Você está na página 1de 35

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO

Ana Paula Barcelos dos Santos

Karine Hellen Silva Pimenta

Mirely Felippe de Oliveira

Conceitos Contemporâneos: Análise na região de Cuiabá

CUIABÁ

2018
Ana Paula Barcelos dos Santos

Karine Hellen Silva Pimenta

Mirely Felippe de Oliveira

Conceitos Contemporâneos: Análise na região de Cuiabá

Artigo sobre os conceitos contemporâneos da


arquitetura. Elaborado para a disciplina de Teoria da
Arquitetura e do Urbanismo II, no curso de Arquitetura e
Urbanismo da Universidade Federal de Mato Grosso,
com o intuito de obtenção parcial da nota.

Docente: Dr. Ricardo Silveira Castor

CUIABÁ

2018
SUMÁRIO
1 Introdução.............................................................................................................1

2 O QUE PRECEDEU O PÓS-MODERNISMO......................................................1

3 Conceitos contemPorÂneos.................................................................................1

4 SINTÉTICO X aUTÊNTICO..................................................................................2

4.1 A questão da imagem pela questão da superficialidade das fachadas..........2

4.2 Ecletismo..........................................................................................................3

5 High-tech...............................................................................................................5

6 Desconstrutivismo................................................................................................9

7 Analise de obras na região de Cuiabá...............................................................13

7.1 Fórum de Cuiabá...........................................................................................13

7.2 Antigo Arsenal de Cuiabá..............................................................................18

7.3 Prédio Comercial............................................................................................18

7.4 Rosehouse.....................................................................................................19

7.5 Ministério Público – Sede das Promotorias de Mato Grosso........................20

7.6 Escola dos Servidores da Magistratura de Mato Grosso (ESMAGIS-MT)....21

7.7 Orla do Porto..................................................................................................22

7.8 Aquário Municipal de Cuiabá.........................................................................23

7.9 Cartório do 6º ofício.......................................................................................25

8 Conclusão...........................................................................................................26

9 Referências Bibliográficas:.................................................................................28
Lista de Ilustrações

Figura 1 - Arquitetura da cidade de Las Vegas, Nevada (EUA)...................................4

Figura 2 - Centro Pompidou..........................................................................................5

Figura 3 - Tubulações Coloridas do Centro G. Pompidou............................................5

Figura 4 - Corte esquemático Pompidou......................................................................6

Figura 5 - Interior do Centro George Pompidou...........................................................6

Figura 6 - Paper House, Japão, 1995, Arq. Shigeru Ban.............................................7

Figura 7 - Interior, Paper House, Japão, 1995, Arq. Shigeru Ban................................7

Figura 8 - Pavilhão de Oficinas do Instituto de Tecnologia de Kanagawa, Japão. Arq.


Junya Ishigami, 2004-2008...........................................................................................8

Figura 9 - Interior do Pavilhão de Oficinas de Kanagawa............................................8

Figura 10 - Croquis BioMuseo, Panamá. Arq. Frank Gehry.........................................9

Figura 11 - Croqui esquemático da planta do Toyota Office. Arq. Frank Gehry, 1978-
1979.............................................................................................................................10

Figura 12 - Vista BioMuseo, Panamá. Arq. Frank Gehry, 2000 - 2014......................11

Figura 13 - Cobertura de alumínio, BioMuseo............................................................11

Figura 14 - Planta Baixa, BioMuseo............................................................................12

Figura 15 - Esquadrias BioMuseo..............................................................................12

Figura 16 - Vista Fórum de Cuiabá. Arq. Marcelo Susuki, 2004-2005......................13

Figura 17 - Ripas.........................................................................................................14

Figura 18 - Cobertura atirantada Fórum de Cuiabá....................................................14

Figura 19 - Planta Baixa Fórum de Cuiabá.................................................................15

Figura 20 - Jardim no interior do edifício....................................................................15

Figura 21 - Interior Fórum de Cuiabá..........................................................................16

Figura 22 - Vista externa do Fórum de Cuiabá antes da reforma..............................16

Figura 23 - Jardins internos sem a cobertura atual, colocada após a reforma..........17


Figura 24 - Mais uma foto do interior antes da reforma..............................................17

Figura 25 - Sesc Arsenal, Cuiabá, 1989-2002. Arq. Ernesto Galbiatto; Anna Regina
Feuerharmel; Gabriel Francisco de Mattos.................................................................18

Figura 26 - Fachada Prédio Comercial na Av. Dom Bosco. Arq. Luis Claudio Bassam
.....................................................................................................................................19

Figura 27 - Vista RoseHouse, Chapada dos Guimarães-MT. Arq. Luis C. Bassam. .19

Figura 28 - Vista Ministério Público, Sede das Promotorias de Mato Grosso. Arq.
Alexsandro Reis..........................................................................................................20

Figura 29 - Jardim Interno Ministério Público, Sede das Promotorias de Mato Grosso
.....................................................................................................................................21

Figura 30 - Escola dos Servidores da Magistratura de Mato Grosso. Arq. Paulo


Molina, 2001-2008.......................................................................................................21

Figura 31 - Fachadas Cenográficas da Orla do Porto, Cuiabá. Arq. Paulo Crispim e


Marcela Carbonieri.......................................................................................................22

Figura 32 - Casarão do Centro Histórico de Cuiabá...................................................23

