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ARTES VISUAIS

E CONTEMPORANEIDADE

Alunos: Arthur Feldmann Kunrath, Matheus Felipe Tusset


Professora: Cristina Goldhardt
Disciplina: Literatura
Serie: 2° EM
Turma: 1

PANAMBI,
NOVEMBRO DE 2022
1. HISTÓRIA DA ARTE CONTEMPORÂNEA:

A Arte Contemporânea, também conhecida como Arte Pós-moderna, é um estilo artístico


que surgiu a partir da segunda metade do século XX, após o término da Segunda Guerra
Mundial. Por conta disso, também é chamada de Arte do Pós-guerra, apesar de não ser
possível definir um momento exato da sua origem.
Se estendendo até os dias de hoje, faz com que o período seja conhecido como Pós-
modernismo, tendo como principal elemento a utilização de técnicas e equipamentos
inovadores e tecnológicos para a criação de obras originais.
Em um contexto de pós-guerra, predominava na sociedade um senso de
sua reconstrução total, arrasada pelo maior conflito da humanidade até então. Assim, os
artistas passaram a buscar novos meios para se expressar, apoiando-se na crescente
globalização e no avanço tecnológico e midiático.
No Brasil, o estilo da Arte Contemporânea começou a ser fomentado também durante a
década de 1950, principalmente por meio do movimento de vanguarda do Neoconcretismo.
A Pop Art americana, ao aparecer em todo o mundo, influenciou também a maneira
como se fazia arte aqui no Brasil, principalmente nos anos 1960. Neste início, os artistas
expressavam fortes críticas à sociedade e à Ditadura Militar, além de referenciar fortemente
o Tropicalismo.
Na década seguinte, a arte se afasta dos momentos de contestação política, assumindo
uma faceta de reflexão do pensamento, da razão e da tecnologia. A arte tecnológica surge,
então, com a Exposição Internacional da Arte por Meios Eletrônicos.
O fim dos anos 1970 incorporou na arte brasileira os anseios do movimento das Diretas
Já, retomando o caráter de crítica social e de opinião política, principalmente em exposições
como “Tradição e Ruptura”, de 1984 e “A Trama do Gosto”, de 1987, trazidas pela Bienal de
São Paulo, além da mostra “A Mão Afro-brasileira”, de 1988, organizada pelo MAM-SP
(Museu de Arte Moderna de São Paulo).
Apesar do grande alcance, principalmente pelo uso da tecnologia, a arte brasileira ainda
permanece como um privilégio das camadas mais ricas da população e continua sendo
veiculada nos grandes centros urbanos, excluindo do processo artístico o interior do país.
2. MODERNO X CONTEMPORÂNEO:
No campo das artes plásticas, costumam ser consideradas contemporâneas obras
desenvolvidas após o término da Segunda Guerra Mundial. Por definição, entendemos
como contemporâneo o quetem atualidade e pertence ao nosso tempo. É claro que a
palavra assume um significado elástico do ponto de vista cronológico e dificulta o
estabelecimento de marcos temporais concretos. Para o crítico Alberto Tassinari, é na
relação entre a obra e o espaço ocupado por ela que está a diferença entre a arte moderna
e aquela que foi transformada em contemporânea. Para Tassinari, a arte moderna não
acabou, mas desdobrou-se em contemporânea.
O que se apresenta a seguir são algumas tendências das artes visuais desenvolvidas
segundo determinados pressupostos que nos permitem classificá-las como pertencentes a
grupos passíveis de denominação: os gêneros. A identificação do gênero de uma obra é um
dado importante para sua interpretação e costuma esclarecer a intencionalidade do artista
na relação mantida com seu público.
Algumas pessoas ainda utilizam o termo moderno para caracterizar uma decoração que
segue o estilo contemporâneo ou, ao contrário. Embora semelhantes, não são iguais.
Enquanto o design moderno simboliza o movimento modernista, ocorrido no século XX, o
contemporâneo representa o momento atual, por isso, está em constante evolução.
Existem mudanças na decoração? A resposta é sim, e muita! Os dois estilos englobam o
minimalismo, porém, onde o moderno destaca acessibilidade e funcionalidade, o
contemporâneo é mais livre, com materiais robustos e até mais elegante.
Ao longo do texto, falaremos como eles são apresentados em projetos de interiores e o
efeito que cada um oferece. Mas, para iniciar, você sabe o que é o estilo moderno?

O que é estilo moderno?


O estilo moderno se refere ao movimento modernista, que ocorreu na primeira
metade do século XX, revolução cultural na qual teve uma enorme influência para a
literatura e na criação de diversas artes, inclusive o design.
Outras revoluções como a substituição do sistema feudal para o sistema capitalista
marcaram o modernismo. No entanto, o movimento que teve mais destaque durante o
período foi o Renascimento, intervindo nas áreas literárias, filosóficas, científicas e
comerciais.
Diante disso, em busca de uma conceituação de liberdade, o moderno surgiu na
arquitetura brasileiras em detalhes leves, linhas descontraídas e maior relação entre os
ambientes externos e internos. Tudo isso garantindo resultados onde o “menos é mais”
ganha foco.

