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Coordenação Editorial
Wendel Melo Andrade
Diagramação
Benedito Robério Vasconcelos Tavares
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO................................................................................... 4
CAPÍTULO 1
O PROCESSO DE LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL ............ 6
Francisca Edinete Silva Oliveira
CAPÍTULO 2
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NOS ANOS INICIAIS DO
ENSINO FUNDAMENTAL ...................................................................... 16
Clarinda Mesquita Silva
CAPÍTULO 3
O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO NOS ANOS INICIAIS DO
ENSINO FUNDAMENTAL NA ESCOLA MELVIN JONES ..................... 29
Maria Gabriela Lopes Sousa
CAPÍTULO 4
O SISTEMA DE AVALIAÇÃO INTERNA DO MUNICÍPIO DE
CANINDÉ NAS TURMAS DO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO ................ 39
Elivan Almeida Lira
CAPÍTULO 5
REFLEXÕES SOBRE OS DESAFIOS PARA ALFABETIZAR
CRIANÇAS DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19............................. 54
Brena Maria Alves Fernandes
CAPÍTULO 6
A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL: A
EXPERIÊNCIA DO CEI RAIMUNDO COELHO DA ROCHA ................. 67
Débora Sousa Ferreira
SOBRE OS ORGANIZADORES............................................................. 87
SOBRE OS AUTORES........................................................................... 89
Alfabetização e Letramento: reflexões e práticas da ação docente
APRESENTAÇÃO
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Alfabetização e Letramento: reflexões e práticas da ação docente
Organizadores
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Alfabetização e Letramento: reflexões e práticas da ação docente
CAPÍTULO 1
RESUMO: Este artigo tem como objetivo geral refletir sobre os processos de
letramento da Educação Infantil, e como objetivos específicos: estudar o
letramento na Educação Infantil; e compreender o processo de letramento na
Educação Infantil, destacando o letramento como uma prática pedagógica a ser
realizada de modo lúdico. Os resultados desta pesquisa mostram de que forma
as educadoras organizam o seu planejamento e o que evidenciam, sob o
mesmo. Observou-se na pesquisa que a organização e planejamento ocorrem
de modo a proporcionar a alfabetização, tendo como foco o lúdico e as
necessidades da Educação Infantil.
1 INTRODUÇÃO
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Alfabetização e Letramento: reflexões e práticas da ação docente
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Alfabetização e Letramento: reflexões e práticas da ação docente
que ensinar ler e escrever, mas acima de tudo é perceber o uso da leitura e da
escrita no contexto social, como uma prática que faz parte da realidade social de
cada sujeito.
2 LETRAMENTO
O convite à leitura e ainda a escolha daquilo que deve ser lido com a
perspectiva de temas relevantes está sendo colocado em destaque. Vimos que
em cada fase de escolarização os interesses por determinado gênero em
detrimento de outro poderá ocorrer, cabendo pois, ao educador favorecer o
manuseio de materiais diversos de leitura.
Essa atitude proporcionará a formação do aluno leitor. Para reafirmar tal
ideia podemos citar que: Em todos os anos de escolarização, as crianças devem
ser convidadas a ler, produzir e refletir sobre textos que circulam em diferentes
esferas sociais de interlocução, mas alguns podem ser considerados prioritários
como os gêneros da esfera literária; esfera acadêmica/escolar e esfera midiática
destinadas a discutir temas relevantes (PNAIC-ANO 1, UNIDADE 1, p.32).
A prática do letrar e alfabetizar, ou alfabetizar letrando, perspectiva dos
estudos de letramento, postulada pela educadora e pesquisadora Magda
Soares, tendo um caráter de processos simultâneos, indissociáveis no início da
aquisição do Sistema da Escrita Alfabética pela criança, tem sido usado pelos
professores alfabetizadores.
