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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

ANGÉLICA REZENDE PACHECO

O PROCESSO DE ALFABETIZAR LETRANDO: REFLEXÕES TEÓRICAS E


PRÁTICAS

SÃO JOSE DO RIO PRETO


2022
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

ANGÉLICA REZENDE PACHECO

O PROCESSO DE ALFABETIZAR LETRANDO: REFLEXÕES TEÓRICAS E


PRÁTICAS

Trabalho de conclusão de curso


apresentado como requisito parcial à
obtenção do título especialista em
ALFBETIZAÇÃO E LETRAMENTO.

SÃO JOSE DO RIO PRETO – SP


2022
O PROCESSO DE ALFABETIZAR LETRANDO: REFLEXÕES TEÓRICAS E
PRÁTICAS

Angélica Rezende Pacheco 1,

Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). “Deixar este texto
no trabalho”.

RESUMO- O presente trabalho trata de questões relevantes relacionadas aos processos de alfabetização
e letramento, tendo em vista seus desafios práticos e teóricos. No processo de ensino, alfabetizar e letrar
são atos diferentes, porém complementares que se estão intrinsicamente ligados entre si. Alfabetizar
implica em decodificar o código linguístico, sendo, portanto, um processo inerente no aprendizado
escolar. Mas no contexto atual, não basta ao aluno ser apenas alfabetizado, é preciso que ele conheça,
reconheça e entenda a importância de relacionar o ato de ler aos processos e situações de leitura que
envolva questões sociais. Assim, alfabetizar letrando implica em estimular uma aprendizagem para a vida
social, onde o aluno ler, compreende o que ler e relaciona o que leu com sua realidade contextual e
social. Assim, o objetivo deste estudo é identificar a importância da alfabetização e do letramento no
processo de ensino aprendizagem na atualidade. A metodologia trata-se de uma pesquisa de cunho
bibliográfico realizada a partir de materiais já publicados sobre o tema aqui em discussão. Os resultados
mostram que quando o aluno é estimulando a aprender a ler nos moldes do letramento, sua
aprendizagem é muito mais significativa para si e para o meio que o cerca. Sendo assim, é primordial que
o professor saiba escolher corretamente as metodologias de ensino que contemplem uma aprendizagem
pautada na alfabetização e no letramento.

PALAVRAS-CHAVE: Alfabetização. Letramento. Desafios. Métodos de ensino.

1
Angélica.rezende@hotmail.com
1 INTRODUÇÃO

O processo de alfabetização é hoje algo complexo e que exige do professor


conhecimentos práticos e teóricos, visto que já não basta ensinar o aluno somente a
decodificar o código linguístico, mas sim estimular uma aprendizagem que seja de fato
significativa para ele para a realidade na qual ele está inserido.
Esta nova perspectiva de ensino, trata-se do alfabetizar letrando, onde o aluno
deve ser incentivado a aprender a ler, compreender e relacionar o que às questões e
fatos sociais. Tendo em vista essa nova realidade, o ato de alfabetizar tornou-se um
desafio para muitos professores, que precisaram aperfeiçoar e inovar em suas
metodologias de ensino, buscando ofertar as condições adequadas para que os alunos
vivenciem um processo de alfabetização e letramento.
Alfabetizar letrando, em muitos casos, é um desafio para os professores, que se
veem diante de um novo paradigma educacional que ver o ato de ler, escrever e
compreender como sendo indissociáveis, devendo serem ensinados de modo
concomitante. Pensando na alfabetização e letramento no contexto atual, surge a
problemática que norteará o desenvolvimento deste estudo: qual a importância de
alfabetizar letrando no contexto atual?
Alfabetizar letrando significa antes de tudo promover um processo de ensino
aprendizagem que seja significativo para o aluno, que permita o pleno desenvolvimento
de suas capacidades cognitivas relacionadas ao ato de ler e relacionar as leituras ás
questões sociais. Nesse sentido, alfabetizar e letrar seriam processos diferentes, mas
complementares e indissociáveis.
O objetivo geral deste estudo é identificar a importância do alfabetizar letrando
na contemporaneidade. Os objetivos específicos são: compreender o conceito de
alfabetização e de letramento; reconhecer a importância de conciliar as práticas de
alfabetizar e letrar no processo educativo, destacando sua relação e importância para
uma aprendizagem significativa; refletir sobre as práticas teóricas e práticas de
alfabetização na perspectiva do letramento.
O interesse em abordar este tema surgiu a partir da vivencia cotidiana em salas
de alfabetização e da observação dos métodos de ensino utilizados por alguns
professores durante o período de estágio da graduação de pedagogia. Por conhecer os
conceitos de alfabetizar letrando, percebi a necessidade de levar este conhecimento
para outros docentes, esclarecendo suas concepções e importância no contexto atual.
Assim, este estudo justifica-se como sendo de grande importância tanto para os
acadêmicos da área educacional quanto para os educadores já em exercício, pois traz
reflexões importantes acerca da importância e necessidade de promover um processo
de alfabetização nos moldes do letramento.
Trata-se de um estudo bibliográfico realizado a partir da leitura e analise de
materiais já publicados sobre o tema aqui em debate. A fundamentação teórica foi
ancorada em autores como Ferreiro (2005) e Soares (2006) Kleiman (2005), Oliveira
(2002) entre outros que nos fornecem os pressupostos teóricos que sustentam os
estudos e reflexões apresentadas ao longo do texto.

