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ESCOLA DE ARQUITETURA ARTE E DESIGN

BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO

EDJESSICA DAIANA DA SILVA

PROPOSTA DE ANTEPROJETO URBANÍSTICO DE REQUALIFICAÇÃO DA PRAÇA


DO BAIRRO SÃO FRANCISCO – CABO DE SANTO AGOSTINHO - PE

JABOATÃO DOS GUARARAPES


2019
Dedico a minha mãe Lourdes
por todo amor, compreensão e
paciência. Meu irmão Edvaldo
(in memoriam), que sempre me
incentivou a lutar pelos meus
sonhos.
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus primeiramente, sem a sua misericórdia e graça jamais teria


conseguido chegar a este momento.
A meus pais Amaro Juvêncio e Maria de Lourdes por sempre estarem ao meu
lado nessa longa jornada.

Aos meus irmãos Edvaldo Luiz (in memoriam) e Maxsuel Silva por todo carinho
compreensão e pelas palavras de incentivo.

Aos meus professores, que ainda estão e os que a já saíram da instituição


Marcela Correia, Lucia Siqueira, Dolores Araruna e Fernando Medeiros professores
estes que sempre desempenharam um papel muito importante na minha carreira como
profissional e deixaram sua marca como exemplos de profissionais excelentes.

A minha amiga Luziana Menezes por ser um exemplo de dedicação aos estudos e
aos meus amigos da faculdade, o meu muito obrigado; e principalmente a Ronald Santos
que me incentivou a cursa Arquitetura e Urbanismo e Suelen Santos que com o passar
dos anos se tornou mais do que amiga, obrigada por sempre estarem ao meu lado, nos
momentos bons e ruins, obrigada por não terem me deixado desisti da faculdade.

De uma forma muito especial, obrigada a minha orientadora Prof.ª Sofia Mahmood
por toda paciência e dedicação em transmitir todo o seu conhecimento.
RESUMO

Os espaços públicos são abertos a toda a sociedade, é um local estabelecido pelo poder
público para o uso da população, um exemplo dos espaços públicos são as praças onde
habitualmente é projetada com o objetivo de ser um local de convivência e lazer.
Atualmente esse espaço público vem sendo degradado pela população, em alguns
bairros essa degradação e abandono gera o aumento da violência. Em busca de
requalificar e resgatar esse espaço público será desenvolvido esse trabalho. O presente
trabalho tem como objetivo principal elaborar uma proposta de anteprojeto urbanístico de
requalificação urbana da Praça de São Francisco na Cidade do Cabo de Santo
Agostinho – PE, visando à melhoria da qualidade de vida para as pessoas que iram usar,
resgatar o sentimento de pertencimento desse espaço público para a comunidade.
Assim, através de estudos, pesquisas, visitas e entrevistas com a comunidade local,
pretende-se elaborar uma proposta alinhada com as necessidades da comunidade, ou
seja, um espaço destinado às atividades de recreação, convivência e lazer.

Palavras-chaves: Requalificação, Praça, Espaço Público.

.
ABSTRACT

Public spaces are open to all society, it is a place established by the public power for the
use of the population, an example of public spaces are the squares where it is usually
designed with the purpose of being a place of coexistence and leisure. Currently this
public space has been degraded by the population, in some neighborhoods this
degradation and abandonment generates the increase of violence. In order to requalify
and rescue this public space this work will be developed. The present work has as main
objective to elaborate a proposal of urban design of urban requalification of the Square of
São Francisco in the Cape Town of Santo Agostinho - PE, aiming at the improvement of
the quality of life for the people who will use, to recover the feeling of belonging this public
space for the community. Thus, through studies, research, visits and interviews with the
local community, it is intended to develop a proposal aligned with the needs of the
community, that is, a space for recreation, living and leisure.

Keywords: Requalification, Square, Public Space.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 7

2. REFERENCIAL TEÓRICO ....................................................................................... 10


2.1 Espaço Público .................................................................................................... 10
2.2 Praças: Historia, conceito e função ..................................................................... 11
2.3 Requalificação ..................................................................................................... 20

3. ESTUDOS DE CASO ............................................................................................... 21


3.1 Praça Theo Silva ................................................................................................. 21
3.2 Praça Maciel Pinheiro.......................................................................................... 25
3.3 Praça Vilaboim .................................................................................................... 27
3.4 Quadro Comparativo ........................................................................................... 31

4. DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE ESTUDO...................................................................32


4.1 Análise Urbanística do entorno da Praça de São Francisco ................................ 35

5. PROPOSTA DE ANTEPROJETO URBANÍSTICO DE REQUALIFICAÇÃO DA PRAÇA


DE SÃO FRANCISCO....................................................................................................43

5.1 Programa de Necessidades .................................................................. ..,...........43


5.2 Zoneamento ........................................................................................................ 44
5.3 Partido Arquitetônico ........................................................................................... 46
5.3.1 Vegetação...................................................................................................... 46
5.3.2 Mobiliário Urbano .......................................................................................... 50
5.3.2.1 Postes de Iluminação .............................................................................. 50
5.3.2.2 Bancos .................................................................................................... 50
5.3.2.3 Lixeiras .................................................................................................... 50
5.3.2.4 Equipamento Urbano ............................................................................... 50
5.3.3 Pisos ................................................................................................................... 51

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 52

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................ .53


7

1. INTRODUÇÃO

As praças públicas têm grande importância para a população, a existência delas


na comunidade diminui o índice de violência existente no bairro que está inserida,
melhora a qualidade de vida das pessoas que residem ao seu entorno e aos seus
visitantes.

Segundo (SÁ CARNEIRO & MESQUISA) as praças são:

Espaços livres públicos com função de convívio social, inseridos na malha


urbana como elemento organizador da circulação e de amenização pública,
com área equivalente a uma quadra, geralmente contendo expressiva
cobertura vegetal, mobiliário lúdico, canteiros e bancos.

Para Barros e Virgílio (2003), a praça é um espaço que exerce influência na


melhoria da qualidade de vida da população e do meio ambiente urbano, a medida em
que reduz os efeitos causados pelo homem no processo de urbanização.