Dentro dessa abordagem do alfabetizar letrando pode-se situar a leitura
de variados gêneros do discurso como práticas de letramento para
instrumentalizar o aprendiz sem subtrair dele seus conhecimentos prévios e
valorosos para o processo de alfabetização. Podemos explicitar, neste momento,
que encontraremos diferentes tipos de letramento em cada um dos educandos,
uma vez que cada um deles está inserido em um núcleo familiar e social diverso.
Cabe neste ponto chamar a atenção para que não se faça erroneamente
apenas a substituição do termo alfabetização pelo termo letramento, sendo
muitas vezes colocada a alfabetização como pré-requisito para o letramento. É
necessário realizar o desvelamento dos dois termos, para tanto buscamos
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poder de criação da criança que o ouve. Devido a isso, a leitura em voz alta feita
pelo professor não pode ser algo esporádico. Todas as leituras têm um objetivo,
na escola a leitura possui múltiplos objetivos sendo que um dos mais
significantes está em ler por prazer, pois nesse prazer muitos processos
cognitivos são disparados no interior do aprendiz que ao longo de sua vida o
levará a ser um verdadeiro leitor.
Como leitor, o professor também deve demonstrar sua compreensão e
interpretação do texto lido, deixando claro que um mesmo texto, principalmente
os literários, pode ter várias “leituras” e que trocar ideias e comparar pontos de
vista contribui para a melhor compreensão do que se lê. Paulo Freire (1989), ao
afirmar que ler o mundo ocorre antes de ler palavras, supõe que estreitar a nossa
relação como mundo imaginário do aluno, onde a busca de novos conceitos
acontece naturalmente, é uma das formas de ler para o aluno que, ao ouvir,
busca em seu conhecimento de mundo, suas necessidades, ansiedades,
crenças e desejos.
Pode-se afirmar não erroneamente que ler mediante essa perspectiva fará
realmente sentido ao aluno. Desde seus primeiros anos de vida a criança tem o
hábito de construir um mundo imaginário que a acompanha por longo período de
sua infância, este mundo vem alicerçado por uma imaginação fértil e rica em
práticas de leitura. Quando ingressa na escola, toda a gama de conhecimento
não é explorada ou não se alimenta aquilo que ela já possui, isso se perde e toda
a capacidade imagética diante de uma escola empenhada em produzir alunos
com competências e habilidades de ler e escrever dentro do contexto escolar na
faixa etária de pré-escola.
3 METODOLOGIA
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4 RESULTADO E DISCUSSÃO
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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CAPÍTULO 2
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1 INTRODUÇÃO
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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
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3 METODOLOGIA
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4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
FERREIRO, Emília. Com Todas as Letras. 102p v.2. São Paulo: Cortez, 1999.
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SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura / Isabel Solé; trad. Claudia Schillig- 06.
Ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.
SOARES, M. Linguagem e escola: uma perspectiva social. 10. Ed. São Paulo:
Ática, 1993.
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CAPÍTULO 3
1 INTRODUÇÃO
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Alfabetização e Letramento: reflexões e práticas da ação docente
dos ditados e das cópias. Nessa época, ler e escrever passaram a ser
habilidades importantes, pois os analfabetos eram proibidos de votar.
O processo de leitura e escrita no período histórico denominado por
Antiguidade. A partir das contribuições de Cagliari (2008), pode-se afirmar que
ao contrário do que muitos pensam, na antiguidade o domínio da escrita não era
privilégio dos reis e dos sacerdotes. Podemos comprovar tal constatação ao
verificar os estudos realizados sobre a escritas deixadas pelos faraós nas
paredes, cujo conteúdo tinha o povo como principal interlocutor.
A escrita surgiu das necessidades reais, vividas no cotidiano de um povo.
Fatos históricos apontam que a escrita surgiu da necessidade concreta do
homem primitivo de contar e registrar a quantidade de animais de seu rebanho.
Na antiguidade, as pessoas aprendiam a ler e a escrever lendo algo
escrito por alguém, e depois realizavam inúmeras cópias. Após dominarem
essas habilidades os alunos passaram a copiar textos famosos, esse fato
contribuiu sobejamente para a formação dos escribas que escreviam com
detalhes a cultura da sociedade dessa época.