2 O CONCEITO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Os termos alfabetização e letramento não raro são utilizados por educadores


como sendo sinônimos ou processos semelhantes, porém são termos distintos com
significados e objetivos educativos diferentes. Mesmo sendo conceitos distintos, os dois
processos devem ser vivenciados de maneira indissociável, objetivando um processo
de ensino aprendizagem que tenha sentido e significado para o educando.
Por serem termos bastante utilizados no meio educacional, é de suma
importância que se conheça seus significados, conceitos e concepções para então
aplica-los corretamente no processo de alfabetização.

2.1 o que é alfabetização?

Alfabetização é tido pelos professores como o processo de aquisição da


habilidade de leitura e escrita, ou seja, seria a decodificação do código linguístico com
base nas normas fonológicas. Nesse sentido, o termo alfabetização se refere a
aquisição do domínio do sistema linguístico e das técnicas de ler e escrever conforme a
ciência da escrita e da leitura.
É consenso entre os teóricos da área educacional que alfabetizar significa
“aprender a decodificar o alfabeto” e grande maioria dos educadores tem essa premissa
como máxima, utilizando-a em seu fazer pedagógico junto aos alunos. Talvez por isso,
o processo de alfabetização seja focado em atividades voltadas para a aprendizagem
do alfabeto de maneira desconstruída, onde o aluno conhece primeiro as letras, depois
as silabas, palavras, frases e por fim textos, necessariamente nesta ordem.
Soares (2006, p. 15) conceitua que "Alfabetizar significa adquirir a habilidade de
decodificar a língua oral em língua escrita [...]. A alfabetização seria um processo de
representação de fonemas em grafemas (escrever) e de grafemas em fonemas". Ela
corrobora que o processo de alfabetização implica necessariamente em aprender a
decodificar o código escrito e transformá-lo em mensagem a partir da leitura.
Já Oliveira (2002, p. 25), afirma que "alfabetizar significa saber identificar sons e
letras, ler o que está escrito, escrever o que foi lido ou falado e compreender o sentido
do que foi lido e escrito". Percebe-se que é necessária também a compreensão no
processo de alfabetização, pois não basta ao aluno saber somente decodificar as letras,
é preciso também compreender o que leu.
Desse modo fica claro que alfabetizar está ligado diretamente ao ato de
decodificar a língua escrita, porém como explicitado anteriormente, não basta somente
isso, é preciso ir além, é necessário que este processo seja significativo para o
aprendiz.

O conceito de alfabetização refere-se também ao processo de aquisição das


primeiras letras e, como tal, envolve sequências de operações cognitivas,
estratégias, modos de fazer. Quando dizemos que uma criança está sendo
alfabetizada, estamos nos referindo ao processo que envolve o engajamento
físico-motor, mental e emocional da criança num conjunto de atividades de todo
tipo, que têm por objetivo a aprendizagem do sistema da língua escrita
(KLEIMAN, 2005, p. 13).