As praças são, espaços destinados à apropriação da comunidade, um local onde


a área urbana ganha dimensões socioambientais, promove a integração e realça valores,
como o respeito ao próximo e cuidados com a saúde, seja por meio do exercício de
atividades coletivas, seja através do lazer individual, mas, nos dias atuais, as praças são
vistas pela maioria das pessoas como espaços abandonados, ponto de drogas e até
mesmo prostituição, restando para a pequena parcela da sociedade poucas alternativas
de lazer, prática de esportes ou até mesmo só contemplar o espaço. As praças podem
influenciar o bairro de várias maneiras pois elas possuem inúmeras funções.

Segundo dados da Prefeitura Municipal do Cabo de Santo agostinho, atualmente


só existe um equipamento público no bairro de São Francisco, uma praça, sem o um
nome definido a praça é conhecida como Praça de São Francisco, e fica localizada na
Avenida Senador Hermínio de Morais, que é usada por toda a população O Bairro de
São Francisco que é considerado como parte da área informal (desordenada) da cidade
do Cabo de Santo Agostinho, devido às suas características urbanísticas e a forma como
ocorreu sua expansão urbana (de modo espontâneo), embora o núcleo original do bairro
tenha surgido a partir da concessão de terras dos proprietários da antiga Usina Santo
Inácio a antigos funcionários, como forma de indenização, por ocasião do fechamento da
referida usina, em 1964. Nesse bairro a praça ela pode influenciar culturalmente já que a
praça de São Francisco é um dos pontos mais conhecidos da cidade.
8

Até o ano de 2012, a praça de São Francisco poderia ser considerada como um
local de recreação e convivência, tinha uma arborização significativa e algumas barracas
de lanches. Além disso, era delimitada por gradil, elemento que evitava que os
moradores a usassem como estacionamento.

Houve um processo de degradação na praça e atualmente a praça é um espaço


aberto sem barreiras e gradil, com alguns bancos e pouca vegetação. No seu perímetro
também existe um canal que, atualmente, não conta com nenhum elemento de proteção,
configurando-se como uma ameaça ao trânsito de pedestres nos períodos de chuva, já
que são constantes os momentos de alagamento e transbordamento na área e em seu
entorno.

Diante do exposto, toma-se como objeto de estudo deste trabalho “a Praça de São
Francisco”, que nos últimos anos, tem-se percebido que o referido espaço público está
sendo convertido em estacionamento de moto taxistas e carros de moradores, ao invés
de ser usado como área de convivência, lazer, esporte.

O objetivo do trabalho consiste na elaboração de uma Proposta de Anteprojeto


Urbanístico de Requalificação Da Praça de São Francisco – Cabo De Santo Agostinho -
PE com o intuito proporcionar um ambiente que melhore a qualidade de vida da
população existente no bairro e seu entorno. Os objetivos específicos abordados serão:
Requalificar o espaço da área estudada, criar um espaço de lazer, criar um
estacionamento para as motos que atualmente usam o espaço dá para estacionar, criar
mais espaços de arborização.

A metodologia utilizada para a construção desse trabalho se baseou em pesquisas


bibliográficas sobre o tema requalificação, espaço público, praças; as pesquisas foram
feitas através de sites acadêmicos, dissertações, teses, livros. No segundo momento
foram realizadas visitação ao local, levantamento fotográfico, para compreender o
espaço em estudo

A estrutura do trabalho está composta por cinco capítulos. O primeiro se refere a


introdução, abordando a contextualização do trabalho e seus objetivos; O segundo
capítulo será as referências bibliográficas, abordará as referências utilizadas para a
construção do projeto. O terceiro capitulo abordará três estudos de caso: Praça Theo
Silva, Praça Maciel Pinheiro e Vilaboim, os quais serão utilizados como fonte de
referências para a proposta de Anteprojeto Urbanístico de requalificação da Praça do
9

Bairro São Francisco. O quarto capítulo se refere ao diagnóstico da área de estudo, onde
será apresentado ao leitor o local a ser feito o trabalho e através desse diagnostico
extrair pontos crucias para a elaboração da intervenção do projeto. Por fim, o quinto
capítulo, constitui a proposta do Anteprojeto Urbanístico de requalificação da Praça do
Bairro São Francisco onde será exposto o projeto, começando pelo zoneamento da área,
partido arquitetônico, programa de necessidade, e por último o projeto.
10

2. REFERENCIAL TEÓRICO

Este capítulo irá expor as pesquisas de teóricos sobre os conceitos e definições


de espaço público; requalificação; praça pública e mobiliário urbano. Para a elaboração
da Proposta de Anteprojeto de Requalificação da Praça do Bairro São Francisco – Cabo
de Santo Agostinho – PE

2.1 Espaço Público

Segundo Mora (2009) quanto à sua função ou ao uso que é esperado, “os
espaços públicos urbanos devem permitir a integração de todas as pessoas e suas
atividades, incentivar o encontro, a estadia, a recreação cultural, o contato do ser
humano com a natureza.

O espaço público tem diversos significados e conceitos tratando-se de um


simples lugar para encontros com amigos, jogar, brincar, descansar, até espaços
multifuncionais que podem ser readaptados para diversos usos, para uso coletivo

Souza (2003) afirma que espaços livres públicos são espaços projetáveis,
geralmente não edificados, que possuem algum elemento configurador. Quando se trata
de um espaço livre urbano, por exemplo, esse elemento pode ser o próprio entorno das
vias e das edificações adjacentes. São espaços de lazer urbano que auxiliam os
moradores da localidade estudada, visto que o foco principal é o bairro de Vila Rica.

No século XX o espaço livre público foi difundido em teorias urbanísticas. É nesse


contexto que nos anos 60 se toma consciência sobre o papel, a forma e a função dos
espaços públicos nas cidades (LEITÃO, 2002). Ainda Segundo Leitão (2002), o espaço
público divide-se em duas ideias básicas: Exterioridade: surge em oposição ao espaço
privado, transformando-se um espaço simbólico que reflete a liberdade e o convívio
coletivo, onde tudo é possível viver. Significado: é a importância do patrimônio e da
história contidos no espaço público que supera a sua função mais visível. São nesses
espaços que estão os fatos que constituem uma cidade.
11

Definem-se os espaços livres, no contexto da estrutura urbana, como áreas


parcialmente edificadas com nula ou mínima porção de elementos construídos
e/ou de vegetação - avenidas, ruas, passeios, vielas, pátios, largos, etc. – ou com
presença efetiva de vegetação – parques, praças, jardins, etc. – com funções
primordiais de circulação, recreação, composição paisagística e de equilíbrio
ambiental, além de tornarem variável a distribuição e execução dos serviços
públicos, em geral (CARNEIRO, 2000, p.24).

