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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEÁRA

ARQUITETURA E URBANISMO

FRANCISCO WILLAME ALVES MEDEIROS

CENTRO CULTURAL DE P ACAJUS

MAIS CULTURA, MAIS VIDA

Fortaleza - CE
JUNHO 2018
FRANCISCO WILLAME ALVES MEDEIROS

CENTRO CULTURAL PACAJUS

MAIS CULTURA, MAIS VIDA

Trabalho apresentado ao Curso de


Arquitetura e Urbanismo, do Centro
Universitário Estácio do Ceará, como
requisito de avaliação da disciplina
Fundamentos do TFG.

Autor: Francisco Willame Alves Medeiros


Orientador (a): Andrea Dall´Olio Hiule

Fortaleza - CE
JUNHO 2018
Aos meus pais, Lourdirene Alves Medeiros e Luís Alves Medeiros, obrigado pai e
mãe pela força, em especial a minha por não permitir desistir, pela sua fé inabalável
em Deus, a minha irmã Gerlane Alves Medeiros Lira, pelo incentivo, aos meus
sobrinhos Otávio e Sophie, dedico este trabalho a vocês.
AGRADECIMENTOS

A Deus por ter sido meu quinhão e baluarte, a Deus toda honra e toda glória,
obrigado Deus por permitir-me a realização deste sonho, a toda minha família o meu
muito obrigado, aos meus queridos amigos que a arquitetura me deu, nestes anos
de muito aprendizado e dedicação e descontração, obrigado por permite fazerem
parte deste projeto, agradecer em especial a Mayara Moraes pelo companheirismo
e paciência, Deborah Nunes, Andreza Rodrigues e Pedro Junior (O pirata), que
fizeram parte lá no início, obrigado pela amizade, Jasmille Oliveira (Chan), ao amigo
Claudio Dantas pela ajuda, aos queridos e dedicados professores, Clélia
Monastério, Antônio Carlos, Prof. Frederico (Fred), Camila Santana e em especial
os Professores Ugo Santana e Andréa Dall´olio Hiluy por compartilhar tão vasto
conhecimento.
Vencedor não é onde se chega, mas o
modo como se vai, não é estando onde
chegou, mas o modo como se
comporta ao estando lá.

Neil Barreto
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................8
1.2. OBJETIVO ESPECÍFICO .....................................................................................9
1.2.1 justificativa ..........................................................................................................9
1.3. METODOLOGIA ................................................................................................. 11
3. ÁREA DE INTERVENÇÃO ................................................................................... 13
3.1 CARACTERISTICA DA ÁREA DE INTERVENÇÃO ............................................ 13
3.2. HISTÓRICO DA LOCALIDADE .......................................................................... 17
3.3. ESCOLHA DO TERRENO ................................................................................. 18
3.4. IDENTIFICAÇÃO DO TERRENO ....................................................................... 19
3.5. CARACTERIZAÇÃO DO TERRENO E SEU ENTORNO ................................... 20
3.6. DIAGNÓSTICO DO TERRENO ......................................................................... 21
4. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................... 22
4.1. INTEGRAÇÃO URBANA E SOCIAL .................................................................. 22
4.2. INTEGRAÇÃO ESPACIAL ................................................................................. 23
4.3. AMBIENTE DE CONVIVÊNCIA ......................................................................... 23
5. REFERÊNCIAS PROJETUAIS ............................................................................. 25
5.1. PROJETOS DE REFERENCIAS ........................................................................ 25
5.1.1 Centro cultural de Córdoba ........................................................................... 25
5.1.2. Centro cultural de São Paulo ....................................................................... 30
5.2. LEGISLAÇÃO URBANA ..................................................................................... 34
5.2.1. Plano diretor participativo de Pacajus ........................................................ 34
5.2.2. Lei de usos e ocupação do solos ................................................................ 35
5.2.3. Código de obras ............................................................................................ 35
5.2.4. Classificação viária ....................................................................................... 36
5.3. NORMAS, MANUAIS PORTARIAS .................................................................... 37
5.3.1 Nbr 9050 .......................................................................................................... 37
6. O PROJETO.......................................................................................................... 40
6.1. PROGRAMA DE NECESSIDADE E CAPACIDADE .......................................... 40
6.2. FLUXOGRAMA .................................................................................................. 44
6.3. PARTIDO ........................................................................................................... 45
6.4. IMPLANTAÇÃO .................................................................................................. 46
6.4. PRIMEIRO ESTUDOS ....................................................................................... 47
7. CONNSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................ 50
LISTA DE MAPAS
Mapas 1: Localização do terreno .............................................................................. 10

Mapas 2: Área de intervenção................................................................................... 13

Mapas 3: Características das edificações do entorno. .............................................. 14


LISTA DE IMAGENS

Imagens 1: Antigo marco de entrada do complexo turístico beira açude .................. 15

Imagens 2 Inicio da zona urbana .............................................................................. 16

Imagens 3: Tipologia de residência ao entorno do terreno ....................................... 16

Imagens 4: Tipologia de residência ao entorno do terreno ....................................... 17

Imagens 5: Igreja velha - Pacajus ............................................................................. 18

Imagens 6: Imagem do terreno ................................................................................. 19

Imagens 7: Imagem norte do terreno ........................................................................ 20

Imagens 8: Centro cultural de Córdoba ..................................................................... 25

Imagens 9: Perspectivas – Centro Cultural de Córdoba - Argentina ......................... 26

Imagens 10: Imagens do Centro cultural de Córdoba ............................................... 26

Imagens 11: Corte - Centro cultural de Córdoba. ...................................................... 27

Imagens 12: Vista da coberta do CCC ...................................................................... 28

Imagens 13: Vista interna do CCC ............................................................................ 28

Imagens 14: Praça do CCC....................................................................................... 29

Imagens 15: Vista aérea do Centro cultural São Paulo ............................................. 30

Imagens 16: Terreno CCSP ...................................................................................... 31

Imagens 17: Vista interna do CCSP .......................................................................... 32

Imagens 18: Vista interna do CCSP .......................................................................... 33

Imagens 19: Área de leitura ...................................................................................... 33

Imagens 20: Identificação das vias ........................................................................... 37

Imagens 21: Formas das mãos em sentido de acolhimento ..................................... 45

Imagens 22: Estendendo as mãos em forma de se doar .......................................... 45

Imagens 23: Composição final. ................................................................................. 46


Imagens 24: Implantação. ......................................................................................... 46

Imagens 25: Perspectivas 01 .................................................................................... 47

Imagens 26: Perspectiva 02 ...................................................................................... 48

Imagens 27: Perspectiva 03 ...................................................................................... 48

Imagens 28 Perspectiva 04 ....................................................................................... 49


LISTA DE GRÁFICOS

Gráficos 1: Proporções homes e mulheres .................................................................9

Gráficos 2: Fluxograma ............................................................................................. 44


LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Metodologia ................................................................................................ 11

Tabela 2: Espaços e área uso do CCC ..................................................................... 29

Tabela 3: Quantitativo da obra .................................................................................. 34

Tabela 4: Parâmetros urbanísticos ............................................................................ 35

Tabela 5 – Indice aplicáveis ao Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados do


código de obra de Pacajus. ....................................................................................... 36

Tabela 6: tabela de classificação da via. ................................................................... 36

Tabela 7: Classificação das edificações quanto a ocupação .................................... 41


8

1. INTRODUÇÃO

O Centro cultural é umas das grandes carências que a cidade tem em relação a
espaço adequado a cultura. Outro fator importante é justamente agregar valor aos
vários meios culturais da cidade, que tem em várias épocas do ano, festas juninas
com seu grupo de danças, festa do caju e demais atividade culturais, que vem
sendo cultivadas há décadas.

