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ARTE 4
BIOLOGIA 1 25
BIOLOGIA 2 50
BIOLOGIA 3 69
FILOSOFIA 107
FÍSICA 1 134
FÍSICA 2 155
FÍSICA 3 166
GEOGRAFIA GERAL 192
GEOGRAFIA DO BRASIL 225
HISTÓRIA GERAL 261
HISTÓRIA DO BRASIL 282
MATEMÁTICA 1 308
MATEMÁTICA 2 328
MATEMÁTICA 3 349
QUÍMICA 1 374
QUÍMICA 2 403
QUÍMICA 3 420
SOCIOLOGIA 1 443
SOCIOLOGIA 2 474
GRAMÁTICA 1 501
GRAMÁTICA 2 522
GRAMÁTICA 3 541
INTERPRETAÇÃO 568
REDAÇÃO 632
INGLÊS 690
CO O R D E N AÇ ÃO G E RA L
Rita de Cássia Rodrigues Oliveira
ADMINISTRAÇÃO
Amanda Miotto
Luana Aldigueri
João Lemos
Luiz Previdello
PEDAGOGIA História
Ariadne Coppo Luís Negrão
Fernanda de Souza Yohan Gaschler
Erica Volpini Inglês
Flavia Neves
DIAGRAMAÇÃO Matemática
Gustavo André André Lima
Leonardo Arruda
INSTRUTORES Lucas Gotardo
Sociologia
Arte Allan Gusmão
Loren Chicilia João Felipe Lopes
Raquel Cardoso Química
Biologia Diego Araújo
Francisco Caires Edson Rodrigues
Kenny Gutenberg Reinaldo Neto
Rodrigo Dambrózio Gramática
Espanhol Rebeca Gonçales
Franco Catalano Jonas Passos
Filosofia Interpretação
Antonio Nogueira Ana Carolina Bernardino
Luis Cicotte Gilberto Pucca
Física Gabriela Costa
Carolina Bianchini Samara Mondeck
Gustavo André Redação
Ivan Dal Rovere Bruno Nomura
Geografia Junior Spades
Douglas Vitto Jean Coutinho
Elda de Faria Vanessa Martins
ARTE
UNIDADE 1
ARTE DA PRÉ HISTÓRIA UNIDADE 4
A ARTE NA ANTIGUIDADE CLÁSSICA:ROMA
UNIDADE 2
ARTE EGÍPICIA UNIDADE 5
A ARTE NA IDADE MÉDIA
UNIDADE 3
A ARTE NA ANTIGUIDADE CLÁSSICA: GRÉCIA UNIDADE 6
RENASCIMENTO
UNIDADE 1
Paleolítico Inferior (caça e coleta, controle Além das pinturas rupestres, os artistas pré-
do fogo, instrumentos de pedra lascada). -históricos faziam esculturas em pedra, que mos-
Paleolítico Superior (machado, arco e flecha, tram seu empenho na criação de objetos e na re-
anzol, desenvolvimento da pintura e escultura). presentação da figura humana.
Neolítico (sedentarismo, agricultura, vilare-
jos, domesticação de animais).
UNIDADE 3
Kouros (525 A.C)
A ARTE NA ANTIGUIDADE CLÁSSICA: GRÉCIA
Já no período Clássico a escultura assume
“Dos povos da Antiguidade, os que apre- um caráter próprio. Partindo das convenções egíp-
sentaram uma produção cultural mais livre foram cias, os gregos realizaram várias experiências, de-
os gregos. Eles não se submeteram às imposições senvolvendo seu estilo com liberdade de explorar
de sacerdotes ou de reis autoritários e valorizaram as técnicas escultóricas.
especialmente as ações humanas, na certeza de Nesse período o artista passou a procu-
que o homem era a criatura mais importante do rar movimento nas estátuas, para isso, começou
universo. Assim, o conhecimento, através da ra- a usar o bronze (que era mais resistente que o
zão, esteve sempre acima da fé em divindades”. mármore), podendo fixar o movimento sem se
PROENÇA, Graça História da Arte. 16. Ed. São Paulo: Ática, quebrar. Surge o nu feminino, já que no período
2000. p.27 arcaico as figuras das mulheres eram esculpidas
sempre vestidas.
As construções que se destacam na arqui-
tetura grega são os templos. Entre os gregos, sua
finalidade era de proteger das chuvas ou do sol ex-
cessivo as esculturas de deuses e deusas.
No final de cada coluna, ficavam os capitéis
que podem ser facilmente classificados em dórico,
jônico e coríntio.
Poseidon
Neste o momento que foi desenvolvido a Dos templos mais famosos, destaca-se o
técnica do contraposto, um princípio criado por Parthenon, na Acrópole. Símbolo grego, construí-
Policleto, que consistia em estabelecer oposição do no período conhecido como época de ouro ou
entre tensão e relaxamento do corpo. A parte mais século de Péricles, no século V a.C. Esse templo
elevada da cintura, que corresponde à tensão, abrigava a estátua da deusa Atena Párthenos, es-
contrapõem-se ao lado do ombro que decai, de- culpida por Fídias. Parthenos faz referência ao es-
monstrando relaxamento. tado virginal e de solteira da deusa.
A PINTURA EM CERÂMICA
ARQUITETURA
FIQUE POR DENTRO!
e) No período clássico os escultores gregos aban-
donaram o conceito de contraposto (posição na
qual a escultura se apoiava totalmente numa per-
na, deixando a outra livre), permitindo a represen-
tação de atletas em plena ação;
a) A arte grega, assim como a arte egípcia, estava III. Os templos eram construídos para servir de mo-
ligada a religião; radia ao faraó e à sua família, sendo essa arquite-
b) Os gregos criaram uma arte em que predomi- tura apresentada como arte monárquica e militar.
navam o ritmo, o equilíbrio mas desrespeitavam a
harmonia ideal; IV. Os gregos definiam, de maneira rigorosa, todas
c) As esculturas do período helenístico apresen- as noções de porporção, de medida, de composi-
tam um crescente naturalismo, os seres huma- ção e de ritmo, tanto na escultura quanto na ar-
nos eram representados de acordo com a idade quitetura.
e a personalidade e também demonstrando suas
emoções e seu estado de espírito. a) As afirmativas I e II estão corretas.
d) Os templos são edificações que abrigavam cul- b) As afirmativas I, II e IV estão corretas.
tos públicos e que melhor representam a arquite- c) As afirmativas II e II estão corretas.
tura grega; d) As afirmativas I e III estão corretas.
e) Todas as alternativas estão corretas. templos, termas, aquedutos.
FIQUE POR DENTRO!
“O Coliseu”, Roma, 80d.C.
Sem dúvidas, o maior símbolo da cidade de
Roma e um dos melhores exemplos de sua arqui-
MOSAICO E PINTURA tetura é o Coliseu. Construído no período da Roma
Antiga entre 70 e 90 d.c.. esse anfiteatro era usado
Em todas as partes do Império, encontram- para diversos espetáculos, como lutas entre gla-
-se mosaicos romanos. Oscilam dos modelos abs- diadores, peças de teatros e até de batalhas navais
tratos de tesselas brancas e negras até ambiciosas (onde o Coliseu foi inundado propositalmente).
composições figurativas policromáticas. Anfiteatros, como o coliseu, são grandes
As cores vivas, a possibilidade de colocação edifícios de forma circular ou oval, com arquiban-
sobre qualquer superfície e a duração dos mate- cadas, destinado a festas públicas ou prática de
riais fizeram com que os mosaicos viessem a pre- esportes.
valecer sobre a pintura.
Em geral, a maior parte das pinturas ro- No Brasil, em decorrência da copa do mun-
manas que conhecemos hoje provém das cidades do e agora as Olimpíadas de 2016, nossas cidades
de Pompeia e Herculano que foram soterradas e estão ganhando extravagantes arenas para es-
conservadas pelas cinzas do vulcão Vesúvio em 79 porte profissional, construídas pelo Estado, com
d.C. Nessas cidades encontramos casas decoradas investimentos milionários. O Coliseu do Sertão,
com desenhos livres apoiados nas conquistas he- estádio com arquitetura inspirada no xará romano
lenísticas, algumas figuras possuíam graciosidade teve até agora um custo acima de R$ 1,5 milhão,
e beleza, também pinturas com detalhes que evi- com uma arena com capacidade maior que a po-
denciam o domínio e liberdade em que os artistas pulação local e sem que a cidade sequer possuísse
haviam adquirido na manipulação da expressão um time oficial de futebol.
humana, outra característica encontrada no inte- Será que essa não é uma história similar à
rior dessas casas foi a pintura de paisagens. dos governantes da Roma Antiga? O poder públi-
co cria arenas incrivelmente superdimensionadas,
usando recursos do povo, com extravagância e
luxo, ao passo que poderia apostar em um cres-
cimento no futuro, com políticas mais amplas de
educação e cultura.
EXERCICIOS
Pintura
A pintura gótica começou a ganhar novas
características que anunciavam o Renascimento.
Um pintor que merece destaque do final do
século XIII e início do século XIV foi o florentino
Giotto, que em suas pesquisas redescobre a ilusão
de dar profundidade em uma superfície plana.
Igreja de San Martín de Tours – Espanha
A ARTE GÓTICA
Coluna 2:
I – Arte Gótica
II – Arte Românica
III – Arte Bizantina
O casal Arnolfini (1434), Van Eyck. A Alternativa que apresenta a sequência corre-
ta é:
FIQUE POR DENTRO!
a) 1,I – 2,II e 3,III
b) 1,I - 2,III e 3,II
c) 1,III – 2,I e 3,II
d) 1,II – 2,III e 3,I
e) 1,III – 2,II e 3,I
a) Pelo fato de a produção artística ocidental nas- I – o artista não possui conhecimento de anato-
cer, de fato, neste período. mia, por isso sua obra é desarmoniosa e infiel a
b) Pela revalorização de ideais estéticos vigentes realidade.
na Antiguidade Clássica. II – a obra apresenta característica das esculturas
c) Pela renovação da pintura, fruto da difusão dos gregas e romanas, como a questão do volume e do
ideais protestantes. conhecimento do corpo humano.
d) Pelo contato com a arte africana, descoberta III – é uma obra extremamente elaborada, prin-
graças às viagens marítimas. cipalmente no drapeado das vestes que transmi-
e) Pelo fim da política do mecenato, que financia- te ao espectador a sensação de leveza, mesmo a
va a recuperação das obras de arte. obra se originando do mármore que é um material
sólido e bruto.
IV – a obra trata de um tema religioso, da qual rela- GABARITO
ta o episódio em que a mãe de Jesus o retira morto
da cruz, tema esse muito recorrente no período do UNIDADE 1
renascimento, já que a religião é o centro de tudo
na época. 1. B
4. E
5. B
UNIDADE 5
1. C
2. E
3. D
4. E
5. C
UNIDADE 2 UNIDADE 5
CARBOIDRATOS ÁCIDOS NUCLÉICOS I
UNIDADE 3 UNIDADE 6
LIPÍDIOS ÁCIDOS NUCLÉICOS II
UNIDADE 1:
INTRODUÇÃO A BIOLOGIA
O QUE É VIDA?
a) Proteínas
b) Carboidratos
c) Ácidos nucléicos
d) Água
e) Vitaminas UNIDADE 2: CARBOIDRATOS
INTRODUÇÃO
8. A água é encontrada nos compartimentos
extracelulares (líquido intersticial) e transcelu- Os carboidratos serão as primeiras macro-
lares (dentro de órgão como bexiga e o estôma- moléculas, ou seja, moléculas de tamanho su-
go). Sobre a água é correto afirmar: perior, a serem estudados dentre constituintes
orgânicos da célula. São utilizados principalmen-
a) A quantidade que é encontrada nos organis- te como combustíveis preferenciais das células
mos é invariável de espécie para espécie; e são divididos em três categorias importantes:
b) Com o passar dos anos existe um tendência monossacarídeos, as moléculas mais simples;
em aumentar seu percentual no corpo; dissacarídeos, constituídos da ligação de 2 mo-
c) É importante fator de regulação térmica nos nossacarídeos e os polissacarídeos, em que mui-
organismos; tas moléculas de monossacarídeos estão ligadas
d) Em tecidos metabolicamente ativo é inexis- entre si.
tentes; Nomenclatura: monossacarídeos normal-
e) Dificulta a realização de reações químicas. mente têm, para cada átomo de carbono (C), dois
átomos de hidrogênio (H) e um de oxigênio (O).
Trioses: 3 átomos de C;
9. O macronutriente essencial ao desenvolvi- Pentose: 5 átomos de C;
mento das plantas, por fazer parte da molécula Hexose: 6 átomos de C.
de clorofila, é: As hexoses mais comuns são: glicose e fru-
tose. A sacarose é o açúcar da cana, um dissacarí-
a) Ferro deo. O amido é um polissacarídeo de reserva ve-
b) Cobre getal, uma importante fonte de alimentação para
c) Zinco os humanos.
d) Manganês
e) Magnésio
a) fazem parte da molécula de ácido nucléico 9. Observe as fórmulas moleculares de dois gli-
b) são carboidratos cídios, representadas a seguir; um deles é um
c) são polissacarídeos monossacarídeo, e o outro, um dissacarídeo.
d) fazem parte do componente esquelético da
parede celular C7H14O7 C6H10O5
e) são proteínas
a) O que permite caracterizar essas duas subs-
tâncias como glicídios?
6. (FGV-SP) Glicogênio e celulose têm em co-
mum, na sua constituição, moléculas de:
a) aminoácidos
b) ácidos graxos
c) carboidratos b) Qual deles é o monossacarídio? Por quê?
d) proteína
e) glicerol
Gorduras (saturadas) e
óleos vegetais e animais
Glicerídeos (ácido graxo
(insaturados) - energia e
+ glicerol)
isolamento térmico nas
aves e mamíferos.
Figura 3.2: Esquema representativo de uma molécula
Cerídeos (ácido graxo + Ceras vegetais e animais de fosfolípidio.
monoálcoois superiores) - impermeabilizantes
Colesterol (presente nos As membranas biológicas são formadas por
animais, participa da fosfolipídios organizados em duas camadas, nas
Esterídeos (ácido graxo
composição da membra- quais se incrustam moléculas de certas proteínas.
+ álcoois policíclicos de
na celular e é precursor Essas membranas são elásticas porque as molécu-
cadeia fechada: os este-
de hormônios como a las de fosfolípidos podem mover-se livremente ne-
róis)
testosterona e a proges- las, reorganizando-se sem perder o contato umas
terona). com as outras. Essa capacidade de reorganização
lipídeos complexos (c, h, o + p, n) evita a ruptura das membranas e explica sua alta
capacidade de regeneração.
Presente no tecido ner-
Esfingolipídeos (lipídeos
voso, na bainha de mie-
com nitrogênio)
lina
FOSFOLÍPIDIOS CAROTENÓIDES
Uma classe especial de lipídios é a dos fos- Os carotenoides são pigmentos de cor ver-
folípidos, os principais componentes das mem- melha, laranja ou amarela, insolúveis em água e
branas celulares. Do ponto de vista químico, um solúveis em óleos e solventes orgânicos. Estão
fosfolipídio é um glicerídio combinado a um grupo presentes nas células de todas as plantas, nas
fosfato. A molécula de fosfolipídio lembra um pa- quais desempenham papel importante no pro-
lito de fósforo, com uma “cabeça” eletricamente cesso de fotossíntese. São importantes também
para muitos animais. Por exemplo, a molécula de enquanto a mobilização de gordura é len-
caroteno, um carotenoide alaranjado presente ta; e, talvez o mais importante, o glico-
na cenoura e em outros vegetais, é matéria-prima gênio pode prover energia sob condições
para a produção da vitamina A, essencial a muitos anóxicas.
animais. Essa vitamina é importante, por exem- III. A totalidade de depósitos de gordura em
plo, para nossa visão, pois é precursora do retinal, adipócitos é capaz de extensa variação,
uma substância sensível à luz presente na retina conseqüentemente, permitindo mudan-
dos olhos dos vertebrados. ças de necessidades do crescimento, re-
produção e envelhecimento, assim como
EXERCÍCIOS flutuações nas circunstâncias ambientais
e fisiológicas, tais como a disponibilidade
1. A hidrólise de determinada molécula produ- de alimentos e a necessidade do exercício
ziu glicerol e ácidos graxos; isso indica que a físico.
molécula hidrolisada era IV. O tecido adiposo aumenta: pelo aumen-
to do tamanho das células já presentes
a) uma proteína. quando o lipídeo é adicionado, fenômeno
b) um lipídio. este conhecido como hiperplasia; ou pelo
c) um carboidrato. aumento do número de células, fenôme-
d) um ácido nucléico. no conhecido como hipertrofia.
Quando ingerimos as proteínas elas são Toda enzima é uma proteína. As enzimas
quebradas em aminoácidos para poderem ser ab- são proteínas especiais que aceleram / catalisam
sorvidas. as reações químicas do organismo, possibilitando
a vida. Como são proteínas, dependem de uma
ESTRUTURA DAS PROTEÍNAS temperatura e um pH ideais para trabalhar e
possuem especificidade de substrato (atuam se-
Quando nos referimos ao fio protéico (núme- gundo o modelo chave-fechadura). Um exemplo
ro de aminoácidos, tipos e a sequência), estamos disso ocorre com as enzimas do tubo digestivo. A
falando da sua estrutura primária. O enrolamen- amilase salivar (ou ptialina), que age na boca, tem
to do fio sob a forma de uma hélice, é denomina- um pH ótimo ao redor de 7,0. Enzimas do estôma-
do estrutura secundária. Falamos de estrutura go funcionam de uma forma ótima em pH de valo-
terciária quando nos referimos à forma espacial res baixos, ou seja, ácidos. As enzimas que atua, no
da molécula. Duas ou mais estruturas terciárias re- intestino funcionam em pH alcalino.
unidas formam uma quaternária.
enquanto a vacina é, essencialmente, preventiva,
ou seja, após o contato com o agente causador
seja ele na forma da vacina ou pela própria conta-
minação com a doença, será formada a chamada
memória imunológica, o corpo caso seja atacado
pelo mesmo agente futuramente, saberá quais an-
ticorpos produzir para se proteger.
(trecho retirado do informativo educativo
da página do Instituto Butantan http://www.bu-
tantan.gov.br).
São verdadeiras:
4. São alimentos ricos em proteína:
a) somente a I
a) leite, soja e carne. b) a I e a II
b) carne, café e banana. c) somente a II
c) leite, mandioca e carne. d) a I e a III
d) carne, banana e mandioca. e) somente a III
e) leite, ovo e farinha de milho.
I. As vacinas podem ser produzidas a partir a) Com qual valor de pH a atividade da tripsina
de micro-organismos atenuados ou mor- é mais alta?
tos, toxinas neutralizadas, ou simples-
mente utilizando componentes de cápsu-
la, membrana ou parede bacterianas.
II. A vacina inativada é aquela em que o vírus
encontra-se vivo, porém, sem capacidade
de produzir a doença, e a vacina atenua- b) Com quais valores de pH a tripsina é inati-
da é aquela que contém o vírus morto por va?
agentes químicos ou físicos.
III. Malária, tuberculose e tétano são doen-
ças virais; caxumba, dengue e sarampo
são doenças bacterianas, todas controla-
das por vacinação.
IV. A imunização é um processo pelo qual se
adquire imunidade ou proteção contra 13. (Adaptada – UNICAMP) Para desvendar cri-
uma determinada doença infecciosa, seja mes, a polícia cientifica costuma coletar e ana-
após adquirir a doença ou mediante a ad- lisar diversos resíduos encontrados no local
ministração de vacina. do crime. Na investigação de um assassinato,
quatro amostras de resíduos foram analisadas
Assinale a alternativa correta. e apresentaram os componentes relacionados
na tabela abaixo. Com base nos componentes
a) Somente as afirmativas I e III são corretas. identificados em cada amostra, os investigado-
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. res científicos relacionaram uma das amostras,
c) Somente as afirmativas II e IV são corretas. a cabelo, e as demais, a artrópode, planta e sa-
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. liva.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
amostras componentes
1 Clorofila, ribose e proteínas
11. De acordo com seus conhecimentos sobre
2 Ptialina e sais
proteínas, responda:
3 Quitina
a) Qual a diferença entre aminoácidos essen- 4 Queratina e outras proteínas
ciais e naturais?
EXERCÍCIOS
adenina guanina
Figura 5.3: Esquema da replicação do DNA. Cada dupla Homem 30,4% ?
hélice-filha é composta de uma fita “velha” e uma re-
Boi ? 21,0%
cém-sitetizada.
a) TAGCA ou AUCGU.
b) AUCGU e UAGCU.
c) TAGCA e ATCGT.
d) AUCGU e UAGCA.
e) TAGCA e ATCGT.
10. Escreva a sequência de bases da fita com-
plementar do DNA dupla fita que apresenta
6. As estruturas citoplasmáticas capazes de sin- uma fita com a sequência:
tetizar suas próprias enzimas, por apresenta-
(5’) ATGCCGTATGCATTGCATTC (3’) UNIDADE 6: ÁCIDOS NUCLÉICOS II
INTRODUÇÃO
b) Dê duas características que expliquem por- gene (dna) → rna → proteína → característica do organismo
que os vírus não são considerados seres vi-
vos. PRINCIPAIS TIPOS DE RNA
SÍNTESE DE PROTEÍNA
a) I, somente.
b) I e II, somente.
Considerando que o RNA mensageiro des- c) II, somente.
te gene contém: 46,7% de uracila; 33,3% de d) II e III, somente.
guanina; 20% de adenina e 0% de citosina, as- e) I, II e III.
sinale a alternativa que apresenta a sequência
correta de bases da fita-molde deste gene.
4. (UFMS) Os nossos feijões estão cada vez mais
a) TCA - ATA - ACA - CAA - TCC nutritivos e fornecem boas doses de proteínas
b) TCA - ATA - ACG - CAT - TCC e minerais. A novidade é o desenvolvimento
c) TCA - ATG - ACA - CAT - TGG por pesquisadores de variedades com alta bio-
d) AGU - UAU - UGU - GUU - AGG disponibilidade de seus aminoácidos, ou seja,
e) AGC - UAC - UGC -CAA- CGA a capacidade que estes têm de ser mais bem
aproveitados pelo organismo humano [Fonte:
Revista Saúde, junho 2008].
3. (PUC – CAMPINAS) Para responder esta ques-
tão considere o texto abaixo. Na figura abaixo, está representada par-
te de uma proteína qualquer com seus códons
Trio vence NOBEL de química por proteína correspondentes. A sequência de DNA comple-
brilhante mentar do DNA molde que deu origem a essa
proteína é:
Dois norte-americanos e um japonês vence-
ram o prêmio Nobel de Química de 2008 pela des-
coberta de uma proteína brilhante de águas-vivas,
como a de Aequorea victoria. “Essa proteína se
tornou uma das ferramentas mais usadas na bio-
ciência moderna, pois com sua ajuda, os pesquisa-
dores desenvolveram maneiras de observar pro-
cessos outrora invisíveis, como o desenvolvimento
de células nervosas no cérebro ou como as células
cancerígenas se espalham”. O forte tom de verde
da proteína da água-viva aparece sob as luzes azul
e ultravioleta, o que permite que os pesquisadores
iluminem tumores cancerígenos em crescimento e
mostrem o desenvolvimento do mal de Alzheimer
no cérebro ou o crescimento de bactérias nocivas.
(http://www.estadao.com.br/vidae/not_ a) AUGGCCUUGGAGGGCUCGUGG.
vid256033,0.htm, acessado em 08/10/2008). b) UACCGGAACCUCCCGAGCACC.
c) TACCGGAACCTCCCGAGCACC.
Sobre a proteína fluorescente GFP, com- d) ACCAGCCCGCTCAACCGGTAC.
posta por 238 aminoácidos, foram feitas as se- e) ATGGCTTTAGAAGGCTCATGG.
guintes afirmações:
I. O RNA mensageiro da GFP contém 238 có- 5. (UFPI) No desenho abaixo aparece o aparato
dons com sentido e pelo menos um códon principal do processo de tradução. Analise as
sem sentido, que sinaliza o sinal PARE na informações e marque a alternativa correta.
síntese proteica.
ticamente infalíveis, já que apresentam 99,99%
de acerto. Nesses testes podem ser compara-
dos fragmentos do DNA do pai e da mãe com o
do filho. Um teste de DNA foi solicitado por uma
mulher que queria confirmar a paternidade dos
filhos. Ela levou ao laboratório amostras de ca-
belos dela, do marido, dos dois filhos e de um
outro homem que poderia ser o pai. Os resulta-
dos obtidos estão mostrados na figura abaixo.
UNIDADE 2 UNIDADE 5
FILO PORIFERA PARASITOSES CAUSADAS POR
PLATYHELMINTES
UNIDADE 3
FILO CNIDÁRIA UNIDADE 6
FILO NEMATODA
UNIDADE 1: CLASSIFICAÇÃO DOS classificá-los em um reino separado.
SERES VIVOS
4. Reino Plantae
Desde o tempo de Aristóteles os seres vi- O reino Plantae reúne as plantas, seres eu-
vos foram agrupados e classificados na tentativa cariontes, multicelulares e autótrofos fotossinteti-
de melhor compreender a natureza: seres com zantes. As plantas têm células diferenciadas, que
sangue ou sem sangue; aquáticos, voadores ou formam tecidos corporais bem definidos. Musgos,
terrestres; presença de corpo mole ou de corpo samambaias, pinheiros e plantas frutíferas são os
duro; estes foram alguns critérios utilizados nas principais grupos que compõem o reino Plantae
classificações dos seres vivos. Por muitos séculos ou Vegetal.
a natureza foi dividida nos reinos Animal e Vege-
tal apenas. Com o desenvolvimento da Biologia, 5. Reino Animalia
notadamente no campo da evolução biológica, e O reino Animalia reúne os animais, seres
principalmente em decorrência dos avanços dos eucariontes, multicelulares e heterótrofos. Os ani-
estudos microscópicos, percebeu-se que havia mais apresentam células bem diferenciadas, que
em nosso mundo mais do que aquilo que o olho formam tecidos e órgãos corporais distintos. Esse
era capaz de perceber e que a diversidade de or- reino inclui desde animais simples, como as es-
ganismos em nosso planeta devia-se a processos ponjas, até animais complexos, como os mamífe-
biológicos. Novos critérios de classificação que ros, grupo ao qual pertencemos.
extrapolavam as simples observações surgiram:
tipos celulares, similaridades em moléculas como Vírus, um caso a parte
proteínas, hormônios e DNA são alguns exemplos. Os vírus não são incluídos em nenhum dos
Os biólogos passaram a adotar a filogenia (histó- cinco reinos. Não apresentam células, sendo cons-
ria evolutiva) como norteadora das classificações tituídos por uma ou poucas moléculas de ácido
biológicas. nucléico, que pode ser DNA ou RNA, envoltas por
Existem muitas formas de dividir o mundo moléculas de proteínas.
vivo. De tempos em tempos novas divisões apa-
recem, pois os estudos prosseguem e novas infor- CATEGORIAS TAXONÔMICAS
mações surgem. Adotaremos uma das muitas divi-
sões existentes em que os seres vivos agrupam-se A descrição de todos os seres vivos (vegetais
em cinco reinos: Monera, Protista, Fungi, Plantae e e animais) e suas classificações dentro das diver-
Animalia. Mas podemos encontrar divisões de seis sas categorias constituem partes da Biologia que
até sete reinos, nesses casos vírus e algas consti- se chamam Taxonomia (ramo que se ocupa de no-
tuiriam um reino a parte. menclaturas e identificações) e Sistemática (es-
tudo da filogenia dos organismos), que trabalham
1. Reino Monera em conjunto. A filogenia traça a relação de paren-
O reino Monera reúne seres vivos unicelula- tesco evolutivo entre os grupos de seres vivos.
res e procariontes: as bactérias e as cianobacté- Os seres vivos são incluídos nas seguintes
rias, estas últimas também chamadas de cianofí- categorias de classificação:
ceas.
Reinos → Filos → Classes → Ordens → Famílias →
2. Reino Protista Gêneros → Espécies
No reino Protista estão incluídos os proto-
zoários, seres eucariontes, unicelulares e heteró- Os reinos ocupam a categoria taxonômica
trofos, e as algas, seres eucariontes, unicelulares (ou táxon) mais abrangente e espécies a mais de-
ou multicelulares, e autótrofos fotossintetizantes. talhada. Seres do mesmo gênero obrigatoriamen-
As algas multicelulares são incluídas nesse reino te pertencem à mesma família, à mesma ordem e
porque têm organização simples, com pouca ou assim por diante. Por outro lado, seres de classes
nenhuma diferenciação entre as células que for- diferentes jamais poderão ser enquadrados numa
mam seu corpo. mesma ordem ou família.
Ex: o cavalo (Equus caballus) pertence ao
3. Reino Fungi gênero Equus, juntamente com o asno (E. asinus)
O reino Fungi inclui seres eucariontes, uni- e a zebra (E. zebra). O gênero Equus faz parte da
celulares ou pluricelulares, que se assemelham às família Equidae. Essa família mais a família Tapi-
algas na organização e na reprodução, mas que ridae (das antas) e Rhinocerotidae (dos rinoceron-
diferem delas por serem heterótrofos. Em alguns tes) fazem parte da ordem Perissodactyla. Essa
sistemas de classificação os fungos são incluídos ordem mais a ordem Artiodactyla (girafas, porcos,
entre os protistas. A tendência moderna, porém, é hipopótamos etc) fazem parte da classe Mamma-
lia (mamíferos). Os mamíferos fazem parte do filo SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO NATURAL E
Chordata, juntamente com os peixes, anfíbios, ARTIFICIAL
aves etc. Todos os animais fazem parte do reino
Animalia. Sabemos que classificar os seres vivos con-
siste em reuni-los em grupos, de acordo com ca-
CONCEITO MODERNO DE ESPÉCIE racterísticas comuns. As primeiras classificações
baseavam-se puramente na observação. Logo,
Espécie é a categoria taxonômica básica do os animais podiam ser classificados conforme o
sistema de classificação biológica. Atualmente meio de locomoção em: voadores, saltadores, na-
define-se espécie (do latim species, tipo) como o dadores, etc. Percebe-se imediatamente a falta de
conjunto de seres semelhantes, capazes de se consistência destas classificações: assim, no mes-
cruzar em condições naturais, deixando des- mo grupo, podem ser classificados animais com-
cendentes férteis. A ressalva “em condições na- pletamente diferentes como um inseto e uma ave,
turais” é importante, pois existem espécies cujos entre os voadores; uma pulga e um canguru, entre
membros podem se cruzar e produzir descenden- os saltadores, etc. Tais classificações, chamadas
tes férteis em condições artificiais de cativeiro, artificiais, estão hoje abandonadas. Hoje usamos
nunca se cruzando, porém, em condições naturais. as classificações naturais, baseadas na evolução,
Espécies semelhantes são reunidas em ca- observação e experimentação, utilizando com
tegorias taxonômicas maiores, os gêneros. Gêne- menor relevância dados morfológicos, fisiológicos
ros com características semelhantes são agrupa- e comportamentais.
dos em categorias maiores, as famílias. Estas, por
sua vez, são agrupadas em categorias ainda mais EXERCÍCIOS
abrangentes, as ordens. Ordens são reunidas em
classes, classes são reunidas em filos, e filos são 1. Assinale abaixo a sequência que apresenta a
reunidos em reinos. Alguns autores costumam ordem decrescente correta das categorias taxo-
chamar os filos vegetais de divisões. nômicas:
6. Com base nas regras de nomenclatura, indi- Possuem corpo assimétrico ou com sime-
que a alternativa incorreta: tria radial.
Seu corpo apresenta forma de “vaso”,com
a) Homo sapiens uma cavidade interna denominada espongio-
b) Trypanossoma Cruzi cele,e uma abertura no na superfície – ósculo. O
c) Rana esculenta marmorata revestimento externo se faz pela epiderme cons-
d) Rhea americana americana tituída por uma camada de células achatadas, os
e) Anopheles Nyssurhynchus darlingi pinacócitos.
A espongiocele é revestida por coanócitos:
células com flagelos envoltos por uma formação
7. Explique porque alguns autores não conside- membranosa, cujos batimentos criam corrente
ram os vírus como sendo seres vivos. de água, que entra pelos poros e sai pelo ósculo
(abertura superior). Os coanócitos fagocitam as
partículas alimentares trazidas pelas correntes de
água.
A sustentação é garantida pela presença de
um mesênquima gelatinoso (meso-hilo), interno
à camada de pinacócitos. No mesênquima estão
mergulhadas espículas de calcário ou silício, e cé-
lulas indiferenciadas ou amebócitos. Os amebóci-
tos são células móveis que participam da digestão,
além de desempenharem função de transporte de
8. Qual a diferença fundamental entre os seres alimentos ou diferenciação em gametas.
do Reino Monera com os demais quatro reinos Sustentação: é o principal caráter para a
da natureza? classificação das esponjas. É interno, situando-se
entre as duas camadas celulares. Pode ser mineral
e/ou orgânico.
Esqueleto mineral: é constituído por espí-
culas calcárias e silicosas.
Esqueleto orgânico: é constituído por uma
rede de fibras de espongina (uma proteína). A es-
ponja de banho feita com esponjas é apenas o es-
queleto orgânico destes animais.
Sistema digestivo: é ausente e a digestão
é exclusivamente intracelular, realizada pelos coa-
nócitos e amebócitos.
Sistema excretor: é ausente. As células eli-
minam por difusão seus catabólitos diretamente Figura 1: organização celular das esponjas. Note-se que
para o meio externo. além das células já descritas, existem células especiais
Sistema respiratório: não existe, a respi- e perfuradas de modo a deixarem fluir água através de
ração é aeróbia, e cada célula realiza diretamente si. São os porócitos, que são células tubulosas, percor-
com o meio as trocas gasosas. ridas por uma perfuração cônica.
Sistema circulatório: também ausente.
Amebócitos (células que possuem movimento ORGANIZAÇÃO DO CORPO
amebóide) no mesênquima realizam as funções
desse sistema. Podem ser divididos em: O corpo das esponjas apresenta-se organi-
Escleroblastos: células que secretam as es- zado em três graus de complexidade crescente:
pículas minerais. Cada eixo de espícula é formado áscon, sícon e lêucon. Observe os esquemas se-
por um escleroblasto. guintes e note o aumento da superfície revestida
Arqueócitos: amebócitos que realizam vá- de coanócitos (superfície negra) em contato com
rias funções: recebem, digerem e fazem circular o a água. Quando a água penetra numa esponja
alimento, além de formar elementos reprodutivos: do tipo leuconóide, percorre inúmeras câmaras
espermatozóides, óvulos e gêmulas. revestidas de coanócitos, demorando mais para
Sistema nervoso: não existe. abandonar o corpo do animal, o que lhe permite
Sistema reprodutor: as esponjas reprodu- maior assimilação dos nutrientes ambientais, se o
zem-se sexuadamente e/ou assexuadamente, sen- compararmos com os outros dois tipos.
do a maioria hermafrodita ou monóica (algumas
espécies possuem sexos separados). As estrutu-
ras de reprodução são temporárias, elaboradas a
custa de células da camada média. A reprodução
pode ser:
• Assexuada: feita por regeneração, bro-
tamento ou gemulação. Nas esponjas, a
capacidade de regeneração é muito gran-
de, a ponto de ser usada para a fabricação
comercial de esponjas de banho. O brota-
mento consiste na formação de expansões Figura 2: Organização do corpo das esponjas (A) ás-
no corpo da esponja (broto), que originarão con, (B) sícon, (C) lêucon)
novos indivíduos. A gemulação ocorre em
épocas em que o ambiente é desfavorável. EXERCÍCIOS
Formam-se estruturas denominadas gêmu-
las, que se constituem de uma parede que 1. (UFV-MG) O principal papel dos coanócitos
envolve um grupo de amebócitos. A parede nos poríferos é:
é formada por espículas especiais denomi-
nadas anfidiscos. Em ambiente propício, a a) transportar as substâncias para todo o animal.
gêmula forma uma nova esponja. b) originar elementos reprodutivos.
• Sexuada: ocorre com fecundação interna e c) formar o esqueleto do animal.
desenvolvimento indireto. Quando falamos d) provocar a circulação da água no animal.
em desenvolvimento indireto, isto implica a e) dar origem a outros tipos de células.
existência de uma forma intermediária entre
o ovo e o adulto que se denomina larva. Nas
esponjas, a larva se chama anfiblástula. 2. (UFPR) Invertebrados fixos, diploblásticos
com mesogléia, sem órgãos, com digestão ex-
clusivamente intracelular, com larva ciliada li-
vre-nadante. Trata-se de:
a) protozoários;
b) espongiários;
c) equinodermos;
d) nematelmintos;
e) celenterados.
CLASSE HIDROZOA
a) planária
b) ostra
c) drosófila
d) barata
e) aranha
UNIDADE 5: PARASITOSES depois coçou é porque pegou”). Caem na circula-
CAUSADAS POR PLATYHELMINTES ção sangüínea e seguem, carregadas pelo sangue,
para as veias do intestino, onde se desenvolvem,
CLASSE TREMATODA dando novos esquistossomos, com cerca de 10 a
15 mm de comprimento.
É a segunda classe dos vermes platelmintos. O combate à esquistossomose, uma das
Com a exceção da fêmea do esquistossomo, que é maiores endemias brasileiras, consiste no exter-
cilíndrica, todos têm o corpo achatado dorsoven- mínio dos moluscos (caramujos), que são os hos-
tralmente. Em geral, têm um formato lembrando pedeiros intermediários do parasita, e na orien-
o de uma folha de árvore,e têm o corpo revestido tação às pessoas para não terem contato com a
por uma cutícula resistente secretada pela epider- água em locais suspeitos e contaminados. É pre-
me.Apresentam duas ventosas - uma anterior, com ciso, também, orientar as populações da zona ru-
função de boca, e outra mediana, com finalidade ral para não defecarem no campo nem lançarem
de fixação. São vermes adaptados à vida parasitá- seus dejetos nos rios e ribeirões, ensinando-lhes a
ria,podendo ser ectoparasitas ou endoparasitas. fazerem fossas higiênicas, como meio de evitar a
Por isso, causam doenças integrantes do grupo poluição das águas e a propagação da doença.
das verminoses no homem e em outros animais.
ESQUISTOSSOMOSE
O Schistosoma mansoni é uma espécie diói- Figura 4: Ciclo de vida de Schistosoma mansoni.
ca.A fêmea fica abrigada em um sulco que há no
corpo do macho.Os adultos vivem nas veias do fí- CLASSE CESTODA
gado humano onde se alimentam e se acasalam.A
postura dos ovos ocorre no intestino do hospedei- Os cestódios formam a terceira classe de
ro. platelmintos. O corpo é achatado e longo como
Os ovos são dotados de um espinho que per- uma fita, daí o nome (do grego kestos, “fita”). São
fura os capilares do intestino,e são eliminados pe- parasitas intestinais do homem e de outros ani-
las fezes. Encontrando a água, esses ovos libertam mais. Os principais exemplos são a Taenia solium,
embriões chamados miracídios. Esses embriões a Taenia saginata e a Taenia echinococcus (esta úl-
ciliados, de dimensões microscópicas, nadam à tima também chamada Echinococcus granulosus).
procura de um hospedeiro intermediário, algumas As tênias são popularmente conhecidas por
espécies de caramujo (ex: Biomphalaria glabrata). “solitárias” porque geralmente cada doente tem
Os miracídios penetram no caramujo e dentro dele apenas uma no intestino. Todavia, isso não im-
se reproduzem, passando pelas fases de esporo- pede que uma pessoa seja portadora de mais de
cistos e, depois, de cercárias. A multiplicação das uma tênia ao mesmo tempo. As tênias podem me-
cercárias acaba causando a morte do caramujo. dir desde alguns milímetros até vários metros de
Aí, então, elas passam à água, onde ficam, com comprimento. Possuem ventosas na cabeça, com
suas caudas bifurcadas, nadando ativamente. São as quais se fixam à parede intestinal para não se-
quase microscópicas. O simples contato da pele rem eliminadas com as fezes.
de uma pessoa com a água infestada de cercárias A Taenia saginata possui 4 ventosas e pode
é o suficiente para a contaminação. As cercárias chegar a mais de 10m de comprimento. A Taenia
atravessam a pele, causando uma discreta coceira solium apresenta, além das 4 ventosas, uma coroa
no local (segundo o ditado popular: “se nadou e de ganchos quitinosos chamada rosto ou rostelum,
o que torna muito mais difícil a sua eliminação. Ela quer rudimento de sistema digestório. A sua nu-
é, contudo, menor que a anterior, chegando, no trição se faz por difusão direta do alimento pela
máximo, a 6 metros. vasta superfície corporal. O estróbilo é segmen-
tado em anéis ou proglotes. Num mesmo anel,
encontram-se órgãos reprodutores de ambos os
sexos. Isso quer dizer que as tênias são sempre
hermafroditas. Elas podem realizar a autofecun-
dação ou praticar a fecundação cruzada. Os últi-
mos anéis do corpo de uma tênia são maiores e
contêm milhares de ovos embrionados. Eles são
eliminados com as fezes.
A tênia Echinococcus granulosus é parasita
de cães e muito pequena (3 a 5 mm). Ocasional-
mente, sua larva pode parasitar a espécie huma-
na, causando a hidatidose, uma espécie de tumor
quase do tamanho de um coco-da-baia, cheio de
líquidos, que se desenvolve no cérebro, no pulmão
Figura 5: Representações esquemáticas de (a) Tae- etc. Como a cisticercose, é também uma doença
nia soliume (b) Taenia saginata muito grave.
PARASITA E LOCALIZAÇÃO NO
DOENÇA PATOLOGIA TRANSMISSÃO
DISTRIBUIÇÃO HOSPEDEIRO
Fibrose hepática;
Adultos: nos vasos obstrução de vasos Ovos nas fezes
Schistosoma
do sistema porta portas pelos ovos, humanas; o
mansoni
intra-hepáticos; causando aumento segundo estágio
Esquistosso- (Oriente médio,
Estágios intermediá- do fígado e baço, com de larvas aquá-
mosse África, américa do
rios: encistados em prejuízo funcional; ticas (cercárias)
Sul, especialmente
caramujos de água hipertensão portal penetra através
no Brasil)
doce e ascite (barriga- da pele.
d’água)
Sintomas variados:
cólicas abdominais,
“dor de fome”, mal Ingestão de
estar, diarréia, flatu- carne de porco
Taenia solium e
lência, náuseas, au- ou de boi mal
Teníase Taenia saginata Intestino
mento ou diminuição cozida conten-
(cosmopolitas)
do peso e do apetite, do cisticercos
sonolência, insônia, (larvas)
fraqueza, irritabilida-
de, palidez
Ingestão de
ovos de T solium
(hortaliças,
Neurocisticercose: água, mãos
Tecido nervoso, hipertensão contaminadas
Larva da
globo ocular, tecido intracraniana, pelas fezes) ou
Cisticercose Taenia solium
subcutâneo e mus- convulções, passagem de
(cosmopolita)
cular distúrbios psíquicos, ovos liberados
alterações visuais das proglotes no
tubo digestivo
para a circula-
ção
EXERCÍCIOS me podem contaminar água e verduras e ser
ingerido pelo porco ou pelo boi.
1. (F.M.Santos/SP) Nos platelmintos da classe d) Uma vez no corpo do hospedeiro intermediá-
Cestoda não existe: rio, o ovo do verme eclode liberando o cisti-
cerco, que se aloja nos músculos do animal.
a) sistema nervoso. Nos músculos ele cresce e assume o aspecto
b) sistema digestório. de uma bolsa cheia de líquido chamado de on-
c) sistema excretor. cosfera.
d) hermafroditismo. e) O diagnóstico dessa doença é feito através de
e) auto-fecundação. exames de fezes.
EXERCÍCIOS
UNIDADE 6
1. d
2. a
3. d
BIOLOGIA 3
UNIDADE 1 UNIDADE 4
ECOLOGIA I SUCESSÕES ECOLÓGICAS
UNIDADE 2 UNIDADE 5
ECOLOGIA II VÍRUS
UNIDADE 3 UNIDADE 6
RELAÇÕES ENTRE OS SERES VIVOS REINO MONERA
UNIDADE 1: ECOLOGIA I ções ou biociclos: talassociclo - biociclo marinho;
limnociclo – biociclo dulcícola; e epinociclo – bio-
CONCEITOS BÁSICOS EM ECOLOGIA ciclo terrestre.
EXERCÍCIOS
01) Ecossistema define o complexo sistema de in- Considerando as relações tróficas encon-
tradas no texto da canção, assinale a alternati- res vivos.
va que apresenta a correta correlação entre o 02) a energia é transferida de um nível trófico para
trecho selecionado e a afirmação que o sucede. outro e retorna integralmente ao ecossistema pela
ação dos organismos decompositores.
a) “Carcará / Come ‘inté’ cobra queimada” e “Os 04) a quantidade de energia que um nível trófico
‘burrego que nasce’ na baixada / Carcará / recebe é superior à que será transferida para o se-
Pega, mata e come”: as cobras e os borregos guinte.
ocupam o mesmo nível trófico, uma vez que 08) ela não volta mais aos seres vivos, uma vez li-
ambos são presas do carcará. berada para o mundo físico, na forma de calor.
b) “Ele puxa o ‘imbigo’ ‘inté’ matar”: os borregos 16) ela será usada também na produção de subs-
são mamíferos e, portanto, ocupam o topo da tâncias orgânicas, ficando armazenada na forma
cadeia alimentar. química.
c) “No Sertão não tem mais roça queimada / Car-
cará mesmo assim num passa fome”: os car- Soma: ..................
carás são decompositores e ocupam o último
nível trófico da cadeia alimentar.
d) “Vai fazer sua caçada”: os carcarás são preda- 8) (Ufpr 2014) O estudo de cadeias tróficas é
dores e, portanto, consumidores primários no importante para a compreensão das relações
segundo nível trófico. entre organismos em um ambiente. Uma forma
e) “Carcará / Come ‘inté’ cobra queimada”: os de estudá-las é pela produtividade, em biomas-
carcarás são consumidores terciários e ocu- sa, em cada nível da cadeia. Supondo a exis-
pam o quarto nível trófico. tência de uma cadeia, num ambiente aquático,
com três comunidades de organismos (vege-
tação, herbívoros e carnívoros) em equilíbrio,
6. (FUVEST 2015) A energia entra na biosfera qual dos gráficos representa a variação dessas
majoritariamente pela fotossíntese. Por esse comunidades, em biomassa (g/m2), em função
processo, da disponibilidade de luz?
UNIDADE 2: ECOLOGIA II
O FLUXO DE ENERGIA E MATÉRIA NOS
e) ECOSSISTEMAS
PIRÂMIDES DE NÚMEROS
a) O que é representado na figura? Que tipo de
organismo é representado por X? Indicam o número de indivíduos em cada
b) Qual seria a consequência do desapareci- nível.
mento das aves mostradas na figura acima?
CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
1. (UFPR/2010) Abaixo estão representados Com base nos gráficos e nos conhecimen-
três exemplos de cadeias alimentares e três tos sobre o tema, assinale a alternativa que de-
pirâmides que expressam o número relativo fine corretamente qual dos gráficos descreve o
de indivíduos em cada nível, numa situação de padrão esperado de variação da biomassa com
equilíbrio ecológico. Relacione as cadeias ali- o tempo, para que em um ecossistema ocorra
mentares com as pirâmides. Assinale a alter- uma retirada líquida de carbono da atmosfera:
nativa que apresenta a numeração correta de
cima para baixo.
3. (UEL- 2006) Há uma estreita relação entre as variáveis: estação do ano, temperatura, reprodu-
ção e disponibilidade de alimentos. Fatores, tais como o efeito estufa e o aumento na temperatura,
podem levar a um desequilíbrio no ambiente, com conseqüente alteração na relação entre essas
variáveis. Analise o gráfico a seguir sobre uma espécie de pássaro que, após a eclosão, precisa se
alimentar de uma certa quantidade de lagartas para desenvolver penugem.
a) sofre mutação.
b) não sobrevive no novo ambiente.
c) passa a comer outros vegetais.
d) adapta-se ao novo ambiente.
e) altera o ciclo biogeoquímico de nutrientes.
UNIDADE 5: VÍRUS
• AIDS • Poliomielite
• Varíola • Raiva
• Febre Amare- • Caxumba
la • Gripe
• Sarampo • Dengue
• Herpes • Rubéola que se multiplica e orienta a fabricação das proteí-
• Catapora • Meningite nas virais. O material genético e a proteína viral se
unem e são expelidos da célula, levando fragmen-
Os vírus são bastante específicos. Atacam tos da membrana celular, que passam a constituir
poucos tipos ou apenas um tipo de célula especí- o envelope viral. Não necessariamente há morte
fico. Isso ocorre porque um determinado vírus só da célula hospedeira.
consegue infectar as células que possuem proteí- O HIV tem um envelope externo formado
nas em suas membranas que são complementares por lipídios e proteínas, contendo no interior o
às proteínas dos vírus, e permitir portanto, a liga- capsídio com duas moléculas idênticas de RNA e
ção deste. O vírus da poliomielite, por exemplo, é algumas moléculas da enzima transcriptase re-
muito específico e infecta apenas células nervo- versa, que permite a fabricação de DNA a partir
sas, da mucosa da garganta e do intestino. Já os das moléculas de RNA. Por possuir essa enzima
vírus da rubéola não possuem uma especificidade que atua “ao reverso”, esse vírus e outros seme-
tão alta e podem atacar tipos celulares mais dife- lhantes são chamados retrovírus. O HIV adere à
renciados. célula hospedeira e seu envelope se funde com a
Os vírus da gripe são bastante versáteis, po- membrana celular, liberando o capsídio no interior
dendo infectar diversos tipos de células humanas do citoplasma, onde é digerido. Ocorre a liberação
e de diferentes animais, como patos, cavalos, por- do RNA viral e da transcriptase reversa, que pro-
cos, aves, etc. Na maioria dos casos, essa capaci- duz um DNA a partir do RNA. O DNA formado pe-
dade é devida ao fato de o vírus poder se ligar a netra no núcleo da célula hospedeira e se integra a
substâncias que estão presentes nas membranas um dos cromossomos. Esse DNA passa a produzir
das células desses organismos. RNA, que constituirá o material genético de novos
vírus ou será usado na síntese da proteína do cap-
REPRODUÇÃO VIRAL sídio e da transcriptase reversa. A célula infecta-
da, por ter o material genético do vírus integrado
A reprodução dos vírus é bastante simples a seus cromossomos, pode produzir partículas vi-
e ocorre em um curto período de tempo. Envolve rais pelo resto da vida. Atacados pelo HIV, os linfó-
dois processos básicos: multiplicação do material citos T auxiliares (ou células CD4) perdem a capa-
genético e síntese das proteínas do capsídio (en- cidade de defender o corpo, que passa a contrair
voltório protéico que envolve o material genético). infecções que não afetariam uma pessoa sadia.
