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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI

CURSO DE GRADUAÇAO EM ARQUITETURA E URBANISMO

THAYS REGINA PEREIRA LUSTOSA

ARQUITETURA DA CULTURA E DO LAZER: Centro Cultural integrado à Praça Ocílio


Lago em Teresina - PI

TERESINA – PI
2019
THAYS REGINA PEREIRA LUSTOSA

ARQUITETURA DA CULTURA E DO LAZER: Centro Cultural integrado à Praça


Ocílio Lago em Teresina-PI

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro


Universitário UNINOVAFAPI como requisito avaliativo para
obtenção do grau de bacharel em Arquitetura e Urbanismo.

Orientadora: Ma. Isis Meireles Rodrigues

TERESINA – PI
2019
RESUMO
Desde o movimento moderno o lazer foi estabelecido como uma das principais necessidades
da população, e com o desenvolvimento das cidades essa afirmação se consolidou, além
disso, as pessoas têm buscado alternativas de lazer que possibilitem um enriquecimento
cultural. Outro aspeco relacionado ao lazer são os espaços livres das cidades, que são os
principais palcos de lazer para a população, muitas cidades enfrentam problemas quanto ao
abandono e infraestrutura desses locais. A cidade de Teresina, capital do Piauí, ainda é
carente de espaços para o desenvolvimento de atividades culturais e também possui muitos
espaços livres obsoletos, dessa forma, através da análise de documentos, revistas, fotos,
mapas e fontes bibliográficas, esse trabalho busca estudar a temática de espaços livres,
voltada para as praças e, também, a temática arquitetônica, voltada para a tipologia cultural,
com o teatro. Espera-se como produto final desse estudo o projeto arquitetônico de um Centro
Cultural integrado ao espaço livre da praça Ocílio Lago, em Teresina.

Palavras chaves: Espaços livres. Cultural. Teresina.

ABSTRACT
Since the modern movement leisure has been established as one of the main needs of the
population, and with the development of cities this affirmation has consolidated, in addition,
people have sought leisure alternatives that enable cultural enrichment. Another aspect related
to leisure is the open spaces of the cities, which are the main stages of leisure for the
population, many cities face problems regarding the abandonment and infrastructure of these
places. The city of Teresina, capital of Piauí, still lacks space for the development of cultural
activities and also has many obsolete open spaces, thus, through the analysis of documents,
magazines, photos, maps and bibliographic sources, this work seeks to study the theme of
open spaces, facing the squares and, also, the architectural theme, focused on the cultural
typology, with the theater. Expected as final product of this study the architectural project of a
Center Cultural integrated to the open space of the square Ocílio Lago, in Teresina.

Keywords: Open Spaces. Cultural. Teresina.


LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Mapa do traçado original da cidade, com espaços destinados às praças em
verde ........................................................................................................................... 9
Figura 2: Mapa de Tresina com a localização da zona Leste, do Bairro Jóquei e da
Praça ......................................................................................................................... 10
Figura 3: Praça Ocílio Lago com ruas limitantes e principais equipamentos. ............ 11
Figura 4: Imagens da situação atual da Praça Ocílio Lago ....................................... 12
Figura 5: Localização dos teatros em Teresina ......................................................... 23
Figura 6: Teatro Multifuncional Mont-Laurier ............................................................. 24
Figura 7: Planta de implantação do Teatro Multifuncional Mont-Laurier .................... 25
Figura 8: Planta de implantação do Teatro Multifuncional Mont-Laurier .................... 25
Figura 9: Planta baixa térreo com acessos do Teatro Multifuncional Mont-Laurier ... 26
Figura 10: Corte longitudinal do Teatro Multifuncional Mont-Laurier, com suas seções
..................................................................................................................................27
Figura 11: Configurações de layout do Teatro Multifuncional Mont-Laurier............... 28
Figura 12: Imagens das modificações nas seções do Teatro Multifuncional Mont-
Laurier ....................................................................................................................... 28
Figura 13: Teatro Multifuncional Mont-Laurier com pavimento técnico visível do salão
de eventos e observado de suas passarelas............................................................. 29
Figura 14: Teatro Multifuncional Mont-Laurier com destaque para a cobertura em
madeira laminada ...................................................................................................... 30
Figura 15: Contraste entre as paredes de vidro, os perfis metálicos pretos e a
cobertura de madeira com iluminação artificial no Teatro Multifuncional Mont-Laurier
..................................................................................................................................31
Figura 16: Teatro do Colégio Miguel Cervantes ........................................................ 32
Figura 17: Implantação do Teatro do Colégio Miguel Cervantes ............................... 33
Figura 18: Pátio Jardim e passagem coberta dando acesso ao Teatro do Colégio
Miguel Cervantes ...................................................................................................... 34
Figura 19: Foyer do Teatro do Colégio Miguel Cervantes ......................................... 34
Figura 20: Planta baixa do Teatro do Colégio Miguel Cervantes ............................... 35
Figura 21: Esquema de fluxos do Teatro do Colégio Miguel Cervantes .................... 36
Figura 22: Volumetria no Retrofit do Teatro do Colégio Miguel Cervantes ................ 36
Figura 23: Interior da sala de espetáculos do Teatro do Colégio Miguel Cervantes .. 37
Figura 24: Fotografia do Teatro 4 de setembro no início do século XX ......................39
Figura 25: Implantação do Teatro 4 de setembro ...................................................... 40
Figura 26: Planta baixa primeiro pavimento do Teatro 4 de setembro ...................... 41
Figura 27: Planta baixa segundo pavimento do Teatro 4 de setembro...................... 41
Figura 28: Planta baixa térreo com acessos do Teatro 4 de setembro...................... 42
Figura 29: Visão geral da volumetria e das fachadas do Teatro 4 de setembro ........ 43
Figura 30: Portas na fachada principal do Teatro 4 de setembro .............................. 43
Figura 31: Interior com visão a partir do palco do Teatro 4 de setembro................... 44
Figura 32: Localização da Praça Ocílio Lago e do bairro Joquéi ............................... 46
Figura 33: Abrangência do entorno analisado da praça Ocílio Lago ......................... 47
Figura 34: Principais vias de acesso para a praça Ocílio Lago ................................. 48
Figura 35: Mapa de usos do entorno da praça Ocílio Lago ....................................... 49
Figura 36: Mapa de gabaritos do entorno da praça Ocílio Lago ................................ 50
Figura 37: Planta Baixa da praça Ocílio Lago com Carta Solar e estudo de ventilação
..................................................................................................................................51
Figura 38: Análise de vegetação da praça Ocílio Lago ............................................. 52
Figura 39: À frente a vegetação esparsa em canteiros, e atrás vegetação densa na
praça Ocílio Lago ...................................................................................................... 53
Figura 40: Imagem com três tipos de piso da praça Ocílio Lago ............................... 53
Figura 41: Planta baixa da praça Ocílio Lago ............................................................ 54
Figura 42: Pichação e desgaste dos equipamentos da praça Ocílio Lago ................ 55
Figura 43: Quadro com recuos e usos da Zona Residencial 2 .................................. 56
Figura 44: Ângulo visual dos espaços destinados a PCD em teatros ....................... 56
Figura 45: Organograma do Teatro ........................................................................... 59
Figura 46: Fluxograma do Teatro .............................................................................. 60
6

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 7
2. JUSTIFICATIVA .................................................................................................... 8
3. OBJETIVOS ........................................................................................................ 14
3.1 GERAL... ..........................................................................................................14
3.2 ESPECÍFICOS ............................................................................................... 14
4. METODOLOGIA DA PESQUISA ........................................................................ 14
4.1 COLETA DE DADOS E INFORMAÇÕES ..................................................... 15
4.2 ELABORAÇÃO DA MONOGRAFIA.............................................................. 15
4.3 PROJETO ARQUITETÔNICO ....................................................................... 15
5. REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................. 16
5.1 CONCEITOS .................................................................................................. 16
5.2 CULTURA ...................................................................................................... 16
5.3 ESPAÇOS LIVRES ........................................................................................ 17
5.3.1 REQUALIFICAÇÃO URBANA ............................................................. 18
5.4 PANORAMA HISTÓRICO ............................................................................. 18
5.4.1 TEATRO E CULTURA NO MUNDO ..................................................... 18
5.4.2 TEATRO E CULTURA NO BRASIL ..................................................... 21
5.5 SITUAÇÃO ATUAL ....................................................................................... 22
6. ANÁLISE DE PROJETOS SEMELHANTES ....................................................... 23
6.1 INTERNACIONAL ......................................................................................... 24
6.2 NACIONAL .................................................................................................... 31
6.3 LOCAL.............................................................................................................37
7. DIAGNÓSTICO DO LOCAL................................................................................ 45
7.1 APRESENTAÇÃO DO LOCAL ..................................................................... 45
7.2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................ 46
7.3 ENTORNO ..................................................................................................... 47
7.4 ASPECTOS NATURAIS ................................................................................ 50
7.5 ASPECTOS ANTRÓPICOS........................................................................... 53
8. LEGISLAÇÃO ..................................................................................................... 55
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 57
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 61

APÊNDICES
APÊNDICE A – MEMORIAL DESCRITIVO E JUSTIFICATIVO
7

INTRODUÇÃO
A importância das atividades de lazer e cultura se faz presente para a
humanidade desde períodos históricos mais remotos, com gregos e romanos.
Entretanto, foi a partir da Primeira Revolução Industrial e com o advento das cidades
que foi marcada a grande separação entre meio rural e urbano, que a importância
dada a essas atividades cresceu em especial no que diz respeito à criação de
espaços adequados para sua prática pelos citadinos (SANTOS; ORTIGOZA, 2016).
A criação de locais para prática de lazer e cultura nas cidades transcende a
função de promover ocupação para as pessoas durante seus horários livres. Essa
prática, na verdade, engloba uma gama de benefícios para a comunidade produzindo
bem-estar social, convivência, desenvolvimento cultural e qualidade de vida, além de
benefícios para a própria cidade como a vitalidade e a urbanidade de seus espaços
(MARCELLINO, 2001).
Ao longo das décadas Teresina foi se expandindo juntamente com a ideia de
uma cidade composta por espaços livres, pois a medida que houve crescimento a
Norte, Sul, Leste e Sudeste, novas praças e parques foram surgindo. Segundo Lopes
et al. (2011), a partir de dados coletados na Secretaria do Meio Ambiente, a cidade
contava no ano de 2010 com cerca de 41 parques ambientais e 297 praças,
distribuídas por suas quatro zonas.
Verifica-se que diante da realidade atual marcada pela falta de manutenção e
cuidado, que esses espaços se tornaram marginalizados ocasionando esvaziamento
da população que os utilizavam. A violência, delitos, uso de drogas entre outras
mazelas da sociedade moderna, afastam as pessoas das praças desvalorizando o
patrimônio público e cultural que elas representam (SANTOS; ORTIGOZA, 2017).
Cabe destacar como exemplo desse processo de marginalização e abandono a praça
Ocílio Lago localizada na zona Leste da capital, objeto de estudo do presente projeto.
A metodologia utilizada terá aporte teórico e prático, por meio de pesquisas
bibliográficas com autores que abordem sobre os cenários culturais, de espaços livres
e da cidade de Teresina. Os estudos servirão de base para o desenvolvimento de um
projeto arquitetônico, que como resultado propõem um espaço livre urbano dotando
seus usos com cultura e lazer para que a população crie relação de pertencimento ao
local.
Apesar da expansão e criação de novas áreas livres de lazer ocorrerem
juntamente com a expansão da cidade, o mesmo fato não foi expressivo com relação
8

aos espaços culturais. Segundo Santos e Ortigoza (2016), criados de forma pontual e
tímida, os locais destinados à vivência da cultura como teatros, anfiteatros, complexos
culturais e museus são cada vez mais raros e menos valorizados como forma de
edificação para o espaço urbano de Teresina.
Diante dessa temática, o projeto de pesquisa aborda conceitos da arquitetura
e do urbanismo, que se relacionam com a praça e o teatro, o primeiro como um espaço
livre de lazer e o segundo como um espaço arquitetônico de cultura. Dessa forma,
pretende-se desenvolver para a cidade de Teresina-PI, um projeto que integre um
espaço livre existente com a criação de um teatro, destinado ao desenvolvimento da
cultura local.
Assim, a ideia de trazer o teatro como espaço cultural para a praça Ocílio Lago
se baseia na intenção de valorizar um espaço livre da cidade de Teresina, agregando-
lhe um novo uso e ressaltando a importância da construção de espaços culturais para
a população teresinense, cuja memória se baseia em uma cidade repleta de vitalidade
e cultura em suas praças, a exemplo do complexo cultural formado na praça Pedro II,
no centro da cidade, que agregou durante muito tempo uma vida cultural ativa com o
Teatro 4 de setembro e o Cine Rex, esse último em desuso.

2. JUSTIFICATIVA
A cidade de Teresina nasceu em 1852 na chapada do Corisco e às margens
do Rio Parnaíba, planejada para ser a nova capital do estado do Piauí. O local foi
escolhido, entre outros fatores, devido à sua topografia favorável e à sua localização
estratégica que contribuiria para as relações comerciais e políticas do estado. O
traçado que deu origem a cidade é constituído de uma malha ortogonal, conhecida
como “tabuleiro de xadrez”, surgido sob influências do traçado urbanístico tradicional
utilizado nas colônias portuguesas (MACHADO et al., 2015).
A sua formação foi marcada pela presença de espaços livres, em especial as
praças, presentes desde a planta original da cidade, representadas pelos vazios em
meio as quadras desse característico traçado em “tabuleiro de xadrez” (Figura 01)
(SILVA; LOPES; LOPES, 2011). Devido à presença dessas praças e de uma marcante
arborização das ruas, Teresina ficou conhecida como “cidade verde”, denominação
realizada pelo poeta Coelho Neto (SANTOS, 2015).
9

Figura 1: Mapa do traçado original da cidade, com espaços destinados às


praças em verde

Fonte: MACHADO, et al., 2015.

Sobre as praças no processo de formação da capital, Machado et al. Aborda


que:
[...] A praça está vinculada à formação da cidade, desempenhando o papel
de marco urbano, os edifícios públicos estariam dispostos no entorno dela,
que no caso de Teresina seria a Praça Marechal Deodoro da Fonseca. A
característica principal observada no processo de formação das praças e dos
conjuntos urbanos coloniais é sua pluralidade de funções como o caráter
cívico, religioso e comercial [...]. (MACHADO et al., 2015, p. 6).

Os locais destinados à construção de praças, primeiramente tornaram-se


apenas terrenos baldios. Após sua fundação, com o passar dos anos, os gestores
voltaram seus olhos para esses espaços percebendo não só a importância de
estruturar os existentes, como também de expandi-los, tendo em vista as rigorosas
condições climáticas da cidade (SILVA; LOPES; LOPES, 2011).
Durante o período de formação, Teresina foi ocupada rapidamente chegando a
ter 8.000 habitantes após apenas dois anos de fundação. A primeira expansão do
traçado original ocorreu para Norte e em seguida para Sul, devido a condições
geográficas favoráveis e a abertura de novas vias. Para leste, a cidade possuía
como barreira geográfica o Rio Poti. Devido a isso acabou sofrendo expansão tardia,
apenas em 1958, quando o pontão pluvial existente deu lugar a uma ponte de
cimento (LIMA, 2002).
10

Outro fato relevante para a expansão da zona leste foi a criação do Jockey
Clube, uma importante opção de lazer que fomentou a ocupação urbana da região
com a criação de loteamentos aonde antes possuía apenas fazendas (LOPES et al.,
2011). As atrações que ocorriam no Jockey Clube, como a corrida com cavalos de
raça que vinham de outros países, atraiu famílias que passaram a habitar nessa área
devido a difusão da ideia de morar na zona leste por status social e econômico (LIMA,
2002).
Atualmente, a zona leste é uma região consolidada e ainda em extrema
expansão, tanto por loteamentos no extremo leste quanto pela verticalização nos
bairros de maior especulação imobiliária. Com população de 167.443 habitantes de
acordo com o último censo de 2010, a região possui 27 bairros, 11 parques ambientais
e 51 praças (LOPES et al., 2011). É nessa região, mais precisamente no bairro Joquéi,
local em que a ocupação da região se iniciou, que está localizada a Praça Ocílio Lago
(Figura 02), objeto de estudo para o desenvolvimento do presente projeto de pesquisa.
Figura 2: Mapa de Tresina com a localização da zona Leste, do Bairro Jóquei e da Praça.

Fonte: GOOGLE EARTH, 2018 – Adaptado pela autora, 2018.

Com área de aproximadamente 9.300 m², ocupando todo um quarteirão com


testadas variando entre 80 e 100 metros, a Praça Ocílio Lago localiza-se entre as ruas
Anfrísio Lobão (a norte), Angélica (a leste), Orquídeas (a oeste) e Marcolino Rio Lima
(a sul) (Figura 03). Pouco conhecida por seu nome oficial, a praça recebe a
denominação popular de “Praça dos Skatistas”, por abrigar a primeira pista de skate
pública do estado.
11

Figura 3: Praça Ocílio Lago com ruas limitantes e principais equipamentos.

Fonte: GOOGLE EARTH, 2018 – Adaptado pela autora, 2018.

A praça também possui uma edificação que abrigou durante muitos anos a sede
da Fundação Nacional do Humor, além de palco, quadra de esportes, bancos, entre
outros equipamentos urbanos. Sua última reforma é datada do ano de 2007 e em 2015
ela foi contemplada com o programa “WIFI Fácil” da prefeitura, com a instalação de
pontos de internet gratuita para seus usuários (SEMPLAN, 2016).
O lazer promovido pelo Skate e a cultura presente na Fundação Nacional do
Humor, foram características marcantes na história da praça. A Fundação foi um local
de destaque que mantinha exposto um acervo cultural do estado, sendo palco também
de manifestações culturais e artísticas promovidas pelo evento “Salve Rainha”.
Por outro lado, com relação ao lazer, segundo Santos e Ortigoza (2017), há
uma grande importância dada atualmente para atividade física, destacada por sua
crescente procura não só pelo futebol, mas também por outras modalidades que estão
surgindo como a prática do Skate.
Sobre a prática do Skate na cidade de Teresina, Pinto e Bomfim relatam que
os Skatistas são:

[...] um grupo que surgiu recentemente em Teresina- PI, mas


especificadamente no ano de 2001 e têm por objetivo principal criar
12

oportunidades de diversão e construção de amizades entre as/os jovens que


praticam esse esporte agregando jovens de diferentes faixas etárias e
classes sociais. O esporte consiste em superar obstáculos a partir de saltos
e concentração em cima de um skate (prancha com duas rodas) (PINTO;
BOMFIM, 2012, p. 6).

Devido à falta de manutenção de seus espaços, a Praça Ocílio Lago atualmente


se encontra marginalizada, depredada e abandonada (Figura 04). A edificação que
outrora abrigara a Fundação Nacional do Humor está abandonada, contribuindo para
a ocupação de usuários de drogas e para a prática de violência e delitos. Tal situação
provoca esvaziamento do local público, a população se sente coibida a praticar
atividades culturais e de lazer que antes tornavam a praça um espaço urbano com
vitalidade.
Figura 4: Imagens da situação atual da Praça Ocílio Lago.

Fonte: Acervo pessoal, 2018.

A intenção da implantação de um novo espaço cultural para a Praça Ocílio Lago


surge da importância que esse espaço representou para a sociedade teresinense
outrora. Além desse resgate de memória da praça, é importante ressaltar que apesar
da zona leste dispor de 51 praças, o bairro Jóquei possui apenas três (Ocílio Lago,
Cel. Pedro Borges e Arimatéia Tito Filho) (SEMPLAN, 2018), sendo de fundamental
importância à requalificação desse espaço público para a população local.
Ao observar os tipos de equipamentos urbanos existentes na zona leste, nota-
se que há uma priorização dos espaços de lazer esportivo em detrimento dos espaços
de lazer cultural, pois a quantidade de campos de futebol, quadras de esportes e
13

ginásios, é bem superior à de espaços culturais (SANTOS, 2015).


Segundo Santos (2015), a partir de um levantamento feito pela Prefeitura
Municipal de Teresina em 2013, a zona leste não conta com nenhum espaço público
cultural. Entretanto, a partir de uma catalogação realizada por Serroni (2002), foi
considerada a Concha acústica do Espaço Cultural Noé Mendes, de propriedade da
Universidade Federal do Piauí no bairro Ininga, e a Sala Madre Escobar, de
propriedade privada no bairro Noivos, como espaços culturais na zona leste da cidade.

A Concha acústica do Espaço Noé Mendes é de utilização para fins da


Universidade Federal do Piauí e a Sala Madre Escobar é de propriedade privada,
assim, os dois espaços acabam não suprindo a lacuna cultural que existe para o
público residente na zona leste. Ademais, não há nenhum teatro disponível para a
população da região. De acordo com Santos e Ortigoza, o lazer cultural de Teresina,
em especial dos teatros, ainda está concentrado em algumas regiões:
No que diz respeito ao lazer cultural, a Zona Centro da cidade de Teresina
ainda continua polarizando os espaços culturais, que são principalmente
aqueles construídos no começo da urbanização da cidade. Outros
equipamentos foram surgindo, mas de forma pontual, em outras zonas da
cidade, como o Teatro João Paulo II, zona Sudeste e Teatro do Boi, zona
Norte; no entanto, este tipo de lazer ainda não é acessível a grande parte da
população (SANTOS; ORTIGOZA, 2017, p. 14).