A carência de um Centro cultural, acarreta em vários problemas de vazão de


indivíduos da escolas e instituições que não tem um uso adequado as várias áreas
da cultura local. Devido a carência de um local de uso especifico que abrigasse
satisfatoriamente jovens que busca na cultura subterfujo que não seja análogo as
drogas. Pois acreditamos na educação como um dos maiores meios para se fazer
uma sociedade sadia e equilibrada protegendo-a através de um equipamento
público, seja resguardado os valores educacionais ao qual se encontra dentro de
cada indivíduo.

Levando em consideração os vários desafios que é um Centro cultural, lançando


então um olhar sobre o indivíduo, sobre o meio urbano, sobre a paisagem, sobre o
dever e função da arquitetura que é desenvolver espaços adequado as atividades
inerentes aos seres humanos aos longos de sua vida.

A arquitetura pode mudar a ideia de espaço, revitalizar e deixá-los mais agradáveis


possíveis. Podendo aproximar os laços sociais e individuais do ser humano,
explorando assim o que ele tem de melhor. Acreditando sempre no sucesso,
reaquecendo seus valores morais cultural e social como pessoa. A proposta do
Centro cultual, se encontra na cidade de Pacajus, região metropolitana de Fortaleza.
O bairro escolhido foi Coaçú, um dos principais e movimentado bairros da cidade,
embora carente de atividades como tantos outros bairros da cidade.

1.1. OBJETIVO GERAL

Elaborar um anteprojeto arquitetônico propondo a implantação de um Centro cultural


de uso público. O Centro cultural será implantado em Pacajus. A proposta inicial é
viabilizar de forma objetiva os aspectos culturais da cidade, rica em sua história e
9

cultura, a integração dos outros bairros e estimular a sociedade civil a valorização e


riqueza cultural dos Pacajuense.

1.2. OBJETIVO ESPECÍFICO

 Projetar um espaço para cultura, que ofereça espaços de exposições de diferentes atividades
artísticas para população;
 Estimular a sociedade cultural a resgatar as tradições e demais costumes do povo local;
 Propor espaços para realização de varia modalidades de danças, aulas de caratê, judô,
capoeira, praça com espaço a pratica de skates;

1.2.1 justificativa

A cidade de Pacajus caracteriza-se pelo comercio, pesca, a agricultura e também


pelas indústrias instalados no município. Anualmente acontece várias atividades
festivas aquecendo de forma positiva a economia local. Dentro do seus 254,636km²
de área, com uma população estimada em 70.911 habitantes, o gráfico abaixo
demonstra que a população é composta de 51.80% e 49,20% composta por
homens, com índice de desenvolvimento humano IDH de 0.659 segundo estimativas
do instituto Brasileiro de geografia e estatística, (IBGE) dado de 2016

Gráficos 1: Proporções homes e mulheres

Fonte: Elaborado a partir de dado do IBGE


A cidade de Pacajus vem crescendo economicamente dentre as demais cidades
metropolitanas de fortaleza, tendo um PIB per capta em 2015 de R$ 13.645,05, a
cidade hoje conta com inúmeras atividades culturais, festival do milho, vaquejadas e
festival do caju, festa juninas, levando em consideração a demanda de atividades
culturais que é oferecida a cidade ainda não dispõe de uma local adequado para
realização de atividade de suma relevância a história e cultura local. Pacajus e
horizonte, horizonte tem um IDH 0.604 e faz, a integração da cidade vizinha se dar
através de produtos, feira, demais festividades e atividades artesanais, os dois
municípios que fazem parte da zona industrial metropolitana de fortaleza, com várias
10

indústrias e comercio na região a exemplos temos vicunha têxtil, Vulcabrás/azaleia,


rigesa, santana têxtil, troller, skin e ambev.

Mapas 1: Localização do terreno

Fonte: Elaborado pelo autor a partir da plataforma do CorelDraw do IBGE

Como referido acima, a cidade de Pacajus tem uma estimativa segundo fonte do
IBGE, de 70.911 habitantes e hoje não dispões de um equipamento de cultura capaz
de abrigar de forma coerente e satisfatória. O único centro de encontro de vários
grupos de danças, caratê, capoeira, curso de instrumentos musicais é o suficiente
para abrigar de caráter satisfatório os usos que cada atividade demanda.

Todavia faz necessário um centro especifico que atenda a sociedade local bem
como a cidade que vem tendo grande crescimentos nas diversas áreas,
especialmente no que diz respeito a cultura da cidade. Muitos são os benefícios que
o Centro cultural trará a cidade de Pacajus, já que a cidade não dispões de um
equipamento cultural para a demanda de vários eventos culturais significativo, festa
do milho, grupo teatral Arriégua, grupo de teatro e dança Estrelart, grupo de dança e
interpretações populares Mawaka, estes são uns dos vários grupos artísticos da
cidade, uma cidade que também respira cultura e arte para todos.

Com a instalação do equipamento a cidade e bairros agregara valor cultural.


Segundo cita o geografo David Harvey em seu livro a liberdade da cidade “A cidade
sempre foi um lugar de encontro...” a ocupação e uso do equipamento trará mais
sentido ao local, trazendo consigo segurança e consequentemente um olhar crítico
que por sua vez a valorização do espaço público, gerando novos modelos de
requalificação cultural e ao enriquecimento da economia da cidade.
11

1.3. METODOLOGIA

Para elaboração e desenvolvimento do equipamento, Centro cultural moderno, são


indispensáveis estudos criteriosos sobre a cultura, história e economia local, visando
a integração do espaço proposto a sociedade, criar espaços que outrora ocioso em
lugares vitalizado, promover desenvolvimento, integração, entretenimento, e uma
oferta de cursos e oficinas a população Pacajuense e demais localidades.

Inicialmente foram feitas consulta ao plano diretor de 2000, e também a LUOS (lei
de uso e ocupação do solo), levantados alguns estudos de mapas regionais, dados
estatísticos para o desenvolvimento da proposta. Foram feitas analise e estudo de
caso de outros Centros culturais, seu funcionamento, sua função como equipamento
de uso social, verificação das tipologias das edificações da região, tudo isso com o
intuito criar o Centro cultural de integração ao bairro locais e cidade vizinha.