Figura 33 - Projeto de ampliação do Aquário Municipal. Arq. Paulo Crispim e Marcela


Carbonieri.....................................................................................................................24

Figura 34 - Museu do Rio, Cuiabá..............................................................................24

Figura 35 - Antigo Aquário Municipal, Cuiabá............................................................24

Figura 36 - "Cubo D'agua", Pequim, China.................................................................25

Figura 37 - Cartório do 6º Ofício de Cuiabá................................................................25

Figura 38 - Interior do Cartório do 6° Ofício, Cuiabá..................................................26


1 INTRODUÇÃO
O objetivo principal deste artigo é trazer os conceitos da arquitetura
moderna/contemporânea e analisar casos onde esses se aplicam, com enfoque no
contexto arquitetônico na cidade de Cuiabá. Para tal, foram utilizados como base os
livros Modern Movements in Architecture (Movimentos Modernos na Arquitetura), de
Charles Jencks; Arquitetura pós-industrial, de Raffaele Raja; e outros textos de
apoio.

A metodologia aplicada foi a visita a construções situadas no município de Cuiabá


cujas características se aplicam aos conceitos estudados, sendo estes: high tech,
desconstrutivismo, a influência do pop art e o ecletismo.

2 O QUE PRECEDEU O PÓS-MODERNISMO


Raffaele Raja apresenta um parâmetro da introdução do conceito pós-moderno, em
1977, colocando Jencks como o principal consolidador do termo, aquele que propôs
sua definição e agregou características dos arquitetos antimodernistas de maior
relevância da época. Sendo assim, foi a primeira vez que tentaram agregar estilos e
valores de mesmo ideal.

Segundo o historiador Charles Jencks (1985), em seu livro Modern Movements in


Architecture1, um fator a ser considerado para a decadência do modernismo foi a
queda do conjunto habitacional Pruitt-Igoe, que representava o auge do movimento.
O fracasso do conjunto habitacional foi consequência de fatores sociais de uma
época segregacionista nos Estados Unidos, entretanto, devido a ampla divulgação
do caráter modernista do projeto, os concretizadores do modernismo, como Le
Corbusier, foram também responsabilizados pelo desastre. Assim, indiretamente, a
queda do edifício causou também a do movimento. As inovações tecnológicas
defendidas pelos modernistas, como os elevadores do conjunto supracitado,
passaram a ser vistas com maus olhos após o incidente de Pruitt-Igoe, o que levou a
sociedade à desconfiança quando os prédios foram dinamitados.

Consequentemente, esse déficit ficou evidente para os pós-modernistas, que se


motivaram para seguir um caminho diferente. Jencks afirma: “If Modernism failed
partly because it was boring, Late-Modernism is determined not to repeat the
mistake.” (Modern movements in architecture, p. 381. 1985.), (Se o modernismo
falhou porque era maçante, o pós-modernismo está determinado a não cometer o
mesmo erro).

3 CONCEITOS CONTEMPORÂNEOS
Conceituar a arquitetura contemporânea com exatidão parece-nos labiríntico. Tendo
em vista que, mesmo sendo atual, ela considera os movimentos passados sem os
negar, e, simultaneamente, também expressa vontade de avançar, de seguir
1
Movimentos Modernos na Arquitetura, tradução livre.

1
adiante. Trata-se de uma arquitetura que, advém de certa inspiração no passado
recente da modernidade, acompanhando também uma arquitetura progressiva, de
modo a considerar a inovação tecnológica para sua concretização.

À vista disso, com base nos movimentos procedentes, e na sucinta concepção do


modernismo como um conjunto de princípios, o prefixo “pós” significa algo que vem
depois, uma quebra ou ruptura com o moderno, definido em contraposição, o termo
“pós-modernismo” apoia-se mais vigorosamente numa negação ao moderno, num
abandono, rompimento ou afastamento das características do moderno
(FEATHERSTONE apud CASTELLANO, 1995). Entretanto, todo esse conceito não
passa de dialética, vez que há muita limitação e oposição de pensamentos em
relação ao que se enquadra no pós-modernismo, ou não. A definição do termo,
mesmo que aceito como uma categoria real, ainda sofre muitos questionamentos,
pois o que é contemporâneo para um, pode não ser para outro.

Charles Jencks e Raffaele Raja entram em consenso ao dizer que o ‘pós-moderno’


teve início nos anos sessenta, em forma de rebelião à arquitetura modernista e
algumas de suas falhas visíveis, como a incapacidade de comunicação efetiva.

A rebelião, inicialmente caracterizada por impulsos vanguardistas, espalha-


se por toda a década de 60, sem assumir conotações de movimento
unitário: elemento comum é somente a rejeição do academismo modernista
e da visão totalizante e cartesiana da sociedade, pregada por Gropius e
pelos outros racionalistas (RAJA, 1986, p. 41).

A arquitetura moderna veio com o intuito de contextualização e integração, sendo


este de imagem, histórico, metáforas e/ou sátiras, o que enriquece a linguagem
arquitetônica atual. Em contraste com o urbanismo retilíneo promovido pelo
modernismo, o urbanismo oriundo da contemporaneidade da arquitetura promove
maior identidade cultural, abrindo espaço para a maior expressividade das
edificações, antes mal vistas. Expressividade esta, que se manifesta em vertentes
do que está sendo chamado de pós-modernista: ecletismo, aqui usado com o intuito
de satirizar a produção em massa da arquitetura, movida pelo capitalismo, com a
retomada de adornos clássicos; high tech, com sua exacerbação da industrialização
na arquitetura; e o desconstrutivismo, com a desconstrução da ortogonalidade e a
aparente distorção do relevo.