Segundo Souza (2003), as praças e parques são tidos como espaços livres
públicos de permanência, e as ruas, autopistas, calçadões e boulevards são
considerados espaços públicos de circulação. Ainda Segundo Souza (2003), todas
essas categorias de espaços livres são muito importantes, pois modificam a paisagem
urbana e interferem na configuração e escala da cidade.

2.2 Praças: Historia, conceito e função

A Praça, palavra de origem grega – [do grego plateia – “rua larga”] é um local
público e coletivo encontrado nas cidades e representa um importante espaço urbano, o
qual abrigou e ainda abriga, importantes acontecimentos da vida cotidiana e da História
(CALDEIRA, 2007). Para a compreensão da importância da praça para a sociedade, sua
contextualização histórica e suas perspectivas, faz-se necessária sua definição, a qual é
conceituada por vários autores, sob vários ângulos.

De acordo com Sitte (1992, p. 17), “Nas cidades antigas, as praças principais
eram uma necessidade vital de primeira grandeza, na medida em que ali tinha lugar, uma
grande parte da vida pública”. A ágora Grécia (Figura 1), era a praça das antigas cidades
gregas e era o espaço destinado às assembleias a céu aberto (SITTE, 1992).
12

Figura 1 - Ruínas de uma ágora de Atenas

Fonte: PINTEREST (2018).

Conforme Robba (2002, p. 5) “Praças são espaços livres públicos urbanos


destinados ao lazer e ao convívio da população, acessíveis aos cidadãos e livres de
veículos, definidos pela malha urbana formal e que não ocupem mais 2 ou 3 quadras
consecutivas”, (Figura 2).
13

Figura 2 - Convívio Social na praça

Fonte: ROBBA, 2002, p.14

Para Lamas (2004) “A praça é um elemento morfológico das cidades ocidentais e


distingue-se de outros espaços que são resultados de alargamento ou confluência de
traçados – pela organização espacial ou intencionalidade do desenho”.

"Se a rua, o traçado, são os lugares de circulação, a praça é o lugar intencional


do encontro, da permanência, dos acontecimentos de práticas sociais, de
manifestações de vida urbana e comunitária e de prestígio, e,
consequentemente, estruturantes e arquiteturas significativas (LAMAS, 2004, p.
102)

De acordo com Yokoo e Chies (2009, p.2) “as praças são locais onde as pessoas se
reúnem para fins comerciais, políticos, sociais ou religiosos, ou ainda, onde se
desenvolvem atividades entretenimento.

Lamas (s/d apud MENDONÇA, 2007, p. 298) define a praça como um elemento
morfológico das cidades orientais, que não existia antes, e distingue-se de outros
ambientes, por ter um desenho espacial organizado e intencional, de forma a pressupor
“a vontade e o desenho de uma forma e de um programa”. Sendo assim, a praça é o
“lugar intencional do encontro, da permanência, dos acontecimentos, de práticas sociais,
de manifestações de vida urbana e comunitária e de prestígio, e, consequentemente, de
funções estruturantes e arquiteturas significativas” (LAMAS, s/d, apud MENDONÇA,
2007, p. 298).
14

Uma outra definição de praça é:

Praças são espaços livres públicos, com função de convívio social, inseridos na
malha urbana como elemento organizador da circulação e de amenização
pública, com área equivalente à da quadra, geralmente contendo expressiva
cobertura vegetal, mobiliário lúdico, canteiros e bancos. (MENDONÇA, 2007, p.
299).

No Brasil, a praça formou-se a partir de dois princípios, a praça derivada de uma


composição orgânica e a praça formal. Na época da colônia, as praças eram o espaço
mais importante do cotidiano, tendo sido algumas, símbolos espaciais, que as
consolidaram como referência na história das cidades brasileiras, destacando-se na
formação e desenvolvimento da memória urbana brasileira. (CALDEIRA, 2007).

Cidades como Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, entre outras, produziram
conjuntos urbanísticos que fazem parte do nosso patrimônio histórico. Marcos
urbanos como a Praça Municipal e o Terreiro de Jesus, em Salvador, constituem
as primeiras praças brasileiras a se destacar como espaços coletivos,
representando centros vitais da cidade colonial. O Largo do Carmo, no Rio de
Janeiro, a Praça da Sé (Figura 3), marco zero da cidade de São Paulo, a Praça
da Liberdade (Figura 4), em Belo Horizonte, refletem a diversidade de praças que
se formaram nas cidades brasileiras e correspondem a importantes princípios
urbanísticos herdados da tradição portuguesa. Tais princípios foram
gradativamente instituindo-se como modelos de espaços urbanos no processo de
urbanização do nosso território. Das praças coloniais – centro político-
administrativo local –-, às praças da República – centros irradiadores regionais –,
à Praça dos Três Poderes – centro do poder nacional –, esses espaços
constituem o reflexo de importantes períodos políticos. (CALDEIRA, 2007, P.93)

Figura 3 - Praça da Sé - SP

Fonte: ROBBA, 2002, p. 65


15

Figura 4 - Praça da Liberdade – MG

Fonte: ROBBA, 2002, p. 65

De acordo com Macedo (2002), o século XX é um momento de transição, de


transformação urbanística e, portanto, paisagística no Brasil, refletindo diretamente na
configuração e nos programas dos espaços livres públicos. Durante este século, ocorrem
mudanças consideráveis, inclusive com novas funções na praça, como a esportiva e
recreativa, formalizando assim uma identidade nacional no que tange à arquitetura
paisagística, que passa a se nortear por novos padrões, tanto funcionais quanto formais,
onde são introduzidas novas modalidades de uso e estabelecidas novas referências
estéticas aos espaços livres públicos.

Ainda de acordo com Macedo (2002), no fim do século XIX surgem as praças
ajardinadas com influência cultural francesa e inglesa, tendo como função a
contemplação, o descanso, o passeio e o convívio da população (Figura 5). O contexto
da praça ajardinada é ajudar na diversidade encontrada nos centros urbanos livres, pois
cada cidade tem seu marco e seu legado da sua historicidade.
16

Conforme Robba (2002) os jardins sempre foram um espaço destinado à


meditação e à contemplação da natureza, estando presentes nas praças, pois
representava a metáfora do Éden, atraindo para si uma imagem de paraíso e de
tranquilidade celestial.