O que é estilo contemporâneo?


O contemporâneo nada mais é que a representação do presente e do futuro, refere-
se ao estilo du jour, está sempre em modificação. “A palavra significa, inevitável, coisas
diferentes para pessoas diferentes; o que para mim é contemporâneo não o será,
necessariamente, para todos nós” – Barraclough (1964).
Por isso, não é possível usar um termo específico para representá-lo. No entanto,
atualmente, incorpora materiais, acabamentos elegantes e desenvolvimentos tecnológicos.
O termo, com origem em contemporaneus, representa aquilo que pertence ou referente ao
período em que se vive.
3. INSTALAÇÕES:

Entende-se por instalação a obra em que se cria um ambiente, gerando uma relação
clara entre a arte e o espaço por ela ocupado.
A instalação tem como pressuposto a inclusão do espectador em sua concepção. A
interatividade pode ser um elemento significativo na relação obra-espectador e proporcionar
diferentes possibilidades de leitura.

3.1 CILDO MEIRELES


Cildo Meireles (1948-) é um dos mais expressivos nomes da arte contemporânea
brasileira. Seu trabalho cria ambientações que proporcionam ao espectador uma múltipla
experiência sensorial. Tendo trabalhado inicialmente com o desenho, o artista é herdeiro do
Neoconcretismo e desenvolveu vários projetos de cunho social e político durante os anos
1960, a partir daí sempre por meio de instalações.
Conhecido internacionalmente, Cildo cria os objetos e instalações que diretamente
levam o observador em uma experiência sensorial completa, questionando, entre outros
temas, a ditadura militar no Brasil(1964 - 1985) e a dependência do país na economia
global.
Ele tem desempenhado um papel chave dentro da produção artística nacional e
internacional. Situando-se na transição da arte brasileira entre a produção neoconcretista do
início dos anos 60 e a de sua própria geração, já influenciada pelas propostas da arte
conceitual, instalações e performances, as obras de Cildo Meireles dialogam não só com as
questões poéticas e sociais específicas do Brasil, mas também com os problemas gerais
da estética e do objeto artístico[1]
Durante os anos 70 e 80 Cildo Meireles arquitetou uma série de trabalhos que faziam
uma severa crítica à ditadura militar. Obras como Tiradentes: totem monumento ao preso
político ou Introdução a uma nova crítica, que consiste em uma tenda sob a qual se
encontra uma cadeira comum forrada com pontas de prego, são alguns trabalhos de cunho
político do artista. Neles a questão política sempre vem acompanhada da investigação da
linguagem. Inserções em circuito ideológico: Projeto Coca Cola, por exemplo, consistiu em
escrever, sobre uma garrafa de Coca Cola, um dos símbolos mais eminentes do
imperialismo norte-americano, a frase Yankees go home, para, posteriormente, devolvê-la à
circulação. Além da questão política o projeto faz referência a toda problematização
desenvolvida pelos movimentos de vanguarda e por Marcel Duchamp no início do século;
uma espécie de ready made às avessas[2].
Cildo examina a falibilidade da percepção humana, os processos de comunicação,
as condições do espectador, a relação da obra de arte com o mercado.
Uma de suas obras, chamada Cruzeiro zero é uma réplica fiel de uma nota do Cruzeiro (a
moeda corrente naquele tempo) que não tem nenhum valor e as figuras históricas e
heroicas sejam substituídas pela fotografia de um índio brasileiro e de um paciente de um
hospital psiquiátrico. Há uma crítica, um comentário na super inflação e na desvalorização
do cruzeiro, este trabalho joga com noções tradicionais da natureza e ' do valor ' da arte e
da marginalização do Brasil no mundo internacional da arte.
Em 2008 ganhou o Prêmio Velázquez de las Artes Plásticas, concedido pelo
Ministério de Cultura da Espanha[3], ainda em 2008, ganhou mostra na Tate Gallery em
Londres, onde expõe obras e instalações com caráter político que serão expostas até
janeiro de 2009. Segundo o Jornal Folha de S. Paulo de 13 de outubro de 2008.
3.2 OLAFUR ELIASSON E SUA ROOM FOR ONE COLOUR:

A instalação de Olafur Eliasson Room for one color (1997) é o trabalho final da
exposição Monochrome: Painting in Black and White da National Gallery. A exposição
abrange sete galerias e inclui 50 obras de artistas que, na maioria dos casos, se voltaram
deliberadamente para o monocromático em sua arte, sejam pinturas em preto e branco,
desenhos em grisaille, vitrais amarelos e pretos ou uma sala cheia de luz amarela. Neste
trecho do ensaio Your Monochromatic Listening, de Eliasson, que aparece no catálogo da
exposição, o artista dinamarquês-islandês explica como seu trabalho pode mudar a
percepção dos espectadores.
Na instalação Room for one color (1997), todo o espaço é banhado pela luz de
lâmpadas de monofrequência que emitem uma luz de cerca de 589 nanômetros de
comprimento de onda, na região amarela do espectro visível. A princípio, você vê apenas
uma luz amarela saturada que faz com que todas as cores pareçam tons de amarelo, cinza
e preto. Uma vez que você se sinta confortável com essa situação, com o grau de abstração
que ela implica, você pode começar a prestar atenção ao que está realmente acontecendo
com sua visão como tal. A experiência pode variar, mas o impacto mais óbvio da luz
amarela é a percepção de que a realidade externa é muito condicionada por nossa
percepção dela: a visão em si não é objetiva, e essa percepção pode nos ajudar a começar
a ver a nós mesmos e nosso mundo em uma luz diferente.
Um exemplo muito claro disso é como o cérebro ajusta a cor de objetos conhecidos
para fazê-los parecer da mesma cor em condições de iluminação radicalmente diferentes:
experimentos mostraram que, se olharmos para uma imagem desaturda de um cacho de
bananas, por exemplo, nosso o cérebro corrige o que vemos de acordo com o que
sabemos, tingindo as bananas de amarelo. A cor e a consciência da cor não são coisas
fixas, gravadas em pedra; como todos os aspectos da nossa realidade, eles são relativos.
4. FOTOGRAFIA

Os avanços tecnológicos colocaram em xeque o modelo vigente até o momento, já que


a fotografia retratava a realidade, sem o intermédio do artista, assim eles buscaram trazer
inovações em suas obras. É frequente que trabalhos de fotógrafos contemporâneos
apresentem questionamentos em pauta na sociedade: questões de gênero, questões
étnicas e sociais, preconceitos, reflexões sobre a natureza da arte da própria linguagem
fotográfica.
A geração contemporânea da fotografia brasileira é o primeiro grupo de artistas que têm
uma formação acadêmica robusta, com o surgimento dos primeiros cursos de graduação e
pós-graduação específicos para a área. Mais do que registro, a fotografia de hoje é
entendida como linguagem e tem sido incluída como mais um instrumento para o trabalho
de artistas visuais acostumados a outros suportes.

5. ESCULTURA

A escultura é um gênero milenar que atravessou toda a história da arte, sendo


reformulado e ressignificado. Com a incorporação de novos materiais e técnicas, a escultura
contemporânea se afastou da representação figurativa, baseando-se nas transformações
propostas pelo Cubismo, pela Abstração e pelo Construtivismo. A manipulação da matéria-
prima e a absorção de elementos do cotidiano em outros contextos dão à escultura um
caráter transformador.
A escultura contemporânea se caracteriza pela utilização de diversos materiais, muitos
desses que há tempos eram vistos como materiais que não poderiam ser utilizados em
esculturas.

5.1 AMÍLCAR DE CASTRO E O NEOCONCRETISMO

As esculturas de Amílcar de Castro (1920-2002) propõem uma renovação da


linguagem geométrica, por meio do trabalho evidenciado nas dobras e nos cortes feitos em
materiais rígidos, como o aço corten. Pertencente ao universo dos neoconcretos, o artista
realiza sua obra no embate com a matéria resistente. O diálogo com a paisagem ao redor e,
portanto, a relação da obra com o espaço também são aspectos fundamentais dos projetos
do escultor.
O Neoconcretismo foi uma corrente das artes que foi considerado como o “divisor de
águas” na história das artes visuais no Brasil em prol do subjetivismo da arte e da criação
artística, o qual criticava o racionalismo, objetividade e o dogmatismo geométrico
6. REFERÊNCIAS:

 https://www.theartnewspaper.com/2017/11/27/olafur-eliasson-on-how-his-
light-installation-at-the-national-gallery-changes-perceptionsin-more-ways-
than-one
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Cildo_Meireles
 https://blog.decorlumen.com.br/contemporaneo-vs-moderno-veja-o-conceito-
e-as-diferencas/#:~:text=Enquanto%20o%20design%20moderno
%20simboliza,isso%2C%20está%20em%20constante%20evolução.
 https://www.stoodi.com.br/blog/historia/arte-contemporanea/#:~:text=A
%20Arte%20Contemporânea%2C%20também%20conhecida,momento
%20exato%20da%20sua%20origem.
 https://maestro.plurall.net/?state=924493787413198#/booksViewer
 https://www.canva.com/design/DAFQEYs_TSY/
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