Tabela 1 Metodologia
OBJETIVO ESPECIFICO METODOLOGIAS A SEREM APLICADAS

 Propor a criação de um espaço - Métodos documentais


de uso público de integração
- Projeto de referências;
de integração dos bairros
locais - Definição de uma programa;

- Verificação de equipamento existe e


como funciona sua aplicação a
sociedade local

 Estimular a cultura local, sua Pesquisa documental


história, costumes e anseios, Estudos sobre a cultura história local;
ajudar no aquecimento
econômico e dar maior Pesquisa de campo
circulação e frequência de Analise das características potencial do
pessoas; local, localização do terreno;
12

Pesquisa bibliográficas

Pesquisa de documentos relacionado a


cultura local;

 Criar integração do espaço Pesquisa de campo


público com a sociedade local,
fazendo uso da arquitetura como
elemento construtivo,

Fonte: Elaborado pelo auto.


13

3. ÁREA DE INTERVENÇÃO

O local selecionado para implantação do Centro cultural proposto, encontra-se


localizado em Pacajus, cidade metropolitana de Fortaleza. Localizado no bairro
Coaçú, na rua Cônego Eduardo Araripe as margens da Br 116, possui uma área
equivalente de 13.298,99m². Devido ao baixo gabarito das edificações o terreno tem
uma boa iluminação natural, assim também é ventilação que ocorre em boa parte do
ano nos sentidos leste oeste, o terreno tem proximidade com o canal da integração,
aproximadamente a 600 metros do açude, vide mapa 2 (canal da integração).

Mapas 2 Área de intervenção

Fonte: Elaborado na plataforma CorelDraw a partir de dados do IBGE

A cidade de Pacajus tem uma economia em crescimento constante, predominando


atividade da agricultura, a produção de farinha de mandioca com grande apoio da
associação de agricultores do município, outras atividades com grande potencial é a
comercio, pesca e agricultura uma das grandes fontes geradoras de empregos e
renda ao município.

3.1 CARACTERISTICA DA ÁREA DE INTERVENÇÃO

A área é caracterizada por edificações de gabarito de porte baixo. Na parte leste do


terreno se encontra uma grande área verde de vegetação de pequeno porte, uma
pequena vegetação rasteira. Outro fator de suma importante é a localização do
terreno que fica nas margens da br 116.
14

Mapas 3: Características das edificações do entorno.

Fonte: Elaborado pelo autor através de dados do IBGE MAPAS.

O centro da cidade encontra-se a 700m distante do terreno que será implantado o


equipamento Centro cultura. Na imagem 1 do mapa 3 vemos a igreja matriz
localizada na rua Cônego Eduardo Araripe no centro da cidade, uma das ruas mais
movimentada da cidade, isso devido ela ser também a BR 116, a seguir encontra-se
a imagem 2 corresponde também a rua Cônego Eduardo Araripe. A cidade
encontra-se um trânsito pacato, com fluidez de automóveis, pessoas, pedestre,
ciclista e bastante movimentadas.

Mapas 4 Rua Cônego Eduardo Araripe

Fonte: Registro fotográfico feito e elaborado pelo autor a partir da Plataforma do CorelDraw.
15

.Na imagem 1 temos a foto de entrada ao ponto turístico beira açude segunda
etapa, localizado em pontos estratégico, o antigo marco do complexo beira açuda, a
priori, o projeto visava ampliar e interligar o acesso ao complexo da primeira etapa
através da criação de um calçadão (passarela) as margens do açude Ereré e vias
de acesso de automóveis, que se encontrava já em funcionamento do outro lado da
cidade, sentido leste, o projeto foi paralisado pelas autoridades decorrente de
escândalos referente ao gastos e superfaturamento. Hoje encontra-se apenas a
primeira etapa concluída a qual funciona o complexo turístico e de lazer beira
Açude.

Imagens 1: Antigo marco de entrada do complexo turístico beira açude

Fonte: Registro fotográfico feito e elaborado pelo autor a partir da Plataforma do CorelDraw.

Imagem 3 encontra-se ao norte, a entrada da cidade, e também a BR 116, no lado


esquerdo e mais adiante encontra-se o terreno, objeto de estudo para implantação
do Centro cultural, em 2015 a via sofreu uma reforma de recapeamento, mas o
projeto não deu por finalizando devido à gestão da administração. Em 2017 teve
outras reformas, desta vez teve boa parte da via pavimentada, dando mais
segurança e circulação adequados aos transportes que a utilizam.
16

Imagens 2 Inicio da zona urbana

Fonte: Registro fotográfico feito e elaborado pelo autor a partir da Plataforma do CorelDraw.

Através de registro fotográficos, como mostra na imagem 4, a várias fotos


relacionadas aos tipos de edificações. A configuração da residência ao entorno do
terreno predomina um gabarito de pequeno porte, uso misto onde as várias
atividades de comercio funcionam na arte térrea de algumas edificações existentes.

Imagens 3: Tipologia de residência ao entorno do terreno

Fonte: Registro fotográfico feito e elaborado pelo autor a partir da Plataforma do CorelDraw.
17

Imagens 4: Tipologia de residência ao entorno do terreno

Fonte: Registro fotográfico feito e elaborado pelo autor a partir da Plataforma do CorelDraw.

3.2. HISTÓRICO DA LOCALIDADE

A região a princípio era habitada por índios como Jenipapo, kanyndé, Choró e
Quesitos. Pacajus tem início aproximadamente no século XVIII em 1707, nesta
época foi criada a missão dos Paiacu. A missão feita por Jesuítas feita com doações
de uma légua de terra situada nas margens do rio Choró, tendo como intermédio o
desembargador Cristóvão Soares Reimão. Com a construção de uma capela,
admitindo-se como padroeira nossa senhora da Conceição, as casas de chão batido
as chamadas casa de taipas¹, foram as primeira a serem edificadas, com a
transferência dos índios para Portalegre, no Rios Grande do Norte em 1762, o local
no qual foi construída uma capela de taipas e algumas casas passou a ser o sítio do
Monte-Mor o Velho, que teve como administrador dois moradores de cascavel: O
sargento Jeronimo de Antas Ribeiro e o padre José de Sousa, através da missão,
depois da sesmarias e ao redor da igreja Velha e assim as margem do rio Choró
nascia a área urbana de Pacajus. A imagem¹ mostra a antiga igreja velha construída
pelos índios Paiacu, local onde posteriormente teve início a cidade de Pacajus
18

Imagens 5: Igreja velha - Pacajus

Fonte: Registro fotográfico feito e elaborado pelo autor a partir da Plataforma do CorelDraw.