É importante destacar também, que muitos aprendiam a ler fora da escola.
Uma vez que não tinha interesse de se tornarem escribas faziam uso da leitura
nas situações diárias e a escrita surgia como consequência da leitura. Com a
organização do sistema dos semitas houve uma redução significativa dos
símbolos da escrita.
De acordo com Ferreiro (2010), os dois métodos procuram fazer com que
as crianças estabeleçam relação entre os códigos (representação escrita) e os
sons.
O método Sintético respeita uma certa hierarquização, parte dos
elementos menores, ou seja, da menor unidade para maior. No método sintético
a alfabetização tem início com o ensino das letras do alfabeto, dos fonemas ou
sílabas por meio da soletração e silabação. Assim a criança aprende primeiro a
ler as letras e sintetiza as diferentes letras em uma única leitura
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3 METODOLOGIA
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4 RESULTADO E DISCUSSÃO
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14 13
12
10
10
8
6
4
4 3
2
0 ALUNOS
Pré 1 Pré 2 Silábico Alfabético
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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CAPÍTULO 4
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1 INTRODUÇÃO
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
Avaliar é algo inerente ao ser humano. Durante todo o tempo faz-se esse
movimento, principalmente na escola. Isso porque, em todos os momentos,
atribui-se juízo de valor a algo, medindo, investigando, enfim, procurando
entender melhor os fenômenos. A avaliação escolar, neste momento, está em
voga. Mas, para sair do senso comum e estabelecer conexões com caráter
científico, é preciso emergir nesse conceito, em busca de identificar as melhores
formas de realizar esse procedimento na escola. Estudos revelam que o caráter
classificatório da avaliação data de séculos passados.
Segundo Luckesi (2011b), os exames escolares que hoje são conhecidos
e praticados tiveram início no decorrer dos séculos XVI e XVII:
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3 METODOLOGIA
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4 RESULTADO E DISCUSSÃO
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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CAPÍTULO 5
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1 INTRODUÇÃO
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2 REVISÃO DE LITERATURA
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como expressado por Aragón (2020, p.16): “a pandemia nos colocou “cara a
cara” com as desigualdades e fragilidades de nosso sistema educacional”.
Com o distanciamento social fez-se necessário que os professores
criassem meios para garantir a acessibilidade de todos os estudantes sendo
preciso que também se ajustassem a essa nova realidade, buscando objetivos
adequados, selecionando os métodos e os materiais para atingir e avaliar todos
os estudantes e fazendo, assim, a utilização das Tecnologias Digitais de
Informação e Comunicação (TDIC) como uma das principais ferramentas de
trabalho. Estudantes de escolas públicas e privadas de todo país passaram a
realizar atividades domiciliares, que para muitos gerou dificuldades na
aprendizagem e também no fazer docente. Para Freitas, Almeida e Fontenele
(2021), além de desafiador, causou estranheza e inquietação também nos
profissionais.
O ensino remoto foi um dos meios para que a educação continuasse e
que o processo de formação não fosse interrompido. A nova forma de trabalho
exigiu que professores buscassem formações, estarem atualizados para o uso
das tecnologias e domínio das novas plataformas de trabalho. Em contrapartida
foi um período de grandes dificuldades para as famílias que não possuem acesso
à internet, ou recursos tecnológicos (celulares, computadores, tablets),
escancarando as desigualdades e prejuízos na aprendizagem, levando muitos
ao agravamento das deficiências de aprendizagem.
No decorrer do ano 2020, foram desenvolvidos diversos meios para que
a comunicação se estabelecesse entre a escola e as famílias, plataformas e
ambientes virtuais, como Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA),
software Moodle e G-Suite que integra ferramentas como o Google Classroom
e Google Meet, sendo importantes para avaliar, acompanhar as atividades e
presença dos estudantes, por meio de aulas síncronas e assíncronas.