Para Charles Jencks (1985, p. 373): “Uma das motivações mais fortes do pós-
modernismo é projetar dentro dos gostos da comunidade enquanto ainda inovando e
mantendo o controle.".

4 SINTÉTICO X AUTÊNTICO
4.1 A questão da imagem pela questão da superficialidade das
fachadas
O pós-modernismo compõe-se de uma diversidade de abordagens que, ao se
afastarem do seu movimento antecessor, possuem em comum uma linguagem de

2
código duplo - uma parte moderna e a outra parte sendo algo a mais. Tal pretensão
geral pelos arquitetos pós-modernistas mostrava o interesse destes em utilizar uma
tecnologia atual e ainda dialogar com um público em particular.

De acordo com Frampton e Tschumi, citados por Duarte (2010), a partir de 1960,
são claramente observadas transformações geradas na imagem dos centros
metropolitanos, a qual obteve sua proliferação acelerada através da fotografia.
Nesse seguimento, o ambiente foi reduzido a uma pura mercadoria, em que a
superficialidade da fachada provoca uma colisão entre os espaços externos e
internos, abordando, assim, a aproximação da arquitetura ao cenográfico (Figura 1).

Mas como a arquitetura foi reduzida à superficialidade? Sobre o assunto, Jencks


aborda que a sociedade do consumidor (particularmente na América, Europa e
Japão) aderiu ciclos de consumo, em que a elite adotou, considerando como “novo”,
a atualização de produtos antigos. Nesse sentido, foi gerado o conceito atual de Pop
Art, mesclando a “elite” e a “massa”. Tal contradição, como alternativa à cultura de
massa, foi criticada ironicamente por artistas como Andy Warhol, o qual, ao aceitar
criticamente a crise da arte, buscou identificar a superficialidade e o vazio do
consumo visado pela sociedade, através de uma antiarte contemporânea que visa
mostrar o máximo do próprio cotidiano, criticando a arte adotada como uma arte
imitada.

4.2 Ecletismo
O ecletismo trata-se de um dos aspectos a se destacar na pós-modernidade, apesar
de ter sido considerado irrelevante por muitos arquitetos e pouco estudada por
intelectuais da área contemporânea, a prática arquitetônica do ecletismo possui uma
relevante importância histórica e cultural. O ecletismo possui tendência a se
relacionar com o pós-modernismo, todavia, ele não possui o “tempero” deste último,
que seria o uso da sátira e da ironia na arquitetura. Segundo o arquiteto e urbanista
Dr. Silvio Colin (2010), tendo em vista que se trata de uma arquitetura popular, em
que, ao contrário do pós-modernismo (como na arquitetura intelectualizada
abordada através do código duplo), o arquiteto e o cliente estão em busca do
mesmo resultado.

O ecletismo trata-se, em síntese, de uma mistura de estilos arquitetônicos que, no


Brasil, foi além de um simples movimento artístico, tratando-se de uma maneira de
identificar as influências culturais locais e a própria sociedade através das
construções. A tendência de tal movimento, designada pelo termo “Ecletismo
sintético” foi muito criticada pelo modernismo, assim designado por ser considerado
uma simples cópia, devido a sua retomada pela tendência decorativa, sendo
considerado uma alienação da realidade brasileira e, muitas vezes, utilizado para
ostentar uma seriedade ligada a outros movimentos, como o clássico.

Segundo Duarte (2010), ao citar Frampton, ecletismo, sendo a existência de tempos


diferentes, não é para ser entendido como algo alienante, mas deve-se reconhecer
as diferentes concepções, e tais devem buscar um diálogo. Assim sendo, para que

3
isto aconteça faz-se necessário considerar novas perspectivas, afinal, nem tudo faz
parte de uma diversificada metrópole e de seu tempo acelerado, de modo a não se
poder refutar o tempo atual e o seu conteúdo com as raízes do passado.

Dessa maneira, Frampton e Tschumi citados por Duarte (2010) tratam da visão
crítica acerca do regionalismo sentimental, em que devem ser realizadas
abordagens de modo a analisar as transformações através de uma percepção crítica
da realidade presente. Dessa maneira, cada local em particular possui as suas
singularidades, as quais podem estar no clima, na topografia, na luz, entre outros.

Com base superficialidade das fachadas na arquitetura contemporânea e na visão


crítica acerca das particularidades de cada local, os autores enfatizam a
necessidade de caracterizar uma dimensão cultural da arquitetura a prevalecer
sobre a degradação do consumo acelerado e superficial. Assim, a análise crítica faz-
se necessária para garantir a autenticidade fundamental à dimensão cultural
arquitetônica. Desse modo, o autor aponta que a questão não parece estar em
caracterizar as diferenças, mas sim em arquitetar meios para que estas convivam
em diálogo, ao mesmo tempo que conservam as suas imprescindíveis diferenças.