No mundo contemporâneo a importância da cultura tem sido muito enfatizada,


adquirindo cada vez mais um papel significativo na vida social das pessoas. Tamanha
sua importância que a palavra em si, “cultura”, abrange várias linhas do saber artístico
englobando tudo aquilo que é produzido a partir da inteligência do ser humano. A
cultura também está diretamente atrelada a história de um povo (MOREIRA;
CANDAU, 2003).
A Fundação Nacional do Humor foi uma importante instituição que mantinha
um acervo cultural e de memória piauiense, e, levando-se em conta a importância da
cultura para toda a humanidade e dessa praça que representou um elemento cultural
tão forte em Teresina, despertando a apropriação do espaço público por um grupo
artístico-cultural da Fundação e de outro grupo esportivo como os skatistas, que
nesse contexto a praça Ocílio Lago foi escolhida para o desenvolvimento do presente
projeto. As praças são consideradas um bem público para as cidades, por
possuírem acessos livres e funções que contribuem para o desenvolvimento de
atividades físicas e mentais da população. Espaços livres de uso público, em
especial praças e locais para prática de cultura e arte, possuem grande
importância para a vida urbana
14

(LOPES; SOUSA; ALVES, 2007).


A vida útil de um determinado espaço livre urbano encontra-se diretamente
atrelada a possibilidade de apropriação pelo seu usuário. Quanto mais e melhor a
apropriação, considerando que sua manutenção deve ser realizada constantemente,
maior será a aceitação social e a durabilidade do espaço público (MACEDO, 1995).
De acordo com Lopes, Sousa e Alves (2007), um espaço livre bem resolvido,
com um programa de necessidades que atenda aos interesses da população usuária,
bem como uma boa manutenção de suas instalações físicas, traz consigo uma
sensação de pertencimento ao local consequentemente prolongando sua vida útil.
Diante disso, propõe-se para tema do Trabalho Final de Graduação o
desenvolvimento do projeto arquitetônico de um Centro cultural na Praça Ocílio Lago,
a fim de que o espaço resgate sua vitalidade a partir de novos usos de caráter
esportivo, artístico e cultural.

3. OBJETIVOS
3.1 GERAL

Desenvolver um projeto arquitetônico de um Centro Cultural integrado à praça


Ocílio Lago, na cidade de Teresina, Piauí.

3.2 ESPECÍFICOS

 Compreender aspectos técnicos e culturais pertinentes ao projeto a ser


realizado.

 Desenvolver proposta de criação de um teatro integrado à praça Ocílio Lago.

 Criar espaços de convivência e recreação na proposta arquitetônica a ser


desenvolvida.

4. METODOLOGIA DA PESQUISA
O desenvolvimento metodológico da pesquisa se dará por meio de duas
etapas, a primeira de caráter teórico e a segunda de cunho prático. Na primeira será
realizada coleta de informações teóricas de conceitos e definições, pertinentes ao
estudo que servirão de aporte teórico para desenvolvimento da monografia. A
segunda etapa, a partir da base teórica coletada, será colocado em prática o
15

conhecimento adquirido para a elaboração de um projeto arquitetônico.

4.1 COLETA DE DADOS E INFORMAÇÕES


Inicialmente será realizado levantamento de dados e visita in loco para
diagnosticar os anseios da população local quanto aos usos e atividades que são mais
atrativas para o desenvolvimento cultural e de lazer da região, pesquisando também
características e dados da cidade de Teresina-PI quanto a cultura e ao lazer.

4.2 ELABORAÇÃO DA MONOGRAFIA


Para desenvolvimento da monografia será realizada uma pesquisa bibliográfica
aprofundada utilizando-se de meios como livros, enciclopédias, artigos científicos, leis,
normas, revistas, jornais, teses e dissertações, necessárias para fundamentação
teórica acerca do tema.
Posteriormente, serão realizados estudos de caso a nível regional/local,
nacional e internacional na tipologia de teatro e espaço cultural, a fim de que possam
servir como referência para o desenvolvimento do projeto. Finalizando essa etapa,
será realizado o estudo do local onde será implantado o projeto, a praça Ocílio Lago,
analisando legislação municipal, condições climáticas, entorno urbano e vias de
circulação e acesso, entre outros aspectos pertinentes para auxiliar na elaboração do
projeto.

4.3 PROJETO ARQUITETÔNICO

A última etapa será colocar em prática todos os conceitos estudados, na


elaboração de um projeto arquitetônico. Nesta etapa serão desenvolvidos conceito,
partido, programa de necessidades, fluxograma, volumetria, zoneamento, planta
baixa, cortes, fachadas e maquetes eletrônica. Correspondendo a caracterização
escrita do projeto, também serão elaborados os memoriais justificativo e descritivo.
As atividades foram detalhadas nos quadros 01 e 02, de maneira que é
cronometrado o período de execução de cada uma.
16

5. REFERENCIAL TEÓRICO
5.1 CONCEITOS

No presente referencial teórico serão abordados alguns conceitos pertinentes


ao desenvolvimento do trabalho, além do panorama histórico dos teatros e espaços
culturais como uma tipologia arquitetônica. Estudar a história dos espaços culturais se
faz importante como ferramenta para resgatar a memória dos mesmos e entender
aspectos gerais de como foram concebidos e de sua evolução ao longo do tempo. Por
fim, será estudada a situação atual desses espaços que existem no local de estudo,
a cidade de Teresina-PI.

5.2 CULTURA
A cultura se encontra no centro de muitas discussões e debates atuais devido
a sua importância para a sociedade. E essa importância sempre existiu possuindo
grande reconhecimento pelas ciências sociais e humanas (HALL, 1997). No mundo
contemporâneo ela vem sendo enfatizada por diversos autores, pois no pensamento
pós-moderno ela pode agregar diversos tipos de expressões oriundas da
globalização. Segundo Moreira e Candau (2003, p.158), “hoje tudo mesmo chega a
ser visto como cultural”.
De acordo com Hall (1997, p.16) cultura é “estudo das linguagens, a literatura,
as artes, as ideias filosóficas, os sistemas de crença morais e religiosos”, pois embora
possam parecer “um conjunto diferenciado de significados”, na verdade todos
compõem o que se chama de cultura para a humanidade.
Cultura pode ser conceituada também como os costumes e o modo de vida que
cada civilização carrega em relação ao mundo a sua volta. Isto é, cultura é “a
propriedade distintiva do agrupamento social humano, que compreende valores,
crenças, normas e bens materiais característicos de um determinado grupo ou
sociedade” (CULTURA, 2009, p. 1726).
Nesse campo, uma forma de expressar a cultura dando-a um caráter público é
a partir das artes cênicas, da cenografia nos locais de espetáculo como os teatros.
Podemos definir teatro a partir de sua origem grega na palavra théatron, que significa
o lugar onde se assiste a um espetáculo. Desse modo, podemos conceituá- lo como
um local que se destina a apresentação de dramaturgia, coreografias, danças, textos
ou músicas (TEATRO, 2009).
17

5.3 ESPAÇOS LIVRES


São muitas as palavras que podem ser utilizadas para definir o conceito de
“Espaços livres”. De um modo genérico, pode ser definido como espaços que não
estão contidos entre paredes e tetos de edificações que a sociedade constrói para
morar, trabalhar e etc (MACEDO, 1995). Aprofundando um pouco mais esse conceito,
considerando o contexto urbano, têm-se que espaços livres são:
[...] todas as ruas, praças, largos, pátios, quintais, parques, jardins, terrenos
baldios, corredores externos, vilas, vielas e outros mais por onde as pessoas
fluem no seu dia-dia em direção ao trabalho, ao lazer ou à moradia ou ainda
exercem atividades específicas tanto de trabalho, como lavar roupas (no
quintal ou no pátio), consertar carros, etc., como de lazer (na praça, no play-
ground, etc.) (MACEDO, 1995, p. 16).

De um modo geral a atividade de lazer é amplamente associada aos espaços


livres. Porém como se pode perceber pela definição de espaços livres por Macedo, o
lazer é apenas uma função de muitas que podem se atrelar a esses espaços.
Podemos definir lazer, de acordo com Dumazedier (2008), como atividades que um
indivíduo pode desenvolver livremente, seja para repouso, recreação, diversão,
entretenimento, formação e informação.
Como ramificação dos espaços livres, existe a definição de espaços de lazer,
que segundo Macedo se caracteriza como:
Todo e qualquer espaço livre de edificação destinado prioritariamente ao
lazer, seja ele ativo, isto é uma área para jogos e brincadeiras ou
contemplativo, isto é, áreas dotadas de um valor cênico/paisagístico
expressivo em cujo interior do cidadão apenas passeia a pé, montado ou de
carro, contemplando o cenário que se descortina ante seus olhos. Todos os
parques, praias e praças urbanos estão englobados dentro deste conceito [...]
(MACEDO, 1995, p. 20).

Considerada um espaço livre e de lazer, a praça pode ser definida como espaço
de convívio entre pessoas, e entre pessoas e a natureza, que contribui para a
formação da sociedade e para o acontecimento de importantes movimentos culturais,
sociais e políticos (SILVA; LOPES; LOPES, 2011).
Em relação a importância das praças para o contexto urbano, Santos e Ortigoza
abordam que:

A praça é um importante espaço público na cidade; ao longo do tempo, ela


foi adquirindo novas funções, além do convívio social, circulação, cenário,
contemplação, uso militar, religioso, comércio, serviços. Na atualidade, as
praças incorporam novas formas de lazer como lazer esportivo e o lazer
cultural (SANTOS; ORTIGOZA, 2016, p. 11).
18

5.3.1 REQUALIFICAÇÃO URBANA


Preocupações com o espaço urbano e as cidades ganharam grande visibilidade
no século XX, mais precisamente na segunda metade dos anos 80, diante dos novos
paradigmas que surgiram com o desenvolvimento urbano. Promover iniciativas que
tornem as cidades elementos mais coesos e mais atrativos, foram um dos desafios
que surgiram nessa época e que avançaram até a atualidade (SILVA, 2011).

Nesse sentido surge o conceito de requalificação urbana como uma estratégia


do planejamento urbano que visa a melhoria da qualidade de vida nos ambientes das
cidades, articulando e integrando vários aspectos como a habitação, a cultura, a
convivência social e a mobilidade (SILVA, 2011).
Análogo à requalificação urbana, se torna oportuno também destacar o
conceito de reabilitação urbana, onde Moreira define como:
[...] o processo de transformação do espaço urbano, compreendendo a
execução de obras de conservação, recuperação e readaptação de edifícios
e de espaços urbanos, com o objetivo de melhorar suas condições de uso e
habitabilidade [...] (MOREIRA, 2007, p. 118).

5.4 PANORAMA HISTÓRICO


5.4.1 TEATRO E CULTURA NO MUNDO
Desde os primórdios históricos os homens se reuniam para encenar, ou seja,
transformar-se em algo que para eles ajudaria na caça e perante as suas divindades.
No Egito antigo também há registros de manifestações teatrais em alguns rituais
realizados por sacerdotes que serviam para contar as histórias dos deuses para seu
povo (BERTHOLD, 2011).
Existem algumas divergências quanto à origem do Teatro, mas todas elas estão
são ligadas a manifestações religiosas. Apesar de conter informações históricas sobre
rituais como apresentações teatrais no primitivismo, no Egito antigo e também relatos
sobre o teatro na China antiga utilizado pelo Budismo, a teoria ocidental mais aceita é
que a Grécia foi o berço do teatro, foi quando este alcançou maior representatividade
(MARTINS; TAMANINI, 2005).
O teatro grego se iniciou com o culto a deuses, em especial a Dionísio que por
ser o foco de muitas apresentações acabou tornando-se para o povo o “Deus do
Teatro” (BERTHOLD, 2011). Com o passar dos anos a arte de representar ficou mais
organizada e foram surgindo os atores e seus papéis. O teatro grego passou assim a
se dividir em dois gêneros principais: a comédia e a tragédia, sendo a segunda mais
19

difundida (MARTINS; TAMANINI, 2005).


A composição básica do espaço cênico grego, de acordo com Almeida, é
formada:
[...] originalmente pelo theatron, a orchestra e a skéne. O theatron – lugar de
onde se vê – constituído por degraus em semicírculo no aclive de uma colina
e por isso com excelente acústica natural. A orchestra, onde o coro atua,
nasceu do espaço circular primordial em areia, tendo em seu centro o
thymele, um altar de pedra. A skéne, a cena, era originalmente uma tenda
onde os atores trocavam de roupa [...] (ALMEIDA, 2013, p. 1-2).

Com a grande evolução nas apresentações teatrais, os teatros que até o final
do século V eram feitos de madeira, passaram a ser edificados em estruturas de
pedra, demonstrando a importância dessa edificação para o povo grego (BERTHOLD,
2011). O espaço cênico do teatro grego foi o grande modelo para o desenvolvimento
do teatro romano, que surgiu logo em seguida.
Apesar de também iniciar sua trajetória por meio do caráter religioso, o teatro
romano tomou uma vertente diferente da adotada pelo teatro grego, preferindo as
comédias ao invés das tragédias, utilizando o teatro como grande meio de
divertimento (ALMEIDA, 2013).
A grande inovação do espaço cênico romano em relação ao grego, e utilizado
até os dias de hoje foi o pano de boca, que consiste em painéis de tecidos móveis
fixados no teto que serviam para esconder o que havia ali antes do início do
espetáculo, posteriormente sendo baixados para um estreito fosso na frente do palco
(BERTHOLD, 2011).
Conhecidos como Anfiteatros, um dos espaços cênicos romanos mais
representativos é o Coliseu, em formato elíptico com seus três pavimentos de
arquibancada sustentados por abóbodas e por colunas que se diferenciam por estilo
a cada pavimento. Com o declínio do império romano, o teatro também perdeu sua
representatividade, iniciando a Idade Média com a força das manifestações teatrais
retomando seu caráter religioso (BERTHOLD, 2011).
O espaço cênico da Idade Média se iniciou dentro das catedrais, depois para
os seus pórticos de entrada, posteriormente migrando para os espaços públicos como
adros e praças, o que marcou a fase mais importante dessas manifestações na época
(ALMEIDA, 2013). A retomada da glória que existia no teatro ocorreu com o
Renascimento, justamente pela intenção que existia nesse período histórico de se
resgatar a Roma antiga (BERTHOLD, 2011).
A grande contribuição desse período para a história dos teatros foi a criação da
20

perspectiva, representada nos efeitos que davam aos seus cenários. Foi desenvolvido
também um complexo maquinário utilizado nos espetáculos. O maior representante
da edificação teatral dessa época foi o Teatro de Olímpico de Vicenza, projetado por
Palladio. Inspirado no formato dos clássicos, é um teatro fechado que por isso se
destaca com sua privilegiada acústica (BERTHOLD, 2011).
No Barroco, as salas de espetáculo se difundiram pelos palácios, marcado pelo
status que as artes cênicas representavam. Foi a época também que se destacaram
as famosas óperas, trazendo a música como centro dos espetáculos. Seguindo a
concepção italiana, o teatro barroco adotou o modelo de palco em ferradura,
extremamente difundido e aplicado nas edificações teatrais até os dias de hoje
(ALMEIDA, 2013).
A Revolução Industrial trouxe para o cenário teatral uma nova realidade. Com
o grande fluxo migratório ocasionando o advento das cidades, surgiu a necessidade
da criação de mais espaços de lazer e culturas que pudesse atender a essa população
urbana. Juntamente com o surgimento do trem a vapor, veio o descobrimento do ferro,
material que marcou a era conhecida como a arquitetura do ferro e do vidro,
produzindo obras arquitetônicas para grandes exposições mundiais, como a Torre
Eiffel (GYMPEL, 2001).
Desenvolvida essa nova técnica construtiva, os espaços cênicos do Ecletismo
sugiram com grandes vãos proporcionados pelas estruturas metálicas como
destaque. O teatro passou a ser visto como um monumento, onde em Paris foi
edificado seu maior exemplo, a Ópera de Garnier, potencializando sua importância a
partir das intervenções urbanas de Haussmann. A Ópera era o monumento símbolo
da Avenue de l‟Opéra (CARDOSO; LIMA, 2010).
Chegando ao século XX, as experiências cênicas foram influenciadas pelos
movimentos artísticos que se desenvolveram nesse início de século, envolvendo uma
forte presença de iluminação cênica e da expressão em fotografia (ALMEIDA, 2013).
Outro importante movimento desse século que enfatizou o teatro foi a escola
alemã Bauhaus, criada por Walter Gropius. Uma importante proposta de teatro da
época, apesar de não ter sido edificada, foi o Teatro Total pelo próprio Walter Gropius
(RODRIGUES, 2009).
Seguindo a linha da Bauhaus de que a forma deve seguir a função, o Teatro
Total propõe que deve haver uma grande interação entre o público e os atores, e que
o arquiteto pode projetar um teatro de três maneiras: estilo italiano com a plateia
21

disposta ao visualizando o palco de frente, estilo teatro grego antigo com palco circular
a plateia mais próxima rodeando-o, e estilo teatro de arena com o palco centralizado
(CARDOSO; LIMA, 2010).

5.4.2 TEATRO E CULTURA NO BRASIL


Muitas foram as influências e tipologias de teatro que surgiram ao longo da
história mundial. No Brasil, o teatro tem seu início quando os Portugueses chegaram
no século XVI, difundido pelos Jesuítas com a intenção de catequisar os índios para
a nova religião Católica. O teatro brasileiro propriamente dito veio se estabilizar em
meados do século XIX, com a vinda da família real para o Brasil influenciando
melhorias para o país como a criação de vários teatros (MARTINS; TAMANINI, 2005).
Após a independência, seguindo a linha da escola de Belas-Artes na França, o
neoclassicismo no edifício do teatro foi adotado como influência para o Brasil. Um
grande exemplo dessa linha é o Teatro de Santa Isabel no Recife, de 1850. Com o
ciclo econômico da borracha e a transição para o Ecletismo, o Teatro Amazonas em
Manaus, apesar de possuir elementos clássicos é coroado com uma grande cúpula,
elemento característico do estilo Eclético nos teatros brasileiros (CARDOSO; LIMA,
2010).
Para alguns estudiosos a origem do teatro brasileiro é definida com o ato oficial
de inauguração de um edifício teatral, que objetivava acolher a produção da elite, mas,
na verdade, funcionava como um símbolo da presença da Corte portguesa no Brasil,
em 1808. Após a chegada de D. João no Brasil, ele ordenou que fosse construído o
teatro real São João no Largo do Rossio, em 1813 (RABETTI, 2007).
E a partir daí o Ecletismo chegou com força total no Brasil, trazendo consigo as
inovações tecnológicas com o uso das estruturas metálicas, se difundindo
rapidamente, também inovando tecnicamente com estudos de visibilidade, conforto
térmico e tratamento acústico. Como exemplo de projeto tecnicamente adequado
oriundo desses estudos possuímos o Teatro Municipal do Rio de Janeiro, e o Teatro
José de Alencar em Fortaleza como maior exemplar da arquitetura do ferro
(CARDOSO; LIMA, 2010).
Por volta de 1930 as Influencias do Movimento Moderno chegaram ao Brasil.
Abandonando o Ecletismo, a geometrização de uma arquitetura futurista foi difundida
inspirada no Arte Decó. A exemplo, o Teatro São Caetando do Rio de janeiro foi
reformado abandonando a fachada eclética para adotar elementos Arte Decó, com
22

uma fachada escalonada, painéis de vidro e uma grande ênfase na iluminação artificial
(CARDOSO; LIMA, 2010).
Em relação a produção teatral contemporânea brasileira, destaca-se o arquiteto
Oscar Niemeyer por suas formas plásticas e inusitadas, quebrando as formas
clássicas, transformando o próprio espaço arquitetônico em um espetáculo criado pela
plasticidade e pela iluminação (CARDOSO; LIMA, 2010).

5.5 SITUAÇÃO ATUAL


Diante do levantamento das salas de espetáculo no Brasil, concluiu-se que
cerca de 90% delas possui a conformação italiana de palco e plateia herdada
historicamente da Europa (SERRONI, 2002). Esse também é o retrato encontrado em
Teresina e no estado do Piauí, com seus poucos exemplares de teatro que
começaram a surgir ao fim do século XIX acompanhando as tendências do
progressismo europeu e dos ideais republicanos (SANTOS; ORTIGOZA, 2016).
O teatro em Teresina foi considerado, assim como o telégrafo, um símbolo da
modernidade da capital além de possuir um caráter de status social. Foi nesse período
também que muitos espaços públicos passaram a ser valorizados, a exemplo da
Praça Pedro II que incorporou o Teatro 4 de setembro em 1894 e o Cine Rex em 1939,
causando grande movimentação cultural na cidade (SANTOS; ORTIGOZA, 2016).
Atualmente o interior do Piauí possui teatros nas cidades de: Esperantina, o
Teatro Municipal Diniz Chaves, com capacidade para 300 lugares; Floriano, o Espaço
Cultural Maria Bonita, para 194 lugares; José de Freitas, o Teatro Municipal Antônio
Portela Lima, com 250 lugares; Oeiras, o Cine-teatro de Oeiras, com 200 lugares;
Parnaíba, o auditório Benedicto Correia com 400 lugares e o Teatro Antônio Oliveira
dos Santos com 194 lugares; e Piripiri, o Auditório do Memorial Embaixador Expedito
Rezende, com 200 lugares. Todos eles são caracterizados pela tipologia italiana
(SERRONI, 2002).
Na Capital, existem dois teatros que são na tipologia arena: a Concha Acústica
do Espaço Cultural Noé Mendes com capacidade para 1.500 lugares, na região leste
da cidade, e o Teatro de Arena de Teresina, com capacidade para 540 lugares,
localizado na praça Marechal Deodoro no Centro (SERRONI, 2002).
Todos os demais são na tipologia italiana: Sala Madre Escobar para 200
lugares na região leste; Teatro do Boi para 200 lugares na região norte; Teatro 4 de
setembro para 560 lugares no bairro Centro (SERRONI, 2002); Cine-teatro da
23

assembleia legislativa para 286 lugares na região centro-norte; Teatro João Paulo II
para 313 lugares na região sudeste; e o Cine-teatro do Centro de convenções, na
região centro-norte atualmente fechado para reformas com previsão de 1.200 lugares.
Com um total de oitos espaços culturais na cidade (Figura 05), um deles
encontra-se fechado para reforma a muitos anos (Cine-teatro do Centro de
Convenções) e outro é de propriedade privada (Sala Madre Escobar).
Figura 5: Localização dos teatros em Teresina

Fonte: GOOGLE EARTH, 2018 – Adaptado pela autora, 2018.