3.3. ESCOLHA DO TERRENO

A escolha do terreno para elaboração do projeto do Centro cultural se deu em três


aspectos considerados a seguir.

Infraestrutura: Para uma boa funcionalidade do projeto, deve ter-se uma boa
infraestrutura em seus vários sentidos, seja na parte da construção civil, econômica
ou framework. Abastecimento de agua, rede elétrica, saneamento básico, Todo o
entorno do terreno encontra-se as características citadas.

Acesso: Na proximidade do local de implantação do Centro cultural encontra-se a


BR 116 na rua cônego Eduardo Araripe como via de acesso principal e a rua s/n
com acesso na lateral norte do terreno, o terreno está inserido em uma quadra de
esquina facilitando o acesso ao pedestre.

Social: O terreno localiza-se em uma grande área habitacional, com comunidade ao


redor, bairro do Sinal, Cruz das almas, Alto da Boa Vista, o equipamento inserido
nas comunidade estar relacionado com a possibilidade de ter mais pessoas
participando da vida social da comunidade, gerando mais pessoas na ruas, e
consequentemente a sensação de mais segurança.
19

Mapas 5: Vias principais no entorno do terreno

Fonte: Elaborado pelo autor na plataforma do CorelDraw com dados do Google Earth.
3.4. IDENTIFICAÇÃO DO TERRENO

As condicionantes naturais do tipo de terreno possibilita uma melhor fluidez de


ventos, o qual predomina boa parte do ano no sentindo leste oeste, o clima é
agradável, devido as proximidade do complexo beira açude, (açude Ererê) um
pequeno micro clima é gerado em seu entorno criando boas condições do seu
usuários permanecer no seu entorno, foram comprovadas as condições citada
devido a visita no local do terreno, foi diagnosticado bastante área de residência na
parte frontal do terreno, com grande quantidade de edificações de uso místico

Imagens 6: Imagem do terreno

Fonte: Elaborado pelo autor na plataforma do CorelDraw através de dados do Google Earth.
20

Imagens 7: Imagem norte do terreno

Fonte: Elaborado pelo autor na plataforma do CorelDraw através de dados do Google Earth.

3.5. CARACTERIZAÇÃO DO TERRENO E SEU ENTORNO

O mapa 6 corresponde ao bairro do Coaçú, objeto de estudo ao qual estar inserido o


terreno, o terreno está localizado as margens da Br 116, na rua Cônego Eduardo
Araripe. O mesmo está estrategicamente bem localizado com facilidades de acesso,
como citado ele fica nas margens da BR 116, as demais vias de acesso estar a Av.
Ecília Lopes de Meneses uma das principais Avenidas que corta a cidade de norte a
sul e faz cruzamento com a Tabelião José Gama Filho que tem acesso a nova BR
116.

Mapa 6: Terreno escolhido para desenvolvimento do Projeto

Fonte: Editado pelo autor na plataforma do CorelDraw com dados coletado do IBGE MAPAS.
21

3.6. DIAGNÓSTICO DO TERRENO

Conforme o mapa abaixo, que mostra a posição do terreno, o qual se encontra com
uma vista privilegiada, de fronte a Br116, na rua Cônego Eduardo Araripe, no
sentido oeste. Por estar as margens da Br 116 o local do terreno se encontra
constantemente com bastante fluxo de carros e pessoas, ambiente
predominantemente pacato. Abaixo encontra-se algumas fotografias do terreno.

Mapa 7: Diagnostico do

Fonte: Elaborado pelo autor na plataforma do CorelDraw através de dados do Google Earth.
22

4. REFERENCIAL TEÓRICO

O conceito de Centro cultural é entendido como um espaço mantido por instituições


públicas, que oferecem serviços públicos, como biblioteca, sala de aulas de
músicas, teatro, cinema, várias modalidades de esporte,

Para um bom funcionamento e desenvolvimento de um Centro cultural é de suma


importância considerar os aspectos normativos e critério técnico referentes ao
conforto, funcionalidade, uma boa convivência e integração harmônica com o
espaço criado, além das observações relacionada ao terreno e seu entorno, os
acessos ao terreno. Diante disso, para fundamentação teórica do projeto abordado,
foi considerado alguns conceitos de muita relevância a seguir:

4.1. INTEGRAÇÃO URBANA E SOCIAL

Para Hertzberger (2015) o ambiente criado pelo arquiteto pode contribuir para a
formação do indivíduo como um ser pertencente ao espaço, pois o ambiente foi
criado por todos e para todos, mediantes o cuidado que damos ao equipamento,
fazendo uso do mesmo, integrando-se socialmente e nos aproximamos uns dos
outros, criaremos uma sociedade com menos “desertos urbanos”.

O arquiteto pode contribuir para criar um ambiente que ofereça


muito mais oportunidades para que as pessoas deixem suas
marcas e identificações pessoais que possa ser apropriado e
anexado por todos como um lugar que realmente lhe
“pertença”. O mundo é controlado e administrado por todos e
para todos terá de ser construído com entidades pequenas e
funcionais, não maiores do que as capacidades de cada um
para mantê-la. (HERTZBERGER, 2015, p 47).

A finalidade diz Hertzberger (2015), dos espaços públicos, é fazer com que crie um
ambiente diferente em relação aos demais construções. Que cada pessoa que faz
parte da sociedade se insira e faça responsável pelo espaço público.

O segredo é dar aos espaços público com forma tal que a


comunidade se sinta pessoalmente responsável por ele,
fazendo com que cada membro da comunidade contribuía à
sua maneira para um ambiente com o qual possa se relacionar
e se identificar. O grande paradoxo do conceito de bem-estar
23

coletivo, tal qual se desenvolveu lado a lado com as ideias do


socialismo, é que ele acaba subordinado as pessoas ao
sistema que foi construído para liberta-los. (HERTZBERGER,
2015, p 47).

4.2. INTEGRAÇÃO ESPACIAL

Conforme cita Ramos (2007), a função primordial dos Centros culturais são
justamente a disseminação da cultura, para tanto esses ambientes precisam de
integração dos espaços entre si, evitando que esses espaços se tornem apenas
mais um espaço vazio, destaca-se que a integração de bens cultural, o papel do
Centro cultural enquanto projeto criado é desenvolver na sociedade a maneira se se
expressar, cada indivíduo se relacionando com outro indivíduo, na busca por uma
sociedade na preservação dos espaços que se integram e espalham cultura no
homem contemporâneo. (...) Os Centros culturais são espaços para cultivar a
capacidade de romper e criar MilanesI, 2003.

