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ARQUITETURA ESCOLAR: O ESPAÇO COMO FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM

ESTUDO PROJETUAL NA CIDADE DE FRANCA/SP

Iris Freire dos SANTOS1; Ana Carolina DIAS


1
Designer de interiores e graduanda em Arquitetura e Urbanismo. contato@irisfreire.com.br
2
Professora Mestra em Arquitetura e Urbanismo.

Resumo
Este artigo tem como foco o projeto de uma escola onde o espaço físico atue de forma a ser ferramenta de
aprendizagem, para maior conforto de seus usuários, professores, alunos e funcionários, e consequentemente uma
substancial melhoria na qualidade do ensino e desenvolvimento humano. O objetivo geral é construir um novo modelo
de escola, e paralelamente demonstrar a influência da arquitetura nos espaços pedagógicos, comparar a eficiência do
ensino praticado num ambiente integralizado e livre com aqueles em ambientes tidos como tradicionais, e demonstrar a
possibilidade de um projeto inovador. Nesta época quando se convive com a pandemia do COVID19, deve-se também
pensar nas condições ideais e necessárias para o retorno dos alunos ao modo presencial. Os métodos utilizados para a
realização deste trabalho foram, pesquisa bibliográfica e pesquisa de referências projetuais, estudos comparativos entre
várias propostas em diferentes contextos espaço-temporais. Conclui-se a viabilidade do projeto, alicerçada na
necessidade de se pensar em espaços adequados a um real processo de aprendizagem, com melhor aproveitamento e
interação entre todos os envolvidos: arquiteto, contratante, usuários, alunos e familiares de alunos além de uma atenção
ao entorno.

Palavras-Chave: Espaço pedagógico. Ambiente integralizado. Arquitetura escolar. Espaço escolar. Psicologia
Ambiental.

Abstract
This article focuses on building a school designed for its physical space to be a learning tool, for greater comfort of its
users, teachers, students and employees, and consequently a substantial improvement in the quality of teaching and
human development. The general objective is to build a new school model, and at the same time demonstrate the
influence of architecture in pedagogical spaces, compare the efficiency of teaching practiced in an integrated and free
environment with those in environments considered traditional, and demonstrate the possibility of an innovative project.
At this time when one is living with a pandemic, one must also think about the ideal and necessary conditions for the
return of the students to the classroom mode. The method used was through researches of project references,
comparative studies between several proposals in different space-time contexts. The feasibility of the project is
concluded, based on the need to think in adequate spaces to a real learning process, with better use and interaction
between all actors: architect, contractor, users, students and family of students and an attention to the environment.

Keywords: Pedagogical space. Integralized environment. School architecture. School space. Environmental
Psychology.

