escolhido foi o evening gow wear
que contempla roupas de festa. Dessa forma, as imagens contidas no painel em que
as mulheres desse segmento utilizam como; teatro, festa de casamento, exposições
de arte e coquetéis. Perceba que desde o painel de tema até agora, todos os painéis
possuem uma identidade visual, ou seja, um design que dialoga com o tema sem
perder o enfoque principal.

saiba mais
Para a construção dos painéis basta apenas a foto dos locais, não é necessário
conter pessoas nas imagens, e se houver, quanto menos pessoas – melhor!

Painel de Estilo de Vida


Para todo público-alvo existe um segmento, uma ocasião de uso que se queira tra-
balhar e também um estilo de vida. O painel de estilo de vida abarca todas as ações
que o público realiza da hora de acordar até a hora de dormir, na definição de Baxter
(2011):

““
Painel de estilo de vida: possui traçar uma imagem do estilo de vida dos futuros
consumidores do produto. Essas imagens devem refletir os valores pessoais e
sociais, além de representar o tipo de vida desses consumidores. Esse painel
procura retratar também os outros tipos de produtos usados pelo consumi-
dor e que devem se compor com o produto desejado (BAXTER, 2011, p. 253).
Pós-Universo 21

É evidente que para a construção desse painel, existe certa poluição nas informa-
ções, pois as atividades que uma pessoa executa durante todos os dias são as mais
variadas. No entanto, a missão deste painel é exatamente essa, retratar com riqueza
de detalhes todas as atividades.
Analisando o painel de estilo de vida, percebemos todas as ações que a mulher
executa durante o seu dia. Temos, portanto, a prática de esportes, compras, idas ao
salão de beleza, massagens, visita ao spa, viagens, festas ou coquetéis, o seu traba-
lho e até o tipo da sua alimentação que, geralmente, é condizente com seu estilo de
vida. Perceba que neste painel colocamos várias imagens, e todas elas nos levam a
delinear a imagem do público ao qual essa coleção se destina.

Figura 5 - Painel de estilo de vida


Fonte: elaborado pelos autores.
22 Pós-Universo

Você pode estar se perguntando, caro(a) aluno(a); mas tudo isso é importante? A
resposta é imediata, Sim! Quanto mais perto você estiver do perfil do público que
deseja atender, mais fácil ficará para desenvolver o produto para esses consumido-
res. Ninguém cria uma coleção a partir do nada, e estas informações, são o cerne de
toda a pesquisa e desenvolvimento criativo do produto.

saiba mais
Segundo Jones (2005) é preciso ter uma idéia da ocasião para a qual você
esta criando roupas, e isso pode ser definido pela situação, ou seja, ocasião
a qual o seu público estará usando esta roupa. A melhor forma de expressar
esta ocasião de uso, é formar uma colagem, um painel, com imagens que
representem exatamente em quais situações as roupas poderão ser usadas,
em quais situações as roupas foram idealizada serem usadas.
Fonte: Jones (2005).

Chegamos ao fim de mais uma aula! O processo de confecção dos painéis fica cada
vez mais claro e de fácil acesso para que você, caro(a) aluno(a) consiga criar os seus.
Não cansamos de dizer que a ferramenta mais importante que você tem em mãos é
a criatividade, e pode executá-la através dos recursos que possui, seja manualmen-
te ou digitalmente. Exercite em casa ou no trabalho, selecione revistas, escolha um
tema e monte os painéis que aprendeu até aqui. Seja criativo!
Pós-Universo 23

Painéis de Cores,
Matéria-Prima e Shapes
24 Pós-Universo

Seja bem-vindo(a) ao nosso último estudo. Nele aprenderemos caro(a) aluno(a) a


desenvolver os painéis de cores, matéria-prima e shape. Todos eles dão grande con-
tributo para o desenvolvimento da coleção, cooperando para que as informações
cheguem a todos os setores da empresa. Desde a escolha da cores que serão utili-
zadas na coleção, passando pela seleção da matéria-prima até o mapeamento do
shape veremos que todos funcionam como bússola para que a coleção seja assertiva.

Painel de Cores
As cores concedem vida a todos os trabalhos de um designer, elas nascem a partir
das pesquisas de coleção e da escolha do tema da mesma, e toda coleção necessi-
ta ter cores que nortearam a criação do produto ao longo da estação – primavera/
verão ou outono/inverno. Treptow (2013) vai dizer que o painel de cores deve ser
composto por todas as cores que serão utilizadas, incluindo o preto e branco.