A aprendizagem principalmente de crianças em fase de alfabetização,
o ensino remoto gerou algumas desvantagens, já que é processo complexo,
que precisa de atenção para que a leitura, escrita e outros conhecimentos se
desenvolva, necessitando de acompanhamento pedagógico, o que foi
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3 METODOLOGIA
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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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CAPÍTULO 6
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1 INTRODUÇÃO
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Alfabetização e Letramento: reflexões e práticas da ação docente
façam algumas atividades que elas gostem e tenham prazer em fazê-las; algum
tipo de brincadeiras e com elas variados tipos de brinquedos e sempre
acompanhados por um adulto que os orientes e observe para que nenhum de
seus alunos se machuquem.
Neste momento lúdico em que as crianças estiverem explorando o objeto
concreto do mundo exterior, ela também trabalha os órgãos dos sentidos, a
função sensorial e a emocional tentando oportunidade de criar novas funções e
utilidades para o objeto.
Defendemos neste estudo que a criança aprende enquanto brinca. O
objeto de sua vivência pode manipular a imaginação, a trabalhar sua linguagem;
exemplo que podemos citar é um cesto cheio de material doméstico: a criança
ao pegá-lo vai lembrar de sua mãe e irá imaginar cenas e nelas frases. E o
estímulo vai fazer com que essa criança fale e mantenha um diálogo com outras
crianças no momento da brincadeira e em conjunto vão se construir o
conhecimento tanto o formal como o informal.
Pois o brincar é uma atividade fundamental na fase do desenvolvimento
da identidade e da autonomia da criança. As brincadeiras têm sua função no
aprendizado desde os primórdios do tempo. E principalmente na Educação
Infantil, onde é a base para uma vida acadêmica, as crianças que participam de
atividades saudáveis serão adultas mais felizes, interagindo de uma forma
adequada no meio em que as cercam.
Com esse trabalho a perspectiva é que os educadores criem gosto pela
brincadeira na Educação Infantil realizando uma investigação de como o
conteúdo teórico relacionado com o lúdico, possam contribuir para o
desenvolvimento cultural e social de um indivíduo nos seus primeiros anos de
vida, fazendo-se acreditar que a brincadeira livre é natural nas crianças. É
possível imaginar que as crianças nascem sabendo brincar, exceto que se
conclui inadequadamente essa linha de raciocínio. Pois a criança precisa sim ser
estimulada a brincar e a aprender com o meio em que ela está inserida. Por mais
que ela nasça com todas as capacidades, literalmente a mesma precisa de
vínculos propiciados ao brincar, como bem frisa as interações nas Diretrizes
Curriculares para a Educação Infantil.
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2 REVISÃO DE LITERATURA
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Não é apenas usar o lúdico por usar, é ter nele o seu objetivo, não é o
professor dar para as crianças um jogo de montar só para preencher o restante
da aula ou tentar ter um domínio da sala com alguns brinquedos. É fazer um
planejamento, relacionar o brinquedo, a música, a história com o conteúdo, é ter
esses instrumentos como um material de apoio para que a aprendizagem seja
concretizada com excelência.
As instituições de ensino devem oferecer para a criança diversos tipos de
situações que lhe possam exercer sua capacidade de criar, sejam elas no
momento de brincadeiras ou aprendizagem direta, para que a criança se
desenvolva no cognitivo e na psicomotricidade. A brincadeira favorece um auxílio
para que a criança em vida adulta tenha progressivamente suas aquisições de
tornar criativas ações para viver em um meio social.
O professor pode observar o seu aluno no momento da brincadeira e ter
uma visão do processo de desenvolvimento de cada um. Também ele pode fazer
de uma forma coletiva ou individual, e analisar o comportamento social, a
linguagem, competitividade e fazer um diagnóstico de acordo com a autonomia
de cada aluno no momento da brincadeira.