Umas das principais funções atribuídas a um Centro de cultura


é permitir a liberdade de chagar ao conhecimento e discuti-lo.
O acesso a informação, a amplificação da informação através
da discussão e da análise, o registro e a preservação da
informação, a construção de informações novas e a
disseminação das informações construídas estão entre as
muitas ações que devem ser realizadas no interior de uma
casa de cultura. Pois, cultura e informação no mundo
contemporâneo, são duas faces de uma mesma moeda
(RAMOS, 2017)

4.3. AMBIENTE DE CONVIVÊNCIA

Segundo o portal Brasil, no Brasil tem cerca de 2.500 entre museus, teatros e
bibliotecas, com acervos, exposições e manifestações. Umas das principais funções
dos Centros culturais é justamente facilitar o convívio entre pessoais. Segundo
(VARGAS, 2001) relacionando o espaço público, neste caso um espaço público, é
essencial que em qualquer que seja a comunidade em que si vive, para uma boa
comunicação e desenvolvimento é preciso que haja encontro de pessoas, de
individuo, seja para compra ou para troca, é nesta modalidade de encontros que vai
nascer o espaço públicos, no caso aqui abordado, Centro cultural.
24

É preciso lembrar, no entanto, que na grande maioria desses espaços


públicos, externo ou internos acontece a troca em que esta é atividade que nasce
com o homem e que, na maior parte da história da humanidade, para trocar era
preciso acontecer o encontro. E é essa necessidade de encontro que vai nascer o
lugar do mercado
25

5. REFERÊNCIAS PROJETUAIS

A proposta do Centro cultural estar fundamentado nos projetos de estudo


nos casos abaixo relacionados. A ideia inicial é promover o desenvolvimento,
incentivo à cultura local que se encontram arraigado a história do povo Pacajuense,
requalificando assim a relação dos bairros ao seu entorno. Com um conceito de
inclusão social, buscou-se ao levantar algumas informações relacionados ao projeto
proposto a exemplos do Centro cultural de Córdoba na Argentina, o Centro de
cultura de São Paulo os quais foram usados como base de informações projetuais
para extrair uma boa definição do projeto arquitetônico.

5.1. PROJETOS DE REFERENCIAS

5.1.1 Centro cultural de Córdoba

Imagens 8: Centro cultural de Córdoba

Fonte: infodecordoba.com.ar
Autor do projeto: Iván Castañeda, Alejandro Cohen, Cristián Nanzer, Inês Saal,
Juan Salassa, Santiago Tissot.
Localização: Parque Sarmiento, Córdoba, Córdoba, Argentina
Área: 15000,00m²
Ano de projeto: 2014
26

O projeto do Centro cultural de Córdoba (CCC), foi um concurso que visava


comemorar o bicentenário da república Argentina, e para tanto o programa tinha que
incorporar um novo programa há umas construções já existente no local, como o
auditório e o arquivo histórico da província de Córdoba. Foi buscada como sinal
dessa era de renovação e exigência da sustentabilidade, clareza, fácil comunicação
e economia de recursos. Para marco referencial, tem-se o farol, uma coluna de
concreto elíptica ascede3nte espiral, girando em seu eixo com uma altura 90 mts,
que junto ao mastro atinge os 102 metros, é simbolizo da distância e a conexão das
pessoas e edifício.

Imagens 9: Perspectivas – Centro Cultural de Córdoba - Argentina

Fonte: infodecordoba.com.ar

Segundo o portal do inforcodoba o projeto foi pensado e idealizado para dar ênfase
ao acontecimento público, fazer uma construção com alusão à resistência Argentina
da época, que o projeto fosse representado como algo duradouro, para isso foi
usado elementos como o concreto, a imagem 10 ilustra bem o uso visível desse
símbolo duradouro na construção arquitetônica. (INFORCORDOBA, 2015)

Imagens 10: Imagens do Centro cultural de Córdoba

Fonte: infodecordoba.com.ar
27

Pontos relevantes da proposta no Centro Cultural de Pacajus

 Uso dos elementos arquitetônicos para capturarão de ventilação e iluminação


natural através de rasgo na coberta e demais aberturas e uso do vidro;
 Critério na escolha do local para fins estratégico em relação ao social, para
uso popular é mais intenso do equipamento;
 Fazer um edifício paisagem, explorando as possibilidades do terreno,
 Uso e exploração das características arquitetônicas moderna;

Conforme a imagem 11, que mostra um corte transversal, que se integra ao terreno,
o qual foi adaptado ao projeto, o teto do edifício funciona a praça, o farol e a própria
praça são os dispositivos de destaque, isso se devido a topografia do terreno que
possuí um desnível de 6,5 metros desde o acesso da rua Poeta Lugares e o nível da
cota mais elevada do próprio Parque.

. Imagens 11: Corte - Centro Cultural de Córdoba.

Fonte: infodecordoba.com.ar

A coberta com uma placa de concreto ondulado de 63m x 67m possibilitou uma
flexibilidade da forma ondulada, ao qual se ver nas imagens 11 e 12, adquirida no
projeto, fez um mar petrificado arrojando sobre a cidade, fazendo analogia a
chegada ou encontro da cidade ao antigo equipamento que remota o início do
século XX. O edifício tem uma modulação estrutural de 9x9 metros o dar uma total
flexibilidade, as demais estruturas se completas com pilares inclinado em forma de
V dando mais firmeza aos esforços gravitacionais e horizontais, ainda como
elemento estrutural se estende um muro curvo de puro concreto o qual tem também
28

a função de separa a sala de exposições do auditório. Para uma maior iluminação,


fez um rasgo na parte superior para captação de luz e ventilação natural

Imagens 12: Vista da coberta do CCC

Fonte: infodecordoba.com.ar

Imagens 13: Vista interna do CCC

Fonte: infodecordoba.com.ar

Programa de necessidade de suas respectivas áreas e devido usos.


29

Segundo dados do portal de informações inforcodoba, o Centro cultural de Córdoba


é composto por 5 níveis, o subsolo está localizado o laboratório de conservação e
digitalização. O piso térreo onde se encontra a biblioteca e uma sala de acesso aos
documentos históricos e hall de acesso público. No primeiro e segundo pavimento
se encontra o setor de deposito, em cada um dos pavimentos tem 3 salas de 120m²,
ou seja, 700m² de armazenamento de documentos históricos com ambientes em
condições adequadas como luz, temperatura e umidades para uma boa
conservação dos documentos. O terceiro pavimento se encontra o concelho
provincial de história da província de Córdoba, setor administrativo dos arquivos, e
demais áreas técnicas. Fora da edificação está a praça, a esplanada-telhado, que
faz analogia as ondas em direção ao farol do bicentenário

Imagens 14: Praça do CCC

Fonte: infodecordoba.com.ar

Tabela 2: Espaços e área uso do CCC


Espaço Uso
Recepção Recepção, entrega de gráficos, letreiro de atividades e imprensa
Biblioteca de mídia Sala para exibição de vídeo, catalogação de vídeo,
3 sala de exposição Exposições
Auditório Conferencias, reuniões, apresentações, teatros mesas redondas
Sala da administração Sala do diretor
Sala da direção Sala para reuniões
Sala da coordenação Sala para reuniões
Sala de produção Sala para reuniões
30