INTRODUÇÃO obedecer às normas, códigos de obras e outros


requisitos de rotina, geralmente estabelecidos
O espaço físico destinado a escolas tem
pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da
se mantido praticamente imutável ao longo dos
Educação (FNDE). São decisões ligadas ape-
tempos. Os projetos escolares, principalmente
nas a dimensões, iluminação, ventilação, além
os referentes a escolas públicas, normalmente
de aspectos econômicos, nunca se atendo à
já estão pré-fabricados, obedecendo normas
importância do perfil dos usuários.
governamentais já estipuladas, cabendo aos
Com base de pesquisa do Relatório do
arquitetos e engenheiros pura e simplesmente
Programa Internacional de Avaliação de Edu-
cação (PISA), é possível constatar que o Brasil Justifica-se isso quando nos deparamos
se encontra em uma crise de políticas educaci- com declarações como a de Viviane Senna,
onais que tem influenciado de modo geral na psicóloga e gestora do grupo Ayrton Senna que
sociedade, resultado do nível de desenvolvi- afirma “(...) a escola ficou parada no tempo,
mento escolar encontrado na maioria das esco- preparando os alunos para um mundo que não
las. O que, ao analisar no mesmo relatório o existe mais” (VIVIANE SENNA, 2015, p.1).
desempenho de escolas que possuem ambien- Autores como Rheingantz e Faria
tes abertos e integrados, e que são como utili- (2004), a respeito desse assunto, destacam a
zados como ferramenta da aprendizagem, é importância de recursos como a Análise Pós-
possível vislumbrar o quanto é possível gerar Ocupação (APO) e a Análise Ergonômica do
uma melhoria na qualidade através dos espa- Trabalho (AET). A APO enfoca a análise do
ços e de uma metodologia centrada no ser hu- desempenho dos ambientes como suporte para
mano e no seu desenvolvimento como um to- as atividades humanas, verificando as
do, fundamentando o conhecimento nas expe- necessidades e expectativas dos usuários,
riências do cotidiano e aplicando todo conhe- enquanto a AET faz uma análise da atividade
cimento teórico e técnico em conjunto, de humana no ambiente. Na opinião desses, e de
forma prática e vivencial. outros autores, ambas se complementam no
A grande problemática do ensino aplica- sentido de melhores resultados para a
do na atualidade, é que a proposta de aprendi- qualidade do ensino sob a ótica da arquitetura.
zagem, assim como no espaço físico onde é Este artigo contempla também uma
aplicada, não tem evoluído como as demais especial atenção a um problema surgido em
áreas, ela ainda tem como base sua estrutura 2020, a pandemia provocada pelo vírus Covid-
do século XIX, demonstrando a relevância de 19. Conforme orientações dadas pelas
estudos direcionados a novos espaços escola- autoridades da área da saúde, a medida de
res, como proposto neste projeto. curto prazo mais efetiva é o distanciamento
Este trabalho subsidiou o social. Por essa razão foi abolida a atividade
desenvolvimento de um projeto de um centro escolar presencial, sendo substituída
escolar com objetivo de propor soluções temporariamente pelo ensino à distância, via
projetuais onde a arquitetura seja uma on line. Embora essa modalidade de ensino já
ferramenta de aprendizagem, e relevar a esteja sendo largamente utilizada, obviamente
influência do espaço no aprendizado humano. quando estendida a outros níveis de ensino,
Um centro educacional onde os espaços principalmente os fundamentais, causou
contribuam de forma positiva com a grande impacto, obrigando todos a se adaptar a
aprendizagem, tendo como parâmetro a novas condições, a uma sistemática até então
diferença da qualidade do ensino quando não utilizada. Este projeto vem de encontro a
realizado num ambiente integralizado e livre. essa situação, pois é necessário que já se tenha
Projetar um ambiente onde a influência da em mente o retorno às atividades presenciais,
arquitetura seja vista como uma verdadeira que certamente terão que seguir novas regras,
ferramenta de ensino e os arquitetos ditadas pelos efeitos dessa pandemia.
compreendam a importância do seu papel O objetivo geral deste trabalho é
nesse contexto. Aos arquitetos cabe um estudo evidenciar a importância do espaço físico
bastante cuidadoso tendo isso como foco, pois, adequadamente projetado, através de uma
sua obra, por se tratar de uma construção revisão bibliográfica, estudos de caso e análise
física, nem sempre permite alterações simples de decisões projetuais visando um melhor
ou a curto prazo, diferente da pedagogia, por aproveitamento e qualidade no ensino.
exemplo, que pode ser modificada, atualizada
ou mesmo adequada a novas exigências dos
planos de ensino. REVISÃO DE LITERATURA
Por essas razões, é conveniente, ou até Espaço como ferramenta de aprendizagem
mesmo necessária, a participação de uma Diversos estudos da psicologia
equipe multidisciplinar, para elaboração de um ambiental comprovam a influência que o
projeto escolar.