Figura 5 - Praça Ajardinada

Fonte: ROBBA, 2002, p. 11

As praças, parques e jardins se tornam uma das principais opções de lazer para a
população. Porém, agora, não mais limitada ao passeio e a contemplação, sendo um
espaço que se adapta à nova dinâmica da cidade, onde seu programa foi direcionado
para o esporte e o lazer cultural, como no exemplo da (Figura 6), buscando um espaço
de recreação diversificado, abrangendo assim as necessidades recreativas de uma
população em crescimento.
17

Figura 6 - Praça ajardinada Faria Neves, Recife.

Fonte: Acervo do Laboratório da Paisagem/UFPE

Segundo Leitão (2002), para a população as praças possuem diversas funções:


De estar: são espaços que a população usa para jogar dominó, para conversar com
amigos, para passar o tempo conforme mostra (Figura 7). Estes espaços de lazer são
como fossem designados ambientes esportivos aos jovens e idosos com o intuito de
aproximar, nas atrações, aos finais de semana, ao aconchego familiar.

Figura 7 - Praça do Diário, Recife.

Fonte: LAIS CASTRO, 2013.


18

De descanso: espaço onde as pessoas param para descansar entre um e outro


expediente, para proteger-se temporariamente do sol, etc. podemos observar na (Figura
8). As praças têm todas estas funções, mas para ter o total local de descanso e lazer,
tem a necessidade de suprir segurança aos moradores.

Figura 8 - Praça nossa senhora do rosário, Jaboatão.

Fonte: AMERICO SANTOS, 2015

Ainda segundo Leitão (2002), além dessas funções de uso das praças, pode-se
identificar também algumas funções essencialmente urbanísticas, ou seja, que também
influenciam na qualidade de vida que a cidade oferece à população. Então, no contexto
da cidade, as praças podem ter ainda as funções: Ecológica, espaços onde, graças à
presença da vegetação, do solo não impermeabilizado e de uma fauna mais
diversificada, promovem melhorias no clima da cidade e na qualidade do ar, da água e
do solo, mantendo assim a parte da fauna e da flora na boa respiração, na prática dos
exercícios físicos a idosos e aos jovens do local; Estética: são espaços que, graças à
qualidade estética do projeto permitem a diversificação da paisagem construída e o
embelezamento da cidade (Figura 9).
19

Figura 9 - Praça derby, Recife.

Fonte: SILVANNIR JAQUES, 2015.

Para Gonçalves (2004), praças, parques e jardins são conhecidos genericamente


como áreas verdes urbanas, mas guardam algumas diferenças entre si. Elas são
caracterizadas por um tamanho médio em relação aos parques, que normalmente são
extensos, e aos jardins, que normalmente são menores.

A praça possui um papel histórico na sociedade, tendo sido palco de inúmeros


momentos de transformação social e cultural, como explica De Ângelis: “praça como
espaço da memória histórica que forneceu tanto a moldura quanto o fundo para
discursos políticos e culturais sobre a cidade como local de identidade, de tradição, de
saber, de autenticidade, de continuidade e estabilidade” (DE ANGELIS, 2005 apud
YOKOO; CHIES, 2009, p. 4).

As praças, portanto, desempenharam importante papel na sociedade brasileira, ao


longo da História, como as praças cívicas, que representam símbolos da história militar
do país. Entretanto, ao longo do tempo, a praça brasileira
vai aos poucos se tornando uma depositária de elementos e ações simbólicas, ou seja,
vai se moldando aos interesses dominantes de cada momento histórico, ligados a
interesses políticos, religiosos e culturais. Aos poucos, a praça colonial vai perdendo
suas características e funções, e sendo substituída por outras praças. (NOVAES, 2009)
20

Embora cada autor enfatize um determinado aspecto, é consenso que a praça é


um local público e urbano, um espaço destinado à convivência social e aos encontros.
Obviamente, as praças foram alteradas e surgiram novos conceitos ao longo do tempo,
mas sempre sendo preservada sua essência característica, que é a convivência social.

2.3 Requalificação

A requalificação é um efeito ou ato de requalificar, renovar, melhorar uma zona,


uma rua ou um espaço público, evidenciando a tentativa de inclusão social da população
em novos espaços sadios e revalorizados.

Para a Lei n° 7.400/2008 – PDDU, Salvador:

Requalificação urbana é a ação ou conjunto de ações visando conduzir um


determinado espaço a um novo padrão de qualidade urbana. O ordenamento
territorial na Macro área de Requalificação Urbana tem como objetivo promover o
readensamento populacional, o fortalecimento econômico e a recuperação
urbanística dos espaços que a integram, mantendo sua função de centralidade
no âmbito municipal e supra municipal, revertendo o processo de degradação
física, social e ambiental que vem atingindo vários espaços, e obtendo o melhor
aproveitamento das condições locacionais e de acessibilidade, bem como da
infraestrutura, equipamentos e serviços urbanos instalados.

FERREIRA, LUCAS e GATO (1999, citado por MOREIRA, 2007, p. 124)


consideram a requalificação como um processo de recriar a qualidade de vida urbana,
igualando a ocupação de espaços criando e inovando no processo e mudança.

Para Peixoto (2009) Requalificação é uma reestruturação de espaços públicos


degradado. Os projetos de requalificação visam criar uma nova estrutura física nesses
espaços, e que incentivem a comunidade ao sentimento de pertencimento deste espaço.

Os autores acima afirmam que a requalificação é uma renovação, criação de um


novo espaço dando novos usos a ele de maneira a modernizar e que busque a melhoria
da qualidade de vida para os usuários.
21

3. ESTUDOS DE CASOS

Este capitulo abordada três estudos de caso, a Praça Theo Silva, Praça Maciel
Pinheiro e a Praça Vilaboim, eles foram escolhidos por serem praças que possuem
influencias históricas no bairro em que se localiza. Suas apresentações e analises neste
capitulo serão usados como referências para elaboração do anteprojeto da Praça do
Bairro São Francisco – Cabo de Santo Agostinho – Pernambuco. Através das variáveis
de estudo e analise de aspectos como: acessibilidade, vegetação, estacionamento,
mobiliário urbano, potencialidades e problemáticas para melhor compreender o espaço

3.1 PRAÇA THEO SILVA

Até meados do século XX, onde hoje existe a Praça Theo Silva, era a Igreja de
Nossa Senhora do Rosário dos Pretos abrigava a fé dos negros e pobres da cidade do
Cabo, para missas, batizados, etc. Ainda no século XX o prefeito derrubou a Igreja do
Rosário dos Pretos, sob pretexto de criar um espaço de lazer, uma praça, tentou sepultar
a lembrança histórica dos pobres e negros.