Pode-se considerar que a participação ativa da criança em sua natureza,
ela brinca e nas suas brincadeiras ocorre um processo de partilha e confronto
com a realidade. Possibilitando nesses momentos de lazer equilíbrios e
desequilíbrios, proporcionando novas conquistas tanto individual como em
conjunto. Nisso, a criança aprende a superar seus próprios desafios. No eixo do
entendimento, o autor descreve: “É no brinquedo que a criança aprende a agir
numa esfera cognitiva, ao invés de uma esfera externa, dependendo das
motivações e tendências internas e não dos incentivos fornecidos pelos objetos
externos” (VYGOTSKY, 1994, p.136).
É através da brincadeira que o ser humano interage com os outros e com
o seu meio. Transforma os seus aptos e tem o controle de suas ações, libera as
energias e relaxa tirando todo o estresse e trabalhando o seu cognitivo. A sua
esfera cognitiva entra em movimento levando a sua imaginação para construir
um mundo onde não tem o objeto, mas que a sua função vai além do concreto.
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Alfabetização e Letramento: reflexões e práticas da ação docente
A criança se expressa quando brincando expõe pra fora tudo que tem
guardado dentro de si, as crianças que tem exemplos de agressões elas
literalmente vão ser mais agressivas, vão querer brinquedos que demonstram
violência. Da mesma forma são aqueles que tem exemplo de amor e afetividade
elas serão mais carinhosas e as escolhas de brincadeiras serão sempre aquelas
que mostram respeito pelo o seu próximo.
Dar para se observar o ambiente no qual vive uma criança. Ela vai querer
extravasar tudo aquilo que lhe machuca ou até mesmo familiares que lhe
desprezam. A criança de uma forma ou outra vai querer chamar atenção dos
adultos, mostrar que está presente e quer atenção, amor e carinho. Muitas delas
choram sem motivo. Fazem travessuras para chamar a atenção daquelas
pessoas que para elas são importantes.
Por essa razão os professores sempre devem estar atentos em sala de
aula, pois cada aluno demonstrará aquilo que está dentro de si (as emoções). A
observação é de suma importância, pois conhecer o seu aluno é uma prioridade,
pois só o educador saberá a melhor forma de agir com cada um.
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ando leta, pau na lata. As crianças que corriam nas ruas tinham sua infância
realmente vivida. Essas são brincadeiras que estimulam crianças a se tornarem
adultas diferentes. Mesmo com poucas oportunidades de estudos e poucas
condições de comprar brinquedos caríssimos, eles trabalhavam sua criatividade
com o que tinha, usavam sua imaginação com o objeto.
Somente no final do século XX, o relacionamento educador e educando
se tornou mais próximo, mesmo assim as disciplinas eram lecionadas de forma
que não traziam motivação aos alunos, e isso foi um dos primeiros sinais que
eram necessárias mudanças. Já no século XXI, foi marcado pela descoberta da
tecnologia na sociedade e nas salas de aula; foi uma grande influência em todo
o mundo. As dinâmicas dos professores foram diferenciadas.
Atualmente as escolas são bem diferentes, tanto nas estruturas, como no
respeito pelas crianças. Os alunos são mais respeitados e ouvidos, os castigos
foram abolidos. Para disciplinar o aluno em sala de aula principalmente na
Educação Infantil, temos o cantinho do pensador ou da reflexão, onde a criança
vai pensar sobre o seu ato se o que fez é correto e depois de alguns minutos a
professora reflete juntamente com ele para poder lhe trazer uma lição de vida.
A nova geração é curiosa, gostam de perguntar e na Educação Infantil é
onde se deve trabalhar mais sobre isso. Desenvolver no aluno desde cedo sua
criticidade, utilizando novas formas de estimular. A Educação Infantil é a base
de tudo e se ela não começa com um bom equilíbrio isso irá refletir em todos os
níveis escolares, e até mesmo em suas vidas adultas.
