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PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DE
PAINÉIS
Professor:
Me. Sandra Franchini
Gabriel Coutinho Calvi
DIREÇÃO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
•• Definir o conceito de Brainstorm e apresentar o processo de desenvolvi-
mento do brainstorming.
•• Compreender o conceito dos painéis de tema e público-alvo, e seus pro-
cessos de montagem.
•• Compreender o conceito dos painéis ocasião de uso e estilo de vida, e seus
processos de montagem.
•• Entender o conceito dos painéis de cores, matéria-prima e shapes, e seus
processos de montagem.
PLANO DE ESTUDO
introdução
6 Pós-Universo
Brainstorming
Pós-Universo 7
Neste estudo caro(a) aluno(a), aprenderemos a técnicas para realizar um bom brains-
torming aprendendo sua definição e prática. Discutiremos sua importância para o
profissional de moda e como ele contribui para o desenvolvimento do seu trabalho.
Em qualquer área de criação todo projeto se inicia com uma reunião de plane-
jamento, nela são discutidas as metas e anseios que se desejam alcançar para um
determinado período. No caso da moda, o planejamento das coleções são divididas
por sazonalidade; primavera/verão e outono/inverno. Nestas convenções a equipe
aborda sobre o plano de vendas, desenvolvimento de campanhas, matéria-prima
que será utilizada para a coleção e o tema para a coleção. Para o desenvolvimento
do tema da coleção é feito um brainstorming que Baxter (2011) define como sessão
de agitação de ideias e é realizado em grupo.
““
O brainstorming baseia-se no princípio: “quanto mais ideias, melhor”. É pos-
sível conseguir mais de 100 ideias em uma sessão de uma a duas horas. As
ideias iniciais geralmente são mais óbvias, e aquelas melhores e mais criati-
vas costumam aparecer na parte final da sessão. Se elas forem consideradas
insatisfatórias, deve-se retornar ao processo, após um período de incubação
(BAXTER, 2011, p. 105).
A técnica do brainstorming, portanto, nada mais é do que você criar um mapa mental
de tudo que coletou, registrar tudo em um papel, lousa ou até mesmo no seu caderno
para, posteriormente, colocar em extrair as informações mais pertinentes que nor-
tearão o seu trabalho. Alguns rotulam de chuva de ideias. Você deve registrar tudo
que se lembrar da sua pesquisa, e correlacionar com outros para que, ao final, tenha
registrado muitos detalhes para o início da criação.
Cada palavra lançada, cada associação feita com a sua pesquisa trará elementos
que aguçam a sua criatividade. Esta técnica ajuda você a criar muitas ideias listando
palavras associadas ao briefing recebido e aos dados coletados na pesquisa. É um
exercício muito eficaz no momento de iniciar o desenvolvimento da coleção, para
isto você deve conhecer muito bem o seu briefing, e ter pesquisado intensamente
sobre o tema a ser trabalhado na sua coleção. Você ainda pode fazer uso de dicio-
nário para relacionar suas ideias com palavras sinônimas, e relacionar imagens com
as palavras anotadas. Esta técnica lhe proporcionará pontos de partida para o início
da coleção. Outra alternativa muito utilizada em empresas e organizações, é realizar
a técnica em conjunto com outras pessoas, explicando as informações contidas no
briefing, apresentando as ideias conceito.
8 Pós-Universo
reflita
O curioso ao realizar um brainstorming é que aparecerão as ideias ou pala-
vras mais inusitadas que, aos olhos de quem a pensou, ou do grupo em que
você está executando não tem relação nenhuma. Entretanto, nunca des-
carte uma ideia, por mais simples ou desnecessária que ela pareça, grandes
projetos são gerados a partir de coisas simples!
Uma ideia jamais deve ser descartada, ela é o pressuposto para que novas ideias
surjam e acrescentem maior significância ao seu projeto. Baxter (2011) orienta que
a geração de ideias é o coração do pensamento criativo, resultando em resultados
positivos, é por isso a importância do brainstorming para o processo criativo.
reflita
A principal característica do brainstorming é que as ideias de uma pessoa
inspiram outras pessoas e assim, as ideias vão fluindo, a velocidades cada
vez maiores.
Baxter (2011, p. 99).