ambiente exerce na vida das pessoas. Grandes atualizações. Nem sempre isso é possível que
empresas têm se dedicado a isso, alterando aconteça com a mesma facilidade e velocidade
seus espaços e estruturas e assim visando obter com relação ao espaço construído. Portanto,
maiores e melhores rendimentos de seus conforme afirma Oliveira: “a importância de
colaboradores. Esse aspecto se torna ainda pensar edifícios que levem em conta a
mais relevante quando se trata de escolas, mutabilidade tão natural nas coisas humanas”
desde o primeiro nível até o estágio (1998, p.25).
profissional, onde alunos e professores, Kurt Lewin na sua Teoria de Campo na
precisam aproveitar e extrair o máximo de Ciência Social (1988) estabeleceu um conceito
suas atividades durante o tempo que lá físico de “campo de forças” para explicar os
permanecem. fatores ambientais que influenciam o
Autores como Ittelson, Proshansky, comportamento humano, que na sua opinião
Rivlin e Winkel (1974) também chegaram a não depende nem do passado nem do futuro, e
algumas conclusões, afirmando que as pessoas sim dos acontecimentos atuais e de como a
são parte integrante do ambiente onde vivem, pessoa os percebe. Esse campo de forças
quer seja trabalho, moradia ou estudo. As dinâmico denominou espaço vital, que viria a
características pessoais e sociais desse ser o ambiente que engloba a pessoa e sua
ambiente mostram a profundidade dessa percepção da realidade próxima. Inclusive
interação. estabeleceu uma equação, C=f(P+A) onde, C é
Os estudos apontam afirmam também o comportamento, P é a pessoa e A é o
que o ambiente opera abaixo do nível da ambiente, e assim demonstra que a relação
consciência, portanto sendo impossível criar ambiente-pessoa é bidirecional e contínua. A
consciência total nas pessoas em relação aos pessoa é influenciada pelo ambiente, da
fatores relacionados aos aspectos ambientais mesma forma que influencia o ambiente.
que as envolvem, ou seja, o ambiente Nesse mesmo século XX houve um
observado não é necessariamente o ambiente incentivo à democratização no uso do espaço
real, pois cada ser humano tem uma percepção com a consolidação do Movimento Moderno
diferente baseado nos aspectos emocionais em Arquitetura, onde a planta aberta, que
individuais. Cada pessoa associa o valor do abolia divisões internas e adotava divisórias
ambiente com seu próprio contexto de leves, passou a ser considerada uma solução
simbologia social e cultural, para criar sua mais adequada a ambientes escolares (POL;
compreensão do espaço como um todo. MORALES, 1991; SOMMER, 1973).
De forma não verbal, o meio físico Quem preconizou que os ambientes
impacta diretamente seus ocupantes, de forma escolares têm que ser projetados para as
positiva ou negativa sobre seus crianças de forma a ser o mais familiar
comportamentos. Especialmente na escola, possível, proporcional aos seus diversos
comunica não verbalmente, as intenções e tamanhos, foi Maria Montessori. Nascida em
valores dos professores em relação aos alunos, 1870 na Itália, transferiu-se de sua cidade
uma vez que são aqueles que exercem controle natal, Chiaravale, para Roma onde se formou
sobre o espaço (HORNE, 1999; LOUREIRO, em engenharia e medicina. Aproveitando seus
1990). conhecimentos em psiquiatria passou a se
Portanto é perfeitamente compreensível dedicar à educação de crianças, dando igual
reconhecer o ambiente como influenciador no importância ao desenvolvimento interno e
comportamento humano. No contexto escolar, externo, organizados de tal forma a se
o aspecto ambiental, isto é, o ambiente complementarem.
construído, é fator de relevante importância A sua linha pedagógica propõe um
para a aprendizagem dos alunos. espaço adequado com a inserção de móveis e
Um projeto de escola deve ser elaborado elementos em conformidade com a idade,
prevendo espaços para se trabalhar com permitindo uma interação entre aluno e espaço
determinados métodos. Entretanto esses que influencie positivamente o aprendizado, e
métodos são mutáveis, tornam-se obsoletos e as ensine a viver com independência e
exigem reciclagem, transformações, autossuficiência, afinal, na sua opinião, era nas
crianças que estava a esperança para a Entretanto, a eficiência intrínseca da
construção de um mundo melhor. APO tradicional deve ser relativizada em favor
Estudo feito por Gleici Azambuja Elali da reflexão sobre a própria experiência da
(2003) em Natal/RN, aponta que os alunos observação. Segundo Rheingantz (2004) deve
demonstram a necessidade de uma troca mais haver uma abordagem, denominada
ativa com o meio natural, areia, árvores, Abordagem Experiencial, que incorpore a
grama, água, porém, os adultos, sejam pais ou APO às dimensões espontâneas e reflexivas,
professores, as condicionam a um controle considerando as emoções e sentimentos
severo. Árvores que não soltem folhas, areia inerentes à interação entre ambiente e seus
sem micróbios, não subir em árvores para usuários.