A Educação Infantil não pode concluir em apenas cuidados, e higiene ela
é conhecida como a primeira etapa de educação básica, onde não se pode faltar
na vida de uma criança. De acordo com a LDBE, Lei 9394 de 20 de dezembro
de 1996 que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
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O professor não pode procrastinar. Isso quer dizer que o educador não
pode deixar para amanhã o que se pode ser feito hoje, o seu trabalho não deve
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3 METODOLOGIAS
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
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elaborados para chamam a atenção da criança nas explicações, foi feito no dia
do projeto uma boca enorme com dentes ensinando a escovação, os objetos que
são usados para a limpeza da mesma.
Os momentos das brincadeiras foram o marco, as crianças amam brincar
cada uma já tinha o seu brinquedo favorito. Enquanto elas se divertem,
aprendem ao mesmo tempo. As músicas foram muito utilizadas, para eles
conhecerem as partes do corpo, a lateralidade, o maior e o menor, quando se
está dentro ou fora. As crianças se realizam quando estão brincando.
O ambiente da creche é acolhedor, a experiência obtida foi mais um ponto
de conhecimento acadêmico. Estar em uma sala de aula compreendemos as
diferenças, entendemos melhor o próximo e vemos possibilidades de mudanças.
O brincar na Educação Infantil vai além do nosso ponto de vista; é dar a criança
um momento de transformação, é você evoluir juntamente com eles saber que
cada detalhe faz a maior diferença em um ambiente escolar.
Um acontecimento que desperta a querermos compreender o próximo foi
a hora de brincar cada criança poderia escolher um brinquedo. Um garotinho
escolheu duas panelas, um fogão e uma colher e começou a brincar. Fala de
Débora: - Você está brincando de quê? -. O menino respondeu: - estou fazendo
duas comidas. Uma para o almoço e outra para o jantar.
Pode-se concluir que ele estava fazendo uma imitação, de um ato que ele
vê e reproduz. A criança aprende, mas com os exemplos que mesmo com
palavras, deu a perceber também, o brincar através do faz de conta, ou seja, ele
estava usando a imaginação.
Nessa fase as imitações estão muito presentes nas atitudes, pois eles
observam e querem reproduzir. Muitas vezes os próprios familiares não
compreendem as brincadeiras e por interpretar mal não deixa a criança brincar
com algum objeto ou brinquedo.
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Alfabetização e Letramento: reflexões e práticas da ação docente
dirigidas pela professora ou livres quando são criadas ao gosto das próprias
crianças.
Observamos por parte de alguns pais dos alunos, não aceitam muito que
seu filho brinque em sala de aula. O pensamento de alguns é que o infantil só
faz brincadeiras e que isso não tem proveito. As pinturas, colagens e danças é
uma atividade que as crianças, mas fazem, na Educação Infantil, porém são
elaboradas e feitas com objetivo.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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SOBRE OS ORGANIZADORES
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Robério Mesquita Silva
Formado em matemática pela Universidade
Estadual Vale do Acaraú (UVA). Em pedagogia
pela Faculdade Kurios (FAK) e pós-graduação
em ensino da matemática e alfabetização e
letramento pela Faculdade Kurios
E-mail: roberiodosalitre@yahoo.com.br
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SOBRE OS AUTORES
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Débora Sousa Ferreira
Graduada em pedagogia, fez especialização em
Educação Infantil e Letramento pela Faculdade
do Maciço do Baturité (FMB), em 2023. Trabalha
na Escola São Francisco.
E-mail: debferreiras24@gmail.com
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Francisca Edinete Silva Oliveira
Graduada em pedagogia pela Faculdade Latino-
Americana (FLATED), em 2016. Especialista em
Educação Infantil e Letramento pela Faculdade
Maciço de Baturité (FMB), em 2023. Atua no
CEIF Raimundo Miguel de Sousa em Cachoeira,
Itatira-Ce. Atua no Programa de Apoio ao
Desenvolvimento Infantil (PADIN) do Governo do
Estado do Ceará desde 2017.
E-mail: oliveiraedinete803@gmail.com
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