A ideação é a quarta etapa, uma fase importante e definida por Baxter (2011) como:
““
A ideação é a fase criativa, propriamente dita, quando são geradas as alterna-
tivas para a solução do problema. Nessa fase, é importante o papel do líder,
estimulando a geração de ideias na direção pretendida e coibindo julgamen-
tos, que devem ser adiados (BAXTER, 2011, p. 104).
Na quinta etapa temos a incubação, onde as ideias que estavam afloradas na etapa
de ideação ficam reservadas por um tempo para que se meditem as alternativas que
surgiram e tomem soluções assertivas para que, na etapa da síntese - sexta etapa do
processo - haja a junção de todas as soluções dadas em uma única solução, comple-
tando o problema em questão. Depois de passar por todas essas etapas, a sétima – e
última – é a avaliação que Baxter (2011) afirma que nela as ideias são avaliadas e jul-
gadas, fazendo uma seleção das mesmas com o uso de critérios definidos na etapa
de orientação.
Esse roteiro do brainstorming para a criação de ideias e alternativas, não precisa
ser seguido com rigor, ele pode ser adaptado para a realidade do grupo que o executa
ou do designer que também o utiliza. O mais importante é que ocorra o processo
de captação, criação e seleção das ideias para que o desenvolvimento do produto
aconteça de forma eficiente e eficaz.
Chegamos ao final deste estudo e aos poucos o desenvolvimento do produto vai
se delineando graças as ferramentas que nos são apresentadas. O brainstorming é
um processo utilizado por quase toda indústria criativa e colabora para a criação de
bons projetos. Utilize-o caro(a) aluno(a) em seu ambiente de trabalho e veja a pro-
dutividade que ele pode proporcionar.
10 Pós-Universo
Painéis de Tema
e Público-Alvo
Pós-Universo 11
Painel de Tema
•• Históricos: épicos
•• Literários: períodos
•• Figuras de estilo
Perceba que todos os elementos contidos no painel concedem suporte para quem
desenvolve a coleção e, partir dele, podem ser extraídas as cores, formas, texturas,
estampas e até acessórios da coleção. Por exemplo, a cor predominante é são os
tons terrosos; vermelho, marrom e laranja. As flores disposta nos cantos proporcio-
nam leveza e delicadeza, o que pode servir de inspiração para a seleção de tecidos
leves e fluídos. O desenho geométrico das mandalas pode ser traduzido para uma
coleção que contenha tecidos com recortes geométricos ou até mesmo um traba-
lho com estampas.
14 Pós-Universo
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É interessante que todo painel contenha seu título fixado para melhor iden-
tificação, mesmo que ele seja para uso do designer demais pessoas do
processo de desenvolvimento da coleção terão acesso a esse painel.
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A montagem dos painéis pode ser realizada de duas formas; manual ou
digital. Manualmente, o designer recorta as principais informações e imagens
que selecionou na fase da pesquisa e, de forma ordenada, os fixa sobre uma
prancha ou mural para que ordene as ideias. Na forma digital, o processo é
semelhante, entretanto, o designer pode fazer uso de programas de edição
de imagem para melhor delinear essas informações.
Painel de Público-Alvo
Toda coleção é destinada para um perfil de consumidor. A eleição desse perfil é
feita pela marca que, através de pesquisas de posicionamento de mercado, desco-
briu necessidades que podem ser supridas no desenvolvimento de seu produto.
Nesse sentido, o painel público-alvo, tem a função de direcionar o perfil de seus con-
sumidores quanto ao gênero, faixa etária e preferências de estilo para o qual você
desenvolverá a coleção. Isto é importante, pois, a coleção necessita agradar e conven-
cer esse nicho de mercado, consequentemente, deve-se conhecer profundamente
o grupo para o qual ela será desenvolvida, ansiando que a coleção também agrade
outros públicos que não estão dentro das expectativas da marca. Lupetti (2007), diz
Pós-Universo 15
Todas as mulheres selecionadas para compor o público possuem uma faixa etária de
um intervalo de cinco anos. É comum, no mercado de moda, a utilização desse inter-
valo para a definição do perfil do consumidor, já que pesquisas apontam que cada
período existe um público com características e necessidades distintas. Logo, a deli-
mitação se faz necessária para que o produto desenvolvido foque nessas preferências.