Os vírus bacteriófagos, também chamados fagos,
são inofensivos aos animais, porém parasitam
bactérias. Eles injetam apenas o miolo de ácido
nucléico na bactéria, onde ele se reproduz e pro-
voca a formação de numerosos fagos que acabam
matando a célula.
a) Nos vírus, a síntese de ácidos nucléicos, proteí- Sobre os retrovírus endógenos, considere
nas e outras atividades bioquímicas que pos- as seguintes afirmativas:
sibilitem a sua multiplicação independem da
célula hospedeira. 1. Retrovírus endógenos surgem a partir da
b) Um vírus pode replicar-se para produzir milha- evolução de genes mutantes do próprio
res de partículas virais filhas e essa replicação organismo.
se dá por fissão binária e nas formas mais evo- 2. Para que esses elementos surjam, é ne-
luídas pela mitose. cessária a presença, em algum momento
c) As encefalopatias espongiformes transmis- do processo, da enzima transcriptase re-
síveis, como por exemplo, a doença da “vaca versa.
louca”, são causadas por um vírus que apre- 3. Os retrovírus endógenos são encontrados
senta RNA. no citoplasma das células infectadas.
d) Os retrovírus, como por exemplo o causador 4. A origem de retrovírus endógeno pode se
da hepatite B, são assim chamados porque o dar a partir da infecção de organismos
DNA genômico é transcrito em RNA. por vírus que possuem RNA como mate-
e) A enorme população dos vírus, combinada rial genético.
com suas taxas aceleradas de replicação e mu-
tação, faz deles uma das maiores fontes de va- Assinale a alternativa correta.
riação genética.
a) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
b) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras. fere em uma via do metabolismo das bactérias.
c) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadei- Os antibióticos, porém, são inúteis no combate
ras. às infecções por vírus. Explique por que os anti-
d) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras. bióticos não têm efeito contra os vírus.
e) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.
Outros motivos que podem favorecer a seleção de no grupo das algas. Nas classificações modernas,
variedades resistentes são o uso abusivo dessas esses organismos foram incluídos no grupo das
drogas em hospitais e consultórios, além da sua eubactérias, pois, apesar de possuírem pigmentos
utilização como aditivo em rações animais “para e processo fotossintético semelhantes ao das al-
engorda”. gas, as cianobactérias têm sua organização celular
procarionte, como as demais bactérias.
CLASSIFICAÇÃO DOS PROCARIONTES São todas autótrofas fotossintetizantes (res-
ponsáveis pela maior parte da fotossíntese) que,
Os procariontes são divididos em dois gru- além da clorofila a, possuem diversos outros pig-
pos: Eubactérias e Arqueobactérias. No primeiro mentos acessórios como carotenóide, ficocianina
estão presentes a maioria das bactérias conhe- (azul), ficoeritrina (vermelho). No entanto, suas
cidas, entre elas as causadoras de doenças e as células não possuem cloroplastos e os pigmentos
cianobactérias. As Arqueobactérias (ou simples- encontram-se em tilacóides periféricos.
mente Arqueas) são representadas por um núme- Assim como algumas bactérias, as cianofí-
ro pequeno de espécies, que vivem em condições ceas são também fixadoras de nitrogênio. Elas
ambientais extremamente rigorosas. As metano- vivem no mar, água doce e no ambiente terrestre
gênicas sintetizam metano, são anaeróbias obri- úmido. Há espécies que possuem células isoladas
gatórias e vivem em lixões, pântanos e no trato e outras que formam colônias de diferentes forma-
digestório de vacas e bois. As halófilas vivem em tos. A reprodução é similar a das outras bactérias.
locais extremamente salinos, como, por exemplo,
o mar Morto. As termófilas vivem em habitats de IMPORTÂNCIA
temperaturas elevadas, que podem atingir 105 ºC.
As arqueas são consideradas evolutivamente mais Recordamo-nos na maioria das vezes das
avançadas que as demais bactérias. bactérias como sendo causadoras de doenças (pa-
togênicas). Muitas, entretanto, são utilizadas pelo
CIANOBACTÉRIAS (CIANOFÍCEAS) ser humano com inúmeras finalidades e extrema-
mente úteis para o meio ambiente.
As cianobactérias eram antigamente cha- As bactérias são amplamente utilizadas em
madas cianofíceas ou algas azuis e classificadas processos industriais, como na produção de queijo
e outros derivados do leite. Na produção de vina- b) 1, 2 e 4 apenas.
gre, são utilizadas bactérias do gênero Acetobacter c) 1, 3 e 4 apenas.
que convertem o álcool do vinho em ácido acético. d) 2, 3 e 4 apenas.
A tecnologia do DNA recombinante ou En- e) 1, 2, 3 e 4.
genharia Genética, tem permitido modificar gene-
ticamente certas bactérias, fazendo-as produzir
substâncias de interesse comercia, como a insuli- 3. (Uepa 2012) Artefato bélico desenvolvido
na e hormônio de crescimento humanos, produzi- para espalhar agentes vivos, capazes de infec-
dos por bactérias geneticamente modificadas. tar um grande número de pessoas, é chamado
Um dos papéis mais importantes desses de arma biológica, contendo vírus e bactérias
seres vivos na natureza é a decomposição da ma- modificados geneticamente em laboratórios,
téria orgânica morta, permitindo a ciclagem dos para se tornarem resistentes, matando ou inca-
nutrientes. Um nutriente muito importante para pacitando humanos, animais e plantas de uma
as plantas é o nitrogênio, e o seu ciclo só permi- nação adversária. Potencialmente, para este
tido graças a algumas espécies de bactérias (Rhi- fim, destacam-se os bacilos Bacillus anthracis
zobium). e Clostridium botulinum, os vírus da varíola e
o ebola.
EXERCÍCIOS A respeito dos microorganismos destaca-
dos, afirma-se que:
1. Das alternativas abaixo, assinale aquela em
que as duas características sejam comuns a to- a) pertencem ao mesmo reino por não apresen-
dos os indivíduos do reino Monera. tar material genético envolvido pela carioteca.
b) as bactérias pertencem ao mesmo gênero por-
a) ausência de carioteca e parasitismo obrigató- que possuem forma esférica.
rio c) são autótrofos e só se reproduzem no interior
b) presença de carioteca e ausência de membra- de outras células.
na plasmática d) formam esporos que são as estruturas de re-
c) ausência de DNA e RNA e capacidade de sínte- sistência no ambiente externo.
se protéica e) as bactérias possuem mesma forma e perten-
d) ausência de carioteca e capacidade de fotos- cem a gêneros e espécies diferentes.
síntese
e) ausência de carioteca e capacidade de síntese
protéica. 4. A bactéria Streptococcus iniae afeta o cérebro
de peixes, causando a “doença do peixe louco”.
A partir de 1955, os criadores de trutas de Israel
2. (UFPR 2016) A figura abaixo apresenta uma começaram a vacinar seus peixes. Apesar disso,
classificação dos seres vivos baseada em sua em 1997, ocorreu uma epidemia causada por
fonte primária de energia. uma bactéria resistente à vacina. Os cientistas
acreditam que essa linhagem surgiu por pres-
são evolutiva induzida pela vacina, o que quer
dizer que a vacina:
UNIDADE 6
1. e
2. e
3. e
4. e
5. a
6. c
7. b
8. a) Reino monera
b) Transmitido pela água contaminada por
fezes de pessoas infectadas,causa fortes diar-
réias com desidratação e debilitação física.
Uma das melhores formas de prevenir essa
doença consiste em melhorar o saneamento
básico,com tratamento de água e esgotos.
9. a) Antibióticos são prescritos para doenças
causadas por bactérias,como tuberculose e
gonorréia.
b) Antibióticos são substâncias que afetam
especificamente o metabolismo de células
bacterianas como a síntese de DNA, de RNA,
de proteínas e da parede celular.Como os vírus
são acelulares e utilizam o metabolismo da cé-
lula hospedeira,eles não são afetados por es-
sas drogas. As vacinas estimulam o organismo
a produzir anticorpos.
10. a) A bactéria, fruto da manipulação de DNA, é
transgênica, isto é, recebe, incorpora e expres-
sa um gene que lhe é estranho. Tal gene im-
plantado tem a codificação genética que leva
à síntese de uma proteína com uso de interes-
se do ponto de vista médico.
b) O botulismo e o tétano são exemplos de in-
fecções provocadas por bactérias que liberam
exotoxinas. No caso do botulismo, a contami-
nação faz-se por intermédio de alimentos que
apresentam a exotoxina botulínica, como, por
exemplo, palmito em conserva. No tétano, a
contaminação é feita por esporos do Clostri-
dium tetani, que adentra o organismo através
de ferimentos na pele, feita por objetos conta-
minados.
FILOSOFIA
UNIDADE 1 UNIDADE 6
EIXO INTRODUTÓRIO BÁSICO: DESCARTES
A PASSAGEM DO MITO PARA FILOSOFIA
UNIDADE 7
UNIDADE 2
PRÉ-SOCRÁTICOS - SOCRÁTICOS - SOFISTAS FRANCIS BACON/GALILEU
UNIDADE 3 UNIDADE 8
TEORIA DO CONHECIMENTO - EPISTEMOLOGIA HUME
UNIDADE 4
PLATÃO UNIDADE 9
KANT/POPPER
UNIDADE 5
ARISTÓTELES EXERCÍCIOS
UNIDADE 1 das neste período são consideradas responsáveis
por estas mudanças:
CONTEXTO HISTÓRICO
Uma nova maneira de pensar e de conce- • A escrita: surge por influência dos fenícios ge-
ber o mundo origina-se e se desenvolve na Grécia rando uma nova idade mental, isto é estimu-
clássica, um mosaico de pequenas comunidades lando rigor e uma clareza por parte de quem
independentes que se espalhava junto ao Mediter- escreve.
râneo - da Jônia, na Ásia Menor, até o sul da Itá- • A moeda: foi inventada na Lídia a fim de facili-
lia. Essa dispersão resultou das muitas invasões tar o mercado marítimo vigente na época, tor-
de povos em busca de terras cultiváveis. Apesar nando necessária porque, com o comércio, os
de geograficamente dispersa, a Grécia Antiga tem produtos passam a ter valor de troca, e trans-
uma vida cultural relativamente homogenia, que formam-se em mercadoria. Muito mais do que
se expressa na língua comum, em formas de orga- um instrumento de troca, a moeda é um artifí-
nização política13c. VI a.C, as primeiras idéias so- cio racional, uma convenção humana uma no-
bre as quais vai se erigir o pensamento ocidental. ção abstrata de valor que estabelece a medida
comum entre valores diferentes.
MITO • A lei escrita: a justiça, até então dependente
Desde que o homem passou a ter consci- da arbitrariedade dos reis ou da interpretação
ência de si mesmo e do mundo que o cercava, ele da vontade divina, é codificada numa legisla-
procura entender a realidade, com os seus pro- ção escrita, sujeita á discussão e modificação.
cessos e etapas. Porém, o pensamento primitivo A lei escrita passa a encarnar uma dimensão
acontecia de modo diferente que o nosso atual- propriamente humana. Tal modificação ex-
mente. Não havia raciocínio lógico e a realidade pressa o ideal igualitário que prepara a demo-
era explicada através dos mitos. cracia nascente.
O termo mito tem diversos significados.
Pode significar: uma idéia falsa como quando se O ENFRAQUECIMENTO DOS MITOS
diz “o mito da superioridade racial dos germânicos Nessa época de constantes mudanças, os
difundido pelos nazistas”; uma crença exagerada mitos passaram a perder seu lugar de destaque na
no talento de alguém como em “Elvis foi o maior sociedade grega e entraram num estágio de abati-
mito da música popular mundial”; ou ainda algo mento, a seguir alguns dos motivos que propicia-
irreal, como o “mito do saci pererê”. ram essa baixa:
Para o estudo da filosofia, o mito refere-se
às narrativas tradicionais, integrantes da cultura • A mitologia apenas narrava a sucessão de fenô-
de um povo que utilizam elementos simbólicos menos divinos, naturais e humanos. É por este
para explicar a realidade e dar sentido à vida hu- fato que há um desenvolvimento do pensamento,
mana. justamente pela falta de uma teologia elaborada
Os mitos gregos eram transmitidos oral- que forneça explicações coerentes do mundo.
mente pelos aedos e rapsodos, cantadores am- • Pelo fato dos deuses gregos terem características
bulantes que davam forma poética aos relatos po- humanas: serem vingativos, egoístas, etc., mostra
pulares e os recitavam em praça pública. que foram criados a partir de nossa semelhança.
Homero poeta grego, destacou-se por suas • Havia vários mitos diferentes para um mesmo
epopéias, estórias que descreviam o período da fato, variando conforme as regiões.
civilização grega e transmitiam valores da cultura, • As viagens marítimas, que permitiram aos ho-
por meio dos deuses e antepassados. Desde cedo mens gregos descobrirem que os locais que os
as crianças gregas decoravam as passagens de po- mitos diziam habitados por deuses e outras enti-
emas como Ilíada, que trata da guerra de Tróia, e dades sobrenaturais eram, na verdade, habitados
A Odisséia que relata o retorno de Ulisses a Ítaca, por outros seres humanos. Tais viagens causaram
após a guerra de Tróia. o desencantamento do mundo, que passou, as-
Hesíodo foi outro grande poeta obteve re- sim a exigir uma explicação sobre sua origem, ex-
conhecimento por sua obra Teogonia, que relata plicação que o mito já não podia oferecer.
as origens do universo e dos deuses.
No século VIII a.C. surge a Polis, cidades–es-
PASSAGEM DO MITO PARA A FILOSOFIA tados gregas. A polis era composta por uma região
Por volta dos séc. VII e VI a.C a Grécia começa urbana, onde ficavam a Ágora – praça central que
a passar por uma transformação socioeconômica, servia para reuniões públicas-, o templo e o mer-
política e cultural da qual algumas mudanças cul- cado onde eram realizadas as trocas. Cada pólis
minam na democracia e conse- quentemente no era um centro político, social e cultural. Nela a su-
surgimento da filosofia. Algumas novidades surgi- premacia é o logos (discurso, razão), “vence quem
sabe convencer”, o saber deixa de ser sagrado e vés da literatura oral.
passa a ser objeto de discussão. Grande parte destas lendas e mitos chegou
Nasce a política, a ética e o cidadão da polis, até os dias de hoje e são importantes fontes de in-
este participa dos destinos da cidade por meio da formações para entendermos a história da civiliza-
palavra. É na polis que a democracia atinge seu ção da Grécia Antiga. São histórias riquíssimas em
apogeu, mas é importante salientar que quando dados psicológicos, econômicos, materiais, artísti-
falamos em democracia, é bom lembrar que a cos, políticos e culturais.
maior parte da população se achava excluída do
processo político, em Atenas, por exemplo, o nú- ENTENDENDO A MITOLOGIA GREGA
mero de habitantes giravam em torno de 500 mil, Os gregos antigos enxergavam vida em qua-
sendo que apenas 10% desse número eram consi- se tudo que os cercavam, e buscavam explicações
derados cidadãos. para tudo. A imaginação fértil deste povo criou
personagens e figuras mitológicas das mais di-
ORIGEM E SIGNIFICADO DE FILOSOFIA versas. Heróis, deuses, ninfas, titãs e centauros
Quando se dá a passagem da consciência habitavam o mundo material, influenciando em
mítica para a racional, aparecem os primeiros sá- suas vidas. Bastava ler os sinais da natureza, para
bios, “sophos”, em grego. Um deles chamado Pi- conseguir atingir seus objetivos. A pitonisa, es-
tágoras, que também era matemático, usou pela pécie de sacerdotisa, era uma importante perso-
primeira vez a palavra filosofia. Etimologicamen- nagem neste contexto. Os gregos a consultavam
te a palavra “filosofia” é composta por outras duas em seus oráculos para saber sobre as coisas que
palavras gregas: philo e sophia. Philo deriva-se de estavam acontecendo e também sobre o futuro.
“philia”, que significa amizade, amor fraterno. “So- Quase sempre, a pitonisa buscava explicações mi-
phia” quer dizer sabedoria. Filosofia significa, por- tológicas para tais acontecimentos. Agradar uma
tanto, amizade pela sabedoria, amor e respeito divindade era condição fundamental para atingir
pelo saber. Filósofo: o que ama a sabedoria, que bons resultados na vida material. Um trabalhador
tem amizade pelo saber, deseja conhecer. do comércio, por exemplo, deveria deixar o deus
O saber filosófico designava, desde a Gré- Hermes sempre satisfeito, para conseguir bons re-
cia antiga, a totalidade do conhecimento racional sultados em seu trabalho.
desenvolvido pelo homem. Abrangia, portanto, os
mais diversos tipos de conhecimento, que hoje en-
tendemos como pertencentes à matemática, as- INDICAÇÕES DE FILME
tronomia, física, biologia, lógica, ética etc. Enfim,
todo o conjunto de conhecimentos racionais inte- • Fúria de Titãs I e II
grava o universo do saber filosófico. • Percy Jackson e o Ladrão de Raios
O homem é o único animal que tem consci- • Hércules
ência de si mesmo e da realidade que o cerca e é • Tróia
capaz de refletir sobre as coisas. É nessa principal • 300 de Esparta
característica humana, a de reflexão que o homem • Imortais
se distingue dos animais e dos objetos. A filosofia
tem, portanto, a função de garantir ao homem seu
espaço no mundo, enquanto o homem refletir,
questionar, procurar entender o que o cerca, a fi-
losofia estará presente, não como algo distante da
realidade mas pelo contrário, como algo presente
em nosso dia a dia. Fugir da filosofia é o mesmo
que fugir de nossa própria natureza.
TEXTO COMPLEMENTAR
Os gregos criaram vários mitos para poder
passar mensagens para as pessoas e também com
o objetivo de preservar a memória histórica de
seu povo. Há três mil anos, não havia explicações
científicas para grande parte dos fenômenos da
natureza ou para os acontecimentos históricos.
Portanto, para buscar um significado para
os fatos políticos, econômicos e sociais, os gregos
criaram uma série de histórias, de origem imagina-
tiva, que eram transmitidas, principalmente, atra-
UNIDADE 2 Refere-se também à realidade que se encontra em
constante transformação. Portanto, saber o que é
a physis, é procurar a origem das coisas que cons-
tituem a realidade, buscar um princípio substan-
cial (onde tudo se origina, se encerra e pelo qual
existem e subsistem todas as coisas) que fosse
imortal e capaz de originar todos os seres infinita-
mente variados e diferentes do mundo.
O princípio substancial que existe em to-
dos os seres materiais, ou seja, a “matéria-prima”
de que são feitas todas as coisas existentes, nós o
denominamos de arché. O objetivo dos primeiros
filósofos compreende-se na busca da arché.
O PROBLEMA ANTROPOLÓGICO
Após este período que denominamos cos-
O PROBLEMA COSMOLÓGICO mológico, teremos um outro momento muito im-
A filosofia está diretamente ligada à reali- portante para a filosofia ocidental. Inicia-se uma
dade. Os primeiros filósofos têm um problema a nova fase filosófica, caracterizada pelo interesse
resolver, embora sejam soluções puramente con- no próprio homem e nas relações do homem com
ceituais, não significa que seu pensamento esteja a sociedade. O problema central das investigações
afastado da realidade. A filosofia está procurando torna-se antropológico.
saber qual é o princípio ordenador do cosmos, ou Essa nova fase foi marcada, no início, pelos
seja, do universo. sofistas e por Sócrates, ambos serão estudados
O mito neste momento, não serve mais para a seguir.
explicar a ordem do mundo, é aí que entra o pen-
samento racional para tentar uma explicação. As- SOFISTAS
sim vai se delinear o primeiro problema a ser tra-
balhado pelos filósofos, os quais denominamos,
filósofos pré-socráticos. O maior objetivo deste
período filosófico era substituir a antiga Cosmo-
gonia (explicação sobre a origem do universo ba-
seada nos mitos) por uma Cosmologia (explicação
racional e sistemática das características do uni-
verso).
PERÍODO PRÉ-SOCRÁTICO
AS CAUSAS
A percepção do mundo sensível mostra que
tudo se transforma continuamente. Para dar con-
ta disso, Aristóteles elabora as noções de ato e de
potência.
O ato refere-se ao estado atual do ser, como
existe aqui e agora. A potência, por outro lado, in-
dica aquilo que algo pode se transformar, sem no
entanto, deixar de o que é.Essa passagem porém
UNIDADE 5: ARISTÓTELES não se dá por acaso., ela corresponde ao devir, que
a partir de Aristóteles recebe uma nova concep-
ção, a de movimento.
Além dos conceitos de ato e potência, Aris-
tóteles elabora os conceitos de matéria e forma.
Matéria é o princípio indeterminado de que
o mundo é físico é composto e forma é aquilo que
faz com que uma coisa seja o que é. Todo ser é
constituído de matéria e forma, princípios indisso-
ciáveis. Além de forma e matéria, para Aristóteles
tudo possui uma causa e pensando nisso o filósofo
elabora a teoria das quatro causas:
O CONHECIMENTO
Por de dedicar ao estudo dos seres vivos e
de tudo o que a natureza contém, Aristóteles não
despreza, como seu mestre, a observação das coi-
sas que se apresentam aos sentidos. Mais do que
isso, procura integrar a percepção do mundo sen-
sível ao conhecimento científico e filosófico.
Os sentidos que captam as coisas individuais (Modelo geocêntrico Aristotélico)
(substâncias) constituem assim o ponto de partida
do conhecimento. A percepção dessas coisas pro-
duz, no intelecto, imagens a elas correspondentes.
A atividade do intelecto consiste em separar des-
UNIDADE 6: DESCARTES • A regra da evidência;
• A regra da análise;
O século XVII representa, na história do ho- • A regra da síntese;
mem, a culminação de um processo em que se • A regra da enumeração.
subverteu a imagem que ele tinha de si próprio e
do mundo. A emergência da nova classe dos bur- COGITO, ERGO SUM
gueses determina a produção de uma nova reali- Descartes só interrompe essa cadeia de dúvidas dian-
dade cultural, a física, que se exprime matemati- te do seu próprio ser que duvida. Se duvido, penso; se
camente. penso, existo: “Cogito, ergo sum”. “Penso, logo existo”.
A procura da maneira de evitar o erro faz Eis aí o fundamento, o ponto de partida para a constru-
surgir a principal característica do pensamento ção de todo o seu pensamento. Descartes faz uma dis-
moderno: a questão do método. Essa preocupa- tinção entre o corpo e alma. O “eu” cartesiano é puro
ção centraliza as reflexões não apenas no conheci- pensamento, uma res cogitans (um ser pensante), di-
mento do ser (metafísica), mas, sobretudo, no pro- ferentemente do res extensa, coisa externa, material.
blema do conhecimento (teoria do conhecimento A partir dessa intuição primeira (a existência do ser
ou epistemologia). que pensa), que é indubitável, Descartes distingue os
Como já vimos, se o pensamento que o su- diversos tipos de ideias, percebendo que algumas são
jeito tem do objeto concorda com o objeto, dá-se duvidosas e confusas e outras são claras e distintas.
o conhecimento. Mas qual é o critério para se ter As ideias claras e distintas são idéias inatas, que não
certeza de que o pensamento concorda com o ob- estão sujeitas a erro, pois, vêm da razão, independen-
jeto? tes das idéias, formadas pela ação dos sentidos, e das
A solução apresentada a essa questão vai outras que nós formamos pela imaginação. São inatas,
originar duas correntes, o racionalismo e o empi- não no sentido de o homem já nascer com elas, mas
rismo, que estudaremos nas próximas unidades. como resultantes exclusivas da capacidade de pensar.
São ideias verdadeiras. Nessa classe estão a ideia da
O racionalismo tem seu maior expoente em substância infinita de Deus e a ideia da substância fini-
Descartes, segundo o qual a razão tem predomí- ta. Embora o conceito de ideias claras e distintas resol-
nio absoluto como fundamento de todo conheci- va alguns problemas com relação à verdade de parte
mento possível. do nosso conhecimento, não dá nenhuma garantia de
René Descartes (1596-1650) é considerado que o objeto pensado corresponda a uma realidade
o “pai da filosofia moderna”. Dentre suas obras, o fora do pensa mento. Como sair do próprio pensa-
Discurso do método e Meditações Metafísicas ex- mento e recuperar o mundo?
pressam a tendência de preocupação com o pro-
blema do conhecimento a que já nos referimos. A IDEIA DE DEUS
O ponto de partida é à busca de uma verdade pri- Para isso, Descartes lança mão, entre outras pro-
meira que não possa ser posta em dúvida. Por vas. Deus é a ideia de um ser perfeito; se um ser é
isso, converte a dúvida em método. Começa duvi- perfeito, deve ter a perfeição da existência, senão
dando de tudo, das afirmações do senso comum, lhe faltaria algo para ser perfeito. Portanto, ele
dos argumentos da autoridade, do testemunho existe. Se Deus existe e é infinitamente perfeito,
dos sentidos, das informações da consciência, das não me engana. A existência de Deus é garantia de
verdades deduzidas pelo raciocínio, da realidade que os objetos pensados por ideias claras e distin-
do mundo exterior e da realidade de seu próprio tas são reais. Portanto, o mundo tem realidade. E
corpo. A partir da duvida Descartes desenvolve dentre as coisas do mundo, o meu próprio corpo
quatro regras para se direcionar no caminho do existe. Perante essa situação dirá Pascal, o Deus
verdadeiro conhecimento: de Descartes não tem nada a ver com o Deus de
Abraão, de Isaac, de Jacob, com o Deus Cristão; é, natureza do méto- do científico, o autor inglês
simplesmente autor de verdades geométricas e da Francis Bacon (1561-1626), por sua vez, foi o filó-
ordem do mundo. Podemos perceber, nesse rápi- sofo que, mais que qualquer outro em sua época,
do relato, uma tendência forte e absoluta de valo- preocupou-se com o problema da influência das
rização da razão, do entendimento, do intelecto. descobertas científicas sobre a vida humana. Pro-
Acentua-se o caráter absoluto e universal da ra- pôs e defendeu teses que hoje constituem parte in-
zão que, partindo do cogito, só com suas próprias tegrante de nossa cultura. Para ele a ciência pode
forças pode chegar a descobrir todas as verdades e deve transformar as condições da vida humana.
possíveis. Ela não é uma realidade indiferente aos valores da
Daí a importância de um método de pensamento ética, mas sim um instrumento construído pelo
que garanta que as imagens mentais, ou represen- homem tendo em vista a realização dos valores de
tações da razão, correspondam aos objetos a que se fraternidade e progresso.
referem e que são exteriores a essa mesma razão. Bacon elaborou uma teoria conhecida como
UNIDADE 7: FRANCIS BACON - GALILEU a crítica dos ídolos (a palavra ídolo vem do grego
eidolon e significa imagem). De acordo com Bacon
existem quatro tipos de ídolos (que são res- ponsá-
veis pelo insucesso da ciência) ou de imagens que
formam opiniões cristalizadas e preconceitos, que
impedem o conheci- mento da verdade. Tais ídolos
bloqueiam a mente humana:
GALILEU
UNIDADE 8: HUME
3) Se um objeto nos fosse apresentado e fôssemos
solicitados a nos pronunciar, sem consulta à ob-
1) (UEL 2003) “Embora nosso pensamento pare- servação passada, sobre o efeito que dele resulta-
ça possuir esta liberdade ilimitada, verificaremos, rá, de que maneira, eu pergunto, deveria a mente
através de um exame mais minucioso, que ele está proceder nessa operação? Ela deve inventar ou
realmente confinado dentro de limites muito re- imaginar algum resultado para atribuir ao objeto
duzidos e que todo poder criador do espírito não como seu efeito, e é obvio que essa invenção terá
ultrapassa a faculdade de combinar, de transpor, de ser inteiramente arbitrária. O mais atento exa-
aumentar ou de diminuir os materiais que nos fo- me e escrutínio não permite à mente encontrar o
ram fornecidos pelos sentidos e pela experiência.” efeito na suposta causa, pois o efeito é totalmente
(HUME, David. Investigação acerca do entendimen- diferente da causa e não pode, conseqüentemen-
to humano. Trad. de Anoar Aiex. São Paulo: Nova te, revelar-se nela.” (HUME, David. Investigações
Cultural, 1996. p. 36. Coleção Os Pensadores.) sobre o entendimento humano e sobre os princí-
pios da moral. Trad. José Oscar de Almeida Mar-
De acordo com o texto, é correto afirmar que, ques. São Paulo: UNESP, 2004. p. 57-58.)
para Hume:
Com base no texto e nos conhecimentos sobre
a) Os sentidos e a experiência estão confinados o empirismo de David Hume, é correto afirmar:
dentro de limites muito reduzidos.
b) Todo conhecimento depende dos materiais a) O efeito de uma causa é assegurado pela de-
fornecidos pelos sentidos e pela experiência. monstração racional que, a priori, seleciona as
c) O espírito pode conhecer as coisas sem a cola- possíveis conseqüências decorrentes dos ob-
boração dos sentidos e da experiência. jetos empiricamente aprendidos.
d) A possibilidade de conhecimento é determina- b) A causa revela pela sua própria natureza, inde-
da pela liberdade ilimitada do pensamento. pendentemente da experiência e da razão, os
e) Para formar as idéias, o pensamento descarta efeitos que é capaz de produzir.
os materiais fornecidos pelos sentidos. c) A razão é apta para relacionar as causas aos
seus respectivos efeitos, uma vez que a vincu-
lação entre causa e efeito é assegurada pelo
2) “Para Hume, portanto, a causalidade resulta princípio de identidade.
d) A descoberta do efeito de um objeto ocorre Com base no texto e nos conhecimentos sobre
mediante a experiência, que assegura uma a distinção kantiana entre juízos analíticos e
e) relação entre a causa e o efeito, porém desco- sintéticos, assinale a alternativa que apresenta
nhece a necessidade que os vinculam. um juízo sintético a posteriori:
f) A conexão entre causa e efeito é fundamen-
tada pela indução, a partir da constatação de a) Todo corpo é extenso.
que as observações passadas ocorrerão de b) Todo corpo é pesado.
forma semelhante no futuro. c) Tudo que acontece tem uma causa.
d) 7 + 5 = 12.
e) Todo efeito tem uma causa.
4) “Assim como a natureza ensinou-nos o uso de
nossos membros sem nos dar o conhecimento dos
músculos e nervos que os comandam, do mesmo 2) Nos Princípios Matemáticos de Filosofia Natu-
modo ela implantou em nós um instinto que leva ral, Newton afirmara que as leis do movimento,
adiante o pensamento em um curso correspon- assim como a própria lei da gravitação universal,
dente ao que ela estabeleceu para os objetos ex- tomadas por ele como proposições particulares,
ternos, embora ignoremos os poderes e as forças haviam sido “inferidas dos fenômenos, e depois
dos quais esse curso e sucessão regulares de obje- tornadas gerais pela indução”. Kant atribui a estas
tos totalmente dependem”. Fonte: HUME, D. Inves- proposições particulares, enquanto juízos sintéti-
tigação sobre o entendimento humano. Tradução cos, o caráter de leis a priori da natureza. Entretan-
de José Oscar de Almeida Marques. São Paulo: Edi- to, ele recusa esta dedução exclusiva das leis da
tora UNESP, 1999, p.79-80. natureza e consequente generalização a partir dos
fenômenos. Destarte, para enfrentar o problema
Com base no texto e nos conhecimentos sobre sobre a impossibilidade de derivar da experiência
a teoria do conhecimento de Hume, assinale a juízos necessários e universais, um dos esforços
alternativa correta: mais significativos de Kant dirige-se ao esclareci-
mento das condições de possibilidade dos juízos
a) Para Hume, o princípio responsável por nos- sintéticos a priori.
sas inferências causais chama-se instinto de
autoconservação. Com base no enunciado e nos conhecimentos
b) Entre o curso da natureza e o nosso pensa- acerca da teoria do conhecimento de Kant, é
mento não há qualquer correspondência. correto afirmar:
c) Na teoria de Hume, a atividade mental neces-
sária à nossa sobrevivência é garantida pelo a) A validade objetiva dos juízos sintéticos a prio-
conhecimento racional das operações da na- ri depende da estrutura universal e necessária
tureza. da razão e não da variabilidade individual das
d) O instinto ao qual Hume se refere chama-se experiências.
hábito ou costume. b) Os juízos sintéticos a priori enunciam as co-
e) Segundo Hume, são os raciocínios a priori que nexões universais e necessárias entre causas
garantem o conhecimento das questões de e efeitos dos fenômenos por meio de hábitos
fato. psíquicos associativos.
c) O sujeito do conhecimento é capaz de enun-
ciar objetivamente a realidade em si das coisas
UNIDADE 9: KANT / POPPER por meio dos juízos sintéticos a priori.
d) Nos juízos sintéticos a priori, de natureza em-
pírica, o predicado nada mais é do que a expli-
1) “Em todos os juízos em que for pensada a re- citação do que já esteja pensado realmente no
lação de um sujeito com o predicado [...], essa re- conceito do sujeito.
lação é possível de dois modos. Ou o predicado B e) A possibilidade dos juízos sintéticos a priori
pertence ao sujeito A como algo contido (oculta- nas proposições empíricas fundamenta-se na
mente) nesse conceito A, ou B jaz completamen- determinação da percepção imediata e espon-
te fora do conceito A, embora esteja em conexão tânea do objeto sobre a razão.
com o mesmo. No primeiro caso, denomino o juízo
analítico, no outro sintético”. (Fonte: KANT, I. Crí-
tica da Razão Pura. Tradução de Valério Rohden e 3) Tendo como referência a relação entre de-
Udo Baldur Moosburger. São Paulo: Abril Cultural, senvolvimento e progresso presente no texto, é
1980. p.27). correto afirmar que, em Kant, tal relação, con-
tida no conceito de Aufklärung (Esclarecimen-
to), expressa: b) O caráter empírico da ciência;
c) O caráter infalível da ciência;
a) A tematização do desenvolvimento sob a égi- d) O caráter universal da ciência.
de da lógica de produção capitalista.
b) A segmentação do desenvolvimento tecno-
científico nas diversas especialidades. 6) O Círculo de Viena foi um importante marco
c) A ampliação do uso público da razão para que para a filosofia e, exemplarmente, propôs que
se desenvolvam sujeitos autônomos.
d) O desenvolvimento que se alcança no âmbito a) antes de ser classificado de percepção extre-
técnico e material das sociedades. ma ou subjetividade, todo e qualquer dado
e) O desenvolvimento dos pressupostos cientí- deve ser sistematicamente analisado.
ficos na resolução dos problemas da filosofia b) em qualquer evento, existe algo de subjetivo e
prática. isso é disfarçado pelas extraordinárias exten-
sões no mundo metafísico.
c) para ser aceita como verdadeira, uma teoria
4) Leia o texto a seguir. científica deveria passar pelo crivo da verifica-
A razão humana, num determinado domínio dos ção empírica.
seus conhecimentos, possui o singular destino de d) no limite do que o sujeito pode perceber e do
se ver atormentada por questões, que não pode que é exatamente o objeto há um abismo de
evitar, pois lhe são impostas pela sua natureza, possibilidades e é nisso que consiste a impor-
mas às quais também não pode dar respostas por tância da metafísica.
ultrapassarem completamente as suas possibili-
dades. (KANT, I. Crítica da Razão Pura (Prefácio da
primeira edição, 1781). Tradução de Manuela Pinto 7) “Acredito que a função do cientista e do filósofo
dos Santos e Alexandre Fradique Morujão. Lisboa: é solucionar problemas científicos ou filosóficos e
Fundação Calouste Gulbenkian, 1994, p. 03.) não falar sobre o que ele e outros filósofos estão
fazendo ou deveriam fazer (...) Quando disse que
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a indagação sobre o caráter dos problemas filosó-
Kant, o domínio destas intermináveis disputas ficos é mais apropriada do que a pergunta ‘Que é
chama-se a filosofia?’ quis insinuar uma das razões da futili-
dade da atual controvérsia a respeito da natureza
a) experiência. da filosofia: a crença ingênua de que existe de fato
b) natureza. uma entidade que podemos chamar de ‘filosofia’
c) entendimento. ou de ‘atividade filosófica’, com uma ‘natureza’,
d) metafísica. essência ou caráter determinado (...) Na verdade
e) sensibilidade. não é possível distinguir disciplinas em função da
matéria de que tratam (...) Estudamos problemas,
não matérias: problemas que podem ultrapassar
POPPER as fronteiras de qualquer matéria ou disciplina”.
Karl Popper.
UNIDADE 2 UNIDADE 5
MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME (MRU) QUEDA LIVRE
UNIDADE 3 UNIDADE 6
MOVIMENTO RETILÍNEO MOVIMENTOS NUM PLANO
UNIFORMEMENTE VARIADO (MRUV)
UNIDADE 01: ANALISE:
CINEMÁTICA E VETORES
Cinemática é a parte da física que estuda o
movimento.
CONCEITOS
a) direção
Qualquer vetor projeta-se em uma di-
reção, formando um ângulo a com a direção
previamente orientada (x) as direções podem
ser: horizontal, vertical, e diagonal, ou ainda RESOLUÇÃO: A regra dos vetores consecutivos,
escrita em função de a. consiste em traçar os vetores na seqüência
(Método Poligonal)
b) Sentido:
Toda direção tem apenas dois sentidos
possíveis, por exemplo: na direção horizontal,
temos o sentido da esquerda para a direita e da
direita para a esquerda.
Em um plano cartesiano denotamos positivo
e negativo.
EXERCÍCIO RESOLVIDO
C2)Regra do polígono:
a) 6m
b) 8m
c) 10m
d) 14m
e) 15m
VELOCIDADE RELATIVA
ANÁLISE GRÁFICA
ANÁLISE GRÁFICA
8) Um policial em treinamento dispara uma bala
com velocidade 200 m/s em direção a um alvo. A função 1 é uma função do primeiro grau,
Após 2,7 s contados a partir do disparo, ele ouve pois o expoente de t é 1.
o impacto do projétil contra o alvo. Determine a
distância do policial ao alvo. Despreze a resis-
tência do ar no movimento do projétil e consi-
dere a velocidade do som no ar igual a 340 m/s.
Na matemática o a corresponde ao
coeficiente angular que é numericamente igual a
porém o a da equação 2 corresponde
ao a da equação 3 que é a aceleração, portanto
ambos tem a mesma propriedades.
UNIDADE 03
Sabemos também,matematicamente, que a
MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMENTE média das velocidades obtém a velocidade média
VARIADO (MRUV) (para a = cte)
Onde:
axt
EQUAÇÃO DE TORRICELLI
ANÁLISE GRAFICA
a) Período
Define-se período como o tempo necessário Porém imaginemos o caso de um piloto que
para que o móvel complete uma volta. Mede-se o entra acelerando na curva.
período em segundos, no SI. Neste caso o MCU passa a ser variado e a
aceleração passa a ser representada pelo vetor
b) Freqüência at.(MCUV)
É o número de voltas que o móvel executa A aceleração tangencial obedece as fórmulas
em uma unidade de tempo. A freqüência será anteriores do MRUV
indicada por f e, no SI, será medida em hertz
(Hz), que equivale à antiga unidade rotação por • Aceleração tangencial, linear ou escalar é a
segundo. aceleração que indica a variação do módulo
da velocidade. Tem mesma direção da
velocidade!
• Aceleração centrípeta Indica a variação
da direção da velocidade. É sempre
perpendicular à aceleração tangencial.
Qualquer velocidade é definida pela fórmula: A aceleração angular, assim como a escalar,
é uma taxa de variação da velocidade por unidade
de tempo, assim:
Dw
℘= 3 Um satélite artifícial demora 2 horas para
Dt completar 1/4 de volta em torno da Terra. Qual
é, em horas, o período do movimento do satéli-
GRANDEZAS LINEARES E ANGULARES te suposto periódico?
Assim temos:
QUEDA LIVRE
LINKS RECOMENDADOS
2) (IME-RJ) Uma pedra cai de um balão que sobe • http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/
com velocida-de constante de 10m/s. Se a pedra queda-livre/queda-livre.php
demora 10s para atinge o solo, isto significa • ht tp://w w w.fisica.net /mecanicaclas sica/
que, no instante em que se iniciou a que-da, o lancamento_vertical_e_queda_livre.pdf
balão estava a uma altura de (use g = 10 m/s2): • http://www.feiradeciencias.com.br/sala04/04_44.
asp
a) 5000m c) 6000m e) 400m
b) 600m d) 500m UNIDADE 06
MOVIMENTOS NUM PLANO
3) De um lugar situado a 125 m acima do solo,
lança-se um corpo, horizontalmente, com Quando um jogador de futebol vê o goleiro
velocidade igual a 10 m/s (g = 10 m/s2). Podemos adiantado, ele procura “dar um chapéu no goleiro”,
afirmar que o alcance e o tempo gasto para o ele procura jogar a bola a uma altura maior que
corpo atingir o solo valem, respectivamente: a do goleiro, mas que passe depois debaixo da
trave. Esse movimento da bola, que o jogador faz,
é chamado de lançamento oblíquo.
4) (MACK-SP) Estando a certa altura do solo, um
estudante lança uma esfera A verticalmente LANÇAMENTO OBLÍQUO
para cima e outra, B, verticalmente para baixo,
com velocidade de mesmo módulo. Desprezan Quando nosso jogador chuta a bola, ele
do a resistência do ar, ao chegar no solo: imprime a ela uma velocidade em ângulo alfa com
a horizontal, ou seja ele chuta a bola para cima e
a) a esfera A tem velocidade de módulo maior para frente simultaneamente.
que a de B.
b) a esfera B tem velocidade de módulo maior
que a de A.
c) as velocidades das duas esferas são diferentes
e dependem da altura.
d) as velocidade das duas esferas são iguais.
e) a esfera de maior massa tem maior velocida-
de.
Para x:
Porém
a) 10 c) 20 e) 40
b) 17 d) 30
Resolução
Obs.: o tempo que calculamos é o tempo necessário Vimos que no ponto mais alto da trajetória a
apenas para subir, o tempo total será 2tsubida. velocidade na vertical (Vy) é nula, ou seja, o objeto
tem apenas velocidade na horizontal (Vx) que
Altura máxima neste caso vale, então, 20 m/s. Sendo assim:
Se quiséssemos saber a altura máxima
poderíamos substituir a Vy= o no MRUV, Vx = cosθ . V
20 = cos 60o . V
20 = ½ . V
Ou seja,
½ . V = 20
V = 20 . 2/1
V = 40m/s
Ou ainda:
Obtemos como resposta a alternativa E.
Alcance
O alcance (D) será a distancia percorida pelo
EXERCICIOS 8) (Fesp-SP) Lança-se um projétil com velocida-
de de 40 m/s, formando um ângulo 30º com a
1) (STA CASA-SP) Um canhão, em solo plano e horizontal. Desprezando-se a resistência do ar,
horizontal, dispara uma bala, com ângulo de ele atingirá a altura máxima após:
tiro de 30º. A velocidade inicial da bala é 500
m/s. Sendo g = 10 m/s2 o valor da aceleração a) 1s c) 3s e) 5s
da gravidade no local, qual a altura máxima da b) 2s d) 4s
bala em relação ao solo, em km?
a) 3s c) 5s
b) 4s d) 10s
GABARITO UNIDADE 6
1. 3125m
UNIDADE 1 2. 870m
1. 5cm 3. 34,6m/s
2. 10 4. 400m/s
3. F 5. 1000m; 250m
4. c 6. 60m
5. a) 12N 7. c
b) 13N 8. b
c) 15N 9. b
6. a) 30√3N
b) 60N
7. a
UNIDADE 2
1. 60km/h
2. e
3. b
4. b
5. d
6. a) 1,5s
b) 20m
7. 1/5
8. 340m
UNIDADE 3
1. e
2. b
3. c
4. e
5. a
6. d
7. a (obs: o caminhão começa a frear só no ins-
tante t=2s)
8. a
9. e
10. a
UNIDADE 4
1. b
2. d
3. a
4. 0,25Hz
5. 10GN=109N=peso
6. 20m/s
7. b
8. d
UNIDADE 5
1. v=14m/s
2. d
3. 50m e 5s
4. d
5. 80m
6. 5m/s
7. 26,6m/s
FÍSICA 2
UNIDADE 1 UNIDADE 3
ONDAS ACÚSTICA
UNIDADE 2 UNIDADE 4
REFLEXÃO E REFRAÇÃO DE ONDAS CORDAS VIBRANTES E TUBOS SONOROS
E OUTROS FENÔMENOS
UNIDADE 5
EFEITO DOPPLER E RESSONÂNCIA
UNIDADE 1: ONDAS EXERCÍCIOS
DEFINIÇÃO: movimento causado por uma 1. Nas últimas décadas, o cinema têm produzi-
perturbação que se propaga através de um meio. do inúmeros filmes de ficção científica com ce-
nas de guerras espaciais, como Guerra nas Es-
trelas. Com exceção de 2001, Uma Odisséia no
Espaço, essas cenas apresentam explosões com
estrondos impressionantes, além de efeitos lu-
minosos espetaculares, tudo isso no espaço in-
terplanetário.
CLASSIFICAÇÃO DAS ONDAS
a) Comparando Guerra nas Estrelas, que apre-
QUANTO À NATUREZA senta efeitos sonoros de explosão, com 2001,
uma odisséia no Espaço, que não os apresen-
Onda mecânica: precisa de um meio natu- ta, qual deles está de acordo com as leis da Fí-
ral para se propagar. Elas não se propagam no vá- sica? Explique sua resposta.
cuo portanto. Ex: onda sonora (som) ou uma onda b) E quanto aos efeitos luminosos apresentados
em uma corda. por ambos, estão de acordo com as leis Físi-
Onda eletromagnética: não precisa de um cas? Justifique.
meio material para se propagar. Ex: ondas de luz
ou radio.
2. Explique a diferença entre a uma onda trans-
QUANTO À DIREÇÃO DA VIBRAÇÃO: versal e uma onda longitudinal.
a) não se movem.
Ondas Longitudinais: As vibrações coinci- b) movem-se numa direção perpendicular à dire-
dem com a direção da propagação. ção de propagação da onda.
c) movem-se numa direção paralela à direção de
propagação da onda.
d) realizam movimento retilíneo uniforme.
e) n.d.a
f=nΔ ⁄
9. Considere uma pessoa batendo periodica-
a frequência pode ainda ser calculada como mente em um ponto da superfície de um líqui-
o inverso do período: do. Uma onda passa a se propagar nessa super-
fície. Portanto podemos afirmar que:
f=1T⁄
I) A velocidade de propagação (v) da onda na
Uma oscilação por segundo (1/s) é dada superfície de um líquido depende do meio.
como Hertz (Hz) no sistema internacional. Assim, em líquidos diferentes (água, óleo
etc.) teremos velocidades de propagação
Equação fundamental da ondulatória: a diferentes.
velocidade de uma onda é calculada a partir de II) A distância entre duas cristas sucessivas é o
seu comprimento (λ) e o período (T), que nada comprimento de onda λ.
mais é do que o tempo que ela leva para completar III) A freqüência (f) da onda é igual à freqüência
sua oscilação. da fonte que deu origem à onda.
Sendo assim temos que a velocidade (v) de IV) As grandezas v, f e λ estão relacionadas pela
uma onda será igual à razão entre seu comprimen- equação λ = v/f e, portanto, como v é cons-
to e o período: tante para um dado meio, quanto maior for
f, menor será o valor de λ neste meio.
V = λ/T
Assinale a alternativa correta:
Mas como vimos: f = 1/T
a) apenas as afirmativas I, II e IV são corretas.
Sendo assim, chegamos à nossa equação b) apenas as afirmativas I, e III são corretas.
fundamental, comumente representada como: c) apenas as afirmativas I, III e IV são corretas.
V = f. λ d) apenas as afirmativas II e IV são corretas.
Sendo calculada em m/s no Sistema Interna- e) se todas as afirmativas forem corretas.
cional (S.I.).
Distinção dos sons: podemos diferenciar 2. Um coral com cem pessoas, sendo elas ho-
um som de outro graças a trás propriedades: mens, mulheres e crianças, mesmo que cante a
mesma nota numa mesma potencia ainda será
• Altura: ao contrario do senso comum, altura capaz de ser distinguido cada voz que dele par-
tem a ver com a frequência do som. É devido ticipa. Explique o porquê.
a diferentes alturas que temos sons graves
(baixa frequência) e sons agudos (alta fre-
quência). 3. Um homem anda paralelamente a uma linha
• Intensidade: devido a ela que podemos di- férrea com velocidade de 1,5 m/s, um trem se
ferenciar um som forte de um fraco. A inten- desloca em sua direção com velocidade de 20
sidade é erradamente chamada altura no m/s, o homem ouve o apito do trem com fre-
senso comum. Podemos calcular a intensi- quência de 683 Hz.Sendo a velocidade do som
dade física (I) de um som da seguinte forma: no ar igual a 340 m/s, qual a freqüência do apito
emitido pelo trem?
I = E / A.Δt
λn = 2L n ⁄
onde n é o número de fusos. EXERCÍCIOS
Ainda a frequência da vibração poderá ser 1 (PUC-PR) Numa certa guitarra, o comprimen-
dada como to das cordas (entre suas extremidades fixas)
é de 0,6 m. Ao ser dedilhada, uma das cordas
⁄
fn = n 2L emite um som de freqüência fundamental igual
a 220 Hz.
sendo v a velocidade de propagação da Marque a proposição verdadeira:
onda que é dada por:
a) Se somente a tensão aplicada na corda for al-
v = √F µ ⁄ terada, a freqüência fundamental não se alte-
ra.
sendo F a força que a corda está tencionada b) A distância entre dois nós consecutivos é igual
e u a densidade linear da corda. ao comprimento de onda.
c) O comprimento de onda do primeiro harmôni-
Tubos sonoros: assim como as cordas vi- co é de 0,6 m.
brantes, existem muitos instrumentos musicais d) A velocidade das ondas transversais na corda
classificados como como tubos sonoros. Temos, é de 264 m/s.
por exemplo, a flauta, oboé, trompete, berrante e e) As ondas que se formam na corda não são on-
outros... das estacionárias.
Suas frequências fundamentais estão repre-
2. Uma corda de 90 cm é presa por suas extre- UNIDADE 5:
midades, em suportes fixos, como mostra a fi- EFEITO DOPPLER E RESSONÂNCIA
gura.
Efeito doppler: O efeito Doppler é a alte-
ração da frequência sonora percebida pelo ob-
servador em virtude do movimento relativo de
aproximação ou afastamento entre a fonte e o ob-
servador.
Um exemplo típico do efeito Doppler é o
Assinale a alternativa que contém os três com- caso de uma ambulância com a sirene ligada quan-
primentos de onda mais longos possíveis para do ela se aproxima ou se afasta de um observador.
as ondas estacionárias nesta corda, em centí- Quando ela se aproxima do observador o som é
metros. mais agudo e quando ele se afasta o som é mais
grave. Esse é um fenômeno característico de qual-
a) 90, 60 e 30 quer propagação ondulatória, e ele é muito mais
b) 180, 90 e 60 presente no cotidiano do que pensamos.
c) 120, 90 e 60 O Efeito Doppler é utilizado para medir a ve-
d) 120, 60 e 30 locidade de objetos através de ondas que são emi-
tidas por aparelhos baseados em radiofrequência
ou lasers como, por exemplo, os radares. Na as-
3. Em uma harpa, a corda de maior comprimen- tronomia esse fenômeno é utilizado para medir a
to possui 50 cm. Qual é o comprimento máximo velocidade relativa das estrelas e outros objetos
de uma onda estacionaria que um musico pode celestes em relação ao planeta Terra. E na medici-
atingir nesse instrumento? na o efeito doppler é utilizado nos exames de eco-
cardiograma para medir a direção e a velocidade
do fluxo sanguíneo ou do tecido cardíaco.
4. (UFMG-MG) Bruna afina a corda mi de seu vio- O efeito Doppler não ocorre somente com o
lino, para que ela vibre com uma freqüência mí- som. Como foi dito, esse fenômeno é caracterís-
nima de 680 Hz. tico de propagações ondulatórias, ou seja, é pos-
A parte vibrante das cordas do violino de sível observar esse fenômeno com qualquer tipo
Bruna mede 35 cm de comprimento, como mos- de onda. Dessa forma, podemos observar o efeito
trado nesta figura: Doppler com a luz, que também é uma onda. Para
esse caso, o fenômeno do efeito Doppler se ma-
nifesta na mudança de cor que é percebida pelo
observador, uma pessoa, por exemplo, que se
aproxima de um sinal de trânsito que está verme-
lho, percebe a coloração vermelha mais intensa se
ela estiver parada, pois a frequência de onda lu-
minosa é maior do que quando a pessoa está em
movimento.