Teresina atualmente possui um déficit de espaços culturais públicos para sua


população. Outro agravante para essa deficiência é a concentração desses espaços
na região centro-norte, como pode ser observado, e a baixa capacidade para público,
com exceção da Concha Acústica do Espaço Cultural Noé Mendes, o que limita o
alcance dos eventos culturais em uma capital que hoje caminha para 1 milhão de
habitantes.
6. ANÁLISE DE PROJETOS SEMELHANTES

Serão realizados três estudos de caso de teatros como referência para o


desenvolvimento do projeto. A partir de uma análise crítica, serão abordados seus
pontos negativos e positivos, que devem ser levados em consideração para o futuro
teatro a ser desenvolvido. Os três exemplos encontram-se divididos em três contextos:
internacional, nacional e local.
24

6.1 INTERNACIONAL
O projeto internacional que será analisado é o Teatro Multifuncional Mont-
Laurier (Figura 06), projetado pelo escritório de arquitetura Les architectes FABG. O
teatro está localizado em um pequeno povoado nas montanhas Laurentian, o Mont-
Laurier, à 250 km ao noroeste de Montreal na província de Quebec, Canadá. O
escritório, situado em Montreal, conta com três arquitetos (André Brodeur, Eric
Gauthier e André Lavoie), experiência no desenvolvimento de outros teatros e centros
culturais, além de um extenso histórico de premiações nacionais (FAGB, 2018).
Figura 6: Teatro Multifuncional Mont-Laurier

Fonte: FAGB, 2018.

Com o projeto datado de 2015, o teatro possui área total de 3.500 m².
Implantado em um local de topografia elevada, próximo a orla sul do rio Lievre, o teatro
encontra-se entre duas importantes construções do povoado: a catedral e a escola
pública (Figura 07 e 08) (DELAQUA, 2016). Alongado em relação ao eixo
nordeste/sudoeste, o teatro conta com estacionamentos em toda sua extensão e uma
setorização bem definida. Por se tratar de uma cidade de clima frio, o alongamento
em relação a esse eixo favoreceu a insolação nas suas aberturas, em especial nas
salas destinadas a serviços de elenco e salas de aula, voltadas para oeste.
25

Figura 7: Planta de implantação do Teatro Multifuncional Mont-Laurier

Fonte: DELAQUA, 2016 – Adaptado pela autora, 2018.

Figura 8: Planta de implantação do Teatro Multifuncional Mont-Laurier

Fonte: DELAQUA, 2016 – Adaptado pela autora, 2018.

Diante da análise é possível setorizar o teatro em três zonas principais: a área


destinada ao público, a área destinada ao elenco de apresentação e a administração.
Além de cada um desses setores possuir seu acesso próprio, o Teatro Multifuncional
Mont-Laurier ainda conta com mais dois acessos, sendo um deles nas docas, para
carga e descarga de caminhões, e o outro uma entrada posterior, que dá acesso a um
corredor interligando as três zonas principais e às salas de entretenimento, locais
destinado a prática de atividades artísticas, como aulas de teatro, ballet, música, entre
outras funções culturais (Figura 09).
26

Figura 9: Planta baixa térreo com acessos do Teatro Multifuncional Mont-Laurier

Fonte: DELAQUA, 2016 – Adaptado pela autora, 2018.

O programa de necessidades surgiu do histórico local, diante da necessidade


que a sociedade do povoado possuía de um espaço polivalente para eventos, feiras,
artes, amostras, entre outros. Essa preocupação com a polivalência do espaço se fez
traduzir nas diretrizes do concurso público que foi aberto para a escolha de um projeto,
refletido também na principal característica do projeto vencedor do escritório Les
architects FAGB: a multifuncionalidade (DELAQUA, 2016).
O teatro multifuncional Mont-Laurier possui uma capacidade de público variável
de 270 a 700 acentos disponíveis. Essa variação de capacidade torna o espaço
dinâmico para receber diversos tipos de eventos, desde apresentações tradicionais
de teatro, às atuações escolares e até mesmo concertos, feiras de negócios,
exposições de artes e uma infinidade de possibilidades (SHUSTER,2015).
A dinamicidade desse local se dá por mecanismos de reconfiguração do
espaço que é dividido em três seções. A seção mais próxima do palco, consiste em
uma plataforma hidráulica com acentos que deslizam sobre trilhos. Já a seção central,
possui acentos telescópios que se retraem a fim de proporcionar espaço adicional. A
última seção, um mezanino que contém 184 acentos, também pode ser modificado
27

com a colocação ou retirado do guarda-corpo, de acordo com a necessidade de


espaço do evento (Figura 10) (DELAQUA, 2016).
Figura 10: Corte longitudinal do Teatro Multifuncional Mont-Laurier, com suas seções

Fonte: DELAQUA, 2016 – Adaptado pela autora, 2018.

A modificação que pode ocorrer nas três seções por meio de mecanismos
fáceis e eficientes, proporciona uma multiplicidade de configurações no layout,
transformando o espaço a partir de combinações exemplificadas nas Figuras 11 e
12. O programa de necessidades do espaço destinado ao público, além da área
multifuncional destinada aos eventos, ainda possui: vestíbulo de entrada, foyer, bar,
lobby, apoio com banheiros, cozinha, escritório e recepção. A área destinada ao
elenco possui apenas o pavimento térreo, dispondo de camarins, salas de
entretenimento, apoio com cozinha, banheiros, sala para guardar figurinos e refeitório.
28

Figura 11: Configurações de layout do Teatro Multifuncional Mont-Laurier

Fonte: DELAQUA, 2016.

Figura 12: Imagens das modificações nas seções do Teatro Multifuncional Mont-Laurier

Fonte: DELAQUA, 2016.


No segundo pavimento, destinado ao público acomodado no mezanino, há um
terraço aberto, uma sala de conferências e a cabine de transmissão audiovisual. Pode-
se observar, a partir de todo o salão multifuncional, que acima deste, há um outro
pavimento. O mesmo inteiramente de destinado a funções técnicas, com passarelas
29

e equipamentos necessários para o funcionamento dos espetáculos e eventos. As


passarelas desse pavimento funcionam como um detalhe de forro e de iluminação
para o salão de eventos (SHUSTER, 2015) (Figura 13).
Figura 13: Teatro Multifuncional Mont-Laurier com pavimento técnico visível do salão de eventos e
observado de suas passarelas

Fonte: DELAQUA, 2016.

A forma do Teatro se baseia em geometrias puras e linhas retas. É composta


por três prismas retangulares que se encaixam concebendo uma forma única do
teatro, alongada horizontalmente devido as suas dimensões de largura e comprimento
se destacarem em detrimento da altura de seus pavimentos. Os três prismas
retangulares representam a setorização dos espaços (área de público, área do elenco
e administração), sendo o volume de maior destaque aquele que é destinado a
realização dos espetáculos.
Esse volume tem sua horizontalidade e suas linhas retas ressaltadas a partir
dos grandes avanços que a cobertura faz, estabelecendo um jogo de cheios e vazios.
A forma do teatro é evidenciada pela composição dos materiais utilizados em sua
estrutura e em seus fechamentos. Foram utilizados três materiais principais na
concepção do projeto: a madeira, o aço e o vidro. O maior destaque se faz pela
utilização da madeira laminada e colada, formando uma malha de vigas transversais
que compõem a cobertura que avança sobre o volume (Figura 14) (DELAQUA, 2016).
30

Figura 14: Teatro Multifuncional Mont-Laurier com destaque para a cobertura em madeira laminada

Fonte: SHUSTER, 2015

A utilização da madeira laminada surgiu na proposta do escritório em valorizar


o material local, apoiada nos pedidos realizados pelo governo de Quebec para os
arquitetos da região, para que utilizassem a madeira de forma criativa em seus
projetos impulsionando a indústria madeireira local que se encontrava em crise. O
projeto optou por utilizar a madeira de forma colada por questões econômicas e
também de incentivo ao comércio local, por esta possuir menor custo e ser encontrada
mais facilmente na localidade, quando comparada com a madeira laminada cruzada
bastante difundida e utilizada (SHUSTER, 2015).
O aço e o vidro fecham a composição de materiais que dá forma ao teatro,
trazendo um contraste com o amadeirado da cobertura. Os pilares e as estruturas
técnicas do teatro, bem como os mecanismos de mudança no layout do salão de
eventos, foram todas concebidas em aço, por conta da leveza e da versatilidade desse
material, e na cor preta com perfis bem esbeltos, para não ofuscar o verdadeiro
destaque material da casa de espetáculos que é a madeira (SHUSTER, 2015).
As paredes de vidro externas finalizam a composição, com o intuito de
estabelecer relação entre o interior e o exterior do teatro. Com seu aspecto translucido,
valorizam o tom natural da madeira, tanto o aplicado internamente quanto o que é
visto externamente no avanço da cobertura, contribuindo juntamente com esta para
tornar o ambiente claro e bem iluminado durante o dia. Durante a noite, a iluminação
artificial instalada nas vigas transversais de madeira laminada, dá destaque a sua
materialidade no projeto (Figura 15) (DELAQUA, 2016).
31

Figura 15: Contraste entre as paredes de vidro, os perfis metálicos pretos e a cobertura de madeira
com iluminação artificial no Teatro Multifuncional Mont-Laurier

Fonte: DELAQUA, 2015.

O projeto do Teatro Multifuncional Mont-Laurier possui uma série de pontos


positivos que devem ser levados em consideração para o desenvolvimento do teatro
que será proposto. Seus principais destaques são: a boa setorização de seus
espaços, evitando conflito de fluxos entre funcionários, público, produtos e elencos de
apresentação; a polivalência de seu espaço destinado ao público e a existência de
salas de entretenimento para realização de aulas, atendendo as demandas atuais dos
diversos tipos de eventos; e o destaque à materialidade do espaço, evidenciando o
aspecto econômico de um material local e seu baixo impacto ambiental, contribuindo
para a sustentabilidade.
A sua forma característica com cheios e vazios e o diferencial da cobertura de
madeira, confere ao teatro Mont-Laurier o destaque na paisagem que uma edificação
como essa sempre carregou ao longo da história. Sua multifuncionalidade o faz ser
um destaque em relação aos demais Teatros contemporâneos da região: quanto mais
versátil for o espaço, podendo ser multável e se adaptar as necessidades dos eventos
que existem e que estão surgindo, maior será a sua vitalidade e utilização pela
comunidade.

6.2 NACIONAL
O projeto nacional que será analisado é o Teatro do Colégio Miguel Cervantes,
localizado na cidade de São Paulo, projetado pelo escritório ACR arquitetura a partir
32

de 2014 e edificado em 2017. O projeto possui área de 1.350 m² de um espaço


multiuso que pretendeu atender as necessidades pedagógicas do Colégio tais como
palestras, feiras, formaturas, eventos para expressão de arte, em uma localização
estratégica que atendesse tanto ao dia-a-dia dos alunos, quanto receber visitantes
externos (CARLOS, 2017).
Tratou-se de um retrofit realizado nas antigas instalações do auditório do
Colégio (Figura 16). O novo teatro faz parte de um projeto maior que ampliará a
estrutura de todo o espaço educacional da instituição para 60.000 m². O Colégio
Miguel Cervantes tem grande importância para a cidade de São Paulo, fato aumentou
a importância do projeto realizado pelo escritório, sendo amplamente divulgado tanto
por sua qualidade quanto pela importância histórica para a instituição (ACR, 2017).
Figura 16: Teatro do Colégio Miguel Cervantes

Fonte: FARIAS, 2017.

Segundo o escritório que realizou o projeto de reforma, a escola possui 40 anos


de história sendo uma referência como escola bilíngue e de tradição espanhola, que
busca atualizar seu conteúdo pedagógico juntamente com suas instalações físicas.
“Transmitir o conteúdo formal, disciplinar, não é mais a única função da escola.
Como instituição formadora de pessoas, ela deve possibilitar o acesso aos esportes e
a cultura, que tem o teatro como uma das suas maiores manifestações” (ACR, 2017,
p.1).
Foram a partir dessas ideias do escritório, com relação ao papel da escola como
instituição, que fez surgir um conceito que norteou o projeto, baseado na missão da
instituição na formação de “agentes de transformação social em um mundo
33

globalizado e multicultural” (ACR, 2017, p.1).


Situado no coração da capital São Paulo, em uma localização privilegiada
próximo ao complexo esportivo e estádio de futebol Morumbi, o colégio ocupa um
grandioso terreno arborizado acessado pela Avenida Jorge João Saad. O Teatro está
implantado estrategicamente no centro desse terreno, próximo ao complexo esportivo,
às salas de aula e ao estacionamento privativo da instituição (Figura 17). Alongado
em relação ao eixo leste/oeste, possui boa orientação solar voltando suas maiores
fachadas para norte e sul.
Figura 17: Implantação do Teatro do Colégio Miguel Cervantes

Fonte: GOOGLE EARTH, 2018 – Adaptado pela autora, 2018.

Na intervenção o novo teatro foi interligado às salas de aulas por grandes


passagens cobertas, que ampliam o espaço teatral permitindo maior interação entre
os visitantes antes e após os eventos. Ao longo dessas passagens foram criados
pátios com jardins, que juntamente com a continuação da marquise de cobertura, dão
acesso ao foyer (Figura 18). O foyer foi projetado para ser um espaço aconchegante
e acolhedor, utilizando a madeira em tom claro em suas paredes, o piso escuro e uma
cortina de vidro voltada para o pátio jardim, estabelecendo uma relação entre o interior
e exterior (Figura 19). As cortinas de vidro são voltadas para norte e sul, minimizando
os ganhos de calor com a incidência solar, e gerando um microclima agradável com o
uso da vegetação (VAZ, 2017).
34

Figura 18: Pátio Jardim e passagem coberta dando acesso ao Teatro do Colégio Miguel Cervantes

Fonte: FARIAS, 2017.

Figura 19: Foyer do Teatro do Colégio Miguel Cervantes

Fonte: CARLOS, 2017.


Além do foyer e do pátio ajardinado o programa de necessidades engloba, em
sua área destinada ao público, sanitários coletivos e para pessoa com deficiência,
depósitos e a plateia. No espaço destinado ao elenco de apresentação há camarins,
sanitários privativos, depósitos e o palco com a previsão de uma arquibancada retrátil
para realização de formaturas. A previsão dessa arquibancada permite uma
versatilidade no espaço, buscada para manter o teatro sempre em utilização. Há ainda
no programa, áreas técnicas em anexos que abrigam ar condicionado, salas de
comando e sala de dimmer (Figura 20).
35

Figura 20: Planta baixa do Teatro do Colégio Miguel Cervantes

Fonte: CARLOS, 2017.

Com uma boa setorização em planta baixa, o teatro possui fluxos e acessos
bem definidos para cada tipo de público e atividade. O fluxo de alunos durante os
horários de aula ocorre normalmente pelas passagens cobertas, sem influenciar nas
atividades que estejam sendo desenvolvidas no teatro. O acesso principal de público
do teatro ocorre pelo foyer, contendo também um segundo acesso lateral, como saída
de emergência.
Trazendo versatilidade aos espaços, o foyer e o pátio ajardinado possuem uso
misto como espaço de exposições. Há ainda um acesso lateral diretamente para o
palco, que é utilizado tanto para participantes que irão atuar em encenações como
pelos alunos durantes suas aulas de teatro (Figura 21).
36

Figura 21: Esquema de fluxos do Teatro do Colégio Miguel Cervantes

Fonte: CARLOS, 2017.

O volume conferido a intervenção externa no antigo auditório é prismático com


ênfase nas linhas retas, seguindo a mesma diretriz da construção que foi conservada
externamente. O que as distingue são os materiais aplicados: na construção antiga há
uma identidade visual com estrutura de concreto e tijolos aparentes; na nova
construção, marcando sua temporalidade, foram utilizados painéis de alumínio e vidro,
com estrutura metálica (Figura 22). Assim, visualmente os volumes são distintos e é
perceptível sua temporalidade diferenciada (FARIAS, 2017).
Figura 22: Volumetria no Retrofit do Teatro do Colégio Miguel Cervantes

Fonte: FARIAS, 2017.


Apesar de conservar seu aspecto visual externamente, internamente o projeto
modificou o antigo auditório para melhorar a experiência visual do público, tornando o
ambiente mais confortável e tecnológico. O local onde se encontrava o antigo palco
foi escavado, para que o novo palco fosse mais rebaixado e sua largura e
profundidade fossem ampliadas, tornando-o adequado para outros tipos de
37

espetáculo como de dança, musicais e peças. Ouve modificação também na boca da


cena, criando um proscênio com dimensões mais adequadas aos novos usos (VAZ,
2017).
Atualizando a materialidade do espaço, a substituição do forro e dos carpetes
de piso e parede por painéis amadeirados em tom claro, conferiu-lhe a acústica
necessária e tornou o espaço aconchegante e iluminado (VAZ, 2017). Uma
composição com tons de azul nos acolchoados dos acentos da plateia, trouxe um
elemento de design diferencial para o espaço cênico (Figura 23).
Figura 23:Interior da sala de espetáculos do Teatro do Colégio Miguel Cervantes

Fonte: FARIAS, 2017.

O reconhecimento da importância de conferir ao público uma boa experiência


do espaço teatral foi um ponto de destaque no projeto analisado. Isso pode ser
observado na utilização de materiais e elementos que explorassem os sentidos se
seus visitantes: a madeira, promovendo aconchego e boa acústica ao local; o uso das
cores de forma harmônica; a criação de pátios-jardins e a conexão entre o interior e o
exterior; bem como a adequada separação de fluxos e a boa orientação solar do
projeto, são alguns dos pontos positivos analisados e que serão aproveitados para o
futuro teatro projetado.

6.3 LOCAL
O Teatro local a ser analisado como estudo de caso é o Teatro 4 de setembro,
emblemático para a capital do estado do Piauí, Teresina, por estar situado no berço
de sua fundação, a região central, e mais importante ainda por fazer parte de um dos
conjuntos arquitetônicos mais significativos para a história da cidade abrigados na
38

praça Pedro II. Considerada um dos cartões-postais da cidade, a praça Pedro II e seu
acervo arquitetônico foi palco das principais manifestações culturais ao longo da
história local (FONTINELES, 2016).
A trajetória histórica do teatro se inicia por volta de 1888, quando a imprensa
piauiense discutia e defendia a criação de um novo teatro para a população, já que os
existentes até então (Santa Teresa e Concórdia), não tinham estrutura suficiente para
abrigar grandes espetáculos. Em 21 de setembro desse mesmo ano a pedra
fundamental do que viria a ser o Teatro 4 de setembro foi lançada, em um animado
evento musical com a comunidade (SERRONI, 2002).
Manoel Raimundo da Paz, mestre de obras responsável pela construção,
entregou o teatro para o presidente da província após 5 anos de obra, no dia 21 de
abril de 1894. Entretanto, pela ausência de alguns equipamentos para cenário e para
os camarins, o mesmo só foi inaugurado um ano após, no dia 25 de maio de 1985.
Segundo Serroni (2002, p. 116) foi a partir daí que o Teatro 4 de Setembro se destacou
por sua importância cultural:
[...] o 4 de setembro tornou-se o local ideal para o florescimento da vida teatral
e literária de Teresina, com a realização de espetáculos de teatro e dança,
concertos, conferências, palestras, banquetes, comícios políticos e com a
exibição de filmes [...] (SERRONI, 2001, p.116)

Ao analisarmos a Figura 24, podemos observar o espaço geográfico do centro


de Teresina por volta do início do século XX, nos primeiros anos de fundação do
Teatro. O majestoso prédio se destaca na paisagem como principal obra na cena,
contrastando com a simplicidade do entorno. O espaço vazio a sua frente é o local
onde seria futuramente construída a praça Pedro II. Há a presença de pessoas com
roupas elegantes na imagem, revela a imponência do teatro como uma arquitetura
importante para a sociedade (FONTINELES, 2016).
39

Figura 24: Fotografia do Teatro 4 de setembro no início do século XX

Fonte: FONTINELES, 2016.