evitar possíveis tombos, e outros mais. Tudo Este trabalho não aplica a metodologia
isso acaba se refletindo na projeção e da APO, apenas destaca-a como referência
organização do ambiente escolar, que deveria para estudos da relação entre o ambiente e o
ser voltado exclusivamente para as comportamento humano, relacionando-se à
necessidades educacionais, e acaba sendo proposta e embasando o desenvolvimento
controlado e decidido apenas pelos atores deste projeto, cujo objetivo foi demonstrar a
externos. influência da arquitetura nos espaços
Um trabalho importante nesse sentido pedagógicos, entendo o espaço como
vem sendo desenvolvido pelo Grupo ferramenta de aprendizagem.
Ambiente-Educação (GAE), vinculado ao Sendo assim, toda pesquisa
Programa de Pós-Graduação em Arquitetura, bibliográfica deste trabalho serviu para
da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da embasar desde a concepção do projeto
Universidade Federal do Rio de Janeiro arquitetônico, tendo como parâmetros autores
(PROARQ/FAU/UFRJ), que promove a influentes da área e suas pesquisas profundas
aproximação entre áreas de conhecimento sobre a relação espaço-aprendizagem, além de
como arquitetura, psicologia e educação estudos de casos projetuais.
ambiental, e vem analisando as relações entre
o espaço físico, o projeto pedagógico e o
Educação e o espaço físico
desenvolvimento integral da criança, além da
adequação ao meio ambiente. Ao estudar um projeto escolar, é neces-
O grupo se utiliza da ferramenta sário pensar além de proporcionar espaços
Avaliação Pós-Ocupação (APO), a qual enfoca confortáveis, bem setorizados e bonitos esteti-
a análise do desempenho dos ambientes como camente. É preciso ir fundo nas questões edu-
suporte para as atividades humanas, ou seja a cacionais, como, por exemplo, entender a me-
integração entre ambiente físico e práticas todologia do ensino, para que de forma eficaz
educacionais. Considerando que o espaço tem a arquitetura possa ser um instrumento de
conotações pedagógicas, social, histórico e aprendizagem; sendo urgente e necessário rea-
cultural, além disso, que o espaço é ecológico lizar mudanças no formato escolar padrão, de
e deve ser inclusivo, a APO usa, em suas forma a aplicar novos métodos, criar espaços
análises, técnicas e instrumentos como, por que promovam essa evolução constante prepa-
exemplo, a releitura e a ressignificação para a rando melhor o aluno para a vida.
interpretação das relações e influências das Sendo assim, a escola do futuro precisa
relações no e com o espaço (espaço-usuário e ser aquela que tenha o espaço físico aliado a
usuário-espaço). metodologia de aprendizagem, zonas de cola-
A Avaliação Pós-Ocupação é um boração, zonas de experimento, áreas de lazer
processo para avaliação de ambientes após e ambientes totalmente interativos. E que pro-
algum tempo de sua construção e ocupação, mova o acesso a dispositivos tecnológicos ca-
com foco nos valores, necessidades e pazes de fornecer ideias, gerar a criatividade
expectativas de seus usuários. Essas análises em tempo real, em ambientes que proporcio-
servirão para propor recomendações e nem conforto, segurança e sejam eficientes.
diretrizes para futuros projetos semelhantes, A proposta deste trabalho foi projetar um
gerando assim um importante banco de dados. ambiente escolar que elucide a influência da
arquitetura como ferramenta de ensino, com escola e não ser na vida”.
base em pesquisas de diferentes metodologias Ao invés de utilizar modelos padrão de
e propostas pedagógicas ao longo da história. escola, criaram-se diversos espaços abertos e
E, além disso, contribuir com o desenvolvi- interligados entre si, conhecidos como zonas
mento do pensamento criativo aliado ao obje- pedagógicas, conforme figuras 1 e 2 abaixo,
tivo do projetar, pois projeto tem que ir além cujas propostas pretende-se serem aplicadas no
do “ter”; é preciso “ser”, um espaço pensado projeto objeto deste estudo.
no ser humano, que contribuirá com o aprendi-
zado e consequentemente sua evolução.
Figura 1 – Setorização Térreo.
Sendo assim, esse estudo abordou ques-
tões de extrema relevância no âmbito da arqui-
tetura educacional, onde há uma carência de
espaços que produzam uma experiência aos
alunos, e que propicie crescimento e desenvol-
vimento de forma dinâmica e autônoma, pen-
sando em espaços que fujam do tradicional
que atravessa séculos e vem se revelando ine-
ficaz. Os profissionais de arquitetura precisam
urgente compreender a profundidade do seu
Fonte: Bosch (2017).
papel enquanto arquitetos, e esse trabalho, no
contexto da arquitetura escolar, revelou o Elaboração: Fernando Braga Silva
quanto o projetar aliado a proposta de aprendi-
zagem gera, além de um crescimento na quali- Figura 2 – Setorização Pavimento 1º.
dade de ensino, impacto positivo na sociedade
e a relevante contribuição para os profissionais
e estudiosos da área.