Neste estudo aprendemos a definição e técnicas de construção dos painéis de
tema e público-alvo, entendendo a importância e influência no processo criativo da
coleção. De todas as ferramentas apresentadas, nenhuma existiria se a criatividade
não estiver como centro de todo trabalho. É ela que conduz o designer fornecendo
inspiração através das ferramentas de pesquisa, logo os painéis de tema e público-
-alvo concedem todo aparato para que o criador tenha a possibilidade de pautar
sua coleção em informações concretas. Dessa forma, em ambos os painéis são reti-
radas informações que distinguem os desejos e necessidades do consumidor, sem
perder o foco da coleção.
reflita
O público-alvo é a quem se direciona qualquer tipo de produto. Sem ele,
seria irrelevante tanto esforço e determinação no desenvolvimento de uma
coleção.
Pós-Universo 17
Painéis de Ocasião de
Uso e Estilo de Vida
18 Pós-Universo
•• Sleepwear: pijamas;
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O painel de ocasião de uso deve conter todos os lugares em que o público-
-alvo utilizaria a roupa da coleção. É devido a isso que é importante delimitar
qual o segmento de mercado que ele deseja atender antes de iniciar suas
pesquisas.
Seguindo a temática dos painéis deste estudo que trabalham a arte e os ensinamentos
budistas, este painel contém todos os lugares no qual o público da marca utilizaria
as roupas desenvolvidas na coleção. O segmento escolhido foi o evening gow wear
que contempla roupas de festa. Dessa forma, as imagens contidas no painel em que
as mulheres desse segmento utilizam como; teatro, festa de casamento, exposições
de arte e coquetéis. Perceba que desde o painel de tema até agora, todos os painéis
possuem uma identidade visual, ou seja, um design que dialoga com o tema sem
perder o enfoque principal.
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Para a construção dos painéis basta apenas a foto dos locais, não é necessário
conter pessoas nas imagens, e se houver, quanto menos pessoas – melhor!
““
Painel de estilo de vida: possui traçar uma imagem do estilo de vida dos futuros
consumidores do produto. Essas imagens devem refletir os valores pessoais e
sociais, além de representar o tipo de vida desses consumidores. Esse painel
procura retratar também os outros tipos de produtos usados pelo consumi-
dor e que devem se compor com o produto desejado (BAXTER, 2011, p. 253).
Pós-Universo 21
É evidente que para a construção desse painel, existe certa poluição nas informa-
ções, pois as atividades que uma pessoa executa durante todos os dias são as mais
variadas. No entanto, a missão deste painel é exatamente essa, retratar com riqueza
de detalhes todas as atividades.
Analisando o painel de estilo de vida, percebemos todas as ações que a mulher
executa durante o seu dia. Temos, portanto, a prática de esportes, compras, idas ao
salão de beleza, massagens, visita ao spa, viagens, festas ou coquetéis, o seu traba-
lho e até o tipo da sua alimentação que, geralmente, é condizente com seu estilo de
vida. Perceba que neste painel colocamos várias imagens, e todas elas nos levam a
delinear a imagem do público ao qual essa coleção se destina.
Você pode estar se perguntando, caro(a) aluno(a); mas tudo isso é importante? A
resposta é imediata, Sim! Quanto mais perto você estiver do perfil do público que
deseja atender, mais fácil ficará para desenvolver o produto para esses consumido-
res. Ninguém cria uma coleção a partir do nada, e estas informações, são o cerne de
toda a pesquisa e desenvolvimento criativo do produto.
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Segundo Jones (2005) é preciso ter uma idéia da ocasião para a qual você
esta criando roupas, e isso pode ser definido pela situação, ou seja, ocasião
a qual o seu público estará usando esta roupa. A melhor forma de expressar
esta ocasião de uso, é formar uma colagem, um painel, com imagens que
representem exatamente em quais situações as roupas poderão ser usadas,
em quais situações as roupas foram idealizada serem usadas.
Fonte: Jones (2005).
Chegamos ao fim de mais uma aula! O processo de confecção dos painéis fica cada
vez mais claro e de fácil acesso para que você, caro(a) aluno(a) consiga criar os seus.
Não cansamos de dizer que a ferramenta mais importante que você tem em mãos é
a criatividade, e pode executá-la através dos recursos que possui, seja manualmen-
te ou digitalmente. Exercite em casa ou no trabalho, selecione revistas, escolha um
tema e monte os painéis que aprendeu até aqui. Seja criativo!