““
A cartela deve reportar ao tema escolhido para a coleção. Por exemplo; tema
romântico: Cores fortes e intensas. O tamanho do painel pode variar, principal-
mente em função do número de segmento que a empresa atender (feminino,
masculino, infantil; ou casual, esportivo, festa). Uma coleção que atenda apenas
a um segmento possui em torno de seis a 12 cores (TREPTOW, 2013, p. 109).

Todas as cores escolhidas possuem um nome e um código para sua fácil localização.
Na indústria de confecção têxtil, as marcas possuem o hábito de nomear as cores de
acordo com o tema da coleção, entretanto, ao realizar o pedido dos tecidos junto
aos fornecedores é necessário seguir os nomes padrões que a Pantone® determi-
nou. E o porque desse processo? Dentro do código internacional de cores, cada uma
delas possuem esse código mencionado, logo, ao contatar um fornecedor e, para
não ocorrer problemas quanto ao pedido de um material têxtil de determinada cor,
é utilizado o código Pantone®.

atenção
O painel de cores nunca pode ter o fundo colorido, sempre branco para
melhor visualização.
Fonte: a autora.
Pós-Universo 25

Segundo o sistema de cores da Pantone® Brasil (on-line) surgiu em 1963, com


um sistema de reconhecimento, combinação e comunicação das cores, exatamen-
te porque na hora da aquisição junto aos fornecedores cada pessoa tem uma visão
diferenciada em torno do tom de cada cor. Dessa forma, com a criação de sistema
padrão não haveria mais essas falhas durante o processo produtivo.
Além de desenvolver um código para cada cor existente, a Pantone® também
pesquisa e seleciona a cada ano as cores que serão tendência de cada temporada,
e o mundo da moda, da arquitetura e do design utiliza essas informações como ins-
piração para a criação de produtos com referências nessas cores.

Figura 6 - Cores do ano de 2016


Fonte: Pantone Brasil (2016, on-line).

No ano de 2016, por exemplo, as cores de inspiração foram o Rose Quartz e o Serenity
que nortearam a indústria criativa, perceba que abaixo do nome de cada cor, existe
um código que a identifica, esses códigos são universais, sendo utilizado em qual-
quer canto do mundo ao se referir a essas duas cores.

saiba mais
Empresas que trabalham com grande volume de produção conseguem de-
senvolver tingimentos próprios, nas cores determinadas por seus designers;
mas em empresas que não possuem essa vantagem, o designer fica limi-
tado às cores oferecidas pelos fabricantes de tecidos e aviamentos. Por sua
vez, esses fornecedores consultam comitês setoriais e escritórios de pes-
quisa de tendências para desenvolver suas respectivas cartelas, de forma
a antecipar nas necessidades dos designers e atender ao que for preciso.
Fonte: Treptow (2013, p. 110).
26 Pós-Universo

Figura 7 - Painel de Cores Primavera 2016


Fonte: Pantone Brasil (2016, on-line).

Figura 7 - Exemplos de cores extraídas da figura


Fonte: Pantone Brasil (2016, on-line).
Pós-Universo 27

Na figura 7 vemos uma flor e, abaixo dela, as cores extraídas da mesma imagem. No
processo criativo de moda não é diferente. Todas as cores são extraídas das imagens
que compõem o tema da coleção.

Painel de Matéria-Prima
A confecção de uma coleção compreende materiais têxteis e aviamentos e, para essa
parte, o designer necessita estar sempre atualizado, pois com a demanda tecnológi-
cas novos tipos de tecidos e aviamentos são criados para garantir a ergonomia e o
conforto para o consumidor.
Tendo seu público definido, ocasião de uso e tema, o estilista tem a possibilida-
de de iniciar o desenvolvimento dos croquis da coleção. Os painéis confeccionados
fizeram parte de um processo de construção mental para sua criação, cada passo
seguido é alimento para o processo criativo, portanto os painéis não são decorati-
vos, eles serão material de trabalho para o desenvolvimento de sua coleção.
Para Sorger e Udale (2009), antes de começar a desenhar, o designer precisa sele-
cionar os tecidos que utilizará para a criação das peças e, consequentemente, necessita
ter o conhecimento de suas características em relação à ergonomia e ao conforto. É
essencial, também, conhecer suas qualidades estéticas, e a maneira como modela
ao corpo, o caimento, a vestibilidade, a textura, cor e o tipo de estampa do tecido.

““
Tecidos são a matéria-prima do designer de moda. É através dos tecidos que
as ideias do designer serão transformadas em produto de vestuário. Christian
Dior disse que “os tecidos não apenas expressam o sonho de um designer,
mas também estimulam suas ideias. Eles podem ser uma fonte de inspira-
ção” (TREPTOW, 2013, p. 112).