ESTUDOS DE CASO PROJETUAIS


O estudo comparativo com instituições
já em funcionamento, contemplou duas escolas
que unem os conceitos de arquitetura, design e
aprendizagem: a Escola Vittra Telefonplan,
localizada na cidade de Estocolmo – Suécia, e Fonte: Bosch (2017).
a Escola Lumiar, localizada em São Paulo/SP. Elaboração: Fernando Braga Silva
A escola Vittra Telefonplan propõe uma
didática para eliminar os métodos
convencionais de ensino, visando desenvolver Outra instituição objeto de estudo
e potencializar as habilidades de seus alunos comparativo foi a Escola Lumiar (Figuras 3 e
por meio da liberdade de pensamento e 4), localizada em São Paulo – SP. Fundada em
expressão. 2003 pelo empresário Ricardo Semler, foi
Portanto, a arquiteta Rosan Bosh considerada a primeira escola democrática no
projetou uma escola com poucas divisões Brasil, hoje com 10 unidades distribuídas pelo
espaciais e uma boa dose de design. Isso gerou Brasil, EUA, Inglaterra e Holanda.
não apenas espaços de estudo, mas também
espaços com propósito e significado, cujos
conceitos pretende-se serem aplicados neste
projeto. Tudo isso está embasado em
princípios pedagógicos, defendidos por Ante
Runnquist, diretor de pesquisa de
desenvolvimento dessa escola, que afirma: “a
escola precisa ser como a vida. Não faz o
menor sentido a criança ser bem-sucedida na
Figura 3 – Fachada de arquitetura e espaço escolar e a educação
como um todo. Realizaram-se estudos de caso,
comparando as várias propostas, em diferentes
contextos espaço-temporais.
O estudo comparativo com instituições
já em funcionamento, contemplou a Escola
Vittra Telefonplan, localizada na cidade de
Estocolmo – Suécia, e a Escola Lumiar,
localizada na cidade São Paulo-SP.
Fonte: Lumiar (2019) Foram analisadas as propostas didáticas
dessas duas escolas, observadas
detalhadamente suas referências projetuais,
Sua missão é criar uma nova forma de onde os respectivos projetos arquitetônicos
educação que permita uma educação de forma privilegiaram as finalidades a que se
integral e autônoma, reproduzindo a vivência propunham, ou seja, a educação e qualidade no
do mundo real. Não há salas convencionais e processo de desenvolvimento e aprendizagem
sim, ambientes integrados que despertam a dos alunos.
criatividade e o desenvolvimento da criança. A Observou-se que foi dada especial
fachada (Figura 3) é toda envolta em brises, atenção às condições do entorno,
para impedir a incidência direta dos raios acessibilidade, iluminação e todo um
solares, porém sem perder a luz natural que é mobiliário prático e ergonômico, que também
de extrema importância. servirão de modelo para o projeto objeto deste
Cada sala tem um tema, de acordo com a estudo.
idade, e nada convencional, com uma estrutura A Escola Lumiar não possui salas
e setorização diferente, a fim de atender a convencionais, possui apenas ambientes
proposta de aprendizagem (Figura 4). integrados, além de uma fachada toda
projetada para impedir incidência direta de
FIGURA 4 – Sala de Aprendizagem
raios solares, porém sem perda de luz natural.
Um ambiente de recreação também foi
projetado para transmitir liberdade e estimular
a criatividade.
Todas essas informações foram
catalogadas como referências para o projeto
aqui apresentado. Foi dada atenção para a
utilização de salas interativas (Figura 5), em
lugar das tradicionais salas frontais (Figura 6),
Fonte: Lumiar (2019) com alunos meramente enfileirados, tendo um
professor e material expositivo colocado à
frente.
Nessa escola o ambiente de recreação
também foi projetado para transmitir liberdade Figura 5: Sala Modelo do Projeto
e para que a criança possa utilizar o espaço Proposto
conforme o seu desejo, além de compartilhar
conhecimentos e experiências, uma vez que o
ambiente induz a esse tipo de atitude de
colaboração e experimentação. Estas propostas
também serão aplicadas neste projeto.

ASPECTOS METODOLÓGICOS
Para a execução deste projeto foram Fonte: Nova Escola. 2018.
Ilustração por Lucas Magalhães.
realizadas pesquisas bibliográficas a respeito Adaptação da Autora.
Figura 6: Sala Modelo Tradicional Figura 7 – Mapa de localização de lote

Fonte: Nova Escola. 2018.


Ilustração por Lucas Magalhães

Outro aspecto metodológico considerado Fonte: Google Maps (2019).


Elaboração: da Autora.
para o desenvolvimento deste projeto foi uma
pesquisa quantitativa de escolas na cidade de
Franca. Foi também executado um mapa de
localização do lote, uma análise topográfica e Figura 8 – Análise topográfica e estudo de
estudo de acessos, um mapa do entorno do lote acesso.
e também um estudo solar, sempre em acordo
com as Diretrizes Arquitetônicas para
construção de Escolas Públicas, conforme o
Plano Nacional da Educação (PNE), aliada ao
programa de necessidades – que serão
apresentados no próximo item.