Desde sua fundação até os dias atuais, o Teatro 4 de setembro passou por
várias reformas sempre com o intuito de manter seu espaço como ponto de referência
histórico e cultural no cenário urbano de Teresina (SERRONI, 2002). Atualmente o
Teatro 4 de setembro mantem as características de seu estilo arquitetônico eclético e
continua sendo ativamente utilizado, um grande exemplo de manutenção e
atualização do espaço teatral seguindo harmonicamente com a conservação do
patrimônio histórico.
O teatro foi implantado em um terreno com dimensões 40x90 m, na esquina
da Rua Senador Teodoro Pacheco com a Rua Treze de Maio. A autoria do projeto é
dada ao alemão Alfredo Modrak. Sua área total é de aproximadamente 792 m² com
largura de 18 metros, comprimento de 44 metros e altura de 10 metros (PAZ, 1982),
dimensões mantidas até os dias atuais apesar das reformas.
No contexto atual seu entorno é rico em elementos culturais da cidade como o
Cine Rex, o Clube dos Diários, o Centro de Artesanato Mestre Dezinho e a Praça
Pedro II, além de outras construções arquitetônicas importantes para a cidade como
o Palácio de Karnac e a Igreja São Benedito (Figura 25). O principal acesso ao teatro
por meio de veículos ocorre pelas ruas Senador Teodoro Pacheco e Treze de Maio. O
acesso de pedestres ocorre pela Praça Pedro II, que se prolonga em uma rua pedonal
até a entrada do teatro. A orientação solar do teatro é prejudicada tendo em vista sua
40

implantação ocorrer no eixo noroeste/sudeste, com as maiores fachadas recebendo


insolação do poente e do nascente.
Figura 25: Implantação do Teatro 4 de setembro

Fonte: GOOGLE EARTH – Adaptado pela autora, 2018.

O programa de necessidades do teatro é distribuído em térreo mais dois


pavimentos no volume principal e térreo mais um pavimento em seus anexos. O
volume principal abriga a entrada do teatro que dá acesso ao primeiro espaço: o
foyer (ou hall de entrada) que contém uma bilheteria. O próximo ambiente é um hall
de circulação com escadas, onde o espectador por optar por seguir em frente e
acessar a plateia, ou subir para os outros dois pavimentos com acentos nos balcões.
Acima do foyer, que devido ao seu pé direito elevado atinge o primeiro pavimento, há
um salão nobre no segundo pavimento, que tem função de abrigar de reunir o público
para conversas no intervalo das apresentações (Figura 26 e 27). Ainda no volume
principal, há o palco do teatro com dimensões de 10x18 metros e boca de cena com
9,20 metros de altura (PAZ, 1982). Apesar de conter as dimensões originais de
projeto, o palco é espaçoso para diversas atividades e foi modernizado
internamente.
41

Figura 26: Planta baixa primeiro pavimento do Teatro 4 de setembro

Fonte: FUNDAC, 2011 – Adaptado pela autora, 2018.


Figura 27: Planta baixa segundo pavimento do Teatro 4 de setembro

Fonte: FUNDAC, 2011 – Adaptado pela autora, 2018.

Os anexos da lateral direita do volume principal possuem acesso por ele e


também acesso independente, abrigando estruturas de apoio como bar, almoxarifado,
cantina, banheiros, área para fumantes e um espaço multiuso destinado a guardar
acervos do teatro. Nos anexos atrás do palco localizam-se os camarins e banheiros
privativos, esses anexos possuem entrada pelo palco e pelos anexos laterais. Na
lateral esquerda do teatro, voltada para a rua Treze de Maio, há um jardim com
trabalho de piso diferenciado ao longo de todo o volume, até chegar ao Clube dos
42

Diários, ao qual se conecta por uma passagem (Figura 28).


Figura 28: Planta baixa térreo com acessos do Teatro 4 de setembro

Fonte: FUNDAC, 2011 – Adaptado pela autora, 2018.

A estrutura do teatro foi edificada em tijolo cozido com argamassa e cal (PAZ,
1982), método construtivo comum para edificações importantes daquele século. Sua
cobertura é composta por telha cerâmica colonial com sustentação em tesouras de
madeira, sendo estas, fruto de uma reforma em 1970 (MENDES; QUIROZ; REGO,
2010).
Com formato retangular clássico e telhado cerâmico aparente, o teatro
conserva seu estilo original eclético, que é caracterizado pela mistura de elementos
clássicos com elementos de outros estilos. Marcando a identidade visual desse estilo
eclético no teatro, há um grandioso frontão na entrada além de uma grande
quantidade de portas e janelas coroadas com arcos ogivais (Figura 29). Suas
aberturas possuem esquadrias em madeira, com aberturas do tipo pivotante vertical,
e bandeiras fixas em vidro colorido (Figura 30).
43

Figura 29: Visão geral da volumetria e das fachadas do Teatro 4 de setembro

Fonte: CAPITAL TERESINA, 2016.

Figura 30:Portas na fachada principal do Teatro 4 de setembro

Fonte: TRIPADVISOR, 2014.


Seu interior é caracterizado pelo amadeirado do piso e pela presença marcante
da cor vermelha, nos estofados dos acentos da plateia e revestindo o guarda corpo
dos dois pavimentos de balcões. Sua capacidade atual é de 582 espectadores
(MENDES; QUIROZ; REGO, 2010) (Figura 31).
44

Figura 31: Interior com visão a partir do palco do Teatro 4 de setembro

Fonte: ANDERSON, 2008.

Apesar de ser um espaço cultural e histórico de destaque da cidade, de ter


passado por amplas reformas para sua modernização e de continuar ativo recebendo
importantes espetáculos, o Teatro 4 de setembro possui um programa de
necessidades não tão completo em relação as demandas atuais dos eventos. Ele não
possui salas para ensaios ou salas multiuso para outras atividades que possam dar
vida ao teatro não apenas em noites de espetáculo. Tal fato faz abrir uma lacuna teatral
em Teresina, mostrando a necessidade de novos espaços teatrais versáteis para a
vida cultural da cidade.

Mesmo com essa deficiência no programa de necessidades, compreensível


devido à idade que o teatro possui e por ser um patrimônio histórico com certas
limitações de ampliação, o espaço cênico do Teatro 4 de setembro possui pontos
positivos que podem ser aproveitados como exemplo, tais como: a existência de um
salão nobre para o público interagir durante os intervalos dos espetáculos; múltiplos
acessos que separam bem o fluxo não ocasionando conflitos entre o trajeto do público
e o trajeto de serviços e do elenco; e o uso do jardim tanto decorativo criando uma
área agradável para o público, como para amenizar a incidência solar na fachada
voltada para o oeste.
45

7. DIAGNÓSTICO DO LOCAL
7.1 APRESENTAÇÃO DO LOCAL
O local escolhido para o desenvolvimento do presente trabalho de graduação
trata-se de uma praça já existente na zona leste de Teresina. Denominada
oficialmente de praça Ocílio Lago, é também popularmente conhecida como praça dos
skatistas. Está localizada no bairro Joquéi, um dos bairros que se destaca no processo
de verticalização da cidade e que sofreu grande crescimento na última década, cerca
de 91,9% no aumento populacional (SEMPLAN, 2018).
A infraestrutura básica promovida pela prefeitura atende muito bem a região,
com 100% dos domicílios abastecidos com rede elétrica e de água e 95% com rede
de esgoto. O bairro possui a maior média de renda da cidade, superior à média de
toda sua zona urbana. Por ele passam grande vias importantes da cidade, como as
Avenidas Joquéi Clube, João XXIII e Nossa Senhora de Fátima (SEMPLAN, 2018).
O bairro jóquei se limita a norte com o bairro de Fátima pela rua Anfrisio Lobão,
a leste com o bairro São Cristóvão pela Avenida Homero Castelo Branco, a sul com o
bairro Noivos pela avenida João XXIII, e a oeste pela Avenida Raul Lopes e pelo rio
Poti com o bairro Cabral.
A praça ocupa um quarteirão inteiro no limite norte do bairro Jóquei com o bairro
Fátima (Figura 32), com 9.300 m² de área em uma Zona Residencial 2. Suas testadas
são voltadas para as ruas Angélica e Orquídeas conectando a praça com a cidade no
sentido norte/sul, e as ruas Anfrísio Lobão e Marcolino Rio Lima no sentido leste/oeste.
Seu formato é retangular um pouco alongado no sentido norte/sul com dimensões de
108,80 metros por 81 metros.
46

Figura 32: Localização da Praça Ocílio Lago e do bairro Joquéi

Fonte: GOOGLE EARTH, 2018 – Adaptado pela autora, 2018.

7.2 JUSTIFICATIVA
A escolha da Praça Ocílio Lago para a implantação de um teatro se justifica na
importância que a praça representava para a região leste como um polo de lazer e
cultura. O bairro Jóquei e seus bairros vizinhos, devido a verticalização, aumentam a
cada dia drasticamente sua população, caracterizada por ser majoritariamente jovem
e adulta, de 18 a 49 anos de idade (SEMPLAN, 2018).
O crescimento e manutenção dos espaços de lazer e culturais da região leste
infelizmente não crescem juntamente com essa população. Teresina como um todo,
é uma cidade caracterizada por possuir muitas praças, mas por não as dotar de
manutenção e uso, e por priorizar os espaços de lazer deixando de lado a implantação
de espaços culturais. Os espaços culturais existentes, além de poucos, sofrem uma
polarização na região centro-norte.
Entretanto, a zona leste já possuiu um importante pólo cultural para sua
população, que foi a Fundação Nacional do Humor localizada na Praça Ocílio Lago.
Não apenas cultural, mas também cívico e esportivo, o espaço da praça era multiuso
e agregava todas as faixas etárias com suas pistas de skate, quadra de esportes, a
Fundação e eventos itinerantes que atraiam a população.
A praça Ocílio Lago mesmo com toda sua importância para a região, sofreu um
processo de marginalização que iniciou com o abandono da edificação que funcionava
a Fundação Nacional do Humor, culminando com a depredação da praça e a
47

insegurança que a população passou a sentir refletida naquele espaço. O descaso


com a manutenção e a segurança de um espaço público, causou seu esvaziamento e
abandono.
Diante do exposto, ressalta-se a importância da praça e da implantação de um
projeto arquitetônico cultural, com teatro e espaços multifuncionais. O trabalho se
propõe a dotar o espaço de equipamentos que possam retomar a vitalidade cultural,
esportiva e cívica da praça, atraindo a população novamente para que as apropriações
pelo bom uso e pelo sentimento de pertencimento mantenham o espaço sempre vivo.

7.3 ENTORNO

O entorno da praça Ocílio Lago será analisado a partir de um diâmetro de 1 km


que passa pela praça e a circunda (Figura 33), englobando parte dos bairros de Fátima
e Jóquei, e possuindo como limite geográfico o rio Poti.

Figura 33: Abrangência do entorno analisado da praça Ocílio Lago

Fonte: GOOGLE EARTH, 2018 – Adaptado pela autora, 2018.

As principais vias de acesso para a Praça Ocílio Lago são também importantes
vias para a zona Leste e para a circulação da cidade, englobando grandes fluxos. São
elas: a Avenida Ininga, no sentido norte/sul, importante via de conexão da
Universidade Federal com o Shopping; a Avenida Nossa Senhora de Fátima, no
48

sentido norte/sul, que conecta a Universidade Federal à avenida João XXIII; as


Avenidas Elias Joao Tajra e Jockey Club, que conectam a margem do rio Poti até o
bairro São Cristovão no sentido leste/oeste.
Todas essas vias encontram-se em importantes cruzamentos de fluxos. A partir
da análise podemos perceber que as mesmas foram uma área equivalente a um
quadrado, que é circundado por elas. No interior desse quadrado encontra-se a Praça
Ocílio Lago, que a partir de vias secundárias de menor fluxo com a Rua das Orquídeas
e Rua Angélica, tem acesso a essas importantes avenidas (Figura 34).
Figura 34: Principais vias de acesso para a praça Ocílio Lago

Fonte: GOOGLE EARTH, 2018 – Adaptado pela autora, 2018.

Quanto ao uso de seus terrenos, o entorno é bastante diversificado (Figura 35).


Apesar de possuir predominância residencial, há um forte comércio e serviços
principalmente ao longo das principais avenidas como a Avenida Nossa Senhora de
Fátima e a Jockey Club. Esses lotes de comércios e serviços são compostos por, em
sua grande maioria, restaurantes, bares, lojas de vestuário, lojas de mobiliário e
clínicas médicas.
49

Figura 35: Mapa de usos do entorno da praça Ocílio Lago

Fonte: GOOGLE EARTH, 2018 – Adaptado pela autora, 2018.

Se destacam em grandes lotes a presença de um shopping center, da antiga


sede do Jockey Club atualmente ocupada por uma construtora, de grandes lojas de
utilidades para o lar e supermercados, além da presença de três instituições de ensino
superior privadas. Além da praça que será objeto deste trabalho, há a presença de
outras duas no seu entorno: a praça Nossa Senhora de Fátima e a praça Ministro
Pedro Borges. Como instituições, raras na região, cabem destacar a igreja e o centro
pastoral Nossa Senhora de Fátima e a Unidade Escolar Lourdes Rebelo.
Há uma forte presença de terrenos vazios a Oeste da praça, próximo da
margem do rio. Entretanto, avançando-se a leste, a região já está com sua ocupação
bastante consolidada, com destaque para a crescente verticalização (Figura 36). Uma
forte tendência que essa região passou adotar juntamente com a verticalização, foi a
do uso misto de seus terrenos. Tem se tornado cada vez mais comuns prédios
residenciais que aproveitam seu pavimento térreo para a criação de espaços
destinados a comércios e serviços.
50

Figura 36: Mapa de gabaritos do entorno da praça Ocílio Lago

Fonte: GOOGLE EARTH, 2018 – Adaptado pela autora, 2018.

7.4 ASPECTOS NATURAIS


A praça Ocílio Lago está localizada na cidade de Teresina à direita do rio Poti.
A cidade faz parte da região meio-norte do estado do Piauí no Nordeste brasileiro,
distando 300 km do litoral, com altitude de 70 metros. Possui 05º 05’ de latitude sul e
42º 48’ de longitude oeste, localização que a deixa próxima da linha do equador,
refletindo na sua alta incidência de radiação solar durante todo o ano, com altas
temperaturas e baixa amplitude térmica (SILVEIRA, 2007).
Seu clima é caracterizado como tropical continental, com duas estações bem
definidas: o verão entre os meses de janeiro a maio é marcado por chuvas, e o inverno
entre os meses de julho a novembro é caracterizado pela seca. A média da
temperatura anual é de 27,8°C e a de umidade é 70%, entretanto nos meses de seca
de agosto a dezembro, as temperaturas alcançam médias de 36°C e umidade de 55%.
Sua ventilação predominante diurna é sudeste e noturna é nordeste. Já em relação a
51

vegetação, há a predominância da tipologia cerrado, também estando na região da


mata dos cocais. (SILVEIRA, 2007).
A praça Ocílio Lago possui uma geometria retangular alongada no eixo
noroeste/sudeste. Sua testada noroeste possui angulação de 342°, recebendo
insolação das 7h às 18hs nos meses de maio a novembro. A testada a nordeste tem
angulação de 72° com insolação durante toda a manhã durante os meses de
dezembro a junho e recebendo ventilação predominante noturna, a sudeste com
angulação 162° recebe insolação durante todo o dia, de novembro a maio, e também
ventilação predominante diurna. Já a testada a sudoeste com angulação 252°, recebe
insolação durante toda a tarde de junho a dezembro (Figura 37).
Figura 37: Planta Baixa da praça Ocílio Lago com Carta Solar e estudo de ventilação

Fonte: Elaborado pela autora, 2018 – Base de dados software Sol-Ar, 2018.
A partir da análise pode-se aferir que equipamentos como a quadra de esportes
e a antiga construção do salão de humor ficam prejudicadas pela alta incidência solar
do Oeste, e que os espaços livres e os espaços cívicos do palco recebem a ventilação
52

predominante. A topografia da região é predominantemente plana, a praça não é


marcada por desníveis em seu trabalho de piso.
Quanto a cobertura vegetal, a praça é caracterizada por duas zonas: uma com
a vegetação mais densa, contornando a construção da antiga Fundação Nacional do
Humor; e uma mais esparsa ao longo das áreas livres da praça (Figura 38). A
vegetação mais densa funciona como proteção solar para a edificação da Fundação,
que possui uma orientação solar desprivilegiada. A espécie de grande destaque nessa
vegetação é a mangueira. A zona de cobertura vegetal mais esparsa ocorre devido a
pequenos canteiros espalhados ao longo do trabalho de piso da praça (Figura 39).
Figura 38: Análise de vegetação da praça Ocílio Lago

Fonte: GOOGLE EARTH, 2018 – Adaptado pela autora, 2018.


53

Figura 39: À frente a vegetação esparsa em canteiros, e atrás vegetação densa na praça Ocílio
Lago

Fonte: Arquivo pessoal, 2018.

7.5 ASPECTOS ANTRÓPICOS


Em relação a intervenção humana no local, a praça é dotada de diversos
equipamentos tais como: uma quadra poliesportiva, pistas de skate com
arquibancada, palco para eventos e bancos de estar. O espaço possui um trabalho de
piso diferenciado, evidenciado pelo aspecto de “recortes” nas margens da praça,
promovido pelo contraste da pedra portuguesa preta com os quadrados do piso em
concreto. Outro traçado também se destaca no piso com suas curvas, compondo uma
pista de patinação (Figura 40).
Figura 40: Imagem com três tipos de piso da praça Ocílio Lago

Fonte: Arquivo pessoal, 2018.


As principais relevâncias culturais da praça foram a existência de uma
edificação que abrigou a Fundação Nacional do Humor, que atualmente se encontra
abandonada e isolada por tapumes, e a presença de um palco com um grande espaço
54

cívico para a ocorrência de eventos. A fundação juntamente com o espaço cívico da


praça, desempenharam importante papel abrigando movimentos culturais e artísticos
do estado. A pista de skate e a quadra poliesportiva desempenham importante papel
de lazer esportivo na praça (Figura 41).
Figura 41: Planta baixa da praça Ocílio Lago

Fonte: Arquivo pessoal, 2018.

Apesar da diversidade de equipamentos do lugar, devido a má ação humana o


espaço está depredado com pichações, piso desgastado e com árvores e arbustos
sem poda (Figura 42). A edificação da Fundação está abandonada, coberta de
vegetação e isolada do restante da praça. A marginalização do espaço causou seu
esvaziamento e insegurança. Atualmente ela está quase que totalmente abandonada,
com exceção de algumas pessoas que ainda frequentam as pistas de skate e a
quadra.
55

Figura 42: Pichação e desgaste dos equipamentos da praça Ocílio Lago

Fonte: Arquivo pessoal, 2018.

8. LEGISLAÇÃO

Com intuito de se desenvolver o projeto arquitetônico de um teatro com espaço


cultural na praça Ocílio Lago, foram consultadas legislações e normas fundamentais
para atingir o objetivo geral do trabalho. Dentre elas foram consultadas leis
complementares municipais que regulamentam o direito de construir na cidade.
O uso e ocupação do solo de Teresina são regulamentados por duas leis
complementares municipais. A lei nº 3.562 trata das diretrizes para ocupação do solo
urbano, visando garantir orientações sobre adensamento, funções urbanas,
ordenação do desenho urbano da cidade e condições para conforto ambiental. Ela
regulamenta os recuos, índices de aproveitamento e taxa de ocupação de acordo com
cada zona urbana (TERESINA, 2006b).
Tais zonas urbanas são definidas pela Lei complementar municipal Nº 3.560 de
20 de outubro de 2006, referente ao uso do solo urbano do município (TERESINA,
2006a). Tanto a lei de uso (Nº 3.560) quanto a lei de ocupação do solo urbano (Nº
3.562) estabelecem o mapa de zoneamento da cidade. Analisando o mapa de
zoneamento da cidade juntamente com as leis de uso e ocupação do solo, constatou-
se que a praça na qual será desenvolvido o trabalho encontra-se na Zona Residencial
2 (Figura 43), permitindo a edificação de “instituições de âmbito local’ (E1), como o
teatro.
56

Figura 43: Quadro com recuos e usos da Zona Residencial 2

Fonte: TERESINA, 2016b.

A Lei complementar municipal nº 4.726, de 10 de junho de 2015 estabelece o


Código de Obras e Edificações de Teresina. Ela regulamenta o projeto, as licenças, a
execução, a manutenção e a utilização de obras de iniciativa tanto pública quanto
privada no município de Teresina. No código de obras, a tipologia de um teatro é
classificada como compartimento especial. O seu Art. 196 regulamenta que esses
espaços devem “ser dotados de camarins providos de instalações sanitárias próprias”
(TERESINA, 2015, p. 32). O código também regulamenta a existência de
estacionamentos para esse tipo de edificação.
A NBR 9050 revisada em 2015, Acessibilidade a edificações, mobiliário,
espaços e equipamentos urbanos, estabelece referências normativas de parâmetros
antropométricos que englobam os teatros. No seu item 10.3 “Cinemas, teatros,
auditórios e similares” há recomendações acerca dos locais destinados a pessoa com
deficiência e seu ângulo de visão para os espetáculos (Figura 44) (ABNT, 2015).
Figura 44: Ângulo visual dos espaços destinados a PCD em teatros

Fonte: ABNT, 2015.