Nesta antiga igreja colocaram naquela praça o nome do poeta THEO SILVA, um
mulato que esteve à frente de seu tempo, que nas décadas de 20, 30 e 40 escrevia uma
poesia no estilo lançado na Semana de Arte Moderna em São Paulo, no ano de 1922.
Poeta, seresteiro, músico e boêmio, Theo Silva, o mulato, brotou nas ruas da cidade
como se uma semente tivesse escapado da atrocidade histórica cometida contra o
Templo dos negros e pobres.

A Praça Theo Silva Localizada na Rua marquês do Herval, no Cabo de Santo


Agostinho, situada em uma área mista (Comercial e residencial). Margeadas pelas Rua
Visconde de Porto Alegre e Rua Voluntários da Pátria, até 2013 a praça era contornada
por calçamento em paralelepípedos, com uma área de 206,00m², podemos observar na
(Figura 10). Estava dividida em dois canteiros ajardinados cercados por gradil com
árvores como castanholas, pinheiros e acácias. Presença de bancos em madeira, como
podemos observar na (Figura 11)
22

Figura 10 – Projeto da Praça do Theo Silva Planta de Situação – Ano de 2013

Fonte: Prefeitura Municipal do Cabo de Santo Agostinho

Figura 11 – Vista Frontal da Praça do Theo Silva – Ano de 2013

Fonte: https://www.flickr.com/photos/agenciacabopress/19211089135
23

Em 2015 a praça começou a ser requalificada pela Arquiteta Juliana Pessoa,


juntamente com o setor de arquitetura e engenharia da Prefeitura Municipal do Cabo de
Santo Agostinho. A praça foi realocada para a extremidade direita para melhorar o
tráfego de veículos e pedestres na área, conforme (Figura 12)

Figura 12 – Projeto da Praça do Theo Silva – Planta de Situação – Ano de 2016

Fonte: Prefeitura Municipal do Cabo de Santo Agostinho

Em 2016 a implementação do projeto foi finalizada e a nova área da praça passou


a ter 702,25m². A praça ganhou iluminação em LED (dez lâmpadas), bancos de
concreto, três coletores seletivos, duas mesas de jogos, rampas de acessibilidade, novo
piso, tratamento paisagístico e estacionamento. Além disso, a prefeitura realizou o
plantio de três árvores, já que as existentes no local estavam ocas e com risco de queda,
observamos nas (Figura 13 e 14).
24

Figura 13 – Vista Lateral direita da Praça do Theo Silva – Ano de 2016

Fonte: https://www.cabo.pe.gov.br/

Figura 14 – Vista Lateral esquerda da Praça do Theo Silva – Ano de 2016

Fonte: https://www.cabo.pe.gov.br/
25

3.2 PRAÇA MACIEL PINHEIRO

A Praça Maciel Pinheiro situa-se no bairro da Boa Vista, próxima à Igreja Matriz e
em frente um casario histórico (Figura 15) possui uma área de 1.270,14m². Teve essa
denominação depois da Proclamação da República para homenagear o Dr. Luiz Ferreira
Maciel Pinheiro, integrante da luta pela causa democrática e libertação dos escravos.

No local foi instalado um chafariz para abastecimento de água da população, que,


posteriormente, foi substituído por uma fonte-chafariz, executada pelo Mestre André
Wilmer em pedra artificial. Após destruída a fonte-chafariz, um novo chafariz o substituiu
em 1875, tendo sido esculpido, em Portugal, pelo artista Antônio Moreira Ratto. Este
chafariz, erguido em comemoração ao final da Guerra do Paraguai (1864-1870), é
reconhecido pelo historiador Leonardo Dantas como ‘o mais belo monumento da cidade’.
A fonte é o maior atrativo da praça, o que lhe assegura um relevante atributo histórico.
No ano 1936, o paisagista Roberto Burle Marx propõe uma pequena intervenção, ao
desenhar a praça como envoltório da Igreja integrando os usos dos dois espaços livres,
de convivência e contemplação e a atividade religiosa.

Os mobiliários existentes na praça são: Uma fonte de agua, bancos de madeira


tipo veneziano, postes de iluminação de ferro, escultura de Clarice Lispector do artista
plástico Demétrius Albuquerque, placa de concreto com poema (Figura 16 e 17)
26

Figura 15 – Projeto em da intervenção de Burle Marx – Ano de 1936

Fonte: http://pracaseparques.com.br/2018/06/04/praca-maciel-pinheiro/

Figura 16 – Projeto em da intervenção de Burle Marx – Ano de 1936

Fonte: http://pracaseparques.com.br/2018/06/04/praca-maciel-pinheiro/
27

Figura 17 – Fonte de água da Praça Maciel Pinheiro – Ano de 1936

Fonte: http://pracaseparques.com.br/2018/06/04/praca-maciel-pinheiro/

3.3 PRAÇA VILABOIM

A praça Vilaboim surgiu de um loteamento, nas ruas Piauí, Aracajú e Itápolis (atual
Rua Armando Penteado), um pequeno fragmento triangular que se enchia de movimento
ao ser utilizado como campinho de futebol. Seus frequentadores o conheciam como
"Praça Piauí" e "Largo do Piauí"

Foi somente na década de 1930 que o local veio a receber seu nome atual: Praça
Vilaboim. O local carrega esse nome em homenagem ao Dr. Manuel Pedro Villaboim,
cidadão atuante de sua época. Com empenho a árvore se mantém no principal local da
praça, ilustrando a história do bairro e dos principais agentes que participaram da criação
da praça.

A Praça Vilaboim tem suma importância para seus moradores principalmente pela
sua densa arborização e essencial para a qualificação do bairro apesar de sua dimensão
ser pequena.
28

O Partido arquitetônico adotado foi o de criar uma área de convívio no centro da


praça envolvida por duas grandes áreas permeáveis com árvores e vegetação rasteira
sem grades, (Figura 18). Desta forma a vegetação protege o centro da praça do trafego
intenso de automóveis de seu entorno.