Em todo processo de criação, você deve ver o que está acontecendo atualmente na
indústria da moda no que diz respeito a tecnologia e materiais da atualidade. Portanto,
é crucial que você tenha contato com fornecedores desses materiais, ou até se você
está iniciando sua carreira, pesquisar nas lojas de varejo para se familiarizar com os
tecidos e entender quais os lançamentos que estão sendo feitos pelos fabricantes
de tecidos. Uma ideia é você colher vários retalhos, montar um caderno de tecidos
com sua composição para lhe auxiliar até que você os domine bem.
28 Pós-Universo

saiba mais
Para cada estação há um tipo de tecido e, todo designer de moda, deve
conhecer os tecidos e suas propriedades (como são construídos, de que
são feitos e como funcionam), o que permitirá fazer escolhas certas como;
se é malharia ou plano; se utilizará fibra natural ou sintética e também sua
composição. Isso auxiliará para escolha do tecido para o modelo criado em
determinada estação. Outro item importante sobre os tecidos são as pos-
sibilidades de texturas, tingimentos e estampas a serem aplicadas – estes
itens poderão influenciar na silhueta da sua criação. Conhecendo os tecidos
você vai saber se o tecido suporta ou não estes processos caso você queira
incluir na sua coleção.
Fonte: Sorger e Udale (2009, p. 58).

saiba mais
As feiras têxteis comerciais são realizadas semestralmente de acordo com o
calendário da moda, ou seja, conforme as estações. mas é claro que as feiras
Elas acontecem sempre com muita antecedência para dar tempo do desig-
ner criar sua coleção, a indústria fabricar e colocar à venda.
Fonte: Sorger e Udale (2009, p. 58).

Tendo o conhecimento dos tipos de tecidos, vamos apresentar os aviamentos utiliza-


dos na criação de uma coleção; botões, rebites, zíper, linhas, agulhas, entretelas e etc.
Todos esses aviamentos são utilizados em algum momento para a confecção da indu-
mentária e são de extrema importância conhecê-los para poder aplicá-los corretamente.

““
Os aviamentos podem ser classificados quantos à sua função e quanto à
sua visibilidade na roupa. Quanto à função podem ser componentes ou de-
corativos; quanto à visibilidade, podem ser aparentes ou não aparentes. Os
aviamentos componentes são utilizados na construção da peça, sem a qual
ela não poderia existir. Ex: linhas, zíperes, botões funcionais, etiquetas de
composição, de tamanho, de CNPJ, de instruções de conservação. Os avia-
mentos de decoração são utilizados apenas como adorno, sem característica
funcional. Ex: franjas, patches (aplicações de bordadas), etiquetas decorati-
vas, puxadores de zíper decorativos (TREPTOW, 2013, p. 124).
Pós-Universo 29

O conhecimento dos tipos de tecidos e aviamentos conduzem ao painel de ma-


téria-prima que é o único desenvolvido após a criação dos modelos. Você pode estar
se perguntando; qual a função do painel de matéria-prima? O painel serve de orienta-
ção para quando sua coleção for para a etapa da pilotagem para que os responsáveis
saibam o que usar na roupa que será confeccionada, por isso, é de extrema impor-
tância passar pelo mesmo processo dos outros painéis, neste painel será anexado
todos os aviamentos que serão usados na roupa como:

1. Fivelas

2. Botões

3. Passamanarias

4. Bordado Inglês

5. Aplicações

6. Tecidos

Todos os adornos que foram usados nas roupas, bem como os tecidos com seus res-
pectivos nomes, frisando sempre a relevância em usar o nome de cada fabricante
com as referências, para que possam ser encontrados pela produção.

Painel de Shapes

Figura 8 - Shapes
30 Pós-Universo

O shape, ou também conhecido como silhueta, é a forma que a roupa proporciona


ao corpo ou nas palavras de Treptow (2013 p. 128) “A silhueta, ou volume, é difícil de
ser percebida quando uma roupa está no cabide. É necessário vesti-la para avaliar
sua relação com o corpo e visualizar a silhueta final. Esta pode acompanhar os con-
tornos do corpo ou alterá-los”.
Existem diversos tipos de shapes, e estes são divididos em; dresses (vestidos), Tops
(parte de cima) e bottoms (parte de baixo). Logo, quando temos um vestido o seu
shape é identificado como um todo, e quanto temos camisas/blusas e bermudas/
calças/saias eles são identificados separadamente. Você pode estar se perguntan-
do; Porque entender o tipo de shape? Na indústria de confecção cada marca possui
um público-alvo específico, esses consumidores, por sua vez, possuem característi-
cas padrões devido a sua faixa etária, estilo de vida e ocasião de uso. Dessa forma, há
um shape para cada tipo de peça desenvolvida, e se faz necessário o designer enten-
der e detectar essa silhueta para que a roupa atenda as necessidades e os desejos
dos consumidores.