RESULTADOS E DISCUSSÕES
Este trabalho foi elaborado a partir de
uma proposta para a melhoria na qualidade do
ensino, contando com a efetiva participação da Fonte: Google Maps (2020).
arquitetura no que concerne ao espaço físico e Elaboração: da autora
meio ambiente. Foram consultados vários
autores os quais, através de suas várias obras,
mostraram que são unânimes quanto a esse Figura 9 – Mapa do entorno do lote
aspecto.
Kurt Lewin com a sua Teoria de Campo
na Ciência Social; Ittelson e outros, quando
afirmam que as pessoas são parte integrante do
ambiente onde vivem, seja moradia, estudo ou
trabalho; Rheingantz e Faria que destacam a
importância da Análise Pós-Ocupação (APO) e
a Análise Ergonômica do Trabalho (AET); e
Maria Montessori com sua preocupação em
proporcionar aos alunos um ambiente o mais
familiar possível e proporcional aos seus
diversos tamanhos, e muitos outros.
Inicialmente foi projetado um mapa de Fonte: Google Earth (2020).
localização do lote, feita uma análise Elaboração e Fotos: da autora.
topográfica e estudo de acessos, um mapa do
entorno do lote e também um estudo solar
(Figuras 7,8,9 e 10).
O estudo de setorização foi realizado Educação (PNE) e do Fundo Nacional de
observando-se os Parâmetros Básicos de Infra- Desenvolvimento da Educação (FNDE). As
estrutura do MEC (PBI, 2006), e entre outros, diretrizes foram aplicadas com base nos
alguns dos aspectos contemplados foram a estudos e pesquisas realizados, na busca por
acessibilidade, cujo PBI determina: soluções espaciais e adequação aliadas a
metodologia proposta de uma aprendizagem
Acessibilidade universal – de mais autonomia e liberdade, de forma a
garantia de que o ambiente
construído seja o menos
contribuir com desenvolvimento intelectual e
restritivo possível, cognitiva eficaz, buscando a melhoria do nível
incluindo espaços de desempenho escolar.
dimensionados de acordo O lote definido para o projeto objeto
com os preceitos de desde estudo localiza-se na cidade de
acessibilidade universal,
considerando acessos a
Franca/SP e possui uma área de 56.000 m2,
salas, área de serviço, onde foram distribuídos quatro blocos de
cozinha, banheiros, áreas de 1.668m2, com salas de aprendizagem, com
brincar interna e externa, total integração e liberdade espacial, podendo
dentre outros se modificar com facilidade, em todos foram
espaços, de acordo com as
normas brasileiras e os
implantados mobiliário proporcional ao
decretos em vigor: (PBI – tamanho de cada idade. Espaços interativos e
MEC.2006.p.16) inclusivos para atendar a proposta para
liberdade criativa no desenvolvimento
Outros parâmetros considerados foram, humano. Ainda dois blocos na entrada para
um maior aproveitamento da luz natural, administração e secretaria no atendimento de
gerando assim uma economia energética, e pais e alunos. Dois blocos com com 400 m2
reportando ao método Montessori, criar cada, para área de refeitório e cantina, e ainda
espaços que atendam as crianças da forma vestiário para atender à área de esporte.
como o mundo é percebido por elas (PBI – Quadras de Futebol, de Areia, de Tênis e uma
MEC, 2006). Poliesportiva. Entre os blocos 3 e 4 foi
instalada a área de natação com uma piscina.
Figura 10 - Estudo Solar Uma área ampla de pátio descoberto, servindo
como área de conivência, uma grande
marquise que interliga todos os blocos, criando
um pátio coberto, que auxiliou também na
quebra dos raios solares em alguns
determinados pontos de grandes vãos das áreas
de aprendizagem. Uma fazendo com horta e
animais. Duas arquibancadas, playground e
dois grandes estacionamentos, sendo um para
professores e funcionários e outro para pais e
alunos. E ainda um bicicletário. Os pátios são
envoltos por mobiliário externo, e jardins que
Fonte: Google Maps (2020). percorreram toda extensão do terreno.
Elaboração: da autora Ainda, com base no estudo solar, os
grandes vãos de janelas e portas, foram em sua
A proposta de projeto respeitou todas as maioria voltados para face onde há menos
normas de exigências da Vigilância Sanitária, incidência solar em seu horários de maior pico,
de Acessibilidade, e os Parâmetros Básicos de e ainda onde não foi possível a marquise
Infraestrutura para Escolas de Educação auxiliou na quebra dessa incidência.1
Infantil (PBI.MEC.2006). O programa de Conforme (Figuras 11 e 12), é possível
necessidades seguiu as diretrizes ver toda implantação e setorização, tendo
Arquitetônicas para construção de Escolas como embasamento todo conteúdo de pesquisa
Públicas, conforme o Plano Nacional da realizado neste trabalho.
Figura 11 – Implantação Figura 13 – Layout Bloco I

Fonte: Google Maps (2020).