Figura 18 – Planta Baixa da Vilaboim

Fonte: https://www.metropole.arq.br/urbanismo/Praca-Vilaboim

O piso se transforma em mobiliário urbano com blocos de várias alturas que criam
uma pequena arquibancada que se abre para dentro e fora do parquinho e de forma
lúdica funciona como proteção para a área infantil, evitando o uso de grades (Figura 19).
A Banca que hoje dá as costas para a praça criando um bloqueio visual, será relocada
de modo a permitir a transparência desejadas e serão previstas duas áreas para
organizar o estacionamento de bicicletas (Figura 20).
29

Além da preservação das arvores existentes está sendo proposto o plantio de


arvores, garantindo a cobertura vegetal do espaço como um todo. Os arbustos serão
removidos e assim com uma nova vegetação rasteira e árvores será possível uma total
permeabilidade visual. Foram detectados postes e abrigos de luz desativados que
também serão removidos. A vegetação, mobiliário urbano e pisos foram pensados para
uma baixa manutenção.

Assim, a praça vilaboim ampliara sua massa arbórea oferecendo uma área verde
mais intensa e a possibilidade de uso pleno todos os dias, o dia inteiro, com segurança e
qualidade de espaços (Figura 21).

Figura 19 – Planta Baixa da Vilaboim

Mobiliário urbano em blocos.

Fonte: https://www.metropole.arq.br/urbanismo/Praca-Vilaboim
30

Figura 20 – Vista Frontal da Praça Vilaboim

Fonte: https://www.metropole.arq.br/urbanismo/Praca-Vilaboim

Figura 21 – Vista Superior da Praça Vilaboim

Fonte: https://www.metropole.arq.br/urbanismo/Praca-Vilaboim
31

3.4 QUADRO COMPARATIVO

PRAÇAS

Itens Theo Silva Maciel Pinheiro Vilaboim

Existe Sim Sim


Acessibilidade
Não existe

Adequada Sim Sim Sim


Iluminação
Inadequada

Bicicletario Sim

Mobiliário Bancos Sim Sim Sim

urbano Poste Sim Sim Sim

Lixeira Sim Sim Sim

Pouca Sim
Vegetação
Media Sim Sim

Após estudar as três praças, foram observadas que ambas passaram por
requalificação recente, devido as condições ruins que se encontravam, destacando-se os
seguintes pontos: melhoria na iluminação, colocação de poste novos e trocas de
lâmpadas nos postes existentes; Preservação da vegetação existente e plantio de novas
arvores para a ampliação da massa arbórea do local, com o objetivo de melhorar a
qualidade de vida e do bem estar dos usuários, através da sensação de ar puro que traz
a vegetação; Ambos os projetos seguem os parâmetros da norma 9050 referente a
rampa e acessos.

As requalificações dos projetos trouxeram grandes melhoria na qualidade de vida


para a comunidade que utiliza esse espaço, proporcionando melhorias também para o
meio ambiente reduzindo o alto índice de aquecimento do solo e das residências do
entorno da praça, assim como trazendo segurança a comunidade.
32

4. DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE ESTUDO

A área de estudo desse projeto consiste na praça de São Francisco, localizada no


Bairro de São Francisco no município do Cabo de Santo Agostinho. O município do Cabo
de Santo Agostinho está situado na parcela Sul da Mesorregião Região Metropolitana do
Recife - RMR.

No decorrer dos últimos 20 anos o município do Cabo de Santo Agostinho tem


experimentado profundas transformações em seu conteúdo ambiental, socioeconômico e
cultural, motivadas pelo acelerado processo de crescimento urbano industrial nesse
período produzindo, assim mudanças nas formas de apropriação do espaço. Tal
realidade gera pressões por usos e ocupações sobre as mais diversas parcelas do
território municipal.

O Bairro de São Francisco um dois bairros do Cabo de Santo Agostinho foi


considerado como parte da área informal (desordenada) da cidade do Cabo de Santo
Agostinho, devido às suas características urbanísticas e a forma como ocorreu sua
expansão urbana (de modo espontâneo), embora o núcleo original do bairro tenha
surgido a partir da concessão de terras dos proprietários da antiga Usina Santo Inácio a
antigos funcionários, como forma de indenização, por ocasião do fechamento da referida
usina, em 1964. Com uma População de 15.309h (Censo 2010) (Figura 22), segundo a
Lei Ordinária n° 3109/2015 o Bairro de São Francisco está situado na ZEHIS-1 - Zona
Especiais de Habitação Interesse Social.

Ainda segundo dados da Prefeitura Municipal do Cabo de Santo agostinho,


atualmente só existe um equipamento público no bairro uma praça que fica localizada na
Avenida Senador Hermínio de Morais, que é usada por toda a população, a Praça de
São Francisco. O entorno da Praça de São Francisco é composto por edifícios misto
(residência e comercio), edifícios residências, igrejas, escolas e posto de saúde. É
margeada pelas ruas, Milton Adolfo de Jesus e Emilio de Morais. A praça possui uma
área de 403,00m² (Figura 23 e 24).
Figura 22 – Localização do Bairro São Francisco 33

(Figura 23).
Figura 23 – Mapa Localização da Praça dentro do Bairro São Francisco 34

Figura 25 – Mapa Localização da Praça do Bairro São Francisco


35

4.1 ANÁLISE URBANÍSTICA DO ENTORNO DA PRAÇA DE SÃO


FRANCISCO

Através de visita ao local de estudo observa-se que o entorno da Praça de São


Francisco é predominantemente residencial e que todas as edificações existentes
avançaram os limites do terreno deixando as ruas totalmente sem nenhuma calçada para
os pedestres. Também nota-se que o entorno da praça é composto por algumas
edificações mistas (residência e comércio); escolas, igrejas e posto de saúde (Figura 25).
Observa-se que os gabaritos (alturas) de todas as edificações do entorno da Praça de
São Francisco, são de 1 a 2 pavimentos (Figura 25).

A área de estudo é cortada por três vias coletoras. A Rua Senador Jose Emídio de
Morais seu fluxo possui um único sentido para ônibus e para outros transportes é nos
dois sentidos, a Rua Amilton Adolfo de Jesus, conhecida pelos moradores como rua 4,
possui fluxo nos dois sentidos para todos os transportes e, na Rua da Aurora, o fluxo
para ônibus é em um único sentido, e para outros transportes é nos dois sentidos (Figura
26).