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Painéis de Cores,
Matéria-Prima e Shapes
24 Pós-Universo
Painel de Cores
As cores concedem vida a todos os trabalhos de um designer, elas nascem a partir
das pesquisas de coleção e da escolha do tema da mesma, e toda coleção necessi-
ta ter cores que nortearam a criação do produto ao longo da estação – primavera/
verão ou outono/inverno. Treptow (2013) vai dizer que o painel de cores deve ser
composto por todas as cores que serão utilizadas, incluindo o preto e branco.
““
A cartela deve reportar ao tema escolhido para a coleção. Por exemplo; tema
romântico: Cores fortes e intensas. O tamanho do painel pode variar, principal-
mente em função do número de segmento que a empresa atender (feminino,
masculino, infantil; ou casual, esportivo, festa). Uma coleção que atenda apenas
a um segmento possui em torno de seis a 12 cores (TREPTOW, 2013, p. 109).
Todas as cores escolhidas possuem um nome e um código para sua fácil localização.
Na indústria de confecção têxtil, as marcas possuem o hábito de nomear as cores de
acordo com o tema da coleção, entretanto, ao realizar o pedido dos tecidos junto
aos fornecedores é necessário seguir os nomes padrões que a Pantone® determi-
nou. E o porque desse processo? Dentro do código internacional de cores, cada uma
delas possuem esse código mencionado, logo, ao contatar um fornecedor e, para
não ocorrer problemas quanto ao pedido de um material têxtil de determinada cor,
é utilizado o código Pantone®.
atenção
O painel de cores nunca pode ter o fundo colorido, sempre branco para
melhor visualização.
Fonte: a autora.
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No ano de 2016, por exemplo, as cores de inspiração foram o Rose Quartz e o Serenity
que nortearam a indústria criativa, perceba que abaixo do nome de cada cor, existe
um código que a identifica, esses códigos são universais, sendo utilizado em qual-
quer canto do mundo ao se referir a essas duas cores.
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Empresas que trabalham com grande volume de produção conseguem de-
senvolver tingimentos próprios, nas cores determinadas por seus designers;
mas em empresas que não possuem essa vantagem, o designer fica limi-
tado às cores oferecidas pelos fabricantes de tecidos e aviamentos. Por sua
vez, esses fornecedores consultam comitês setoriais e escritórios de pes-
quisa de tendências para desenvolver suas respectivas cartelas, de forma
a antecipar nas necessidades dos designers e atender ao que for preciso.
Fonte: Treptow (2013, p. 110).
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Na figura 7 vemos uma flor e, abaixo dela, as cores extraídas da mesma imagem. No
processo criativo de moda não é diferente. Todas as cores são extraídas das imagens
que compõem o tema da coleção.
Painel de Matéria-Prima
A confecção de uma coleção compreende materiais têxteis e aviamentos e, para essa
parte, o designer necessita estar sempre atualizado, pois com a demanda tecnológi-
cas novos tipos de tecidos e aviamentos são criados para garantir a ergonomia e o
conforto para o consumidor.
Tendo seu público definido, ocasião de uso e tema, o estilista tem a possibilida-
de de iniciar o desenvolvimento dos croquis da coleção. Os painéis confeccionados
fizeram parte de um processo de construção mental para sua criação, cada passo
seguido é alimento para o processo criativo, portanto os painéis não são decorati-
vos, eles serão material de trabalho para o desenvolvimento de sua coleção.
Para Sorger e Udale (2009), antes de começar a desenhar, o designer precisa sele-
cionar os tecidos que utilizará para a criação das peças e, consequentemente, necessita
ter o conhecimento de suas características em relação à ergonomia e ao conforto. É
essencial, também, conhecer suas qualidades estéticas, e a maneira como modela
ao corpo, o caimento, a vestibilidade, a textura, cor e o tipo de estampa do tecido.
““
Tecidos são a matéria-prima do designer de moda. É através dos tecidos que
as ideias do designer serão transformadas em produto de vestuário. Christian
Dior disse que “os tecidos não apenas expressam o sonho de um designer,
mas também estimulam suas ideias. Eles podem ser uma fonte de inspira-
ção” (TREPTOW, 2013, p. 112).