Podemos mensurar qual será a frequência
aparente para um observador a partir da formula:
EXERCÍCIO a) 656 Hz
b) 745 Hz
1. Quando uma ambulância, com sirene ligada, c) 655 Hz
se aproxima de um observador, este percebe: d) 740 Hz
e) 860
a) aumento da intensidade sonora e da freqüên-
cia.
b) aumento da intensidade sonora e diminuição
da freqüência. GABARITO
c) mesma intensidade sonora e mesma freqüên-
cia. UNIDADE 1
d) diminuição da altura e variação no timbre so- 1. a) Odisseia está de acordo, pois como as on-
noro. das sonoras são classificadas como ondas me-
e) variação no timbre e manutenção da altura. cânicas, elas não podem se propagar no espa-
ço interplanetário, que é constituído de vácuo
apenas.
2. Assinale a alternativa que preenche correta- b) Sim, ambos estão de acordo com as leis da
mente as lacunas do texto a seguir. O alarme de física, haja vista que ondas eletromagnéticas
um automóvel está emitindo som de uma deter- se propagam inclusive no vácuo.
minada freqüência. Para um observador que se 2. Ondas Transversais: São aquelas que possuem
aproxima rapidamente desse automóvel, esse vibrações perpendiculares à direção da propa-
som parece ser de .................... freqüência. Ao gação.
afastar-se, o mesmo observador perceberá um Ondas Longitudinais: As vibrações coincidem
som de .................... freqüência. com a direção da propagação.
3. Apenas energia.
a) maior — igual 4. B
b) maior — menor 5. Transversal
c) igual — igual 6. 40m
d) menor — maior 7. 825m
e) igual — menor 8. F,F,V
9. E
a) 0,32 m UNIDADE 3
b) 0,33 m 1. a) f= 1250Hz
c) 0,34 m b) T= 8.10-4 s
d) 33 m c) 0,272m
e) 340 m d) 16,4 ºC
2. Isso se deve ao timbre.
3. 640Hz
4. a) max. ar=21,5 m
min. ar=0,0172 m
max. água=90,625 m
min. água=0,0725 m
b) 4,2
UNIDADE 4
1. D
2. B
3. 1 m
4. 476 m/s
5. 50 cm.
UNIDADE 5
1. A
2. B
3. A
4. B
FÍSICA 3
UNIDADE 1 UNIDADE 4
TERMOLOGIA PROPAGAÇÃO DE CALOR
UNIDADE 2 UNIDADE 5
CALORIMETRIA DILATAÇÃO TÉRMICA
UNIDADE 3 UNIDADE 6
MUDANÇA DE ESTADO GASES E TERMODINÂMICA
UNIDADE 1: TERMOLOGIA Os estados da matéria são: sólido, líquido
e gasoso.
Termologia é a parte da física que estuda os Nos sólidos as forças de coesão intermo-
fenômenos ligados à energia térmica. leculares são fortes o suficiente para manter as
moléculas razoavelmente próximas e regularmen-
ENERGIA TÉRMICA E CALOR te distribuídas, geralmente formando redes cris-
talinas. Por isso, os sólidos tem forma e volume
Os constituintes da matéria estão em contí- definidos.
nua agitação. A energia cinética associada a essa Nos líquidos, as distâncias entre as molécu-
agitação recebe o nome de energia térmica. las são maiores, porém, as forças intermoleculares
A energia térmica de um corpo pode variar. de coesão ainda são fortes o suficiente para fazer
Caso o coloquemos em contato com uma chama, com que os líquidos tenham volume definido, en-
sua energia aumenta; se, pelo contrário, o colocar- quanto a forma é sempre definida pelo recipiente.
mos em contato com um bloco de gelo, sua ener- Nos estado gasoso as forças de coesão têm
gia diminui. Em ambos os casos houve um fluxo de intensidade muito menor, permitindo grande li-
energia térmica sempre do sentido da região de berdade de movimentação das moléculas. Isso
maior temperatura para a de menor temperatura. promove grande facilidade de difusão dos gases
À energia térmica em trânsito devido, exclusiva- e vapores, fazendo com que eles sempre ocupem
mente, à diferença de temperatura atribuímos o o volume total do recipiente que os contêm. Por
nome Calor. isso, um gás/vapor não tem forma nem volume
A medida da quantidade de calor trocado definidos.
entre corpos é dada em joules (J). É comum, po-
rém, o uso da unidade calorias (cal). Essas duas TERMOMETRIA
estão relacionadas através da relação:
É comum em nosso cotidiano usarmos os
1 J = 4,18 cal termos quente e frio para nos referirmos a valo-
res de temperatura. Contudo, esses termos para a
NOÇÃO DE TEMPERATURA física são demasiado imprecisos, dependendo da
subjetividade de cada indivíduo.
A temperatura de um corpo representa o Para evitar a subjetividade e tornar a noção
grau de agitação térmica de suas moléculas/áto- de temperatura mais precisa, recorre-se a caracte-
mos. rísticas físicas da matéria que variam com a tem-
Desse modo, desconsiderando mudança peratura.
de fase, quando fornecemos energia térmica a O comprimento de uma barra, por exem-
um corpo, este tem sua temperatura aumentada, plo, aumenta com o aumento da temperatura e
pois a agitação térmica de suas moléculas aumen- vice-versa. A pressão de um gás contido em um
ta. Se, por outro lado, este ceder energia térmica, recipiente também varia com a temperatura. De
sua temperatura diminui. igual modo, a resistência de um resistor também
varia conforme a temperatura, assim como o volu-
EQUILÍBRIO TÉRMICO me de um líquido.
As grandezas físicas que variam com a va-
Se dois corpos inicialmente a temperaturas riação da temperatura são denominadas grande-
diferentes estiverem em num mesmo sistema ter- zas termométricas. Por isso sempre efetuaremos
micamente isolado, ambos trocarão calor, sendo medidas indiretas.
que este flui sempre no sentido do corpo de maior O termômetro de mercúrio é o mais comum
temperatura para o de menor temperatura. Po- em nosso cotidiano. A grandeza termométrica
rém, o fenômeno ocorre somente enquanto hou- usada nele é a altura da coluna de mercúrio.
ver diferença entre as temperaturas dos corpos.
Quando estas se igualam, o fluxo de energia cessa ESCALAS TERMOMÉTRICAS
e diz-se que o sistema está em equilíbrio térmico.
Do mesmo modo, caso existam três ou mais O conjunto de valores numéricos que a
corpos no sistema, a troca de calor também ocor- temperatura pode assumir constitui uma escala
re até que todos os corpos entrem em equilíbrio termométrica, que é estabelecida ao se graduar o
térmico. termômetro.
Para se graduar um termômetro comum de
ESTADOS DA MATÉRIA mercúrio, são necessários dois pontos fixos (pon-
to de fusão do gelo e de ebulição da água a 1atm).
A escala Celsius atribui arbitrariamente ao
ponto de fusão do gelo o valor 0 ºC (zero) e para o 7232ºF, vamos transformar para graus Celsius e
ponto de ebulição da água o valor 100 ºC. depois para Kelvin.
A escala Fahrenheit atribui às mesmas
temperaturas os valores 32 ºF e 212 ºF, respectiva-
mente.
A escala Kelvin começa na temperatura 0
K, chamada também de zero absoluto, pois nes-
te estado a agitação térmica se anularia, por isso
este é o limite inferior para os valores de tempe-
ratura, sendo inatingível. O ponto de fusão do
gelo e ebulição da água ocorrem em 273 K e 373 K,
respectivamente.
Como o valor de 0 K coincide com o zero ab-
soluto, esta escala é dita absoluta. Não ocorre o Agora, basta transformar a temperatura en-
mesmo para as escalas Celsius e Fahrenheit, sen- contrada para a escala Kelvin.
do estas chamadas de escalas relativas.
a) -39,2°F
b) -24,8°F
c) 24,8°F
d) 39,2°F
e) 40,2°F
Solução:
EXERCÍCIOS
Exercício resolvido 1: O núcleo externo
terrestre é formado principalmente por Níquel e 1. Qual a temperatura em Celsius que corres-
Ferro, onde encontram-se fluidos em uma pasta ponde a 122°F?
em torno de 7232ºF. Determine a temperatura em
graus Celsius e na escala absoluta do sistema in-
ternacional. 2. Qual a temperatura em Kelvin que corres-
ponde a 97°C?
Solução:
O núcleo terrestre está a temperatura de
3. Que temperaturas em Celsius e Fahrenheit metro graduado na escala Celsius e outro gra-
equivalem a 73K? duado numa escala “A” se relacionam segundo
o gráfico a seguir:
Solução:
A unidade usada é cal/g°C. Primeiro vamos descobrir quanto de calor o
fogão libera por segundo, lembrando que 1 cal = Exercício resolvido 2: Em um copo de água
4,18 J. Percebe-se, facilmente, que a potência, em (c=1,0g/ºC) de 200ml à 22ºC, é adicionado dois
calorias por segundo, tem valor de P = 100cal/s. cubos de gelo à -5ºC sendo que somados pesam
Agora vamos encontrar a quantidade de ca- 40g. Determine a temperatura de equilíbrio. Consi-
lor necessária para evaporar 50ml de água. dere o calor latente de fusão do gelo L = 80 cal/g e o
calor específico sensível dessa mesma substância
igual a cg = 0,5 cal/g°C.
Solução:
Como a água inicialmente estava a maior
temperatura, ela cederá calor, enquanto o gelo re-
ceberá.
CALORÍMETRO
SOLIDIFICAÇÃO
EVAPORAÇÃO
LIQUEFAÇÃO OU CONDENSAÇÃO
É o processo de vaporização que ocorre na
superfície exposta do líquido ao ambiente de for- Chama-se liquefação a passagem do esta-
ma espontânea e contínua, que pode ocorrer a do de vapor para o estado líquido. Essa transfor-
qualquer temperatura, de acordo com: natureza mação ocorre com a liberação de calor e também
do líquido, área da superfície livre, pressão exter- pode ser chamada condensação. Obedece as se-
na, temperatura, saturação do meio. Por exemplo, guintes leis:
a água que evapora de um lago. O líquido entra em Sob determinada pressão, todo vapor sofre
ebulição quando a tensão de vapor é igual à pres- liquefação a uma temperatura bem determinada,
são externa. chamada temperatura de liquefação do vapor
correspondente à pressão considerada. A tempe-
EBULIÇÃO ratura de liquefação, à pressão normal, recebe o
nome de temperatura de condensação da subs-
É o processo de vaporização que envolve tância.
toda a massa líquida, e que ocorre em regime tur- Durante a liquefação, se a pressão perma-
bulento, devido à formação de bolhas, compostas necer constante, a temperatura também perma-
de vapor, que vêm estourar na superfície do líqui- necerá constante.
do. O processo obedece a um conjunto de leis da
ebulição: CALOR LATENTE DE CONDENSAÇÃO (LC)
Sob determinada pressão, todo líquido en-
tra em ebulição, numa determinada temperatura Chama-se calor latente de condensação,
que é chamada temperatura de ebulição do líqui- correspondente a uma dada pressão, à quantida-
do correspondente à pressão considerada. A tem- de de calor que deve ser retirada da unidade de
peratura de ebulição correspondente à pressão massa do vapor, na temperatura de condensação,
normal é chamada de ponto de ebulição do líqui- para que ocorra a liquefação sem mudança de
do, e é indicada por Θe. temperatura. Simbolicamente, Lc= Q/m, portanto:
Não havendo variação da pressão, a tem-
3. Uma pessoa solicita numa lanchonete um
hambúrguer e um copo de refrigerante com
cubos de gelo. A temperatura dos cubos de gelo
e o refrigerante são iguais. Não existindo per-
Observa-se que, para uma mesma substân- das de calor durante a fusão do gelo no refrige-
cia, a temperatura de ebulição é igual a tempera- rante, o fenômeno físico que se observa no sis-
tura de condensação, e o módulo do calor latente tema (refrigerante + gelo) indica que
de vaporização é igual ao do calor latente de con-
densação. a) a temperatura do sistema mantém-se cons-
tante durante a fusão do gelo.
b) a temperatura do sistema aumenta.
c) a temperatura do sistema diminui.
d) a temperatura do gelo mantém-se constante e
do refrigerante aumenta.
CURVA DE AQUECIMENTO e) a temperatura do sistema sempre aumenta.
a) 650
b) 1672
c) 2322
d) 4000
EXERCÍCIOS e) 6500
Note que as prateleiras das geladeiras são GARRAFA TÉRMICA – VASO DE DEWAR
sempre em forma de grade, exatamente para faci-
litar a circulação das correntes de convecção. Por A garrafa térmica é um recipiente utilizado
esse motivo não é recomendável a obstrução total para conservar líquidos quentes ou frios, impe-
das prateleiras. dindo ou, pelo menos, reduzindo, ao mínimo as
O processo de resfriamento do ar de uma trocas de calor entre o conteúdo do recipiente e
o meio externo. Desta maneira, a temperatura no
interior do recipiente se mantém constante por a) aumentar o volume das paredes.
longo tempo. b) aumentar a área externa da parede e manter
sua espessura.
c) diminuir a espessura das paredes.
d) aumentar a espessura e diminuir a área das
paredes.
e) nenhuma das respostas anteriores.
a) 1,2
b) 1,5
c) 1,8
d) 2,0
e) 2,5
DILATAÇÃO SUPERFICIAL
DILATAÇÃO VOLUMÉTRICA
RELAÇÃO ENTRE γ, β E α
Um gás submetido a baixa pressão e alta LEI GERAL DOS GASES PERFEITOS
temperatura se comporta como um gás perfeito.
Numa transformação de estado de uma
VARIÁVEIS DE ESTADO dada massa de gás perfeito, o resultado do produ-
to da pressão pelo volume dividido pela tempera-
O estado de um gás fica caracterizado se co- tura permanece constante.
nhecermos 3 grandezas, as chamadas variáveis de
CASOS PARTICULARES
TRANSFORMAÇÃO ISOTÉRMICA
EQUAÇÃO DE CLAPEYRON
A equação geral dos gases assume a forma
P1 . V1 = P2 . V2. As variáveis de estados estão relacionadas
Lei de Boyle-Mariott: mantendo constante através de
a temperatura de um gás, a pressão e volume são
inversamente proporcionais. p.V = n.R.T
TRANSFORMAÇÃO ISOMÉTRICA
Máquinas térmicas
Para que uma máquina térmica converta
calor em trabalho de modo contínuo, deve operar
em ciclo entre duas fontes térmicas, uma quente e
outra fria: a máquina retira calor da fonte quente
Q1, converte-o parcialmente em trabalho e rejeita
o restante Q2 para a fonte fria.
CICLO DE CARNOT
PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA
Carnot idealizou um ciclo que proporciona-
Num processo termodinâmico sofrido por ria rendimento máximo a uma máquina térmica. O
um gás, pode haver dois tipos de trocas energé- ciclo consta de duas adiabáticas alternadas com
ticas com o meio exterior: o calor Q e o trabalho. duas isotérmicas. Cada uma das transformações
A variação da energia interna é consequência do são reversíveis, assim como o ciclo como um todo.
balanço energético entre essas duas quantidades:
Sinais:
calor recebido e trabalho realizado pelo gás: +
calor cedido e trabalho realizado sobre o gás: -
TRANSFORMAÇÃO ISOTÉRMICA
TRANSFORMAÇÃO ADIABÁTICA
RENDIMENTO DESSE CICLO
Um gás sofre um transformação adiabática
quando não há troca de calor com o meio exterior
( Q = 0 ).
A variação da energia interna é igual em mó-
dulo e de sinal contrário ao trabalho realizado na
transformação. EXERCÍCIOS
7. Uma amostra de gás perfeito sofre uma a) o trabalho do gás em cada transformação:
transformação cíclica ABCDA, conforme está AB, BC e CD;
b) a variação da energia interna na transfor- 15. (UFC-CE) A figura abaixo mostra um ciclo de
mação ABCD; Carnot, representado no diagrama pressão ϫ
c) a temperatura do gás no ponto D, sabendo volume.
que no ponto C era de –3 °C. Dado: 1 cal =
4,18 J
UNIDADE 4
1. B
2. B
3. D
4. C
5. D
6. C
7. B
8. a) Impede (diminui) a ocorrência de condução,
convecção e irradiação;
b) A temperatura aumenta em virtude do
aumento da energia cinética das moléculas.
9. E
10. 6 cm
GEOGRAFIA GERAL
UNIDADE 1 UNIDADE 4
NOÇÕES BÁSICAS DE GEOGRAFIA INDUSTRILIZAÇÃO MUNDIAL
UNIDADE 2 UNIDADE 5
COORDENADAS GEOGRÁFICAS EVOLUÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO
UNIDADE 3 UNIDADE 6
CARTOGRAFIA CAPITALISMO
UNIDADE 1 ventos ao lado com as direções corretas (lembre-
-se que na padronização internacional colocamos
NOÇÕES BÁSICAS DE GEOGRAFIA apenas as iniciais dos nomes que indicam as dire-
ções, que no caso são em inglês):
INTRODUÇÃO
HEMISFÉRIOS
Estudar Geografia é uma forma de enten-
dermos o mundo em que vivemos. Por meio deste A palavra hemisfério significa metade da es-
estudo podemos entender melhor tanto o nosso fera. Assim, a Terra é dividida em quatro hemisfé-
local de moradia, quanto o nosso país ou o mundo rios, recebendo cada um três tipos de nomes, con-
contemporâneo. Neste contexto, o objetivo princi- forme esquema abaixo:
pal desta ciência é o estudo do espaço geográfico
(o espaço da sociedade humana), sobre o qual os
homens constroem, destroem e reconstroem per-
manentemente, através das indústrias, agricultu-
ra, das cidades, etc.
As modificações que as sociedades produ-
zem em seus respectivos espaços são hoje muito
mais intensas que no passado, fato este que tem
acarretado em sérias conseqüências ambientais
que põe em risco a perpetuação da espécie huma- Figura 1.5
na. Costuma-se dizer que nos dias atuais o mun-
do cabe na palma de nossas mãos, veja o caso do
advento da Internet, do avanço nos meios de co-
municações e dos transportes. É claro que estas
novas tecnologias estão acessíveis apenas para
alguns, conforme o nível de riqueza de cada um.
Este mundo cada vez mais complexo e in-
trigante, carregado de desigualdades sociais e in-
justiças e ao mesmo tempo cheio de esperança no
que se refere as necessárias mudanças, é o princi- Figra 1.6
pal motor de nosso estudo. Para tanto
iniciaremos este capítulo com o estudo dos ZONAS CLIÁTICAS
aspectos gerais de nosso planeta: a TERRA.
Os paralelos principais que cortam a super-
ORIENTAÇÃO fície terrestre de Leste para Oeste são importantes
porque servem de limite para as Zonas Climáticas
da Terra. Assim, temos as seguintes zonas:
Figura 1.4
Figura 1.7 ZONA TROPICAL:
ZONAS POLARES:
Figura 1.2
Na região dos pólos, área das altas latitudes,
entre os círculos polares e os pólos, os raios sola- O movimento de rotação da Terra traz como
res incidem de maneira muito inclinada, diminuin- conseqüências:
do drasticamente a insolação e por conseqüência Sucessão dos dias e das noites;
apresentando temperaturas muito baixas (a me- Dilatação da região do Equador e achata-
nor registrada foi no Pólo Sul Geográfico, onde lo- mento dos pólos;
caliza-se a Estação Antártica da Rússia : -89.2 oC) Desvio de ventos e correntes marítimas para
Oeste (força de Coriólis).
A TERRA E SEUS MOVIMENTOS
Movimento de Translação: é o movimento
A partir do sol, a Terra é o terceiro planeta que a Terra executa em torno do sol em órbitas
do sistema solar, a uma distância aproximada de elípticas, ou seja, apresentando uma variação da
150.000.000 Km, posição esta que conferiu ao pla- sua distância em relação ao sol: Afélio (período
neta as condições ideais para a existência da vida em que a Terra está mais afastada em relação ao
animal e vegetal. sol – 152.000.000 Km) e Periélio (período em que a
Terra está mais próxima do sol – 147.000.000 Km).
Movimento de Rotação: é o movimento que a Terra faz Este movimento apresenta as seguintes caracte-
em torno do seu próprio eixo imaginário, apresentando rísticas:
as seguintes características: • Duração do movimento: 365d 5h e 48m (as
Sentido do movimento: de OESTE (W) para LESTE (E); 6 horas aproximadas que sobram de cada ano, são
Duração do movimento: 23h 56m e 4 s (aproximada- contabilizadas de 4 em 4 anos, quando temos o
mente 24h); Velocidade na linha do Equador: 1.669 ano com 366 dias);
Km/h (aproximado). • Velocidade: 107.000 Km/h.
AS ESTAÇÕES DO ANO
EXERCÍCIOS
a) Qual a finalidade do GPS? Como esses saté- Por outro lado, o globo artificial apresenta
lites em órbita transmitem os dados para os alguns inconvenientes, tais como;
aparelhos receptores localizados na superfície sua dimensão, geralmente reduzida, não
terrestre? permite um grande número de informações:
se construído em tamanho muito grande,
_____________________________________ torna-se de elevado custo e de difícil manuseio;
_____________________________________ é mais utilizado para informações generali-
_____________________________________ zadas da superfície terrestre.
_____________________________________ Classificação das projeções
_____________________________________ Embora existam diversos tipos, as projeções
costumam ser agrupadas em três tipos básicos: ci-
UNIDADE 3 líndricas, cônicas e azimutais.
As projeções cilíndricas baseiam-se na pro-
CARTOGRAFIA jeção dos paralelos e dos meridianos em um cilin-
dro envolvente, posteriormente planificado. Têm
PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS as seguintes características:
os paralelos e os meridianos são linhas retas
que se cruzam em ângulos retos;
o intervalo entre os meridianos é constante,
Figura 0.1 e a escala é verdadeira sobre o Equador;
as regiões de elevadas latitudes aparecem
bastante exageradas ( na latitude de 60º chega a
ser de 100º);
a mais conhecida projeção cilíndrica é de
Projeção cartográfica é a representação de Mercator (1569), a preferida pelos navegantes.
uma superfície esférica num plano (o mapa) ou,
ainda, um sistema plano de paralelos e meridianos
sobre os quais pode-se desenhar um mapa. Como
Figura 0.4
PROJEÇÃO DE MERCATOR
A projeção de Mercator é uma projeção ci-
líndrica conforme que distorce a proporção do
tamanho dos continentes, mas mantém correta a
forma. Essa projeção reforça a visão eurocêntrica
Figura 0.2 – a Europa como o centro do mundo – e expressa
a dominação econômica e cultural dos países do
As projeções cônicas baseiam-se na proje- hemisfério norte sobre os países do hemisfério sul.
ção do globo terrestre sobre um cone que o tan-
gencia, sendo depois planifico. A projeção cônica
simples apresenta as seguintes características:
os meridianos são linhas retas e convergen-
tes, e os paralelos são círculos concêntricos;
os paralelos e os meridianos estão separa-
dos por distâncias iguais;
é mais utilizada para representar regiões de
latitudes médias.
Figura 0.5: Projeção de Mercator 1569
PROJEÇÃO DE PETERS
ESCALA 1Km 0 1 2 3 4 5 Km
A escala costuma ser apresentada sob uma Escala A: 1/1000 000 Escala B: 1/100 000
das três formas seguintes:
Neste caso, podemos dizer que a escala A é
NUMÉRICA menor que a Escala B.
Representada sob a forma de uma razão (1: Podemos dizer também que quanto maior
200 000) ou de uma forma proporção (1/200 000). for a escala, maior será a riqueza de detalhes, ao
Em ambos os casos, significa que cada unidade no passo que, quanto menor for a escala, menor será
mapa corresponde a 200 000 unidades no lugar a riqueza de detalhes. Exemplo: um mapa do Bra-
real. sil na escala de 1: 50 0000 000 comporta muito
menos informações (detalhes) do que um mapa na
escala de 1: 25 000 000. É que, no primeiro caso, o
Brasil foi reduzido 50 000 000 de vezes, ao passo
que , no segundo caso, a redução foi de apenas 25
0000 000 de vezes.
Figura 0.6
Figura 0.8
O exemplo em cima mostra um perfil topo-
gráfico mais complexo. Temos duas montanhas
com formas muito distintas. A da esquerda tem
maiores altitudes, tem um cume mais pontiagudo,
maiores declives e alguma assimetria. A sua ver-
tente direita tem maiores declives que a verten-
te da esquerda, como se pode ver no perfil e nas
curvas de nível que estão mais juntas. O cume da
esquerda tem uma forma mais arredondada, me-
Figura 0.7 nores altitudes, mas continuamos na presença de
um relevo assimétrico: há uma diferença de decli-
PERFIL TOPOGRÁFICO ves entre as duas montanhas.
a) 125 m.
b) 120 m.
c) 75 m.
d) 65 m.
e) 35 m.
9 - (UFPR) Para ir a um determinado local, um Com base nos conhecimentos sobre projeções
motorista consultou o aparelho de GPS (Siste- cartográficas, assinale a alternativa correta.
ma de Posicionamento Global), o qual indicou o
caminho representado na figura a seguir. a) Na projeção de Peters, o espaçamento entre os
paralelos aumenta da linha do equador para os
polos, enquanto o espaçamento entre os meridia-
nos diminui a partir do meridiano central.
b) Na projeção de Mercator, o espaçamento entre
os paralelos diminui da linha do equador para os
polos, enquanto o espaçamento entre os meridia-
nos aumenta a partir do meridiano central.
c) Na projeção de Peters, o plano da superfície de
projeção é tangente à esfera terrestre (projeção
azimutal); já, na projeção de Mercator, o plano da
superfície de projeção é um cone (projeção cônica)
envolvendo a esfera terrestre.
d) Na elaboração de uma projeção cartográfica,
o planisfério de Peters mantém as distâncias pro-
porcionais entre os elementos do mapa, aumen-
tando o comprimento do meridiano central.
e) A projeção de Mercator é desenvolvida em um
cilindro, sendo mantida a propriedade forma; essa
projeção mostra uma visão de mundo eurocêntri-
ca.
Sabendo que o maior segmento a ser per- 12 - (UFPE) Projeção cartográfica é a represen-
corrido no trajeto sugerido pelo GPS correspon- tação de uma superfície esférica num plano
de à distância de 345m, é correto afirmar que a (mapa), podendo ser definida como um siste-
distância total a ser percorrida é de ma plano de paralelos e meridianos, sobre os
quais desenhamos um mapa. Há vários tipos de
a) 425m e a escala utilizada é de 1:1000. projeções que são classificadas em três grupos
b) 705m e a escala utilizada é de 1:5000. básicos: cilíndricas, cônicas e azimutais, como
c) 810m e a escala utilizada é de 1:2500. mostram as ilustrações.
d) 810m e a escala utilizada é de 1:5000.
Quais são as principais características das pro-
jeções apresentadas acima?
_____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
_____________________________________ Com base no texto e na figura',
a) Calcule a distância entre Rio de Janeiro e
13 – (UFPR) A figura abaixo é o recorte de uma Vitória; entre Vitória e Belo Horizonte e entre
carta topográfica contendo dois possíveis tra- Vitória e Rio de Janeiro. Apresente os cálculos
çados para uma rodovia estadual, com elevado utilizados para encontrar essas distâncias.
fluxo de caminhões. Considerando os traçados _____________________________________
sugeridos, aponte o mais adequado à rodovia, _____________________________________
justificando a escolha a partir da análise do re- _____________________________________
corte da carta topográfica. _____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
Ludismo: destruição das máquinas, pelos (01) Indústrias de tecnologia de ponta são aque-
trabalhadores, introduzidas na indústria fabril. Os las que produzem recursos tecnológicos alta-
mente sofisticados, resultantes da aplicação 4 - Entre os fatores que fizeram da Inglaterra o
imediata das descobertas científicas no pro- berço propício à eclosão da Revolução Indus-
cesso de produção. São exemplos de indústrias trial, podemos citar os seguintes:
de tecnologia de ponta: as de informática, de
produtos eletrônicos, a aeroespacial e as de bio- a) As condições sociais e políticas da época eram
tecnologia. favoráveis.
(02) Indústrias tradicionais são aquelas que primei- b) Com a criação do Banco da Inglaterra, essa
ro se instalaram em uma região. Servem de base nação tornou-se o maior centro capitalista da
para outras indústrias, fornecendo-lhes matérias- época.
-primas já processadas. Utilizam equipamentos c) O sistema corporativo não chegara a se enrai-
pesados e pouca mão-de-obra, considerando o zar desde a Idade Média.
elevado grau de automação dos equipamentos. d) A supremacia naval inglesa assegurava o con-
São exemplos de indústrias tradicionais: as side- trole das rotas de distribuição de mercadorias.
rúrgicas, as cimenteiras, as metalúrgicas e as ce- e) Todas as anteriores.
râmicas.
(04) Indústrias de bens de produção são aquelas 5 - As questões abaixo referem-se aos movi-
que produzem mercadorias para o consumo da mentos operários, no contexto da Revolução
população. Empregam muita mão-de-obra e pou- Industrial do século XIX.
ca tecnologia e atuam em mercados altamente
competitivos em nível regional. São exemplos de
indústrias de bens de produção: indústrias ali- I – Ao longo do século XIX a consolidação do ca-
mentícias, indústrias moveleiras e indústrias far- pitalismo tornaria as condições de vida e de tra-
macêuticas. balho do nascente proletariado extremamente
(08) Indústrias de bens intermediários são aque- precárias.
las que produzem máquinas e equipamentos II – O ludismo traduz as primeiras manifestações
que serão utilizados em outros segmentos da de resistência da nascente classe operária que
indústria e em diversos setores da economia. ocupou os últimos anos do século XVIII e os primei-
São exemplos de indústrias de bens intermediá- ros do século XIX.
rios: indústria mecânica e indústria de autopeças. III – Em meados do século XIX a greve geral dos tra-
(16) Indústrias de bens de consumo são aquelas balhadores na Europa, organizada pelo sindicato
que fabricam bens que são consumidos pela po- que representava a classe operária, provocou im-
pulação em geral. Estão divididas em bens de con- portantes mudanças na legislação trabalhista da
sumo duráveis e bens de consumo não duráveis. época.
Entre as indústrias de bens de consumo duráveis, IV – O movimento cartista, movimento operário
estão: as indústrias de produção de eletrodomés- que surgiu na primeira metade do século XIX, não
ticos e a indústria automobilística. Entre as indús- se constituiu um fato isolado, pois foi precedido
trias de bens de consumo não duráveis, estão: as de greves, motins, insurreições e outras manifes-
tecelagens, as de confecções, as de produtos ali- tações da classe operária.
mentares, as de perfumaria e medicamentos. V – Na segunda metade do século XIX, e princi-
palmente com a formação das associações inter-
3 - (PUCCAMP) “O produto da atividade humana nacionais dos trabalhadores, percebeu-se uma
é separado de seu produtor e açambarcado por estreita relação entre o marxismo e o movimento
uma minoria: a substância humana é absorvida operário europeu.
pelas coisas produzidas, em lugar de pertencer
ao homem.” Assinale a alternativa correta.
A partir do texto, pode-se afirmar que a Revolu-
ção Industrial: a) Somente as afirmativas I, II, III e IV são verda-
a deiras.
) produziu a hegemonia do capitalista na produ- b) Somente as afirmativas I, II, IV e V são verda-
ção social; deiras.
b) tornou a manufatura uma alternativa para o c) Somente as afirmativas IV e V são verdadeiras.
artesanato; d) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
c) introduziu métodos manuais de trabalho na e) Todas as afirmativas são verdadeiras.
produção;
d) tornou o homem mais importante que a máqui- 6 - As afirmações a seguir apontam algumas
na; tendências da nova lógica de localização
e) valorizou o produtor autônomo. industrial.
I. Distribuição dos estabelecimentos industriais
das empresas em diferentes localidades de a) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
tradição manufatureira. b) Somente as afirmativas II e III são corretas.
II. Separação territorial entre processo c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
produtivo e gerenciamento empresarial com a d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
reintegração de ambos por intermédio de redes e) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.
informacionais.
III. Desconcentração da atividade industrial 8 – (FUVEST) Ainda no começo do século 20, Eucli-
e emergência de novos espaços industriais, des da Cunha, em pequeno estudo, discorria sobre
estruturando redes globalizadas. os meios de sujeição dos trabalhadores nos serin-
IV Concentração territorial da indústria gais da Amazônia, no chamado regime de peona-
dependente de fontes de energia e matéria- gem, a escravidão por dívida. Algo próximo do que
prima. foi constatado em São Paulo nestes dias [agosto
de 2011] envolvendo duas oficinas terceirizadas de
Está correto apenas o que se afirmar em: produção de vestuário.
José de Souza Martins, 2011. Adaptado. No
a) I e II. texto acima, o autor faz menção à presença de
b) I e III. regime de trabalho análogo à escravidão, na in-
c) II e III. dústria de bens
d) II e IV
e) III e IV a) de consumo não duráveis, com a contratação
de imigrantes asiáticos, destacando-se coreanos
7 – (UEL) Texto VII A F-1 começou a perder as e chineses.
características que encantaram gerações nos b) de consumo duráveis, com a superexploração,
anos 1990 quando o salto tecnológico tornou por meio de empresas de pequeno porte, de imi-
o piloto quase um coadjuvante no cockpit. “Os grantes chilenos e bolivianos.
carros de corrida são equipamentos e não mais c) intermediários, com a contratação prioritária
automóveis. No volante, há mais de 100 botões. de imigrantes asiáticos, destacando-se coreanos
O condutor virou um operador de máquinas”, e chineses.
reclama Bird Clemente, 72 anos, primeiro bra- d) de consumo não duráveis, com a superexplo-
sileiro a guiar, profissionalmente, um carro de ração, principalmente, de imigrantes bolivianos e
corrida. No passado, esse esporte dependia peruanos.
muito mais do talento do piloto para regular e) de produção, com a contratação majoritária,
um carro. Hoje, espremido no cockpit como por meio de empresas de médio porte, de imigran-
mais um funcionário de um negócio que movi- tes peruanos e colombianos.
menta bilhões de dólares, o piloto cumpre re-
ligiosamente as regras do mercado. (Adaptado 9 – (UEL) A Revolução Industrial, no século XVIII,
de: CARDOSO, R.; LOES, J., O Esporte Perdeu. implicou a utilização e a transformação intensi-
Revista Isto É, 4 ago. 2010, ano 34, n. 2125, p. va dos elementos naturais, por intermédio das
84-85.) máquinas que substituíram, em parte, o traba-
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o lho humano e manual. Dentre essas novas má-
capitalismo, considere as afirmativas a seguir. quinas e equipamentos, destacaram- -se aque-
les que surgiram a partir da invenção de James
I. As novas tecnologias em carros de F-1 tornaram Watt, em 1768.
o trabalho do piloto artesanal e, portanto, inten- Com base no enunciado e nos conhecimentos
sificaram a necessidade de um trabalhador mais sobre a Primeira Revolução Industrial, assinale
criativo e autônomo. a alternativa correta.
II. Por satisfazer necessidades de ordem espiritual,
como lazer e divertimento, a F-1 deixa de ter o ca- a) A mão de obra fabril excluiu as crianças e as mu-
ráter de mercadoria. lheres da linha de montagem industrial.
III. A tendência do capital é promover a desquali- b) Criaram-se equipamentos domésticos movidos
ficação do trabalho, inclusive em atividades não a eletricidade, como as primeiras máquinas de la-
industriais, como as dos pilotos de F-1. var roupas.
IV. Os pilotos de F-1 são, também, proletários, ape- c) Desenvolveram-se transportes terrestres e ma-
sar dos altos salários que recebem anualmente de rítimos, como o trem e o navio, movidos a vapor.
suas equipes. d) O controle da produção na fábrica era realizado
pelo ajuste dos mecanismos aos relógios biológi-
Assinale a alternativa correta. cos dos trabalhadores.
e) Substituiu-se a tração animal por aquela movida
a gasogênio, impulsionando o transporte público.
UNIDADE 5
EVOLUÇÔES NO MUNDO DO
TRABALHO
INTRODUÇÂO
As divisões internacionais do trabalho po-
O modelo atual de organização social e dem ser resumidas de forma sintética em quatro
econômica conhecido como capitalismo, é con- fases:
seqüência de uma série de fenômenos e aconte-
cimentos desencadeados há séculos atrás. A evo-
lução do trabalho nesse âmbito sempre esteve à • Origem - Colonialismo
mercê das modificações desse fenômeno, alteran- • Consolidação – RI e Imperialismo
do-se em vários aspectos, sejam eles técnicos, so- • Mundialização do Capital – Pós 2ª GM
ciais, espaciais ou econômicos. A história do siste- • Globalização – Pós Modernidade
ma capitalista revela que houveram determinadas
divisões do trabalho em períodos históricos que ORIGEM DA DIT
dinamizaram esse modelo e foram primordiais
para a atual distinção entre nações desenvolvi- No final do século XV, o capital estava pre-
das e subdesenvolvidas. A partir dessas divisões sente em grande intensidade na distribuição e
internacionais do trabalho ou DIT, como são mais circulação das mercadorias entre as metrópoles e
conhecidas, esta unidade pretende abordar a evo- suas colônias. As diversas regiões do mundo pas-
lução e as modificações no mundo do trabalho e saram a desenvolver diferentes funções com a
suas conseqüências na organização global. crescente colonização, pois cada uma passou a
especializar-se principalmente no fornecimento
de matéria-prima, metais preciosos, produtos ma-
nufaturados entre outros. Dessa maneira, as me-
trópoles detinham a função de exportar manufa-
turas e as colônias de exportarem matérias-primas
para as metrópoles.
CONSOLIDAÇÂO DA DIT
MUNDIALIZAÇÃO DO CAPITAL
• 1ª Revolução Industrial.
- Líder: Reino Unido.
- Fonte de Energia: Carvão mineral.
- Tipos de Indústria: têxtil, siderúrgica, naval
e carbonífera.
CAPITALISMO COMERCIAL:
• 2ª Revolução Industrial.
A partir do séc. XV, as relações mercantis - Líderes: EUA e Alemanha.
ampliaram-se geograficamente com as grandes - Fontes de Energia: Petróleo e Eletricidade.
navegações e a inserção de novas terras no siste- - Tipos de Indústria: Petrolífera, elétrica, quí-
ma capitalista de produção. mica e de motores.
Desenvolveu-se então a fase do chamado
capitalismo comercial; o ciclo de reprodução do • Aumento do potencial de transformar a na-
capital estava alicerçado principalmente na circu- tureza;
lação e distribuição de mercadorias realizadas en- • Aceleração na circulação de pessoas e mer-
tre as metrópoles e as colônias (Pacto Colonial). cadorias;
Nesse período inaugurou-se a Divisão Inter- • Doutrina econômica: Liberalismo;
nacional do Trabalho (DIT), caracterizada pela pro- • Expansão imperialista na África e Ásia;
dução de matérias-primas nas colônias em troca • Partilha da África (1885 – Conferência de
de manufaturas das metrópoles. Berlim).
O mercantilismo, doutrina econô- • Marxismo
mica e política do capitalismo comercial, criou as
bases de uma nova geografia européia e mundial. Na Ásia também em fins do século XIX, o
Fortaleceu a unificação territorial a partir de um Japão emergiu como potência, sobretudo após a
governo centralizado, dando origem aos Estados ascensão do Imperador Mitsuhito, que deu início a
nacionais modernos europeus. chamada Era Meiji.
Tais Estados fortaleceram-se e acumularam
riquezas com o protecionismo de seus mercados
internos e com o comércio. Com isso, ampliaram-
-se as relações espaciais, baseadas na escraviza-
ção e comercialização dos escravos e na explora-
ção colonial. Nessa época, a riqueza e o poder de
um país eram medidos pela quantidade de metais
preciosos (ouro e prata) que possuíam. Esse princí-
pio ficou conhecido como metalismo.
O mercantilismo foi fundamental para o
desenvolvimento do capitalismo, pois permitiu,
como resultado do comércio altamente lucrativo e
pela exploração das colônias, grande acúmulo de
capitais (acumulação primitiva do capital). O CAPITALISMO MONOPOLISTA:
UNIDADE 2
1A/ 2C/ 3A/ 4VFVV/ 5C/ 6C/ 7C/ 8D/ 9B
UNIDADE 3
1B/ 2C/ 3C/ 4B/ 5E/ 6A/ 7D/ 8C/ 9B /10E
UNIDADE 4
1D/ 2VVFVV/ 3A/ 4E/ 5B/ 6C/ 7C
UNIDADE 5
1E/ 2B/ 3D/ 4A/ 5B/ 6B/ 7E
UNIDADE 6
1D/ 2A/ 3A/ 4A/ 5B/ 6B/ 7E/ 8C /9E /10E
GEOGRAFIA DO BRASIL
UNIDADE 1
O TERRITÓRIO BRASILEIRO UNIDADE 4
HIDROGRAFIA
UNIDADE 2
GEOLOGIA UNIDADE 5
INTRODUÇÃO A CLIMATOLOGIA
UNIDADE 3
ESTRUTURA GEOLOGICA DO BRASIL E UNIDADE 6
GEOMORFOLOGIA CLIMAS DO BRASIL
UNIDADE 1 No aspecto continental, o Brasil está loca-
lizado na porção Centro-Oriental da América do
Sul, fazendo fronteira com quase todos os países
O TERRITÓRIO BRASILEIRO do continente, menos Equador e Chile.
Apresenta extenso litoral, 7.408 km (9.198
km se contadas todas as saliências e reentrâncias),
1. INTRODUÇÃO banhado pelas águas do mais importante e nave-
gado oceano, o Atlântico, desde o Cabo Orange, na
foz do Rio Oiapoque, no Amapá, até a foz do Arroio
Com uma área total de 8.514.876 km² o Bra- Chuí no Rio Grande do Sul.
sil coloca-se entre os maiores países do mundo,
sendo o quarto em terras continentais e o quinto
em terras descontínuas. 2.1 PONTOS EXTREMOS
Área em Norte
Os maiores Países do Mundo
km2 Nascente do rio Ailã – 5º16’19” – N
1. Federação Russa 17.075.400 Na serra do Caburaí, fronteira de RR com a Guiana.
2. Canadá 9.970.610
3. República Popular da China 9.552.900
4. Estados Unidos da América* 9.372.614
Sul
5. República Federativa do Brasil 8.514.876
Uma curva do Arroio Chuí – 33º45’09” – S
6. Comunidade da Austrália 7.662.300 Divisa do RS com o Uruguai.
7. República da Índia 3.287.782
8. República Argentina 2.780.092
9. República Democrática do Sudão 2.505.813
Leste
10. República Islâmica da Argélia 2.381.741
Ponta Seixas no Cabo Branco – 34º45’54” – L
*Nesta área estão acrescentados Alasca e Ha- No litoral da PB.
vaí.
A dinâmica regional brasileira impulsionada b)Cite a divisão das regiões geoeconômicas (ou
pelo Sudeste fez com que surgisse uma propos- complexos regionais) no Brasil (proposta do
ta de divisão do país em três complexos regio- geógrafo Pedro Pinchas Geiger).
nais, conforme explicita a figura. _____________________________________
Sobre ela é correto afirmar, exceto: _____________________________________
a) O Nordeste, indicado pelo número 2, abrange _____________________________________
sub-regiões diferenciadas, como é o caso do Ser- _____________________________________
tão Nordestino e da Zona da Mata, caracterizadas _____________________________________
pela semiaridez e pelas chuvas, respectivamente.
b) O Centro-Sul, região número 3, considerado
como o coração do Brasil, concentra a maior parte c)Sobre as divisões regionais relacionadas nos
da população nacional, da produção industrial e itens anteriores (divisão regional adotada pelo
da agropecuária. IBGE e complexos regionais), aponte as diferen-
c) A delimitação dos complexos regionais foi fei- ças básicas quanto aos critérios para a delimi-
ta seguindo a proposta do Instituto Brasileiro de tação do espaço.
_____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
UNIDADE 2
GEOLOGIA
1-(UEL) Até a segunda metade do século XIX, a) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
pensava-se que o mapa do mundo fosse prati- b) Somente as afirmativas II e III são corretas.
camente uma constante. Alguns, porém, admi- c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
tiam a possibilidade da existência de grandes d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas. 4- (UEM) Sobre o planeta Terra, sua idade e evo-
lução, assinale verdadeiro ou falso:
2) Leia o texto abaixo e assinale o que for cor- ( ) A Terra se originou há, aproximadamente, 9,6
reto. bilhões de anos, juntamente ao início da formação
do universo. As primeiras formas de vida na Terra
surgiram na Era Mesozoica. Atualmente, encontra-
Já em 1620, o inglês Sir Francis Bacon regis- mo-nos na Era Paleozoica, no período Cretáceo.
trava a similaridade entre o contorno litorâneo da
África ocidental e o do leste da América do Sul. Mas ( ) O método de datação realizado a partir do car-
apenas em 1912, o geólogo alemão Alfred Wegener bono quatorze (C14), que é um elemento radioati-
formulou a hipótese da deriva continental, basean- vo absorvido pelos seres vivos, é muito utilizado
do-se em algumas evidências fósseis e semelhanças para a investigação da idade de achados arqueoló-
entre as estruturas de relevo. gicos mais recentes, de origem orgânica, pois sua
(MAGNOLI, D. Geografia para o Ensino Mé- meia-vida é de 5.700 anos.
dio. São Paulo: Atual, 2008.p.30.)
( ) O tempo geológico é dividido em Éons, Eras, Pe-
ríodos e Épocas. A sua sistematização cronológica
O texto refere-se à hipótese, mais tarde com- é conhecida como escala de tempo geológico. A
provada, da deriva continental, que consiste: partir dessa sistematização, foi possível estabele-
cer uma sucessão de eventos desde o presente até
a formação da Terra.
a) na transformação dos continentes a partir da
ação erosiva das águas dos mares e dos oceanos. ( ) A deriva dos continentes iniciou-se na Era Ceno-
b) na teoria de que um dia os continentes forma- zoica, por volta de 100 mil anos atrás, quando só
ram um único conjunto de terras emersas, deno- existia um único continente chamado de Gondwa-
minado “Pangeia”. na. Posteriormente, no Holoceno, esse continente
c) na teoria de que a Terra é um sistema estático se dividiu em cinco outros continentes, chegando
e que a posição atual dos continentes evidencia à configuração atual.
esse fato.
d) no postulado de que as placas tectônicas en-
contram-se em constante movimento, que será 5) (IFPE) Geocientistas estimam que, a cada
responsável por unir todos os continentes daqui a ano, o Himalaia cresça cerca de 4 mm de altu-
alguns milhões de anos. ra. É um fenômeno imperceptível aos olhos
e) na junção de ilhas oceânicas que, após milhões humanos, mas que ocorre há milhões de anos,
de anos, deu origem aos continentes. contribuindo para a formação dessa importan-
te estrutura geológica. O movimento tectônico
responsável pela formação das cadeias de mon-
3) (UEM) Sobre as rochas que compõem a crosta tanhas, como a do Himalaia, é conhecido como:
terrestre, assinale a alternativa correta.
a) Orogênese
a) As rochas sedimentares formaram-se pelo res- b) Diagênese
friamento e pela solidificação de minerais da cros- c) Fotogênese
ta terrestre, isto é, o magma. d) Paleogênese
b) As rochas metamórficas formaram-se a partir e) Antrogênese
das transformações sofridas pelas rochas magmá-
ticas e sedimentares quando submetidas ao calor
e à pressão do interior da Terra. 6) (UFRR) As rochas, assim como outros compo-
c) As rochas magmáticas formaram-se a partir da nentes do meio natural, são classificadas por
compactação de sedimentos de outras rochas. meio de critérios específicos, permitindo agru-
d) O arenito e o calcário são exemplos de rochas pá-las segundo características semelhantes.
metamórficas. Uma das principais classificações é a genética,
e) O gnaisse e o mármore são exemplos de rochas em que as rochas são agrupadas de acordo com
sedimentares. o seu modo de formação na natureza. Sob este
aspecto, as rochas se dividem em três grandes
grupos:
a) Calcárias, basálticas e graníticas;
b) Crostáticas, continentais e oceânicas;
c) Areníticas, vulcânicas e radioativas; _____________________________________
d) Ígneas, sedimentares e metamórficas;
e) Neolíticas, terciárias e quaternárias 9 -(FUVEST)
I. granito e Basalto
II. gnaisse e mármore
III. Arenito e Calcário
1. INTRODUÇÃO
b) Quais são os três tipos de limites entre as pla-
cas tectônicas? A estrutura geológica é a contraposição das
_____________________________________ forças internas e externas do planeta Terra que
_____________________________________ formam grandes corpos rochosos que sustentam
_____________________________________ as formas da superfície. O conhecimento da es-
_____________________________________ trutura geológica do território brasileiro é de suma
importância para podermos compreender o re- classificam-se em detríticas (resultantes de detri-
levo de nosso País, e atuar de maneira coerente, tos de outras rochas, como arenito e argila); quí-
explorando de maneira mais adequada possível os micas (sal gema) e as orgânicas / pseudorochas
recursos naturais, evitando desgastes, processos (carvão-mineral). Cerca de 64% da estrutura do
erosivos, ou seja, impactos que sejam prejudiciais Brasil é composta por esse tipo de rocha. Tais es-
à economia e ao meio ambiente. truturas ou províncias geológicas são chamadas
de Bacias Sedimentares. No território brasileiro,
identificam-se oito bacias Sedimentares: Amazô-
2. TIPOS DE ROCHAS E ESTRUTURA GEOLÓ- nica, Meio Norte, Recôncavo, São-Franciscana,
GICA Pantanal, Paranáica, Central e Litorânea. Sua im-
Na superfície brasileira, identificamos os portância econômica relaciona-se com a possi-
três tipos de rochas encontrados na superfície bilidade de ocorrências de combustíveis fósseis,
terrestre: metamórfica, magmática e sedimentar, como o petróleo, gás natural e o carvão mineral.
também podemos identificar três estruturas geo-
lógicas no Brasil: sedimentar, vulcânica e cristali-
na. As rochas vulcânicas, originadas do rápido
resfriamento do magma na superfície, como o ba-
salto e o diabásio, ocorrem, sobretudo, na porção
meridional do país é explicada pela ocorrência no
Mesozóico de intenso derrame de lavas vulcânicas
na região.
As rochas vulcânicas, por vezes, sofrem in-
temperismo (desagregação físico química das ro-
chas), dando origem a um dos solos mais férteis do
país, a chamada terra-roxa.
ESTRUTURA GEOLÓGICA
As rochas cristalinas, como o granito, ori- DO BRASIL
ginaram-se do lento resfriamento do magma1
(material em fusão no interior da crosta), durante
o Pré-Cambriano e, juntamente com rochas meta-
mórficas antigas, compõem os chamados escu-
dos cristalinos
No Brasil, as rochas cristalinas afloram em
cerca de 36% da superfície brasileira. Tais estru-
turas ou províncias geológicas são chamadas de
Escudos ou Núcleos (aglomerados rochosos me-
nores). De forma genérica, identificam se dois
grandes escudos no Brasil: o Guiano e o Brasi-
leiro, sendo este último dividido em uma série de
núcleos.
Figura 3.2: Relevo do Brasil – Classificação de Aziz Ab´- Planície é a superfície mais ou menos plana, indepen-
Saber dente da altitude, e originada pelo acúmulo recente de
sedimentos fluviais, marinhos ou lacustres, ou seja, é
uma área onde atualmente ocorre a deposição.