O Bairro de São Francisco possui pouca arborização, isso gera não apenas para o
bairro mais para todo o meio ambiente temperatura mais elevada do solo. O crescimento
desordenado do bairro gerou o desmatamento da vegetação que existia (Figura 27).
Figura 24 – Mapa de usos 36
Figura 25 – Mapa de gabarito 37
Figura 26 – Mapa de Vias e Fluxos 38
Figura 27 – Mapa de Vegetação 39
40

Atualmente os equipamentos atuais da praça estão degradados com bancos


quebrados, existe um canal de esgoto que corta a praça fazendo uma divisão no espaço,
esse esgoto a céu aberto e sem proteção podendo causar acidentes devido à falta de
grades de proteção e transmiti doenças com os resíduos de lixo expostos (Figuras 30 e
31), não tem acessibilidade para deficientes na praça, falta rampa, acessos apropriados
para que esse espaço se torne acessível (Figuras 28 e 29). Atualmente a praça de São
Francisco está sendo utilizada para estacionamento de carros dos moradores e moto
taxista.

Figura 28 – Foto Atualmente da Praça do Bairro São Francisco - 2018

Fonte: Google Earth


41

Figura 29 - Foto Atualmente da Praça do Bairro São Francisco

Fonte: Google Earth

Figura 30 – Foto Atualmente da Praça do Bairro São Francisco - 2018

Fonte: Google Earth


42

Figura 31 – Foto Atualmente da Praça do Bairro São Francisco

Fonte: Google Earth

A falta de espaço público pode aumentar o índice de violência de uma


comunidade. Segundo dados da Prefeitura Municipal do Cabo de Santo Agostinho, a
Praça de São Francisco é o único equipamento público no Bairro de São Francisco,
atualmente esse espaço encontra-se degradado, sendo usado como estacionamento de
carros e motos. A proposta de Anteprojeto Urbanístico de Requalificação da Praça de
São Francisco tem por objetivo requalificar esse espaço criando novos usos e trazer
vitalidade para esse espaço publico
43

5. PROPOSTA DE ANTEPROJETO URBANISTICO DE


REQUALIFICAÇÃO DA PRAÇA DE SÃO FRANCISCO

Esse capitulo tem por finalidade expor toda a fase do projeto, desde o partido
arquitetônico, zoneamento, programa de necessidades, cada etapa do projeto que será
elaborada até a etapa final.

O objeto de estudo deste trabalho é “a Praça do Bairro São Francisco”, que nos
últimos anos, tem-se percebido que o referido espaço público está sendo convertido em
estacionamento de moto taxistas e carros de moradores, ao invés de ser usado como
espaço de lazer, convivência, esporte.

O objetivo da Proposta de Anteprojeto Urbanístico de Requalificação Da Praça de


São Francisco – Cabo De Santo Agostinho - PE, tem o intuito de proporcionar um
ambiente que melhore a qualidade de vida da população existente no bairro e seu
entorno. Os objetivos específicos abordados serão: Requalificar o espaço da área
estudada, criar um espaço de lazer, criar um estacionamento para as motos que
atualmente usam o espaço para estacionar, criar mais espações de arborização,
proporcionando melhorias também para o meio ambiente.

5.1 PROGRAMA DE NECESSIDADES

O programa de necessidades foi feito, após análise e diagnostico urbano da área


a ser proposto a requalificação, também foi construído um questionário com algumas
perguntas que foram respondidas pelos moradores sobre o espaço abordado no trabalho
e após todo esse estudo e conversas com a comunidade, o programa foi elaborado e
tem por finalidade criar um espaço de lazer, convivência e esporte para o Bairro de São
Francisco,
44

Quadro 1 – Zoneamento da Praça de São Francisco

Programa de Necessidade

Área de Lazer

Área de Convivência

Ambiente Arborização

Bicicletario

Estacionamento de moto

Fonte – Edjéssica Daiana

5.2 ZONEAMENTO

O Zoneamento do projeto da Praça de São Francisco foi criado através de dois


eixos de circulação que tem como finalidade fazer uma ligação da praça com as
edificações residências, mistas (residência e comercio), edificação de comercio e
serviços, a ponte sobre o canal ajudara nessa conexão de circulação, facilitando a
locomoção de todos os usuários.
Figura 32 – Zoneamento do projeto da Praça de São Francisco 45
46

5.3 PARTIDO ARQUITETÔNICO

O projeto foi criado a parti de dois eixos que tem como função ligar a praça ao seu
entorno que é predominantemente residencial resgatando o sentimento de pertencimento
desse espaço para a comunidade. A praça de São Francisco é o único espaço na
comunidade, mais ao longo dos anos houve uma degradação desse espaço.

A proposta do Anteprojeto de Requalificação Urbanística da Praça de São


Francisco tem por finalidade trazer vitalidade ao espaço degradado, apartir da
implantação de áreas de convivência, área de playground, área de jogos de mesa,
espaços verdes e arborizados.

, A criação de um estacionamento de motos tem como objetivo evitar que a praça


volte a se torna um estacionamento no futuro, o bicicletário, será implantado para que as
pessoas que utilizarem a praça terem um ambiente para estacionar suas bicicletas
incentivando a comunidade a praticar esporte. O projeto também tem finalidade trazer
soluções para o transbordamento do canal no período de chuvas através do uso de
plantas aquáticas que ajuda na remoção dos resíduos dos esgotos.

5.3.1 Vegetação

As árvores e as áreas verdes são de suma importância para o projeto de uma


praça, pois a arborização nesse espaço além de trazer benefícios ao meio ambiente
ajudando na redução dos altos níveis de temperatura, tem a função de proporcionar ao
ambiente um lugar de ar puro, gerando melhoria da qualidade de vida da comunidade,
como o entorno da Praça de São Francisco é predominantemente residencial, será
fundamental para o bem-esta físico e comum de todos.

No projeto da praça de São Francisco serão utilizados diversos tipos de


arborização que são indicadas para regiões de clima quente, conforme (Quadro 2),
também serão utilizadas vegetações aquáticas no canal de esgoto com objetivo de
ajudar na diminuição de poluição e carga orgânica no mesmo, conforme (Quadro 3).
47

Quadro 2 – Plantas para serem usadas no canal

PLANTAS USADAS NA PRAÇA DE SÃO FRANCISCO

Imagem Nome e Características

Cássia (Cassia spectabilis)

A cássia não é uma árvore muito alta,


alcança até 8 metros. Em compensação,
seu crescimento é considerado rápido

Jacarandá Mimoso: Jacarandá


mimosaefolia

deal para arborização de ruas, praças e


avenidas. Sua altura é de 8 a 15 metros.
Suas raízes são profundas, não danificam
calçadas e nem redes subterrâneas. Por
atingir 15 metros, melhor ser plantada
contra a rede elétrica.

