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1. Joana e Margarida são mães que estão com seus filhos cursando o 1º ano do
Ensino Fundamental. Elas estão achando tudo novidade a respeito da
proposta de alfabetização dessa escola. Em uma reunião de pais e mestres,
Joana quis saber: “Antigamente, todo mundo aprendia a ler soletrando o bê-a-
bá. Hoje este método está muito criticado. Por quê? ”. Se você fosse professora
ou coordenadora da escola, o que diria como resposta para essa pergunta?
Toda atividade deve ter uma intenção, para tal, é necessário avaliar o seu sucesso.
Se é apenas para constar como atividade, mas sem prevalência de observação,
avaliação e auto avaliação, qualquer atividade por mais dinâmica que seja, é nula.
Mas hoje em dia, há também situações didáticas previstas pelos principais
programas oficiais de alfabetização inicial é pedir que os alunos produzam textos
oralmente para se perceberem capazes de escrever antes de estarem alfabetizados.
Livres de questões de grafia e ao sistema de representação, eles se concentram nos
desafios da produção do texto: a distinção do conteúdo, a adequação a um gênero e
a organização da linguagem escrita, ou seja, elaboração de um texto vai muito
além do registro gráfico.
Há algum tempo trabalhando com formação de professores, pude perceber que é uma
combinação de atividades que promovem o sucesso na aprendizagem dos nossos alunos:
formação continuada, acompanhamento in loco, observação, registro, atividades
direcionadas e bem desenvolvidas, ambiente apropriado, entre outras coisas, muito
estudo por parte dos que cuidam da parte pedagógica, tanto o professor quanto o
coordenador pedagógico. No último ano, realizamos poucas formações devido a
questões internas de nosso município e decidimos estar mais nas escolas juntos aos
professores e coordenadores, observamos muitos professores bem ativos em sala de
aula, buscando de várias maneiras atingir seus objetivos em sala de aula de forma
dinâmica, usando jogos, brincadeiras e várias atividades que proporcione à maioria dos
alunos a aprendizagem dos conteúdos por eles trabalhados, é muito difícil, mas alguns
deles conseguem. No entanto, também encontramos professores que não buscam
nenhum tipo de inovação, se seus alunos aprenderam como lhes foi ensinado, tudo bem,
mas se não aprenderam, eles dizem que aqueles alunos não aprendem mesmo, e por aí
se segue. Nosso desafio é compreender qual o objetivo de cada professor e o que ele faz
para obter seu resultado esperado. Estivemos mais na escola, na sala de aula,
observando, intervindo, conversando, algumas vezes demonstrando em sala de aula
como usar o material que fica guardado nas escolas e não são explorados, levamos
também material confeccionado por nós e mostramos que não é difícil a sua confecção.
Depois disso, nos deparamos com mais outros desafios: contagiar o professor com
nossas demonstrações em sua sala de aula, pois alguns deles trabalha carga horária
dobrada na escola e muitas vezes não tem tempo para confeccionar esses materiais e
planejar suas aulas, esbarramos em falta de condições de trabalho; alguns pais não
aceitam alguns métodos de ensino, dizem que seus filhos não aprendem e querem que o
professor seja tradicional, alguns até pedindo os castigos em sala de aula, caso o aluno
não faça as atividades, mas também encontramos pais que são totalmente alheios à
aprendizagem dos filhos, deixando tudo a cargo da escola. Porém, diante de todas essas
afirmações conseguimos aumentar a quantidade de professores que querem rever sua
prática pedagógica com base teórica. Analisando toda a nossa trajetória, percebemos
que não há sucesso quando trabalhamos qualquer ação isolada, como foi afirmado no
início, é preciso haver uma série de atividades que convergem e culminam para um
único objetivo, que é a aprendizagem de forma ampla, ou seja, que nossos alunos
estejam alfabetizados e letrados.