57

Também deve ser consultada para o desenvolvimento do projeto a NBR 9077/1993,


que trata das saídas de emergências em edifícios, de grande importância para espaços
coletivos como teatros que reúnem um grande número de pessoas.
Pertinentes ao espaço cênico, é de grande importância a utilização das normas
técnicas brasileiras nº 5413/1993 e nº 10152/2017, que tratam sobre o conforto na
iluminação de interiores e sobre os níveis de ruído para conforto acústico, respectivamente.
Essas normas trazem valores de referência para os níveis de luminância em lumens e para
os níveis de ruídos em decibéis nos espaços que compõe o programa de necessidades
básico de um teatro como: sala de espetáculos, foyer, palco e bilheteria.

9. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir das análises dos estudos de casos e referencial teórico definiu-se a temática
do projeto que será desenvolvido e o seu programa de necessidades junto com o seu pré-
dimensionamento, onde foi idealizado um teatro com capacidade de 200 pessoas, assim,
os ambientes e áreas do projeto foram definidas de acordo com os quadros 1,2,3 e 4:
Quadro 1: Programa de Necessidades e Pré dimensionamento do Setor Administrativo do Teatro.
Setor Administrativo
Ambiente Descrição Área
Espaço de atendimento e espera do
Recepção 15,00 m²
público
Secretaria Administração do Teatro 13,00 m²
Direção Geral Sala do administrador geral do Teatro 32,00 m²
Sala para a equipe de produção dos
Produção de eventos 19,00 m²
eventos
Sanitários e 2 bacias, 2 latórios e 2
Serviços de apoio
Vestiários duchas por sexo
Almoxarifado Armazenamento 6,00 m²
DML Depósito de materiais de limpeza 4,00 m²
Sala de Reuniões Sala de reuniões do setor administrativo 29,00 m²
Armazenamento dos arquivos das
Arquivo Geral 9,00 m²
produçoes já realizadas no Teatro
Copa Espaço para pequenas refeições 12,00 m²
Fonte: Elaborado pela autora, 2018.
58
Quadro 2: Programa de Necessidades e Pré Dimensionamento do Setor Artístico do Teatro.
Setor Artístico
Espaço para as apresentações e
Palco 100,00 m²
solenidades
Plateia Espaço destinao ao público 200 pessoas/ 350,00 m²
Camarins individuais Para 1 a 3 pessoas 18,74 m²
50 pessoas/
Camarins coletivos Espaço para grupos de artistas
77,80 m²
Bacias, lavatórios e ducha, dentro dos 1 ducha, 1 bacia e 1
Sanitários
camarins lavatório a casa 10 pessoas
Sala de ensaio Local para ensaio 94,23 m²
Fonte: Elaborado pela autora, 2018.

Quadro 3: Programa de Necessidades e Pré Dimensionamento do Setor Técnico do Teatro.


Setor Técnico
Espaço para controle técnico de
Cabine de controle 13,00 m²
iluminação, sonorização e filmagem.
Sala de tradução Sala onde ocorre a tradução simultânea
simultânea em caso de conferências 13,00 m²
Fosso da orquestra Espaço para músicos em frente ao palco. 1,00 m² por músico
Subestação: 10 m²
Subestação de energia elétrica, gerador e
Casas de máquinas Central de ar cond.: 10 m²
centrais de ar condicionado
Gerador: 10 m²
Depósito Armazenamento 30 m²
Fonte: Elaborado pela autora, 2018.

Quadro 4: Programa de Necessidades e Pré Dimensionamento do Setor Público e de Conveniência do


Teatro.
Setor Público e de Conveniência
Área coberta para a circulação do público
Vestíbulo externo Livre
na entrada do teatro
Espaço para compra e venda de
Bilheteria 10,00 m²
ingressos, prever cofre
Espaço para acomodação do público no 0,5 m² por assento/125,00
Foyer
início, intervalos e fim das apresentações m²
Exposições Área destinada a exposições Livre
Informações Balcão de informações 6,00 m²
Maculino, feminino, fraldário, infanil, PCD B.W.C= 8,00 m² cada
Sanitários B.W.C PCD= 4,20 m²
masculino e PCD feminino
Café Espaço para venda de lanches rápidos 20,00 m²
Espaço para realização de eventos
Salas multiuso 34,00 m² cada sala
menores e que sejam flexíveis
Fonte: Elaborado pela autora, 2018.

Pra auxiliar na disposição dos espaços do teatro dentro da planta baixa foi elaborado
um organograma (Figura 45), que organiza os ambientes e setores de acordo com a
hierarquia de importância e de dimensão.
59
Figura 45: Organograma do Teatro

Fonte: Elaborado pela autora, 2018.

Em seguida, foi elaborado o fluxograma (Figura 46) a partir dos ambientes definidos
no programa de necessidades, com o objetivo de compreender como serão dispostos os
ambientes e como esses se conectarão.
60
Figura 46: Fluxograma do Teatro

Fonte: Elaborada pela autora, 2018.


61
REFERÊNCIAS

ABNT - Associação Brasileira De Normas Técnicas. NBR 9050: Acessibilidade a


edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2015.

ACR, arquitetura. Arquitetura, arte e cultura – Colégio Miguel Cervantes. ACR


Arquitetura, 2017. Disponível em: < http://www.acr.arq.br/blog/colegio-miguel-de-
cervantes> Acesso em: 02 out 2018, 10:03.

ALMEIDA, Anderson Diego da Silva. Do edifício teatral a arquitetura de interiores: o


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12:00.
MEMORIAL DESCRITIVO

1. APRESENTAÇÃO

O presente memorial tem como objetivo discorrer sobre o projeto


arquitetônico para implantação de um centro cultural integrado a praça Ocílio
Lago, na cidade de Teresina, Piauí, tendo como finalidade estabelecer os
critérios para a construção do projeto, bem como especificar os materiais e
técnicas construtivas a serem utilizados, o mesmo conta com uma área de
aproximadamente 9.300m². O projeto visa desenvolver um projeto arquitetônico,
que resultará na requalificação de um espaço livre urbano, dotando seus usos
com cultura e lazer para que a população crie relação de pertencimento ao local.

2. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
2.1 LOCALIZAÇÃO E IMPLANTAÇÃO

O projeto foi elaborado para a cidade de Teresina-PI, no bairro Jóquei.


Este local é uma região consolidada e ainda em extrema expansão, tanto por
loteamentos no extremo leste quanto pela verticalização nos bairros de maior
especulação imobiliária.
O terreno escolhido para a implantação ocupa todo um quarteirão com
testadas variando entre 80 e 100 metros, localiza-se entre as ruas Anfrísio Lobão
(a norte), Angélica (a leste), a Orquídeas (a oeste) e Marcolino Rio Lima (a sul).
A implantação da edificação contará com térreo, primeiro pavimento e
dois subsolos, e foi pensada de maneira a gerar conforto térmico aos utentes em
todos os espaços, tendo a fachada principal orientada a norte.
Figura 1 - Implantação e Locação

Fonte: A AUTORA (2019)

2.2 DIMENSIONAMENTO

Figura 2 - Quadro de áreas

Fonte: A AUTORA (2019)

3. DESCRIÇÃO DOS MATERIAIS E SERVIÇOS


3.1 SISTEMA CONSTRUTIVO

O sistema construtivo utilizado para a execução da edificação será mista,


sendo estrutura metálica e alvenaria, pois trazem diversos benefícios para as
edificações feitas somente em alvenaria. As vantagens são reais tanto para a
edificação quanto para a fase de obra. O ideal é utilizar as vantagens presentes
em cada um dos materiais e uni-las a favor do empreendimento.

Este sistema foi definido tendo em vista que, a união das vantagens dos
dois tipos de materiais, torna a obra mais segura, resistente e econômica,
garantindo maior vida útil para as edificações e um retorno financeiro mais
rápido.
3.2 FUNDAÇÕES

As fundações para apoio da estrutura deverão ser executadas conforme


for previsto no projeto de fundações e estrutura. Determinados através de estudo
do solo e do terreno.

3.3 COBERTURAS
Para a cobertura das edificações foram utilizados dois tipos de materiais,
sendo eles: telha termo acústica com estrutura metálica com inclinação de 10%
e 15% e cobertura em laje maciça de concreto com impermeabilização em manta
asfáltica, com inclinação de 1% para escoamento de águas pluviais.
As calhas utilizadas no projeto são em zinco. Os rufos e o chapim de
concreto. Os drenos para receber as águas pluviais são pré-moldados em PVC
com diâmetro de 10 cm.

3.4 DAS ALVENARIAS


As paredes devem ser de alvenaria, de primeira qualidade, secos e
padronizados, respeitando-se os padrões técnicos necessários para uma boa
segurança, durabilidade e conforto ambiental.
Antes da execução das paredes de alvenaria, faz-se necessário um
levantamento das características da estrutura metálica. Uma vez que inserida
em uma estrutura metálica, é de se esperar que a técnica de produção da parede
esteja diretamente vinculada às características e à qualidade da execução da
estrutura que delimita o vão.

Alguns itens devem ser verificados para que a alvenaria seja executada
de forma eficaz:

• Corrosão – Deverá ser verificada se a camada de cobrimento não está


solta, como a camada de Primer (a base de Execução e inspeção de alvenarias
de vedação para estrutura metálica 29 zinco), podendo ser usada uma espátula.

• Limpeza – Deverá ser tirada toda poeira ou qualquer tipo de material que
esteja aderido na estrutura, gordura etc.
• Prumo – Verifica-se o prumo da estrutura que deverá ser a mesma
utilizada na execução da alvenaria, não ultrapassando a H/900 (onde H é a altura
efetiva da alvenaria).

• Qualidade da solda – Verifica-se se a solda está bem aplicada e com


sua função obedecida.

• Qualidade do encontro viga/pilar – deverá ser inspecionado visualmente


se existem pontos distantes permitindo a percolação de água. • Parafuso –
quanto a qualidade, se está solto, frouxo ou mal parafusado, permitindo também
a entrada de água.

3.5 DAS ESQUADRIAS


As janelas utilizadas no empreendimento são em sua estrutura de
alumínio com fechamento em vidro laminado de 3+3. As portas em madeira
maciça, receberão um tratamento por meio de lixamento para que sua superfície
fique lisa e receba a pintura, ambas serão pintadas com tinta Eucatex esmalte
Premium a base de água na cor branca.
Segue a lista das demais portas e janelas:
PORTAS:
 P1 – (1.96 x 3.00 cm) – Porta de abrir, em vidro 8mm, 2 folhas;
 P2 – (0.90 x 2.10 cm) – Porta de abrir, em vidro 8mm, 1 folha;
 P3 – (1.20 x 3.00 cm) – Porta pivotante, madeira vazada, na cor
ciliegio;
 P4 – (0.90 x 210 cm) – Porta corta fogo em alumínio;
 P5 – (1.20 x 2.10 cm) – Porta acústica;
 P6 – (1.96 x 2.10 cm) - Porta acústica;
 P7 – (2.00 x 2.10 cm) – Porta acústica, linha corta fogo;
 P8 – (0.90 x 2.10cm) – Porta de abrir, em madeira maciça, esmaltada
branca, 01 folha;
 P10 – (1.80 x 2.10 cm) – Porta de abrir, vidro temperado, 6mm, 02
folhas;
 P11 – (1.20 x 2.10) – Porta de correr, vidro temperado 6mm, 01 folha;
 P12 – (4.00 x 2.10) – Porta de correr, gradeada;
 P13 – (0.90 x 2.10) – Porta de abrir, lambril de alumínio branco, linha
Premium;
 P14 – (0.80 x 2.10) – Porta de abrir, semi oca mdf, esmaltada branca,
01 folhas;
 P15 - (1.96 x 2.10) – Porta de abrir, vidro temperado, 6mm, 02 folhas;
 P16 – (0.60 x 2.10) – Porta de abrir veneziana de aço, 01 folha;
 P17 – (0.60 x 2.10) – Porta de correr, veneziana de aço, 01 folha.

JANELAS:
 J1 – (0.60 x 0.60 cm) – Janela maxim-ar, uma folha, vidro laminado
3+3, na cor fumê;
 J2 – (1.50 x 1.20 cm) – Janela de correr, duas folhas, da linha master
com vidro laminado 3+3 na cor fumê;
 J3 – (10.70 x 450 cm) – Pele de vidro maxim-ar;
 J4 – (2.00 x 2.00 cm) – Visor acústico com vidro triplo de 10mm;
 J5 – (3.99 x 1.50 cm) – Vidro fixo.
 J6 – (2.00 x 1.20 cm) – Janela de correr, 04 folhas, da linha master
com vidro laminado 3+3 na cor fumê;
 J7 – (1.20 x 1.90 cm) – Janela Pivotante, madeira veneziana;
 J8 – (4.00 x 1.20 cm) – Janela de correr, 08 folhas, da linha master
com vidro laminado 3+3 na cor fumê;
 J9 – (4.84 x 3.00 cm) – Pele de vidro;
 J10 – (5.91 x 1.20 cm) – Janela de correr, 12 folhas, da linha master
com vidro laminado 3+3 na cor fumê;

4. DOS REVESTIMENTOS DE PAREDES, INTERNAS E EXTERNAS

Todas as paredes com acabamento em pintura, receberão o chapisco no


traço adequado de cimento, areia média mais aditivos, para aumentar a
aderência das paredes aos processos posteriores. Após a sua cura, é iniciado o
processo de reboco composto de argamassa de cimento, cal e areia no traço
adequado, para que a superfície fique lisa e receba o acabamento com massa
corrida, selador e pintura com a tinta Acrílico Super Premium, na cor conforme
indicado em projeto, sendo um produto de alta impermeabilidade.

As paredes dos banheiros da edificação, contará com revestimento simetric


brilhante bold, branco royal, da marca gres, com tamanho de 32x57 cm (Figura
3), em altura de 2,10 cm, a superfície que ficará sem revestimento receberá duas
demãos de tinta na cor branco neve na marca suvinil.
Figura 3 - Revestimento Simetric brilhante bold, branco royal.

Fonte: Telha Norte

As paredes do auditório, contarão com revestimento acústico sonique wood


(Figura 4), que consiste em painéis de MDF proveniente de matéria prima
certificada com selo FSC Classe E1 revestido em melanina padrão amadeirado
ou folha de madeira. Foi escolhido por conter elevada performance acústica,
praticidade na instalação e facilidade de limpeza e manutenção.

Figura 4 - Revestimento Sonique wood.

Fonte: Vibrasom

Externamente as paredes que constituem as fachadas receberão o


chapisco, emboço, reboco, massa e pintura acrílica de acordo como indicado no
projeto arquitetônico. Além da pintura algumas receberão revestimentos
diferenciados, que também foram expostos no projeto.

4.1 DOS REVESTIMENTOS DO TETO

Em alguns cômodos da edificação (especificados no projeto), os tetos


receberão forro de gesso acartonado e serão do tipo pé solto, pintadas com duas
demãos de tinta na cor branco da linha Eucatex Gesso & Drywall.

No auditório contará com forro acústico Ecoline (Figura 5), além de ser
100% reciclável, suas características proporcionam elevada absorção sonora,
além de um excelente isolamento térmico. Não amarela, não é afetado pela
umidade, não mofa e nem deteriora com o tempo. E auto extinguível,
classificação II-A da IT-10 do corpo de bombeiros. De instalação rápida e prática,
é fornecido na modulação 618x618mm e instalado utilizando a mesma linha de
perfis metálicos do sistema Lay-in dos forros convencionais.

Figura 5 – Forro Acústico Ecoline

Fonte: Vibrasom

1.1 PISOS

O piso da edificação será em Porcelanato Elizabeth, esmaltado urban off-


white seg, 84x84 cm, PEI4, (Figura 6) com junta de assentamento de 2 mm,
utilizando rejunte cimentício para porcelanatos e cerâmicas quartzolit com
acabamento extra liso na cor palha. Sua característica antideslizante, trará mais
segurança na circulação, diminuindo riscos de queda. Nas áreas molhadas o
piso utilizado será cerâmico esmaltada bold aquarius hd, 61x61, branco, PEI5
(Figura 7).

Figura 6 - Porcelanato Elizabeth, esmaltado urban off-white seg

Fonte: Telha Norte


Figura 7 - Piso cerâmico esmaltado Navagio

Fonte: Telha Norte

Nos ambientes identificados no projeto, será utilizado piso de granilite


polido cor branca, com juntas plásticas niveladas (Figura 8).
Figura 8 - Granilite polido, cor branco

Fonte: Pugliese

2. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
A instalação elétrica será embutida, conforme for detalhado em projeto
específico. Os equipamentos e/ou materiais elétricos a serem fornecidos e/ou
instalados deverão obedecer às normas da ABNT, e ao projeto específico.

Nas áreas internas as luminárias utilizadas serão luminárias de embutir com


difusor E113ACL, marca Abalux, cor branca.

3. INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E SANITÁRIAS

As instalações hidráulicas deverão ser aplicadas de acordo com o projeto


arquitetônico, e suas tubulações deverão ser executadas de acordo com um
projeto específico. Para todos os banheiros masculino e feminino a bacia
sanitária deverá ser com caixa acoplada louça branca, capacidade 3/6L e
assento, ref. Deca quadra: bacia para caixa acoplada P.210.17, caixa acoplada
com acionamento duo CD.21F, assento plástico slow close AP.215 (figura 9).

Figura 9 - Deca quadra: bacia para caixa acoplada P.210.17

Fonte: DECA

De acordo com as normas da NBR 9050, que se trata da acessibilidade, todos


os banheiros PcD deverão ter barras de apoio vertical e horizontal, assim como
mostra o projeto arquitetônico, sendo de 80 cm da marca Eternit, e na área de
box contar com o banco para banho de parede articulado Astra Flip Seat, além
de Barra De Apoio Em "L" Eternit - 80 Cm - Aço Inoxidável Escovado.

Os lavatórios serão de acordo com o projeto arquitetônico, onde contarão


com cuba de Embutir Oval Icasa Branca 40x30 cm.

Os chuveiros dos banheiros masculino e feminino devem ser com tubo de


parede Aspen Cromado na marca Eternit, já dos banheiros PcD devem ser
chuveiro com Desviador Max 4806 - E 1/2'' Cromado na marca Eternit.

4. PINTURA

Pintura de paredes internas e fachadas com a tinta Acrílico Suvinil, com cores
indicadas e especificadas no projeto arquitetônico. Forro pintado com tinta na cor
branco da linha Eucatex Gesso & Drywall. Laje maciça com pintura PVA látex
branco neve sobre massa corrida pva.

5. DIVERSOS

Os banheiros contaram com bancadas em granito preto são Gabriel,


espessura de 3cm. As divisórias do box também serão no mesmo granito, com
altura de 1.70m.
6. COBERTURA VEGETAL

Todas as espécies de vegetação e forrações, estão determinadas e ilustradas


em projeto, na planta de implantação.

7. VOLUMETRIA

EXTERNA – Fachadas
INTERNA – Café|Bar e Exposição
INTERNA - Auditório
O
IO LOBÃ
NFRIS
RUA A
LEGENDA

BÃO
GRAFISMO
IO LO
NFRÍS
RUA A 63.0
0
EDIFICAÇÃO

4.13

24.8
EQUIPAMENTOS EXISTENTES
0
33.0

7
7.13

50.1
4.73

8
QUADRO DE ÁREAS ÁREA

63.6
50.1

RUA A
0
ÁREA CONSTRUÍDA 2.826,65m²

83.8
8

NGÉLIC
ÁREA DO TERRENO 9.300,00m²

5
A
4.88
ÁREA DE PISO 2.422,82m²

5
19.5 ÍNDICE DE APROVEITAMENTO 30.0

RUA O
0.30%

83.8
TAXA DE OCUPAÇÃO

RQUÍD
5
3

EAS
15.9 1
16.1

41.8
6
11.7

12.7

6.24
2
8.70
0
63.0O RIO LIMA
LIN
ARCO
RUA M

PLANTA DE LOCAÇÃO E SITUAÇÃO


01 ESCALA: 1|750

DE ATLETISMO
PISTA
RIO PARN

53.16
AÍBA

CHAPADINHA
PRIMAVERA
RESIDENCIAL JACINTA ANDRADE

RESIDENCIAL JACINTA ANDRADE

JACINTA
ANDRADE

RESIDENCIAL JACINTA ANDRADE

SANTA MARIA MONTE VERDE

FÁTIMA HORTO
RESIDENCIAL JACINTA ANDRADE

MORADA
98.39
DO SOL

54.30

53.91

PARQUE BRASIL ALEGRE

TABAJARAS
AROEIRAS
PI-112

PEDRA MOLE
PI-369

MORRO DA
SOCOPO ESPERANÇA
PI-112
TERESINA

PI-369

LAGOA MOCAMBINHO

MOCAMBINHO
SANTA ROSA CIDADE JARDIM

LOTEAMENTO MIRANTE DOS MORROS

52.72

58.49
VALE DO
GAVIÃO
52.49
059
RUA

52.39

52.48

52.47
PI-369

MORROS

VILA SÃO
FRANCISCO EMBRAPA LOTEAMENTO MIRANTE DOS MORROS

PORENQUANTO SÃO SANTA ISABEL


POTI
VELHO
VERDE LAR
CONJUNTO
JARDIM
DO LESTE
CRISTÓVÃO
BUENOS AIRES ÁRVORES
VERDES
CONJUNTO
VALE VERDE

JÓQUEI
PI-369

ALTO BOM JESUS


ALEGRE PORTO DO CENTRO
OLARIAS
SANTA BARBARA

VILA BANDEIRANTE II

LOTEAMENTO VERDE LAR

TAQUARI

MAFRENSE
ZOOBOTÂNICO
PI-112

MEMORARE
ÁGUA JARDIM DO VALE
PI-112

ITAPERU VALE QUEM TEM


MINERAL VILA DO ANCIÃO

RESIDENCIAL CANADÁ

RES. GEOVANE PRADO

LOTEAMENTO PRIMAVERA LESTE


SATÉLITE
LOTEAMENTO SATELITE

LOT. PLANALTO

VILA TERESA BRITO

REAL
NOVA COPAGRE
BRASÍLIA
LOTEAMENTO VALE QUEM TEM

ININGA
RES. DOM AVELAR

PQ. MÃO SANTA


SÃO
JOAQUIM
PISTA DE ATLETISMO

LOTEAMENTO ORGIMAR MONTEIRO


SAMAPI RESIDENCIAL PLANALTO URUGUAI

LOT. ESPLANADA DO URUGUAI

PLANALTO
PARQUE
ALVORADA
S

PIÇARREIRA
NOVO URUGUAI
DE ATLETISMO
PISTA

SANTA LIA
ALTOS

MATADOURO 53.16

QE

URUGUAI
AEROPORTO PRIMAVERA BR-343
RIO

TIMON
PARN

ALTOS

FÁTIMA HORTO CAMPESTRE


R.F.F.S
MORADA .A.
AÍB

DO SOL

CABRAL
A

BR-343

ACARAPE

MORRO DA
ESPERANÇA
BR-343

PIRAJÁ VILA
OPERÁRIA MARQUÊS PORENQUANTO SÃO SANTA ISABEL BR-343

65.96
CRISTÓVÃO TIMON

JÓQUEI ALTOS

64.82
PISTA DE ATLETISMO

ALTOS

TIMON BR-343

77.37

77.49

MAFUÁ

ALTOS
TIMON

TIMON

MATINHA R.F.F.S.A.