Assim, a alfabetização não pode ser vista como um processo desvinculado do


mundo, visto que a aquisição da capacidade de ler e escrever está diretamente
relacionada às experiencias vivenciadas pelos alunos em seu cotidiano. Nessa
perspectiva, o processo de alfabetização precisa ser pautado em situações didáticas
que levem os alunos a correlacionar o que aprendem ao que vivem, dando significado
ao leem e escrevem.
Nesse contexto, a aquisição da capacidade de ler e escrever precisa ser
contextualizada de modo a aumentar as possibilidades de contato do educando com
situações reais de escrita, permitindo a correlação entre o que se aprende e as
experiencias extraescolares.
Nesse sentido, o processo de alfabetização deve dialogar com uma
aprendizagem significativa, é que atualmente chamamos de letramento. Logo, é
necessário o incentivo ao um aprender mais contextualizado e significativo, onde o
aluno ao mesmo tempo seja alfabetizado e letrado. Assim, a criança em processo de
alfabetização deve passar por um processo sistemático que associe tanto ler e escrever
quanto compreender as situações de leitura significativamente, ou seja: ser alfabetizada
e letrada ao mesmo tempo.

2.2 O que é letramento?

Letramento é um conceito relativamente recente se comparado ao de


alfabetização, e que muitos educadores ainda desconhecem ou pelo menos não
utilizada suas concepções no processo educativo de modo de fato efetivo. O letramento
se relaciona principalmente ao uso social da leitura e da escrita e pode ser percebido
quando o aluno além de ler e escrever é capaz também de compreender o que leu e
relacionar a sua realidade contextual.
O letramento, apesar de ser um termo independente, é utilizado na maioria das
vezes associado a alfabetização, sendo por vezes confundidos ou utilizados como
sinônimos. Mas apesar do habitual uso em conjunto, tem significado independente.
Segundo Almeida e Farago (2014, p. 205) o letramento "designa na ação
educativa de desenvolver o uso de práticas sociais de leitura e escrita, inicia-se um
processo amplo que torna o indivíduo capaz de utilizar a escrita em diversas situações
sociais". Nesse sentido, fica claro novamente a função social do letramento, que de
todo modo não pode ser vivenciado de maneira dissociada da alfabetizado.
Assim, o letramento surge como uma forma de complementar o processo de
alfabetização, tornando-o mais significativo e menos mecânico para o educando.
Soares (2006, p. 18) aponta que o letramento resulta do “[...] estado ou condição que
adquire um grupo social ou indivíduo como consequência de ter-se apropriado da
escrita”.
O letramento associado a alfabetização permite ao educando aprender a ler e
escrever e ao mesmo tempo dar significação ao que aprende, utilizando esta
capacidade em situações do dia a dia que envolva a leitura.
Kleiman (2005, p. 18) ressalta que "podemos definir hoje o letramento como um
conjunto de práticas sociais que usam a escrita, como sistema simbólico e como
tecnologia, em contextos, para objetivos específicos".
Conforme posto até aqui, o letramento surgiu para atender as demandas da
sociedade contemporânea, como uma forma de tornar o processo de aprendizagem
mais dinâmico, contextualizado e significativo para o educando, auxiliando-o a
compreender a leitura e a escrita como um ato social.
Segundo Soares (2006 p. 20), "o letramento é muito mais amplo do que a
alfabetização [...] condição de interação com diferentes gêneros e tipos de leitura e
escrita, com diferentes funções envolvendo tais práticas". Sendo assim, os dois
processos, apesar de distintos, são complementares. É preciso propor práticas
pedagógicas que prezem pelo alfabetizar letrando, oportunizando o educando vivenciar
situações de interação com a língua escrita de maneira contextualizada e significativa.