Recentemente foi divulgada uma nova pro- A divisão se faz em 28 unidades, sendo 11 planaltos, 11
posta de divisão do relevo brasileiro, elaborada depressões, que ocupam a maior parte do território, e 6
por Jurandyr Ross, que está calcada num extenso planícies que tem uma participação percentual mínima
e detalhado levantamento por sistema de radar no território.
promovido pelo projeto Radambrasil, do Ministé- Logo abaixo, temos o perfil do relevo do estado do Pa-
rio de Minas e Energia, realizado entre 1970 e 1985. raná com as diversas classificações. É importante lem-
Essa nova classificação se utiliza de um cri- brar que a divisão feita por Jurandir Ross não inválida
tério que associa informações sobre o processo de as classificações anteriores.
erosão e de sedimentação dominantes na atuali-
dade com informações da base geológico-estrutu-
ral do terreno e com o nível altimétrico.
EXERCÍCIOS
UNIDADE 4
HIDROGRAFIA
1. DISPONIBILIDADE DE ÁGUA
Formado pelo rio São Francisco e seus Rio Parnaíba: separa os estado do Piauí e
afluentes, abrangendo 7.5% do território brasi- do Maranhão, banhando a única capital nordesti-
leiro. Nasce na Serra da Canastra (MG) com 3.160 na não marítima, a cidade de Teresina, capital do
km de extensão e atravessa o polígono das secas. Piauí.
Navegável num longo trecho entre Pirapora (MG) e Rio Jaguaribe: intermitente e de irrigação.
Juazeiro (BA). Situa-se no Ceará.
Devido ao seu papel na criação do gado, o
Rio São Francisco recebe a denominação de Rio 3.2 BACIA DO LESTE
dos Currais; e também por unir vários estados do
Brasil, recebe o nome de Rio da Unidade Nacional. Rio Doce: drena a região do quadrilátero
Possui grande potencial hidrelétrico, e ao Ferrífero.
longo de seu curso existem várias usinas: Rio Paraíba do Sul: região de intensa indus-
Três Marias (MG) – além de produzir energia trialização entre Rio de Janeiro e São Paulo.
hidrelétrica, controla o nível das águas.
3.3 BACIA DO SUL 5.1 ALTER DO CHÃO.
Rio Tubarão: passa por importante região Considerado o maior aquífero do mundo (em vo-
carbonífera. lume de água).
Inteiramente brasileiro, situado sob os estados
4. O LITORAL BRASILEIRO do Amazonas, Pará e Amapá.
Área de aproximadamente 437,5
O litoral brasileiro estende-se desde o Cabo mil km² com espessura de 545 metros.
Orange, no Amapá, até o Chuí, no Rio Grande do Com 86 mil km³, teoricamente ocuparia uma peque-
Sul. Considerando-se as reentrâncias e saliências na área em extensão, mas um grande volume, re-
do litoral brasileiro, como os golfos, as baías e as servando aproximadamente 85 mil km³ de água
enseadas, a extensão real do litoral se eleva para contra apenas 45 mil km³ do aquífero Guarani.
9.198 km.
Quanto à importância econômica e estraté- Abastece a totalidade de Santarém e quase a totalida-
gica do litoral brasileiro temos que: de de Manaus através de poços profundos.
o sol, beneficiado pelas condições naturais
favoráveis (elevada salinidade do mar, temperatu- 5.2. GUARANI
ras elevadas, intensa evaporação, etc.) é abundan-
te, principalmente no RN e RJ. Já foi considerado como a maior reserva
grande potencial para exploração turística. subterrânea de água doce do mundo até 2010.
a pesca, que era essencialmente artesanal Hoje é a segunda maior.
até a Segunda Guerra Mundial, adquiriu caráter Um manancial que atravessa as fronteiras
empresarial e sofreu grande impulso após a cria- de Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.
ção, em 1962, do SUDEPE (Superintendência do Ocupa uma extensão de terra de, aproxima-
Desenvolvimento da Pesca). damente, 1,2 milhão de quilômetros quadrados.
o petróleo extraído na plataforma continen- A profundidade da reserva é de, aproxima-
tal, com aproximadamente 60% da produção na- damente, 1500 metros.
cional, com destaque para a Bacia de Campos. 70% desse reservatório de água está loca-
existência em grande quantidade de portos lizado no Brasil, espalhado pelo subsolo de Mato
naturais. Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais,
São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Ca-
Os tipos de costas mais comuns são as tarina.
praias, as falésias e barreiras, os mangues e as du- A reserva de água está protegida de conta-
nas. minações e infiltrações por uma camada de rocha
basáltica, que facilitam a absorção das águas das
5. AQUÍFEROS chuvas, que ficam confinadas em rochas imper-
meáveis a centenas de metros de profundidade.
Além da grande disponibilidade de agua
superficial, como já vimos anteriormente, o Brasil Problemas a serem resolvidos
possui grandes reservatórios de agua subterrâ- Os maiores vilões desse processo são o
nea, são os denominados aquíferos. Entre os que agrotóxico utilizado na agricultura, a perfuração
se destacam temos os Aquíferos Guarani e Alter do de poços clandestinos e o uso indevido deste re-
Chão. curso.
EXERCÍCIOS
2.2 UMIDADE
1.2TEMPO
O termo umidade corresponde à quantidade
Situação da atmosfera em um certo lugar da de vapor de água encontrado na atmosfera em de-
superfície terrestre, em um determinado momento. terminado momento e pode ser expressa em núme-
ros absolutos (g/m3) e relativos (%).
1.3CLIMA
A umidade relativa expressa, em porcenta-
gem, o quanto da capacidade máxima de vapor de
“Conjunto de fenômenos meteorológicos
água há em um determinado volume de ar à deter-
que caracterizam o Estado Médio da atmosfera minada temperatura. Quando há excesso de vapor
em um ponto da superfície terrestre.” de água (acima do ponto de saturação) ocorrem as
(J. Hann) precipitações.
O clima do planeta é influenciado por inú-
meros fatores da superfície terrestre. Assim, nun-
ca podemos afirmar, por exemplo, que todas as Chuva Orográfica ou de relevo: Ao tentar
áreas que estão na linha do Equador são quentes, ultrapassar obstáculos naturais (barreiras de re-
pois caso o local apresente uma elevada altitude, levo), as massas de são obrigadas a ascenderem.
como é o caso das Cordilheiras dos Andes no Peru, Com o aumento da altitude, a temperatura dimi-
o seu clima será muito frio, podendo até nevar. As- nui, o que gera a condensação do vapor de água e
sim, para compreendermos todos os climas e por a consequente precipitação. A vertente que recebe
conseqüência suas respectivas vegetações, estu- as massas de ar é chama de Barlavento e possui
daremos os fatores que podem exercer alguma vegetação mais densa; já a vertente menos úmida
influência climática. é denominada Sotavento.
Vale salientar que fator climático é diferen- A chuva originada por este processo costu-
te de elemento do clima. Os fatores são externos ma ser intermitente e fina, sendo muito comum
ao clima, exercendo influência direta no seu com- nas regiões Sudeste e Nordeste do Brasil, onde há
portamento, como a latitude, altitude, relevo, etc. chapadas e serras que dificultam a penetração das
Já os elementos correspondem a temperatura, massas de ar úmidas.
umidade, pressão, ou seja, internos ao clima. Chuva Frontal: Ocorre do encontro de duas
Os principais fatores climáticos são: latitu- massas de ar (frente) com características diferen-
de, altitude, maritimidade/continentalidade, cor- tes (uma quente e outra fria). A variação na preci-
rentes marítimas, relevo e a dinâmica das massas pitação e a abrangência (em quilômetros quadra-
de ar. Detalharemos todos a seguir: dos) decorre da intensidade das massas, o que
No caso específico do Brasil, a posição geo- pode variar durante o ano.
gráfica ou as latitudes condicionam temperaturas Chuva Convectiva: Também conhecida
geralmente altas devido à transferência da energia como chuva de verão. Nos dias de verão, o ar pró-
solar para a superfície terrestre, mas essas tempe- ximo à superfície é aquecido e ascende. Ao atingir
raturas são abrandadas em lugares mais altos, em grandes altitudes, o vapor de água se condensa e
latitudes mais distantes do Equador, e, em escala forma gotículas tão pequenas que permanecem
menor, em ambientes de maior ventilação, menor em suspensão. Com o resfriamento, o ar torna-se
pressão urbana e outros. mais pesado e desce frio e seco, o que reinicia o
ciclo. No final da tarde, o resultado é uma nuvem
2. ELEMENTOS DO CLIMA enorme que causa chuvas torrenciais e rápidas.
3. PRESSÃO
EXERCÍCIOS
UNIDADE 1
1- C
2- E
A figura ilustra as massas de ar que atuam na 3- C
dinâmica atmosférica do Brasil: equatoriais, 4- D
tropicais e polares que resultam em diferentes 5- D
tipos climáticos. 6- C
a) Quais as massas que atuam na região Sul do 7- E
Brasil? 8- a) O IBGE dividiu o Brasil em cinco macrorre-
_____________________________________ giões geográficas, a saber: Norte, Nordeste,
_____________________________________ Centro-Oeste, Sudeste e Sul (divisão oficial).
_____________________________________ b) As regiões geoeconômicas (ou complexos regio-
_____________________________________ nais) do Brasil são: Amazônia, CentroSul e Nordes-
_____________________________________ te. N a delimitação das regiões geoeconômicas (ou
complexos regionais), o critério básico foi a divisão
b) Como é denominado o tipo climático predo- regional do trabalho, ou seja, a estrutura produti-
minante e quais são as características do clima va dominante em cada região, sem levar em conta
que atua nessa região? os limites políticos territoriais dos estados
_____________________________________ c) A divisão oficial adotada pelo IBGE, composta de
_____________________________________ cinco macrorregiões, está fundamentada na com-
_____________________________________ binação das características econômicas, naturais
_____________________________________ e demográficas, mantendo na divisão regional o
_____________________________________ limite político-administrativo dos estados.
UNID1ADE 6
1) d
2) a
3) c
4) d
5) IV, III, I, II
6) b
7) O climograma da localidade A apresenta verões
e invernos quentes, e chuvas concentradas no ve-
rão, durante o inverno as massas polares frias e
menos úmidas diminuem a quantidade de chuvas
características do clima tropical. O climograma da
HISTÓRIA GERAL
UNIDADE 1 UNIDADE 5
INTRODUÇÃO GRÉCIA II
UNIDADE 2 UNIDADE 6
ANTIGUIDADE ORIENTAL, ROMA I
EGITO E MESOPOTÂMIA
UNIDADE 7
UNIDADE 3 ROMA II
MESOPOTÂMIA
UNIDADE 4
ANTIGUIDADE CLÁSSICA:
O MUNDO GREGO ROMANO - GRÉCIA I
UNIDADE 1: INTRODUÇÃO o que comprova sua superioridade de inteligência.
Com o passar dos anos, os homens deste
O termo pré-história e utilizado para desig- período começaram a viver em grandes grupos.
nar o período que estão entre o aparecimento dos Para enfrentar o frio, quando migravam para re-
primeiros antepassados do homem e a invenção giões de poucas cavernas, construíam moradias
da escrita, por volt de 3500 a.c. rústicas com peles de animal, rochas e gravetos.
O estudo da pré-história requer técnicas es- No período Paleolítico Superior, o homem come-
pecificas, pois depende da análise de documentos ça a desenvolver a pintura rupestre nas cavernas,
não-escritos (restos fosseis, armas e utensílios, permitindo um entendimento contemporâneo
moradias primitivas, esculturas, pinturas etc). Seu maior de sua cultura.
objetivo e reconstituir a evolução física e cultural Segundo alguns arqueólogos, é nesse perío-
do homem durante a longa fase que antecedeu os do que o homem começa a se apegar à espiritua-
tempos históricos. lidade, dando origem à religião. Eles cultivavam o
poder feminino da natalidade e as consideravam
PERÍODO PALEOLÍTICO superiores por gerarem a vida ao engravidar.
No fim da era paleolítica, o planeta estava
É a era histórica mais extensa da humanida- começando a sofrer variações climáticas glaciais.
de: abrange por volta de 3 milhões de anos atrás Apesar de extensos períodos de frio, a tempera-
até cerca de 10.000 a.C. Foi nesse período que os tura começou a amenizar e ficar mais favorá- vel
grupos humanos começaram a utilizar utensílios aos humanos primitivos, suscitando em grandes
de chifres de animais ou de rochas para desenvol- mudanças entre o intervalo histórico de mais de
verem a caça e se protegerem de outros grupos 10.000 anos de transição do Período Paleolítico ao
nômades, formando objetos pontudos - ou las- Período Neolítico, chamado de Revolução Neolíti-
cas - que deu margem para que essa era também ca pelo historiador Gordon Childe.
ficasse conhecida como Idade da Pedra Lascada.
Grande parte dos restos mortais desse pe- NOVA IDADE DA PEDRA OU PERÍODO NEOLÍTICO
ríodo foram encontrados na Europa - especial- (10000-5000 A.C)
mente França e Espanha -, por volta de todo o Período Neolítico teve início por volta de
continente africano, na Índia e na China. A baixa 8.000 antes de Cristo, após as mudanças climáti-
temperatura da época fazia das cavernas o lar dos cas que criaram melhores condições de vida para
hominídeos que viveram durante o período, tais os homens e animais. Com as geleiras, os porten-
como australopitecos, Homo Habilis, Homo erectus tosos animais foram extintos, dando lugar a uma
e Homo Sapiens. fauna mais parecida com a que temos hoje, e os
Por compreender um vasto período das rios, desertos e florestas tropicais foram forma-
primeiras atividades humanas, os historiadores e dos, o que possibilitou um contato humano mais
arqueólogos subdividem o Período Paleolítico em intenso com a natureza.
inferior e superior. Diferente da era do paleolítico, o Período
Neolítico é considerado um importante avan-
PALEOLÍTICO INFERIOR (200000-40000 A.C ) ço social, econômico e político. Nesse período, o
Onde florescem as primeiras estruturas so- homem descobre-se como um ser social que tem
ciais e onde os primeiros artefatos começam a ser muito mais vantagem de agir em grupo do que in-
fabricados pelo homem, como armas de pedernei- dividualmente. As estruturas sócio-políticas são
ra, objetos de madeira e lascas de pedra. Apesar mais sólidas, ou seja, determinados grupos ocu-
de serem nômades, têm afeição familiar e fazem pam certas regiões sob a influência de um líder,
uso do fogo, principal descoberta humana do pe- geralmente o mais velho, o mais esperto ou o que
ríodo. tivesse mais força física.
Para obter boas condições de vida, o ho-
PALEOLÍTICO SUPERIOR (40000-10000 A.C) mem neolítico procurava moradia próximo aos
Surge o homem de Cro-Magnon - oriundo da rios, na intenção de utilizar a terra fértil para a
Ásia, migrando pela África até chegar na Europa -, agricultura - outro importante avanço do período.
que morava nas cavernas graças ao constante es- Se antes o homem paleolítico coletava alimentos
friamento do planeta devido à 4ª Era Glacial. Ele praticando o ato da caça e da pesca para sobre-
desenvolveu sua cultura no continente europeu e viver, o homem neolítico passou a produzir o que
tinha qualidades humanoides primitivas mais fa- comer com mais assiduidade, plantando frutos,
voráveis que as outras espécies: tinham estatura legumes e vegetais. Com isso, não havia mais a ne-
média de 1,70m, cabeça comprida e maior capaci- cessidade de vagarem constantemente à procura
dade cerebral. Além de tudo isso, já caçava animais de alimentos - criando o fenômeno do sedenta-
de grande porte através de armadilhas terrestres, rismo, ou seja, a permanência em lugar fixado em
detrimento do nomadismo. c) Sobre o Paleolítico, podemos afirmar que foi o
São construídas as primeiras moradias, si- período de grande desenvolvimento artístico,
milares a pequenos cubículos feitos de palha e cujo exemplo são as pinturas antropomorfas e
madeira. Geralmente, os neolíticos trabalhavam zoomorfas realizadas nas cavernas.
coletivamente, saindo em numerosos grupos para d) O Neolítico apresentou um desenvolvimento
as poucas atividades de caça e pesca. As mulheres artístico diferente do Paleolítico, através dos
eram responsáveis por garantir o bem-estar das traços geométricos do desenho e da pintura.
pequenas aldeias, permanecendo com os filhos e e) Os primeiros seres semelhantes ao homem
cuidando da agricultura. Com mais tempo para in- foram o Australopithecus e o Homem de Java
teragirem entre si, os neolíticos desenvolveram as que eram bem mais adaptados que o Homem
primeiras atividades de lazer, descobrindo a arte de Neanderthal.
da cerâmica e a forma de comercializá-la.
Apesar de indícios científicos apontarem
para a Era Paleolítica o surgimento do comércio, 2. (FGV-SP) A transição do Paleolítico Superior
foi na Era Neolítica que ele teve melhor aplica- para o Ne- olítico (entre 10 000 a.C. e 7000 a.C.)
ção. O homem neolítico cria o dinheiro, que era foi acompanhada por algumas mudanças bási-
representado inicialmente por sementes de cores cas para a humanidade. Entre essas, podería-
diferentes, para facilitar a troca de mercadorias, mos citar:
muitas vezes cerâmica, armamentos com pedras
talhadas, objetos de pederneira e minério. Tam- a) o aparecimento da linguagem falada;
bém data da Era Neolítica a criação do primeiro b) a domesticação dos animais e plantas, isto é
barco. o aparecimento da agricultura e do pastoreio;
c) o aparecimento da magia e da arte;
Revolução neolítica d) o povoamento de amplas áreas antes não po-
Outro importante e a domesticação de ani- voadas, como a Europa Central e Ocidental;
mais o que possibilitou maior proximidade deles e) o aparecimento de vários novos instrumentos,
com o homem (como acontece com o cão) e trouxe como a agulha de osso, os arpões, os anzóis, a
mais variações alimentícias, como a criação de ga- machadinha, a lança e a faca.
dos, cabras e porcos.
As vestimentas também sofreram altera-
ções do homem paleolítico; devido ao frio intenso 3. Sobre a constituição das primeiras estrutu-
da Era Glacial, o homem paleolítico se cobria com ras urbanas é correto afirmar:
pele de animal, enquanto o neolítico passou a fa-
bricar as primeiras roupas com lã, algodão e linho a) Durante o surgimento das primeiras forma-
para facilitar na locomoção e trazer mais conforto ções urbanas os homens viviam em cavernas.
em relação ao clima mais ameno. b) Nas primeiras formações urbanas apareceram
O surgimento da escrita e a criação do Esta- instrumentos rudimentares produzidos pelo
do nas primeiras civilizações da Antiguidade mar- homem.
cou o fim da Era Neolítica. c) O início das primeiras cidades já indicava um
processo de sedentarização do homem, pro-
IDADE DOS METAIS (50000 A.C) porcionado pela Revolução Agrícola.
Consolidou a importância do bronze na fa- d) Quando surgiram as primeiras formações ur-
bricação de armamentos manuais. banas o homem era essencialmente caçador
e coletor.
EXERCÍCIOS e) Na formação das primeiras cidades o homem
foi ganhando capacidade de agarrar-se em ár-
1. (UFPE) “Já se afirmou ser a Pré-História uma vores, tornando-se bípedes.
continuidade da História Natural, havendo uma
analogia entre a evolução orgânica e o progres-
so da cultura”.
Sobre a Pré-história, qual das alternati-
vas a seguir é incorreta?
ASPECTOS POLÍTICOS
ASPECTOS POLÍTICOS
8. Explique por que as cheias que ocorriam de Para efeitos didáticos a história política da
junho a setembro no Egito, eram esperadas mesopotâmia está dividida em quatro períodos de
com ansiedade pelos egípcios. dominação:
8. Explique a importância dos rios Tigre e Eufra- PERÍODO HOMÉRICO (SÉCULOS XII A.C A VIII
tes para o desenvolvimento econômico-social A.C)
das civilizações mesopotâmicas.
Por volta de 1200 a.C a Grécia continental
sofre a invasão dos dórios, tribo nômade indo-eu-
ropéia, que ocupou a região de maneira violenta.
Devido a essa ocupação, muitos fugiram para ou-
tras regiões, esse acontecimento ficou conhecido
como a primeira diáspora grega.
A população apresentava um modo primi-
tivo de vida. A organização se dava em pequenas
comunidades: os genos, que eram compostos por
indivíduos descendentes de um mesmo antepas-
sado. A base econômica era a produção agrária
doméstica, as terras eram coletivas e os membros
desta organi- zação, que moravam juntos, obede-
ciam a um chefe, denominado páter.
Devido ao crescimento da população, as
melhores terras foram doadas aos parentes mais
próximos do páter. Assim, houve a formação de
uma aristocracia fundiária: a elite proprietária de
terras. Essa divisão desigual das terras deu ori- EXERCÍCIOS
gem a lutas que visavam a posse das terras, culmi-
nando na desintegração dos genos, que formaram 1. A navegação e o comércio marítimo foram
as frátrias, as tribos e, por fim, as cidades-estado. desenvolvidos pelos gregos. Dentre os vários
Muitos abandonaram a Grécia, colonizando outras fatores que os levaram a isso, podemos citar,
regiões do Mediterrâneo: foi a segunda diáspora como causa inicial,
grega.
Cada cidade-estado ou pólis apresentava au- a) a pobreza do solo grego e a necessidade de
tonomia e governo próprio. Tinham certos elemen- novas terras para suprir suas necessidades.
tos característicos: a Acrópole (parte alta onde lo- b) o desejo de difundir a cultura grega.
calizava-se o templo religioso); Ágora (parte central, c) o fato de serem constantemente molestados
onde ocorriam discussões políticas). Neste período por povos bárbaros.
ocorre a estruturação da vida urbana. d) o seu amplo conhecimento geográfico e marí-
timo que despertava em seu povo a busca do
PERÍODO ARCAICO (SÉCULOS VIII A.C A VI desconhecido.
A.C) e) o fato de os mercadores gregos precisarem de
novos mercados consumidores.
O período arcaico é marcado pelo desen-
volvimento da vida urbana na Grécia. Sabe-se
que existiam mais de trezentas delas, mas para 2. (FATEC) “A cidade-estado era um objeto mais
o nosso estudo será importante apenas duas: Es- digno de devoção do que os deuses do Olimpo,
parta e Atenas. Elas correspondem a dois modelos feitos à imagem de bárbaros humanos. A perso-
distintos de organização política, o que mostra a nalidade humana, quando emancipada, sofre
descentralização do poder na Grécia. se não encontra um objeto mais ou menos dig-
no de sua devoção, fora de si mesma.”
ESPARTA Na antigüidade clássica, as cidades-esta-
dos representavam
Esparta, ou Lacedemônia, estava localizada
na região do Peloponeso, na planície da Lacônia. a) uma forma de garantir territorialmente a par-
Foi fundada pelos dórios, tribo de caráter essen- ticipação ampla da população na vida política
cialmente guerreira, o que solidificou em Esparta grega.
uma estrutura essencialmente militarista. Devi- b) um recurso de expansão das colônias gregas.
do ao seu militarismo, Esparta veio a se desenvol- c) uma forma de assegurar a independência polí-
ver de forma peculiar e distinta das demais pólis tica das cidades gregas entre si.
gregas. d) uma característica da civilização helenística
A política espartana era oligárquica, ou no sistema político grego.
seja, apenas a elite (minoria da população) tinha e) uma instituição política helenística no sistema
acesso ao poder. Essa organização baseava-se político grego.
num código atribuído a Licurgo, sendo o símbolo
da tradição e preservado pela elite.
A estrutura social de Esparta estava dividida 3. “Toda a educação tendia a fazer do menino
em: um soldado. Passava o tempo sob as ordens de
um monitor, fazendo ginástica e correndo no
• Espartanos: elite que possuía acesso ao po- campo, dormia no chão e era obrigado a roubar
der e que possuía terras - aristocracia; uma parte do que necessitava para viver. Cida-
• Periecos: nativos/pobres que viviam do ar- dão aos trinta anos, permanecia arregimenta-
tesanato e do comércio, atividades pouco valori- do. À noite jantava com os que deviam ser, na
zadas; guerra, os seus companheiros de tenda.”
• Hilotas: servos pertencentes ao Estado. O texto refere-se aos
Trabalhavam nas terras da elite).
a) fenícios.
É importante destacar que a educação es- b) espartanos.
partana era voltada para a formação de soldados, c) romanos.
visando sempre o aprimoramento físico e militar. d) atenienses.
Desde pequenos, os meninos eram submetidos a e) macedônios.
uma série de situações de perigo, para que assim
se acostumas- sem com o estilo de vida militar que
enfrentariam posteriormente. 4. As afirmativas a seguir estão relacionadas
com os povos gregos na antiguidade. e) Idade Antiga, mas foi eliminada, após a Revo-
lução Francesa, pela filosofia liberal.
1. Os atenienses criaram a democracia
como forma de governo. Dessa prática política,
estavam excluídos de participação as mulhe- 6. (FATEC – 2008) “Vivemos sob uma forma de go-
res, os estrangeiros e os escravos. verno que não se baseia nas instituições de nos-
2. Os atenienses construíram no século V sos vizinhos; ao contrário, servimos de modelo
a.C. um vasto império que controlava a Grécia, a alguns ao invés de imitar outros. Seu nome é
o Egito, a Palestina e a Babilônia. democracia, pois a administração serve aos inte-
3. A cidade de Esparta tinha uma estru- resses da maioria e não de uma minoria.”
tura social rígida e dividia-se em: espartanos, (Tucídides, “História da Guerra do Peloponeso”.
classe privilegiada; os periecos, que se dedica- Texto adaptado.)
vam ao comércio e os hilotas, pessoas que assu-
miam a função de servos. O trecho acima faz parte do discurso fei-
4. Os atenienses, durante as Guerras Mé- to por Péricles em homenagem aos atenienses
dicas, venceram os espartanos e, em seguida, mortos na guerra do Peloponeso.
fizeram a unificação de todas as cidades-esta- Por esse discurso é correto afirmar que
do gregas.
a) a guerra do Peloponeso foi injusta e trouxe
Estão corretas as afirmativas da alterna- muitas mortes tanto para os atenienses como
tiva: para os espartanos, que lutavam em lados
opostos pela hegemonia da Grécia.
a) 1 e 3 b) Péricles se orgulhava da cidade de Atenas por
b) 1, 3 e 4 ser ela uma cidade democrática, que não imi-
c) 3 e 4 tava o sistema político de outras cidades-Esta-
d) 2 e 3 do, mas era imitada por elas.
e) 1 e 2 c) Atenas e Esparta possuíam o mesmo sistema
político descrito por Péricles, a democracia,
mas divergiam sobre como implantá-lo nas
5. “A natureza faz o corpo do escravo e do ho- demais cidades-Estado gregas.
mem livre diferentes. O escravo tem corpo for- d) Atenas, por não partilhar do sistema político
te, adaptado para a atividade servil, o homem democrático de Esparta, criou a Liga de Delos
livre tem corpo ereto, inadequado para tais tra- e declarou Guerra à Liga do Peloponeso.
balhos, porém apto para a vida do cidadão. e) Esparta era a única cidade-Estado democráti-
Na cidade bem constituída, os cidadãos ca em toda a Grécia antiga e desejava implan-
devem viver executando trabalhos braçais (ar- tar esse sistema nas cidades-Estado gregas.
tesãos) ou fazendo negócios (comerciantes). Es-
tes tipos de vida são ignóbeis e incompatíveis
com as qualidades morais. Tampouco devem 7. (Unicamp) A Época Arcaica (séculos VIII-VI
ser agricultores os aspirantes à cidadania. Isso a.C.) é talvez o período mais importante da his-
porque o ócio é indispensável ao desenvolvi- tória grega. O período arcaico trouxe consigo
mento das qualidades morais e à prática das inovações capitais em todos os domínios. A no-
atividades políticas.” vidade maior é o desenvolvimento da polis (ci-
(ARISTÓTELES (384-322 a. C.). “Política” [Adapt.].) dade-estado grega) cuja característica essen-
cial é a unificação entre cidade e campo. Outras
Esta ideologia foi produzida na (o) conquistas da época arcaica foram o apareci-
mento da noção de cidadão e a codificação das
a) Período Homérico e manifesta o pensamento leis, que limitavam os poderes arbitrários dos
burguês em relação a todas as classes sociais. poderosos, a justiça torna-se, portanto, um ne-
b) Império Romano e apresenta resquícios nas gócio público.
discriminações étnicas vigentes nos Estados (Adaptado de M. Austin e R. Vidal-Naquet,
Unidos da América. Economia e sociedade na Grécia antiga.)
c) Antiga Grécia e reflete o preconceito - em rela-
ção às atividades manuais - também presente a) Cite três características da polis grega.
ao longo da história da sociedade brasileira.
d) Período Arcaico, em Atenas, quando era ne-
cessário estabelecer legitimações para as ex-
pansões colonialistas modernas.
b) Por que a codificação das leis foi uma etapa UNIDADE 5: GRÉCIA II
importante na formação da polis?
ATENAS
• Eupátridas (aristocratas)
9. Comparando-se a educação ateniense com a • Demos (povo)
espartana, conclui-se que: • Metecos (estrangeiros)
• Escravos (dívidas)
a) Os atenienses valorizavam a formação intelec-
tual e física do homem, enquanto os esparta- Quando os aristocratas acabaram com a au-
nos, o militarismo. toridade do basileus, Atenas conheceu o regime
b) As relações democráticas em Atenas possibi- oligárquico. Na Oligarquia, o Areópago, se fortale-
litavam que muitas mulheres se destacassem ce substituindo o poder do rei. Assim os eupátri-
na sociedade. das se consolidam no poder, passando a governar
c) Em Atenas desenvolveu-se o laconismo e em em benefício de sua classe social.
Esparta a xenofobia. Neste período, devido ao avanço comercial
d) Os espartanos valorizavam o militarismo e o e o conseqüente enriquecimento pelo comércio,
desenvolvi mento da cidadania. Atenas sofre transformações em seu governo e na
e) O desenvolvimento intelectual ateniense per- sua sociedade. As lutas entre as classes sociais, a
mitiu a instituição da democracia e o fim da instabilidade, o crescimento da polis juntamente
escravidão com o desenvolvimento do comércio são aponta-
dos como os principais fatores que desencadea-
ram estas reformas.
10. (MACKENZIE) As diferenças políticas e eco-
nômicas entre espartanos e atenienses culmi- REFORMADORES
naram no conflito armado denominado:
Drácon: estabeleceu as primeiras leis escri-
a) Guerras Médicas tas, organizando as antigas leis orais, transferindo
b) Guerras Púnicas a justiça para o Estado.
c) Guerra do Peloponeso Sólon: proporciona o fim da escravidão por
d) invasão macedônica dívidas. Implanta uma plutocracia (divisão do po-
e) Guerras Gaulesas der baseada na riqueza dos cidadãos).
Com a continuidade dos descontentamen-
tos políticos, bem como as conturbações sociais,
Atenas conhece o regime da Tirania, quando os ti-
ranos Psístrato, Hipias e Hiparco tomaram o poder
pela força.
Mas, é com Clístenes, no ano de 510 a.C. que
Atenas finalmente conhece a Democracia, pondo
fim à ditadura. Clístenes, o “pai” da democracia,
dividiu a Ática em 100 “demos”, dando origem há
10 tribos. Estas, por sua vez forneciam membros
para formar o Conselho dos 500 (Bulé). Este Conse-
lho, juntamente com a Assembléia Popular (Eclé-
sia) tinham em mãos o poder legislativo. A Eclésia
tinha também o poder de votar o ostracismo (exí-
lio de 10 anos) contra todos aqueles que pusessem enfra- quecimento, gerado pela disputa interna
a democracia ateniense em perigo. entre as cidades-esta- do, Felipe II, rei da Macedô-
Somente participavam da democracia os nia, estabelece seu domínio sobre os gregos ven-
cidadãos (homens, maiores de 18 anos, filhos de cendo-os na Batalha de Queronéia (388 a.C.).
pais atenienses). Mulheres, crianças, metecos e es- Mas é seu filho, Alexandre Magno (o Gran-
cravos não eram considerados cidadãos. de), que inicia as conquistas rumo ao Oriente, am-
pliando as fronteiras do Império Macedônio. Do
PERÍODO CLÁSSICO contato entre as culturas grega e oriental surge a
Civilização Helenística.
Este período foi marcado pelo imperialismo,
cultura e democracia ateniense. Mas enquanto
Atenas estava fortalecendo suas estruturas demo-
cráticas, o Império Persa expandia-se pelo oriente
e também para o oeste. A disputa político-econô-
mica pelo controle do comércio marítimo no mar
Egeu entre gregos e persas desencadearam as
Guerras Médicas (490 – 479 a.C.).
Em meio à guerra, Atenas forjou uma união
militar jamais vista, até então, dentro da Grécia: a
Confederação de Delos. Cada cidade-estado de- Toynbee, Arnold J. HELENISMO, HISTÓRIA DE UMA
veria enviar navios ou dinheiro para a ilha de De- CIVILIZAÇÃO)
los. Com a participação de quase todas as cidades
(polis) gregas, esta aliança militar, sob o comando ASPECTOS CULTURAIS DA GRÉCIA ANTIGA
de Atenas, tomou definitivamente a ofensiva con-
tra os persas. A religião grega era politeísta e antropo-
Após as Guerras Médicas, com a vitória gre- mórfica, uma vez que, os deuses possuíam formas
ga, Atenas passou a ser a cidade-estado mais im- e características humanas (fraquezas, paixões, vir-
portante exercendo grande domínio e influência tudes, etc.).
sobre as demais. Este período passou a ser con- As principais divindades eram: Zeus, deus
siderado “século de ouro” de Atenas. Governada dos deuses; Hera, deusa do matrimônio; Atena,
por Péricles, que consolidou a democracia ate- deusa da sabedoria; Afrodite, deusa do amor e da
niense, graças às reformas implantadas, a cidade beleza; Poseidon, deus do mar; Ares, deus da guer-
de Atenas conheceu o seu auge político, econômi- ra; entre outros.
co e cultural. O teatro grego era dividido em tragédia e
Mas como a democracia ateniense dependia comédia. Acessível praticamente a toda popula-
do imperialismo, do intenso comércio e dos tribu- ção, foi de grande importância na educação dos
tos cobrados das outras pólis, muitas cidades, que jovens. Na busca de respostas racionais recheadas
haviam permanecido oligárquicas, representada de um espírito crítico, os pensadores da época,
principalmente por Esparta, opunham-se ao ex- chamados de filósofos (amantes da sabedoria),
pansionismo de Atenas dentro da Grécia. construíram teoria diversas, destruindo crenças e
Assim, logo Esparta organizou sua própria mitos. A Filosofia é uma criação grega que deixou
confederação: a Liga do Peloponeso. Diante desse para o Ocidente um universo de leis e princípios
quadro, ficou inevitável o choque das duas prin- regulando a natureza e o pensamento humano.
cipais pólis gregas. Devido à rivalidade existente Mas o conhecimento dos gregos não se limitou a
entre as duas cidades-estado, Esparta liderando a filosofia: na medicina, Hipócrates, o “pai da Medi-
Liga do Peloponeso declara guerra ao imperialis- cina”, apresentou um comportamento científico,
mo ateniense. Inicia-se, então, a Guerra do Pelo- admitindo causas naturais para as doenças. Os
poneso (431 – 404 a.C.). Motivos políticos e econô- gregos também foram os primeiros a tratar a His-
micos causaram esta guerra, resultando na vitória tória com espírito científico, separando as lendas
militar de Esparta. dos fatos. Destaque para Heródoto, o “Pai da His-
tória”, que foi o historiador das Guerras Médicas,
PERÍODO HELENÍSTICO e Tucídides, que escreveu a História da Guerra do
Peloponeso.
Enquanto as cidades gregas entravam em Na arquitetura destacam-se os três estilos:
decadência, provocada pelas contínuas guerras e o dórico (mais simples e antigo); jônico: (adornos
disputas entre si, os macedônios estavam se for- em espiral no capitel); coríntio (capitel mais rebus-
talecendo, iniciando uma rápida expansão através cado).
de guerras de conquista. Aproveitando-se desse Na escultura grega, as grandes caracterís-
ticas eram a naturalidade, a harmonia das formas foram duradouras, já que após sua morte
e a visão idealista do homem. Fídias trabalhou na o império permaneceu unificado. Em re-
decoração do Pártenon, o mais famoso templo lação à cultura, os resultados foram efê-
grego. meros, não tendo influência nos demais
períodos históricos.
EXERCÍCIOS
As alternativas corretas são:
1. (UEL) “Foi na Grécia de Homero que surgiu
uma maneira até então desconhecida de fazer a) I e II
política: o rei deixou de ser onipotente e seu po- b) II e III
der foi paulatinamente partilhado e disputado c) II e IV
entre os cidadãos. Era o início de um fenômeno d) I e IV
que se consolidaria a partir do século 6º a.C., na e) III e IV
Atenas de Sólon e Clístenes, e que se tornaria
um dos fundamentos da civilização ocidental: a
democracia.” 3. (UFPE) Na construção da sociedade ociden-
(Entrevista com Jean Pierre Vernant. Folha de S. tal, há um destaque, dado por muitos histo-
Paulo, 31 out. 1999. Caderno Mais!, p. 4.) riadores, aos feitos da civilização grega, nos
setores mais diversos da sua vida. Muitos feitos
Com base no trecho da entrevista e nos culturais dos gregos:
conhecimentos sobre o tema, assinale a alter-
nativa correta. a) permanecem atuantes na contemporaneida-
de, contribuindo para o pensamento ociden-
a) A afirmação de que o “poder foi paulatinamen- tal, inclusive na formulação de seus valores
te partilhado e disputado entre os cidadãos” estéticos e políticos.
considera que na democracia grega todos os b) distanciam-se totalmente dos princípios dos
habitantes podiam eleger e ser eleitos para nossos tempos, não sendo retomados pelos
car- gos políticos. pensadores do mundo atual.
b) A democracia grega foi um fenômeno isolado c) estão restritos aos tempos da Antigüidade
e, por isso, não teve influência significativa nos clássica, onde predominavam os interesses da
rumos da política na civilização ocidental. aristocracia comercial de Atenas.
c) Os gregos desconheciam, até o governo de d) permanecem na contemporaneidade princi-
Sólon e Clístenes, no século 6º a.C., qualquer palmente no que tange a religião, pois o cris-
forma de fazer política. tianismo surgiu em Atenas.
d) A “maneira até então desconhecida de fazer e) ficaram restritos às conquistas estéticas da ar-
política”, a que o texto se refere, é a democra- quitetura e dos jogos olímpicos, que se torna-
cia grega, que permitiu aos cidadãos partici- ram mundiais.
parem das questões relativas à coletividade.
e) Na democracia grega, que se consolidou a
partir do século 6º a.C., o rei detinha o poder 4. A partir do século VIII a.C. as cidades-Estado
absoluto, decidindo sobre todas as questões gregas conheceram um rápido processo de con-
públicas. solidação de suas estruturas internas, e dadas
as condições locais, iniciaram o estabelecimen-
to de domínios territoriais em várias regiões do
2. Sobre o período clássico e helenístico, anali- Mediterrâneo. O fator determinante para o es-
se as proposições a seguir: tabelecimento dessas áreas coloniais foi:
I. O período clássico foi marcado pela abso- I. A derrota para os troianos, seguido de um
luta paz, já que a democracia ateniense acentuado declínio econômico.
tinha alcançado seu auge. II. A busca de recursos minerais e o desen-
II. As guerras médicas e principalmente a do volvimento de novas técnicas náuticas.
Peloponeso fragilizaram as pólei gregas, III. A escassez de terras cultiváveis e um cres-
que acabara sendo conquistadas pelos cimento populacional significativo.
macedônios.
III. Alexandre Magno promoveu a fusão en- Está (ão) correta (s) somente:
tre a cultura grega e oriental, formando a
chamada cultura helenística. a) I. c) III. e) II e III.
IV. As conquistas territoriais de Alexandre b) II. d) I e II.
5. A civilização grega da Antigüidade deixou UNIDADE 6: ROMA I
para outras sociedades um amplo legado que
se expressa em vários campos, como o cultural Roma, fundada pelos etruscos, desenvolveu-
e o político. Das alternativas a seguir assinale -se na Península Itálica. Sua história está dividida
aquela que NÃO corresponde a um legado da em três períodos: Realeza, República e Império.
Grécia Antiga. A sua origem também está vinculada a uma
versão lendária, relatada por Tito Lívio em sua His-
a) Os primeiros relatos tidos como históricos fo- tória de Roma, e reforçada na obra Eneida, do poe-
ram atribuídos a autores gregos como Heródo- ta romano Virgílio.
to e Tucídides. Os primitivos habitantes da região estavam
b) A concepção criada pelos gregos do exército divididos em tribos: os Italiotas (latinos, sabinos,
como uma força permanente, composta de samnitas); os Etruscos; e também os Gregos.
soldados profissionais.
c) As representações teatrais (tragédias e comé- REALEZA (753 – 509 A.C)
dias) surgidas na Grécia no contexto das festi-
vidades dionisíacas. O poder, durante esta primeira fase, está
d) O regime democrático nascido a partir da ex- centrado nas mãos do rei.
periência política característica da cidade gre- Foi neste período em que ocorreu a estratifi-
ga de Atenas. cação social romana. A sociedade estava dividida
e) O desenvolvimento, na Grécia, do pensamen- em: patrícios (aristocracia); clientes (prestavam
to filosófico através do qual se poderia com- serviços aos patrícios); plebeus (comerciantes, ar-
preender de forma diferenciada o universo. tesãos e camponeses).
LUTAS SOCIAIS
a) proposta pelos irmãos Graco, Tibério e Caio, De acordo com os textos e com os conhe-
era uma tentativa de ganhar apoio popular cimentos sobre o tema é correto afirmar:
para uma nova eleição de Tribunos da Plebe,
pois pretendiam reeleger-se para aqueles car- a) Iniciou-se neste período, de acordo com o édi-
gos. to de Nero, um processo de reformas no latim
erudito, visando torná-lo mais acessível às
classes populares em ascensão na sociedade
romana, devido ao desenvolvimento comer-
cial.
b) A ausência de transformações sociais em
Roma fez com que o Senado desejasse retirar
a liberdade de ex-escravos, pois estes, sendo 8. (Unicamp) No ano de 73 a. C., um grande nú-
tão numerosos, impediam o desenvolvimento mero de escravos e camponeses pobres se rebe-
comercial e fabril. laram contra as autoridades romanas no sul da
c) Embora os ex-escravos fossem motivo de cha- Itália. Os escravos buscavam retornar às suas
cota para muitos membros da elite romana, pátrias. Depois de resistirem aos exércitos ro-
Nero deveria promover uma reforma política, manos durante dois anos, a maioria foi massa-
ampliando os direitos econômicos das classes crada.
pobres que se agitavam em razão da escassez (Traduzido e adaptado de P. Brunt, Social
de gêneros alimentícios. Conflicts in the Roman Republic )
d) As transformações sociais expressas pela lin-
guagem dos referidos autores demonstram a) Compare a escravidão na Roma Antiga e na
que o latim perdeu a força unificadora do Im- América Colonial, identificando suas dife-
pério, dando lugar às línguas locais como o renças.
português, o espanhol, o italiano e o francês.
e) Processava-se uma ruptura na sociedade ro-
mana, pois os ex-escravos, motivo de zomba-
ria das elites, com o passar do tempo torna-
ram-se numerosos, tendo ascendido até as
mais elevadas categorias sociais. b) Quais foram as formas de resistência escra-
va nesses dois períodos?
a) as Guerras Médicas
b) a Guerra do Peloponeso
c) a Criação do Colonato
d) a Guerra Púnica
e) a retirada para o monte sagrado
CRISTIANISMO
a) Apenas I e III.
b) Apenas I e IV.
c) I, II e III.
d) I, II e IV.
e) Apenas II e IV.
OS TRATADOS IBÉRICOS
a) Testou métodos de tortura que depois passou 6. (UFPR) O Brasil Colônia teve como base uma
a utilizar na Metrópole. economia e uma sociedade centradas no traba-
b) Cuidou de não se entregar aos excessos re- lho escravo e na grande lavoura para a exporta-
pressivos a que se habituara na Metrópole. ção. Comente essa afirmação.
c) Relaxou seu controle, conformando-se ao
‘’não existe pecado abaixo do equador’’.
d) Utilizou procedimentos que pouco diferiam
dos empregados na Metrópole.
e) Trabalhou em conjunto com a sua congênere
espanhola, visando maior eficácia.
b) Caracterize o comércio triangular entre Eu- 8. (PUC – Camp) As características dos primei-
ropa, África e América neste período. ros núcleos de ocupação no Brasil, dos quais
emergiram os mencionados grupos sociais nas-
centes, revelam o tipo de colonização empreen-
dida por Portugal e predominante na América
Latina, denominado pela historiografia de:
EXERCÍCIOS
3. (UFG-GO) No período da União Ibérica (1580-
1640), o domínio espanhol sobre Portugal pro- terminou em 1700, com a retirada pacifica do
vocou também mudanças político-econômicas exército holandês, após a intermediação di-
importantes no império colonial português. Ex- plomática do rei Luis VXI da França.
plique uma das mudanças ocorridas na América
portuguesa, resultante da dominação espanho-
la. 6. (UFV-MG) Durante a segunda metade do sécu-
lo XVII, os portugueses perderiam grande parte
do controle do comércio do Oriente e das rotas
do Oceano Índico para os holandeses, que, por
sua vez, logo se veriam superados pelos ingle-
ses. Holandeses e ingleses deviam seu sucesso
à capacidade de organizar e financiar seus em-
4. (UNESP) “Foi assim possível dispor um se- preendimento simultaneamente militares e co-
gundo ataque ao Brasil, desta vez contra uma merciais.
capitania mal aparelhada na sua defesa, mas a
principal e a mais rica região produtora do açú- a) Qual o principal instrumento de política co-
car do mundo de então. Existiam aí e nas capi- lonial dos holandeses e ingleses?
tanias vizinhas mais de 130 engenhos que, nas
melhor safras, davam mais de mil toneladas de
produto.”
(J.A. Gonçalves de Mello)
O texto refere-se à:
UNIDADE 6: TRATADOS
TERRITORIAIS
b) Apresente pontos de divergência, presentes TRATADO DE MADRI-1750
na Historiografia Brasileira, a respeito da O grande acordo que limitava as fronteiras
ação dos Bandeirantes. entre os impérios coloniais ibéricos na América.
Através dele, a Coroa de Portugal se assenhoreava
do norte, centro-oeste e sul do Brasil (em especial
o Território dos Sete Povos das Missões). Princípio
do “uti possidets”, isto é, a posse da terra garan-
tia a propriedade desta. É o que aconteceu com a
Amazônia, que pertencia a Espanha e passou a ser
de Portugal. Contudo, este tratado não foi respei-
tado por ambos os lados.
A GUERRA DOS MASCATES
TRATADO DE SANTO ILDEFONSO-1777 (1710 – PERNAMBUCO)
Este tratado entregava a propriedade do Os fazendeiros de Olinda detinham o poder
Território dos Sete Povos das Missões e da Colô- político, pois a Câmara Municipal ficava nesta ci-
nia de Sacramento (atual Uruguai), ao domínio da dade, enquanto que os comerciantes de Recife de-
Espanha. Já a Amazônia e parte do atual Centro- tinham o poder econômico. Diante desta situação,
Oeste, foi entregue à Portugal. os comerciantes (mascates) de Recife exigiram
participação política. Imediatamente, os fazendei-
A CRISE DO SISTEMA COLONIAL ros de Olinda reagiram iniciando o conflito.
O governo português interveio e no ano se-
Movimentos nativistas guinte Recife foi elevada a condição de Vila, tor-
A partir do século XVII, o Brasil conheceu vá- nando-se assim a sede administrativa de Pernam-
rias revoltas internas que foram denominadas Re- buco.
voltas Nativistas. Estas revoltas não objetivavam a
independência do país, mas sim buscavam resol- REBELIÃO DE VILA RICA OU REVOLTA DE FELIPE
ver os entraves políticos e econômicos locais. DOS SANTOS (1720 – VILA RICA, MG)
A população de Vila Rica estava insatisfeita
A REVOLTA DE BECKMAN (1684 – MARANHÃO) com a alta cobrança de impostos. A situação agra-
Teve como causa principal o uso da mão-de- vou-se quando o governo português anunciou a
-obra indígena. Devido a uma grande crise econô- instalação da Casa de Fundição, onde o ouro seria
mica na região os fazendeiros, sem condições de transformado em barras e quintado, proibindo sua
importar mão-de-obra escrava africana, usavam o circulação em pó ou em pepitas, o que dificultaria
índio. o contrabando.
Os jesuítas, não concordando com a explo- Felipe dos Santos organizou um movimento
ração do índio, exigiram a proibição da escravidão e exigiu mudanças. Portugal, estrategicamente,
indígena junto ao governo português. O rei de Por- prometeu atender-lhes as exigências. Mas assim
tugal, então, proibiu o uso da mão-de-obra indíge- que conseguiu reunir tropas suficientes, os Dra-
na e criou uma companhia de comércio para trazer gões da Cavalaria, para conter a revolta, o governo
escravos africanos e, em troca, receberiam o mo- português lançou-se contra os revoltosos de Vila
nopólio comercial na região. Rica. Numa ação muito violenta, na qual vários
Diante da exploração e monopólio da Com- rebeldes foram presos e mortos, suas casas quei-
panhia de Comércio do Maranhão por parte do madas, Felipe dos Santos foi executado e esquar-
governo português, os colonos reagiram. Este epi- tejado, num claro objetivo de inibir qualquer movi-
sódio ficou conhecido como revolta de Beckman, mento contra a coroa portuguesa.
lembrando o sobrenome dos líderes, os irmãos
Tomás e Emanuel Beckman. O governo português EXERCÍCIOS
reprimiu violentamente a revolta, no entanto, a
Companhia de Comércio do Maranhão foi extinta, 1. (UFPE) Portugal enfrentou resistências para
depois de confirmada as queixas dos revoltosos. manter sua dominação sobre o Brasil. Algumas
rebeliões revelaram a insatisfação da popu-
A GUERRA DOS EMBOABAS lação diante das cobranças dos tributos e das
(1708-1709 - MINAS GERAIS) formas de dominação existentes. Na região das
Foi um conflito entre paulistas e forasteiros Minas Gerais, em 1720, houve a Revolta de Vila
(emboabas) e teve como principal causa, a disputa Rica, a qual:
pelas regiões ricas em ouro nas Minas Gerais. ( ) Formulou um manifesto baseados nas idéias
Os paulistas, por serem pioneiros, não acei- iluministas, conseguindo a adesão do clero e
tavam a presença dos forasteiros na região. Mas a dos comerciantes, insatisfeitos com as cobran-
guerra foi vencida pelos emboabas e os paulistas ças de impostos.
foram expulsos da região, penetrando mais ainda ( ) Conseguiu fortalecer a idéia de abolição da es-
no interior do território brasileiro. cravatura, com apoio dos grandes comercian-
§ Episódio marcante: tes da região.
Capão da Traição, onde muitos paulistas ( ) Foi um movimento dirigido contra a cobrança
foram cercados pelos emboabas. Diante da pro- de tributos, sem as propostas libertárias pre-
messa de que ninguém seria morto, os paulistas sentes em outras rebeliões do século XVIII.
se renderam e entregaram as armas. Entretanto, o ( ) Teve amplas repercussões na colônia e amea-
comandante emboaba, Bento do Amaral Coutinho çou o governo português com suas estratégias
ordenou o ataque e massacrou os rivais. militares.