RECANTO
R.F.F.S.A. R.F.F.S.A.

CABRAL DAS

63.93

NOIVOS
PALMEIRAS

BR-343
NOIVOS
TIMON

URUGUAI

BAIRRO

REDENÇÃO
ALTOS

BAIRRO
ALTOS
R.F.F.S.A.

GURUPI TODOS OS SANTOS


FREI
TIMON

BR-343

SERAFIM
ALTOS

CENTRO
R.F.F.S.A.

TIMON

SÃO JOÃO
ALTOS
R.F.F.
S.A.

R.F.F.S.A.

LIVRAMENTO
BR-343

R.F.F.S.A.

ILHOTAS R.F.F.S.A.
TIMON

TIMON

R.F.F.S.A.
FERROVIA R.F.F.S.A.

ALTOS

R. E. F. F. S. A.
LOBÃO

R.F.F.S.A.
DEMERVAL

71.95
ALTOS
ALTOS
TIMON

ALTOS
59.61
TIMON

R.F.F.S.A

R.F.F.S.A

53.71

COLORADO FREI
TIMO

R.F.F.S.A.

PIÇARRA
N

R..F.F.S.A

53.95 53.95

NOSSA
Sra DAS GRAÇAS
80.67

SÃO
RAIMUNDO
PARQUE
IDEAL
RENASCENÇA 68.42
FLOR DO CAMPO
SERAFIM
CRISTO REI

MONTE CASTELO
78.15

ITARARÉ
A R Q U I T E T U R A
BR-343

VERMELHA

MACAÚBA
CIDADE NOVA

BEIRA RIO NOVO


PARQUE
POTI
SÃO
SEBASTIÃO

SÃO JOÃO
& U R B A N I S M O
HORIZONTE

TRÊS ANDARES VERDECAP

PIO XII TANCREDO


NEVES

R.F.F.S.A.

SÃO PEDRO

REDENÇÃO
COMPRIDA
ITARARÉ
BAIRRO

TABULETA
BR-343
MORADA
NOVA
CATARINA

RIO
POTY
EXTREMA
REDONDA

BOM PRINCIPIO
PROJETO FINAL

3
BR-34
TRIUNFO
ITARARÉ
BAIRRO

PARQUE
SÃO JOÃO ILHOTAS TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
SANTA
LUZIA 59.33

SANTANA TIMON
BELA VISTA 86.47

LOURIVAL
PARENTE 74.62

R.F.F.S
.A.
BELA BISTA

R. E. F. F. S. A.

LOBÃO
VAL
66.41
R.F.F.S.A.

DEMER
ALTOS

SACI
BELA BISTA

LOTEAMENTO NOVO BELA VISTA III


65.60

65.96

66.08

88.12

LOTEAMENTO
VERDE CAP III
TIMON

BANCA EXAMINADORA FINAL


R.F.F.S.A
PARQUE SUL

COMUNIDADE ALEGRIA

PARQUE PIAUÍ QE
SÃO LOURENÇO R.F.F.S.A

QE

DISTRITO
INDUSTRIAL PARQUE SUL ASSENTAMENTO AGROPOL

VILA TIRADENTES

84.67

PARQUE SUL

PROMORAR II
PROMORAR

76.78
PIÇARRA R..F.F.S.A

VAMOS VER O SOL

SANTO
QE

ANTÔNIO

VILA VITÓRIA

AREIAS
SANTA CRUZ

PARQUE DAGMAR MAZZA


SANTA FÉ

109.01

80.67

107.71 USINA SANTANA

SÃO
LOTEAMENTO SANTA CRUZ

125.35 124.44

NOSSA RAIMUNDO
QE

73.33

73.34
PARQUE
JACINTA

PARQUE JACINTA

PARQUE JACINTA
PARQUE
JULIANA

70.04
68.76

COMUNIDADE TORRÕES
73.58
COMUNIDADE HUMAITÁ
Sra DAS GRAÇAS
CRISTO REI
CENTRO CULTURAL ALBERT NUNES DE CARVALHO
80.18

QE
RIO PARNA

ANGELIM

81.75

SANTA CLARA
ÍBA

PI-130

BRASILAR

86.43
Projeto Local
PALMEIRAIS

72.43

72.47

COMUNIDADE TORRÕES

66.48

66.48

69.21

78.15

ITARARÉ
PI-130

72.28

ESPLANADA

PORTAL DA
MONTE CASTELO
ALEGRIA
PROJETO DE ARQUITETURA JÓQUEI
PALMEIRAIS

104.77

111.63
PI-130

3
BR-34
PALMEIRAIS

ANGÉLICA PEDRA MIÚDA


ARQUITETURA DA CULTURA E LAZER TERESINA-PI
MACAÚBA Prancha
CIDADE NOVA
Conteúdo

BEIRA RIO PLANTA DE LOCAÇÃO 01 | 15


LOCALIZAÇÃO NO TERRENO E PLANTA DE MACROLOCALIZAÇÃO
TRÊS ANDARES Aluna(o) Escala

THAYS REGINA PEREIRA LUSTOSA INDICADAS


PLANTA DE LOCALIZAÇÃO DO BAIRRO Orientadora(o) Data
02 ESCALA: 1|SEM ESCALA
PROFª MA. ISIS MEIRELES RODRIGUES 04/06/2019
C:\Users\Arq 01\Downloads\THAYS.LOCAÇÃO-SITUACAO (1).dwg
N
A R Q U I T E T U R A
& U R B A N I S M O

PROJETO FINAL
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

BANCA EXAMINADORA FINAL

CENTRO CULTURAL ALBERT NUNES DE CARVALHO


Projeto Local

PROJETO DE ARQUITETURA TERESINA-PI


ARQUITETURA DA CULTURA E LAZER JÓQUEI

Conteúdo Prancha

01 PLANTA DE DEMOLIÇÃO
ESCALA: 1|100
PLANTA DE DEMOLIÇÃO 02 | 15
Aluna(o) Escala

THAYS REGINA PEREIRA LUSTOSA 1/100


Orientadora(o) Data

PROFº MA. ISIS MEIRELES RODRIGUES 04/06/2019


C:\Users\Arq 01\Downloads\DEMOLIÇÃO-IMPLANTAÇÃO (BIBLIOTECA).dwg
N
CALHA METÁLICA

LAJE IMPERMEABILIZADA

CALHA METÁLICA

I=15%

I=15%

CALHA METÁLICA

I=10%
CALHA METÁLICA

CX 1000L
ÁREA CAIXA D'ÁGUA E CONDENSADORES

LAJE TÉCNICA

CX 1000L

I = 10%
TELHA TERMOACUSTICA

A R Q U I T E T U R A
& U R B A N I S M O

PROJETO FINAL
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

BANCA EXAMINADORA FINAL

CENTRO CULTURAL ALBERT NUNES DE CARVALHO


Projeto Local

PROJETO DE ARQUITETURA TERESINA-PI


ARQUITETURA DA CULTURA E LAZER JÓQUEI

Conteúdo Prancha

PLANTA DE IMPLANTAÇÃO 03 | 15
01 PLANTA DE IMPLANTAÇÃO
ESCALA: 1|100 Aluna(o) Escala

THAYS REGINA PEREIRA LUSTOSA 1/100


Orientadora(o) Data

PROFº MA. ISIS MEIRELES RODRIGUES 04/06/2019


C:\Users\Arq 01\Downloads\DEMOLIÇÃO-IMPLANTAÇÃO (BIBLIOTECA).dwg
MAPA DE ESQUADRIAS

LEGENDA DE PORTAS
DIMENSÕES
REF. (cm) QUANT. TIPO/ DESCRIÇÃO

P1 1.96 x 3.00 4 PORTA DE ABRIR, EM VIDRO 8MM, 2 FOLHAS


P2 0.90 x 2.10 12 PORTA DE ABRIR, EM VIDRO 8MM, 01 FOLHA
P3 1.20 x 3.00 27 PORTA PIVOTANTE, MADEIRA, NA COR CILIEGIO
P4 0.90 x 2.10 15 PORTA CORTA FOGO DE ALUMINIO (EIXO VERTICAL)
.15 1.13 .10 1.13 .10 1.16 .15 2.08 .15 2.08 .15 1.13 .10 1.13 .10 1.03 .15 2.00 .15 1.03 .10 1.13 .10 1.13 .15 ACESSO PRINCIPAL 18.90
.34 .94 .12 .92 .47 .92 .20 1.15 .90 .18 1.15 .90 .18 3.48 .15 2.00 .15 3.48 .15 18.90 P5 1.20 x 2.10 4 PORTA ACÚSTICA
.43 .60 .63 .60 .63 .60 .76 .60 1.63 .60 .82 .80 .60 .57 .60 .53 .60 2.83 .60 .53 .60 .55 .60 .80 13.48 .80 3.50 .80 P6 1.96 x 2.10 2 PORTA ACUSTICA
2.00 x 2.10 01

1.00
J1 J1 J1 J1 J1 J1 J1 J1 J1 J1 J1 P7 PORTA ACUSTICA, LINHA CORTA FOGO
P3 P3 P3 P3 P3 P3 P3 P3 P3 P3 P3 P3 P3
P8 0.90 x 2.10 11 PORTA DE ABRIR, EM MADEIRA ESMALTADA BRANCA, 01 FOLHA

2.65
B.W.C B.W.C P9 0.90 x 2.10 60 PORTA DE ABRIR, SEMI OCA MDF, ESMALTADA BRANCA, 01 FOLHA
P9 P9 P9 PCD FEM. PCD MASC. P9 P9 P9 P9 P9 P9
A= 5,19m² A= 5,19m² P10 1.80 x 2.10 1 PORTA DE ABRIR, VIDRO TEMPERADO, 6MM, 02 FOLHAS

3.53
1.80
+0.13 +0.13
P11 1.20 x 2.10 01 PORTA DE CORRER, VIDRO TEMPERADO 6MM, 01 FOLHA
VEST. FEM. 2 3 1 2 3 1 B.W.C +0.13 B.W.C +0.13
2 3 1 MASC. P12 4.00 x 2.10 01 PORTA DE CORRER, GRADEADA

.15
A= 27,24m² 2 3 1 FEM.

.10
+0,13 A= 11,73m² A= 11,73m² 0.90 x 2.10

.26.60 .63 .60 .36 .60 1.00 .60 .57 .60 .63 .60 .63 .86 .10 .86 .26
P9 P9 P13 04 PORTA DE ABRIR, LAMBRIL DE ALUMINIO BRANCO, LINHA PREMIUM
J1 P9 P9
2 3 1 P14 0.80 x 2.10 01 PORTA DE ABRIR, SEMI OCA MDF, ESMALTADA BRANCA, 01 FOLHA

8.03
P9 FOYER
A= 281,21m² P15 1.96 x 2.10 02 PORTA DE ABRIR, VIDRO TEMPERADO, 6MM, 02 FOLHAS

.93
P9 +0.15 P16 0.60 x 210 05 PORTA DE ABRIR, VENEZIANA DE AÇO DE 01 FOLHA
J1 PCD FEM.
3.88

P9 A= 5,71m² 1 5 2 P17 0.60 x 210 05 PORTA DE CORRER, VENEZIANA DE AÇO DE 01 FOLHA


+0.13

1.50
2 3 1
J1

.15
P9
LEGENDA DE JANELAS EM ALUMÍNIO
DIMENSÕES H

1.63
J1
.90 .40 .90

P9 REF. (cm) TIPO/ DESCRIÇÃO


P9 PEITORIL
PCD MASC. J1 0.60 x 0.60 1.70 cm JANELA MAXIM-AR, 01 FOLHA, DA LINHA MASTER COM VIDRO LAMINADO 3+3, NA COR FUMÊ.
A= 5,71m²
J1 +0.13 J2 1.50 x 1.20 1.10 cm JANELA DE CORRER, 02 FOLHAS, DA LINHA MASTER COM VIDRO LAMINADO 3+3, NA COR FUMÊ.

.25 .93
3.99 .15 1.35 .15 1.35 .15 ACESSO

1.96
P9 2 3 1 P9 PELE DE VIDRO MAXIM-AR
P9 J3 10.70 x 4.50 .15 cm
.15 1.03 2.97 .32 .90 .40 .90 .32
.15 .15

.15
P1 J4 2.00 x 2.00 .75 cm VISOR ACÚSTICO COM VIDRO TRIPLO DE 10MM
J5

14

11
13
12

10
15

4
7

5
6
9

2
8

1
J5 3.99 x 1.50 75 cm VIDRO FIXO
P9 +0.13
ELEVADOR +0.13 J6 2.00 x 1.20 1.10 cm JANELA DE CORRER, 04 FOLHAS, DA LINHA MASTER COM VIDRO LAMINADO 3+3, NA COR FUMÊ.
BILHETERIA

2.63
J1 SOCIAL A= 10,95m²
+0.15 J7 1.20 x 1.90 1.20 cm JANELA PIVOTANTE, MADEIRA VENEZIANA
J1 2 3 1 2 3 1
J8 4.00 x 1.20 1.10 cm JANELA DE CORRER, 08 FOLHAS, DA LINHA MASTER COM VIDRO LAMINADO 3+3, NA COR FUMÊ.
3 4 1 BWC BWC
P9 MASC. FEM. J9 4.84 x 3.00 .20 cm PELE DE VIDRO MAXIM-AR

23

25

29
20
21
22

24

26
27
28
30
16

19
17
18
5.43

A= 3,53m² A= 3,53m²

.15 1.10 .15


P2 P9 P9 J10 5.91 x 1.20 1.20 cm JANELA DE CORRER, 12 FOLHAS, DA LINHA MASTER COM VIDRO LAMINADO 3+3, NA COR FUMÊ.

1.01
J1 ELEVADOR CIRCULAÇÃO
P9 CAMARIM SERVIÇO A= 56,32m² CIRCULAÇÃO
COLETIVO A= 12,73m²
VEST MAS. CIRCULAÇÃO +0.15
.10

A= 31,33m² +0.15 3 6 1 ESPECIFICAÇÕES DE MATERIAIS


A= 23,23m² A= 77,80m²
+0,13 +0,15 1.20 +0.15 1 5 2
P2 P2
PISO

8.49
2 3 1 3 6 1 P11 5 1 2
1 - PORCELANATO ELIZABETH, ESMALTADO URBAN OFF-WHITE SEG, 84X84 CM, PEI4
.28.45

ELEVADOR
2.65

SOCIAL 2 - CERÂMICA ESMALTADA BOLD AQUARIUS HD 61X61cm, BRANCO


1.31 .15 1.00 .10

P9 P9 P9
14
P4 3 - GRANILITE POLIDO BRANCO, COM JUNTAS PLÁSTICAS NIVELADAS

11
13
12

10
15

4
7

5
6
9

2
8

1
4 - PISO ACÚSTICO - PA 30
TRADUÇÃO SALA 5 - CONCRETO DESEMPENADO LISO COM UMA CAMADA DE EPOXI

4.91
CONTROLE
1.50 .15

SIMULTÂN. A= 13,93m²
A= 13,93m²
PAREDE
3.30

+0.15 +0.15
P4 P4 1 - TINTA ACRÍLICA, FOSCA SUVINIL, NA COR FEIXE DE LUZ E507
J2 3 4 2 3 4 2
2 - TINTA ACRÍLICA, FOSCA SUVINIL, NA COR PAPEL CREPOM C208
CAMARIM IND. 3.16 1.33 .28 1.20 3.15 5.80 .15 3 - REVESTIMENTO SIMETRIC BRILHANTE BOLD, BRANCO ROYAL, GRES, 32X57 CM
A= 9,36m²
4 - TINTA ACRILICA, FOSCA SUVINIL, NA COR BRANCO NEVE RM01
.76 .90

+0,15
P8 7.51
.19 1.09

23

25

29
20
21
22

24

26
27
28

30
P2
16

19
17
18

DE DS 5 - TINTA ACRILICA, FOSCA SUVINIL, NA COR AMÊNDOA A503


.43.35

3 6 1 J4 J4 6 - TINTA ACRILICA, FOSCA SUVINIL, NA COR ARREPIO B503

.15
P5 P5 7 - PAINEL DE MDF, SONIQUE WOOD, REVESTIDO EM MELANINA, PADRAO AMADEIRADO NA COR LOURO FREJÓ

1.00
8 - CONCRETO APARENTE
AUDITÓRIO

1.81
.90
1.50

A= 518,18m²
P8 +0,15
J2
1.96

COXIA -0,57 -0,45 -0,33 -0,21 -0,09 +0,03 +0,27 +0,39 +0,51 +0,63 +0,75 TETO
CAMARIM IND. P6 A= 28,93m² P6
A= 9,38m² 4 7 3 1 - FORRO DE GESSO ACARTONADO, NA COR BRANCO DA LINHA EUCATEX GESSO E DRYWALL
+0,15
.15 1.47

+0,15 2 - LAJE MACIÇA PROTENDIDA COM PINTURA PVA LÁTEX BRANCO NEVE SOBRE MASSA CORRIDA PVA
1.35

3 6 1 3 - FORRO ACÚSTICO ECOLINE


3 6 1
.47

4 - ISOLANTE TÉRMICO

2.85
P1

7.84
1.50
8.40

SALA DE ENSAIO
10.70

J3 A= 94,23m²
+0,15 PALCO

5.70

N
18.68
ENTRADA DE SERVIÇO +0.18

1.00
3 4 1 A= 32,65m²
+0,15

3 5 2

P12
.15

.10 4.00 5.28

1.50
2.29

8.84
.15 .85
1.00

.20 3.61 .15 2.23 1.96 .15


.11

4.17
8.36

i=16%
SOBE

.15 .85
SAÍDA DE
P5 P5 EMERGÊNCIA
P7

.15.70.15 12.71 1.00 2.73 1.20 .40 1.20 2.30 1.00 3.43 2.00 .15
.22

PLANTA BAIXA - TÉRREO


01 ESCALA: 1|100

A R Q U I T E T U R A
& U R B A N I S M O

PROJETO FINAL
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

BANCA EXAMINADORA FINAL

CENTRO CULTURAL ALBERT NUNES DE CARVALHO


Projeto Local

PROJETO DE ARQUITETURA TERESINA-PI


ARQUITETURA DA CULTURA E LAZER JÓQUEI

Conteúdo Prancha

PLANTA TECNICA 04 | 15
PAVIMENTO TÉRREO
Aluna(o) Escala

THAYS REGINA PEREIRA LUSTOSA 1/100


Orientadora(o) Data

PROFº MA. ISIS MEIRELES RODRIGUES 04/06/2019


C:\Users\Arq 01\Downloads\PRANCHAS(BIBLIOTECA) (1).dwg
ACESSO PRINCIPAL

J3 J3 J3 J3 J3 J3 J3 J3 J3 J3 J3

B.W.C B.W.C
PCD FEM. PCD MASC.
A= 5,18m² A= 5,18m²

VESTIÁRIO B.W.C B.W.C


FEMININO FEM. MASC.
A= 11,72m² A= 11,72m²
A= 23,23m²

PCD FEM.
A= 5,70m²

FOYER
A= 247,10m²
PCD MASC.
A= 5,70m²

ACESSO

14

11
13
12

10
15

4
7

5
6
9

2
8

1
ELEVADOR
SOCIAL
BILHETERIA
A= 10,47m² BWC BWC
MASC. FEM.

23

25

29
20
21
22

24

26
27
28
30
16

19
17
18
A= 3,53m² A= 3,53m²

ELEVADOR CIRCULAÇÃO
VESTIÁRIO SERVIÇO A= 55,47m²
MASCULINO CIRCULAÇÃO
A= 12,73m²
A= 23,23m² CIRCULAÇÃO
A= 23,98m²
CAMARIM
COLETIVO
A= 98,27m² ELEVADOR
SOCIAL
TRADUÇÃO SALA
CONTROLE
14