Como exemplo, o modelo arquitetônico de Las Vegas (Figura 1) traz a concepção da


cidade como instrumento para fins comerciais, com hotéis reproduzindo lugares
como pátios de vilas romanas, palácios árabes, espaços de selva e salões rococó.
Trazendo de inovação apenas a escala exagerada. Como mostra a imagem, a
cidade é a execução do cênico, através de uma colagem superficial de todos os
estilos, culturas, raças e tempos históricos. Oferecendo o conceito pós-moderno de
Pop Culture, nota-se claramente que Las Vegas traz em sua arquitetura a
superficialidade, a ausência do autêntico, apresentando características do termo
designado “ecletismo sintético”.

4
Figura 1 - Arquitetura da cidade de Las Vegas, Nevada (EUA)

Fonte: http://www.rabstol.net/oboi/usa/8676-las-vegas-nochu.html

5 HIGH-TECH
O modernismo tardio, denominado high-tech, utilizou como base os artifícios
modernistas de construção, o que o difere do modernismo é o destaque que dá para
coisas que, até então, eram ocultadas, como pode-se observar no edifício Pompidou
(Figura 2), com suas tubulações coloridas (Figura 3). Charles Jencks (1985, p. 380)
faz uma comparação com as estruturas expostas no high-tech como sendo o
exoesqueleto da edificação, que, até então, fazia-se questão de cobri-lo com “pele”.

Figura 2 - Centro Pompidou

Fonte: http://www.ascensores-montacargas.com/centro-pompidou-condenado-accidente-1117/

5
Figura 3 - Tubulações Coloridas do Centro G. Pompidou

Fonte: © NJIT

Neste edifício, o uso exacerbado de materiais estruturadores ou de cunho industrial,


como (vidro, vigas, concreto aparente e outros materiais pré-fabricados) e a
exposição de sistemas como o de circulação de ar, tubulação de água e até acessos
(Figura 4 e Figura 5), reforçam a ideia de Jencks de que o high-tech é fase mais
distorcida e exagerada do pós-modernismo.
A arquitetura High-Tech se constituiu em uma utilização de métodos,
figuras, tecnologia e materiais da arquitetura e engenharia industriais em
programas comerciais e residenciais urbanos. Caracteriza-se pela
exposição dos sistemas técnicos (elétricos. hidráulicos, climatização,
circulação), uso intenso de cores vivas e acabamentos metálicos, vedações
com painéis industrializados e vidro, nunca com processos tradicionais de
alvenaria, por exemplo, grandes vãos e estruturas tensionadas. Esta
exposição dos sistemas técnicos foi chamada, jocosamente, de poética do
intestinismo (COLIN, 2013).

6
Figura 4 - Corte esquemático Pompidou

Fonte: ArchDaily

Figura 5 - Interior do Centro George Pompidou

Fonte: © Courtney Traub

Além disso, o high-tech é profundamente relacionado ao sustentável, utilizando da


alta tecnologia, como o nome já sugere, para atingir seus melhores parâmetros de
eficiência energética ou, de forma geral, de baixo impacto ambiental. Um exemplo
concreto é a tecnologia utilizada por Shigeru Ban (Figura 6), citada por Montaner
(2016), a qual se baseia no bom uso da reciclagem para a confecção de pilares de
papelão, por exemplo. (Figura 7).

7
Figura 6 - Paper House, Japão, 1995, Arq. Shigeru Ban

Fonte: Wikimedia Commons

Figura 7 - Interior, Paper House, Japão, 1995, Arq. Shigeru Ban

Fonte: Hiroyuki Hirai

Nesse parâmetro, pode-se citar exemplos que não se adequam ao conceito, criando
espaços incondizentes com o bioclima do lugar ou até mesmo sem pensar na
incidência do sol em determinados períodos. Montaner (2016) analisa o pavilhão de
oficinas do Instituto de Tecnologia de Kanagawa desta forma (Figura 8), ele diz que
o autor do projeto, Junya Ishigami, teve intensões bem claras em relação a
representatividade do edifício e sua relação subjetiva com a natureza, como os
pilares ligados com a representação de uma floresta de bambus (Figura 9), e a
intensão de transparência para que se pudesse observar a natureza já existente,

8
podendo destacar também, a dinamização do espaço interno para que fosse flexível
a mudanças.

Figura 8 - Pavilhão de Oficinas do Instituto de Tecnologia de Kanagawa, Japão. Arq. Junya Ishigami,
2004-2008

Fonte: Iwan Baan

Figura 9 - Interior do Pavilhão de Oficinas de Kanagawa

Fonte: Iwan Baan

Entretanto, para o autor, o edifício não parece ter sido pensado para o bioclima e
nem para interações mais fervorosas no interior, dificultando o conforto térmico do
local e possibilitando o choque auditivo entre as atividades.

6 DESCONSTRUTIVISMO

9
Dentre as vertentes citadas por Jencks da arquitetura pós-moderna, o
desconstrutivismo pode ser considerado o mais destoante no que diz respeito à
ortogonalidade da forma. A aparente inquietação que as obras causam ao
observador com bases distorcidas, somadas aos elementos estruturadores da
edificação (paredes, janelas, cobertura e vigas) em deslocamento ou distorção,
fazem de uma construção desconstrutivista algo notável, quando diz respeito ao
convencional.

