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HISTÓRIA DA

ARTE I

Aula I – Introdução: sobre artes e artistas


Prof. Ms. Rodrigo Pinto
rodrigopinto1980@me.com
PRECONCEITOS DOS SENTIDOS

Não é uma coisa engraçada que nossos olhos nos enganem sempre,
mesmo quando vemos muito bem, e que o contrário aconteça com os
nossos ouvidos? Se vosso ouvido bem conformado ouve: "És bela, eu te
amo", é bem certo que não vos dizem: "Odeio-te, és feia". Mas vede
um espelho liso e ele demonstra que vos enganais, é uma superfície
muito grosseira. Vede o Sol com dois pés, mais ou menos, de diâmetro;
e está demonstrado ser um milhão de vezes maior do que a Terra.
Parece Deus ter posto a verdade em vossos ouvidos e o erro em
vossos olhos; mas estudai a óptica e vereis que Deus não vos enganou e
que é impossível os objectos vos parecerem de outra maneira, se os
vedes no estado presente das coisas
(Voltaire)
Peter Paul Rubens –
Retrato de seu filho
Nicholas, c. 1621
Albrecht Dürer –
Retrato de sua mãe,
c. 1514
O BELO E O FEIO
O BELO E O FEIO
SENSIBILIDADE

“…a Sensibilidade é concebida como estado de dis-posição do corpo e do


espírito, como constitutivos ontológicos da inteireza híbrida do ser-sendo,
que, de modo coexistencial, nos conduzem à fruição do sentimento do mundo
na expressão de sua vastidão incomensurável. Desse modo, com o farejar
dessa abertura empática da Sensibilidade, podemos perceber, sentir e fruir o
estado de entrelaçamento que nos interliga com todos os seres do universo/
pluriverso, mediante o elã da sinergia que nos interpenetra e que nos implica
com a anima mundi (alma do mundo). Assim, podemos com-partilhar a
sutileza dos sentimentos que nos sinergizam com todos os seres do universo;
podemos nos enredar na simpatia do todo.
A Sensibilidade se configura no estado de abertura estésica que implica
inerência e aderência ao coração da experiência vivida/vivente e incide na
expressão do pasmo que espanta e se desborda na ad-miração. Ad-miração
que nos co-move diante das in-tensidades e da plasticidade dos fenômenos,
do existir.”
(Miguel Almir Lima de ARAÚJO. Os sentidos da sensibilidade e sua fruição no
fenômeno do educar. Educ. rev.  vol.25  no.2 Belo Horizonte  Aug. 2009)
SENSIBILIDADE

Existem duas coisas, portanto, que nos devemos perguntar


sempre que encontrarmos falhas na exatidão de um quadro:

 Se o artista não teria suas razões para mudar a aparência


daquilo que viu;

 Nunca devemos condenar uma obra por estar incorretamente


desenhada, a menos que tenhamos a mais profunda
convicção de que nós certos e o pintor, errado.

(E. H. Gombrich. A História da Arte. São Paulo: LCT, 2000.)


Allan Goldman c. 2012
Pablo Picasso –
Galo Novo, 1938
Fábio Filé, 2012
A REALIDADE

“Nosso olhar dirige a realidade para onde


bem entende”
(Adolfo Bioy Casares)

“A realidade é meramente uma ilusão,


embora bastante persistente”
(Albert Einsten)
Théodore Géricault – corrida de cavalos em Epsom, 1821.
Eadweard Muybrigde – Movimento de cavalo a galope, 1872.
REALIDADE AUMENTADA
“ N ã o ex iste m a io r o b s tá c u lo a f r u iç ã o d e g r a n d e s o b r a s d e a r te
d o q ue a n o ss a r e l u tâ n ci a e m d e s c a r ta r h á b it o s e pr e c o n ce ito s ”
( E . H . G o m b r ic h . A h is t ó r ia da a r te . Sã o p au l o : LC T, 2 00 0 . )

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