Sala de imprensa Sala para reuniões


Sala técnica Produção
Banheiros Para uso da exposições
Pátio de entrada Exposições e intervenções
Terceiro piso
Pátio externo Recitais e amostras
Sala de rádio Rádio
Cabine de operações técnicas Operações técnicas de conferencias, apresentações, mesa
redonda
Área Total
Fonte: Elaborada pelo autor através de dados obtidos do site infodecordoba.com.ar

5.1.2. Centro cultural de São Paulo

Imagens 15: Vista aérea do Centro cultural São Paulo

Fonte: www.spbairros.com.
Autor do projeto: Eurico Prado Lopes e Luis Telles
Localização: Rua Vergueiro, 10000- Paraíso, São Paulo - Brasil
Área: 46,500.0m²
Ano de projeto: 1979

Conforme relata o SP Bairros, o CCSP é um clássico da arquitetura paulista, o


Centro cultural de São Paulo projetado por Eurico Prado Lopes e Luís Telles, o
projeto é um ícone da arquitetura brasileira. Em 1973 o então prefeito Miguel
Calasuonno, na sua administração foi idealizado um projeto de urbanização onde
incluía uma biblioteca, hotéis e um shopping e demais edifícios de escritórios, mas
devido a mudanças de gestão o projeto foi alterado e finalmente em 1979 o atual
prefeito de São Paulo fez, mas uma mudança, o qual considerou o projeto grande
demais para abrigar somente uma biblioteca, e pediu uma revisão do projeto. Após
as devidas considerações, o que de início era apenas uma biblioteca passou a ter
31

um teatro, sala de cinemas, ateliês, espaços para exibições de músicas, espaço


para exposições.

Pontos relevantes do CCSP para Centro Cultural de Pacajus

 Acessibilidade, programa de livre acesso


 Ênfase dado ao uso população com intenção de interação e inclusão
social;
 Uso da iluminação natural;
 Aproveitamento

Na imagem 16 a seguir, ver-se o terreno que pouco depois viria a comportar um dos
maiores centros de atividades culturais de São Paulo. O CCSP veio a ser construído
no lote público, um terreno onde ainda existia algumas pequenas residências que
teve que ser desapropriado para a construção da linha e estação de metrô, seu com
comprimento de 300 metros e 70, totalizando uma área de 21,000.00m² e com
desnível de 10 metro.

Imagens 16: Terreno CCSP

Fonte: www.spbairros.com.br

O CCSP conta com várias entradas independentes de pedestre, quatro ao todo,


priorizando e facilitando a entrada, saída e fluidez do acesso aos amplos espaços,
com seu partido arquitetônico visou a horizontalidade, fazendo dos amplos espaços
locais de estudo e encontros sociais, a construção tem 4 pavimentos totalizando
32

46500m², seus espaços se destaca pela integração com o espaço externos, fazendo
uso de várias matérias, como o vidro que deixa o interior mais agradável devido a
exposição do exterior do CCSP.

Imagens 17: Vista interna do CCSP

Fonte: Alexandre Diniz/SPTuris

Conforme relata o portal CCSP, a estrutura de sustentação em concreto e metal, foi


considerado uma inovação já que na década de 80 as técnicas de execução não
eram dominadas, os pilares centrais onde convergem as vigas, deixando grande
átrios com a iluminação natura, fazendo uso de aberturas zenitais a ideia era
justamente deixar os espaços livres de pilares, obtendo assim mais espaços,
facilitando o deslocamento. A sua arquitetura possui variado matérias, tijolo,
acrílico, concreto, aço e até tecido. O uso dos elementos para sua composição
estrutural como citado, tem como elementos principais concreto e aço, já as vigas
tem a composição dos dois materiais. Com o uso possibilitou a criação de grande
vão, o CCSP tem vãos livres de 37 metros, ficando pilares com carga de até 1.000t
que tem vigas curvas que fazem parte da composição.
33

Imagens 18: Vista interna do CCSP

Fonte: www.spbairros.com.br

Imagens 19: Área de leitura

Fonte: www.spbairros.com.br
34

PRINCIPAIS QUANTITTATIVO DA OBRA

Tabela 3: Quantitativo da obra


Área construída: 46.500m²
Movimentação de terra 65.000m³
Parede diafragmas 1.330m²
Área de forma 114.000m²
Estrutura metálicas 1.430t
Aço 1.930t
Pilares reto 215t
Pilares curvos 110t
Vigas 1.000t
Escada e rampas 175t
Elementos pré-moldados 2.300m³
Concreto moldado in louco 15.000m³
Concreto de fundações 1.3000m³
Concreto nos muros de arrimo 1.600m³
Perfazendo um total de 20.200m³de concreto
Fonte: Elaborado pelo autor através de dados da www.maubertec.com.br

5.2. LEGISLAÇÃO URBANA

Todo projeto para um bom aproveitamento dos recursos naturais ou até mesmo
estético e plasticidade, exige alguns fatores para ser construído: Topografia
favorável do terreno, saneamento básico, infraestrutura, área a ser construída, vias
de acesso, iluminação pública, e demais exigência pertinentes ao desenvolvimento
do objeto a ser construído, outro sim, são as leis que regulamenta as vareias
construções. Para o correto enquadramento do nosso Centro cultural de Pacajus
usaremos conforme determina as leis municipal PDPP (plano diretor participativo de
Pacajus) e a LUOS (lei de uso e ocupação do solo) e demais especificações do
código de obra. Serão analisados para seleção e definição do local de construção
do CCP (Centro cultural de Pacajus), além dos aspectos socioeconômico locais.

5.2.1. Plano diretor participativo de Pacajus

Conforme o Plano Diretor, o projeto situa-se numa CEUV, Centro de Unidade de


vizinhança, em relação aos limites das zonas, é importante esclarecer que o PDPP
de 2000 não se encontra definido os locais de zonas. Conforme a LUOS, (Lei de uso
e ocupação do solo) no art. 37, tem-se os usos permitidos nesta Zona a seguir:
35

I – Comercial varejista e de serviços em geral e indústria de pequeno poste não


poluente;

II – Institucional – Creche; escolas de 2º grau; centros de saúde; ginásios; mercados


públicos; polos de atendimento para adolescente; templos, centrais comunitárias
contendo: Oficinas para cursos profissionalizantes; auditório para reuniões
comunitárias e eventos culturais; sala para reuniões; “Balcão da cidadania”,
biblioteca, central Inter profissional de serviços, posto policial, posto telefônico,
serviço de correios e demais instituições de modo geral.

5.2.2. Lei de usos e ocupação do solos

Tabela 4: Parâmetros urbanísticos


Parâmetros urbanísticos Índices
Taxa de ocupação - TO 40%
Taxa de permeabilidade - TI 30%
Índice de Aproveitamento – IA -
Altura máxima da edificação 0
Área mínima 250m²
Fonte: Elaborado pelo autor a partir da LUOS municipal (2000)

5.2.3. Código de obras

A seguir serão apresentadas exigências do código de obras de Pacajus, para


consideração e aplicação no CCCP (Centro Cultural de Pacajus).