Ademais, a relação com o construtivismo russo fica evidente ao analisarmos o uso


de formas geométricas de modo desordenado, mas sem perder a harmonia geral da
edificação e, como no construtivismo, a efetivação de tais ousadias só é possível
graças ao avanço da tecnologia industrial, que faz a ponte entre croquis rabiscados
(Figura 10) e papelões amassados – como os de Frank Gehry - tornando-os algo
real e palpável.

Figura 10 - Croquis BioMuseo, Panamá. Arq. Frank Gehry

Fonte: Fernando Alda

Jencks (1985) destaca em seu livro a habilidade de Gehry em trabalhar a


(des)ordem proveniente dessa vertente, com técnicas como a perspectiva inversa
(Figura 11), o recorte de tela e o uso de cores vibrantes, as obras de Gehry são
extremamente notáveis.

10
Figura 11 - Croqui esquemático da planta do Toyota Office. Arq. Frank Gehry, 1978-1979

Fonte: Collection Frank Gehry, Los Angeles

Quando se trata desse movimento, é interessante elencar obras como o BioMuseo


(Figura 12) de Frank Gehry, situado na Cidade do Panamá, Panamá, pois possui
evidentemente as características sobreditas. Ademais, o BioMuseo tem sua
cobertura de alumínio com figuras geométricas destorcidas e recobertas por cores
fortes (Figura 13). Pode-se dizer que o edifício caracteriza o caos contido e
solidificado, mas sem perder seu ideal de movimento em relação à posição do
observador. Além da perspectiva inversa (Figura 14), suas aberturas (Figura 15)
pouco convencionais também abonam o caráter do edifício.

11
Figura 12 - Vista BioMuseo, Panamá. Arq. Frank Gehry, 2000 - 2014

Fonte: Fernando Alda

Figura 13 - Cobertura de alumínio, BioMuseo.

Fonte: www.spicyvanilla.com.br

12
Figura 14 - Planta Baixa, BioMuseo

Fonte: ArchDaily

Figura 15 - Esquadrias BioMuseo

Fonte: www.spicyvanilla.com.br

13
7 ANALISE DE OBRAS NA REGIÃO DE CUIABÁ
Ao estabelecer uma análise sobre arquitetura contemporânea, principalmente no
cenário cuiabano, o observador deve estar disposto a se deixar levar por mais de
uma vertente. Graças a pensadores como Charles Jencks (1985), Rafaelle Raja
(1986), Josep Montaner (2016) dentre outros, a análise associativa de obras
modernas a conceitos também modernos se tornou algo real, ainda que pouco
difundido entre a sociedade. Entretanto, a abstração dos conceitos contribui a
diferentes opiniões a respeito da mesma obra.

É comum aos homens o anseio de ‘modernizar’ o passado, atribuir a obras um


requinte de atualidade, mas, ao fazê-lo, deve-se tomar cuidado com a relação da
construção com seu entorno. A exemplo, tem-se o antigo Arsenal de Guerra (atual
Sesc Arsenal) e os projetos de revitalização da Orla do Porto, destacando os
cenários do centro antigo e a ampliação do Aquário Municipal. Além disso, serão
tratados também, em outras dimensões da contemporaneidade, o Fórum de Cuiabá;
o Ministério Público, sede das promotorias de Mato Grosso; o edifício comercial da
av. Dom Bosco; a RoseHouse em Chapada dos Guimarães-MT e o Cartório do
sexto ofício de Cuiabá entre outros.

7.1 Fórum de Cuiabá


O Fórum situado na capital de Cuiabá, em Mato Grosso (Figura 16), projetado por
Marcelo Susuki, é uma obra de bastante renome pois traz preocupações
climatológicas dignas do espaço que fora concebido, algo que infelizmente não é tão
comum em Cuiabá, embora seja uma cidade demasiada quente. Suas fachadas em
estrutura metálica são envolvidas por ripas de madeira (Figura 17), que seguram em
partes a incidência de luz solar direta nas áreas abertas e possui a cobertura de
telhas metálicas (Figura 18) e chapas translúcidas atarantadas a pilares. A planta
baixa (Figura 19) da edificação é munida de jardins internos intercalados com
construções ortogonais de dois pavimentos, térreo e subsolo - sendo os jardins
instalados no subsolo –, e livre circulação, que permite a criação de correntes de ar
(Figura 20 e Figura 21).
Figura 16 - Vista Fórum de Cuiabá. Arq. Marcelo Susuki, 2004-2005

Fonte: Antonio Saggese

14
Figura 17 - Ripas

Fonte: Karine Pimenta, 2018

Figura 18 - Cobertura atirantada Fórum de Cuiabá

Fonte: Ana Paula Barcelos, 2018

15
Figura 19 - Planta Baixa Fórum de Cuiabá

Fonte: Karine Pimenta, 2018

Figura 20 - Jardim no interior do edifício

Fonte: Ana Paula Barcelos, 2018

16
Figura 21 - Interior Fórum de Cuiabá

Fonte: Ana Paula Barcelos, 2018

O “exoesqueleto” da edificação fica evidente ao posicionar o observador com o olhar


para cima: suas estruturas são aparentes, com ênfase também na tubulação. Deste
modo, ao esmiuçar as características da edificação, podemos afirmar que esta
possui caráter high-tech de eficiência energética.

Entretanto, é importante ressaltar que 10 anos após sua inauguração houve uma
reforma onde foram inseridas coberturas acima dos jardins, gerando assim um
singelo efeito estufa no ambiente, fazendo o prédio que outrora era climaticamente
agradável ser mais difícil para permanecer longos períodos (Figura 22, Figura 23 e
Figura 24).