11
13
12

10
15

SIMULTÂN.
4
7

5
6
9

2
8

1
A= 13,93m² A= 13,93m²

CAMARIM IND.
23

25

29
20
21
22

24

26
27
28

30
16

19
17
18

A= 9,35m² DE DS

COXIA
A= 28,93m²
CAMARIM IND.
A= 9,35m²

SALA DE ENSAIO
A= 94,22m²
PALCO

N
ENTRADA DE SERVIÇO A= 117,05m²
A= 32,65m² AUDITÓRIO
A= 392,41m²

SAÍDA DE
EMERGÊNCIA

PLANTA DE LAYOUT - TÉRREO


01 ESCALA: 1|100

A R Q U I T E T U R A
& U R B A N I S M O

PROJETO FINAL
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

BANCA EXAMINADORA FINAL

CENTRO CULTURAL ALBERT NUNES DE CARVALHO


Projeto Local

PROJETO DE ARQUITETURA TERESINA-PI


ARQUITETURA DA CULTURA E LAZER JÓQUEI

Conteúdo Prancha

PLANTA LAYOUT 05 | 15
PAVIMENTO TÉRREO
Aluna(o) Escala

THAYS REGINA PEREIRA LUSTOSA 1/100


Orientadora(o) Data

PROFº MA. ISIS MEIRELES RODRIGUES 04/06/2019


C:\Users\Arq 01\Downloads\PRANCHAS(BIBLIOTECA) (1).dwg
MAPA DE ESQUADRIAS

LEGENDA DE PORTAS
DIMENSÕES
REF. (cm) QUANT. TIPO/ DESCRIÇÃO

P1 1.96 x 3.00 4 PORTA DE ABRIR, EM VIDRO 8MM, 2 FOLHAS


P2 0.90 x 2.10 12 PORTA DE ABRIR, EM VIDRO 8MM, 01 FOLHA
P3 1.20 x 3.00 27 PORTA PIVOTANTE, MADEIRA, NA COR CILIEGIO
P4 0.90 x 2.10 15 PORTA CORTA FOGO DE ALUMINIO (EIXO VERTICAL)
P5 1.20 x 2.10 4 PORTA ACÚSTICA
P6 1.96 x 2.10 2 PORTA ACUSTICA
P7 2.00 x 2.10 01 PORTA ACUSTICA, LINHA CORTA FOGO
P8 0.90 x 2.10 11 PORTA DE ABRIR, EM MADEIRA ESMALTADA BRANCA, 01 FOLHA
P9 0.90 x 2.10 60 PORTA DE ABRIR, SEMI OCA MDF, ESMALTADA BRANCA, 01 FOLHA
P10 1.80 x 2.10 1 PORTA DE ABRIR, VIDRO TEMPERADO, 6MM, 02 FOLHAS
P11 1.20 x 2.10 01 PORTA DE CORRER, VIDRO TEMPERADO 6MM, 01 FOLHA
P12 4.00 x 2.10 01 PORTA DE CORRER, GRADEADA
P13 0.90 x 2.10 04 PORTA DE ABRIR, LAMBRIL DE ALUMINIO BRANCO, LINHA PREMIUM
36.70
P14 0.80 x 2.10 01 PORTA DE ABRIR, SEMI OCA MDF, ESMALTADA BRANCA, 01 FOLHA
.36 .90 .14 .90 .51 .90 .20 1.15 .90 1.33 .90 .18 3.48 .15 2.00 .26 .90 .31 .90 .35 .90 .17 18.79 .15 4.58
P15 1.96 x 2.10 02 PORTA DE ABRIR, VIDRO TEMPERADO, 6MM, 02 FOLHAS
.28.60 .63 .60 .63 .60 .76 .60
.15 1.63 .60 .82 .80 .60 .57 .60 .53 .60 .41 2.00 .42 .60 .53 .60 .55 .60 .80 1.20 1.20 11.08 .80 3.55 .80 4.43 .15
.15 P16 0.60 x 210 05 PORTA DE ABRIR, VENEZIANA DE AÇO DE 01 FOLHA

.15
P17 0.60 x 210 05 PORTA DE CORRER, VENEZIANA DE AÇO DE 01 FOLHA
1.00 J1 J1 J1 J1 J1 J1 J1 J1 J1 J1 J1 J7 J7 J7 J7 J7 J7 J7 J7 J7 J7 J7 J7 J7 J7

1.90
B.W.C B.W.C
2.50

P9 P9 P9 PCD FEM. PCD MASC. P9 P9 P9 P9 P9 P9 P3


A= 5,19m² A= 5,19m²
+5.38 +5.38 LEGENDA DE JANELAS EM ALUMÍNIO
2.16

.15
VEST. FEM. 2 3 1 2 3 1 B.W.C B.W.C DIMENSÕES H
+5.38 +5.38
A= 27,24m² MASC. REF. TIPO/ DESCRIÇÃO
.15

2 3 1 FEM. P3 (cm) PEITORIL


+5.38
P9 P9 A= 11,73m² A= 11,73m² 2 3 1

1.90
J1 2 3 1 P9 P9 J1 0.60 x 0.60 1.70 cm JANELA MAXIM-AR, 01 FOLHA, DA LINHA MASTER COM VIDRO LAMINADO 3+3, NA COR FUMÊ.
.60 .57 .60 .63 .60 .63 .60 .63 .60

CAFÉ/BAR P3
P9 A= 162,66m² J2 1.50 x 1.20 1.10 cm JANELA DE CORRER, 02 FOLHAS, DA LINHA MASTER COM VIDRO LAMINADO 3+3, NA COR FUMÊ.
+5.40

.15
J3 10.70 x 4.50 .15 cm PELE DE VIDRO MAXIM-AR
P9
J1 1 1 2 J4 2.00 x 2.00 .75 cm VISOR ACÚSTICO COM VIDRO TRIPLO DE 10MM
3.88

P9
PCD FEM. J5 3.99 x 1.50 75 cm VIDRO FIXO

1.90
A= 5,71m² P3
+5.38 J6 2.00 x 1.20 1.10 cm JANELA DE CORRER, 04 FOLHAS, DA LINHA MASTER COM VIDRO LAMINADO 3+3, NA COR FUMÊ.
J1 2 3 1 P3 J7 1.20 x 1.90 1.20 cm JANELA PIVOTANTE, MADEIRA VENEZIANA

.15
P9 CIRCULAÇÃO
A= 32,62m² J8 4.00 x 1.20 1.10 cm JANELA DE CORRER, 08 FOLHAS, DA LINHA MASTER COM VIDRO LAMINADO 3+3, NA COR FUMÊ.
+5.40 J9 4.84 x 3.00 .20 cm PELE DE VIDRO MAXIM-AR
J1
.90 .40 .90

1.90
P9 P9 PCD MASC. 1 1 2 J10 5.91 x 1.20 1.20 cm JANELA DE CORRER, 12 FOLHAS, DA LINHA MASTER COM VIDRO LAMINADO 3+3, NA COR FUMÊ.
A= 5,71m² P3
+5.38
2 3 1

16.68
J1

.15
ESPECIFICAÇÕES DE MATERIAIS
P9 P3
P9 P9

17.89
PISO
.60 .63 .60 .36 .60 1.00

1.90
14

11
13
12

10
15
1 - PORCELANATO ELIZABETH, ESMALTADO URBAN OFF-WHITE SEG, 84X84 CM, PEI4

4
7

5
6
9

2
8

1
P9 2 - CERÂMICA ESMALTADA BOLD AQUARIUS HD 61X61cm, BRANCO
ELEVADOR P3 3 - GRANILITE POLIDO BRANCO, COM JUNTAS PLÁSTICAS NIVELADAS
J1 SOCIAL

.15
4 - PISO ACÚSTICO - PA 30
J1 P3 5 - CONCRETO DESEMPENADO LISO COM UMA CAMADA DE EPOXI
P9

1.90
23

25

29
20
21
22

24

26
27
28
30
16

19
17
18 PAREDE
J1 ÁREA DE 1 - TINTA ACRÍLICA, FOSCA SUVINIL, NA COR FEIXE DE LUZ E507
P9 ELEVADOR 2 - TINTA ACRÍLICA, FOSCA SUVINIL, NA COR PAPEL CREPOM C208
SERVIÇO EXPOSIÇÃO

.15
A= 163,54m² P3 3 - REVESTIMENTO SIMETRIC BRILHANTE BOLD, BRANCO ROYAL, GRES, 32X57 CM
VEST. MAS.
7.99

A= 23,23m² CIRCULAÇÃO +5.40 4 - TINTA ACRILICA, FOSCA SUVINIL, NA COR BRANCO NEVE RM01
+5.38 A= 31,33m² P3 5 - TINTA ACRILICA, FOSCA SUVINIL, NA COR AMÊNDOA A503

1.90
A.DESCANSO +5.40 1 1 2 6 - TINTA ACRILICA, FOSCA SUVINIL, NA COR ARREPIO B503
2 3 1 A= 77,80m² P8
3.01

1 1 2 ELEVADOR 7 - PAINEL DE MDF, SONIQUE WOOD, REVESTIDO EM MELANINA, PADRAO AMADEIRADO NA COR LOURO FREJÓ
+5.40 SOCIAL 8 - CONCRETO APARENTE

.15
P9 P9 P9 P4
2 4 1
14

11
13
12

10
15

P3
4
7

5
6
9

2
8

1
TETO
1 - FORRO DE GESSO ACARTONADO, NA COR BRANCO DA LINHA EUCATEX GESSO E DRYWALL
.15

P3

2.18
2 - LAJE MACIÇA PROTENDIDA COM PINTURA PVA LÁTEX BRANCO NEVE SOBRE MASSA CORRIDA PVA
3 - FORRO ACÚSTICO ECOLINE
1.50

P4 P4
32.89

32.89
SEGURANÇA 4 - ISOLANTE TÉRMICO
J2 A= 9,36m²

1.01 .20
.20
+5.40
P3
1.00 .29
.90

2 4 1 P8
23

25

29
20
21
22

24

26
27
28

30
16

19
17
18

DE DS

2.18
.76

1.00
P8
.90
1.50

.20
RH P8 P15
J2 A= 9,38m² CIRCULAÇÃO
+5.40 P15 A= 28,93m² P1
+5.40
2 4 1
.15 1.06

1 1 2 CIRCULAÇÃO
A= 98,20m²
+5.40
SALA MULTIUSO

5.17
1 1 2 A= 33,38m²
P1 +5.40

5.60
2.66

3 4 1
SALA MULTIUSO
15.60 A= 29,72m²
+5.40
1.85 .10 3.03 .90 .23 4.04 .90 .35 .90 3.31
.17 1.80 .12 3.03 .90 .23 3.69 .15 1.23 .10 4.34 .10 3 4 1
9.01

.10
COZINHA
A= 20,34m²
P2
2.00

+5.38
+5.38 P8

.20
3 3 2 P10 P8
P14BWC

2.57
J6 REFEITÓRIO SECRETARIA A= 1,59m²
A= 64,65m² A= 13,58m²
+5.40 +5.40
P8
1 4 1
3 4 2
2.73

N
18.68
1.00
DIREÇÃO GERAL PEQUENAS SALA MULTIUSO
P2 A= 33,36m²
A= 32,54m² REUNIÕES
+5.40

5.60
+5.40 A= 29,49m²
+5.40
1 6 1 3 4 1
.83 .15

1 4 1 SALA MULTIUSO
.60 .35 .60 .39

CONTABILIDADE A= 31,49m²

2.45
A= 13,57m² +5.40
J1 ALMOX. +5.40
A= 4,00m² 3 4 1
+5.40
.90

1 6 1
P9

.10
J1 4 2 1
.68

.20
.91

P8
P2 P2 P2
ÁREA DE SERV.
.90
.60

A= 4,00m² P8
+5.40 P9
J1
CIRCULAÇÃO
A= 43,84m²
1.00

2 3 1
.99

+5.40
J10

5.29
1 6 1

.15 2.00 .15 5.91 .15 10.23 SALA MULTIUSO


P2 P2 P2

5.71
8.36 SALA MULTIUSO A= 34,05m²
A= 34,51m² +5.40
PRODUÇÃO DE GERÊNCIA +5.40 3 4 1
ADMINISTRAÇÃO EVENTOS A= 16,63m²
A= 12,55m² A= 19,14m² +5.40 3 4 1
+5.40 +5.40
1 6 1
1 6 1 1 6 1

1.00
J6 J8 J6 J9 J9

.15 2.00 3.18 4.00 1.53 2.00 1.00 2.41 4.84 .58 1.00 .38 4.84 .44.15
3.13 .88 5.32 .90 4.50 .90 .23 5.78 .90 .27 5.69 A R Q U I T E T U R A
& U R B A N I S M O
28.49
PAVIMENTO SUPERIOR PROJETO FINAL
01 ESCALA: 1|100
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

BANCA EXAMINADORA FINAL

CENTRO CULTURAL ALBERT NUNES DE CARVALHO


Projeto Local

PROJETO DE ARQUITETURA TERESINA-PI


ARQUITETURA DA CULTURA E LAZER JÓQUEI

Conteúdo Prancha

PLANTA TECNICA 06 | 15
PAVIMENTO SUPERIOR
Aluna(o) Escala

THAYS REGINA PEREIRA LUSTOSA 1/100


Orientadora(o) Data

PROFº MA. ISIS MEIRELES RODRIGUES 04/06/2019


C:\Users\Arq 01\Downloads\PRANCHAS(BIBLIOTECA) (1).dwg
B.W.C B.W.C
P.C.D FEM. P.C.D MASC.
A= 5,19m² A= 5,19m²

VESTIÁRIO FEM.
A= 27,24m² B.W.C FEM. B.W.C MASC.
A= 11,73m² A= 11,73m²

CAFÉ/BAR
A= 162,66m²

PCD FEM.
A= 5,71m²

PCD FEM.
A= 5,71m² CIRCULAÇÃO
A= 32,62m²

VESTIÁRIO MASC.
A= 23,23m²

14

11
13
12

10
15

4
7

5
6
9

2
8

1
ELEVADOR
SOCIAL

23

25

29
20
21
22

24

26
27
28
30
16

19
17
18
ELEVADOR ÁREA DE
SERVIÇO EXPOSIÇÃO
A= 163,54m²
CIRCULAÇÃO
A= 31,33m²
A.DESCANSO
A= 77,80m²
ELEVADOR
SOCIAL
14

11
13
12

10
15

4
7

5
6
9

2
8

1
CIRCULAÇÃO
A= 32,62m²

SEGURANÇA
A= 9,36m²
23

25

29
20
21
22

24

26
27
28

30
16

19
17
18

DE DS

CIRCULAÇÃO
RH A= 28,93m²
A= 9,38m² SALA MULTIUSO
A= 33,38m²

CIRCULAÇÃO
A= 98,20m²

SALA MULTIUSO
A= 29,72m²

COZINHA
A= 20,34m²

PEQUENAS
BWC REUNIÕES
REFEITÓRIO A= 1,59m² A= 29,49m²
A= 64,65m² SALA MULTIUSO
SECRETARIA A= 33,36m²
A= 13,58m²

N
DIREÇÃO GERAL
A= 32,54m²

CONTABILIDADE SALA MULTIUSO


A= 13,57m² A= 31,49m²

ALMOX.
A= 4,00m²

ÁREA DE SERV.
A= 4,00m²
CIRCULAÇÃO SALA MULTIUSO
A= 43,84m² SALA MULTIUSO A= 34,05m²
A= 34,51m²

ADMINISTRAÇÃO PRODUÇÃO DE
A= 12,55m² EVENTOS
A= 19,14m²

GERÊNCIA
A= 16,63m²

PLANTA DE LAYOUT - PAV. SUPERIOR


01 ESCALA: 1|100

A R Q U I T E T U R A
& U R B A N I S M O

PROJETO FINAL
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

BANCA EXAMINADORA FINAL

CENTRO CULTURAL ALBERT NUNES DE CARVALHO


Projeto Local

PROJETO DE ARQUITETURA TERESINA-PI


JÓQUEI

Conteúdo Prancha

PLANTA DE LAYOUT 07 | 15
PAVIMENTO SUPERIOR
Aluna(o) Escala

THAYS REGINA PEREIRA LUSTOSA 1/100


Orientadora(o) Data

PROFº MA. ISIS MEIRELES RODRIGUES 04/06/2019


C:\Users\Arq 01\Downloads\PRANCHAS(BIBLIOTECA) (1).dwg
MAPA DE ESQUADRIAS

LEGENDA DE PORTAS
DIMENSÕES
REF. (cm) QUANT. TIPO/ DESCRIÇÃO

P1 1.96 x 3.00 4 PORTA DE ABRIR, EM VIDRO 8MM, 2 FOLHAS

N
P2 0.90 x 2.10 12 PORTA DE ABRIR, EM VIDRO 8MM, 01 FOLHA
P3 1.20 x 3.00 27 PORTA PIVOTANTE, MADEIRA, NA COR CILIEGIO
P4 0.90 x 2.10 15 PORTA CORTA FOGO DE ALUMINIO (EIXO VERTICAL)
P5 1.20 x 2.10 4 PORTA ACÚSTICA
P6 1.96 x 2.10 2 PORTA ACUSTICA
P7 2.00 x 2.10 01 PORTA ACUSTICA, LINHA CORTA FOGO
P8 0.90 x 2.10 11 PORTA DE ABRIR, EM MADEIRA ESMALTADA BRANCA, 01 FOLHA
P9 0.90 x 2.10 60 PORTA DE ABRIR, SEMI OCA MDF, ESMALTADA BRANCA, 01 FOLHA
47.08 38.87 1 PORTA DE ABRIR, VIDRO TEMPERADO, 6MM, 02 FOLHAS
P10 1.80 x 2.10
.80.22.90 6.49 .90 2.43 27.90
8.25 10.93 17.95 .15 3.00 .15 3.35 .15 3.00 .15 P11 1.20 x 2.10 01 PORTA DE CORRER, VIDRO TEMPERADO 6MM, 01 FOLHA
.15 4.00 .15 4.41 2.26 12.37 .80 3.50 .80 .48.15 3.00 .15 6.50 .15
.15 7.73 .80 8.04 .80 14.03 .80 3.50 .80 10.27 .15 P12 4.00 x 2.10 01 PORTA DE CORRER, GRADEADA

.15 .70 .15

.85 .15

.15

.85 .15
P13 0.90 x 2.10 04 PORTA DE ABRIR, LAMBRIL DE ALUMINIO BRANCO, LINHA PREMIUM
01 02 03 04 05 06 P14 0.80 x 2.10 01 PORTA DE ABRIR, SEMI OCA MDF, ESMALTADA BRANCA, 01 FOLHA

08
P15 1.96 x 2.10 02 PORTA DE ABRIR, VIDRO TEMPERADO, 6MM, 02 FOLHAS
P16 0.60 x 210 05 PORTA DE ABRIR, VENEZIANA DE AÇO DE 01 FOLHA
P17 0.60 x 210 05 PORTA DE CORRER, VENEZIANA DE AÇO DE 01 FOLHA
RAMPA SUBSOLO 1 PARA TÉRREO

3.00

6.00
I=20%

4.15
09
5.00
LEGENDA DE JANELAS EM ALUMÍNIO
DIMENSÕES H

8.81
REF. TIPO/ DESCRIÇÃO

8.66
(cm) PEITORIL
J1 0.60 x 0.60 1.70 cm JANELA MAXIM-AR, 01 FOLHA, DA LINHA MASTER COM VIDRO LAMINADO 3+3, NA COR FUMÊ.
RAMPA TÉRREO PARA SUBSOLO 1 J2 JANELA DE CORRER, 02 FOLHAS, DA LINHA MASTER COM VIDRO LAMINADO 3+3, NA COR FUMÊ.

3.00
1.50 x 1.20 1.10 cm

.85
J3 10.70 x 4.50 .15 cm PELE DE VIDRO MAXIM-AR
I=20%

10
J4 2.00 x 2.00 .75 cm VISOR ACÚSTICO COM VIDRO TRIPLO DE 10MM
J5 3.99 x 1.50 75 cm VIDRO FIXO

.15
J6 2.00 x 1.20 1.10 cm JANELA DE CORRER, 04 FOLHAS, DA LINHA MASTER COM VIDRO LAMINADO 3+3, NA COR FUMÊ.
J7 1.20 x 1.90 1.20 cm JANELA PIVOTANTE, MADEIRA VENEZIANA

1.66
J8 4.00 x 1.20 1.10 cm JANELA DE CORRER, 08 FOLHAS, DA LINHA MASTER COM VIDRO LAMINADO 3+3, NA COR FUMÊ.
8.06 4.15 .15 2.26

RAMPA SUBSOLO 2 PARA SUBSOLO 1

RAMPA SUBSOLO 1 PARA SUBSOLO 2


4.41
J9 4.84 x 3.00 .20 cm PELE DE VIDRO MAXIM-AR

11
24
8.06 .15 1.00 3.00 .15 3.34 1.07 2.26 J8 J10 5.91 x 1.20 1.20 cm JANELA DE CORRER, 12 FOLHAS, DA LINHA MASTER COM VIDRO LAMINADO 3+3, NA COR FUMÊ.