( ) Ficou limitada aos protestos feitos na região ração do Antigo Regime pela Santa Aliança.
de Minas, sendo liderada por Felipe dos San- b) A Guerra da Restauração.
tos, que, afinal, foi puindo por Portugal. c) Intensificou-se a crise do regime absolutista,
culminando com a Revolução Francesa.
d) Incentivou-se a luta pela participação popular,
2. Sobre a Guerra dos Emboabas, é possível culminando com a Revolução Gloriosa.
AFIRMAR que ela se constituiu: e) Estimularam-se os ideais nacionalistas radi-
cais, provocando a Independência da América.
a) Em um conflito opondo paulistas e forasteiros
pelo controle das áreas de mineração e ten-
sões relacionadas com o comércio e a especu- 4. A Guerra dos Emboabas, a dos Mascates e a
lação de artigos de consumo como a carne de Revolta de Vila Rica, verificadas nas primeiras
gado, controlada pelos forasteiros. décadas do século XVIII, podem ser caracteriza-
b) Em uma rebelião envolvendo senhores de mi- das como:
nas de regiões distantes dos maiores centros
– como Vila Rica – que não aceitavam a legis- a) Movimentos isolados em defesa de idéias libe-
lação portuguesa referente à distribuição das rais, nas diversas capitanias, com a intenção
datas e a cobrança do dízimo, de se criarem governos republicanos.
c) No primeiro movimento colonial organizado b) Movimentos de defesa das terras brasileiras,
que tinha como principal objetivo separar a que resultaram num sentimento nacionalista,
região das Minas Gerais do domínio do Rio de visando à independência política.
Janeiro, assim como da metrópole portugue- c) Manifestações de rebeldia localizadas, que
sa, e que teve a participação de escravos, contestavam aspectos da política econômica
d) No mais importante movimento nativista da de dominação do governo português.
segunda metade do século XVIII, que envolveu d) Manifestações das camadas populares das
índios cativos, escravos africanos e pequenos regiões envolvidas, contra as elites locais, ne-
mineradores e faiscadores contra a criação gando a autoridade do governo metropolita-
das Casas de Fundição. no.
e) Na primeira rebelião ligada aos princípios do
liberalismo, pois defendia reformas nas práti-
cas coloniais e exigia que qualquer aumento 5. No século XVIII, a colônia Brasil passou por
nos tributos tivesse a garantia de representa- vários conflitos internos. Entre eles temos a:
ção política para os colonos.
a) Guerra dos Emboabas, luta entre paulistas e
gaúchos pelo controle da região das Minas Ge-
3. (PUC – SP) O nosso foi um Século das Luzes rais. Essa guerra impediu a entrada dos foras-
dominantemente beato, escolástico, inquisito- teiros nas terras paulistas e manteve o controle
rial; mas elas se manifestaram nas concepções da capitania de São Paulo sobre a mineração.
e no esforço reformador de certos intelectuais b) Revolta Liberal, tentativa de reagir ao avanço
e administradores, enquadrados pelo despotis- conservador da monarquia portuguesa, que
mo relativamente esclarecido de Pombal. Seja usava de seus símbolos monárquicos e das
qual for o juízo sobre este, a sua ação foi deci- baionetas do Exército da Guarda Nacional,
siva e benéfica para o Brasil, favorecendo ati- como forma de cooptar e intimidar os colonos
tudes mentais evoluídas, que incrementariam portugueses.
o desejo de saber, a adoção de novos pontos c) Revolta de Filipe dos Santos, levante ocorrido
de vista na literatura e na ciência, certa reação em Vila Rica e liderado pelo tropeiro Filipe dos
contra a tirania intelectual do clero e, finalmen- Santos. O motivo foi a cobrança do quinto, a
te, o nativismo. quinta parte do ouro fundido pelas Casas de
(Antonio Candido. “Formação da Literatura Fundição controladas pelo poder imperial.
Brasileira”. São Paulo: Martins, v. 1, 1959 d) Farroupilha, revolta que defendia a proclama-
ção da República Rio-Grandense (República
O declínio da economia mineradora brasileira, dos Farrapos) como forma de obter liberdades
no final do século a que o texto se refere, coin- políticas, fim dos tributos coloniais e proibição
cidiu com profundas mudanças ocorridas na so- da importação do charque argentino.
ciedade européia e nas relações entre metrópo- e) Cabanagem,movimento de elite dirigido por
les e suas colônias. No plano político, padres, militares e proprietários rurais, que
propunham a proclamação da república como
a) Caracterizou-se isso pela tentativa de restau- forma de combater o controle econômico
exercido pelos comerciantes portugueses.
UNIDADE 6
1. F - F - V - F - V
2. a
3. c
4. c
5. c
6. a
7. a
MATEMÁTICA 1
UNIDADE 1 UNIDADE 4
CONJUNTOS FUNÇÕES II
UNIDADE 2 UNIDADE 5
CONJUNTOS NUMÉRICOS FUNÇÕES III
UNIDADE 3 UNIDADE 6
FUNÇÕES I FATORAÇÃO
UNIDADE 01: CONJUNTOS PERTINÊNCIA
Ex.: A = {x/x é letra que forma a palavra ma- CONJUNTO DAS PARTES DE UM CONJUNTO A
temática}
B = {x/x é cor da bandeira do Brasil} O conjunto das partes de um conjunto A é o
conjunto formado por todos os subconjuntos de A,
POR FIGURAS incluindo o conjunto vazio.
Ex.: Seja A = {1, 2, 3}
Para se representar um conjunto por figuras P(A) = {∅, {1}, {2}, {3}, {1,2}, {1,3}, {2,3}, {1,2,3}}.
utiliza-se o Diagrama de Venn.
Teorema: “Se A tem k elementos, então
Ex: Se A = {1, 2, 3, 4}, então: P(A) tem 2k elementos”.
Observações
→ Relação entre inclusão e pertinência:
x ∈ A ⇔ {x} ⊂ A
x ∉ A ⇔ {x} ⊄ A
OPERAÇÃO ENTRE CONJUNTOS 10 gostam de espanhol e inglês, 30 gostam de es-
panhol e 35 gostam de inglês. Quantos não gostam
UNIÃO OU REUNIÃO de espanhol nem de inglês?
A ∪ B = {x/x ∈ A OU x ∈ B}
20 + 10 + 25 + x = 65
x = 65 - 10 - 20 - 25
INTERSECÇÃO x = 10
a) 0∈A
b) 1⊂A
c) {3} ∈ A
d) {3} ⊂ A
e) {1,2} ⊂ A
f) Ø⊂A
Note: A – B ≠ B – A g) Ø∈A
h) 3∈A
Exercício resolvido: Numa sala de 65 alunos,
3. Julgue os itens a seguir: 8. A região hachurada, na figura abaixo, repre-
senta o conjunto:
a) 1 ∈ {1,2,3,5}
b) 1 ⊂ {1,2,3,5}
c) Ø ⊂ {1,2,3,5}
d) Ø ∈ {1,2,3,5}
e) Ø ∈ { Ø,2,3,5}
f) Ø ⊂ { Ø,2,3,5}
g) {2} ⊂ {1,3,4,{2},4}
h) {2} ∈ {1,3,4,{2},4}
produto nº de consumidores
Xampu 39
Perfume 35
Hidratante 33
a) E, F e G Perfume e xampu 12
b) E∪F Xampu e hidratante 15
c) F-G Perfume e hidratante 10
d) (E ∩ G) - F Perfume, hidratante e xampu 7
a) -7 e IN
]a, b [ = {x ∈ IR /a < x < b} b) eQ
Intervalo aberto em a e aberto em b. c) 4eZ
d) 1/2 e Z
e) e conjunto dos irracionais
[a, +∞[ = {x ∈ IR / x ≥ a} f) eQ
g) 0,1666... e Q
h) e IN
] -∞, b[ = {x ∈ IR / x < b} i) -2 e Z
a) ]-4;4]
EXERCÍCIOS b) [1;4]
c) [2;∞[
1. (UEL - 2000) Com base nas propriedades de d) ]4;7[
números inteiros, é correto afirmar: e) [-2;0]
f) ]-∞;1]
6. Sendo A=[1;7] e B=[3;9[, determine os conjun- O gráfico acima relaciona a população mun-
tos abaixo: dial em função do ano. É imediato perceber que,
quanto mais recente a época, maior a população
a) Α∪Β mundial.
b) Α∩Β
c) A–B PLANO CARTESIANO (IR X IR)
d) B–A
Consideremos dois eixos orientados x (eixo
das abscissas) e y (eixo das ordenadas) perpendi-
7. Se A = {x ∈ IR/ 2<x<5 } e B = {x ∈ IR/ culares em O (origem), os quais determinam o pla-
3≤x<8}, determine A ∩ B. no α, chamado plano cartesiano.
Esses eixos perpendiculares entre si divi-
dem o plano em quatro regiões chamadas de qua-
8. Se A = {x ∈ Z/ -3<x≤1} drantes.
e B = {x ∈ IN/ x2<16}, então B-A é o conjunto:
a) {-2, -1, 0, 1, 2, 3}
b) {-3, 2, 3}
c) {0, 1, 2, 3}
d) {1, 2, 3}
e) n.d.a.
UNIDADE 3: FUNÇÕES I
RELAÇÕES BINÁRIAS
Para cada par ordenado (xp,yp) que perten-
Há diversas maneiras de representar uma cem ao plano α, associa-se um ponto P do plano
relação entre duas grandezas. que tem as seguintes características:
Por exemplo, na matemática há uma rela- xp é a abscissa de P, xp ∈ IR.
ção entre o número de vértices de um polígono Yp é a ordenada de P, yp ∈ IR.
convexo e o número de diagonais. Essa relação O = (0,0) é chamada de origem.
nos leva a dizer que o número de diagonais depen-
de do número de vértices. Considerando n o nú-
mero de vértices de um polígono e d o número de
diagonais, tem-se que:
a) C = 0,10 + 0,03P
b) C = 0,10P + 0,03
c) C = 0,10 + 0,03(P – 1)
d) C = 0,09 + 0,03P
e) C = 0,10(P – 1) – 0,07
FUNÇÃO CRESCENTE
x y (x, y)
2 y = 2/2 = 1 (2, 1)
4 y = 4/2 = 2 (4, 2) “a um valor maior de x corresponde um va-
6 y = 6/2 = 3 (6, 3) lor maior de ƒ(x) ou de y.”
8 y = 8/2 = 4 (8, 4)
FUNÇÃO DECRESCENTE
Identificamos os pontos encontrados no
plano cartesiano: Se I ⊂ D (ƒ), ƒ é decrescente em I ⇔ x2 > x1 ⇒
ƒ(x2) < ƒ(x1), ∀ x1, x2 I.
EXERCÍCIOS
FUNÇÕES SOBREJETORAS
Exemplos:
1) Considere os conjuntos A = {-1,0,1, -2, 3} e
B = {0,1,4,9} e seja f:A → B definida por f(x) = x2 e
representada pelo diagrama abaixo.
Exemplos:
1) Considere os conjuntos A = {1,2,3,4} e B =
{2,3,4,5} e seja f:A → B definida por f(x) = x+1 e repre-
sentada pelo diagrama abaixo.
a) –2
b) –1
c) 1
d) 4
e) 5
EXERCÍCIOS
7. (UEL – 2005) Sejam as funções f: ℜ →ℜ, g: ℜ →ℜ,
1. Seja a função f(x) = 3x-4, definida de IR em IR; h: ℜ+→ℜ+ e j: ℜ+→ℜ+, cujos gráficos estão repre-
determine: sentados a seguir:
a) a inversa de f
b) o valor da inversa quando x = 2
a) f(g(x))
b) g(f(x))
a) –2
b) –1
c) 1
d) 2
e) 3
a) g(x) = (x+6)/2
b) g(x) = (x+2)/6
c) g(x) = (x-2)/2
d) g(x) = (x-2)/6
e) g(x) = (6-x)/2
a) g(x) = 6x+5
b) g(x) = 2x+2
Sobre essas funções, é correto afirmar: UNIDADE 6: FATORAÇÃO
a) f e g são funções bijetoras. A fatoração é o processo de se transformar
b) f é uma função injetora. uma soma de duas ou mais parcelas em um pro-
c) g é uma função sobrejetora. duto de dois ou mais fatores, com o intuito de sim-
d) h é uma função decrescente. plificar expressões, racionalizar denominadores,
e) j é a função inversa de h. entre outras diversas operações.
FATOR COMUM
8. (UEL) Sejam g, h e j funções de [–2 , 2] em [–8 ,
8], representadas pelos gráficos abaixo: Deve-se reconhecer o fator comum, sendo
ele numérico, literal ou misto, e colocá-lo em evi-
dência, simplificando a expressão algébrica.
AGRUPAMENTO
a) 5
b) 2
CUBO DA SOMA DE DOIS TERMOS c) 10
d) 21
e) 25
obtém-se:
EXERCÍCIOS a)
a) (3a + 2)2 c)
b) (ab + 3)2
c) (5ab + 2b)2 d)
d) (3 - y)2
e) (2xy - 2yz)2 e)
f) (y - 4x)2
3. Fatore as máximo as seguintes expressões, 7. (FATEC) Sendo a e b dois números reais com
utilizando a fatoração por fator comum em evi- a ≠ ± b ≠ 0, a expressão
dência ou a fatoração por agrupamento ou a fa-
toração por produtos notáveis
a) 2x + 2 n) 2x2 - 5x2
b) x2 - 1 o) 3x2ay + 2ax + 3xyb + 2b é equivalente a:
c) ax3 + bx2 + ax + b p) a2 + ab - a
d) 3a + 6ab q) x2 - 16 a) 1
e) xyz + 7z r) x2 - 2x + 1 b)
f) xyz + abc s) a3 - 3a2 - 4a + 12
g) 3a + 9 t) 12xyz + 14xyde + 6yz c)
h) x2 - 25 u) 9x2 + 12x + 4
i) 2x3 + 3x2 + 4x + 6 v) a2 + ab d) a - b
j) x2 + 6x + 9 w) x2 - 6x + 9 e) a + b
k) x4 - 1 x) x3 + 3x2y + 3xy2 + y3
l) 4x2 - 4x + 1 y) a2b2 - 6ab2 + 9b2
m) 7x + 14x2 8. (U.E.FEIRA DE SANTANA) Simplificando a ex-
pressão
7. {3}
8. e
9. b
10. 450
obtém-se: 11. 72
12. c
a) 13. c
b) UNIDADE 2
1. e
c) 2. e
3. d
d) 4. a) ∉∈
b) ∉
e) c) ∈
d) ∉
e) ∈
f) ∈
GABARITO g) ∈
h) ∈
UNIDADE 1 6. a) [1;9]
1. a) V b) [3;7]
b) V c) [1;3[;
c) F d) ]7;9]
d) F 7. [3;5[
e) V 8. b
f) V
g) V UNIDADE 3
2. a) V 1. a) 16,7ºC
b) F b) 100,4ºF
c) V c) 32ºF
d) F 2. a) ; ;
e) V b) 1,728m³;
f) V c) 8000litros;
g) F d) 3,78 cm³.
h) F 3. a) R$ 12,90;
3. a) V b) 21 km
b) F 4. c
c) V 5. c
d) F 6. a) é função;
e) V b) não é função (elemento -2 do conjunto A não
f) V está relacionado ao B);
g) V c) é função;
h) F d) não é função (elemento 16 do conjunto A está
4. a) A⊂B associado a dois elementos do conjunto B).
b) A⊂C 7. c
c) B⊄C 8. a
5. {1,3,5}; {1,3}; {1,5}; {3,5}; {1}; {3}; {5}; Ø
6. a) {0, 1, 2, 3, 5} UNIDADE 4
b) {0, 1, 2, 3, 4, 6, 8} 1. a) 1º;
c) {0, 2, 4, 5, 6, 7, 8, 9} b) 4º;
d) {0, 2, 3, 5, 7, 9} c) 1º;
e) { } d) 3º;
f) { } e) 2º;
g) {0,2,3} f) eixo das ordenadas;
h) {0,1,2,3} g) eixo das abscissas;
i) {0,2,5} h) 2º
j) { } 2. a) Im={-1,1,3};
b) Im={0,1} w) (x - 3)²
5. crescente x) (x + y)²
6. constante: [-1,0]U[3,4]; crescente: [0,1]; decres- y) (ab - 3b)²
cente: [1,3] 4. d
7. a) ímpar; 5. b
b) par; 6. c
c) ímpar; 7. b
d) par 8. e
UNIDADE 5
1. a) f-1(x)=(x+4)/3;
b) 2
2. a) 5x-7;
b) 5x-11
3. b
4. a
5. c
6. e
7. e
8. e
9. b
10. d
UNIDADE 6
1. a) 9a2 + 12a + 4
b) a2b2 + 6ab + 9
c) 25a2b2 + 10ab2 + b²
d) 9-6y + y²
e) 4x2y2 - 8xy2z + 4y²z²
f) y2 - 8xy + 16x²
2. a) 9a2 - 1
b) a2b2 - 4
c) 25a2 - y²
d) 8a3 + 12a2 + 6a + 1
e) 8b3 - 24b2 + 24b - 8
f) a3 + 9a2 + 27a + 27
3. a) 2(x + 1)
b) (x + 1)(x - 1)
c) (ax + b)(x2 + 1)
d) 3a(1 + 6b)
e) z(xy + 7)
f) não há como fatorar
g) 3(a + 3)
h) (x + 5)(x - 5)
i) (2x + 3)(x2 + 2)
j) (x + 3)²
k) (x2 + 1)(x2 - 1)
l) (2x - 1)²
m) 7x(1 + 2x)
n) -3x²
o) (ax + b)(3xy + 2)
p) não há como fatorar
q) (x + 4)(x - 4)
r) (x - 1)²
s) (a2 - 4)(a - 3)
t) 2y(6xz + 7xde + 3z)
u) (3x + 2)²
v) a(a + b)
MATEMÁTICA 2
UNIDADE 1 UNIDADE 4
MATRIZES I PROPRIEDADES DOS DETERMINANTES
UNIDADE 2 UNIDADE 5
MATRIZES II SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES
UNIDADE 3 UNIDADE 6
DETERMINANTES CLASSIFICAÇÃO DE SISTEMAS
UNIDADE 1: MATRIZES I Pensando do mesmo modo,
TIPOS DE MATRIZES
⇒ exemplo : C = [
1 2 3]
1x3
Cada elemento da matriz é indicado por Matriz Coluna: É a matriz que possui uma
dois índices, aij. Com i {1, 2, 3, ..., m} e j {1, 2, 3, ..., n}. única coluna, ou seja, tem ordem m x 1.
O primeiro, i, indica a linha, o segundo, j, in-
dica a coluna onde o elemento se encontra. 6
Assim: ⇒ exemplo : D = 2
a23 → elemento da 2ª linha e 3ª coluna
8 3 x 1
a34 → elemento da 3ª linha e 4ª coluna
a11 → elemento da 1ª linha e 1ª coluna
amn → elemento da mª linha e nª coluna Matriz Nula: É a matriz que possui todos os
elementos iguais a zero.
A matriz m x n será representada de forma
abreviada por: 0 0 0
⇒ exemplo : E =
0 0 0 2 x 3
As matrizes são escritas, geralmente, entre Matriz Quadrada: É toda matriz cujo núme-
parênteses ( ), entre colchetes [ ] ou entre duas ro de linhas é igual ao número de colunas.
barras || ||. Mas atenção, a notação de apenas uma
barra | | é usada para determinante.
Exemplos:
9 4
a ) A3 x 2 = 5 6 Matriz A d
o tipo 3 x 2
1 − 3
matriz principal
5 − 4
b) B 2 x 2 = Matriz B d
o tipo 2 x 2
3 − 6
CONSTRUÇÃO DE MATRIZES
1 0
I2 =
0 1
1 0 0
I 3 = 0 1 0 OPERAÇÕES COM MATRIZES
0 0 1
Adição de Matrizes: A soma de duas matri-
zes A e B de mesma ordem é a matriz, também de
Matriz Oposta: é a matriz cujos elementos mesma ordem, obtida com a adição dos elemen-
apresentam o sinal contrário aos elementos da tos de mesma posição das matrizes A e B.
matriz A.
Dadas as matrizes:
A – B = A + (-B)
Matriz Anti-simétrica: É toda matriz qua-
drada A, tal que At = -A EXERCÍCIOS
8.
4. Se A = 12
e , determine a matriz (A + B)t.
4
3
Exemplo
INVERSÃO DE MATRIZES
A ∙ A-1 = I
Observações:
• I é uma matriz identidade de mesma ordem
que as matrizes A e B.
• Se existir a inversa, dizemos que a matriz A é
inversível e, em caso contrário, não inversível O próximo passo é fazer operações com as
ou singular. linhas de modo a deixar a identidade do lado es-
• Se a matriz quadrada A é inversível, a sua in- querdo.
versa é única. Dividindo toda a primeira linha por 2 obtem-
-se
Exemplo
Determinar a inversa da matriz:
a=2 c=1
b = -1 d = -1
EXERCÍCIOS
Portanto, a matriz A-1 (inversa de A) é a ma-
triz:
1. Se A = − 1 0 e B = 4 2 , encontre a matriz 2A – B/2.
2 1 1 0
2 0 1
2. Dadas as matrizes A = e B=
2 −
2
INVERSÃO DE MATRIZES USANDO −1 3 3 1
ESCALONAMENTO
Então a matriz –2·A·B é igual a:
Dada a matriz
pontuação
Vitória 3
Empate 1
Derrota 0 6. (UEL) Considere as matrizes A = (aij)3x2, onde
aij = (-1).i+j, e B = (bij)2x3, onde bij = (-1).j. Na matriz
A matriz que representa a pontuação final A·B, o elemento na posição “3ª linha e 3ª colu-
de cada país (na respectiva ordem da tabela 1), na” é igual a:
ao término dessa fase é:
a) 0
7 7 5 6 6 b) 1
2 1 4 1 1 c) -1
e) d ) c ) b) a ) d) 9
3 4 1 5 4
e) -9
6 6 6 4 5
5. (UEL) Uma nutricionista recomendou aos 8. (UEL) Dadas as matrizes A = (aij)3x2, definida
atletas de um time de futebol a ingestão de uma por aij = i-j, B (bij)2x3, definida por bij = j; C = (cij),
quantidade mínima de certos alimentos (fruta, definida por C = A∙B, é correto afirmar que o
leites e cereais) necessária para uma alimenta- elemento c23 é:
a) Igual ao elemento c12 Chama-se determinante associado à matriz
b) Igual ao produto de a23 por b32 A (ou determinante de 2ª ordem) o número real ob-
c) O inverso do elemento c32 tido pela diferença entre o produto dos elementos
d) Igual à soma de a12 com b11 da diagonal principal e o produto dos elementos
e) Igual ao produto de a21 por b13 da diagonal secundária.
Seja a matriz:
UNIDADE 3: DETERMINANTES
Os determinantes são números reais asso-
ciados a matrizes quadradas. Eles têm várias apli-
cações na Matemática, entre as quais a resolução 2º passo: Efetuamos a adição algébrica dos
de sistemas de equações lineares. produtos dos elementos indicados pelas setas
conforme o esquema:
DETERMINANTES DE 1ª ORDEM
2 0 1
A = 0 − 1 3 , 6. Se determine D =
2 1 0
Logo:
det A = (2.( −1). 0 + 0.3.2 + 1.0.1) − a) 0
b) 1
(2.( −1). 1 + 1.3.2 + 0.0.0) = (0 + 0 + 0) −
c) 2
(−2 + 6) = 0 − 4 = −4 d) 3
e) 4
EXERCÍCIOS
8. Para que o determinante da matriz seja nulo,
1. Ache o valor dos determinantes: o valor de a deve ser:
1 + a − 1
3 1 − a
a) 2 ou -2
b) 1 ou 3
c) -3 ou 5
d) -5 ou 3
2. Resolva as equações: e) 4 ou -4
EXERCÍCIOS
Exemplo:
Dadas as matrizes A e B: 1. Calcule o valor dos determinantes a seguir,
sem desenvolvê-los. Justifique a resposta.
MATRIZ INVERSA
Principal Posição
Secundária Sinal
Determinante Divide 2. Se
Exemplo:
Dada a matriz A, determinar sua inversa: É igual a:
a) -9
b) -6
c) 3
d) 6
e) 9
3.
a) 32
b) 48
c) 64
d) 80
e) 96
6. Seja A uma matriz A 3x3, se o det(A) = 5, então 10. (FUVEST) A é uma matriz quadrada de or-
o det(2A) é igual a: dem 2, inversível, e Det (A) o seu determinante.
Se Det (2A) = Det (A²), então Det (A) é igual a:
a) 20
b) 21
c) ½
d) 4
e) 16
a) 2
b) 4
c) 8
d) 32
e) 36
12. Sejam as matrizes A e C, de ordem 3, e Quando o termo independente b for igual
. a zero, a equação linear denomina-se equação li-
near homogênea.
Por exemplo: 5x – 3y = 0.
Uma solução evidente da equação linear
Se o Det A = 6 e. C = A∙B, então detC vale: homogênea 3x + y = 0 é a dupla (0,0), chamada de
solução trivial.
a) 24 Toda equação linear homogênea admite in-
b) 12 finitas soluções. Na equação acima, por exemplo,
c) –6 temos as soluções (1,-3), (2,-6), (-1,3), ...
d) –12
e) –24 SISTEMAS LINEARES
a) 7e7
b) 21 e 1/7
c) 21 e –7
d) 63 e –7
e) 63 e 1/7 (A Segunda equação deve ser entendida
como 0x + y + 5z = 9.)
Tal conjunto é chamado de sistema linear.
14. Determine x para que: Em que:
x, y, z são as incógnitas procuradas.
não seja inversível
SOLUÇÃO DE UM SISTEMA LINEAR
Veja o exemplo:
a) m – k = -8 d) m∙k = -13/2
Somando as equações (3) e (4) membro a b) km = -1 e) m + k = 8
membro: c) mk = 1/7
3. Certo dia, numa mesma casa de câmbio, Sas-
sa trocou 40 dólares e 20 euros por R$225,00 e
Lilli trocou 50 dólares e 40 euros por R$ 336,00.
Nesse dia, 1 euro estava cotado em:
Logo, y = -1.
Substituindo o valor de y em qualquer equa- a) R$ 3,80
ção utilizada, obtém-se: b) R$ 3,75
c) R$ 3,70
d) R$ 3,68
e) R$ 3,65
a) R$ 29,00
b) R$ 38,00 11. Um tipo de alimento é composto por açúcar,
c) R$ 47,00 milho e extrato de malte. A quantidade de mi-
d) R$ 74,00 lho dessa composição é o quádruplo da quanti-
e) R$ 83,00 dade açúcar. Sabendo que o preço por quilogra-
ma do açúcar, do milho e do extrato de malte
são, respectivamente, 80, 60 e 40 centavos e
7. (FUVEST) Um copo cheio de água pesa 325g. que o preço, por quilograma, daquele alimento
Se jogarmos metade da água fora, seu peso cai composto por esses ingredientes é 55 centavos,
para 180 g. O peso do copo vazio é: calcule a quantidade de açúcar que compõe 1
Kg daquele alimento.
a) 20 redondos e 40 retangulares.
D E T E R M IN A D O IN D E T E R M IN A D O
b) 30 redondos e 30 retangulares. a d m it e u m a ú n ic a s o lu ç ã o a d m it e in f in it a s s o lu ç õ e s
c) 40 redondos e 20 retangulares.
d) 10 redondos e 50 retangulares.
e) 50 redondos e 10 retangulares. SISTEMAS DE DUAS EQUAÇÕES COM DUAS
INCÓGNITAS
9. Um grupo de jovens participava de uma fes- Os sistemas lineares que possuírem duas
ta. Às 23h retiraram-se 12 garotas do grupo e o equações e duas incógnitas onde a, b, c e d são os
número de rapazes ficou sendo o dobro do de coeficientes e c e f são os termos independentes,
garotas. Em seguida, retiraram-se 15 rapazes e poderão ser classificados da seguinte forma:
o número de garotas ficou sendo o dobro do de
rapazes. Inicialmente, o número de jovens do
grupo era
Se , então o sistema será POSSÍVEL E
det A1 det A2 det An
x1 = , x2 = , , xn =
DETERMINADO; det A det A det A
a1 x + b1 y = c1
a2 x + b2 y = c2 Para resolvermos esse sistema pela regra de
Cramer, devemos definir D, Dx, Dy e Dz.
a1 b1 D será o determinante da matriz formada
a b2 é a matriz incompleta do sistema e
2 pelos coeficientes de x, y e z, de preferência na or-
c1 e c2 são os termos independentes do sistema. dem em que já se encontram, portanto:
a1 b1
D=
a2 b2
É o determinante da matriz in-
completa do sistema.
c1 b1
Dx =
c2 b2
É o determinante da matriz obti- Aplicando a regra de Sarrus, para o cálculo
da através da troca dos coeficientes de x pelos ter- de determinante 3x3, temos:
mos independentes, na matriz incompleta.
a1 c1
Dy =
a2 c2
É o determinante da matriz obtida
através da troca dos coeficientes de y pelos ter-
mos independentes, na matriz incompleta.
EXERCÍCIOS
1.
2.
Para calcularmos Dz, faremos o mesmo pro- O sistema terá infinitas soluções, para m
cedimento, ou seja, da matriz de D substituiremos igual a:
os coeficientes de z pelos termos independentes,
deste modo, no lugar dos números 1, -1 e 4, colo- a) m = 1 d) m = -2
caremos 0, 12 e -4. b) m ≠ -1 e) m ≠ 1
c) m = 1 e m = -1
Portanto, a) é impossível.
b) admite apenas uma solução.
c) admite apenas duas soluções.
d) admite apenas três soluções.
e) admite infinitas soluções.
GABARITO
6. O sistema de equações lineares dado abaixo,
é possível e determinado se: UNIDADE 01
1. e
2. a) 14
b) 90
c) 128
3.
7. O sistema linear abaixo tem solução se e so-
mente se:
4.
5. x = 4; y = 4; z = -1
6. 6)
a) a = 2b e c = 0
b) a≠c
c) c = 2b 7. a
d) a≠b e c=2 8. b
e) b=c 9. c
10. b
8. Os valores de a e b fazem com que o sistema
abaixo seja indeterminado. Então, a – b é igual UNIDADE 02
a: 1.
2. b
3. a
4. b
9. O sistema abaixo é:: 5. e
6. d
7. c
8. e
9. a
10. c
a) Determinado. UNIDADE 03
b) Impossível. 1. a) -11
c) Determinado e admite como solução (1, 1, 1). b) 26
d) Indeterminado. c) -2
e) N.d.a d) 15
e) 42
10. Para qual valor de m o sistema abaixo admi- f) 0
te infinitas soluções? 2. a) {5}
b) {0, 5}
c) {0, 3}
d) {7/3}
3. 22
4. -12
5. {-2, +2}
6. 71 7. c
7. E 8. -1
8. A 9. a
9. a) 10. b
b)
10. D
11. E
12. FVVVV
UNIDADE 04
1. a) det=0. Quando todos os elementos de uma
fila (linha ou coluna) forem iguais a zero, o de-
terminante será zero.
b) det=0, pois l1 = l3 (propriedade nº2)
c) det=0, pois l1 = l4 (propriedade nº2)
d) det=0, pois c3=(−1).c1 (propriedade nº3)
2. e
3. d
4. e
5. -36
6. D=40
7. 24
8. e
9. e
10. d
11. e
12. d
13. e
14. a) x = -5
b) x ≠-6
UNIDADE 05
1. a) (1, 3)
b) (3, 1, 1)
2. d
3. e
4. e
5. e
6. c
7. 35g
8. b
9. e
10. d
11. 125g
UNIDADE 06
1. c
2. a
3. (1, 2, 3)
4. e
5. e
6. m ≠ 2
MATEMÁTICA 3
UNIDADE 1 UNIDADE 4
NOÇÕES DE TRIGONOMETRIA POLÍGONOS
UNIDADE 2 UNIDADE 5
INTRODUÇÃO À GEOMETRIA QUADRILÁTEROS
UNIDADE 3 UNIDADE 6
TRIÂNGULOS CIRCUNFERÊNCIA
UNIDADE 1: NOÇÕES DE Por extensão, como B e C são ângulos com-
TRIGONOMETRIA plementares, ou seja, x + y = 90º, observamos que:
Resumindo:
TEOREMA DE PITÁGORAS
Exemplo 2
Calcule x no triângulo abaixo.
Exemplo 1
Considere o triângulo pitagórico ABC:
Vamos analisar os lados do triângulo a partir
do ângulo dado pelo problema, portanto, temos
a hipotenusa e o cateto oposto, logo usaremos o
seno do ângulo de 30°, que vale 1/2.
Portanto,
Se
Então
Portanto d)
e) rol é de 72m e que sen 20º = 0,34, determine a
distância do navio ao farol. (Despreze a altura
do navio).
- Ponto P;
- Retas r e ;
- Plano π.
Segmento de reta:
Ângulos formados por duas retas parale- Sabemos que x e 2x são ângulos suplemen-
las e uma transversal tares, isto é, a soma desses ângulos vale 180°, por-
Quando duas retas paralelas cortam uma tanto,
transversal, tem-se uma figura composta de oito
ângulos. Observamos que nesses oito ângulos,
quatro são agudos (menores de 90º) e quatro são
obtusos (maiores que 90º).
Retas reversas
Duas retas são reversas se, e somente se,
não exista um plano que as contenham.
5. Por um ponto fora de uma reta não se Note que, na figura acima, a reta r está con-
pode traçar mais que uma reta paralela à reta tida no plano α, mas s é secante ao plano.
dada.
6. Se dois pontos distintos de uma reta per- RETAS E PLANOS
tencem à um plano, então todos os pontos da reta
também pertencem ao plano. Paralelismo entre retas e planos
Uma reta é paralela a um plano se, e somen-
POSIÇÕES RELATIVAS ENTRE RETAS te se, não possuem pontos em comum.
Retas concorrentes
Duas retas são concorrentes se, e somente
se, possuírem um único ponto em comum.
O caso de retas perpendiculares é um caso
de retas concorrentes que formam 90° entre si.
r∩s = {Q}
t∩u = {P} r⋂α = {P}
Exemplo
1) Projeção ortogonal de um ponto:
α⋂β=⌀
α⋂β={r}
EXERCÍCIOS
a)
Note que se essas retas forem vistas sob ou-
tro ângulo, elas parecerão perpendiculares.
d)
|b-c|<a<b+c
O número de vezes em que o símbolo “//”
aparece (incluindo o já escrito) é: CLASSIFICAÇÃO DOS TRIÂNGULOS
Acutângulo
Neste triângulo, os três ângulos internos são
menores que 90º (agudos).
Triângulo Equilátero
Um triângulo é equilátero quando possui to-
dos seus lados congruentes, e consequentemente,
todos os ângulos internos desse triângulo são con-
gruentes.
Obtusângulo
Um triângulo é obtusângulo quando possui
um ângulo
Triângulo Escaleno
Um triângulo é escaleno quando seus três
lados possuem medidas diferentes e seus 3 ângu-
los possuem valores diferentes.
Exemplo
Classifique o triângulo pitagórico quanto
aos lados e aos ângulos.
Temos:
a) 1/3 d) √2/2
b) 1/2 e) √3/2
c) √3/2
UNIDADE 4: POLÍGONOS
Sejam dados n pontos (n>3) distintos no pla-
no, sem que haja três pontos consecutivos colinea-
res. Chamamos de polígono a região de um plano
limitada pelos segmentos de reta com extremida-
des unidas em dois pontos consecutivos.
a) 70 cm.
b) 40 cm.
c) 50 cm.
d) 60 cm.
e) 30 cm. CLASSIFICAÇÃO DOS POLÍGONOS
polígono côncavo
los do polígono, pode-se então obter a soma dos
ângulos internos de um polígono fazendo o produ-
to da quantidade mínima de triângulos não sobre-
postos que formam esse polígono por 180º, pois a
soma dos ângulos desse polígono será a soma dos
ângulos dos triângulos que formam esse polígono.
A quantidade mínima de triângulos não so-
brepostos que formam um polígono de n lados é
polígono convexo igual a n - 2. Então podemos tirar a seguinte pro-
priedade da soma dos ângulos internos de um po-
RELAÇÕES ENTRE OS ELEMENTOS DE UM lígono convexo:
POLÍGONO CONVEXO
Propriedade: A soma Si dos ângulos inter-
O número de vértices é sempre igual ao nu- nos de um polígono convexo de n lados é dada por:
mero de lados.
O número de ângulos internos é igual ao nú- S i = 180º⋅(n − 2)
mero de ângulos externos e também ao número
de vértices. Exemplo
Os ângulos internos e externos de um mes- Considere um polígono convexo de 15 lados.
mo vértice são sempre suplementares (a soma é Calcule:
igual a 180º).
A soma de todos os ângulos externos de um a) a soma dos ângulos internos;
polígono é sempre igual a 360º. b) o número de diagonais;
c) a soma dos ângulos externos.
SOMA DAS DIAGONAIS DE UM POLÍGONO
CONVEXO Resolução
Diagonal de um Polígono: A diagonal de a) A soma dos ângulos internos é dada pela fór-
um polígono é todo segmento de reta que liga dois mula:
vértices não consecutivos.
A soma das diagonais de um polígono é a Si = 180o(n - 2)
quantidade de diagonais desse polígono.
Onde n representa o número de lados do po-
lígono, logo,
Si = 180o(15 - 2)
Sⁱ = 180o(13)
Si = 2340o
n(n − 3)
D=
2
Propriedade: A soma dos ângulos internos c) Para qualquer polígono, a soma dos ângulos
de qualquer triângulo é 180º. externos a ele é 360°, portanto, a soma dos ân-
Como todo polígono pode ser dividido em gulos externos de um polígono convexo de 15
triângulos não sobrepostos, de modo que os ân- lados é 360°
gulos desses triângulos dividam também os ângu-
EXERCÍCIOS UNIDADE 5: QUADRILÁTEROS
1. Determine o valor de x nos triângulos abaixo: Quadrilátero é um polígono de quatro la-
dos que pode ser côncavo ou convexo.
CLASSIFICAÇÃO DE QUADRILÁTEROS
CONVEXOS
LOSANGO
RETÂNGULO
PARALELOGRAMO
QUADRADO Resolução:
É todo quadrilátero que possui os quatro Temos que calcular x antes de calcularmos
ângulos congruentes (90°) e os lados congruentes y. Como ABCD é um paralelogramo, a soma de seus
também. ângulos consecutivos é de 180°, logo,
Onde:
• Q: Quadriláteros; Resolução:
• T: Trapézios; Para resolvermos esse exercício, devemos
• P: Paralelogramos; lembrar que as diagonais do losango são bissetri-
• R: Retângulos; zes de seus ângulos e que os ângulos opostos são
• L: Losangos; congruentes, portando, acompanhe a seguinte fi-
• E: Quadrados. gura.
ângulo em A mede 120°. A bissetriz do ângulo
em D passa pelo ponto médio M do lado AB. Cal-
cule os lados do paralelogramo e os ângulos do
triângulo CMD.
a) só uma é verdadeira.
b) todas são verdadeiras.
c) só uma é falsa.
2. (ITA) Dadas as afirmações: d) duas são verdadeiras e duas são falsas.
e) todas são falsas.
I. Quaisquer dois ângulos opostos de um
quadrilátero são suplementares.
II. Quaisquer dois ângulos consecutivos de 7. (Fuvest-SP) Na figura abaixo, os quadrados
um paralelogramo são suplementares. ABCD e EFGH têm ambos, lado a e centro O. Se
III. Se as diagonais de um paralelogramo são EP=1, então a é:
perpendiculares entre se e cruzam-se em
seu ponto médio, então esse paralelogra-
mo é um losango.
a) d) 2
3. A medida de cada ângulo obtuso de um lo-
sango é expressa por 2x+5° e a medida de cada e)
ângulo agudo, por x+40°. Determine as medidas b)
dos 4 ângulos desse losango.
c)
4. Num paralelogramo de perímetro 30 cm, o
8. (FUVEST) O retângulo abaixo, de dimensões a UNIDADE 6: CIRCUNFEÊNCIA
e b, está decomposto em 4 quadrados. Calcule
o valor da razão a/b: Circunferência é o conjunto de pontos de
um plano que têm a mesma distância de outro
ponto de tal plano denominado centro da circun-
ferência. À distância constante desses pontos ao
centro se denomina raio da circunferência.
ÂNGULO CENTRAL
X=θ
ÂNGULO EXTERIOR
ÂNGULO INSCRITO Há três casos de ângulo exterior à circunfe-
rência. São eles:
Primeiro caso:
ÂNGULO SEMI-INSCRITO
Segundo caso:
ÂNGULO INTERIOR
Para o caso do ângulo interior, ele será a me-
tade da soma dos arcos formados pelas retas que
lhe dão origem
Terceiro caso: Na figura, e são cordas secantes no
ponto interior P.
ab = mn
Resolução EXERCÍCIOS
Como vimos anteriormente, o quadrado do
comprimento do segmento tangente é igual à mul- 1. (Fuvest) A medida do ângulo inscrito na
tiplicação entre os comprimentos do segmento circunferência de centro O é:
secante pela sua parte exterior. Identificando os
segmentos:
• Comprimento do segmento tangente: 6;
• Comprimento do segmento secante: 9+x;
• Comprimento da parte exterior do seg-
mento secante: x.
Portanto:
Exemplo 2
Na figura a seguir, temos um circunferência
de centro O e BÂO=30°. Calcule x.
Resolução
Sabemos que qualquer distância do centro
até a circunferência tem o mesmo valor, logo,
AO=OB, sendo assim, o triângulo AOB é isósceles,
tendo o ângulo = 30°. Como a soma dos ângu-
los internos do triângulo é 180°, o ângulo AÔB vale:
3. Calcule o valor de x, sabendo que B e C são os
centros das circunferências.
Portanto, x=60°.
4. O ângulo x na figura a seguir mede: 7. (CESGRANRIO) Na figura a seguir, AB=8 cm,
BC=10 cm, AD=4 cm e o ponto O é o centro da
circunferência. O perímetro do triângulo AOC
mede, em cm:
a) 60°
b) 80° a) 36
c) 90° b) 45
d) 100° c) 48
e) 120° d) 50
e) 54
b)
a) 32
b) 12
c) 16
d) 4
e) 12,8
6. (UFR-RJ) Um arquiteto vai construir um obe-
lisco de base circular. Serão elevadas sobre essa
base duas hastes triangulares, conforme a figu-
ra a seguir, onde o ponto O é o centro do círculo
de raio 2 m e os ângulos BÔC eOBC são iguais.
O comprimento do segmento AB é:
a) 2 m c) m e) m
b) 3 m d) m
GABARITO UNIDADE 05
1. x=50° e y=130°
UNIDADE 01 2. C
1. a) x=16 3. 85° e 95°
b) x=12√3 4. AD=BC=5
c) x=7√2 AB=DC=10
d) x=10√3 Triângulo CMD: 30°, 60° e 90°.
e) x=5√2 5. x=25° e y=65°
2. 2,5 km 6. B
3. 17,22 m 7. E
4. 100 m 8. 5/3
5. 18 m
6. 2,5 minutos UNIDADE 06
7. Aproximadamente 40,98 m 1. 125°
8. 200 m 2. a) 35°
9. 6√3 m b) 100°
c) 25°
UNIDADE 02 d) 60°
1. 144° e) 165°
2. x=18° e y=42° f) 80°
3. a) Ambos: 60° 3. 20°
b) Ambos: 140° 4. B
c) 25° e 155° 5. a) 90°
d) 110° b) 30°
4. C 6. E
5. E 7. E
6. A 8. C
7. B
8. C
9. V, V, F, F, F
10. E
11. C
UNIDADE 03
1. V;V;V
2. É equilátero
3. D
4. B
5. B
6. B
7. D
8. B
UNIDADE 04
1. a) x=42,5°
b) x=30°
2. a) 27
b) 1260°
c) 360°
3. Heptágono
4. 35
5. Heptágono
6. 70° e 90°
7. 3240° e 170
8. 35
9. Quadrados-360°-2 e octógonos-1080°-20
QUÍMICA 1
UNIDADE 1 UNIDADE 4
ESTRUTURA ATÔMICA NÚMEROS QUÂNTICOS II
UNIDADE 2 UNIDADE 5
PARTÍCULAS FUNDAMENTAIS OU TABELA PERIÓDICA I
ELEMENTARES
UNIDADE 6
UNIDADE 3 TABELA PERIÓDICA II
NÚMEROS QUÂNTICOS I
UNIDADE 1: ESTRUTURA ATÔMICA que preenchia os espaços entre os átomos.
Aristóteles, um dos maiores filósofos da
1. INTRODUÇÃO: O QUE É QUÍMICA? época (“pós-socrático”), negou a existência de
átomos e espaços vazios; para ele, a matéria seria
Química é a ciência que estuda a matéria, contínua. Esta concepção foi a que prevaleceu até
suas transformações e as energias envolvidas nes- o século XVI.
sas transformações. A matéria pode ser definida Mais tarde surgiram os alquimistas, que
como tudo o que apresenta massa (“peso”) e ocu- buscavam a fórmula do elixir da longa vida (subs-
pa lugar no espaço (volume). tância que tornaria o homem imortal) e da pedra
O campo de estudo da Química é muito am- filosofal (substância que possibilitaria transformar
plo e está presente sob diversas formas no nosso qualquer material em ouro). Movidos por esses so-
cotidiano, tais como: nos alimentos, nos materiais nhos, desenvolveram aparelhos de laboratório e
do dia-dia, nas fontes de energia, nos seres vivos e várias substâncias químicas.
em muitas outras áreas. A partir do século XVI, a idéia da existência
dos átomos começou a ser retomada, para a expli-
cação de propriedades dos materiais.
2. ESTRUTURA ATÔMICA
Conclusões de Rutherford:
• No átomo há predomínio de espaços va-
zios;
• As poucas partículas que se desviaram
sofreram repulsão, porque incidiram so-
bre uma região muito pequena e de car-
ga positiva (núcleo);
• O núcleo é pequeno, pesado e positivo
e concentra praticamente toda a massa
do átomo; 2.6. DESCOBERTA DO NÊUTRON: CHADWICK
• Os elétrons estariam girando na ele- (1932)
trosfera, ao redor do núcleo; Rutherford em seu modelo atômico, perce-
• O raio de um átomo é cerca de 10 mil ve- bendo a impossibilidade de prótons ficarem uni-
zes maior que o do núcleo. dos no núcleo sem se repelirem, admitiu a existên-
cia de partículas com a mesma massa dos prótons,
2.5. MODELO ATÔMICO DE RUTHERFORD-BOHR mas sem carga elétrica, que serviriam para au-
(1913): NÍVEIS DE ENERGIA mentar a estabilidade do núcleo. Em 1932, Chad-
O modelo de Rutherford apresentava uma wick, realizando algumas experiências, descobriu
falha: os elétrons (de carga negativa) girariam ao a terceira partícula subatômica, e a denominou
redor do núcleo (carga positiva) e seriam atraídos nêutron, que não apresenta carga, mas massa se-
por este, o que causaria um movimento espiralado melhante ao próton.
dos elétrons, que acabariam se chocando com a
parte positiva.
Em 1913, Niels Bohr, baseado no trabalho
de vários cientistas, modificou o modelo de Ru-
therford e propôs um modelo que ficou conhecido
como Modelo Atômico de Rutherford-Bohr, que
apresentava as seguintes características:
→ no átomo são permitidas somente algu-
mas orbitas circulares aos elétrons, e cada uma Resumindo as características das partículas
apresenta energia constante. Essas órbitas permi- fundamentais do átomo:
tidas determinam a existência de camadas eletrô-
nicas denominadas níveis de energia. partículas massa relativa natureza elétrica
→ um elétron ao se movimentar em sua ca-
Próton 1 u.m.a*. Positiva
mada (sua órbita permitida), não ganha nem perde
energia (energia constante) e isso é chamado esta- Nêutron 1 u.m.a. Sem carga
do estacionário. Porém, ele pode receber energia e Elétron 1/1840 u.m.a. Negativa
saltar para um nível mais distante do núcleo (mais *u.m.a: unidade de massa atômica
energético). Este é o chamado salto quântico, e
o elétron atinge o estado excitado. Neste estado, EXERCÍCIOS
o elétron pode liberar energia, na forma de onda
eletromagnética (luz ou fóton), retornando a uma 1. Relacione os nomes às alternativas:
camada menos energética, mas não pode ocupar
um nível de menor energia que o seu nível de ori- I. Demócrito IV. Chadwick
gem (o do estado estacionário). Esse é o fenômeno II. Dalton V. Rutherford
que ocorre nos fogos de artifício e nas lâmpadas III. Thonsom VI. Bohr
fluorescentes.
( ) É o descobridor do nêutron.
( ) Seu modelo atômico era semelhante a uma
bola de bilhar.
( ) Seu modelo atômico era semelhante a um
“pudim de passas”.
( ) Foi o primeiro a utilizar a palavra átomo.
( ) Considerou a presença de órbitas bem defini- b) Niels Leis ponderais Os elétrons mo-
das aos elétrons, de acordo com sua energia. Borh que relaciona- vimentam-se em
( ) Criou um modelo para o átomo semelhante ao vam entre si torno do núcleo
Sistema Solar. as massas de central positivo
substâncias em órbitas espe-
participantes de cíficas com níveis
reações energéticos bem
2. Assinale as alternativas corretas: definidos.
c) Ernest Experimentos O átomo é
(01) A massa de um próton é aproximada- Ruther- envolvendo o constituído
mente igual à massa de um elétron. ford fenômeno da por um núcleo
(02) Dalton criou a teoria atômica clássica radioatividade central positivo,
com base nas Leis Ponderais das Reações Quími- muito pequeno
cas. em relação ao
(04) A massa de um nêutron é cerca de 1840 tamanho total
vezes maior do que a massa de um elétron. do átomo, po-
(08) No modelo de Rutherford o átomo tem rém com grande
praticamente toda sua massa concentrada num massa, ao redor
do qual orbitam
núcleo pequeno e os elétrons estão a uma grande
os elétrons com
distância do núcleo. carga negativa.
(16) Na teoria de Dalton, átomos de um ele-
mento químico são idênticos. Átomos de substân- d) Joseph Princípios da teo- A matéria é
Thomson ria da mecânica descontínua e
cias diferentes diferem na massa. quântica formada por mi-
(32) Prótons e elétrons têm cargas elétricas núsculas partí-
de mesmo módulo e sinais diferentes. culas indivisíveis
denominadas
átomos.
3. (Ufrgs 2010) A partir do século XIX, a concep- e) Demó- Experimentos so- Os átomos são
ção da ideia de átomo passou a ser analisada crito bre condução de as unidades
sob uma nova perspectiva: a experimentação. corrente elétrica elementares
Com base nos dados experimentais disponíveis, em meio aquoso da matéria e
os cientistas faziam proposições a respeito da comportam-se
estrutura atômica. Cada nova teoria atômica como se fossem
esferas maciças
tornava mais clara a compreensão da estrutura
indivisíveis e
do átomo.
sem cargas.
Assinale, no quadro a seguir, a alterna-
tiva que apresenta a correta associação entre
o nome do cientista, a fundamentação de sua
proposição e a estrutura atômica que propôs. 4. (UFPR 2011) A constituição elementar da ma-
téria sempre foi uma busca do homem. Até o
estrutura início do século XIX, não se tinha uma ideia con-
cientista fundamentação
atômica creta de como a matéria era constituída. Nas
a) John Experimentos O átomo deve duas últimas décadas daquele século e início do
Dalton com raios catódi- ser um fluído século XX, observou-se um grande avanço das
cos que foram in- homogêneo e ciências e com ele a evolução dos modelos atô-
terpretados como quase esféri- micos. Acerca desse assunto, numere a coluna
um feixe de partí- co, com carga da direita de acordo com sua correspondência
culas carregadas positiva, no qual com a coluna da esquerda.
negativamente estão dispersos
denominadas uniformemente
1. Próton
elétrons, os quais os elétrons.
deviam fazer
2. Elétron.
parte de todos os 3. Átomo de Dalton
átomos. 4. Átomo de Rutherford
5. Átomo de Bohr.