Figura 22 - Vista externa do Fórum de Cuiabá antes da reforma

17
Fonte: Acervo Constructalia

Figura 23 - Jardins internos sem a cobertura atual, colocada após a reforma

Fonte: Acervo Constructalia

Figura 24 - Mais uma foto do interior antes da reforma

Fonte: Acervo Constructalia

18
7.2 Antigo Arsenal de Cuiabá
A exemplo de adaptação entre o contemporâneo e o antigo, tem-se o restaurante de
Galbiatto e o antigo arsenal de guerra de Cuiabá (1819-1832). O arquiteto
supracitado foi responsável pelo projeto de intervenção no espaço arquitetônico do
arsenal, interessado em juntar através da cobertura do restaurante, situado no pátio
interno da construção, o passado e o presente (Figura 25). Afim de preservar a
ortogonalidade e imponência do espaço, Galbiatto concebeu ao seu projeto uma
marquise em vai-e-vem sutil, mas que leva o observador a prestar atenção em seu
entorno, sem destituir de ambas as obras suas respectivas importâncias históricas,
portanto, não há aqui agressividade de um projeto em relação ao outro. Ao contrário:
a sensação que se dá é de enaltecimento por parte do moderno, em relação ao
antigo (CASTOR, 2010)

Figura 25 - Sesc Arsenal, Cuiabá, 1989-2002. Arq. Ernesto Galbiatto; Anna Regina Feuerharmel;
Gabriel Francisco de Mattos

Fonte: Ricardo Castor, 2006

7.3 Prédio Comercial


A arquitetura de Luis Cláudio Bassam é bem peculiar quando se observa a malha
urbana de Cuiabá. Suas construções de cunho desconstrutivista caracterizam-se
principalmente pela distorção dos elementos estruturadores. O prédio situado na
Avenida Dom Bosco, tem as esquadrias da janela aparentemente instaladas na
diagonal, o pilar de sustentação do pergolado vazado é também na diagonal, sua
base é deslocada, quebrando a ortogonalidade que automaticamente é associada a
pilares (Figura 26). O observador encontra-se em meio ao movimento que a
construção provém.

19
Figura 26 - Fachada Prédio Comercial na Av. Dom Bosco. Arq. Luis Claudio Bassam

Fonte: Ana Paula Barcelos, 2018

7.4 Rosehouse
A Rosehouse, situada em Chapada dos Guimarães, Mato Grosso, também traz
fortemente a distorção dos elementos estruturadores. Aparentemente inspirado no
neoplasticismo da casa Schröeder, de Gerrit Rietveld, o arquiteto Luiz Bassam
compõe sua obra em planos com geometrias pouco convencionais, os diferenciando
através de cores fortes e sobreposição. Além disso, o uso de diferentes formas por
fechamento, como o cubo vazado cartesiano cobrindo o telhado de uma água,
reforça a leitura desconstrutivista da edificação (Figura 27).

Figura 27 - Vista RoseHouse, Chapada dos Guimarães-MT. Arq. Luis C. Bassam

Fonte: Rose Monteiro, 2016

20
7.5 Ministério Público – Sede das Promotorias de Mato Grosso
O Ministério Público, situado no Centro Político Administrativo (CPA) em Cuiabá,
MT, é uma obra do arquiteto Alexsandro Reis, construída em 2008. Percebe-se em
sua fachada envidraçada a busca pela grandiosidade e simetria, sugerindo atributos
de luxo e poder por parte do edifício, remetendo, assim, ao ecletismo, através da
pretensão por características da arquitetura clássica grega, não abrangendo o cunho
irônico do ecletismo pós-moderno (Figura 28).

Figura 28 - Vista Ministério Público, Sede das Promotorias de Mato Grosso. Arq. Alexsandro Reis

Fonte: Karine Pimenta, 2018

Outrossim, articulando com as ideias de Frampton e Tschumi, é um edifício que


parece não ter passado por uma análise crítica das particularidades do local em que
foi inserido, principalmente quando se refere às condições climáticas. Tendo em
vista que, apesar do edifício possuir aberturas nas laterais do piso térreo (Figura 29),
além de um pátio interno central, estas são medidas minimamente mitigatórias
diante da sua fachada envidraçada em uma cidade como Cuiabá, que possui clima
tropical (com picos acima de 40°C), tendo isso em vista, para garantir o conforto
térmico interno faz-se essencial a climatização artificial interna, transparecendo o
desacato do edifício para com a eficiência energética.

21
Figura 29 - Jardim Interno Ministério Público, Sede das Promotorias de Mato Grosso

Fonte: Ana Barcelos, 2018

7.6 Escola dos Servidores da Magistratura de Mato Grosso (ESMAGIS-


MT)
Ao contrário do Edifício do Ministério Público, na Escola dos Servidores da
Magistratura de Mato Grosso, também situado no CPA, o arquiteto Paulo Molina,
através de uma análise crítica das características locais, abordou a harmonia e a
contextualização com relação ao meio ambiente em que a escola está inserida.