Pêra Triângulo Retângulo Triângulo Ampulheta Oval Trapézio


Invertido

Figura 9 - Tipos de Shape

A figura 9 mostra os tipos de shape para o corpo humano. Atente-se que ela aborda
o corpo, é importante ressaltar que a roupa tem a capacidade de modelar o corpo e,
portanto, atribuir um novo shape para a pessoa. O designer não pensa em um shape
e desenha sua coleção a partir dele, o processo é contrário – primeiro cria-se todos
Pós-Universo 31

os croquis da coleção e depois, identifica-se qual é a silhueta predominante desen-


volvida. Lembrando que uma coleção pode ter vários tipos de shapes para atender
ao máximo o público final.
A montagem do painel de shapes é semelhante ao do painel de cores e matéria-
-prima, o fundo deve ser branco para que fique evidencia as informações relevantes
e coloca-se então a imagem do shape como na figura 10, a seguir.

PAINEL DE SHAPES

Retângulo Ampulheta

Figura 10 - Montagem do painel dos Shapes


Fonte: elaborado pelos autores.

Todo profissional de moda precisa entender de shape, pois ele é um dos direcio-
namentos para entender a busca que o consumidor faz a procura de um produto
específico.
Chegamos ao fim de mais um encontro e o entendimento dos painéis de cores,
matéria-prima e shapes se posicionam como os últimos no processo criativo. Saber
todas as técnicas de cada um deles e como funciona seu processo de pesquisa e
montagem é teoria obrigatória na vida do profissional de moda. As indústrias têxteis
estão cada vez mais exigentes e deter um conhecimento como esse sempre nos
posiciona um passo à frente. O desafio a você, caro(a) aluno(a) é colocar esses ensi-
namentos em prática, fazendo uso de todo seu potencial prático e executando com
sucesso todo esse desenvolvimento do produto.
atividades de estudo

1. Sobre a técnica de Brainstorming analise as afirmativas:

I) A técnica é conhecida como chuva de ideias.


II) Contribui para o desenvolvimento da coleção.
III) A técnica é realizada individualmente.
IV) Essa geração de ideias é o coração do pensamento criativo.
V) Método eficiente apenas para os profissionais de moda.
São corretas:
a) Alternativas I e III.
b) Apenas I.
c) Alternativas II, III e IV.
d) Alternativas III, IV e V.
e) Alternativas I, II e IV.

2. Sobre o processo de antecede a construção do painel de tema, assinale a alternati-


va INCORRETA:

a) O tema é o princípio de toda a coleção.


b) Do painel de tema são extraídas todas as informações da coleção.
c) O tema da coleção surge apenas de fontes como; internet e revista.
d) Os painéis são o resultado das pesquisas que o designer efetuou antes de iniciar
o sua coleção.
e) A escolha de um tema abre um leque de oportunidades para a escolha de cores,
texturas dos tecidos, caimentos, linha e formas.

3. Sobre o painel de uso responda com V ou F as premissas:

(( ) O painel de ocasião de uso contém imagens do estilo de vida do público


(( ) Este tipo de painel está ligado ao segmento de mercado que o produto atende
(( ) Jeans Wear é um dos segmentos de mercado
(( ) O painel de ocasião de uso deve conter todos os lugares em que o público-alvo
utilizaria a roupa da coleção
atividades de estudo

Assinale a sequência correta:


a) V, V, V, V.
b) V, F, V, V.
c) F, V, V, V.
d) V, F, V, F.
e) F, F, V, V.

4. Sobre o painel de cores assinale com V (verdadeiro) ou F (Falso):

(( ) A cartela deve reportar ao tema escolhido para a coleção.