UNIDADE 2: PARTÍCULAS
FUNDAMENTAIS OU ELEMENTARES 5- Isótopos: São átomos que apresentam o
mesmo número de prótons (mesmo Z), mas pos-
Na primeira aula de Química I, aprendemos suem diferentes números de massa.
que o átomo já não é mais indivisível como se pen- Ex.: Isótopos de hidrogênio
sava; e ele é formado por três partículas elemen-
tares: prótons, elétrons e nêutrons. Agora, conhe-
ceremos alguns conceitos relacionados a essas
partículas.
1- Número Atômico (Z): Indica o número de 6- Isóbaros: São átomos de diferentes ele-
prótons existentes no núcleo de um átomo. mentos químicos, mas que apresentam o mesmo
Ex.: 11Na (sódio, Z = 11); possui 11 prótons. número de massa.
Ex.:
*Todo átomo é eletricamente neutro; isto
é, o número de prótons é igual ao número de elé-
trons. 7- Isótonos: São átomos de diferentes ele-
Ex.: Sódio possui 11 prótons e 11 elétrons. mentos químicos, e diferentes números de massa,
mas que possuem o mesmo número de nêutrons.
2- Número de Massa (A): É a soma do nú- Ex.: Boro: 5B11 e carbono: 6C12
mero de prótons com o número de nêutrons do n=6 n=6
núcleo atômico. Indica o número de partículas nu-
cleares no átomo. 8- Isoeletrônicos: São espécies químicas
que possuem o mesmo número de elétrons.
A= Z + N ou Z = A - N Ex: Sódio: 11Na+1, Flúor: 9F-1 e Neônio: 10Ne
e- = 11-1 e- = 9+1 e- = 10
Ex.: Sódio ( ) - 11 prótons e 11 elétrons
12 nêutrons
A =11 prótons + 12 nêutrons= 23 EXERCÍCIOS
I. X é isóbaro de Y e isótono de Z.
II. Y tem número atômico 56, número de
massa 137 e é isótopo de Z.
III. O número de massa de Z é 138.
8. (Unesp 2015) TEXTO PARA A PRÓXIMA QUES- 11. Determine o número atômico e o número de
TÃO: massa de um íon monoatômico com carga +3,
No ano de 2014, o Estado de São Paulo vive que contém 23 elétrons e 30 nêutrons.
uma das maiores crises hídricas de sua história.
A fim de elevar o nível de água de seus reservató-
rios, a Companhia de Saneamento Básico do Es- 12. Considere três átomos M, H e T. Os átomos M
tado de São Paulo (Sabesp) contratou a empresa e T são isótopos; os átomos H e T são isóbaros e
ModClima para promover a indução de chuvas os átomos M e H são isótonos. Determine o nú-
artificiais. A técnica de indução adotada, chama- mero de elétrons de H, sabendo que o átomo M
da de bombardeamento de nuvens ou semeadura tem 20 prótons e número de núcleons 41, e que
ou, ainda, nucleação artificial, consiste no lança- o átomo T tem 22 nêutrons.
mento em nuvens de substâncias aglutinadoras
que ajudam a formar gotas de água. (http://exa-
me.abril.com.br. Adaptado.) UNIDADE 3: NÚMEROS QUÂNTICOS I
Uma das substâncias aglutinadoras que
pode ser utilizada para a nucleação artificial de Números quânticos são um conjunto de nú-
nuvens é o sal iodeto de prata, de fórmula AgI. meros de servem para caracterizar o elétron no
Utilizando os dados fornecidos na Classificação átomo. Cada número quântico nos informa uma
Periódica dos Elementos, é correto afirmar que das característica atribuída a determinado elétron
o cátion e o ânion do iodeto de prata possuem, do átomo.
respectivamente, (dados n° atômico Ag=47/ Existem quarto números quânticos:
I=53)
1. Número quântico principal (n)
a) 46 elétrons e 54 elétrons. 2. Número quântico secundário ou azimutal (l)
b) 48 elétrons e 53 prótons. 3. Número quântico magnético (“m”)
c) 46 prótons e 54 elétrons. 4. Número quântico spin (“s” ou “ms”)
d) 47 elétrons e 53 elétrons.
e) 47 prótons e 52 elétrons. Estudaremos nesta unidade os números
quânticos principal e secundário. Os números
quânticos magnético e spin serão discutidos na
9. (UEM-PR) Some as proposições corretas: próxima unidade.
(01) A massa de um átomo está praticamen-
te concentrada no seu núcleo. 1. NÚMERO QUÂNTICO PRINCIPAL (n)
(02) O que caracteriza um elemento químico
é o seu número de nêutrons. Significado: distância do elétron ao núcleo
(04) O átomo do elemento químico sódio (A e a sua grandeza determina a energia do elétron.
= 23 e Z = 11) é isótopo do elemento magnésio (A = Segundo o modelo de Niels Bohr, os elé-
24 e Z = 12). trons estão distribuídos, na eletrosfera, em cama-
(08) Os átomos em desequilíbrio elétrico se das ou níveis de energia, e quanto mais externo
chamam íons. for o nível, maior será a energia.
(16) Cátion é um íon com excesso de carga
positiva devido à perda de elétrons. camadas K L M N O P Q
valor de n 1 2 3 4 5 6 7
número
2 8 18 32 32 18 8
máximo de e - Deve-se observar que, a ordem energética
é diferente da ordem geométrica (ou ordem dos
O número máximo de elétrons permitido níveis):
pode ser determinado, até certo ponto, pela lei Ex.:
de Rydberg (2n2), que prevê na teoria quantos 26
Fe → 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 4s2 ,3d6 - ordem
elétrons podem ser comportados em cada nível. energética.
Na prática, a equação só vale até o quarto nível, 26
Fe → 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 3d6, 4s2 - ordem
pois não existem elementos químicos de número geométrica.
atômico (e número de elétrons) tão grande a pon-
te de preencherem completamente os níveis mais Camada de Valência: É a última camada
externos! que é ocupada por elétrons, ou seja, o nível mais
externo. É nesta camada em que ocorrem intera-
2. NÚMERO QUÂNTICO SECUNDÁRIO OU ções químicas entre átomos e de onde são acres-
AZIMUTAL (l) centados ou retirados elétrons de íons.
Subnível mais energético: é o último sub-
2.1. SIGNIFICADO: SUBNÍVEL DE ENERGIA nível ocupado por elétrons.
Sommerfield (1919) propôs a possibilidade Elétron de diferenciação: é o último elé-
dos elétrons girarem ao redor do núcleo em órbi- tron da distribuição eletrônica, ou seja, é o elétron
tas elípticas. Para a mesma energia de uma órbita, mais energético.
haveria várias possibilidades de órbitas elípticas,
e a órbita circular (proposta por Bohr) seria ape- IMPORTANTE: nem sempre a camada de va-
nas uma delas. Então, cada órbita dessas para um lência abriga o subnível mais energético!
mesmo nível, seria considerada um subnível ou
subcamada. Obs.: Para fazer a distribuição eletrônica de
→ Cada subnível corresponde a um número um íon, basta fazer a distribuição do átomo de ori-
quântico secundário (l). gem, e depois adicionar ou retirar os elétrons, da
subníveis s p d f g (?) camada de valência.
valor de l 0 1 2 3 4
Ex.:
número máxi-
2 6 10 14 18 Na+1 - 1s2, 2s2, 2p6, 3s1
mo de e -
11
→ perdeu 1 e-
→ Teoricamente, cada nível contém o seu → 1s2, 2s2, 2p6
número de subníveis – ex. o quarto nível tem 4
subníveis. Ex.:
8
O2- - 1s2, 2s2, 2p4
2.2. DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA (DIAGRAMA DE → ganhou 2 e-
LINUS PAULING) → 1s2, 2s2, 2p6
A distribuição eletrônica segue a ordem
crescente de energia: os elétrons vão sendo dis- Obs.: estado fundamental x estado ativado
tribuídos na eletrosfera, partindo dos níveis e sub- No estado fundamental, a distribuição ele-
níveis de menor energia para os de maior energia. trônica segue o diagrama de Linus Pauling, mas
Linus Pauling criou um diagrama que facilita o no estado ativado, não. Isso acontece quando o
preenchimento e visualização dos elétrons de um elétron ganha energia, saltando para um nível ou
dado átomo para cada camada e subnível. subnível mais energético (como vimos na unidade
1). Vejamos um exemplo:
3
Li → 1s2, 2s1 - estado fundamental
1s2, 2p1 - estado ativado
1s2, 4s1 - estado ativado
Exercício resolvido:
Determine o número atômico de uma espé-
cie química neutra que apresenta no estado fun-
damental 15 elétrons no quarto nível de energia.
Resolução:
A partir do dado (15 elétrons no quarto ní-
vel), podemos fazer a distribuição eletrônica dessa
espécie, e conseguiremos descobrir seu número c) Z= 15 g) Z= 8
de elétrons: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d7 . d) Z= 26 h) Z= 56
15 e- no quarto nível. O número de elétrons da es- e) Z= 35 i) Z= 29
pécie é 45. Como a espécie é eletricamente neutra f) Z= 11
(p = e-), seu número atômico (Z) também é 45.
1.1. ORBITAL
Região do átomo onde existe a máxima pro- Exemplo:
babilidade de se encontrar o elétron. Tomemos o elemento nitrogênio com7 elé-
Cada orbital pode comportar no máximo 2 trons distribuídos da seguinte forma
elétrons. Portanto, cada subnível tem determina-
do número de orbitais.
Princípio da exclusão de Pauli: Cada elé- 1. Preencha os elétrons nos orbitais dos átomos
tron em um átomo contém um conjunto exclusivo abaixo, de acordo com a Regra de Hund:
de números quânticos; ou seja, não existem elé-
trons em um mesmo átomo que tenham os mes- a) 8
O
mos quatro números quânticos. b) 11
Na
Podemos simplificar o princípio da exclu- c) 20
Ca
são de Pauli: em um orbital pode haver no máxi-
mo 2 elétrons, um com spin -1/2 e outro com spin
+1/2. 2. (UECE 2014) Wolfgang Ernst Pauli (1900–1958),
físico austríaco, estabeleceu o princípio de ex-
Exercício resolvido: clusão, segundo o qual férmions, como é o caso
Sobre um determinado átomo no estado dos elétrons, não podem ocupar o mesmo es-
fundamental, de número atômico 35, determine: tado quântico simultaneamente. Este princípio
(dado: considere que o primeiro elétron no está em consonância com uma das propriedades
orbital tenha s = -1/2) da matéria, conhecida pelos pré-socráticos des-
de os tempos imemoriais, denominada de
a) O conjunto de números quânticos para seu
elétron de diferenciação (elétron mais energé- a) impenetrabilidade.
tico). b) inércia.
b) o conjunto de números quânticos para o oita- c) divisibilidade.
vo elétron do nível 2. d) extensão.
Resolução:
Primeiramente, faremos a distribuição ele- 3. O último elétron distribuído de um átomo de
trônica desse átomo, no estado fundamental: um determinado elemento químico tem a ele
associados os seguintes números quânticos: 4,
1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p5 0, 0 e +1/2. É correto afirmar que:
1. INTRODUÇÃO E HISTÓRICO
Exercício resolvido:
Indique o período e o grupo aos quais per-
tencem os seguintes átomos no estado fundamen-
tal:
a) 56Ba137
b) 15P31
Resolução:
Para localizarmos um elemento representa-
2.3. ELEMENTOS REPRESENTATIVOS OU NOR- tivo na tabela periódica, basta realizarmos a distri-
MAIS buição eletrônica desse elemento. Então:
São os elementos pertencentes aos grupos • 56Ba137 → 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2
1,2 e 13 a 18, correspondendo às famílias A. Alguns 4d 5p6 6s2
10
destes grupos possuem denominações particula- Podemos perceber que o Ba possui 6 cama-
res importantes: das, ou seja, se localiza no 6º período; sua camada
de valência (6 ou P) contém 2 elétrons, isto é, se
1 A ou 1 → metais alcalinos encontra no grupo 2 ou família II A.
2 A ou 2 → metais alcalinos terrosos
6 A ou 16 → calcogênios • 15P31 → 1s2 2s2 2p6 3s2 3p3
7 A ou 17 → halogênios o P possui 3 camadas, ou seja, se localiza no
0 ou 8 A ou 18 → gases nobres 3º período; sua camada de valência (3 ou M) con-
tém 5 elétrons, isto é, se encontra no grupo 15 ou
A principal característica destes elementos família V A.
é que apresentam elétron de diferenciação em
subnível s ou p. EXERCÍCIOS
Ex.: 1 - Ca Z=20
1s2 2s22p6 3s23p6 4s2 1. Preencha a tabela abaixo:
4. ELETRONEGATIVIDADE
É a tendência que o átomo tem de atrair elé-
trons numa ligação química. Segue a mesma lógi-
ca da eletroafinidade:
Ponto de Fusão e Ponto de Ebulição
I. Zinco apresenta raio atômico maior que o gia de ionização (E2 –E1) é maior no magnésio
bário. (Z=12) do que no sódio (Z = 11).
II. Zn2+ e Ga3+ são isoeletrônicos. b) O flúor é mais eletronegativo que o cloro.
III. Bário é o elemento que apresenta menor c) A segunda energia de ionização de qualquer
potencial de ionização. átomo é sempre maior que a primeira.
d) Em um período, o raio atômico cresce com nú-
Quais estão corretas? mero de elétrons da última camada.
e) Em um mesmo período, a eletroafinidade
a) Apenas I. cresce com o número de elétrons da camada
b) Apenas II. de valência.
c) Apenas III.
d) Apenas II e III. As afirmações verdadeiras são:
e) I, II e III.
a) III e V
b) I, IV e V
3. (UNICAP-PE) Marque a alternativa correta: c) II, III e V
d) II e V
a) à temperatura ambiente, todos os halogênios e) IeV
são gases
b) os elementos da Tabela Periódica são, na sua
maioria, ametais 6. (Pucmg 2015) Os elementos químicos são
distribuídos na tabela periódica de acordo com
o crescimento do número atômico. Tal distri- Com base nos resultados apresentados e nos
buição faz com que os elementos com proprie- conhecimentos sobre o tema, é correto afirmar:
dades semelhantes fiquem reunidos em uma
mesma coluna e regiões específicas da tabela. a) Os elementos B e D pertencem ao mesmo gru-
Sobre a periodicidade química dos elementos, po na tabela periódica.
leia com atenção os itens a seguir. b) Os elementos A e C são alótropos.
c) Os elementos A e D contêm igual número de
I. Os elementos da família dos metais alcali- níveis de energia.
nos são os elementos químicos que apre- d) Os elementos B e E são isótopos.
sentam maior energia de ionização. e) Os elementos C e E possuem o mesmo número
II. O raio atômico é a distância medida entre de elétrons na camada de valência.
dois núcleos em uma ligação química.
III. Os elementos da família dos halogênios 9. (UEL 2009 2ªf) Os gráficos I e II estão repre-
são os elementos químicos que apresen- sentando aleatoriamente os 7 elementos quími-
tam maior afinidade eletrônica. cos representativos do 3º período e o do 5º pe-
IV. A eletronegatividade é a tendência que ríodo, respectivamente, sem os gases nobres. O
um átomo possui de atrair os elétrons de gráfico I representa o tamanho dos átomos e o
outro átomo em uma ligação química. gráfico II a energia de ionização dos átomos.
a) I, III e IV
b) II, III e IV
c) II e IV, apenas
d) III e IV, apenas
UNIDADE 2
1.
U238 U235 U234 2. a
92 92 92
3. c
Nº atômico 92 92 92
4. b
Nº de massa 238 235 234 5. b
Nº de prótons 92 92 92 6. a
Nº de elétrons 92 92 92 7. c
Nº de nêutrons 146 143 142 8. 17
9. a) Z= 58
Nº de partículas b) 20
330 327 326
fundamentais c) 4; 3; -2; -1/2.
2. a 10. a) Z= 26;
3. a b) ordem energética: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6;
4. e ordem geométrica: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d6 4s2
5. c c) camada de valência: 4, subnível mais ener-
6. b gético: 3d ou d do terceiro nível.
7. c 11. a) 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 4s2, → 4° período, gru-
8. c po 2 (famíia IIA).
9. 25 b) n = 4; l = 0;m = 0; s = +1/ 2
10. e
11. Z=26 e A= 56
12. 21
UNIDADE 5
1.
família ou configuração de
nome da família
grupo valência
UNIDADE 6
1. a
2. d
3. e
4. e
5. c
6. d
7. a
8. c
9. a
10. Enxofre. O elemento deve possuir 6 elétrons
em sua camada de valência, já que há uma
descontinuidade entre a 6ª e a 7ª energia de io-
nização, indicando uma mudança de camada.
-Grupo 17 (VII A).
11. a) Como o átomo de cloro tem maior núme-
ro atômico, há uma maior atração do núcleo
sobre os elétrons, fazendo com seu raio seja
menor.
b) Li2CO3
12. O metal alcalino terroso responsável pela cor
prateada é o magnésio. Fórmula mínima do clo-
reto formado pelo magnésio: MgCl . 2 Coloração
obtida pelo metal que possui menor raio atômi-
co, ou seja, pelo lítio (segundo período da tabe-
la periódica): vermelha. Número de oxidação do
lítio na forma de cátion (grupo 1): +1.
QUÍMICA 2
UNIDADE 1 UNIDADE 4
INTRODUÇÃO MASSA ATÔMICA, MASSA MOLECULAR E
MOL
UNIDADE 2
SUBSTÂNCIAS PURAS OU MISTURAS UNIDADE 5
QUANTIDADE DE MATÉRIA
UNIDADE 3
SEPARAÇÃO DE MISTURAS UNIDADE 6
CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO
UNIDADE 1: INTRODUÇÃO MUDANÇAS DE ESTADO FÍSICO
As variações de estado ocorrem, em geral,
Química é o ramo da ciência que estuda: pela variação de temperatura e pressão.
• a matéria; Cada passagem de estado recebe um nome
• as transformações da matéria; particular. Observe o esquema:
• e a energia envolvida nestas transforma-
ções.
MATÉRIA
a) I, II, III e IV
b) I, III, V e VI
c) II, III, V e VI
d) I, IV, V e VI
SUBSTÂNCIAS PURAS
MISTURA AZEOTRÓPICA
Mistura que apresenta ponto de ebulição
constante. Ex.:Álcool 96°GL (96% álcool e 4% água,
ALOTROPIA em volume).
Diferentes substâncias simples formadas
pelo mesmo elemento.
Ex: C(grafite) e C(diamante), O2(g) e O3(g).
MISTURAS
CATAÇÃO
Procedimento mais comum, onde com a
própria mão pode-se separar componentes bom
de tamanho.
Ex: escolher grãos.
FILTRAÇÃO
A separação se faz através de uma superfície
porosa denominada filtro; o componente sólido fi-
cará retido sobre sua superfície, separando-se as-
sim do líquido ou gás que o atravessa.
Ex: Separação de uma mistura de água e
areia.
SEPARAÇÃO MAGNÉTICA
Com auxílio de um imã, pode-se separar pe-
daços de metais de outros sólidos.
Ex: Ferro e enxofre.
LEVIGAÇÃO
Consiste em separar dois sólidos por meio
de uma corrente de água. Assim separa-se o ouro
das areias auríferas. Passando uma corrente de
água sobre a mistura, a areia é carregada enquan-
to o ouro, que é mais denso, deposita-se. Ex: Sepa-
ração do ouro do cascalho.
SUBLIMAÇÃO
A sublimação é aplicável quando apenas um
dos componentes da mistura é sublimável. Desse
modo é purificado o iodo.
DESTILAÇÃO FRACIONADA
Utilizada na separação dos componentes
das misturas homogêneas líquido-líquido. Aque-
cendo-se a mistura em um balão de destilação, os
líquidos destilam-se na ordem crescente de seus
pontos de ebulição e podem ser separados.
Ex: Separação do petróleo em seus deriva-
dos.
EXERCÍCIOS
( ) sublimação
( ) decantação
( ) imantação
( ) fusão fracionada
( ) cristalização
CRISTALIZAÇÃO a) destilação
É um processo físico utilizado para separar b) decantação
e purificar sólidos. A água do mar contém vários c) filtração
sais, porém, em uma salina com evaporação lenta d) adição de mais água
da água, o sal comum (cloreto de sódio) cristaliza- e) adição de mais cloreto de sódio
-se antes dos outros sais e é separado.
3. O fracionamento do petróleo em várias fra- 7. (UEL 2010) O processamento para a obtenção
ções de valor comercial é baseado no fato de de vacinas inclui algumas técnicas de separação
que as frações têm diferentes: como decantação, centrifugação e filtração, co-
muns na etapa de esterilização. Com relação às
a) densidades técnicas de separação, assinale a alternativa
b) pontos de ebulição correta.
c) viscosidades
d) afinidades pelo hidrogênio a) A filtração comum é realizada sob ação da gra-
e) solubilidades em água vidade.
b) Em uma mistura contendo íons amônio e íons
sulfato, os íons são separados por decantação.
4. (UEL) A destilação fracionada pode ser usada c) Em uma solução aquosa de açúcar, o açúcar dis-
na separação dos: solvido na água é separado por centrifugação.
d) A decantação, a centrifugação e a filtração uti-
a) elementos químicos que compõe o clorofór- lizam filtros para a separação.
mio, CHCl3. e) Em uma mistura de água e álcool etílico, estas
b) componentes da mistura azeotrópica água-e- substâncias são separadas por decantação.
tanol.
c) componentes do ar liquefeito.
d) sais minerais existentes na água potável. 8. (UFG) As técnicas de separação dos compo-
e) metais que formam o latão (Cu e Zn). nentes de uma mistura baseiam-se nas proprie-
dades físico-químicas desses componentes. As-
sim, considerando os sistemas, apresentados a
5. Para separar da melhor maneira possível os seguir (figuras 1, 2 e 3), associe as misturas às
três componentes de uma mistura de areia com figuras que representam os equipamentos ade-
solução aquosa de sal, devermos: quados a suas separações, bem como às pro-
priedades físico-químicas responsáveis pela
a) filtrar e destilar utilização da técnica. Justifique suas escolhas.
b) destilar e filtrar
c) decantar e filtrar
d) filtrar e decantar
e) destilar e decantar
a) Em que estado físico se encontra a glicerina a) Ao considerar que o sal presente no minério é
num dia muito frio, com a temperatura pró- o PbS, o emprego do vinagre tem como finali-
xima a 0°C ? dade evitar a dissolução desse sal.
b) A amálgama ouro-mercúrio é uma mistura
azeotrópica, por isso é possível separar o ouro
do mercúrio.
c) A destilação da amálgama composta por ouro
b) Uma mistura de eugenol e glicerina pode ser e mercúrio é considerada um processo de fra-
separada por adição de água? Justifique. cionamento físico.
d) A separação do mercúrio do ouro, por meio da
destilação, ocorre por um processo de vapori-
zação chamado de evaporação.
e) É possível separar a amálgama ouro-mercúrio
por meio de destilação porque o ouro é mais
10) (UEL – 2015) “No início do século XVII, a quí- denso que o mercúrio.
mica começou a despontar como ciência, com
base na química prática (mineração, purificação
de metais, criação de joias, cerâmicas e armas UNIDADE 4: MASSA ATÔMICA, MASSA
de fogo), química médica (plantas medicinais) e MOLECULAR E MOL
crenças místicas (busca pela Pedra Filosofal). A
figura 3 representa a vista do interior de um labo- Toda medida é na verdade uma comparação
ratório de análise de minerais do final do século com um padrão escolhido adequadamente. Quan-
XVI, utilizado para amalgamação de concentra- do se diz que uma determinada pessoa tem massa
dos de ouro e recuperação do mercúrio pela des- igual a 60 kg, isso significa que, em comparação ao
tilação da amálgama. O minério, contendo ouro padrão - massa de 1 kg -, a massa dessa pessoa é
e alguns sais à base de sulfeto, era inicialmente 60 vezes maior.
tratado com vinagre (solução de ácido acético) Para se chegar ao padrão kg, pegou-se uma
por 3 dias; em seguida, era lavado e, posterior- massa de determinadas proporções feitas de um
mente, esfregado manualmente com mercúrio material inerte (no caso uma liga de platina e irí-
líquido para formar amálgama mercúrio-ouro dio) e a essa massa deu-se o nome 1 quilograma.
(detalhe B na Figura ). A destilação da amálgama È assim que se escolhe um padrão. Para medir a
para separar o ouro do mercúrio era realizada em massa de um caminhão, o kg não é adequado, ne-
um forno chamado atanor (detalhe A na Figura)”. cessita-se de um outro padrão denominado tone-
lada. Já um colar de ouro deve ter sua massa com-
parada ao padrão grama.
Mas qual seria o padrão adequado para me-
dir a massa dos átomos?
Átomos são entidades extremamente pe-
quenas que não se pode ver ou pegar; assim, não
é possível medir suas massas diretamente, mas é
possível estabelecer uma relação entre as massas
dos átomos de diferentes elementos químicos.
Para determinar a massa de um átomo, foi
necessária a escolha de um padrão que lhe fosse
compatível. Esse padrão é denominado unidade
de massas atômica (u) e será estudada a seguir.
EXERCÍCIOS
7. (Mackenzie) A quantidade de átomos de mer-
1. Calcule a massa molecular: cúrio, presentes num termômetro que contém
Dados: H=1u C=12u, O=16u, S=32u, 2,0 g desse metal, é igual a:
Ca=40u, Al=27u Dado: massa molar do Hg = 200 g/mol
a) Apenas I e II.
4. (Alterado F.G.V.) Considere que a cotação do b) Apenas I, II e III.
ouro seja R$ 50,00 por grama. Que quantidade c) Apenas III e V.
de átomos de ouro, em mols, pode ser adquiri- d) Apenas III, IV e V.
da com R$ 49.250,00? e) Todas.
Dados: Au = 197 u
UNIDADE 6: CÁLCULO
ESTEQUIOMÉTRICO
O cálculo estequiométrico é usado para de-
terminar a quantidade de reagentes que devem
ser usados e, conseqüentemente, de produtos que
serão obtidos numa reação química. Esse cálculo
pode ser feito em massa, quantidade de matéria,
número de átomos ou moléculas e em volume das
substâncias envolvidas, e baseia-se nos coeficien-
tes da equação química corretamente balancea-
da. É de extrema importância em laboratório e em
todo ramo industrial que envolva uma transforma-
ção química.
Quantidade dos reagentes usados e dos
produtos obtidos
Os cálculos estequiométricos baseiam-se
nos coeficientes da equação. É importante saber
que, numa equação balanceada, os coeficientes
nos dão a proporção em mols dos participantes da
reação.
Assim, observando uma equação balancea-
da como:
3 mols de H2O
3 . 6,02 . 1023
se reagem totalmente 3g de H2 com excesso de N2?
3 .18g
(massa molar do H2: 2g/mol)
3H2O
Como resolver uma questão de cálculo es-
tequiométrico?
e
e
e
ma, qual é a substância que ele deu o valor no pro-
blema e qual ele quer que você ache o valor:
2 mols de CO2
2 . 6,02 . 1023
N2(g) + 3H2(g) → 2NH3(g)
2 . 22,4L
2 . 44g
2CO2
Espécie dada: H2
Espécie pedida: NH3
formando
formando
3 . 6,02 .1023
H2 NH3
3 . 22,4L
3 . 32g
3 mols 2 mols
3O2
reagem com
reagem com
reagem com
H2 - g – unidade de massa
+
3 mols em g: 6g
NH3- volume (unidade de volume: L)
2 mols em L: 44,8 L
Nas CNTP o etanol é líquido
H2 NH3
3 mols 2 mols
1 mol de C2H6O
6g 44,8 L
1 . 6,02 . 1023
1C2H6O
1 . 46g
H2 NH3
6g — 44,8 L
3g — x
em número de moléculas
em mols
EXERCÍCIOS
a) 4,40g
b) 5,60g 7. (FUVEST) O isoctano é um combustível auto-
c) 10,0g motivo. A combustão desse material ocorre na
d) 3,20g fase gasosa. Dados a massa molar do isoctano
e) 8,70g igual a 114g/mol, o volume molar de gás nas
“condições ambiente” igual a 25L/mol e a com-
posição do ar (em volume): O2 = 20% e N2 = 80%.
4. (UNICAMP) Em 2000 foram consumidos, em
nosso país, cerca de 164 bilhões (164 x 109) de a) Escreva a equação balanceada da reação de
cigarros. A massa de um cigarro que é quei- combustão completa do isoctano, usando
mada corresponde a aproximadamente 0,85g. fórmulas moleculares.
Considerando que 40% da massa do cigarro
seja do elemento carbono, quantas toneladas b) Calcule o volume de ar, nas “condições am-
de dióxido de carbono (CO2) aproximadamente, biente”, necessário para a combustão com-
os fumantes lançaram na atmosfera em 2000, pleta de 228g de isoctano.
8. As reações a seguir podem ocorrer na queima menor do que o da água. Desse modo, a técni-
de magnésio ao ar. ca adequada para realizar essa separação é a
destilação.
Mg(s)+ 1/2O2(g) → MgO(s) FIG. 2) A e 2. O sulfato de bário é insolúvel em
água, podendo-se separá-lo da água utilizan-
3Mg(s)+ N2(g) → Mg3N2(s) do-se a técnica da filtração, desse modo, en-
quanto a água passa pelo filtro, o sulfato de
Uma amostra de 0,243g de magnésio foi bário fica retido.
queimada ao ar, sendo totalmente transforma- FIG. 3) B e 3. O tetracloreto de carbono é mais
da em 0,436g de produto sólido. denso do que a água e as substâncias são imis-
cíveis. Quando em um funil de separação, o
a) O material resultante é MgO puro? Justifi- tetracloreto de carbono vai se depositar abai-
que sua resposta. xo da água e, desse modo, escoará primeiro,
ocorrendo a separação das substâncias.
9. a) Sólido
b) Sim. Pois a glicerina é solúvel em água e o
eugenol não é solúvel em água.
b) Que quantidade (em mols) de Mg3N2 se for- 10. c
maria se a massa indicada de magnésio fos-
se totalmente convertida no nitreto? UNIDADE 5
(Massas molares em g/mol): Mg = 24,3; O 1. a) 32u
= 16,0; N = 14,0). b) 44u
c) 18u
d) 30u
GABARITO e) 98u
f) 74u
UNIDADE 1 g) 342u
1. b 2. d
2. a 3. c
3. b 4. e
4. d 5. b
5. b 6. b
6. a) evaporação e liquefação 7. e
b) A evaporação na superfície da água salobra 8. d
e a liquefação na superfície do plástico. 9. a
c) A evaporação, que absorve energia do Sol. 10. 2,8 mg
7. clorofórmio – líquido, éter etílico – gasoso, eta- 11. 9x1022 átomos de carbono
nol – líquido, fenol – líquido, pentano – gasoso. 12. 5,68x10 -22 g
UNIDADE 2 UNIDADE 6
1. d 1. b
2. d 2. e
3. d 3. b
4. b 4. a
5. c 5. 6x103 ton
6. b 6. 11,2 L;
7. a 7. a) C8H18 + 25/2 O2 → 8 CO2 + 9 H2O;
8. Cinco fases e cinco componentes. b) V ar = 3125 L;
8. a) Não, se o material sólido resultante fosse só
UNIDADE 3 MgO puro a massa seria 0,403g e não 0,436g.
1. 3, 2, 1, 5, 4 b) Nº de mols do Mg3N2 = 3,3 x 10 -3 mol
2. a
3. b
4. c
5. a
6. d
7. a
8. FIG. 1) C e 1. O etanol tem ponto de ebulição
GABARITO e) 98u
f) 74u
UNIDADE 1 g) 342u
1. b 2. d
2. a 3. c
3. b 4. e
4. d 5. b
5. b 6. b
6. a) evaporação e liquefação 7. e
b) A evaporação na superfície da água salobra 8. d
e a liquefação na superfície do plástico. 9. a
c) A evaporação, que absorve energia do Sol. 10. 2,8 mg
7. clorofórmio – líquido, éter etílico – gasoso, eta- 11. 9x1022 átomos de carbono
nol – líquido, fenol – líquido, pentano – gasoso. 12. 5,68x10 -22 g
UNIDADE 2 UNIDADE 6
1. d 1. b
2. d 2. e
3. d 3. b
4. b 4. a
5. c 5. 6x103 ton
6. b 6. 11,2 L;
7. a 7. a) C8H18 + 25/2 O2 → 8 CO2 + 9 H2O;
8. Cinco fases e cinco componentes. b) V ar = 3125 L;
8. a) Não, se o material sólido resultante fosse só
UNIDADE 3 MgO puro a massa seria 0,403g e não 0,436g.
1. 3, 2, 1, 5, 4 b) Nº de mols do Mg3N2 = 3,3 x 10 -3 mol
2. a
3. b
4. c
5. a
6. d
7. a
8. FIG. 1) C e 1. O etanol tem ponto de ebulição
menor do que o da água. Desse modo, a técni-
ca adequada para realizar essa separação é a
destilação.
FIG. 2) A e 2. O sulfato de bário é insolúvel em
água, podendo-se separá-lo da água utilizan-
do-se a técnica da filtração, desse modo, en-
quanto a água passa pelo filtro, o sulfato de
bário fica retido.
FIG. 3) B e 3. O tetracloreto de carbono é mais
denso do que a água e as substâncias são imis-
cíveis. Quando em um funil de separação, o
tetracloreto de carbono vai se depositar abai-
xo da água e, desse modo, escoará primeiro,
ocorrendo a separação das substâncias.
9. a) Sólido
b) Sim. Pois a glicerina é solúvel em água e o
eugenol não é solúvel em água.
10. c
UNIDADE 5
1. a) 32u
b) 44u
c) 18u
d) 30u
QUÍMICA 3
UNIDADE 1 UNIDADE 4
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA NOMENCLATURA I
QUÍMICA ORGÂNICA
UNIDADE 5
UNIDADE 2 NOMENCLATURA II
REPRESENTAÇÃO DAS FÓRMULAS
UNIDADE 3 E 4
CLASSIFICAÇÃO DAS CADEIAS CARBÔNICAS
UNIDADES 1: INTRODUÇÃO AO → Compostos inorgânicos: compostos ex-
ESTUDO DA QUÍMICA ORGÂNICA traídos do reino mineral.
Com base nessa divisão e em experiências
IMPORTÂNCIA DA QUÍMICA ORGÂNICA realizadas em laboratório, Berzelius enunciou a
teoria da força vital, segundo a qual compostos
Você já deve ter ouvido falar sobre o DNA e orgânicos necessitam de uma força maior para
o petróleo nos jornais e revistas, temas hoje tão serem sintetizados, ou seja, só poderiam ser pro-
discutidos no nosso cotidiano. Mas será que exis- duzidos por seres vivos, animal ou vegetal, e nunca
te alguma relação entre duas coisas tão distintas? em laboratório. Berzelius também foi o primeiro a
Existe, ambos são formados por moléculas deno- utilizar o termo Química Orgânica.
minadas compostos orgânicos. Em 1828 F. Wöhler abalou as bases da teoria
da força vital, sintetizando em laboratório a uréia
-um composto orgânico- a partir de um composto
inorgânico.
SOLUBILIDADE
Os compostos orgânicos em geral, são solú-
veis em solventes apolares e insolúveis em solven-
tes em solventes polares como a água.
POSTULADOS DE KEKULÉ
Em 1859, Kekulé apresentou uma teoria para
explicar a estrutura dos compostos orgânicos:
1º Postulado - Tetravalência
O Carbono é tetravalente ou tetracovalente
(estabelece quatro ligações covalentes com outros Obs: Átomos do elemento carbono podem
átomos). Exemplo: se unir por ligação covalente formando as macro-
moléculas grafite e diamante (figura anterior). Em
nível microscópico vemos que ambos se diferem
na maneira como os átomos de carbono se ligam.
Diferentes substâncias simples formadas por um
mesmo elemento químico são chamadas de aló-
tropos. Tal fenômeno é chamado de alotropia.
Obs: vale lembrar que o carbono só faz qua- TIPOS DE LIGAÇÕES ENTRE OS ÁTOMOS DE
tro ligações devido ao fenômeno da hibridação de CARBONO
orbitais, assunto discutido na apostila 1.
Dois átomos de carbono podem estar uni-
2º Postulado - Igualdade das quatro va- dos por uma, duas e até três ligações covalentes
lências (representada por tracinhos), formando o que de-
Explica-se o fato de o Carbono apresentar nominamos de simples, dupla e tripla ligação res-
as quatro valências iguais por meio da existência pectivamente.
de apenas um composto CH3CI, denominado clo- Exemplos:
ro-metano ou cloreto de metila.
Simples ligação
Dupla ligação
Se as quatro valências fossem diferentes, H2C = C = CH2
deveríamos ter quatro moléculas diferentes.
Como só existe um composto com a fórmu- Tripla ligação
la CH3Cl, as quatro moléculas devem ser iguais e, H–Cº→C–H
conseqüentemente, as quatro valências se equiva-
lem. Obs. Mais uma vez lembrando da hibrida-
ção de orbitais, quando o carbono faz somente
3º Postulado – Encadeamento simples ligações, a hibridação é do tipo sp3; na
Os átomos de carbono podem ligar-se en- ligação dupla, sp2, e na tripla, sp. Dessa forma,
tre si, formando cadeias, o que explica o fato de as ligações serão do tipo sigma – σ (sp3-...) para o
carbono que faz simples ligações; σ (sp2-...) e pi - π 3. (UFPR) A respeito dos compostos orgânicos, é
(p-p) para carbono que faz uma dupla; e σ (sp- ...) correto afirmar que:
e π (p-p) para carbono que faz uma tripla ou duas
duplas ligações. (01) Os compostos orgânicos somente podem
ser sintetizados pelos organismos vivos, daí a
TIPOS DE CARBONO qualificação de orgânicos.
(02) Os compostos orgânicos são compostos
Os átomos de carbono que fazem parte de de carbono, embora algumas substâncias que
uma cadeia carbônica podem ser classificados em contém esse elemento sejam estudadas tam-
função do número de átomos de carbono ligados bém entre os compostos inorgânicos (CO2, HCN,
diretamente ao átomo que se deseja classificar. etc.).
Assim podemos ter em uma cadeia: (04) A existência de um grande número de com-
→ Carbono primário: liga-se diretamente, postos de carbono está relacionada com a ca-
no máximo, a outro átomo de carbono. pacidade do átomo de carbono em formar ca-
→ Carbono secundário: liga-se diretamen- deias, associadas à sua tetravalência.
te a apenas dois átomos de carbono. (08) Nos compostos de Carbono o tipo de liga-
→ Carbono terciário: liga-se diretamente a ção mais freqüente é a covalente.
apenas três átomos de carbono. (16) Os compostos orgânicos são regidos por
→ Carbono quaternário: liga-se diretamen- leis e princípios próprios não aplicáveis aos
te a quatro átomos de carbono. compostos inorgânicos.
Exemplo:
Soma: ...............
Deve-se notar que não há relação com o tipo a) Os compostos orgânicos geralmente apresen-
de ligação e o tipo de carbono, ou seja, mesmo que tam ponto de ebulição maior que os compos-
apenas dois carbonos estejam ligados entre si por tos inorgânicos.
uma ligação tripla, ambos serão considerados pri- b) Os compostos orgânicos geralmente apresen-
mários. tam ponto de ebulição menor que os compos-
tos inorgânicos.
EXERCÍCIOS c) Os compostos inorgânicos são geralmente
mais solúveis em água que os compostos or-
1. (UFPR) A química orgânica pode ser correta- gânicos.
mente definida como: d) Os organismos vivos são constituídos por
grande parte de compostos orgânicos.
(01) A química dos organismos vivos. e) Nem todo composto que apresenta carbono
(02) Parte da Química que estuda os sais, por- em sua estrutura é composto orgânico.
que eles são compostos iônicos.
(04) A química que estuda os compostos gaso- 5. Quais as ligações (simples, duplas ou triplas)
sos, porque eles são compostos covalentes. entre átomos de carbono que completam de
(08) A química que estuda os compostos do ele- maneira adequada às estruturas, nas posições
mento carbono. indicadas por 1, 2, 3 e 4?
(16) A química dos microorganismos.
(32) A química da força vital.
Soma: ...............
a) HC C CH3
b) H3C CH C C C CH2
c) H2C CH O CH2 NH2
d) H2C C NH
a) Quantos hidrogênios completam correta-
mente essa molécula?
a) 5, 5, 2, 1
b) 5, 4, 3, 1
c) 7, 4, 1, 1
d) 6, 4, 1, 2
e) 7, 3, 1, 2
H3C-C(CH3)2-CH(CH3)-(CH2)2-CH3
a) 2,5,0,0
b) 2,5,0,1
c) 5,2,1,1
d) 5,2,0,1
e) 5,1,1,1
Determine:
EXERCÍCIOS
a) O número de átomos de carbono, classifica-
1. (UFSCAR-SP-2002) O Cipro (ciprofloxaci- dos como terciários, de sua molécula.
no) é um antibiótico administrado por via oral ou
intravenosa, usado contra infecções urinárias e, b) Sua fórmula molecular.
recentemente, seu uso tem sido recomendado no
tratamento do antraz, infecção causada pelo mi-
croorganismo ‘Bacillus anthracis’. A fórmula estru- 4. (FCM-MG) A cafeína, um estimulante bastan-
tural deste antibiótico é mostrada na figura. te comum no café, chá, guaraná etc., tem a se-
guinte fórmula estrutural:
a) C5H9N4O2
b) C6H10N4O2
b) Qual a porcentagem em massa de carbono? c) C6H9N4O2
d) C3H9N4O2
e) C8H10N4O2
a) 12%
b) 10%
c) 1%
d) 66%
e) 20%
II - Cadeias Fechadas ou Cíclicas
São aquelas que não apresentam extremi-
8. (UNESP-SP) O nitrato de amônio é utilizado dades (pontas) livres, os átomos unem-se, origi-
em adubos como fonte de nitrogênio. A porcen- nando ciclo(s).
tagem em massa de nitrogênio no NH4NO3 é: Exemplos:
(Massas atômicas: N = 14; H = 1; O = 16)
a) 35%
b) 28%
c) 17,5%
d) 42,4%
e) 21,2% III - Cadeias Mistas
São as que possuem pelo menos um ciclo e
uma extremidade. Exemplos:
9. Abaixo estão relacionadas as fórmulas de cin-
co substâncias:
I. CH4
II. C2H6
III. C3H6
IV. C4H8 CADEIAS ABERTAS OU ACÍCLICAS OU
V. C5H12 ALIFÁTICAS
Quais substâncias têm a mesma fórmula Quanto à disposição dos átomos de Carbo-
mínima? no na molécula, as cadeias abertas se dividem em
retas ou normais e ramificadas:
a) I, III, V.
b) II, V. A) RETAS OU NORMAIS
c) III, IV. Quando o encadeamento segue uma se-
d) I, II. qüência única só aparecendo carbonos primários
e) III, V. e secundários. Exemplos:
B) RAMIFICADAS B) CADEIA HETEROGÊNEA
Quando na cadeia surgem ramos ou ramifi- Apresenta pelo menos um heteroátomo en-
cações. Além de carbonos primários e secundários tre os átomos de carbono, sendo que os heteroá-
deve-se ter obrigatoriamente carbono terciário e/ tomos mais comuns são O, N, S e P. Exemplos:
ou quaternário. Exemplos:
B) CADEIA INSATURADA
Existe pelo menos uma insaturação (dupla
ou tripla ligação) entre os átomos de carbono.
Exemplos: Cadeia insaturada
Existe pelo menos uma insaturação (dupla
ou tripla ligação) entre os átomos de carbono.
Exemplos:
A) CADEIA HOMOGÊNEA
Quando entre átomos de carbono existem
apenas átomos de carbono. Exemplos:
Cadeia Heterogênea / Heterocíclica
Apresenta pelo menos um heteroátomo en-
tre os átomos de carbono, sendo que os heteroá-
tomos mais comuns são O, N, S e P. Exemplos:
As cadeias fechadas podem ser agrupadas Condensados: quando os núcleos aromáti-
em aromáticas ou não aromáticas (alicíclicas): cos estão justapostos, ligados diretamente um ao
outro.
Benzeno (C6H6)
B) ALICÍCLICAS OU NÃO-AROMÁTICAS OU
CICLO-ALIFÁTICAS
São cadeias fechadas que não possuem anel
benzênico (núcleo aromático): Exemplos:
Quanto à natureza
aberta, Homogênea x Heterogênea
Quanto à saturação
Saturada x Insaturada
Quanto à natureza
Homogênea ou homocíclica x Heterogênea ou heterocíclica
alicíclica ou não-
Quanto à saturação
aromática Saturada x Insaturada
fechada
Quanto ao número de ciclos
ou cíclica Monocíclica ou mononuclear x Policíclica ou polinuclear
Quanto ao número de anéis
aromática
Monocíclica ou mononuclear x Policíclica ou polinuclear
Condensada x não-condensada
a) IV c) II
b) III d) I
Com base nas estruturas anteriores, é
correto afirmar que o:
5. (UEL) Um dos hidrocarbonetos de fórmula
C5H12 pode ter cadeia carbônica: a) mentol pertence à função química fenol.
b) mentol apresenta cadeia carbônica heterogênea.
a) cíclica saturada c) limoneno apresenta cadeia carbônica saturada.
b) acíclica heterogênea d) limoneno e o mentol não apresentam cadeia
c) cíclica ramificada carbônica aromática.
d) aberta insaturada e) limoneno e o mentol apresentam cadeia car-
e) aberta ramificada bônica aromática.
a) alicíclica
b) aromática
c) alifática 13. (Puccamp) Preocupações com a melhoria da
d) homocíclica qualidade de vida levaram a propor a substitui-
e) saturada ção do uso do PVC pelo tereftalato de polietile-
no ou PET, menos poluente na combustão. Esse
polímero está relacionado com os compostos:
11. (UEL) Dentre os componentes do cigarro,
encontram-se a nicotina que interfere no fluxo
de informações entre as células, a amônia que
provoca irritação nos olhos e o alcatrão, forma-
do pela mistura de compostos como o benzopi-
reno, o crizeno e o antraceno, todos com po-
tencial cancerígeno. Sobre o benzopireno, cuja
estrutura química é apresentada a seguir, é cor-
reto afirmar que a molécula é formada por:
É correto afirmar que I e II têm, respecti-
vamente, cadeia carbônica
a) alicíclica e acíclica.
b) saturada e insaturada.
c) heterocíclica e aberta.
d) aromática e insaturada.
Benzopireno e) acíclica e homogênea.
EXERCÍCIOS a) propino
b) propano
1. Escreva o nome dos seguintes compostos or- c) acetileno
gânicos, segundo a IUPAC: d) eteno
e) metano
a) H3C – CH3 – CH3
b) H3C – CH2 – CH2 – CH3 Dado: Massas molares em g/mol: C: 12; H: 1.
c) H2C = CH2
d) HC = CH
e) H3C – C = C – CH3 7. (Mackenzie-SP) Relativamente ao composto
f) H2C = CH – CH3 de fórmula estrurural H3C – CH2 – CH2 – CH3, con-
g) H3C – CH = CH – CH2 – CH0 sidere as afirmações:
h) HC = C – CH2 – CH2 – CH3
i) CH3 – CH2 – CH2 – CH2 – C = C – CH3 I. é um alcano
j) H2C = CH – CH = CH2 II. apresenta somente carbonos primários
em sua estrutura
III. apresenta uma cadeia carbônica normal
2. Escreva a fórmula estrutural simplificada IV. tem fórmula molecular C4H10
dos seguintes compostos:
São corretas somente:
a) metano
b) hexano a) I e II
c) but-1-eno b) I e III
d) but-2-eno c) II, III, e IV
e) pent-2-ino d) I, III, e IV
f) cicloexano e) I e IV
g) cicloexeno
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
a) I e II.
b) II e III.
c) I e III.
d) II e IV.
e) I, II e III.
Prefixo do nº de carbonos + il
Exemplos:
H3C- H3C-CH2- H3C-CH2-CH2-
metil etil propil
b) Escreva e balanceie a reação de combustão
completa de cada um dos hidrocarbonetos. Os principais radicais orgânicos são os al-
quilas (derivados dos alcanos) e os arilas (deriva-
dos dos aromáticos) veja a lista dos radicais mais
usados na figura 6.1.
3-METILEXANO (3-METIL-HEXANO)
6-TERC-BUTIL-2-METILNONANO
(6-TERC-BUTIL-2-METIL-NONANO)
a) 2,2-dimetilbutano
b) 2-metilpentano
c) 3-metilpentano
d) n-hexano
e) etilpropano
a) 2,3-dimetilbutano
b) 3-metilpentano
c) 2-metilpentano
d) hexano
e) 2,2-dimetilbutano
UNIDADE 5
1. a) Propano
b) Butano
c) Eteno
d) Etino
e) But-2-ino
f) Prop-1-eno
g) Pent-2-eno
h) Pent-1-ino
i) Hept-2-ino
j) But-1,3-dieno
3. d
4. d
5. d
6. c
SOCIOLOGIA 1
UNIDADE 1 UNIDADE 4
INTRODUÇÃO À SOCIOLOGIA CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA:
ÉMILE DURKHEIM (1)
UNIDADE 2
CONTEXTO HISTÓRICO DO APARECIMENTO UNIDADE 5
DA SOCIOLOGIA CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA:
ÉMILE DURKHEIM (2)
UNIDADE 3
OS PRECURSORES DA SOCIOLOGIA UNIDADE 6
E O POSITIVISMO CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA:
KARL MARX
UNIDADE 7
KARL MARX E A HISTÓRIA DA
EXPLORAÇÃO DO HOMEM
UNIDADE 1 2 PERSPECTIVA SOCIOLÓGICA
TEXTO COMPLEMENTAR
• Iluminismo:
§ Nova forma de ver a sociedade e as ciências, com um
4 RESUMO: CONTEXTO HISTÓRICO olhar completamente rompido dos paradigmas anteriores
(religião).
§ Montesquieu, David Hume, Jean-Jacques Rousseau,
Adam Smith, Immanuel Kant.
Bibliografia Utilizada:
Mudança dos valores que guiam suas vidas
COSTA, Cristina. Sociologia: introdução à
Guiar suas práticas pelas orientações dos cientistas ciência da sociedade. São Paulo: Moderna. 1997.
TOMAZI, Nelson Dacio. Iniciação à Sociolo-
Obediência às normas e regras das instituições
gia. São Paulo: Atual. 2000.
Adesão à religião da humanidade TOMAZI, Nelson Dacio. Sociologia para o
Não dar ouvidos aos ideais revolucionários e socialistas Ensino Médio. São Paulo: Saraiva. 2012.
Abandonar a ideia de Democracia
EXERCÍCIOS
Comte não pensa numa sociedade ideal 1. (UFUB) Sobre o positivismo, como uma das
com valores perfeitos, mas na sociedade atual formas de pensamento social, podemos afir-
(de seu tempo), porém reorganizada, por isso não mar que:
pode ser considerado um pensador utópico. Ele
via na sociedade industrial e científica o grau mais I. É a primeira corrente teórica do pensamento so-
desenvolvido de sociedade até então, tudo isso ciológico preocupada em definir o objeto, estabe-
graças ao progresso da ciência que possibilitava o lecer conceitos e definir uma metodologia.
capitalismo, mas faltava ordem. Segundo o autor II. Derivou-se da crença no poder absoluto e exclu-
seria possível evitar situações de conflito e desor- sivo da razão humana em conhecer a realidade e
dem a partir do planejamento vindo das observa- traduzi-la sob a forma de leis naturais.
ções. Citando Comte: “As leis sociológicas permi- III. Foi um pensamento predominante na Alema-
tem planejar o futuro porque indicam critérios de nha no século XIX, nascido principalmente de cor-
atuação política”. rentes filosóficas da Ilustração.