Figura 30 - Escola dos Servidores da Magistratura de Mato Grosso. Arq. Paulo Molina, 2001-2008

Fonte: http://www.tjmt.jus.br/noticias/49464#.WqGNtejwbIU

Através de estudos do movimento do sol e até mesmo de características culturais da


região, foram visadas soluções de eficiência energética visando garantir o conforto
térmico diante do rigoroso clima local, através do uso da energia solar por meio de
placas fotovoltaicas e um sistema na cobertura que permite o vazamento natural do

22
ar quente acumulado no ambiente. Além de tirar proveito da própria topografia,
através de uma sala no subsolo, a qual possui uma abertura que acompanha a
declividade do terreno. O arquiteto e urbanista José Antônio Lemos dos Santos
designa essa construção como um feliz exemplo do tardo-modernismo dentro da sua
vertente High-tech. Vale ressaltar que a escola também possui características
sustentáveis, e de regionalismo crítico, como já apontadas acima.

7.7 Orla do Porto


Às margens do Rio Cuiabá, as fachadas inspiradas no centro histórico da cidade,
dizem muito sobre o caráter cenográfico do projeto de revitalização da orla do porto
em Cuiabá (Figura 31). Uma obra que tem como objetivo enaltecer a arquitetura
cuiabana, mas que acaba por a deixar superficial, tornando seus patrimônios meros
cenários para fotografias, quando o verdadeiro centro antigo é abandonado pelo
poder público (Figura 32).

Figura 31 - Fachadas Cenográficas da Orla do Porto, Cuiabá. Arq. Paulo Crispim e Marcela Carbonieri

Fonte: Mirely Felippe

23
Figura 32 - Casarão do Centro Histórico de Cuiabá

Fonte: Prefeitura de Cuiabá

Dessa forma, retomando as palavras de Charles Jencks (1985), a sociedade adotou


ciclos de consumo, nas quais a atualização do antigo é considerada como o “novo”,
no caso regional, o antigo não foi restaurado, mas apenas reproduzido
superficialmente, visando agregar valor turístico e econômico a outra área da cidade.

7.8 Aquário Municipal de Cuiabá


Parte do projeto de revitalização da Orla do Porto, a ampliação do Aquário Municipal
(Figura 33), tem como objetivo trazer turismo para a orla e integrar os prédios já
existentes do museu do rio (Figura 34) e do antigo aquário municipal (Figura 35).
Seu formato retangular e os detalhes hexagonais de sua superfície fazem referência
à construção chinesa conhecida como “Cubo D’agua” (DIÓZ, 2013), construído para
as olimpíadas de Pequim (Figura 36). Entretanto, seu intensão de compor edifícios
não parece ter sido eficaz, sua monumentalidade em relação ao antigo aquário, e
sua posição (sobrepondo metade do antigo edifício), parece acentuar o destaque em
relação aos outros, diminuindo, ou até mesmo, inferiorizando (em sua forma e não
importância) edifícios que fazem parte da arquitetura local.

24
Figura 33 - Projeto de ampliação do Aquário Municipal. Arq. Paulo Crispim e Marcela Carbonieri

Fonte: Prefeitura Municipal de Cuiabá

Figura 34 - Museu do Rio, Cuiabá

Fonte: http://www.folhamax.com.br/cidades/obras-do-novo-aquario-municipal-estao-lentas/113569

Figura 35 - Antigo Aquário Municipal, Cuiabá

Fonte: https://turismomt.wordpress.com/tag/museu-do-rio-cuiaba-e-aquario-municipal/

25
Figura 36 - "Cubo D'agua", Pequim, China

Fonte: Arch Trends

Podemos questionar então, se a intensão do projeto foi apenas para mostrar a


capacidade de se fazer uma arquitetura internacional (inspirada em exemplos de
fora), ou se foi realmente para integrar os edifícios que lá estão, valorizando-os para
fomentar o turismo no local e apreciação também de quem habita a região.

7.9 Cartório do 6º ofício


No mesmo contexto da orla, também pode ser citado o cartório do sexto oficio, tendo
em vista a sua arquitetura que pode ser considerada ecletista, sua forma reflete a
intenção superficial do edifício, um Galpão com uma fachada de características
neoclássicas somadas a adornos em tijolo aparente e formas curvilíneas (apenas
com intuito decorativo) (Figura 37). Já o seu interior (Figura 38), pelo contrário, em
nada se relaciona com a arquitetura da fachada do edifício, não havendo o diálogo
entre ambos.

Figura 37 - Cartório do 6º Ofício de Cuiabá

Fonte: Ana Paula Barcelos

26
Figura 38 - Interior do Cartório do 6° Ofício, Cuiabá

Fonte: Douglas Brasil

8 CONCLUSÃO
Os pós-modernistas são, basicamente, arquitetos responsáveis pela convergência
dos movimentos precedentes em uma adaptação a realidade presente, assim, é
errôneo definir um conceito em específico para o contemporâneo, tendo em vista
que se trata de uma arquitetura com diferentes definições difundidas por diferentes
autores, além de possuir também uma diversidade de abordagens.

Apoiando-se nas leituras realizadas e na análise de várias obras regionais, afirmar


que a região de Cuiabá está piamente sintonizada com os avanços modernos da
arquitetura é exagero, mas é infeliz descaracterizá-la totalmente. Tendo em vista
que muitas obras possuem características de diversas manifestações do pós-
modernismo, mas que parecem estar deslocadas dos princípios deste, como
observamos no ecletismo arquitetônico de muitas obras cuiabanas, as quais não
possuem a sensibilidade pós-moderna, principalmente a sátira e a ironia, mas
podem ser consideradas ecléticas, tendo em vista que o seu ecletismo visa, através,
principalmente da decoração, uma tentativa de ostentar, muitas vezes relacionada
ao clássico.