Do cálculo de ventilação dos ambientes.

“Art. 74 - O dimensionamento mínimo dos compartimentos das edificações, e a sua


necessidade de ventilação, serão determinados de acordo com o Anexo I, parte integrante
desta Lei. (...)

Conforme a tabela 4, encontra-se os índices aplicáveis ao CCCP (Centro Cultural de


Pacajus). Na tabela do código de obras de Pacajus não se encontra índice
relacionado ao projeto proposto, estar ausente os parâmetros relacionado a Centro
de cultura em geral, conforme mostra a tabela, para tanto será levado em
consideração para aplicação do cálculo de ventilação dos ambientes do projeto.
36

Tabela 5 – Indice aplicáveis ao

Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados do código de obra de Pacajus.

5.2.4. Classificação viária

Tabela 6: tabela de classificação da via.

Fonte: Lei do sistema viário básico do município de Pacajus

Conforme a lei do sistema viário básico do município, anexo III as ruas classificam
da seguinte forma: BR 116 Via expressa (Rodovia Federal). A rua projetada 22 não
contem no plano atual do Município, mais se classifica como via arterial
37

Imagens 20: Identificação das vias

Fonte: Earth, editado e elaborado pelo autor.

5.3. NORMAS, MANUAIS PORTARIAS

Além do regimento relacionado nas diretrizes estabelecidas pelo Plano diretor


participativo de Pacajus (PDPP). Conforme o projeto de uso público o qual tem a
capacidade de receber grande número de pessoas no mesmo local, faz-se
necessário muita atenção ao Código de segurança e Prevenção de incêndio e
demais exigências das normas no que tange combate a incêndio, acessibilidade e
iluminação.

5.3.1 Nbr 9050

A NBR 9050 visa estabelecer as boas condições de acessibilidade universal do


equipamento, bem como seus espaços, mobiliário, instalações diversas para o uso
por pessoas com limitações reduzidas e para tanto foram listados alguns parâmetros
exigidos pela NBR 9050 na aplicação do projeto.

Dos acessos e circulação

- As portas devem ter vãos livre de 0.80m largura e altura de 2.10;


- Largura mínimas de corredores em relação a sua extensão
38

 0,90m para corredores de usos comum com extensão de 4,00m


 1.20m para corredores comuns com extensão de até 10,00m;
 1.50m para corredores de uso público;
 >1.50 para grandes fluxos de pessoas;
 1.50m para corredores com extensão superior a 10,00m;
- A inclinação da rampa será de até 8,33%.
Das vagas para estacionamento
- 1 Vaga acessível para cada 11 a 100 vagas e 1% de vagas para quando o
número for maior que 100
- A vaga de acessibilidade deve ter um espaço adicional de circulação no
1,20m de largura, quando afastado da faixa de travessia de pedestre.
Da acessibilidade dos sanitários
- 5% do total de peça sanitária, com no mínimo um, para cada sexo em cada
pavimento, onde houver sanitários;
- As dimensões mínimas para o boxe de bacia sanitárias acessíveis são
1,50m x 1,70m e para os boxes chuveiros são de 0,90m x ,0,95m
39

Tabela 5: Normas
técnicas

Fonte: Elaborado pelo autor a partir de dados da NBR.


40

6. O PROJETO

Foram feitos vários estudos anteriormente como analise do bairro, cidade e do


terreno proposto, assim chegou a formulação de um programa adequado às
necessidades da cidade. Para um bom entendimento da ideia proposta, será
exposta no tópico a seguir.

6.1. PROGRAMA DE NECESSIDADE E CAPACIDADE

O programa de necessidade e pré-dimensionamento foram feitas com base na


demanda do Centro cultural Maloca do Brilhante, foram consideradas outras
informações referente a norma 9050 que abordada sobre acessibilidade e a norma
9077 do corpo de bombeiro, para a computação da população foi também abordado
a norma 9077 códigos de segurança contra incêndio e pânico. A edificação proposta
encontra-se na (tabela 5) classificação da edificação quanto a ocupação, nesta
tabela corresponde ao Grupo E- Educacional e Cultura física. A partir da definição
do uso, foi feito o cálculo em conformidade com a população que corresponde a
uma pessoa por 1,50m² para encontrar a população da edificação divide a área total
pela população da (tabela 6). Ficando: P=2.320/1.50 chegou ao resultado de 1.546
pessoas
41

Tabela 7: Classificação das edificações quanto a ocupação

Fonte: Elaborado pelo autor a partir da norma 9077 corpos de bombeiro

Tabela 6: Dados para o dimensionamento das saídas.

Fonte: Elaborado pelo autor a partir do código de obra de Pacajus e norma 9077 corpos de bombeiro
42

Tabela 7: Programa de necessidade, pré-dimensionamento e capacidade.


Setores/Ambientes Qnt. m² Num. Pessoa Pessoas m²

Administração – Área total= 82m²


Recepção/Espera 1 15m² 5 3 pessoa m²
Sala de diretoria 1 10 m² 10 1.5 pessoas
Sala de secretária 1 10 m² 7 1.5 pessoas
Sala de reuniões 1 15 m² 10 1.5 pessoas
Copa 1 15 m² 5 1 pessoa m²
Financeiro 1 9 m² 4 1.5 pessoas
Sanitários 1 * * *
Almoxarifado 1 8 m² 3 3 pessoas m²
Área total

Oficinas/Cursos – Área total= 540m²


Sala de escultura 1 60m² 40 1.5 pessoas m²
Sala de gravura 1 60m² 40 1.5 pessoas m²
Sala de pintura 1 60m² 40 1.5 pessoas m²
Sala de cerâmica 1 60m² 40 1.5 pessoas m²
Sala de madeira 1 60m² 40 1.5 pessoas m²
Sala de metal 1 60m² 40 1.5 pessoas m²
Sala de informática 1 70m² 30 1.5 pessoas m²
WC Fem./Masc. 2 2x 25m² * *
Sala multiuso 2 60m² 20 1.5 pessoas m²
Área total
Biblioteca – Área total= 187,6m²
Hall/Balcão de controle 1 20m² 4 3 pessoas m²
Guarda volume 1 5m² 2 3 pessoasm²
Consulta (computador) 4 4x 0.40m² * 3 pessoas m²
Acervo de 6.000 volumes 1 70m² 23 3 pessoas m²
Leitura coletiva 10 pessoas 2 2x 30m² 3 pessoas m²
Reprografia 2 2x 5m² 2 3 pessoas m²
Encadernação e reparo 1 5m² 2 3 pessoas m²
Arquivo 1 10m² 3 3 pessoas m²
Triagem 1 6m² 2 3 pessoas m²
Área total