IV. Nele, a sociedade foi concebida como organis-
PRINCIPAIS OBRAS: Sistema de política posi- mo constituído de partes integradas e coisas que
tiva (1824), Curso de filosofia positiva (1830 – 1842), funcionam harmoniosamente, segundo um mode-
Discurso sobre o espírito positivo (1844) e catecismo lo físico ou mecânico.
a) II, III e IV estão corretas. d) Tornar realidade o chamado “socialismo utópi-
b) I, II e III estão corretas. co”, visto como única alternativa para a superação
c) I, II e IV estão corretas. das lutas de classe em que a sociedade capitalista
d) I e III estão corretas. estava mergulhada.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
4. Destaque a influência do “caos” causado pe-
2. Com relação ao contexto de surgimento da las Revoluções Industrial e Francesa na sociolo-
Sociologia podemos afirmar que: gia de Augusto Comte.
I. A Sociologia foi uma manifestação do pensa- _____________________________________
mento moderno que surgiu a partir dos aconteci- _____________________________________
mentos desencadeados pelas revoluções políticas _____________________________________
e econômicas ocorridas na França e Inglaterra, _____________________________________
marcando o declínio da sociedade feudal e da con- _____________________________________
solidação do capitalismo.
II. A Sociologia consolidava o rompimento do pen- 5. Conceitue Positivismo ou Filosofia positiva.
samento moderno com o racionalismo, visto que _____________________________________
este em nada contribuía para o estabelecimento _____________________________________
de leis que explicassem o funcionamento do mun- _____________________________________
do material. _____________________________________
III. A Sociologia surgiu no século XIX, sendo a ex- _____________________________________
pressão do pensamento de Karl Marx, teórico que
observava a sociedade capitalista enquanto uma 6. A obra fundamental de Comte é o “Curso de Fi-
realidade contraditória e que visava por isso a losofia Positiva”, livro escrito entre 1830 e 1842, a
transformação dessa para uma sociedade comu- partir de 60 aulas dadas publicamente pelo filósofo,
nista. a partir de 1826. É na primeira delas que Comte for-
IV. A Sociologia, na figura de um de Augusto Com- mulou a “lei dos três estados” da evolução humana:
te – um de seus fundadores, visava contribuir para Para Comte as ciências evoluíram do Estado Teoló-
a solução dos problemas sociais decorrentes da gico, ao Estado Metafísico, cujo ponto culminante
Revolução Industrial, tendo em vista a necessária seria o Estado Positivo.
estabilização da ordem social burguesa.
Caracterize cada um destes Estados.
Estão corretas somente as afirmativas: _____________________________________
_____________________________________
a) I e II _____________________________________
b) I, II e III _____________________________________
c) I e IV _____________________________________
d) II e IV
e) II, III e IV 7. Conhecer o positivismo, contudo, é particu-
larmente importante aos brasileiros, devido
3. (UFUB – jul/01) Surgida no momento de con- à grande influência que esta escola filosófica
solidação da sociedade capitalista, a Sociologia exerceu no país na virada dos séculos 19 e 20.
tinha uma importante tarefa a cumprir na visão
de seus fundadores, dentre os quais se destaca Disserte sobre a importância das ideias positi-
Augusto Comte. Assinale a alternativa correta vistas na formação da sociedade brasileira, em
quanto a essa tarefa: especial durante a Proclamação da República.
_____________________________________
a) Desenvolver o puro espírito científico e inves- _____________________________________
tigativo, sem maiores preocupações de natureza _____________________________________
prática, deixando a solução dos problemas sociais _____________________________________
por conta dos homens de ação. _____________________________________
b) Incentivar o espírito crítico na sociedade e, des-
sa forma, colaborar para transformar radicalmen-
te a ordem capitalista, responsável pela explora- UNIDADE 4
ção dos trabalhadores.
c) Contribuir para a solução dos problemas sociais CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA: ÉMILE DUR-
decorrentes da Revolução Industrial, tendo em KHEIM (1)
vista a necessária estabilização da ordem social
burguesa.
A Sociologia propriamente dita origina-se principalmente as inovações tecnológicas: desen-
das ideias de alguns pensadores que procuraram volveu-se a indústria do aço e duas novas fontes
discutir a sociedade de seu tempo, principalmen- de energia passaram a ser utilizadas, a eletricida-
te franceses e alemães. Entre os franceses a maior de e o petróleo. Apareceram também invenções
expressão é Émile Durkheim (1858-1917), que pro- que transformaram o ambiente social: o telégra-
curou, de modo permanente, outorgar um caráter fo, o avião, o submarino, o cinema, o automóvel.
científico à Sociologia, tendo como influência tan- Ad inovações e os problemas da sociedade capita-
to o pensamento de Montesquieu e Saint-Simon lista estavam presentes no dia-a –dia dos france-
como o de Auguste Comte. ses. Durkheim procurou estudar essa diversidade
Na Alemanha, o representante mais expres- de situações.
sivo será Max Weber (1864-1920). Sua obra tem Partindo da afirmação de que a raiz de to-
estreita ligação com a história alemã de seu tem- dos os males da sociedade de seu tempo era cer-
po. A unificação alemã, o processo de industriali- ta fragilidade moral (ideias, normas e valores), a
zação tardia, o acordo entre a burguesia industrial preocupação de Émile Durkheim foi com a ordem
e os grandes proprietários de terra, tendo em vista social. Em busca de uma solução para isso, pro-
uma transição mais adequada aos seus interesses, punha a formulação de novas idéias morais capaz
com a formação de uma forte burocracia estatal, de guiar a conduta dos indivíduos, cujos caminhos
vão dar uma configuração diferente à Alemanha poderiam ser encontrados com a ajuda da ciência,
no contexto europeu. Além disso, a guerra de 1914- por meio de suas investigações, pois os valores
1918 afetará, de modo significativo, o pensamento morais constituíam um dos elementos mais efica-
de Max Weber. zes para neutralizar as crises econômicas e políti-
cas. A partir deles poderiam se criar relações es-
1 A SOCIOLOGIA DE DURKHEIM táveis entre os homens. O elemento fundamental
para Durkheim é a integração social.
Embora Comte seja considerado o pai da
sociologia já que foi ele que cunhou o termo, Dur- 2. INTEREÇÃO SOCIAL
kheim é apontado como um de seus primeiros
grandes teóricos. Ele e seus colaboradores se es- Questão chave em Drukheim: Como a socie-
forçaram para emancipar a sociologia das demais dade é possível? Por que nós não nos destruímos?
teorias sobre a sociedade e constituí-la como disci- Por que criamos regras de civilidade, regras na ver-
plina rigorosamente científica. Em livros e cursos, dade sociais?
sua preocupação foi definir com precisão o objeto, A sociedade é uma construção social. Pode-
o método e as aplicações dessa nova ciência. ríamos nos matar por diversas razões vivendo em
Émile Durkheim, nasceu em Épinal, na Alsá- uma sociedade de violência. Porém a sociedade
cia, descendente de uma família de rabinos. Ini- ser tornou possível à medida que foi criando re-
ciou seus estudos na Escola Normal Superior de gras, normas, leis, costumes, valores, consciência,
Paris, indo depois para a Alemanha. Lecionou So- etc. Isso garante a INTERAÇÃO SOCIAL.
ciologia em Bordéus, primeira cátedra dessa ciên-
cia criada na França. Transferiu-se em 1902 para INTERAÇÃO SOCIAL: reciprocidade de ex-
Sorbonne, para onde levou inúmeros cientistas, pectativas. Existem normas e regras constituido-
entre eles seu sobrinho Marcelo Mauss, reunindo- ras das relações sociais e a sociedade tem expec-
-os num grupo que ficou conhecido como escola tativas que o indivíduos considera para a vigência
sociológica francesa. da sociedade. Cada indivíduo cumpre com as re-
Desenvolveu sua obra num período de gras e espera que os outros também cumpram.
grande crise na França. A derrota na guerra fran- Essa questão da reciprocidade de expecta-
co-prussiana e o aniquilamento da Comuna de tiva é fundamental em Durkheim. Tanto isso é ver-
Paris (1870 – 1871) haviam deixado marcas pro- dade que quando os indivíduos fogem às regras a
fundas na sociedade francesa, o que exigia uma própria sociedade o condena por não cumprir com
reformulação de toda a sua estrutura. A miséria as expectativas. Ele será julgado tanto pelas leis,
e o desemprego estavam lado a lado com uma pelo direito, como pela sociedade como um todo.
grande expansão industrial, ocasionando o desen- Ou seja, a quebra com a reciprocidade correspon-
volvimento das associações e organizações dos de ao rompimento com os laços sociais.
trabalhadores, bem como a eclosão de greves e o Para Durkheim esses elementos são objetos
aguçamento das lutas sociais, campo muito pro- de estudo dos cientistas sociais: defesa da sociolo-
pício ao desenvolvimento das teorias socialistas. gia como ciência objetiva.
Entretanto, essa época foi também de
grande euforia, pois novos fatos propiciaram um 3 FATO SOCIAL: O OBJETO DA SOCIOLOGIA
progresso significativo na esfera da produção,
“Fato social é toda maneira de fazer, fixa parados independentemente do que os indivíduos
ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo envolvidos pensassem a seu respeito.
uma coação exterior; ou ainda, que é geral no FUNCIONALISMO: Segundo Durkheim, num
conjunto de cada sociedade tendo ao mesmo organismo (sociedade) saudável, cada detalhe
tempo existência própria, independente de (fato social) tem um papel de utilidade (função) a
suas manifestações individuais.” desempenhar para o equilíbrio vital (ordem). Por-
Fato social consiste em “maneiras cole- tanto, seu método busca encontrar as coisas que
tivas de pensar, sentir e agir, exteriores ao in- pertencem à própria sociedade (fatos sociais) para
divíduo e dotadas de um poder de coerção em entender como atuam dentro dela auxiliando no
virtude do qual se lhe impõem”. seu ordenamento. Ou seja, perguntar a função
Em uma de suas obras fundamentais, As (papel) de algo, é procurar a que necessidade do
regras do método sociológico, publicada em 1895, corpo (organismo social) esse algo corresponde.
Durkheim definiu com clareza o objeto da sociolo- Em estágio de normalidade uma espécie está bem
gia: os fatos sociais. Para o autor um fato social é integrada (coesa), com seus membros cumprindo
toda a maneira de agir, de pensar e de sentir que seus devidos papéis sociais. Nas palavras de Dur-
obedece às três características abaixo: kheim: “O que nos importa é saber se o fato existe
e em que consiste, não se foi pressentido de ante-
Coerção social: Força que os fatos exercem mão”. O sociólogo deve ser capaz de explicar estes
sobre os indivíduos, levando-os a conformar-se às fatos sociais.
regras da sociedade em que vivem, independen-
temente da sua vontade ou escolha. Essa força se 5 SOCIEDADE UM ORGANISMO EM ADAPTA-
manifesta quando o indivíduo adota um determi- ÇÃO
nado idioma, quando se submete a um determina-
do tipo de formação familiar ou quando está sub- Para Durkheim, a sociologia tinha por fina-
metido a determinado código de leis. lidade não só explicar a sociedade como também
Exterioridade: As regras sociais, os costu- encontrar soluções para a vida social. A socie-
mes, as leis, já existem antes do nascimento das dade como todo organismo, apresentaria estados
pessoas, são a elas impostos por mecanismos de normais e patológicos, isto é, saudável e doentio.
coerção social, como a educação. Normal: é aquele fato que não extrapola li-
Generalidade: É social todo fato que é ge- mites dos acontecimentos mais gerais de uma de-
ral, que se repete em todos os indivíduos ou, pelo terminada sociedade e que reflete os valores e as
menos, na maioria deles. condutas aceitas pela maior parte da população.
Patológico: é aquele que se encontra fora
4 MÉTODO dos limites permitidos pela ordem social e pela
moral vigente. Os fatos patológicos, como as doen-
Independente de qualquer filosofia, visando ças, são considerados transitórios e excepcionais.
apenas o princípio da causalidade
Garantia da objetividade 6 COERÇÃO SOCIAL E COESÃO SOCIAL
Um fato social só pode ser explicado por ou-
tro fato social A sociedade só é possível porque os indi-
Regra fundamental: Os fatos sociais devem víduos são coagidos a agir dentro de padrões e
ser tratados como coisas. normas sociais. Toda a vida do indivíduo ele sofre
coerção (força, pressão) para corresponder às ex-
A explicação científica exige que o pesquisa- pectativas. Nesta atitude de corresponder às ex-
dor mantenha certa distância e neutralidade em pectativas dos outros que há COESÃO.
relação ao fato a ser estudado. A coesão deriva da coerção.
Tanto para Durkheim, como para os positi- Leis e normas são mutáveis com a socie-
vistas em geral, a explicação científica exige que dade. Cada momento histórico pode exigir novas
os pesquisadores mantenham certa distância em leis, novos comportamentos. Assim os códigos es-
relação aos fatos, resguardando a objetividade tabelecidos devem ser mudados, transformados.
de sua análise. É preciso que o sociólogo deixe de As regras são dinâmicas. Muitas vezes portanto é
lado suas pré-noções, isto é, seus valores e senti- preciso a reordenação das normas. Entre a deca-
mentos pessoais em relação ao acontecimento a dência de costumes de uma determinada lei e o
ser estudado, pois nada têm de científico e podem seu refazer pode levar décadas, séculos, milênios.
destorcer a realidade dos fatos. Durkheim acon-
selhava os sociólogos a encarar os fatos sociais 7 MORAL
como coisas, ou seja, objetos que lhe sendo exte-
riores deveriam ser medidos, observados, e com- A moral é um fato social, pois criamos todo
um corpo de valores, por isso agimos de maneira A consciência coletiva é objetiva (não vem
que agimos, com dependência, solidariedade. Nos de uma só pessoa), é exterior (é o que a sociedade
enquadramos aos outros porque precisamos dos pensa), age de uma forma coercitiva. É, de certo
outros – isso é uma convicção moral. modo a moral vigente da sociedade. A consciên-
Por que dependemos dos outros? E por que cia coletiva manifesta-se nos sistemas jurídicos,
isso é um fato moral? nos códigos legais, na arte, na religião, nas cren-
O indivíduo isoladamente pode muito pou- ças, nos modos de sentir, nas ações humanas.
co, mas enquanto grupo, enquanto coletividade, Existe difundida na sociedade e é interiorizada pe-
os indivíduos são mais fortes, assim podem defen- los indivíduos.
der seus interesses. A vontade individual desapa-
rece, prevalece a vontade do grupo, o compromis- PRINCIPAIS OBRAS: Da divisão do trabalho
so que foi estabelecido com o grupo, seja qual for social (1893), O suicídio (1897), Formas elementa-
a sua natureza. res da vida religiosa (1912), Educação e sociologia
Durkheim entende a Moral como conjunto (1939).
de valores das mais diversas naturezas.
Há uma dupla relação: dependência e coer- Bibliografia Utilizada:
ção. Durkheim observa que são os valores morais
que sustentam a sociedade, e essa dependência COSTA, Cristina. Sociologia: introdução à
existe de diversas formas, baseados em cada mo- ciência da sociedade. São Paulo: Moderna. 1997.
mento histórico. GIDDENS, Anthony. Sociologia. 4.ed. Lisboa:
Fundação Calouste Gulbenkian, 2004.
A coerção e coesão também são fontes de QUINTANEIRO, Tânia; BARBOSA, Maria Lígia;
dependência e solidariedade. Oposto à coesão: OLIVEIRA, Márcia Gardênia. Um toque de clássi-
conflito, que leva à anomia. cos: Durkheim, Marx e Weber. Belo Horizonte: Ed.
ANOMIA: não correspondência às regras. UFMG, 1996.
Uma antiexpectativa. O indivíduo não reconhece TOMAZI, Nelson Dacio. Iniciação à Sociolo-
regras, normas, leis da sociedade e por isso não gia. São Paulo: Atual. 2000.
vive em coesão. A disciplina desempenha um pa- TOMAZI, Nelson Dacio. Sociologia para o
pel importante na formação do caráter e da perso- Ensino Médio. São Paulo: Saraiva. 2012.
nalidade em geral. O que há de mais essencial no
caráter é a aptidão para se dominar, é essa facul- EXERCÍCIOS
dade de saber parar ou, como se diz, de inibição,
que nos permite conter nossas paixões, nossos de- 1. De acordo com Florestan Fernandes:
sejos e impor-lhes a lei. A concepção fundamental de ciência, de Emi-
le Durkheim (1858-1917), é realista, no sentido de
8 A CONSCIÊNCIA COLETIVA defender o princípio segundo o qual nenhuma ciên-
cia é possível sem definição de um objeto próprio e
“O conjunto das crenças e dos sentimentos independente.
comuns à média dos membros de uma mesma so- (FERNANDES, F. Fundamentos empíricos da
ciedade forma um sistema que tem sua vida pró- explicação sociológica. Rio de Janeiro: Cia Editora
pria; podemos chamá-lo consciência coletiva ou Nacional, 1967. p. 73).
comum. Sem dúvida, ela não tem por substrato
um órgão único; é, por definição, difusa em toda Assinale a alternativa que descreve o objeto
extensão da sociedade” ( DURKHEIM, A Divisão do próprio da Sociologia, segundo Emile Durkheim
Trabalho Social) (1858-1917).
4. (UEL – 2007) Segundo Émile Durkheim “[...] 6. Em 1895, Émile Durkheim, em As Regras do
constitui uma lei da história que a solidariedade Método Sociológico, buscava
a) especificar as leis da física social que determi- B) o papel das gerações velhas e novas no proces-
nam o equilíbrio social – estática social, e as que so educacional.
determinam o desenvolvimento necessário – a di- _____________________________________
nâmica social. _____________________________________
b) constituir a sociologia como uma ciência obje- _____________________________________
tiva, cujas condições de validade residem na sua _____________________________________
capacidade de determinar um campo autônomo _____________________________________
de pesquisa ‐ os fatos sociais.
c) identificar as leis que condicionam a evolução UNIDADE 6
das formas sociais, de suas estruturas e níveis de
complexidade. CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA: KARL MARX
d) compreender os sentidos das ações individuais
e explicitar as significações das instituições sociais Filósofo, Jornalista, Cientista Social e Revo-
nas quais os indivíduos agem. lucionário alemão. Apesar de não ter se formado
e) analisar as estruturas sociais, as forças e as rela- como sociólogo, Marx muito contribuiu para o de-
ções de produção, que se impõem aos indivíduos senvolvimento da sociologia ao analisar e criticar
e condicionam a produção social da própria exis- a organização social, política, econômica, jurídica,
tência. ideológica e cultural da sociedade capitalista.
7. Segundo Durkheim, quando um fato põe em “A burguesia rompeu os muitos laços feudais
risco o consenso, a adaptação e a evolução da que atavam os homens aos seus ‘superiores natu-
sociedade, estamos diante de uma sociedade rais’ e não deixou outro laço entre o homem e o
doente. Considerando a informação acima, ex- homem se não o do interesse nu e cru, senão o do
plique o que é fato normal e o que é fato patoló- bruto pagamento em dinheiro. Afogou os êxtases
gico para Durkheim. celestiais do fanatismo devoto, do entusiasmo ca-
_____________________________________ valheiresco e do sentimentalismo filisteu na água
_____________________________________ gelada do calculo egoísta. [...] A burguesia despiu o
_____________________________________ halo de todas as profissões até então honradas e
_____________________________________ encaradas com referente admiração.
_____________________________________ [...] A burguesia arrancou da família seu
véu sentimental e transformou a relação familiar
8. (UFU) Analisando os dados de uma pesquisa numa relação puramente financeira. [...] No lugar
realizada em nível nacional e publicada pelo da exploração velada por ilusões religiosas e po-
Jornal Folha de S. Paulo (em 27/07/2006) sobre líticas, ela pôs a exploração aberta, imprudente,
os jovens brasileiros com idade entre 16 e 25 direta e nua.”
anos, disse Contardo Galligaris: “Eles se preo- MARX e ENGELS, Manifesto do Partido Co-
cupam sobretudo com família, saúde, trabalho munista.
e estudo. Seu maior sonho é a realização pro-
fissional – não empreendimentos fantasiosos,
mas o devaneio de qualquer mãe de classe mé- Para situar a obra de Karl Marx, é necessário
dia: ser médico, advogado ou encontrar um bom considerar o que estava acontecendo em meados
emprego que lhes garanta casa própria e carro. do século XIX. Com as transformações que ocor-
[...] Cúmulo para quem imagina que os adoles- reram no mundo ocidental, principalmente nas
centes sejam contestatórios: em sua maioria, esferas da produção industrial, houve um cres-
eles acham que o que aprendem na escola é de cimento expressivo do número de trabalhado-
grande utilidade para o futuro.” res industriais urbanos, com uma consequência
Relacione as informações acima com as idéias evidente: a precariedade da vida dos operários nas
de Émile Durkheim e explique cidades. As condições de trabalho no interior das
fábricas, que empregavam e superexploravam
homens, mulheres e crianças, eram péssimas; a
alimentação era deficiente; os ambientes eram
A) a função social da educação. insalubres; as moradias eram precárias. Essa si-
_____________________________________ tuação gerou a organização dos trabalhadores
_____________________________________ em associações, sindicatos e movimentos que vi-
_____________________________________ savam as transformações das condições de vida.
_____________________________________ Houve, então, o desenvolvimento de um pensa-
_____________________________________ mento explicativo das condições sociais, políticas
e econômicas para definir as possibilidades de in- realizar uma crítica radical a esse tipo histórico
tervenção nessa realidade. A esse tipo de pensa- de sociedade, colocando em evidência os seus
mento nomeamos tradição socialista, que junto antagonismos e contradições. É a partir de sua
da economia clássica inglesa (representada prin- perspectiva teórica que a sociedade capitalista
cipalmente em Adam Smith e David Ricardo) e da passa a ser analisada como um acontecimento
filosofia alemã de Hegel (sobretudo o movimento transitório. O aparecimento de uma classe revo-
dialético) forma o conjunto de influências para lucionária na sociedade - o proletariado - cria as
vasta obra de Karl Marx. condições para o surgimento de uma nova teoria
crítica da sociedade, que assume como tarefa teó-
2 A TRADIÇÃO SOCIALISTA rica a explicação crítica da sociedade e como obje-
tivo final a sua superação.
A tradição socialista que antecede os escri-
tos de Karl Marx é representada por pensadores 3 DIALÉTICA
como Conde de Saint-Simon (1760 – 1825), Charles
Fourier (1772 – 1837) e Robert Owen (1771 – 1858), Para se compreender o método sociológico
chamado de socialistas utópicos. de apreensão da realidade desenvolvido por Karl
Porém é com o pensador alemão Karl Marx Marx, é crucial saber o que é a dialética.
(1818-1883), filósofo social e economista, que esse Dialética é um conceito antigo, existente
tipo de pensamento ganhou maior notoriedade. desde a Grécia Antiga. Ganhou maior visibilidade
Ao lado de Friedrich Engels (1820-1903), elabo- na Era Moderna, como o filosofo alemão Wilhelm
rou um pensamento sociológico crítico, através Friedrich Hegel (1770 – 1831). Trata-se de uma con-
de estudos sobre as relações sociais e o modo cepção sobre o princípio de evolução da natureza
de produção capitalista, ligando esses fatores às e da sociedade.
mudanças sociais capazes de transformar a socie- Segundo a dialética hegeliana “cada concei-
dade. to possui em si o seu contrário, cada afirmação, a
Karl Marx (1818-1883) nasceu na cidade de sua negação. O mundo não é um conjunto de coisas
Trier, na Alemanha. Em 1836, matriculou-se na prontas e acabadas, mas sim o resultado do movi-
universidade de Berlim, doutorando-se em filoso- mento gerado pelo choque destes antagonismos e
fia em lena. Mudou-se em 1842 para Paris, onde destas contradições” (SPINDEL, A. O que é socialis-
conheceu Friedrich Engels, seu companheiro de mo).
idéias e publicações por toda vida. Expulso da
França em 1845, foi para Bruxelas onde participou Para Hegel a realidade é a forma fenomêni-
da recém fundada Liga dos Comunistas. ca da ideia. São as ideias condicionam a realidade
Não havia, para Marx, nenhuma preocupa- observável, são elas que explicam o mundo.
ção em definir uma ciência específica para estu-
dar a sociedade (como a Sociologia, para Comte) O homem, segundo Hegel, transforma ati-
e em situar seu trabalho em algum campo cien- vamente a realidade, mas quem impõe o ritmo e
tífico particular. Talvez fosse a História a ciência as condições dessa transformação ao sujeito é,
que mais se aproximasse das preocupações dele em última análise, a realidade objetiva. Para ele, a
por abarcar as múltiplas dimensões da sociedade. superação dialética é simultaneamente a negação
Esta, para ele, deve ser analisada na sua totalida- de uma determinada realidade, a conservação de
de, não havendo uma separação rígida entre os as- algo de essencial que existe nessa realidade nega-
pectos sociais, econômicos, políticos, ideológicos, da e a elevação dela a um nível superior.
religiosos, etc. “O botão desaparece no desabrochar da
Para entender o fundamental do pensamen- flor, e pode-se dizer que é refutado pela flor.
to de Marx é necessário fazer a conexão entre os Igualmente, a flor se explica por meio do fruto
interesses da classe trabalhadora e suas aspi- como um falso existir da planta” (HEGEL)
rações e as ideias revolucionárias que estavam
presentes a partir do século XIX, na Europa. Para Hegel era um filósofo idealista, ou seja, ele
ele o conhecimento científico da realidade só tem subordinava a realidade à ideia. Dizia ele que era o
sentido quando visa a transformação da realida- pensamento, a consciência, que gerava a realida-
de, não havendo separação entre teoria e prática, de. A razão que domina o mundo e o condiciona.
pois a “verdade histórica” não é algo abstrato que
se define teoricamente; sua verificação está na Marx inverte a dialética de Hegel e articula
prática. a dialética e o materialismo sob uma perspectiva
Se a preocupação básica do positivismo foi histórica.
com a manutenção e a preservação da ordem ca-
pitalista, é o pensamento marxista que procurará A consciência deve refletir a realidade ob-
jetiva. O ponto de partida para a análise do mo- cos como fundados em fatores econômico-sociais
vimento, da história é o prático, a necessidade, (técnicas de trabalho e de produção).
recorrendo à ideia de materialismo. Ou seja, o ser
social determinará a consciência. CONCEPÇÃO de que a natureza humana é
constituída por relações de trabalho e de produ-
É a materialidade em que o homem se en- ção.
contra que irá determinar a sua forma de pensar.
São as condições materiais, históricas e sociais Ou seja,
que condicionam o pensamento do homem.
A PRODUÇÃO HISTÓRICA DA VIDA MATERIAL
DIALÉTICA OU MOVIMENTO DIALÉTI- CONDICIONA A VIDA SOCIAL, IDEOLÓGICA, POLÍ-
CO: método de análise da realidade que consiste TICA, CULTURAL.
na constante superação do conceito que já temos
apresentado. Cada novo conceito elaborado pode, A condição fundamental de toda a história é
portanto, ser negado, questionado, e então reela- a satisfação das necessidades humanas, e na reali-
borado. zação de tais, o homem produz bens materiais, tal
qual estabelece relações sociais.
TESE X ANTÍTESE
SÍNTESE (TESE) “A história se faz segundo necessidades eco-
nômicas que se impõem sobre todos os azares”
1.3 MATERIALISMO HISTÓRICO – DIALÉTICO
Relação Indivíduo – Indivíduo / Indivíduo –
De acordo com o Materialismo Histórico Natureza = para suprir necessidades.
Marx afirma que:
As relações sociais que os indivíduos produ-
a) Podemos conhecer a sociedade concreta zem se transformam na medida da mudança e do
a partir das relações das pessoas no processo pro- desenvolvimento dos meios de produção/forças
dutivo de bens materiais, produtivas.
Este método admite um estudo em que a) é um conceito típico-ideal que exige confronto
deve-se observar os fenômenos sociais, polí- com a realidade, a fim de se comprovar sua valida-
ticos, culturais, ideológicos, como produtos de de para compreensão da vida social.
uma estrutura/base material, que se referem às b) é o resultado das evoluções das ideias, pois es-
formas como o homem produz e as relações tas produzem a realidade social.
que estabelece para produção. O homem c) evidencia uma concepção segundo a qual as so-
como fruto daquilo que ele próprio produz. ciedades, inevitavelmente, avançam rumo à reali-
zação de uma finalidade histórica prevista.
d) é o princípio de negação de uma dada realida-
de, mas se trata de um fenômeno histórico, nunca
lógico-dedutivo.
a) advento da globalização.
b) consolidação do comunismo.
c) crise do capital monopolista.
d) terceira revolução industrial.
e) implemento do neoliberalismo.
Bibliografia Utilizada:
COSTA, Cristina. Sociologia: introdução à 4. (UFU – jan/ 2001) Segundo a concepção mate-
ciência da sociedade. São Paulo: Moderna. 1997. rialista da história, a divisão social do trabalho
KONDER, Leandro. O que é dialética. Brasi- é o processo
liense. 25ª ed.
QUINTANEIRO, Tânia; BARBOSA, Maria Lígia; a) que dá início à contradição na vida social ao
OLIVEIRA, Márcia Gardênia. Um toque de clássi- separar os homens entre proprietários e não pro-
cos: Durkheim, Marx e Weber. Belo Horizonte: Ed. prietários.
UFMG, 1996. b) de diferenciação de funções que caracteriza as
TOMAZI, Nelson Dacio. Iniciação à Sociolo- sociedades complexas.
gia. São Paulo: Atual. 2000. c) que estimula as aspirações ao consumo, tão ne-
TOMAZI, Nelson Dacio. Sociologia para o cessárias ao regime capitalista de produção.
Ensino Médio. São Paulo: Saraiva. 2012. d) que atua diretamente no crescimento da de-
manda de mercado.
UNIDADE 3
1-c
2-c
3-c
UNIDADE 4
1-b
2-c
3-c
4-d
5-b
6-e
7-e
UNIDADE 5
1-d
2-d
3-c
4-c
5-c
6-b
UNIDADE 6
1-a
2-b
3-c
SOCIOLOGIA 2
UNIDADE 1 UNIDADE 4
RELAÇÃO ENTRE O HOMEM E NATUREZA MODELOS DE PRODUÇÃO CAPITALISTA (2)
UNIDADE 2 UNIDADE 5
O TRABALHO MODERNO ESTADO E SOCIEDADE
UNIDADE 3 UNIDADE 6
MODELOS DE PRODUÇÃO CAPITALISTA (1) AS FORMAS RECENTES DO
ESTADO MODERNO
UNIDADE 1 O TRABALHO REMUNERADO E O NÃO REMUNE-
RADO
A RELAÇÃO ENTRE O HOMEM E A NATUREZA
Consideramos muitas vezes como trabalho
• O QUE É TRABALHO? apenas aquele que é remunerado. No entanto, este
é um ponto de vista demasiado simplista. O traba-
Para a maioria dos indivíduos o trabalho é, lho não remunerado (como o trabalho doméstico
de todas as atividades, a que ocupa a maior par- ou a reparação do próprio carro) fazem parte da
te das suas vidas. Associamos, frequentemente, a vida de muitas pessoas. Muitos tipos de trabalho
noção de trabalho a escravidão - um conjunto de não se inserem dentro das categorias ortodoxas
tarefas que pretendemos minimizar e, se possível, do trabalho remunerado. Muito do trabalho reali-
a que queremos escapar. zado na economia informal não é registado direta-
O trabalho é mais do que escravidão, ou mente nas estatísticas oficiais de emprego. O ter-
as pessoas não se sentiriam tão perdidas e deso- mo economia informai refere-se a transações fora
rientadas quando ficam desempregadas. Como se da esfera do emprego regular, que implicam, por
sentiria se pensasse que nunca mais encontraria vezes, a troca de dinheiro por serviços prestados,
um emprego? Nas sociedades modernas ter um mas que também implicam frequentemente a tro-
emprego é importante para se preservar o respei- ca direta de bens ou serviços.
to por si próprio. Mesmo quando as condições de A pessoa que vem a nossa casa arranjar uma
trabalho são relativamente desagradáveis e as ta- televisão, por exemplo, pode ser paga em dinheiro
refas a realizar monótonas, o trabalho tende a ser sem haver recibo ou fatura detalhada do trabalho
um elemento estruturante na constituição psico- efetuado. As pessoas trocam bens «baratos» - rou-
lógica das pessoas e no ciclo das suas atividades bados - com amigos ou sócios em troca de outros
diárias. favores. A economia informal inclui não apenas
Como definição, podemos dizer que o traba- transações «ocultas» de dinheiro, como muitas
lho é o processo de transformação que o homem formas de autoaprovisionamento que as pessoas
realiza na natureza. Essa transformação é raciona- efetuam em casa e fora dela. As atividades efetua-
lizada e visa produzir bens e serviços. O trabalho é das pelos próprios, as ferramentas e os aparelhos
um ato consciente e dotado de intenção, Por isso, domésticos, por exemplo, proporcionam serviços
podemos dizer que o trabalho é uma atividade de e bens que de outra forma teriam de ser pagos
caráter físico ou intelectual necessária à realiza- (Gershuny e Miles, 1983).
ção de uma tarefa ou empreendimento, seguindo
a sequência em que o homem primeiro pensa (pla- • O VALOR DO TRABALHO NA HISTÓRIA
neja) e depois faz (executa). A intervenção no meio
externo realizada pelo ser humano se distingue da Estamos acostumados a nossa noção atual
realizada, por exemplo, por uma abelha ao cons- de trabalho, como atividade importante na vida de
truir uma colmeia em uma árvore, pois a ação des- qualquer pessoa e que é inclusive importante para
ta é motivada pelo instinto que todos os animais construir nosso caráter. Quando chegamos a um
possuem, por isso não se caracteriza como um ato grupo novo e pedem para que nos apresentemos,
consciente. Ao passo que o trabalho do homem é é comum a pergunta: o que você faz da vida? Bem
fruto de uma racionalidade o que torna sua inter- como costumamos achar estranho quando algum
venção um ato consciente e dotado de uma inten- adulto não está trabalhando e nem pretende fazê-
ção, por meio do qual o homem modifica as coi- -lo. É comum, portanto, que pensemos que o tra-
sas, inovando e renovando o mundo em que vive. balho é algo útil e necessário a todos e que os que
O ser humano é capaz de construir um mes- não o fazem não são exemplos a serem seguidos.
mo objeto de várias maneiras. Por isso, a sua rela- Contudo, historicamente, o trabalho nem
ção com a natureza (seu trabalho) é diferente no sempre foi visto e entendido sob este ponto de
espaço (em cada lugar do mundo) e no tempo (ao vista, como algo bom, necessário a todos e até
longo dos muitos anos da história da humanida- enobrecedor. Na verdade, dos milhares de anos
de). de história da espécie humana, somente nos mais
É importante salientar que o trabalho pri- recentes essa atividade de transformar a natureza
meiramente visa satisfazer as necessidades bá- por meio do uso da razão e dos corpos ganhou va-
sicas dos seres humanos. Contudo, com o passar lor e respeito. Anteriormente, o trabalho fora visto
do tempo os homens criam – socialmente – novas como atividade sem qualquer valor de destaque,
necessidades e também trabalham para satisfazê- ou, com valor negativo e depreciativo e, portanto,
-las. os trabalhadores eram as pessoas mais mal vistas
da maioria das sociedades que vieram antes de
• nós.
Na Bíblia dos cristãos, podemos observar nós entendidas como trabalho, nas sociedades tri-
que uma das punições que Deus atribui a Adão e bais, não se pode partir do mesmo ponto de vista
Eva por terem-no desrespeitado é o trabalho (Gn que se adota para analisar o trabalho nas socieda-
3, 17-19). Os povos Nômades e os Bárbaros escra- des modernas. Isso porque as atividades vincula-
vizam os povos mais fracos que encontravam pelo das à produção nas sociedades tribais estão asso-
caminho, colocando-os para trabalhar em seus ciadas aos mitos e ritos, ao sistema de parentesco,
lugares, mostrando assim, que, historicamente às festas, às artes, enfim, a toda a vida social. O
o trabalho fora a sina dos oprimidos. Um outro trabalho não tem um valor em si, separado de to-
exemplo é o do povo egípcio, civilização na qual os das as outras coisas. Ele só pode ser entendido se
homens de alto escalão: Faraó e seus funcionários, for encarado como fazendo parte do conjunto de
não trabalhavam. Para os gregos o trabalho era atividades que as constituem enquanto socieda-
um negócio: negottium – aquilo que nega o ócio. des.
E para os romanos, de onde deriva nossa palavra Nelas encontramos uma forma de organiza-
latina, o trabalho era uma tortura: tripollium: três ção da vida social pelas quais famílias unem-se em
paus (aparelho de tortura). forma de tribos, sendo o trabalho organizado de
Filósofos como Platão e Aristóteles valoriza- modo a que os meios de produção sejam comu-
vam o tudo o que elevava a razão, portanto, não nitários, isto é, todas as pessoas de uma mesma
atribuíam grande valor moral às atividades físicas tribo podem usar as ferramentas necessárias à sua
como o trabalho. Nas sociedades tribais as ativida- sobrevivência. Quanto a divisão das tarefas, esta
des ligadas a produção não possuem valor em si, se dá por sexo e idade. E a produção de bens de
estão associadas aos ritos e mitos. Na idade média consumo é muito pequena, atendo-se, geralmen-
o trabalho era visto como maldição (resultado do te, as atividades como trabalho artesanal (aquele
pecado original) e essa mentalidade justificava a que é realizado manualmente e não é comerciali-
sociedade tripartida. zado) e a agricultura de subsistência (aquela que
O primeiro movimento de grande expressão não é comercializada). Tarefas estas realizadas
a valorizar o trabalho foi uma religião: o Calvinis- com o mínimo de horas diárias, o que não signifi-
mo, fundado por João Calvino no séc. XVI. Crença ca uma vida de privações ou de pobreza, mas pelo
segundo a qual o trabalho nega o prazer, o ócio, contrário, seus equipamentos e instrumentos são
o lazer e impede a proliferação de vícios como a eficazes e o fato de trabalharem menos decore da
bebida, o jogo e as aventuras sexuais. Além de ge- relação com a natureza, a qual difere da nossa.
rar um fruto: o dinheiro. A pessoa que enriqueces-
se dentro desse padrão de vida regrado estaria,
portanto, demonstrando ser um eleito por Deus à • TRABALHO NAS SOCIEDADES ESCRAVIS-
salvação eterna. TAS
Hegel é o primeiro teórico renomado a apre-
ciar o trabalho (diferencia o homem dos animais). Com o surgimento da sociedade escravista
encontramos uma forma de trabalho que consiste
em organizar-se de modo tal que parte dos seres
• AS VÁRIAS SOCIEDADES humanos passa a ser considerada meio de pro-
dução, isto é, os escravos não eram considerados
Existem no mundo diferentes tipos de cli- pessoas, mas objetos, ferramentas.
mas, de plantas e animais e o homem habita todo Neste modelo de sociedade ocorrem pela
o globo. É justamente por isso que a forma pela primeira vez na história, formas de dominação
qual ele irá se relacionar com a natureza pode se e exploração sobre outros seres humanos. Aqui,
dar de maneiras distintas, pois de acordo com o também a forma básica de trabalho é a artesanal;
ambiente ao qual é exposto, suas necessidades apenas com a diferença de que seus produtos fi-
serão diferentes. Assim o trabalho e a forma pela nais não se destinam mais à sobrevivência do gru-
qual ele é organizado dentro das diferentes socie- po que trabalhou. Podemos citar como exemplos
dades pode variar, influindo na organização social desse tipo de organização social: a sociedade gre-
do modo de vida como também na forma pela ga e a sociedade romana da Antiguidade Clássica.
qual ele é valorizado no interior das relações so- O trabalho escravo surge através do aprisio-
ciais. Desse modo partindo da perspectiva do tra- namento de seres humanos por outros. É uma for-
balho vamos analisar as diferentes sociedades que ma de dominação do homem pelo homem. A con-
existiram ao longo da história. dição de escravo variava muito, pois não só havia
o escravo que trabalhava a terra nas mais terríveis
• O TRABALHO NAS SOCIEDADES TRIBAIS condições, mas também aquele incumbido de ad-
ministrar e gerenciar todos os negócios de seu se-
Ao analisar a questão das atividades, entre nhor e amo. O trabalho escravo é sempre inferior
por natureza, não importando que ofício tenha ou volveu a escravidão negra no Brasil? A explicação
quem seja. A liberdade do cidadão, as possibilida- mais plausível para escravidão negra se encontra
des de ele manter-se sem ter que produzir direta- em um conjunto de fatores que se interligam. O
mente o que consumia, só é possível se existem primeiro deles, e o mais determinante, é o fato de
outros que trabalham para ele e por ele. os portugueses estarem interessados em encon-
O escravo era propriedade de seu senhor e, trar um meio de obter lucros com as novas terras
portanto, podia ser vendido, doado, trocado, alu- descobertas. A produção de uma mercadoria que
gado; não só ele, mas todos os seus filhos e todos tivesse grande aceitação no mercado europeu, no
os bens que por ventura tivesse. Filósofos, como caso o açúcar, que, para ser produzido exigia mui-
Aristóteles, valorizavam tudo o que elevava a ra- ta mão-de-obra, se aliviava ao lucrativo comércio
zão dos homens, o motivos de sua superioridade de escravos. Ou seja, lucro com o açúcar, com o
diante de outros animais - e o esforço para sobre- tráfico de escravos e com a utilização de sua força
viver e atender às necessidades eram característi- produtiva.
cas animalescas. O fim da escravidão no Brasil encerra um
Outro fator inerente era que o trabalho es- período de mais de 350 anos, desde que o país, foi
cravo era fundamental para manter os cidadãos descoberto, de trabalho servil e semi-servil. Por-
que tinham por função refletir e governar a cidade. tanto, somente há pouco mais de 100 anos é que
Para a maioria dos escravos, a finalidade de se convive com a liberdade formal de trabalho.
suas vidas era tornarem-se livres, mesmo que isso Nunca é demais lembrar, também, que o Brasil foi
não lhes desse a condição de cidadãos, já que só um dos últimos países do mundo a proibir a escra-
seriam se tivessem bens e propriedades. A alforria vidão.
de um escravo poderia ser conseguida por meio de
um ato generoso de seu amo, mas também pela • TRABALHO NAS SOCIEDADES FEUDAIS
compra ou pelo pecúlio, uma espécie de poupan-
ça que o escravo ia guardando, com o consenso Nesta sociedade, os seres humanos não
do senhor. Como o escravo estava vinculado a um eram mais considerados escravos, mas mesmo
senhor, esse seu pecúlio também era do senhor. É assim ainda encontramos nela formas de domi-
por isso que a compra da liberdade através do pe- nação e exploração. Como? A terra, por ser fonte
cúlio vai aparecer também como uma dádiva do de riqueza (produzia alimentos), estava nas mãos
seu amo. dos senhores feudais; estes, por sua vez, permi-
tiam que outras pessoas (os servos) a cultivassem.
Ø TEXTO COMPLEMENTAR Os servos estavam presos a terra, e, quando um
feudo era subdividido, os servos passavam a per-
Quando se menciona o trabalho escravo no tencer a outro senhor juntamente com a terra. A
Brasil... forma básica de trabalho era também artesanal,
acompanhando uma agricultura de subsistência.
...a primeira lembrança é a da escravidão A terra é o principal meio de produção, e as
negra. Realmente, foi ela a mais marcante, a mais principais relações sociais desenvolvem-se em tor-
longa e terrível; mas o trabalho escravo se inicia no dela, uma vez que se tem uma economia funda-
no Brasil com a escravidão indígena, que ocorreu mentalmente agrícola. Mas a terra não pertencia
nos primeiros anos da presença portuguesa e per- aos produtores diretos, isto é, aos camponeses e
durou mesmo depois da presença do escravo afri- artesãos. Pertencia aos senhores feudais devida-
cano. O indígena tem no trabalho produtivo uma mente hierarquizados.
atividade que se integra a outras tantas que fazem Os trabalhadores têm direito ao usufruto e
parte de sua vida diária. Desse modo, quando os à ocupação das terras, mas nunca à propriedade
portugueses aportaram no Brasil, na falta de bra- delas. Os senhores, através dos laços feudais, têm
ços para as atividades de colonização, procura- o direito de arrecadar tributos sobre os produtos
ram entender-se com os habitantes nativos, que, ou sobre a própria terra. Na combinação dessas
num primeiro momento, colaboraram em troca relações, pode-se detectar uma rede de vínculos
de alguns produtos. Quando, porém, não foi mais pessoais de direitos e deveres e de honra entre os
possível essa colaboração, os colonizadores par- senhores, e entre estes e os servos, em que uns
tiram para a escravização dos indígenas, que não trabalham em regime de servidão, no qual não se
aceitaram essa condição e resistiram bravamente. goza de plena liberdade, mas também não se é es-
A alternativa que restou, diante da resistência dos cravo. O que há é um sistema de deveres para com
índios, foi procurar mão-de-obra para o trabalho o senhor e deste para com os seus servos.
em outro local. Os servos, além de trabalharem em suas ter-
Esse local foi o continente africano. Quanto ras, eram obrigados a trabalhar nas terras do se-
a essa questão, cabe a pergunta: Por que se desen- nhor, bem como na construção e manutenção de
estradas e pontes. Essa obrigação se chamava a alimentação e o abrigo. Por isso, nesses casos,
corveia. Entretanto, havia uma série de ou- os processos de trabalho não geram relações pro-
tras obrigações que os servos deviam ao senhor, priamente sociais.
como por exemplo, um imposto que se pagava por 02) Segundo muitos autores, para alcançar a sua
pessoa e atingia unicamente os servos. O censo subsistência, nem todos os grupos humanos vi-
era outro imposto, mas esse era pago somente veram de atividades produtivas, como ocorreu
pelos homens livres (camponeses e aldeãos). A ta- historicamente nas sociedades de pescadores, de
lha era uma taxa que se pagava sobre tudo o que coletores e de caçadores.
se produzia na terra e atingia todas as categorias 04) Alguns antropólogos afirmam que grupos in-
dos dependentes. As banalidades consistiam em dígenas, como os ianomâmis, podem ser conside-
outra obrigação devida ao senhor, e eram pagas rados “sociedades de abundância”, pois dedicam
pelos servos e camponeses pelo uso do moinho, poucas horas diárias às atividades produtivas,
do forno, dos tonéis de cerveja e pelo fato de, sim- mas, apesar disso, têm suas necessidades mate-
plesmente, residirem na aldeia. riais satisfeitas. Tais necessidades não são cres-
Como se pode perceber, eram os servos, os centes, como ocorre nas sociedades capitalistas.
camponeses livres, os aldeãos, ou seja, as classes 08) Na sociedade feudal, a terra era o principal
servis, quem efetivamente trabalhava nessa socie- meio de produção, porém os direitos sobre ela
dade. Os senhores feudais e o clero viviam, pois, pertenciam aos senhores. Os camponeses e os
do trabalho dos outros. Algo parecido com o que servos nunca podiam decidir o que produzir, para
acontecia na sociedade greco-romana, ainda em quem e quando trocar o fruto do seu trabalho.
outras condições históricas. 16) O modo de produção escravista colonial que
ocorreu no Brasil tinha as seguintes características
Ø TEXTO COMPLEMENTAR principais: economia voltada para o mercado ex-
terno baseada no latifúndio, troca de matérias-pri-
Outras formas de trabalho nas sociedades mas por produtos manufaturados da metrópole e
medievais... fraco controle da colônia sobre a comercialização.
...existiam além do trabalho ligado à terra, 2. Embora não reconhecida pela sociedade, é
tais como as atividades artesanais, desenvolvidas enorme a contribuição indígena à cultura brasi-
nas cidades e mesmo nos feudos, e as atividades leira. Hoje, os Tapuias, depois de milênios, são
comerciais. Nas cidades, o artesanato tinha uma os povos que mais despertam interesse cien-
organização rígida baseada nas corporações de tífico nas áreas da psicologia, da biologia e da
ofício. No topo da escala dessas corporações, ha- educação ambiental. As biotecnologias desen-
via um mestre que controlava o trabalho de todos. volvidas pelos índios, muitas vezes adquiridas
Esse mestre encarregava-se de pagar os direitos ao a partir da tradição dos Tapuias, contribuíram
rei ou ao senhor feudal e de fazer respeitar todos sensivelmente para o equilíbrio da mãe Terra.
os compromissos com a corporação. Abaixo dele Segundo estudiosos da civilização urbana, as
vinha o oficial, que ocupava uma posição interme- formas nativas de lidar com a flora e a fauna
diária entre a do aprendiz e a do mestre. Cabia ao para manter um equilíbrio sustentável leva-
oficial fixar a jornada de trabalho e a remuneração, ram os povos da floresta a desenvolver técnicas
sendo também o responsável por transmitir os en- de manejamento de solo, de plantio e proces-
sinamentos do mestre aos aprendizes. O aprendiz, samento de alimentos, bem como técnicas e
ficava na base dessa hierarquia, devia ter entre 12 equipamentos para caça e pesca. Classificaram
e 15 anos e era subordinado a um só mestre. Seu e nomearam, em sua língua tribal, árvores e
tempo d aprendizado era predeterminado, bem plantas utilizadas na alimentação, em medica-
como os seus deveres e as sanções a que estava mentos, construção de moradias e confecção
sujeito, conforme o estatuto da corporação. de instrumentos de caça e pesca. Kaka Werá Je-
cupé. In: A terra dos mil. Fundação Petrópolis,
EXERCÍCIOS 1998, p. 87 (com adaptações).
1. (UEM–Inverno 2008) (UEM – Inverno 2008) O texto acima se refere a alguns aspectos par-
Sobre as relações produtivas desenvolvidas por ticulares das sociedades tribais brasileiras, de-
diferentes grupos sociais ao longo da história, corrente de uma forma particular de conceber
assinale o que for correto. o mundo baseada no holismo, que pressupõe
uma relação de interdependência e equilíbrio
01) Nas sociedades tribais, o trabalho humano está entre os homem e a natureza e entre os ho-
relacionado apenas à satisfação das necessidades mens. A partir disso assinale a alternativa que
básicas do homem, como, por exemplo, garantir corresponde à forma como as sociedades tri-
bais organizam e valorizam o trabalho: que detinha o poder de proteger de julgar, de
a) O trabalho na sociedade tribal possui um valor punir e de arrecadar impostos. Estavam sub-
em si mesmo, por isso a noção de lucro e acúmulo metidos a uma série de encargos e sujeições,
de riquezas é recorrente nas práticas cotidianas. como as corvéias e as banalidades, o direito de
b) Na sociedade tribal existe a busca pelo equi- consórcio e a impossibilidade de abandonar o
líbrio entre as diferentes esferas da vida social domínio de seu senhor sem autorização.
como o trabalho, os ritos, as danças, a religião e as A partir do texto e de sues conhecimentos sobre
artes. Contudo a esfera do econômico se sobrepõe o tema julgue as afirmativas a seguir:
às outras, o que fica evidente nessa passagem do I. A corvéia era um imposto pago por todos os ho-
texto: “as formas nativas de lidar com a flora e a mens livres e a banalidades era uma taxa que se
fauna para manter um equilíbrio sustentável leva- pagava sobre tudo o que se produzia na terra e
ram os povos da floresta a desenvolver técnicas de atingia todas as categorias dos dependentes.
manejamento de solo, de plantio e processamento II. O trabalho durante o feudalismo era predomi-
de alimentos, bem como técnicas e equipamentos nantemente ligado a terra, entretanto existiam
para caça e pesca”, tais técnicas foram desenvolvi- outras formas de organização do trabalho ligada
das para aumentar a produção. ao artesanato como as corporações de ofícios, que
c) Nas sociedades tribais o trabalho é visto como em seu interior eram regidas por uma organização
uma relação de transformação agressiva da na- hierárquica. No topo esta o mestre abaixo dele em
tureza, com o intuito de retirar dela o necessário uma posição intermediária estava o oficial e por
para a sobrevivência da comunidade. ultimo o aprendiz.
d) O trabalho nas sociedades tribais é encarado III. Nesta sociedade, os seres humanos não eram
como algo relacionado as diferentes esferas da mais considerados escravos, mas mesmo assim
vida social, entretanto existe sempre o predomí- ainda encontramos nela formas de dominação e
nio de uma em especial, seja a religiosa ou a eco- exploração pode-se detectar uma rede de víncu-
nômica, dependendo da localização geográfica da los pessoais de direitos e deveres e de honra entre
tribo e das necessidades de acordo com o tempo os senhores, e entre estes e os servos, em que uns
e o espaço. trabalham em regime de servidão, no qual não se
e) Por serem orientados por uma visão de mundo goza de plena liberdade, mas também não se é es-
marcada pela complementariedade, o trabalho cravo. O que há é um sistema de deveres para com
nas sociedades tribais não pode ser concebido o senhor e deste para com os seus servos.
como algo que possui um valor em si mesmo, mui- IV. Durante o feudalismo vemos a divisão da so-
to pelo contrário ele esta relacionado e interligado ciedade em basicamente três estamentos: clero,
com as diferentes esferas da vida social como a nobreza e servos. Dentre eles se destacava no
dos ritos, mitos, danças e artes. controle da maior parte das terras e do controle
ideológico o Clero, representado principalmente
3. Alguns antropólogos, como Marshall Sahlins, pelos chamados protestantes.
afirmam que grupos indígenas, como os iano- Assinale a alternativa na qual todas estão COR-
mâmis, podem ser considerados “sociedades RETAS:
de abundância”, pois dedicam poucas horas
diárias às atividades produtivas, mas, apesar a) I, II, IV
disso, têm suas necessidades materiais satis- b) II, IV
feitas. Tais necessidades não são crescentes, c) II, III
como ocorre nas sociedades capitalistas. Dis- d) I, IV
corra sobre as principais características do tra- e) I, II, III,
balho nas sociedades tribais.