Em todo processo de criação, você deve ver o que está acontecendo atualmente na
indústria da moda no que diz respeito a tecnologia e materiais da atualidade. Portanto,
é crucial que você tenha contato com fornecedores desses materiais, ou até se você
está iniciando sua carreira, pesquisar nas lojas de varejo para se familiarizar com os
tecidos e entender quais os lançamentos que estão sendo feitos pelos fabricantes
de tecidos. Uma ideia é você colher vários retalhos, montar um caderno de tecidos
com sua composição para lhe auxiliar até que você os domine bem.
28 Pós-Universo
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Para cada estação há um tipo de tecido e, todo designer de moda, deve
conhecer os tecidos e suas propriedades (como são construídos, de que
são feitos e como funcionam), o que permitirá fazer escolhas certas como;
se é malharia ou plano; se utilizará fibra natural ou sintética e também sua
composição. Isso auxiliará para escolha do tecido para o modelo criado em
determinada estação. Outro item importante sobre os tecidos são as pos-
sibilidades de texturas, tingimentos e estampas a serem aplicadas – estes
itens poderão influenciar na silhueta da sua criação. Conhecendo os tecidos
você vai saber se o tecido suporta ou não estes processos caso você queira
incluir na sua coleção.
Fonte: Sorger e Udale (2009, p. 58).
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As feiras têxteis comerciais são realizadas semestralmente de acordo com o
calendário da moda, ou seja, conforme as estações. mas é claro que as feiras
Elas acontecem sempre com muita antecedência para dar tempo do desig-
ner criar sua coleção, a indústria fabricar e colocar à venda.
Fonte: Sorger e Udale (2009, p. 58).
““
Os aviamentos podem ser classificados quantos à sua função e quanto à
sua visibilidade na roupa. Quanto à função podem ser componentes ou de-
corativos; quanto à visibilidade, podem ser aparentes ou não aparentes. Os
aviamentos componentes são utilizados na construção da peça, sem a qual
ela não poderia existir. Ex: linhas, zíperes, botões funcionais, etiquetas de
composição, de tamanho, de CNPJ, de instruções de conservação. Os avia-
mentos de decoração são utilizados apenas como adorno, sem característica
funcional. Ex: franjas, patches (aplicações de bordadas), etiquetas decorati-
vas, puxadores de zíper decorativos (TREPTOW, 2013, p. 124).
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1. Fivelas
2. Botões
3. Passamanarias
4. Bordado Inglês
5. Aplicações
6. Tecidos
Todos os adornos que foram usados nas roupas, bem como os tecidos com seus res-
pectivos nomes, frisando sempre a relevância em usar o nome de cada fabricante
com as referências, para que possam ser encontrados pela produção.
Painel de Shapes
Figura 8 - Shapes
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A figura 9 mostra os tipos de shape para o corpo humano. Atente-se que ela aborda
o corpo, é importante ressaltar que a roupa tem a capacidade de modelar o corpo e,
portanto, atribuir um novo shape para a pessoa. O designer não pensa em um shape
e desenha sua coleção a partir dele, o processo é contrário – primeiro cria-se todos
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PAINEL DE SHAPES
Retângulo Ampulheta
Todo profissional de moda precisa entender de shape, pois ele é um dos direcio-
namentos para entender a busca que o consumidor faz a procura de um produto
específico.
Chegamos ao fim de mais um encontro e o entendimento dos painéis de cores,
matéria-prima e shapes se posicionam como os últimos no processo criativo. Saber
todas as técnicas de cada um deles e como funciona seu processo de pesquisa e
montagem é teoria obrigatória na vida do profissional de moda. As indústrias têxteis
estão cada vez mais exigentes e deter um conhecimento como esse sempre nos
posiciona um passo à frente. O desafio a você, caro(a) aluno(a) é colocar esses ensi-
namentos em prática, fazendo uso de todo seu potencial prático e executando com
sucesso todo esse desenvolvimento do produto.
atividades de estudo
BAXTER, Mike. Projeto de Produto: Guia prático para o design de novos produtos. 3ª ed.
Blucher, São Paulo, 2011.
LIGER, Ilce. Moda 360º: Design, Matéria-prima e produção para o mercado global. 1ª ed.
Senac, São Paulo, 2012.
1. e) Alternativas I, II e IV.
3. c) F, V, V, V.
4. b) V, F, V, V.