.35.25

.25
.60
DEPÓSITO DEPÓSITO
A= 7,93m² ELEVADOR A= 7,94m² ELEVADOR ESPECIFICAÇÕES DE MATERIAIS

1.45
+3.60 SOCIAL +7.20 SOCIAL

8.85

8.85
GERADOR

I=20%

I=20%
A= 13,02m²
25 26 SALA DE APOIO 3 4 2 PISO
3 4 2

2.91
+3.60 A= 13,92m²

3.84
.15 1.21 .25

12
1 - PORCELANATO ELIZABETH, ESMALTADO URBAN OFF-WHITE SEG, 84X84 CM, PEI4

23
P13 +7.20 P13
5 4 2 2 - CERÂMICA ESMALTADA BOLD AQUARIUS HD 61X61cm, BRANCO
5 4 2
3 - GRANILITE POLIDO BRANCO, COM JUNTAS PLÁSTICAS NIVELADAS

6.10
ELEVADOR ELEVADOR 4 - PISO ACÚSTICO - PA 30
SERVIÇO SERVIÇO

.15
CIRCULAÇÃO 5 - CONCRETO DESEMPENADO LISO COM UMA CAMADA DE EPOXI
P4 P4 CIRCULAÇÃO
A= 20,10m² ESTACIONAMENTO
A= 1054,63m² A= 13,26m²
3 4 2 +7.20 PAREDE
1.65

.28 1.65
+3.60

.31 .90
1 - TINTA ACRÍLICA, FOSCA SUVINIL, NA COR FEIXE DE LUZ E507

13
P13 3 4 2

22
5 8 2
ELEVADOR ELEVADOR 2 - TINTA ACRÍLICA, FOSCA SUVINIL, NA COR PAPEL CREPOM C208
SOCIAL SOCIAL ESTACIONAMENTO 3 - REVESTIMENTO SIMETRIC BRILHANTE BOLD, BRANCO ROYAL, GRES, 32X57 CM
.28

A= 1335,14m²
P4 P4 4 - TINTA ACRILICA, FOSCA SUVINIL, NA COR BRANCO NEVE RM01
+7.20

10
10

4
4

7
7

5
5

6
6

9
9

2
2

3
8

1
1

1.50
5 - TINTA ACRILICA, FOSCA SUVINIL, NA COR AMÊNDOA A503

18.00
.15

.15
5 8 2 6 - TINTA ACRILICA, FOSCA SUVINIL, NA COR ARREPIO B503

.71
35 7 - PAINEL DE MDF, SONIQUE WOOD, REVESTIDO EM MELANINA, PADRAO AMADEIRADO NA COR LOURO FREJÓ
27 28
8 - CONCRETO APARENTE
3.30

3.30

14
.90

.90
21
P4 P4 P4 P4
32.89

2.89

2.89
TETO
1 - FORRO DE GESSO ACARTONADO, NA COR BRANCO DA LINHA EUCATEX GESSO E DRYWALL

1.53

1.53
2 - LAJE MACIÇA PROTENDIDA COM PINTURA PVA LÁTEX BRANCO NEVE SOBRE MASSA CORRIDA PVA

RAMPA SUBSOLO 1 PARA SUBSOLO 2

RAMPA SUBSOLO 2 PARA SUBSOLO 1


01
20

20
DE DS DE DS
11

14

11

14
12
13

12
13
15

15
16

19

16

19
17
18

17
18
3 - FORRO ACÚSTICO ECOLINE
.85 .35

.35
4 - ISOLANTE TÉRMICO

1.00

1.00
15
20

26
CIRCULAÇÃO
.90

MÁQUINAS

2.86
I=20%

I=20%
A= 14,74m² P4 A= 14,19m²
+3.60 +3.60

02
.15 1.10

5 4 4 5 8 2

41.44

41.44

41.44
P13

1.00
5.11

16
22
19

27
03

7.84
4.92

17
18

23
28
4.84
04

2.73

18
17

29

24
1.00

1.00

1.00
05
5.92

19
16

25
30
23.25
06

20
7.84

7.84

7.84
31
1.00

17.44
.15 5.59 .90 3.75 .15

21
32
1.00

1.00

1.00
33
07 08 09 10 11 12 13 14 15

4.72

4.72
4.87

34
A R Q U I T E T U R A
& U R B A N I S M O

PROJETO FINAL
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

BANCA EXAMINADORA FINAL

.15

.15

.15
.15 18.39 .15 3.00 .15 .85 5.65 .15 .20 8.82 1.95 12.27 1.00 4.10 .15.43.15 3.00 .15 3.35 .15 3.00 .15
12.86 1.00 7.83 1.00 5.80 38.87
28.49
CENTRO CULTURAL ALBERT NUNES DE CARVALHO
SUBSOLO 1 SUBSOLO 2 Projeto
01 ESCALA: 1|100 02 ESCALA: 1|100
PROJETO DE ARQUITETURA
Local

TERESINA-PI
ARQUITETURA DA CULTURA E LAZER JÓQUEI

Conteúdo Prancha

PLANTA TECNICA - SUBSOLO 1 E 2 08 | 15


Aluna(o) Escala

THAYS REGINA PEREIRA LUSTOSA 1/100


Orientadora(o) Data

PROFº MA. ISIS MEIRELES RODRIGUES 04/06/2019


C:\Users\Arq 01\Downloads\PRANCHAS(BIBLIOTECA) (1).dwg
ABRIGO CAIXA D'AGUA RUFO EM CONCRETO
TELHA TERMOACACÚSTICA

CALHA METÁLICA
CALHA METÁLICA

LAJE IMPERMEABILIZADA
I=1%
ÁREA CAIXA D'ÁGUA E CONDENSADORES

I=15%
I=15%
LAJE TÉCNICA

I= 1%

I=10%

CALHA METÁLICA

N
CALHA METÁLICA

CALHA METÁLICA

CALHA METÁLICA

RUFO EM CONCRETO

TELHA TERMOACUSTICA

PLANTA DE COBERTURA
01 ESCALA: 1|100

A R Q U I T E T U R A
& U R B A N I S M O

PROJETO FINAL
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

BANCA EXAMINADORA FINAL

CENTRO CULTURAL ALBERT NUNES DE CARVALHO


Projeto Local

PROJETO DE ARQUITETURA TERESINA-PI


ARQUITETURA DA CULTURA E LAZER JÓQUEI

Conteúdo Prancha

PLANTA DE COBERTURA 09 | 15
Aluna(o) Escala

THAYS REGINA PEREIRA LUSTOSA 1/100


Orientadora(o) Data

PROFº MA. ISIS MEIRELES RODRIGUES 04/06/2019


C:\Users\Arq 01\Downloads\PRANCHAS(BIBLIOTECA) (1).dwg
3.44
COBERTURA

.20

.20
1.40

4.50
ELEV. ELEV.

2.00
PRODUÇÃO DE

.20 1.10
EVENTOS CIRCULAÇÃO DIREÇÃO GERAL ÁREA DE EXPOSIÇÃO CAFÉ/BAR
+ 5.40 + 5.40 + 5.40 + 5.40 + 5.40 + 5.40

.03 .97 .20

.03 .97
1.95
5.20

4.20

1.50
PALCO
+ 0.75
CIRCULAÇÃO BILHETERIA FOYER

.75
+ 0.15 + 0.15 + 0.15

.15
ELEV. ELEV.

3.45
SUBSOLO 1
- 3.60 - 3.60 - 3.60

.20
ELEV. ELEV.

3.60
3.40

3.40
SUBSOLO 2
- 7.20 - 7.20

CORTE AA
01 ESCALA: 1|100
3.44

3.44
COBERTURA

.90 .20
1.30
VEST. MASCULINO VEST. FEMININO
4.70

.60
1.70
ÁREA DE
SERVIÇO ALMOX. COZINHA RH SEGURANÇA
+ 5.40 + 5.40 + 5.38 + 5.40 + 5.40 + 5.38 + 5.38

.20
1.60

1.60
1.30
5.40

VEST. MASCULINO VEST. FEMININO

.60
3.60

1.70
CAMARIM CAMARIM
SALA DE ENSAIO INDIVIDUAL INDIVIDUAL
.75

+ 0.15 + 0.15 + 0.15 + 0.13 + 0.13

.15
SUBSOLO 1
- 3.60 A R Q U I T E T U R A
& U R B A N I S M O

PROJETO FINAL
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

BANCA EXAMINADORA FINAL

CENTRO CULTURAL ALBERT NUNES DE CARVALHO


Projeto Local

PROJETO DE ARQUITETURA TERESINA-PI


CORTE BB ARQUITETURA DA CULTURA E LAZER JÓQUEI
02 ESCALA: 1|100
Conteúdo Prancha

PLANTA TÉCNICA 10 | 15
CORTE AA E CORTE BB
Aluna(o) Escala

THAYS REGINA PEREIRA LUSTOSA 1/100


Orientadora(o) Data

PROFº MA. ISIS MEIRELES RODRIGUES 04/06/2019


C:\Users\Arq 01\Downloads\PRANCHAS(BIBLIOTECA) (1).dwg
3.44
.85 .20
ELEV. ELEV.

3.65
SALA MULTIUSO SALA MULTIUSO SALA MULTIUSO ÁREA DE EXPOSIÇÃO CAFÉ/BAR
+ 5.40 + 5.40 + 5.40 + 5.40 + 5.40

.20
5.20

2.14
AUDITÓRIO
FOYER

.90
+ 0.15 + 0.15

.15
ELEV. ELEV.

3.45
RAMPA RAMPA
TÉRREO/SUBSOLO 1 SUBSOLO 1/ TÉRREO

SUBSOLO 1
- 3.60 - 3.60

.20
ELEV. ELEV.

3.40
SUBSOLO 2
- 7.20 - 7.20

CORTE CC
01 ESCALA: 1|100
3.44
.20

.85 .20
.85
4.50

3.65

3.65
REFEITÓRIO
COZINHA CIRCULAÇÃO SALA MULTIUSO SALA MULTIUSO
+ 5.38 + 5.40 + 5.40 + 5.40 + 5.40
1.00 .20

.20
1.35

SAÍDA DE EMERG.

4.72
4.20

4.57

+ 0.75

+ 0.27
- 0.03
SALA DE ENSAIO PALCO
ENTRADA DE SERVIÇO + 0.75

.12
+ 0.15 + 0.15
.12
.15

A R Q U I T E T U R A
& U R B A N I S M O
2.73

PROJETO FINAL
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
SUBSOLO 1
- 3.60 BANCA EXAMINADORA FINAL
.20

RAMPA RAMPA CENTRO CULTURAL ALBERT NUNES DE CARVALHO


3.40

SUB. 1/ SUB. 2 SUB. 2/ SUB. 1


Projeto Local
SUBSOLO 2 PROJETO DE ARQUITETURA TERESINA-PI
- 7.20
ARQUITETURA DA CULTURA E LAZER JÓQUEI

Conteúdo Prancha

PLANTA TECNICA 11 | 15
CORTE DD CORTE CC E CORTE DD
02 ESCALA: 1|100 Aluna(o) Escala

THAYS REGINA PEREIRA LUSTOSA 1/100


Orientadora(o) Data

PROFº MA. ISIS MEIRELES RODRIGUES 04/06/2019


C:\Users\Arq 01\Downloads\PRANCHAS(BIBLIOTECA) (1).dwg
3.44
.20

BWC FEMININO PcD FEMININO PcD MASCULINO CIRCULAÇÃO


4.50

ELEVADOR

+ 5.38 + 5.38 + 5.38 + 5.40 + 5.40


.20

BWC FEMININO PcD FEMININO 1.57 PcD MASCULINO COXIA


5.20

5.20
ELEVADOR
3.62
2.10

+ 0.13 + 0.13 + 0.15

3.60
3.45

SUBSOLO 1
- 3.60 - 3.60
.20
3.40

1.30

SUBSOLO 2
- 7.20

CORTE EE
01 ESCALA: 1|100
3.44
.90 .20

ÁREA DE EXPOSIÇÃO
ÁREA DE DESCANSO
4.50
3.60

1.10

SEGURANÇA
+ 5.40 + 5.40 + 5.40
.20

.20
1.60

CIRCULAÇÃO
CAMARIM CAMARIM TRADUÇÃO SALA DE CONTROLE
5.20

INDIVIDUAL SIMULTÂNEA
3.60

.75

+ 0.15 + 0.15
.15

.15

A R Q U I T E T U R A
& U R B A N I S M O

PROJETO FINAL
3.45

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

BANCA EXAMINADORA FINAL

SUBSOLO 1
- 3.60
.20

CENTRO CULTURAL ALBERT NUNES DE CARVALHO


Projeto Local
3.40

PROJETO DE ARQUITETURA TERESINA-PI


ARQUITETURA DA CULTURA E LAZER JÓQUEI
SUBSOLO 2
- 7.20 Conteúdo Prancha

PLANTA TECNICA 12 | 15
CORTE EE E CORTE FF
Aluna(o) Escala

CORTE FF THAYS REGINA PEREIRA LUSTOSA 1/100


02 ESCALA: 1|100
Orientadora(o) Data

PROFº MA. ISIS MEIRELES RODRIGUES 04/06/2019


C:\Users\Arq 01\Downloads\PRANCHAS(BIBLIOTECA) (1).dwg
3.44
.90 .20

1.50
VEST. FEMININO ÁREA DE DESCANSO

1.80
3.60

.10
2.10

1.20
.90

.90
PcD FEM. CAFÉ/BAR

.75
+ 5.38 + 0.15 + 5.38 + 5.40 + 5.40

.20
1.60

2.20
VEST. FEMININO CAMARIM COLETIVO

3.60

3.00
2.10
2.00
FOYER

.90

.90
PcD FEM.

.75
+ 0.13 + 0.15 + 0.13 + 0.15 + 0.15

2.53

3.60
SUBSOLO 1
- 3.60

3.60
SUBSOLO 2
- 7.20

CORTE GG
01 ESCALA: 1|100

3.44
.20
.90

VEST. FEMININO VEST. MASCULINO

4.50
3.60

3.62

2.10

2.00

SEGURANÇA REFEITÓRIO

.90
.90

.90

RH
+ 5.38 + 5.38 + 5.40 + 5.40 + 5.40

.20
.18
1.48 1.60
5.40

5.20
VEST. FEMININO VEST. MASCULINO CAMARIM CAMARIM
INDIVIDUAL INDIVIDUAL
2.00

2.00

SALA DE ENSAIO
.90

.90
.90

.90

+ 0.13 + 0.13 + 0.15 + 0.15 + 0.15

A R Q U I T E T U R A
& U R B A N I S M O

PROJETO FINAL
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

SUBSOLO 1 BANCA EXAMINADORA FINAL


- 3.60

CENTRO CULTURAL ALBERT NUNES DE CARVALHO


Projeto Local

PROJETO DE ARQUITETURA TERESINA-PI


ARQUITETURA DA CULTURA E LAZER JÓQUEI

Conteúdo Prancha

PLANTA TECNICA 13 | 15
CORTE GG E CORTE HH
CORTE HH
02 ESCALA: 1|100 Aluna(o) Escala

THAYS REGINA PEREIRA LUSTOSA 1/100


Orientadora(o) Data

PROFº MA. ISIS MEIRELES RODRIGUES 04/06/2019


C:\Users\Arq 01\Downloads\PRANCHAS(BIBLIOTECA) (1).dwg
JANELA DE CORRER, 12 FOLHAS, DA JANELA DE CORRER, 04 FOLHAS, DA JANELA DE CORRER, 08 FOLHAS, DA JANELA DE CORRER, 04 FOLHAS, DA
FACHADA VERDE, PLANTA REVESTIMENTO SOFITEL AÇO PINTADO NA COR TINTA ACRILICA SUVINIL, NA ACM NA COR BRIGHT SILVER PORTA DE VIDRO COM TINTA ACRILICA SUVINIL, NA LINHA MASTER COM VIDRO LINHA MASTER COM VIDRO LINHA MASTER COM VIDRO LINHA MASTER COM VIDRO TINTA ACRILICA SUVINIL, NA COR PORTA ACÚSTICA, LINHA CORTA
UNHA-DE-GATO POLIDO, CEUSA BRANCO COR PAPEL CREPOM METALLIC PELÍCULA ESPELHADA COR PAPEL CREPOM MADEIRA NA COR CILIEGIO PORTA DE CORRER, GRADEADA MADEIRA NA COR CILIEGIO PORTA ACÚSTICA JANELA MAXIM-AR FOGO
LAMINADO 3+3, FUMÊ. LAMINADO 3+3, FUMÊ. LAMINADO 3+3, FUMÊ. LAMINADO 3+3, FUMÊ. PAPEL CREPOM

ESCALA:1| ESCALA:1|

TINTA ACRILICA SUVINIL, NA TINTA ACRILICA SUVINIL, NA MAXIM-AR, 01 FOLHA, LINHA MASTER JANELA DE CORRER, 02 FOLHAS, DA LINHA JANELA DE CORRER, 04 FOLHAS, DA MAXIM-AR, 01 FOLHA, LINHA MASTER
COR CABREÚVA-VERMELHA COR PAPEL CREPOM COM VIDRO LAMINADO 3+3, FUMÊ. MASTER COM VIDRO LAMINADO 3+3, FUMÊ. LINHA MASTER COM VIDRO COM VIDRO LAMINADO 3+3, FUMÊ. FACHADA VERDE, PLANTA REVESTIMENTO SOFITEL TINTA ACRILICA SUVINIL, NA JANELA PIVOTANTE, PORTA PIVOTANTE, MADEIRA ACM NA COR BRIGHT SILVER MAXIM-AR, 01 FOLHA, LINHA MASTER
LAMINADO 3+3, FUMÊ. PELE DE VIDRO MAXIM-AR UNHA-DE-GATO POLIDO, CEUSA MADEIRA NA COR CILIEGIO COR PAPEL CREPOM MADEIRA VENEZIANA VENEZIANA METALLIC COM VIDRO LAMINADO 3+3, FUMÊ.

AÇO PINTADO NA COR


BRANCO

ESCALA:1| ESCALA:1|

A R Q U I T E T U R A
& U R B A N I S M O

PROJETO FINAL
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

BANCA EXAMINADORA FINAL

CENTRO CULTURAL ALBERT NUNES DE CARVALHO


Projeto Local

PROJETO DE ARQUITETURA JÓQUEI


ARQUITETURA DA CULTURA E LAZER TERESINA-PI

Conteúdo Prancha

FACHADAS 14 | 15
NORTE, LESTE, SUL, OESTE
Aluna(o) Escala

THAYS REGINA PEREIRA LUSTOSA 1/100


Orientadora(o) Data

PROFº MA. ISIS MEIRELES RODRIGUES 04/06/2019


C:\Users\Caroline Carvalho\Downloads\FACHADAS(BIBLIOTECA).dwg
NÃO VIDROS PLASTICOS METAIS PAPEIS
RECICLAVEIS 3.00 m² 3.00 m² 3.00 m² 3.00 m²
3.46 m²
NÃO VIDROS PLÁSTICOS METAIS PAPÉIS +0.15 +0.15 +0.15 +0.15
3.00 m² 3.00 m² 3.00 m² 3.00 m² +0.15
RECICLÁVEIS
3.46 m² 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1
2 3 1

10 PLANTA LAYOUT - LIXO


100

11 PLANTA TECNICA - LIXO


100

I = 10%
TELHA TERMOACUSTICA

12 PLANTA DE COBERTA - LIXO


100

14 06 PLANTA BAIXA
25

13
12 NÃO
PLASTICOS CALÇADA CALÇADA PAPEIS METAIS PLASTICOS VIDROS RECICLAVEIS
CALÇADA
11 + 0.00
+ 0.15 + 0.10 + 0.05 + 0.15 + 0.15 + 0.15 + 0.15 + 0.15

10
01 PLANTA BAIXA
25
9
8 13 CORTE II
100 14 CORTE JJ
100

7
6
TINTA ACRILICA SUVINIL, NA TINTA ACRILICA SUVINIL, NA
5 COR BRANCO NEVE COR ARREPIO

4
3
2
1
PORTA DE ABRIR
VENEZIANA AÇO BELFORT,
SASAZAKI

02 VISTA FRONTAL DA ESCADA


25 03 VISTA POSTERIOR DA ESCADA
25
07 DETALHAMENTO LATERAL ESQUERDA
25

16 FACHADA SUL
100

TINTA ACRILICA SUVINIL, NA TINTA ACRILICA SUVINIL, NA


COR BRANCO NEVE COR ARREPIO

PORTA DE CORRER
VENEZIANA AÇO BELFORT,
SASAZAKI

17 FACHADA NORTE
100

08 DETALHAMENTO LATERAL DIREITA


25 TINTA ACRILICA SUVINIL, NA
COR ARREPIO

TINTA ACRILICA SUVINIL, NA


COR BRANCO NEVE

18 FACHADA LESTE
100

A R Q U I T E T U R A
& U R B A N I S M O

09 VISTA FRONTAL DO BANCO


25
PROJETO FINAL
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

BANCA EXAMINADORA FINAL

CENTRO CULTURAL ALBERT NUNES DE CARVALHO


Projeto Local

PROJETO DE ARQUITETURA TERESINA-PI


ARQUITETURA DA CULTURA E LAZER JOQUÉI

Conteúdo Prancha

DETALHAMENTO - ESCADA E BANCO 15 | 15


PARCIAL - LIXO
Aluna(o) Escala

04 DETALHAMENTO LATERAL ESQUERDA


25 05 DETALHAMENTO LATERAL DIREITA
25 THAYS REGINA PEREIRA LUSTOSA 1/100
Orientadora(o) Data

PROFº MA. ISIS MEIRELES RODRIGUES 04/06/2019


C:\Users\Caroline Carvalho\Desktop\PROJETO FINAL\PRANCHAS.dwg

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