(( ) O painel de cores pode ter o fundo colorido, valorizando a estética do painel.
(( ) O tamanho do painel de cores podem variar, principalmente em função do número
de segmento que a empresa atender.
(( ) Dentro do painel todas as cores precisam ser identificadas com um código de-
terminado pela Pantone® e nome.
É correta a sequência:
a) V, V, V, V.
b) V, F, V, V.
c) V, V, V, F.
d) F, F, V, V.
e) V, F, V, F.
resumo

Chegamos ao final de um encontro! A partir dela colocamos em prática o nosso poten-


cial criativo e exercitamos o desenvolvimento de painéis, compreendendo o conceito e
importância para o processo criativo. Caro(a) aluno(a) todo estilista/designer utiliza-se de
ferramentas metodológicas para concretizar sua coleção. Esses elementos vistos ajudam
na cooperação de nossa empreitada criativa.
Na primeira aula vimos que o brainstorming, também conhecido como chuva de ideias,
baseia-se no princípio de quanto maior a gama de ideias, melhor será o resultado final do
processo criativo. As ideias são a gênese de qualquer projeto, e colocá-las no papel, seja
sozinho ou em grupo, sempre acarretará em vantagens para o produto pronto final. O
brainstorming, como vimos, vem para ajudar que essas ideias venham à tona, permitindo
a seleção das melhores.
Na segunda apresentamos o processo e os conceitos de confecção dos painéis de tema
e público-alvo. Podemos entender, que antes de qualquer criação é necessário definir e
conhecer bem o público para quem estamos criando – para, somente depois, desenvol-
vermos uma temática que dialogue com esse público. O tema além de ter ligação com
tendências da atualidade, carece ser reconhecida pelo público para ser bem aceita. Temas
que distorcem o ideal do público-alvo compromete o sucesso do produto no mercado.
No desenvolvimento dos painéis de ocasião de uso e estilo de vida, vimos que o primeiro
apresenta os lugares em que o público utilizará o seu produto, ou seja, para qual finalidade
ele foi criado. No caso do segundo, o estilo de vida mostram as ações que esse público-al-
vo tem desde ao acordar até a hora de dormir, tudo deve estar inserido nesse painel.
Na última aula da unidade vimos que em todo bom processo criativo, é importante de-
senvolver painéis de cores, matéria-prima e shapes. O painel de cores traz, como o nome já
diz, todas as cores e variações que serão utilizadas na coleção. No painel de matéria prima
segue a mesma linha, todos os aviamentos, tecidos que serão utilizados. O painel de shapes
se difere dos outros dois, pois ele é construído depois de confeccionada a roupa, para en-
tender a silhueta desse público.
A base do processo criativo foi trabalhada com excelência por nós, caro(a) aluno(a), uti-
lize-a em sua vida profissional, aplicando essa metodologia em todos os desenvolvimento
de produto que fizer. Seja curioso, e pesquisa para ter ótimos resultados com aquilo que
desenvolve!
material complementar

Inventando Moda - Planejamento de Coleção - 5ª Ed 2013


Autor: Doris Treptow

Sinopse: O livro de Doris Treptow é considerado a “bíblia” do planeja-


mento de coleção pois, contém informações sobre processo criativo e
pesquisa de moda, abrangendo tanto a indústria de confecção, quanto
o marketing, apresentando conceitos e processos metodológicos que
norteiam a indústria da moda. É interessante ter esse livro em sua biblio-
teca como fonte constante de consulta.
referências

BAXTER, Mike. Projeto de Produto: Guia prático para o design de novos produtos. 3ª ed.
Blucher, São Paulo, 2011.

Cor de cravo. Painel 1. Wordpress, 2009. Disponvível em: <https://cordecravo.files.wordpress.


com/2009/10/painel1.jpg>.

DSfasion designer. Painel de Tendências. Wordpress, 2013. Disponível em: <https://dsfashion-


designer.files.wordpress.com/2013/12/enmoda-diana-6.jpg>.

LIGER, Ilce. Moda 360º: Design, Matéria-prima e produção para o mercado global. 1ª ed.
Senac, São Paulo, 2012.

LUPETTI, Marcélia. Gestão estratégica da comunicação mercadológica. 1ª ed. Thomson


Learning. São Paulo, 2007.

SEIVEWRIGHT, Simon. Pesquisa e design. Tradução Edson Fumankiewicz e Sandra Figueiredo.


Porto Alegre: Bookman, 2009.

SORGER, Richard; UDALE, Jenny. Fundamentos de design de moda. Tradução Joana


Figueiredo e Diana Aflalo. Porto Alegre: Bookman, 2009.

TREPTOW, Doris. Inventando Moda: Planejamento de Coleção, 5ª Edição – Editora Doris


Elisa Treptow, São Paulo 2013.
resolução de exercícios

1. e) Alternativas I, II e IV.

2. c) O tema da coleção surge apenas de fontes como; internet e revista.

3. c) F, V, V, V.

4. b) V, F, V, V.

Você também pode gostar