Convivência – Área total= 820m²


Galeria de exposições 2 2x 200m² 133 3 pessoas m²
Exposições de instalações 2 2x 100m² 67 3 pessoas m²
Café/Bar 2 2x 30m² 30 por bar 1 pessoas m²
Deposito 1 80m² 26 3 pessoas m²
WC Fem./Masc. 2 2x 20m² * *
WC Adaptado 2 2x 20m² * *
Área total

Teatro – Área total= 612m²


Foyer 1 150m² 150 1 pessoas m²
43

Plateia 1 240m² 240 1 pessoas m²


Palco 1 120m² * 1 pessoas m²
Camarim 1 25m² 25 1 pessoas m²
Deposito 1 20m² 6 3 pessoas m²
Sala de projeção 1 7m² 2 3 pessoas m²
Sanitários Fem./Masc. 2 2x 25m² * *
Área total

Serviço – Área total= 79m²


Gerador 1 9m² 3 3 pessoas m²
Reservatório 1 * *
Dml 1 15m² 5 3 pessoas m²
lixo 1 15m² 5 3 pessoas m²
WC Fem/Masc. 2 2x 20m² * *
Área total= 2.320,6m² Total= 1,090
Fonte: Elaborado pelo autor.
44

6.2. FLUXOGRAMA

Gráficos 2: Fluxograma

Fonte: Elaborado pelo Autor


45

6.3. PARTIDO

O principal objetivo é integrar todo o entorno ao centro cultual, fazer com que o
humano se integre a arquitetura construída de fato, para tanto foram explorados
recurso essenciais para projeto, dessa forma, utilizando uma boa ventilação
privilegiada que a localização do terreno proporciona, iluminação natural. A forma
das mãos aberta faz analogia o se defina a função do CCP, que é estar de mãos e
braços abertos a receber as pessoas, famílias para, doar-se ao próximo.

Imagens 21: Formas das mãos em sentido de acolhimento

Fonte: https://pt.dreamstime.com. Acessado 16 de Junho

Imagens 22: Estendendo as mãos em forma de se doar

Fonte: https://pt.dreamstime.com. 16 de junho

O resultado dos estudos chegou-se a forma proposta desde início com a intenção
acolhimento social, com dois volumes respectivamente aberto com um pátio ao
meio, área de convivência, e demais setores
46

Imagens 23: Composição final.

Fonte: Elaborado pelo autor

6.4. IMPLANTAÇÃO

Imagens 24: Implantação.

Fonte: Elaborado pelo autor.

Seguindo o partido arquitetônico de integração social, criou-se uma praça, anfiteatro,


facilidade de acesso das pessoas do bairro para uso do espaço Centro Cultural, bem
como das comunidades da cidade, para tanto os acessos foram desprovidos de
47

barreira, com acesso independente para serviços. O CCP (Centro Cultural de


Pacajus) tem quatro entradas de acesso, ao norte fica o acesso principal, a fachada
ficou voltado para a rua Projetada 22, também com acesso de pedestres, fora
provida vagas de estacionamento, acesso e saída de carros, já no sentido sul foi
colocado um anfiteatro e acesso a CCP, ao leste ficou outra entrada de acesso de
pedestre ao pátio principal, já a oeste o centro conta com entrada de acesso de
pedestre para uso tanto do CCP como dos espaços ao entrono do edifício.

6.4. PRIMEIRO ESTUDOS

O CCP conta com 2 pavimentos, o térreo e 1º pavimento, a ideia é aproveitar


bastante a ventilação natural e iluminação com uso de aberturas em todas as
fachadas.

Imagens 25: Perspectivas 01

Fonte: Elaborado pelo autor.


48

A coberta facilitada a entrada de ventilação e a criação de bandejas de iluminação, a


laje do primeiro pavimento conta com rasgo superior, deixando assim a entrada de
luz e ao mesmo tempo ventilação.

Imagens 26: Perspectiva 02

Fonte: Elaborado pelo Autor

Imagens 27: Perspectiva 03

Fonte: Elaborado pelo Autor


49

Imagens 28 Perspectiva 04

Fonte: Elaborado pelo Autor


50

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O trabalho final de fundamentos, proporcionou-me uma reflexão sobre o espaço


compartilhado na sociedade, seu lugar como meio de interação, inserção do
indivíduo como parte inerente da vida humana, do conceito de integração social.
Apesar dos desafios que nos confronta a todo instante em vários momentos, mesmo
com toda a dificuldade em elaborar um projeto de tão vasto conhecimento, que é
lidar com a cultura, é indispensável não nos preocupar com este tema.

A cidade de Pacajus tem se preocupado em acolher de maneira eficiente as


demandas que o estado tem a oferecer, diante disso percebemos a importância que
é ter um equipamento deste poste com seus. Finalizando o projeto, restou mais
convicção de que é necessário se, preocupar mais com o espaço onde o indivíduo
nasce, cresce e morre.
51

REFERÊNCIA

1. FONTES, Martins. Lições de arquitetura. 2º ed. – São Paulo 1999.

2. MILANESI, Luís. A casa da invenção: Biblioteca, Centro Cultural. 4º ed.

3 HERTZBEGER, Herman, Lições de arquitetura. São Paulo: Editora Martins,


fonte, 1999.

4. OLIVEIRA, Sergio Amorim. Centro culturais: A produção arquitetônica


brasileira nas duas últimas décadas. Goiânia: FAU/UCG. 1998.

5. RAMOS, Luciene Borges. Centro Cultural: Território privilegiado da ação


cultural e informacional na sociedade contemporânea. Disponível em:
http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/handle/1843/VALA-
74QJRP/mestrado__luciene_borges_ramos.pdf?sequence=1 Acessado, 20 de abril.

6. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Rio de Janeiro. 2 006.


52

PUBLICAÇÕES

Plataforma arquitetura. https://www.plataformaarquitectura.cl/cl/764348/centro-


cultural-cordoba-ivan-castaneda-alejandro-cohen-cristian-nanzer-ines-saal-juan-
salassa-santiago-tissot. Acessado em abril de 2018.

ARCHAILY - https://www.archdaily.com.br/br/764923/centro-cultural-cordoba-
castaneda-cohen-nanzer-saal-salassa-tissot. Acessado em abril de 2018.

PREFEITURA DE PACAJUS. Plano diretor participativo de Pacajus. Disponível


em:
ttps://www.pacajus.ce.gov.br/arquivos/82/LEIS%20MUNICIPAIS_01_2009_0000001.
pdf

PORTAL NFORCORDOBA, https://i1.wp.com/infodecordoba.com.ar/wp-


content/uploads/2014/11/Centro-Cultural-Cordoba-donde-se-aloja-el-Archivo-
Historico-Provincial.jpg?resize=740%2C493&ssl=1. Acessado, 18 de abril

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