Elaboração: da autora

Figura 14 – Layout Bloco III

Fonte: Google Maps (2020).


Elaboração: da autora

Figura 12 – Setorização

Fonte: Google Maps (2020).


Elaboração: da autora

Figura 15 – Perspectiva Sala Aprendizagem

Fonte: Google Maps (2020).


Elaboração: da autora

Nas (Figuras 13, 14, 15, 16 e 17), pode-


se ver a configuração arquitetônica projetada
para os blocos das salas de aprendizagem.
Onde foi aplicado toda metodologia estudada
nesse trabalho. As perspectivas foram Fonte: A Autora (2020)
desenvolvidas dentro do campo visual de
altura de uma criança. Figura 16 – Perspectiva Sala Aprendizagem
Ambientes amplos, sem divisões, móveis
modulares e proporcionais, para que tanto o
aluno quanto o professor tenham autonomia no
espaço podendo mudar sua configuração
conforme necessidade da aprendizagem.

Fonte: A Autora (2020)


Figura 17 – Perspectiva Sala Aprendizagem desenvolvimento de suas atividades propostas,
não se limitando apenas ao contexto interno da
edificação.
A marquise além de propiciar um pátio
coberto, e passeio por entre os blocos, foi
projetado para ter também como função, a
quebra da incidência solar direta sobre
algumas janelas das salas de aprendizagem.
Um grande jardim gramado percorre
todo o caminho por entre os pátios até a área
de esportes onde se localizam as quadras de
Fonte: A Autora (2020) esporte conforme (Figura 20).
O projeto ainda conta com uma ampla
Toda área externa desse projeto, foi área de refeitório, juntamente com vestiários
pensada de forma a proporcionar momento de para atender a demanda das quadras de esporte
lazer, interação, aprendizagem e integração de (Figura 21), em horários de atividades físicas,
aluno-aluno, aluno-professor e aluno- essa área fica afastada dos blocos principais,
professor-espaço. A proposta foi integralizar o justamente para evitar que os diversos ruídos
interno com externo através de grandes vãos das atividades ligadas à esportes não
de janelas e portas, totalmente contrário aos interferissem, nas salas de aula. Sendo assim
ambientes enclausurados tradicionais cada atividade proposta, não venha causar
Conforme item 3 da conclusão de atrapalho a outra. (Figura 22 e 23).
Ittelson, Proshansky, Rivlin e Winkel (1974),
Figura 18 – Perspectiva Pátios Externos
em profunda pesquisa da relação ambiente-
aprendizagem:

3. Não há ambiente físico


que não seja envolvido por
um sistema social e
inseparavelmente
relacionado a ele”, fica
claro quando
relacionamento o ambiente
ao aspecto sociocultural do
entorno onde ele existe e do
perfil das pessoas que o
utilizam, pois o ambiente Fonte: A Autora (2020)
físico tem profunda relação
com aspectos envolvidos ao Figura 19 – Perspectiva Pátios Externos
sistema econômico,
político, social e cultural de
onde se encontra.
(AZAMBUJA-ELALI,
2007, P.2,3 apud
ITTELSON et al.,1974).

Neste contexto as (Figuras 18 e 19)


apresentam a proposta do projeto para área
externa, onde se projetou um pátio coberto
através de uma marquise que percorre quase
todo o lote, passeando por entre os blocos. E Fonte: A Autora (2020)
ainda o pátio descoberto, uma área ampla onde
a criança terá liberdade criativa e os
professores um espaço amplo para
Figura 20 – Perspectiva Jardim Externo O complexo de aprendizagem
projetado a fim de propiciar experiências tanto
intelectuais quanto cognitivas, previu uma área
exclusiva de uma mini fazenda, que conta com
área de pesquisa, pequena horta e animais.
(Figura 24).