_____________________________________ 5. Interprete as assertivas abaixo, sobre o mito
_____________________________________ da democracia racial no Brasil.
_____________________________________ I. O mito da democracia racial no Brasil é um
_____________________________________ fenômeno relativamente recente, mais notado
_____________________________________ a partir dos anos 30 do século XX, quando se
acentuou a incorporação de valores e símbolos
4. Basicamente, a estrutura da sociedade feu- culturais afro-descendentes à representação
dal era formada por uma aristocracia proprie- dominante da identidade nacional brasileira.
tária de terras (composta pelo alto clero e pela II. O mito da democracia racial tem sido uma
nobreza) e por uma massa de camponeses que forma de etnocentrismo das mais notáveis no
podiam ser servos (ou servos da gleba, presos a Brasil, a despeito de ser, ao mesmo tempo, das
terra) ou vilões livres, porém não proprietários. mais dissimuladas, procedendo a máxima do
Os camponeses eram dependentes do senhor sociólogo Florestan Fernandes de que o brasi-
leiro tem preconceito de ter preconceito.
III. O mito da democracia racial foi forjado nos 7. (FGV) A crise do sistema feudal pode ser ex-
anos 30 do século XX, unicamente por intelec- plicada:
tuais envolvidos na produção simbólica da in-
dústria cultural, principalmente da televisão. a) A partir do desenvolvimento comercial, que ge-
Esses intelectuais visavam atingir um público rou a economia monetária e desintegrou a econo-
consumidor de afro-descendentes, até então mia natural;
totalmente excluído do consumo de produtos b) A partir da contradição do próprio sistema feu-
simbólicos. dal, cujas relações de trabalho eram incompatíveis
IV. O mito da democracia racial sempre existiu com a ampliação do mercado consumidor;
no Brasil, conforme se pode observar nas lite- c) Pelo desenvolvimento da economia capitalista,
raturas de José de Alencar, Machado de Assis, que liquidou a economia de consumo feudal;
Euclides da Cunha, Lima Barreto, bem como na d) Pelo surgimento das cidades e a consequente
produção sociológica do século XIX, cujo com- atração dos servos para os núcleos urbanos, des-
promisso era demonstrar o valor das culturas povoando o campo;
africanas para a civilização brasileira. e) Por causa da centralização do poder político,
Marque a alternativa que apresenta os enuncia- que liquidou o poder senhorial.
dos teoricamente plausíveis.
8. (FUVEST) Na Idade Média praticava-se a in-
a) Os enunciados I, III e IV, são teoricamente plau- dústria artesanal, através de associações pro-
síveis. fissionais denominadas "corporações de ofí-
b) Os enunciados I e II são teoricamente plausíveis. cio". As corporações de ofício eram:
c) Os enunciados II, III e IV são teoricamente plau-
síveis. a) Associações de profissionais que exerciam a
d) Apenas o enunciado I é teoricamente plausível. mesma atividade dentro do burgo
b) O mesmo que "ligas para o livre-comércio"
6. Ao compararmos as condições de trabalho c) Associações de burgos para proteção do merca-
de servos e vilões, vigentes no sistema socioe- do
conômico feudal da Idade Média da Europa Oci- d) Associações de profissionais de vários ofícios
dental, destaca-se, como elemento diferencia- dentro do burgo;
dor entre ambos: e) Associações internacionais de ligas profissio-
nais.
a) A relação de vassalagem exclusiva dos servos
em relação aos senhores proprietários de terra, 9. Quais foram as principais características do
enquanto os vilões permaneciam como campone- modo de produção escravista?
ses livres. _____________________________________
b) A condição de escravidão a que estavam sub- _____________________________________
metidos os servos nos ambientes domésticos dos _____________________________________
senhores feudais, diferenciada da situação de tra- _____________________________________
balho livre dos camponeses vilões. _____________________________________
c) A presença dos vilões como um fator de dese-
quilíbrio do ordenamento estamental feudal, na UNIDADE 2
medida em que se impunham como exemplos de
camponeses livres frente à situação de obrigação/ O TRABALHO MODERNO
obediência do servo em relação ao senhor feudal.
d) O livre acesso dos vilões às terras comunais, en-
quanto que aos servos era estritamente proibido • UMA NOVA VISÃO SOBRE O TRABALHO: A
o seu uso, por conta das obrigações assumidas do CONTRIBUIÇÃO DO PROTESTANTISMO
servo para com o senhor feudal.
e) O fato dos vilões serem pequenos proprietários Segundo a concepção feudal, com base na
de terras, mesmo que mantendo algumas obri- Igreja Cristã, o trabalho era uma verdadeira mal-
gações para com os senhores feudais, mas sen- dição e deveria existir somente na quantidade
do esta relação diferente da condição dos servos necessária à sobrevivência, não tendo nenhum va-
como camponeses presos à terra concedida pelo lor em si mesmo. Como era a salvação individual
senhor feudal. o que importava, o trabalho era desqualificado,
uma vez que não permitia a quem o executava
uma constante meditação e contemplação – a for-
ma de se chegar mais perto de Deus e, portanto,
da salvação. balhar, pois quem não tem vontade de trabalhar
A Reforma Protestante desenvolveu uma inicia um processo que redundará em pecado e,
análise que alteraria o pensamento cristão sobre o portanto, na ausência da graça divina.
trabalho, contrariando a visão do catolicismo, que A concepção protestante e puritana em re-
mais tarde adotou posição parecida. lação ao trabalho vai servir muito bem à burgue-
Nessa nova visão, o trabalho aparece como sia comercial e depois à industrial, que precisava
o fundamento de toda a vida, constituindo uma de trabalhadores dedicados, sóbrios e dóceis em
virtude e um dos caminhos para a salvação. A pro- relação às condições de trabalho e os baixos salá-
fissão de cada um passa a ser vista como vocação, rios.
e a preguiça, como uma coisa perniciosa e má, que
se contrapõem à ordem natural do mundo. • TRABALHO ASSALARIADO LIVRE
Max Weber, sociólogo alemão, ao analisar a O capitalismo se forma durante toda a Idade
relação entre a ética protestante e o espírito do ca- Moderna – período de transformações na socieda-
pitalismo, procurou demonstrar claramente essa de e acumulação primitiva – e teve sua plenitude
mudança de atitude e de concepção em relação com a Revolução Industrial, do século XVIII.
ao trabalho. Nessa sociedade o trabalho se caracteriza
Para Weber, a ética praticada pelos protes- pela existência de, basicamente, duas classes so-
tantes teve importante participação na formação ciais:
capitalista, e por consequência no processo de § Os proprietários dos meios de produção à
modernização das sociedades ocidentais. À medi- burguesia
da que os protestantes imprimiam um sentido de § Os proprietários apenas de sua capacida-
vocação ao trabalho e ao mesmo tempo desen- de de trabalho à proletariado
volviam uma vida ascética, ou seja, simples (em
que parte da renda era poupada e reinvestida na Assim sendo, os trabalhadores trocam com
produção) houve um favorecimento das institui- os empresários (os donos dos meios de produção)
ções econômicas vigentes. Distanciando-se da in- a sua capacidade de trabalhar por um salário. Nes-
terpretação católica que via o trabalho como algo sa sociedade, o trabalho industrial aparece como
penoso, punitivo e martirizante, os protestantes uma forma básica de produção de bens de consu-
o viam como uma dádiva ou uma benção através mo. O que define uma sociedade como capitalista
das quais Deus premiava as pessoas. é a propriedade privada dos meios de produção,
Portanto, é possível afirmar que, inicialmen- o trabalho assalariado, o sistema de troca e uma
te, a ética no trabalho praticada pelos adeptos do determinada divisão social do trabalho.
protestantismo teve forte vínculo religioso, mas à Historicamente, o capitalismo se constituiu
medida em que a modernização das sociedades na Europa ocidental. A Inglaterra, quase sempre,
foi ocorrendo, cada vez mais a racionalidade pas- é tomada como exemplo, por ser um dos primei-
sou a ser o ponto central da conduta no trabalho ros países onde as relações capitalistas se desen-
assumindo uma condição de parecer existir por volveram plenamente e onde se podem encontrar
ela mesma, dando origem há uma intensa buro- elementos essenciais que permitem estudar a
cratização da vida e também ao que Weber cha- transição do feudalismo para o capitalismo, enfo-
mou de desencantamento do mundo. cando fundamentalmente a questão do trabalho.
Como trabalho passa a ser encarado como Pode-se afirmar que o trabalho se trans-
uma virtude, e, ao se trabalhar arduamente, po- forma em força de trabalho quando se torna uma
de-se chegar a ter êxito na vida material, o que é mercadoria que pode ser comprada e vendida. E,
expressão das bênçãos divinas sobre os homens. para que ele se transforme em mercadoria, é ne-
Mas a riqueza gerada pelo trabalho, e depositada cessário que o trabalhador seja desvinculado de
nas mãos de alguns homens, não deve ser utiliza- seus meios de produção, ficando apenas coma a
da para ostentação ou mesmo para os gastos sem sua força de trabalho para vender. O trabalho as-
necessidade. O cristão protestante salariado existiu desde a Antiguidade, mas não de
deve levar uma vida ascética, de costumes maneira tão extensiva e dominante como no capi-
simples, e o que se pode poupar deve ser reinves- talismo.
tido no trabalho, dessa forma gerando mais opor- O processo que levou a desvinculação entre
tunidades para outros trabalharem. o trabalhador e seus meios de produção foi longo
Nessa concepção, a riqueza em si não é con- e está relacionado com todas as transformações
denável, mas sim aquilo a que ela pode levar, isto que permitiriam a constituição do modo de produ-
é, o não trabalho, o desfrute ostentatório e a pre- ção capitalista. Mas a emergência do trabalhador
guiça que ela pode causar. Nesse sentido, um dos assalariado é simultânea à do capitalista. São dois
pecados maiores passa a ser o tempo perdido em elementos indissociáveis, do mesmo momento
coisas improdutivas. O cristão tem o dever de tra- histórico.
Vários foram os fatores que concorreram Todo ser humano nasce igual em direito à mesma
para que houvesse essas transformações. Na In- dignidade. E, portanto, nascemos todos com os
glaterra, os mais significativos foram os cerca- mesmos direitos fundamentais que, quando vio-
mentos de terras comunais e a expropriação dos lados, nos arrancam dessa condição e nos trans-
camponeses, o que permitiu a liberação de terras formam em coisas, instrumentos descartáveis de
para a produção de lã, bem como a expulsão de trabalho. Quando um trabalhador mantém sua li-
milhares de pessoas sem trabalho para as cidades berdade, mas é excluído de condições mínimas de
– ambos os fatores indispensáveis ao desenvolvi- dignidade, temos também caracterizado trabalho
mento da indústria têxtil. Ou seja, pôde-se dispor escravo.
de muita matéria-prima e, ao mesmo tempo, de Em poucas palavras, o trabalho escravo
um exército de pessoas que possuíam apenas sua contemporâneo ocorre quando o trabalhador não
força de trabalho para vender. consegue se desligar do patrão por fraude ou vio-
Como processos complementares, encon- lência, quando é forçado a trabalhar contra sua
travam-se o tráfico de escravos africanos, a con- vontade, quando é sujeito a condições desumanas
quista de pilhagem, principalmente do ouro e da de trabalho ou é obrigado a trabalhar tanto e por
prata nas Américas, e a exploração das colônias, tantas horas que seu corpo não aguenta. No Bra-
assim como a guerra comercial que se travava en- sil, este crime está previsto em quatro situações:
tre diversas nações européias mediante a tributa- cerceamento de liberdade de se desligar do servi-
ção e os protecionismos alfandegários. ço, servidão por dívida, condições degradantes de
O processo resultante da conjugação de to- trabalho e jornada exaustiva.
dos esses fatores passou a ser conhecida como Estima-se que existam no mundo entre 12
acumulação primitiva do capital. É dessa forma a 27 milhões de pessoas escravizadas nos diver-
que se explica como um grupo de pessoas con- sos ramos da indústria, serviços e agricultura. Em
seguiu acumular riquezas e ter dinheiro nas mãos geral, os escravos provêm de regiões muito em-
para aplicar em empreendimentos voltados para pobrecidas, com pouco acesso à educação e saú-
a fabricação de mercadorias em outra escala de de e ao crédito formal. São locais onde as leis de
produção e com outra finalidade: exclusivamente proteção são fracas, ou sua aplicação é restrita,
para vender no mercado. É nesse contexto que, de forma que a ação dos aliciadores é facilitada.
pouco a pouco, o trabalhador vai perdendo tudo São jovens, a maioria do sexo feminino. Muitos são
o que tem para ficar somente com a sua força de forçados a se deslocar de sua região de origem em
trabalho. busca de oportunidades e são aliciados para este
tipo de trabalho.
• TRABALHO ESCRAVO CONTEMPORÂNEO A região do mundo onde estas relações de
escravidão estão mais presentes é o sul da Ásia,
De acordo com o artigo 149 do Código Pe- sobretudo a Índia. Apesar das leis, muitos indianos
nal brasileiro, são elementos que caracterizam o são forçados a trabalhar em regime escravo para
trabalho análogo ao de escravo: condições degra- pagar dívidas adquiridas por seus antepassados.
dantes de trabalho (incompatíveis com a dignida- Da República Popular da China surgem denúncias
de humana, caracterizadas pela violação de direi- sobre a existência de campos de trabalho escravo.
tos fundamentais coloquem em risco a saúde e a
vida do trabalhador), jornada exaustiva (em que
o trabalhador é submetido a esforço excessivo ou • TRABALHO NO SOCIALISMO DE MARX E EN-
sobrecarga de trabalho que acarreta a danos à sua GELS
saúde ou risco de vida), trabalho forçado (manter a
pessoa no serviço através de fraudes, isolamento Enquanto o capitalismo baseia-se na pro-
geográfico, ameaças e violências físicas e psicoló- priedade privada dos meios de produção, o fun-
gicas) e servidão por dívida (fazer o trabalhador damento da sociedade socialista é a propriedade
contrair ilegalmente um débito e prendê-lo a ele). social (coletiva, pública) dos meios de produção.
Os elementos podem vir juntos ou isoladamente. No socialismo não existem empresas privadas (ou
O termo “trabalho análogo ao de escravo” estas representam a pequena parcela no total das
deriva do fato de que o trabalho escravo formal foi empresas), já que os meios de produção são públi-
abolido pela Lei Áurea em 13 de maio de 1888. Até cos ou coletivos, ou seja, o Estado controla toda
então, o Estado brasileiro tolerava a propriedade a economia, toda a infraestrutura do sistema. Em
de uma pessoa por outra não mais reconhecida teoria, o objetivo da sociedade socialista é a satis-
pela legislação, o que se tornou ilegal após essa fação completa das necessidade materiais e cultu-
data. rais da sociedade: emprego, habitação, educação,
Não é apenas a ausência de liberdade que saúde, cultura, lazer etc.
faz um trabalhador escravo, mas sim de dignidade. Desaparece, assim, a separação entre pro-
prietários do capital e proprietários da força de que foram deportados e exilados para áreas remo-
trabalho. Com isso, todos passam a, necessaria- tas da União Soviética.
mente utilizar-se de sua força de trabalho, não Já em Cuba, por exemplo, noventa por cen-
havendo mais a compra e venda da força de tra- to dos 4,8 milhões de cubanos ativos trabalham
balho entre os cidadãos. Todos devem trabalhar e para o Estado. Esse mesmo Estado é visceralmen-
vender a força de trabalho para o Estado. Apesar te contra o trabalho por conta própria. Quem qui-
disso, permanecem as diferenças individuais entre ser abrir uma lanchonete tem de pagar um preço
as pessoas, bem como salários desiguais, devido à altíssimo para conseguir uma licença do governo.
maior ou menor qualificação do trabalhador.
Na sociedade socialista, a economia é pla- • ESCRAVIDÃO HISTÓRICA
nificada, visando atender às necessidades básicas ESCRAVIDÃO CONTEMPORÂNEA
da população, e não ao lucro das empresas. (LEGENDA "•" referente a escravidão histórica)
Para Marx e Engels, o comunismo seria a úl-
tima etapa de um processo histórico que deve co- PROPRIEDADE LEGAL
meçar com a tomada do poder pelo proletariado. • Permitida
A essa conquista do poder se seguiria a organiza- Propriedade legal
ção de uma sociedade socialista. A fase final desse
processo seria o comunismo, etapa em que aca- CUSTO DE AQUISIÇÃO DE MÃO DE OBRA
bariam as classes e as diferenças sociais entre as • Alto. A quantidade de escravos era medida
pessoas: todos teriam tudo em comum e o Estado de riqueza
deixaria de existir. Muito baixo. Não há compra e muitas vezes
gasta-se apenas o transporte
• TRABALHO NO SOCIALISMO REAL
MÃO DE OBRA
A União Soviética entre 1927 e 1953 foi do- • Escassa. Dependia do tráfico negreiro
minada por Josef Stalin (a chamada era Stálin). Descartável. Devido a um grande contingen-
Muitas vezes a URSS foi descrita como um estado te de trabalhadores desempregados
totalitário, modelado por um líder que tinha todos
os poderes, e que buscava reformar a sociedade RELACIONAMENTO
soviética, com planejamento econômico agres- • Longo período. A vida inteira do escravo e
sivo, em especial, com uma varredura da coleti- de seus descendentes
vização da agricultura e do desenvolvimento do • Curto período. Terminado o serviço, não é
poder industrial. Ele também construiu uma enor- mais necessário prover o sustento
me burocracia, o que sem dúvida foi responsável
por milhões de mortes como resultado de vários DIFERENÇAS ÉTNICAS
expurgos e esforços de coletivização. Durante seu • Relevantes para a escravidão.
tempo como líder da URSS, Stálin fez uso frequen- Pouco relevantes. Qualquer pessoa pobre e
te de sua polícia secreta, gulags e poder quase ili- miserável são os que se tornam escravos, indepen-
mitado, para remodelar a sociedade soviética. A dentemente da cor de pele.
subida ao poder definitivo de Joseph Stalin, como
secretário-geral do Partido Comunista da União MANUTENÇÃO DA ORDEM
Soviética ou Gensek entre 1927 e 1929, marcou o • Ameaças, violência psicológica, coerção
início de uma transformação radical da sociedade física, punições exemplares e até assassinatos
soviética. Em alguns anos, a face da União Soviéti- Ameaças, violência psicológica, coerção físi-
ca mudou radicalmente pela coletivização de ter- ca, punições exemplares e até assassinatos.
ras e pela rápida industrialização realizada pelos
muitos ambiciosos planos quinquenais.
Sob a liderança de Stalin, o governo lançou
promoveu uma economia planificada, a industria-
lização do país, que em grande parte ainda era ba- EXERCÍCIOS
sicamente rural, e a coletivização da agricultura.
Durante este período de rápida mudança econô- 1. Considere a citação.“[...] o racionalismo eco-
mica e social, milhões de pessoas foram enviadas nômico, embora dependa parcialmente da téc-
para campos de trabalho forçado (GULAG foi o nica e do direito racional, é ao mesmo tempo
mais famoso deles, em português: Administração determinado pela capacidade e disposição dos
Geral dos Campos de Trabalho Correcional e Co- homens em adotar certos tipos de conduta ra-
lônias), incluindo muitos presos políticos que se cional. [...] Ora, as forças mágicas e religiosas,
opunham ao governo de Stalin, além de milhões e os ideais éticos de dever deles decorrentes,
sempre estiveram no passado entre os mais energia (...) O dia clareou e mostrou-se lá fora
importantes elementos formativos da conta.” (...) As luzes apagaram-se e o trabalho conti-
WEBER, Max. A Ética Protestante e o Espírito do nuou. Lá fora, nos vastos pátios, os tubos de es-
Capitalismo. São Paulo: Livraria Pioneira Edito- capamento do vapor, os montes de barris e fer-
ra,1989, 6 ed., p. 11. ro velho, os montículos de carvão ainda acesos,
A respeito das relações de causalidade que o so- cinzas, por toda parte, amortalhavam o véu da
ciólogo Max Weber propõe entre as origens do chuva e do nevoeiro.
capitalismo moderno, o processo de racionali- O texto acima se refere ao contexto da Revolu-
zação do mundo e as religiões de salvação, assi- ção Industrial e as condições de trabalho nas
nale a alternativa CORRETA. fábricas inglesas no séc.XIX, ou seja, sobre a
consolidação do capitalismo. De acordo com o
a) Coube às éticas religiosas do confucionismo texto e seus conhecimentos sobre o tema assi-
(China) e hinduísmo (Índia) redefinirem o padrão nale a alternativa CORRETA.
das relações econômicas que, a partir do século
XVI, culminaria no capitalismo a) A existência das máquinas e das fabricas são al-
de tipo moderno. gumas das principais características desse novo
b) As seitas protestantes que floresceram nas so- sistema de produção que começa a se formar a
ciedades orientais, a partir do século XVI, são res- partir do séc. XV, o capitalismo, que trouxe uma
ponsáveis pela prematura posição de destaque do era marcada por uma gradativa igualdade social
Japão, China e Índia no cenário econômico inter- que tem como ápice a formação do Estado de bem
nacional que se seguiu à Revolução Industrial. Estar Social.
c) A partir de sua doutrina da predestinação, o b) O Capitalismo se forma plenamente com a Re-
calvinismo foi responsável pela introdução de um volução Industrial, no final do século XVIII, Nessa
padrão ético que, ao estimular a racionalização da sociedade o trabalho se caracteriza pela existên-
conduta cotidiana de seus fiéis, cia de, basicamente, duas classes sociais: os pro-
contribuiu de maneira inédita para o desenvolvi- prietários dos meios de produção, proletários e os
mento das relações capitalistas modernas. proprietários apenas de sua capacidade de traba-
d) O processo de encantamento do mundo (irra- lho, os capitalistas.
cionalização do conhecimento e das relações coti- c) O texto se refere as fabricas na Inglaterra, pois
dianas) encontra-se na base da ética protestante, quase sempre, ela é tomada como exemplo, por
cujas prescrições de conduta se revelaram condi- ser um dos primeiros países onde as relações ca-
ção imprescindível para o desenvolvimento e con- pitalistas se desenvolveram plenamente e onde
solidação das relações capitalistas modernas. se podem encontrar elementos essenciais que
e) A produtividade no trabalho e a recusa aio luxo, permitem estudar a transição do feudalismo para
pregada pelo protestantismo deram origem a um o capitalismo, enfocando fundamentalmente a
estilo de vida que não interfere no espírito do ca- questão do trabalho.
pitalismo. d) A partir do texto é possível perceber como atra-
vés do processo de manufatura houve uma grada-
2. (UFU- 2009) Weber, em sua obra A Ética Pro- tiva subordinação do trabalhador a maquina . Há
testante e o Espírito do Capitalismo, investiga então, uma separação muito clara entre a força
as razões de o Capitalismo terse desenvolvido motriz mecânica e da homem. Este, agora, serve à
de forma peculiar no ocidente. De acordo com máquina, ela o domina, dá-lhe o ritmo de trabalho.
essa informação. Explique qual a relação que e) Com o processo de transição do feudalismo
Weber estabelece entre a ética protestante e o para o capitalismo vemos o surgimento de inúme-
desenvolvimento do capitalismo ocidental mo- ros desajustes sociais como o aumento da taxa de
derno. homicídios, violência, fome, desabrigados e gre-
_____________________________________ ves. Justamente nesse contexto de caos social se
_____________________________________ desenvolve o chamado positivismo, que tem como
_____________________________________ um de seus principais representantes August Com-
____________________________________ te responsável por dar a sociologia um status de
_____________________________________ ciência com conceitos como anomia social.
a) I
b) II _____________________________________
c) I e II _____________________________________
d) I, II e III _____________________________________
e) II e III ____________________________________
_____________________________________
6. O texto a seguir faz referência a uma forma _____________________________________
específica de organização do trabalho, que im- _____________________________________
pulsionou o desenvolvimento do capitalismo ____________________________________
industrial no século XX. _____________________________________
O trabalho era [...] prender tampas de vidro em _____________________________________
garrafas pequenas. Trazia na cintura a meada
de barbante. Segurava as garrafas entre os joe-
lhos, para poder trabalhar com as duas mãos.
Nesta posição, sentado e curvado sobre os joe-
lhos, os seus ombros estreitos foram se encur-
vando; o peito ficava contraído durante dez ho-
UNIDADE 4 programadas para agir sem a intervenção de um
operador.
MODELOS DE PRODUÇÃO CAPITALISTAS (2) Com a crescente utilização de tecnologias
computadoriza¬das e automatizadas, com a flexi-
• TOYOTISMO bilização da produção e do mercado de trabalho,
criou-se uma grande instabilidade para os traba-
Os meios de produção do sistema capitalista lhadores, que passam a não ter mais a segurança
são necessaria¬mente cíclicos, transformam-se de de um trabalho estável. O desemprego, crescente
acordo com o contexto socioeconômico vigente e inclusive nos países capitalistas mais avançados,
em contrapartida modificam o mesmo, essas mu- é hoje o maior problema em todas as sociedades
danças são essenciais para a perpetuação e evolu- industrializadas.
ção do capitalismo, pois desse modo a produção Uma das alternativas para diminuir o alto
(como se produz e oque se produz) não encontra- índice de desem¬prego é elevar o número de tra-
-se estática, e assim a demanda continua a suprir a balhadores ocupados através da diminuição das
procura e ditar novos padrões de consumo. horas de trabalho semanais. Em alguns países eu-
O capital, na sua busca incessante de valo- ropeus a jornada de trabalho diminuiu para 35 ho-
rizar-se e fazer frente à profunda recessão que se ras semanais, e há propostas para reduzi-las ainda
agravou a partir de 1973, com a crise do petróleo, mais, pois nesse caso a redução da carga horária
procurou novas formas de elevar a produtivida- implica na contratação de mais funcionários, a jor-
de do trabalho e a expansão dos lucros. Assim, a nada de trabalho em tais meios se dá em turnos
partir da década de 1970, desenvolve-se uma nova de trabalho.
fase no processo produtivo capitalista, que pode- *o controle de qualidade (ISO900 e
ríamos chamar de pós-fordismo ou da acumula- ISO14000), no contexto dos novos modos de or-
ção flexível, caracterizada por: ganizar a produção, representam uma forma de
§ Flexibilização dos processos produtivos de facilitar as relações de importação, exportação e
trabalho, incluindo aí a automação. competitividade. São normas dentro da empresa
§ Flexibilização e mobilidade dos mercados que envolvem desde funcionários do chão de fa-
de trabalho. brica até os diretores.
§ Flexibilização dos produtos e também dos
padrões de consumo. EXERCICIOS
O Toyotismo surge nesse contexto do pós-
-fordismo, se origi¬nou no Japão, na indústria 1. (UEL-SOC/2003) A expansão da produção ca-
automotiva Toyota, onde práticas fordistas foram pitalista, nos três primeiros quartos do século
adaptadas para a realidade do país, pois a pro-du- XX, esteve assentada principalmente no mode-
ção em serie não era possível dadas as condições lo de organização fordista. A partir dos anos de
japonesas, a produção se dava de acordo com a 1970, esse modelo sofreu significativas altera-
demanda, o trabalho na fábrica era dividido por ções, decorrentes da dificuldade em enfrentar,
etapas e equipes por exemplo transporte, pro¬du- através de ganhos de produtividade, a crise que
ção, estocagem, etc. Suas principais característi- atingiu o sistema capitalista. Impôs-se ao uni-
cas: verso da produção a necessidade de profunda
§ Tecnologia avançada; reestruturação econômica, expressa pela intro-
§ Automação da produção; dução de novas tecnologias, flexibilidade dos
§ Terceirização de alguns setores; processos de trabalho, dos mercados de traba-
§ Número reduzido de trabalhadores (cada lho, dos produtos e dos padrões de consumo.
vez mais qualificados); Tais mudanças foram vistas por alguns como
§ Introdução de técnicas colaborativas ruptura e, por outros, como continuidade do
como: controle de qualidade*, produção JUST IN modelo fordista. De qualquer maneira, o mun-
TIME (adequada as vendas, sem grandes estoques) do do trabalho real do século XXI já não é mais
e KANBAN (cartões para orientar a comu-nicação o mesmo.
visual sobre a falta de peças, atraso ou adianta- Sobre os impactos concretos que afetaram a
mento, da produção e diminuir a utilização de pa- produção e o trabalho no Brasil, no quadro das
péis). transformações comentadas no texto, é correto
Com a automação, assistimos a elimina- afirmar que houve:
ção do controle manual por parte do trabalha-
dor. Substituído por tecnologias eletrônicas, o a) Consolidação do assalariamento regulamenta-
trabalhador só intervém no processo para fazer o do, através da expansão do emprego com carteira
controle e a supervisão. As atividades mecânicas registrada para a totalidade dos trabalhadores.
são desen¬volvidas por máquinas automatizadas, b) Fortalecimento do poder de negociação dos
sindicatos e elevação contínua da renda dos tra- peças costuradas para uma das maiores redes
balhadores. de varejo do pais. Não fossem as etiquetas da
c) Extinção por inteiro das formas antigas de divi- loja coladas aos casacos, seria difícil acreditar
são do trabalho baseada na separação entre con- que, através de uma empresa terceirizada, a
cepção e execução, em decor¬rência da alta quali- rede pagava 20 centavos por peça a imigrantes
ficação intelectual dos trabalhadores. bolivianos que costuravam das 8 da manhã as
d) Expansão de formas alternativas de organiza- 10 da norte. Os 16 trabalhadores suavam em
ção do trabalho (trabalho informal, doméstico, dois cômodos sem janelas de 6 metros quadra-
temporário, por hora e sub¬contratação) em de- dos cada um. Costurando casacos da marca da
trimento do assalariamento tradicional. rede, havia dois menores de Idade e dois jovens
e) Redução drástica das jornadas de trabalho e que completaram 18 anos na oficina. (Adaptado
ampliação do tempo de lazer desfrutado pelos de Época, 04/04/2011)
trabalhadores. A comparação entre modelos produtivos per-
mite compreender a organização do modo de
2. (UEL-SOC/2004) “No tempo em que os sindi- produção capitalista a cada momento de sua
catos eram fortes, os trabalhadores podiam se história. Contudo, é comum verificar a coexis-
queixar do excesso de velocidade na linha de tência de características de modelos produti-
produção e do índice de acidentes sem medo vos de épocas diferentes. Na situação descrita
de serem despedidos. Agora, apenas um terço na reportagem, identifica-se o seguinte par de
dos funcionários da IBP [empresa alimentícia características de modelos distintos do capita-
norte-americana] pertence a algum sindicato. lismo:
A maioria dos não sindicalizados é imigrante
recente; vários estão no país ilegalmente; e no a) organização fabril do taylorismo - legislação so
geral podem ser despedidos sem aviso prévio cial fordista.
por seja qual for o motivo. Não é um arranjo b) nível de tecnologia do neofordismo - perfil arte-
que encoraje ninguém a fazer queixa. [...] A ve- sanal manchesteriano
locidade das linhas de produção e o baixo cus- c) estratégia empresarial do toyotismo - relação de
to trabalhista das fábricas não sindicalizadas trabalho pré-fordista.
da IBP são agora o padrão de toda indústria.” d) regulação estatal do pós-fordismo - padrão téc-
(SCHLOSSER, Eric. País Fast-Food. São Paulo: nico sistêmico-flexível.
Ática, 2002. p. 221.)
No texto, o autor aborda a universalização, no 4-(UERJ/2012)
campo industrial, dos empregos do tipo Mcjobs
“McEmprego”, comuns em em¬presas fast- Corrida pra vender cigarro / Cigarro pra vender re-
-food. médio
Assinale a alternativa que apresenta somente
características desse tipo de emprego. Remédio pra curar a tosse / Tossir, cuspir, jogar pra
fora
a) Alta remuneração da força-de-trabalho adequa-
da à espe¬cialização exigida pelo processo de pro- Corrida pra vender os carros / Pneu, cerveja e ga-
dução automatizado. solina
b) Alta informalidade relacionada a um ambiente
de estabili¬dade e solidariedade no espaço da em- Cabeça pra usar boné / E professar a fé de quem
presa. patrocina
c) Baixa automatização num sistema de grande
responsabi¬lidade e de pequena divisão do traba- Eles querem te vender / Eles querem te comprar
lho.
d) Altas taxas de sindicalização entre os trabalha- Querem te matar (de rir) / Querem te fazer chorar
dores aliadas a grandes oportunidades de avanço
na carreira. (…)
e) Baixa qualificação do trabalhador acompanha-
da de má remuneração do trabalho e alta rotati- Corrida contra o relógio / Silicone contra a gravi-
vidade. dade
3-(UERJ/2012) Quando os auditores do Minis- Dedo no gatilho, velocidade / Quem mente antes
tério do Trabalho entraram na casa de paredes diz a verdade
descascadas num bairro residencial da capital
paulista, parecia improvável que dali sairiam Satisfação garantida / Obsolescência programada
_____________________________________
Eles ganham a corrida / Antes mesmo da largada
7-(UFPR-2015)
Os diferentes modelos produtivos de cada mo-
mento do sistema capitalista sempre foram o
resultado da busca por caminhos para manter
o crescimento da produção e do consumo. A crí-
tica ao sistema econômico presente na letra da
canção está relacionada à seguinte estratégia
própria do atual modelo produtivo toyotista:
UNIDADE 2 UNIDADE 5
VERB TO BE (PAST) WAS/ WERE PRONOUNS
UNIDADE 3 UNIDADE 6
SIMPLE PRESENT SIMPLE PAST
UNIDADE 1
VERB TO BE (PRESENT)
AM/ IS/ ARE
UNIDADE 2
Examples:
VERB TO BE (PAST) - Last year Rachel was 22, so she is 23 now.
WAS/WERE - When I was a child, I was afraid of spiders.
Glossary
Backland:___________________________
Drought:____________________________
Cashew:____________________________
Seed:______________________________
8) (UNICAMP) -
a) A terceirização de empregos é fonte de preo-
cupação de um dos personagens do cartum.
Identifique dois outros problemas do “mundo
6) (FUVEST – SP) – As palavras “pretend” e “gro- real” apontados pelos personagens.
vel” no primeiro e terceiro quadros significam _____________________________________
respectivamente: _____________________________________
a) pretender; chorar _____________________________________
b) pretender; fingir _____________________________________
c) dizer bobagens; fingir _____________________________________
d) fingir; dizer bobagens _____________________________________
e) fingir; humilhar-se _____________________________________
_____________________________________
07. Complete com a correspondente conjuga- _____________________________________
ção do verbo “to be” no passado simples. _____________________________________
A. My daughter’s teachers _____ not involved in b) Na quarta fala, a palavra “real” é utilizada
her learning development. como um advérbio para enfatizar a reação do
a) did personagem face aos problemas apontados.
b) were Qual é essa reação?
c) was
_____________________________________
B. He _____ short and had black hair. _____________________________________
a) are _____________________________________
b) was _____________________________________
c) did _____________________________________
_____________________________________
C. Where ____ these photos taken? _____________________________________
a) were _____________________________________
b) was _____________________________________
c) did
UNIDADE 3
D. _____ she looking for you?
a) Did SIMPLE PRESENT
b) Was
c) Were Leia a tirinha abaixo e identifique qual foi
tempo verbal empregado na mesma.
E. She _____ 20 years old when she moved to Or-
lando.
a) is
Exemplo: To try (tentar)
He tries (ele tenta)
TO LIKE
I do not like I don’t like
You do not like You don’t like
He/She/It does not like He/She/It doesn’t like
We do not like We don’t like
You do not like You don’t like t
They do not like They don’t like
ESTRUTURA SINTÁTICA
TO WORK TO DRINK
I work Do I drink …? Don’t I drink …?
You work Do you drink …? Don’t you drink …?
This playful satire is the third novel by Bra-
zilian singer and composer Buarque. The plot re-
volves around Jose Costa, a Brazilian writer who
ends up in Budapest, where he becomes absorbed
by the Hungarian language. As he scans a Hun-
garian grammar book, he meets a woman named
Krista, who offers to teach him the language and ESTRUTURA SINTÁTICA
later becomes his lover. Although its plot is fanci-
ful, Buarque’s novel raises serious questions about AFFIRMATIVE
recreating one’s life in a foreign language as exot-
ic as Hungarian, said to be the only one on earth
respected by the devil. Recommended for readers TO WORK
of imaginative fiction and the linguistically curious
-- Jack Shreve.
(Adaptado de http://www.hclib.org/pub/bookspace/discuss /?bi- Sujeito Verbo TO BE Verbo principal (sem
b=1055640&Tab=Reviews. Acessado em 12/09/2009.) (Simple TO) acrescido do sufixo
Present) – ING
_____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
_____________________________________ NEGATIVE
_____________________________________ TO WORK
b) Como a língua húngara é qualificada por Jack Sujeito Verbo TO BE (Simple Verbo princi-
Shreve e o que, segundo esse autor, costumam Present pal (sem TO)
dizer sobre essa língua? acrescido do
_____________________________________ sufixo – ING
_____________________________________ I am not working
_____________________________________ You are not/ working
_____________________________________ aren't
_____________________________________ He/she/it is not / isn’t working
_____________________________________
We are not/ working
aren't open opening
You are not/ working
c v c
aren't
They are not/ working happen
aren't happening
c v c
7. Os seguintes verbos não sofrem altera-
INTERROGATIVE ção ao receberem ING.
dye dyeing(tingindo)
snow snowing(nevando)
singe singeing(chamuscando)
TO WORK
fix fixing(consertando, fixando)
Verbo TO Sujeito Verbo principal (sem TO)
BE (Simple acrescido do sufixo – ING
Present) To age ageing ou aging
Am I working (envelhecer)
Are You working To travel traveling ou travelling
(viajar)
Is He/she/it working
Are We working
Are You working
Are They working
- Normas para o acréscimo de ING: KEY WORDS
Now(agora)
1. Quando o verbo termina em “e”, retira-o. Today(hoje)
write writing(escrevendo)
lease leasing(arrendando, alugando) At the moment(no momento)
*be being(sendo / estando)
At present(atualmente)
2. Quando o verbo terminar em “ee”, acres-
centa-se apenas ING. O Present Continuous também indica
agree agreeing(concordando) ações planejadas, eventos e contecimentos futu-
free freeing(livrando, libertando) ros.
- We are going to Mexico next summer.
3. Quando o verbo terminar em “ie”, acres- - Oliver is leaving for France tomorrow.
centa-se y no lugar de ie. - Marta is playing next summer.
die dying(morrendo)
tie tying(amarrando) Os seguintes verbos:
lie lying(mentindo)
To possess(possuir)
4. Quando o verbo terminar em “y” precedi- To hear(ouvir)
do de consoante, o y se conserva. To want(querer)
fly flying(voando) To love(amar) Normalmente
To like(gostar) não são
utilizados na
5. Quando o verbo monossilábico termina To forget(esquecer)
forma
em consoante + vogal + consoante (CVC), dobra- To hate(odiar) contínua.
-se a última letra antes de acréscimo de ING. To believe(acreditar)
CUT cutting To know(saber)
c v c cortando
To prefer(preferir)
RUN running To understand(entender)
c v c correndo
Exemplo:
6. Quando o verbo dissilábico termina em - My teacher loves Shakespeare.
consoante + vogal + consoante, dobra-se a últi- - Now I understand you.
ma letra, desde que a última sílaba seja a sílaba
tônica.
control controlling(controlando) Compare o uso dos tempos verbais:
transmit transmitting(transmitindo)
Simple Present Present Continuous _____________________________________
Usado em ações Usado em ações que estão
_____________________________________
habituais (rotinas) e em acontecendo no momento, ações
verdades universais. temporárias.
3) Observe a figura (texto não verbal): qual a re-
He works every day. He is working now.
She is reading a magazine at the lação dela com o título?
She often reads.
moment. _____________________________________
Water freezes at 0oC. Look! A star is falling. _____________________________________
The sun rises in the
_____________________________________
East.
Hurry up! The bus is leaving. _____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
Compare as formas do Simple Present e do _____________________________________
Present Continuous:
4) Qual a relação, que você conhece, entre ál-
Formas do Simple Present Formas do Present Continuous
cool e tabaco?
_____________________________________
Affirmative: Affirmative: _____________________________________
I drink I am drinking _____________________________________
He drinks He is drinking
_____________________________________
Negative: Negative: _____________________________________
I don’t drink I am not drinking _____________________________________
He doesn’t drink He is not drinking _____________________________________
Interrogative: Interrogative:
Do you drink? Am I drinking?
5) Quais as conseqüências dessa combinação?
Does he drink? Is he drinking? _____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
EXERCISES _____________________________________
_____________________________________
1) Underline the correct form of the verb in pa- _____________________________________
rentheses:
INTERPRETATION
EXERCISES
Public Health
To go
INTERROGATIVE
+
NEGATIVE
EXERCISES
I went
You went 1) Complete as frases, usando os verbos entre
He/She/It went parênteses no Simple Past.
We went a) I ____________ (see) Santana on TV last night.
You went It ________ (be) a wonderful concert!
They went b) Pavarotti _____________ (make) recordings
with singers like Sting and Tina Turner.
*Segue em anexo, no final da apostila, c) Last year one of my friends _______________
uma lista com alguns verbos iregulares da língua (record) his first album.
inglesa.
(UFSC) – Leia o texto e responda às questões de
número 2 a 3. Atenha-se às informações solic-
itadas.
KEY WORDS
Ago (atrás) Before she was famous…
Yesterday (ontem)
Last + expressão de tempo
(last night, last month, last week, last
year, …)
Ex.: Peter watched the game on TV
yesterday.
NEGATIVE: Sujeito + Did + Not + Verbo prin- J. K. Rowling was born near Bristol in 1965.
cipal no infinitivo (sem to) She always wanted to be a writer, and her first
book was called Rabbit, which she wrote when she
I did not like I didn`t like was six years old. She grew up in a town in the sou-
th-west of England, and when she left school, she
You did not like You didn`t like
went to Exeter University. After that, she moved to
He/She/It did not like He/She/It didn`t like London and worked for Amnesty International.
We did not like We didn`t like
She first had the idea for a Harry Potter book
in 1990 when she was on a long train journey. But
You did not like You didn`t like
in the same year, she went to Oporto in Portugal
They did not like They didn`t like and worked as an English teacher. When she was
there, she met a Portuguese journalist – they got
married and had a baby. Unfortunately, the mar-
Ex.: Peter didn’t go to New York last week. riage wasn’t a long one and she left with her baby
daughter, in 1993. She came back to Britain and
INTERROGATIVE: Did + Sujeito + Verbo no lived in a small flat in Edinburgh. She was unem-
infinitivo (sem to) ployed and didn’t have much money, but she con-
tinued writing. She also did a teaching course and
Did I drink …? Didn`t I drink …? then became a French teacher in a school in Edin-
Did you drink …? Didn`t you drink…? burgh. In 1997, Harry Potter and the Philosopher’s
Stone was published.
Rowling’s first three books sold over 35 mil- pool with her leg in Mila’s mouth. She’s a sensitive
lion copies in three years, and in 2001 Chris Colum- animal who works closely with humans and I think
bus made the first Harry Potter film. J K Rowling this girl owes her, her life.”
still lives in Edinburgh. (Disponível em: <http://www.thesun.co.uk/sol/ homepage/
From: Natural English – Elementary. Oxford: Ruth Gairns & Stuart news/2560871/Beluga-whale-saves-drowning-divers-life.html> Acesso em:
Redman, 2006, p. 56. 15 set. 2010.)
2) What do the dates in the text refer to? Select 4) É correto afirmar que o título “Whale saves
the CORRECT proposition(s). drowning diver” e o texto sugerem que o princi-
01) 1965 – J K Rowling wrote her first book. pal objetivo da notícia é:
02) 1990 – J K Rowling worked as a teacher in Por- a) alertar mulheres sobre o uso adequado de equi-
tugal. pamentos de mergulho.
04) 1993 – J K Rowling returned to Britain. b) divulgar atividades esportivas desenvolvidas
08) 1997 – Rowling’s Harry Potter and the Philoso- com baleias e golfinhos.
pher’s Stone got a lot of publicity. c) noticiar competição de mergulho realizada em
16) 2001 – Rowling’s first three books were filmed. um aquário na China.
SOMA:_________ d) popularizar uma espécie de baleia dentre leito-
res do jornal “The Sun”.
3) Select the CORRECT proposition(s) to com- e) descrever uma operação de salvamento envol-
plete the following sentence. vendo a baleia Milla.
The text above gives information about J K Ro-
wling’s ________. 5) Na frase “She’s a sensitive animal who works
01) childhood closely with humans and I think this girl owes
02) education her, her life”, o pronome her é usado duas ve-
04) parents zes. Seus respectivos referentes, de acordo
08) present husband com a ordem em que são mencionados, são:
16) hobbies a) a mergulhadora - a baleia
32) previous occupations b) a organizadora - a baleia
64) future plans c) a baleia - a mergulhadora
SOMA:_________ d) a organizadora - a mergulhadora
e) a baleia - a organizadora
(UEL – 2011) – Leia o texto a seguir e responda
às questões de 4 a 6. 6) De acordo com o texto, é correto afirmar que
Yang Yun:
Whale saves drowning diver a) foi ferida na perna pela baleia Milla.
b) perdeu seu equipamento de mergulho.
A beluga whale saved a drowning diver by c) contou com a ajuda de um golfinho.
hoisting her to the surface, carrying her leg in its d) duvidou que conseguiria sobreviver.
mouth. Terrified Yang Yun thought she was going e) morava em Harbin, nordeste da China.
to die when her legs were paralysed by crippling
cramps in arctic temperatures. 7) (UNICAMP) – Leia o texto e responda às ques-
She had been taking part in a free diving tões de letras a e b. Atenha-se às informações
contest without any breathing equipment. solicitadas.
Competitors had to sink to the bottom of
an aquarium’s 20ft arctic pool and stay there for as
long as possible amid the beluga whales at Polar Some say the world will end in fire;
Some say in ice.
Land in Harbin, north east China. But when Yun, From what I've tasted of desire
26, tried to head to the surface she struggled to I hold with those who favor fire.
move her legs. But if it had to perish twice,
Lucky Yun said: “I began to choke and sank I think I know enough of hate
To say that for destruction
even lower and I thought that was it for me - I was Ice is also great
dead. Until I felt this incredible force under me dri- And would suffice.
ving me to the surface.” Robert Frost (1874-1963).
Beluga whale Mila had spotted her diffi-
culties and using her sensitive dolphin-like nose
guided Yun safely to the surface. An organiser said:
“Mila noticed the problem before we did. We sud-
denly saw the girl being pushed to the top of the a) Explicite a comparação que o poema faz en-
tre elementos da natureza e sentimentos hu- _____________________________________
manos. _____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
_____________________________________
4) b 2) d
5) a 3) e
7) 5) d
a) is
b) am 6) e
c) are
d) are 7)
e) are a) Were
f) is = Mary = sujeito = she b) Was
g) are = Bill and Susan = sujeito = eles = they c) Were
h) are = Susan and I = Susan e eu = sujeito = nós = d) Was
we e) Was
i) is = The bus = o ônibus = sujeito = ele = it
j) are =The buses = os ônibus = sujeito = eles = they 8)
k) are = People = pessoas = sujeito = elas = they a) Outros problemas apontados pelos persona-
l) is = Their friend = o/a amigo(a) dele(a) = sujeito = gens são: os altos custos de moradia e planos de
ele(a) = he/she saúde e a perda real das aposentadorias.
m) are = His parents = os pais dele = sujeito = eles b) O personagem reage afirmando que está real-
= they mente tentado a permanecer na escola, em vez de
n) are = The great old men = os grandes homens enfrentar o mundo real.
idosos = eles = they
o) is =Everybody = todo mundo = terceira pessoa UNIDADE 3
do singular = pronome indefinido
8) 1)
a) O adesivo número 3 / O adesivo que diz que uma a)brush / wash
mulher sem um homem é como um peixe sem uma b) plays
bicicleta. Como peixes não precisam de bicicletas, c) destroy
logo mulheres não precisam de homens. d) smoke
b) O adesivo número 4.
2)reflexology/non-invasive/technique/used/ treat-
UNIDADE 2 ment/prevention/part/reflected/ corresponding
area/conditions/therapists/ emotional/use/stim-
INTERPRETATION ulating/pressure/system/specific/cure/stimulate/
condition/congestion usually/reduce/relaxing/
a) Charlie Chaplin was one of the famous stars in inflammation/cause/circulation/sensation/elimi-
the history of the cinema. nate/certain/ toxins/points/physical/indicates
b) He was a comic actor.
c) No, he wrote and directed not all but almost all 3) 19 (01, 02, 16)
of his films.
d) Yes, he composed the music of all his sound pic- 4) 52 (04, 16, 32)
tures.
e) He was born in 1889. 5) e
6) c 1)
a) me
7) b) me
a) O movimento “slow food” tenta combater o rit- c) we
mo de vida acelerado imposto pela civilização in- d) I
dustrial, especialmente a cultura fast-food. A ideia e) him
de que a produtividade supera tudo mais orienta f) it
esse tipo de vida. g) me
b) O movimento propõe substituir a agricultura h) us
industrial pela agricultura orgânica, incentivando
paladares mais diferenciados e promover recom- 2) c
pensas financeiras justas para produtores de ali-
mentos conscientes. 3) c
8) e 2) 06 (02, 04)
2) d 6) d
3) c 7)
a) O autor se utiliza de elementos fortes e contrastan-
tes como o fogo e o gelo para ilustrar os sentimentos
humanos como desejo e ódio, respectivamente.
b) O eu poético sabe que o desejo e o ódio são senti-
mentos destrutivos porque eles são capazes de des-
truir a humanidade na mesma intensidade em que o
fogo e o gelo podem destruir o mundo.
8)
a) A campanha pretende incentivar o hábito de se lavar
as mãos com sabão (sabonete), antes de comer e de-
pois de usar o toalete.
b) Esse hábito pode reduzir em quase 50% as mortes
por diarreia e em aproximadamente 25% as mortes por
infecções respiratórias severas.