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Natalia Catarine Tomé Marcondes¹, Bruna Bertoldo Marcondes¹, Eduardo Guimaraes¹, Fernando
Piffer¹, Juliana Elaine dos Santos¹, Korina Costa2
¹Discente do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Oeste Paulista- UNOESTE. ² Docente do curso de
Arquitetura e Urbanismo da Universidade do Oeste Paulista - UNOESTE
RESUMO
O pós modernismo dos anos 70 e 80 gerou grande necessidade da criação de uma nova
arquitetura que estivesse disposta a trazer identidade a sociedade contemporânea. Peter
Eisenman se mostra como um grande líder de uma nova corrente, chamada Desconstrutivismo,
que surgiu através de seus estudos teóricos, testes, críticas ao modernismo e bases para a
concretização do estilo. No presente trabalho será estudado o desenvolvimento deste estilo
cada dia mais empregados pelos arquitetos contemporâneos, tais quais suas características.
Como ponto de partida, por meio de estudos bibliográficos, será abordado desde o contexto
histórico que Peter Eisenman se encontrou quando criou o desconstrutivismo, até a
empregaçao desta arquitetura nos dias atuais por arquitetos conceituados como Zahad Hadid e
Frank Gehry.
Palavras-chave: Peter Eisenman, Desconstrutivismo, Pós Modernismo, Arquitetura
Contemporânea
INTRODUÇAO E OBJETIVO
Em 1932, os Estados Unidos da América alcançam o ápice da Grande Depressão causada
pela quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque em 1929. Na história da arquitetura este
momento consiste na desativação da escola de design mais influente no mundo todo, Bauhaus,
resultando na perda nazista de grandes nomes da arquitetura como Walter Gropius e Mies Van
der Rohe (BENEVOLO, 1998; KARNAL, 2007).
Em meio a este contexto nasce um dos principais arquitetos e teóricos do desconstrutivismo,
o arquiteto norte-americano Peter Eisenman.
Após vencer a crise e o término da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos ressurgem
como maior potência econômica, política e militar, motivando o orgulho da população à cidadania
(KARNAL, 2007).
Em meados deste século, Eisenman ingressa na Universidade de Cornell e forma-se em
bacharel em arquitetura em 1955, posteriormente recebendo o título de Mestre, PHD e Doutor
em instituições de renomes.
Colloquium Humanarum, vol. 10, n. Especial, Jul–Dez, 2013, p. 369-374. ISSN: 1809-8207. DOI: 10.5747/ch.2013.v10.nesp.000472
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mesmo acabou por se tornar insensível e imparcial aos valores culturais da sociedade.
(CASAGRANDE, 2005)
Com a superação do pós-modernismo e com os avanços tecnológicos, o desconstrutivismo
se difundiu na década de 90. Porém, anteriormente passou por um longo período de testes,
inicialmente em residências e posteriormente em edifícios mais complexos.
As teorias e os testes das ideologias de Peter em casas experimentais foram considerados
novos modelos de casas americanas. Em sua maioria estes modelos tinham como principal
característica o rompimento com a geometria ortogonal do movimento moderno clássico. Nos
testes este rompimento foi alcançado quando o arquiteto afastou uma parede da outra criando
ilusões espaciais e dinamização na geometria. (CASAGRANDE, 2005)
Dentre as principais obras de Peter Eisenman, a Cidade da Cultura de Galícia (City of Culture
of Galicia) e a Wexner Center for the Arts demonstram o rompimento com o pós-modernismo.
A Cidade da Cultura de Galícia é o projeto urbanístico de um novo centro cultural para a
cidade de Galícia, no noroeste da Espanha. Localizada no Monte Gaias, uma pequena colina com
vista para Santiago de Compostela, o projeto se desenvolve a partir da sobreposição de três
conjuntos de informações.
Primeiramente, o plano da rua do centro medieval de Santiago é sobreposto em um mapa
topográfico do local de encosta, com vista para a cidade. O segundo ponto consiste na colocação
de uma grade cartesiana sobre estas rotas medievais. E o terceiro principal e decisivo ponto é a
modelagem da topografia da encosta através de um software, permitindo a distorção das duas
figuras geométricas planas.
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O resultado é uma superfície topológica que reposicionam antigos e novos em uma matriz
simultânea quebrando a ortogonalidade e gerando a dinamização.
Inaugurado em 1989, a Wexner Center for the Arts foi o primeiro grande edifício público
desenhado por Eisenman. Inicialmente, o edifício foi projetado para abrigar laboratórios e galerias
públicas, no entanto, após sua construção, a obra substitui a Galeria de Belas Artes.
Os projetos de Eisenman costumam se inspirar em significações teóricas. No caso de Wexner
Center, o arquiteto incorporou velhas e novas teorias aos elementos arquiteturais. Sendo o traço e
a dispersão a favor da deslocação proveniente dos antigos projetos e a incorporação de valores
contextuais ligados às novas teorias. (CASAGRANDE, 2005).
Figura 2. Perspectiva Wexner Center Figura 3. Barras de Metal Branco fazem analogia a andaimes
Fonte
Ao estudar o terreno, Peter notou que no local existiu uma indústria bélica. Partindo disso, o
arquiteto teve a possibilidade de reproduzir e se inspirar nos fragmentos deixados pela fábrica na
obra.
O edifício se constitui de várias peças geométricas desfragmentadas, podendo até compará-
las com vários vasos de barro cortados em diferentes tamanhos e precisão, gerando a assimetria
da obra.
O uso das grades de metal branco sugere uma analogia com andaimes, dando ao edifício
uma sensação de incompletude e estranheza aqueles que estão diante da obra. A escala humana
alta contribuiu para estas sensações, sendo uma característica própria do desconstrutivismo.
Hoje, a arquitetura desconstrutivista representa o ápice da arquitetura contemporânea. As
bases criadas por Peter Eisenman em teorias das primeiras regras do movimento, atualmente são
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Figura 4. Perspectiva do Bandeirante após reformado (Fonte: Site Oficial Gustavo Pena)
Fonte
CONCLUSÃO
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REFERENCIAS
CASAGRANDE, E; GARCIA, K.R.; ZILMER, N.N.; BOHN, S.A. Peter Eisenman. Cascavel, Faculdade
Assis Gurgacz, 2005. (Trabalho Academico)
RAUTENBERG, Hanno. Entrevistas com Arquitetos. 1ed. Viana: Viana e Mosley, 2009.
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