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CAPÍTULO 01 (PÁGS. 91 A 126) DE NESBITT, KATE.

UMA NOVA AGENDA PARA A


ARQUITETURA

HIAGO LACERDA DA SILVA

CAPÍTULO 1 - Pós-modernismo: as respostas da arquitetura à crise do modernismo

Complexidade e contradição em arquitetura

A COMPLEXIDADE VERSUS O PITORESCO

A complexidade, dentro do contexto modernista passa a ser reprimida, a diversidade é reduzida em


prol de uma simplicação das formas. A frase de Mies "menos é mais" se faz como uma das
principais contextualizações para o que foi e o que se buscou representar com o modernismo, dentro
dessa definição, a crítica principal trata-se de como os arquitetos modernistas passa a serem
extremamente seletivos em suas escolhas quanto as resoluções de problemas que envolvem o todo
arquiteto de seu trabalho, isto é, ignoram - por meio da justificativa modernista - diversas
problemáticas extremamente pertinentes para um funcionamento coerente das obras, sendo que,
apesar delas estarem em pé e fazerem parte do espaço construído de forma notória e relevante, se
caso durante sua concepção fossem levados em contas a resoluções de problemáticas pertinentes
ao bom funcionamento do projeto quanto métodos arquitetônicos, provavelmente, eles não seriam
não icônicas.

O pós-funcionalismo

O pós-funcionalismo, de primeiro momento – isto é, antes do modernismo que se conhecesse hoje


- parte do pressuposto em que, a arquitetura – quanto disciplina - tem como condição própria em
sua função a busca da origem dentro dela mesma. A arquitetura, dentro da conceituação de
diagnósticos, tem como premissas a sua função e a forma, sendo que elas não necessariamente
exercem maior relação sobre a outra, mas sim, - se necessário - se fazem em equilíbrio ao resultado
que se pretende obter em determinado projeto.

Argumentos em favor da arquitetura figurativa

Na tentativa de transmitir o que se pretende dentro do campo artístico, existem duas formas de se
expressar, sendo elas uma forma prática e uma forma poética. Aonde, - dentro da arquitetura –
intuitivamente, entende-se que a forma prática se trata de uma linguagem comum internalizada ao
meio, aonde por meios técnicos e pragmáticos, o entendimento do todo se aplica. Em contraste,
temos a forma poética, em que o meio externo deve expressa – dentro da forma poética - os
aspectos orgânicos e figurativas se apoderem do contexto arquitetônico.
Ao relacionar essas formas aos movimentos arquitetônicos, nesse caso, o modernismo,
temos que, ele baseou-se em formas técnicas para transmitir suas técnicas e características.
Entrementes, toda a linguagem arquitetônica, para que tenha sua função justificada, deverá
consequentemente levar em conta e se manter dentro dos dois aspectos, tanto técnico quando
poético.

A pertinência da arquitetura clássica

Após os diversos debates acerca do modernismo e quais suas principais influências quanto ao
meio projetado, seja ele arquitetônico ou urbanísticos. Temos que, o modernismo traz consigo
características mais objetivas da forma, um funcionalismo pragmático dos espaços, e em alguns
casos, sem abandonar completamente as formas mais abstratas e orgânicas dos resultados.
Como crítica principal, o modernismo passou a deixar diversas problemáticas pertinentes
ao funcionamento coordenado dos espaços, sendo eles internos ou externos. Dentro do
urbanismo, as críticas foram resultantes das tomadas de decisões acerca dos espaços urbanos, o
que, como consequência resultou em um distanciamento gradativo do planejamento urbanista no
tecido urbano e aos próprios métodos arquitetônicos de construção. Logo, características
desconstrutivistas engajadas pelos novos movimentos em ascensão – como os classicistas pós-
modernos – que, pós meio de uma contraposição aos métodos modernistas decidiram propor
características deformadas as suas estruturas, como um meio de se libertas das amarras deixadas
pelo pragmatismo do modernismo.

Novos rumos da moderna arquitetura norte-americana

Ao longo de todo o período modernista, diversas processos aconteceram no que deveria vir a ser
considerado como principais características do movimento. Passando por alterações sem perder o
seu pretexto original, o modernismo – podendo também, consequentemente ser denominado de
pós-modernismo -, durante a sua terceira e última geração, procura-se por uma revitalização do
próprio modernismo. Isto é, busca-se retratar um modernismo dotado de “racionalismo” e
“realismo”, aonde, as configurações arquitetônicas serão reais, dadas seu contexto físico e aos
meios – social, cultural e político – originários em que serão construídas.

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