3 A IMPORTÂNCIA DE ALFABETIZAR LETRANDO: REFLEXÕES TEÓRICAS E


PRÁTICAS

Alfabetizar letrando é indispensável nos dias atuais, pois além de aprender a ler
e escrever, o educando alcança a capacidade de relacionar o que ler às práticas sociais
e culturais que fazem parte do contexto em que ele está inserido. Assim, alfabetizar e
letrar devem ser vivenciados simultaneamente no processo de ensino através de
práticas pedagógicas que sejam contextualizadas, dinâmicas e inovadoras, objetivando
assim uma aprendizagem mais significativa.
Na visão de Soares (2006) mesmo sendo processos diferentes, a alfabetização e
o letramento não podem ser vivenciados separadamente, pois os indivíduos precisam
se tornar ao mesmo tempo alfabetizado e letrado. Nessa perspectiva, não basta apenas
saber ler e escrever, é necessário entender a finalidade desse ato e utilizá-lo
socialmente, fazendo leituras completas de maneira que possibilite ao mesmo
posicionar-se criticamente diante das variadas situações de leitura e escrita.
No processo de ensino é primordial que a escola ofereça um ensino pautado em
aprendizagens significativas, onde o aluno tenha a oportunidade de explorar a leitura e
a escrita a partir de diferentes textos e materiais, oportunizando assim a vivência
contextualizada do aprender.
Tendo em vista a importância do processo de aprendizagem, de acordo com
Santos (2007, p. 98), alfabetizar letrando: "é, portanto, oportunizar situações de
aprendizagem da língua escrita nas quais o aprendiz tenha acesso aos textos [...] que
seja levado a construir a compreensão acerca do funcionamento do sistema de escrita
alfabético".
Assim, o método de ensino utilizado no processo de alfabetização e letramento
faz toda a diferença no sucesso desse processo, visto ao propor práticas direcionadas
ao alfabetizar letrando o professor necessita priorizar a participação ativa do aluno nas
aulas, estimulando um aprendizado que seja de fato efetivo. Sobre os métodos de
alfabetização, Soares (2016, p. 16) aponta que "se entende por métodos de
alfabetização um conjunto de procedimentos que, fundamentados em teorias e
princípios, oriente, a aprendizagem inicial da leitura e da escrita".
Desse modo, a escolha pelo método adequado faz toda diferença no processo
de alfabetização e letramento, pois os mesmos dão suporte ao processo de ensino,
guiando o professor na escolha dos objetivos de aprendizagem e nos pressupostos
teóricos e práticos que deve seguir para alcançar tais objetivos.
Carvalho (2006) ressalta a importância de pensar e escolher adequadamente o
método de alfabetização, sempre levando em conta as necessidades de aprendizagem
e especificidades dos alunos, pois é necessário um direcionamento assertivo sobre
quais capacidades os educandos já tem e quais precisam ser desenvolvidas ao longo
do processo de ensino.
Sendo assim, cabe ao professor decidir qual é o método mais indicado para
suprir as necessidades de uma determinada turma de alunos, para isso é preciso
desenvolver em sala de aula atividades que sejam prazerosas e inovadoras,
relacionadas principalmente ao contexto em que o aluno está inserido para que assim
ela possa dar significado ao que se aprende.
De acordo com Rojo (1998, p. 66) "um método de alfabetização que leve em
conta o processo de aprendizagem deve deixar um espaço para que o aluno exponha
suas ideias a respeito do que aprende". Nesse sentido, o método escolhido pelo
professor precisa oferecer ao educando oportunidades de interação e troca de ideias,
possibilitando sua participação nas aulas de maneira efetiva e produtiva.
O processo de alfabetizar letrando necessita fundamentar-se em práticas
significativas de leitura e escrita, onde o educando vivencie situações comunicativas
envolvendo a leitura e a escrita de modo contextualizado e interligado com as práticas
reais de seu cotidiano. Para alcançar uma aprendizagem de fato significativa, o
educando necessita de um direcionamento pedagógico bem estruturado, para isso a
mediação do professor é elemento essencial.
Na perspectiva da alfabetização e do letramento, “o professor alfabetizador deve
estar sempre atuante e disponível para aguçar a sensibilidade e a atenção das crianças
para o material de fato relevante e preparar situações em que elas possam participar
ativamente desse trabalho de construção de hipóteses” (FRANCHI, 2012, p. 206).
Compreende-se com isso que para desenvolver a capacidade de ler, escrever e
interpretar significativamente, o educando precisa de estímulos para interagir com o
mundo letrado. Esse estimulo deve acontecer na sala de aula através de práticas
educativas que norteiem uma aprendizagem mais inovadora e participativa, onde o
aluno seja engajado a aprender efetivamente.
Oportunizar aos educandos práticas de alfabetização sob a égide do letramento
implica em oferecer a vivencia de experiencias educativas que propiciem o contato com
diversos gêneros textuais e materiais escritos sempre atrelando tais materiais a
compreensão de sua função social.
De acordo com Ferreiro (2005) alfabetizar letrando implica em promover
primeiramente uma reflexão sobre as práticas e as concepções adotadas ao inserir os
educandos no mundo da escrita, e ao mesmo tempo analisar e recriar as metodologias
de ensino a fim de garantir, o mais cedo possível, esse duplo direito: de não apenas ler
e registrar autonomamente palavras numa escrita alfabética, mas poder ler,
compreender e produzir textos compartilhados socialmente como cidadãos ativos.
Nesse sentido, a aprendizagem pautada na alfabetização e letramento é mais
completa e significativa para o aluno, pois possibilita que o mesmo aprenda a ler e
escrever e simultaneamente interaja socialmente a partir das práticas sociais de leitura
e escrita.
Assim, podemos concluir que, no contexto atual, alfabetizar sob a perspectiva do
letramento é de suma importância tanto para que o aluno alcance um processo de
ensino mais completo quanto para que o mesmo participe mais efetiva e criticamente
das situações de interação e participação social. Podemos concluir que, alfabetização e
letramento não são processos separados, mas sim, interligados, e por isso mesmo
devem ser vivenciados ao mesmo tempo. Logo, alfabetizar letrando implica em um
novo modo de aprender e interagir por meio das práticas sociais de leitura e escrita.