Figura 24 – Perspectiva Mini Fazenda

Fonte: A Autora (2020)

Figura 21 – Perspectiva Campo de Futebol

Fonte: A Autora (2020)

O projeto da fachada, previu uma


estética simples, de linhas retas, com dois
blocos menores onde localiza-se a
Fonte: A Autora (2020) administração e a secretaria, ambos de acesso
fácil aos pais e alunos logo na entrada, onde o
Figura 22 – Perspectiva Campo de Futebol acesso é feito pelo mesmo corredor de entrada
de estudantes. Todo o estilo arquitetônico, foi
pensado em trazer a simplicidade das linhas
retas, a robustez do concreto aparente e alegria
e criatividade das cores. Especificamente na
fachada a cor amarela em contraste com o
vermelho dos portões, e do pórtico de entrada,
prevê de uma forma representativa toda a
proposta projetual da escola. (Figura 25).

Figura 25 – Perspectiva Mini Fazenda


Fonte: A Autora (2020)

Figura 23 – Perspectiva Campo de Futebol

Fonte: A Autora (2020)

Fonte: A Autora (2020)


A proposta aqui apresentada, revelou que pelo seu entorno, acessibilidade, condições
é possível aliar arquitetura à proposta básicas como ventilação, iluminação, e
pedagógica a fim de que possa os ambientes chegando até mesmo a um mobiliário
atuarem como ferramenta de aprendizagem. adequado, ergonômico, disposto de forma
Pois neste projeto não há ambientes rígidos e adequada.
frios comumente encontrados no formato Uma comparação com escolas que já
tradicional escolar. dispõem desses recursos, a Escola Vittra
Ao contrário, todo o complexo escolar Telefonplan, na Suécia, e a Escola Lumiar,
projeto para esse estudo, apresenta ambientes localizada em São Paulo, confirmou a hipótese
amplos, claros, ventilados, seguros, abertos e de que o projeto arquitetônico influi positiva e
com múltiplas formas de serem modificados a diretamente na qualidade do ensino.
fim de se adequarem as aulas e propostas de Desde o início deste ano de 2020 o
estudo aplicados aos alunos. mundo se vê obrigado a conviver com uma
Assim trazendo uma evolução de terrível pandemia, o COVID-19 causado pelo
liberdade cognitiva, a fim de em conjunto vírus coronavirus. Esse mal atingiu em escalas
evoluir o processo de aprendizado, elevando a variadas a todos os setores, e em especial a
qualidade do ensino brasileiro. educação. Aulas presenciais foram suspensas
e, para se evitar maiores perdas no ensino,
adotou-se em regime de urgência o sistema on
CONSIDERAÇÕES FINAIS
line. Os trabalhos em busca da cura e também
A escolha do tema para este artigo de um tratamento preventivo através de uma
mostra que a arquitetura escolar realmente é vacina eficiente têm sido exaustivos, porém, a
uma importante ferramenta no processo de exemplo de situações semelhantes no passado,
aprendizagem. A literatura consultada espera-se alcançar resultados dramaticamente
comprovou através da opinião dos vários positivos dentro de um tempo, o mais breve
autores a validade da proposta. A adequação possível.
do espaço físico quando bem projetado acaba Esta é mais uma forte razão, embora
por proporcionar experiências, que produzem tenha surgido repentina e acidentalmente, para
uma vivência prática cotidiana mais profunda reforçar a necessidade e utilidade de um
em diversos aspectos, inclusive no modo de projeto como o desenvolvido neste trabalho,
pensar mais colaborativo, auxiliando o onde está focado uma forma de distanciamento
desenvolvimento do conhecimento teórico e social, porém sem qualquer perda nas
também empírico. interações e na qualidade do aprendizado.
Estudiosos do assunto como Rheingantz, Este trabalho teve a finalidade de elevar
Ittelson e outros, Lewin, Montessori, que o pensamento profundo sobre o projetar
foram consultados para embasar o projeto, espaços de aprendizagem, de uma forma a
mostram em suas obras que acabam por se trazer para o arquiteto a responsabilidade de
complementar em torno de uma mesma desenvolver projetos que possam de forma
opinião. eficaz contribuir com a aprendizagem e o
Este é um projeto viável, importante, e desenvolvimento humano, e que em conjunto
que certamente proporciona excelentes com profissionais da pedagogia, continuem
resultados visando a melhoria na qualidade do trabalhando para uma sensível melhoria na
ensino, colocando em evidência uma outra qualidade de ensino, tornando assim o espaço
ótica nos métodos didáticos. Um projeto que físico como ferramenta de aprendizagem, a
acrescenta aos princípios pedagógicos fim de contribuir com o crescimento e o
tradicionais uma importante ferramenta, a melhoramento do desempenho educacional no
participação do meio ambiente no ensino Brasil.
desde sua construção arquitetônica, passando
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