Obras como a Orla do Porto e o Cartório do sexto ofício, estão longe de apresentar a
sátira almejada pelo ecletismo. Assim, a superficialidade em suas fachadas permite
considerá-las como simples reproduções, devido a sua decoração inspirada em
tendências anteriores. Nesse contexto, pode-se citar até mesmo o Ministério
Público, por ser uma obra que retoma valores clássicos sem uma análise crítica,
sem uma busca feliz em dialogar sua arquitetura com as particularidades locais.

Do mesmo modo, também são observados exemplos felizes na arquitetura


contemporânea, como o Fórum de Cuiabá, cuja eficiência energética é notável; e a

27
Escola dos Servidores Públicos de Cuiabá, que atende ao anseio climático da região
e evidencia as inovações tecnológicas nele presente.

A definição de contemporâneo é feita ao considerar tudo o que é construído na


contemporaneidade como digno da vertente. Entretanto, como visto anteriormente, o
pós-modernismo visa, ao mesmo tempo, projetar ao gosto da comunidade sem
deixar de buscar a inovação. Portanto, será que devemos levantar como arquitetura
de qualidade tudo que é feito?

28
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BLAKE, Peter. A fantasia da função. [S.l]: Coisas da arquitetura, 2010. Disponível
em: <https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/11/11/a-fantasia-da-funcao/>.
Acesso em: 24 fev. 2018.

CASTELLANO, Pedro Soria. Movimento Moderno e Pós-Modernismo: as


naturezas sobrepostas de Berlim. Campinas: Pontíficia Universidade Católica de
Campinas, 2008

CASTOR, Ricardo Silveira. Modernidade e primitivismo na arquitetura de Mato


Grosso. Confrontos da segunda metade do século 20. Arquitextos, São Paulo, ano
11, n. 126.05, Vitruvius, nov. 2010. Disponível em:
<http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/11.126/3637>. Acesso em: 06
mar. 2018

COLIN, Silvio. Ecletismo na arquitetura: Coisas da arquitetura, 28 set 2010.


Disponível em: <https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/09/28/ecletismo-
na-arquitetura-i/>. Acesso em: 24 fev. 2018.

COLIN, Silvio. High Tech: Coisas da arquitetura, 2013. Disponível em:


<https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2013/02/23/high-tech/>. Acesso em: 24
fev. 2018.

DUARTE, Rovenir Bertola. Caminhos, reflexões e o tempo na arquitetura


contemporânea. Arquitextos, Portal Vitruvius, 2010. Disponível em:
<http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/11.124/3573>. Acesso em: 20
fev. 2018.

JENCKS, Charles. Movimentos Modernos em Arquitetura. Arquitectura &


Urbanismo, volume 03. Lisboa, Edições 70, 1985.

LUCCAS, Luis Henrique Haas. Arquitetura Contemporânea no Brasil: da crise dos


anos 70 ao presente promissor. Arquitextos, Portal Vitruvius, 2008. Disponível em:
<http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/09.101/99>. Acesso em: 24
fev. 2018.

MOLINA, Paulo. Projeto da Escola dos Servidores, Centro Cultural e Escola da


Magistrada do PJ/MT. Cuiabá, Paulo Arquitetura, [S.d.]. Disponível em:
<http://www.pauloarquitetura.arq.br/PROJETO02.ASP>. Acesso em: 07 mar. 2018.

MONTANER, Josep Maria. A condição contemporânea da arquitetura. São Paulo:


Gustavo Gili, 2016. p. 69-121.

ROCHA, Rafael. Evolução da arquitetura em Cuiabá. Cuiabá: Gazeta Digital, 2008.


Disponível em:

29
<http://www.gazetadigital.com.br/conteudo/show/secao/16/materia/173819/t/
evolucao-da-arquitetura-de-cuiaba> Acesso em: 24 fev. 2018.

SALES, Maycon. Arquitetura tardomodernista em Cuiabá. [S.l]: Arquitetura e


arquitetura, 2013 Disponível em:
<http://arquiteturaearquitetura.blogspot.com.br/2013/05/arquitetura-tardomodernista-
em-cuiaba.html> Acesso em: 25 fev. 2018.

SANTOS, José Antonio Lemos. Jóias da arquitetura em Mato Grosso. Blog do José
Lemos, 18 abr 2017. Disponível em:
<http://blogdojoselemos.blogspot.com.br/2017/03/joias-da-arquitetura-em-mato-
grosso-14.html> http://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/01.012/887/pt.
Acesso em: 07 mar. 2018.

SCOFFIER, Richard. Os quatro conceitos fundamentais da arquitetura


contemporânea. in: OLIVEIRA, B. et al. (Org.) Leituras em teoria da arquitetura.
Rio de Janeiro: Viana & Mosley, 2009.

SUBIRATS, Eduardo. Desaprendendo com Las Vegas. Arquitextos, ano 01, maio
2001 Disponível em:
<http://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/01.012/887/pt>. Acesso em: 07 mar.
2018.

30

Você também pode gostar