4 CONCLUSÃO

Ao longo deste estudo foi possível conhecer e refletir um pouco mais sobre a
importância e contribuição da alfabetização na perspectiva do letramento, mostrando o
quanto as praticas de leitura e escrita necessitam ser vivenciadas no contexto escolar
de modo contextualizado, significativo e inovador para que o aluno desenvolva
capacidades expressivas de atuar criticamente na sociedade letrada.
Alfabetizar letrando é um processo relativamente novo no cenário educacional,
mas que já assume uma importância essencial tanto para a prática do professor, mas
principalmente para o processo de aprendizagem dos alunos, que a partir de práticas e
situações didáticas voltadas para o letramento conseguem alcançar um processo
educativo mais completo.
Constatamos que alfabetizar letrando vai além de simplesmente aprender a
decodificar o sistema alfabético e produzir textos sem qualquer conexão com o contexto
social, significando inserir o aluno de fato no mundo da leitura e da escrita de maneira
significativa. Através da alfabetização e letramento o aluno apropria-se da leitura e da
escrita e partir dessa apropriação se insere no mundo letrando, modificando a realidade
e o contexto no qual está inserido.

5 REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Vanessa Fulaneti; FARAGO, Alessandra Corrêa. A importância do


letramento nas séries iniciais. Cadernos de Educação: Ensino e Sociedade,
Bebedouro-SP, 1 (1): 204- 218, 2014. Disponível em: <
https://www.unifafibe.com.br/revistasonline/arquivos/cadernodeeducacao/sumario/
31/04042014074426.pdf> acesso em 26 de maio de 2022.

CARVALHO, Marlene. Alfabetizar e Letrar: Um diálogo entre a teoria e a prática. 11ª


Edição. Petrópolis: Editoras Vozes, 2006.

FERREIRO, Emília. Ler e escrever num mundo em transformação. Passado e


presente dos verbos ler e escrever. 2ª ed. Tradução de Claudia Berliner. São Paulo.
Cortez. 2005.

FRANCHI, Eglê. Pedagogia do alfabetizar letrando: da oralidade à escrita. 9ª. Ed.


São Paulo: Cortez, 2012.

KLEIMAN, A. B. Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola.


In:______. (org.) Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática
social da escrita. Campinas, Mercado das Letras, 1995.
OLIVEIRA, Zilma Ramos de. Educação infantil: fundamentos e métodos. Coleção
docência em formação. São Paulo: Cortez, 2002.

ROJO, Roxane. Alfabetização e letramento: Perspectivas Linguísticas. Mercado


das letras. São Paulo. 1998

SANTOS, Carmi Ferraz. Alfabetização e letramento: conceitos e relações. Org. por


Carmi Ferraz Santos e Márcia Mendonça. Ied, Ireimp. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.

SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica,


2006.
______. Alfabetização: a questão dos métodos. São Paulo: contexto, 2016.

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