Alfeneiro: Ligustrum lucidum

Oferece boa sombra, mas a floração de


muitos exemplares ao mesmo tempo pode
intensificar os casos de alergia à pólen.
Atinge aproximadamente 3 metros de altura.
48

Escova-de-garrafa: Callistemon ssp

As escovas-de-garrafa apresentam porte


arbustivo ou de arvoreta, alcançando de 3 a
7 metros de altura. Suas folhas são em
geral pequenas, lanceoladas a lineares,
verdes, sésseis, perenes e aromáticas, que
vão se tornando bronzeadas com o tempo.
São muito resistentes à seca.

Pata-de-vaca: Bauhinia foficata

Árvore brasileira, nativa da Mata Atlântica,


de porte médio com uma das mais belas
flores e folhagens. Possuem raízes
profundas que não estouram as calçadas.
Uma ótima opção para ser usada como
decoração e em regeneração de matas
degradadas.

Fonte – www.vivadecora.com.br/pro/paisagismo/arvores-nativas/
Edição: Edjéssica Daiana
49

Quadro 3 – Plantas para serem usadas no canal

PLANTAS USADAS NO CANAL DE ESGOTO

Imagem Nome e Características

Aguapé (Eichhornia crassipes).

A Aguapé é uma herbácea aquática flutuante


que se desenvolvi bem nas regiões e clima
quente, ajuda na remoção de poluentes no
esgoto.

Lentilha-d'água

A Lentilha-d'água é uma pequena planta


aquática que tem a capacidade de reduzir 15%
a 20% a carga orgânica do esgoto

Fonte – www.vivadecora.com.br/pro/paisagismo/arvores-nativas/
Edição: Edjéssica Daiana
50

5.3.2 Mobiliário Urbano

Mobiliário urbano refere-se a objetos e equipamentos instalados, de modo geral,


em áreas públicas, para uso dos cidadãos e como suporte às redes urbanas
fundamentais, tais como: rede de água, luz e energia, coletores diversos, lixeiras e
outros.

5.3.2.1 Postes de Iluminação

Todos os postes que vão ser instalados na praça de São Francisco serão de
concreto, os postes voltados para as vias coletoras as Ruas Emilio de Morais e Amilton
Adolfo de Jesus terão uma altura de 6m², já os postes voltados para a parte do interior da
praça serão de 3m², as distanciais entre eles obedeceram às normais do manual de
instalação e distribuição da Celpe da Cidade do Cabo de Santo Agostinho. A iluminação
adequada terá uma sensação de segurança para os moradores do entorno da praça e
deixara o espaço agradável e convidativo.

5.3.2.2 Bancos

Os bancos da praça serão de concretos. Em seu formato os bancos seguiram o


contorno da área de passeio e da faixa de vegetação e serviço, trazendo suavidade e
conforto a área de convivência. As distancias dos bancos serão distribuídos conforme a
necessidade da criação das áreas.

5.3.2.3 Lixeiras

As lixeiras instaladas no projeto serão de plásticos, todas possuíram uma altura de


1.10m², a distância das lixeiras será de 25m² de distancias uma para a outra.

5.3.2.4 Equipamento de lazer

A praça contara com espaço de playground que terá balanço de concreto,


escorrego de concreto, gangorra de madeira e um gira-gira de ferro inoxidável, os
brinquedos tem por finalidade criar um ambiente agradável e convidativo para as
crianças já que o entorno da praça é predominantemente residencial. A praça também
terá uma área para jogos de mesa, as mesas desse espaço serão de concreto, e tem por
finalidade atrair as pessoas a utilizarem todo o espaço de lazer.
51

5.3.3 Pisos

Os revestimentos da Praça de São Francisco serão de concreto pisos


intertravados de várias cores que são ideal para áreas externas que sofrera alto fluxo de
pedestre. Esses pisos permitem a passagem de água da chuva e ajuda na diminuição de
alagamentos e enchentes, ajuda no conforto térmico reduzindo absorção de calor do
solo, ele reflete até 30% mais luz solar ajudando na economia de iluminação.
52

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante o desenvolvimento do referido trabalho foi possível identificar alguns


problemas existente da Praça de São Francisco, o espaço atualmente se encontrava
degradado, falta de acessibilidade impossibilitando acesso para pessoas deficientes,
arborização insuficiente gerando um alto nível de insolação para os usuários da praça, os
bancos de madeira estavam quebrados, o espaço da praça era usando como
estacionamento de moto taxistas e carro dos moradores.

O primeiro capítulo foi a introdução que retratou um pouco do conteúdo de todo o


trabalho. O Segundo capitulo foi a fundamentação teórica, onde foram abordados os
assuntos pertinentes ao objeto de estudo, apresentando os conceitos de espaços
públicos, praças história, conceito e função e por última requalificação. A pesquisa
contribui para melhor entendimento dos assuntos a serem trabalhados na Proposta de
Anteprojeto Urbanístico de Requalificação da Praça de São Francisco. No terceiro
capitulo foram abordados três estudos de caso que serviram como referências para a
construção da proposta do trabalho. As praças escolhidas foram The silva localizada no
Cabo de Santo Agostinho, Praça Maciel Pinheiro localizada em Recife e a Vilaboim
localizada no Piauí. As praças Theo Silva e a Vilaboim foram requalificadas
recentemente, ocasionando inúmeras mudanças no espaço e gerando melhoria de
qualidade de vida de todos os usuários. O quarto capitulo foi a criação de um diagnóstico
da área do entorno da Praça de São Francisco, com o intuito de aprender como é esse
entorno e funcionamento. O quinto capitulo é a proposta de Anteprojeto Urbanístico de
Requalificação da Praça concretizando todas as etapas de construção, quadro de partido
arquitetônico, zoneamento, quadro de sugestão de arvores para o espaço, e por fim os
desenhos representativos.

Com a construção da proposta de Anteprojeto Urbanístico de Requalificação da


Praça de São Francisco espera-se ter alcançado os objetivos que é requalificar o único
espaço público do bairro de São Francisco que atualmente se encontra degradado,
resgatando o sentimento de pertencimento desse espaço para a comunidade dando
novos usos, com o espaço requalificado a comunidade terá um espaço de convivência,
lazer, jogos de mesas acessível a todos.
53

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