A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DE LITERATURA

PARA O ENSINO MÉDIO

Autor (acadêmico)
Prof. Orientador
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso (TURMA) – Estágio
dd/mm/aa

RESUMO

Com relação ao ensino da literatura no Ensino Médio, pode-se observar que as escolas não têm cumprido
efetivamente o seu papel no que diz respeito a disciplina de literatura. Percebe-se também que durante todo
o Ensino Fundamental a base para o estudo da literatura no Ensino Médio não é construída, o que faz com
que não tenham adquirido o hábito para a leitura, o que é essencial para a execução de seu papel. Contudo,
existem alguns caminhos que podem ser seguidos pelos professores para se ter de fato uma melhor
qualidade no ensino da literatura. Novas formas metodológicas devem ser adotadas apesar de toda a
dificuldade existente.

Palavras-chave: Ensino. Literatura. Leitura.

1 INTRODUÇÃO

Pode-se perceber que durante todo o Ensino Fundamental, o campo da leitura e da produção
de textos é pouco abordado dentro das aulas. Neste período, os alunos não têm a disciplina de
literatura, o que que dificulta ainda mais o ensino da literatura para com os alunos. No Ensino
Fundamental, os professores durante as aulas de língua portuguesa, focam apenas na gramática e a
literatura acaba ficando de lado. Somente no Ensino Médio é que alunos passam a ter um contato
mais direto com a literatura e com os textos literários.
A disciplina de literatura foi inserida no Ensino Médio com a finalidade e a necessidade de
dar continuidade neste processo de desenvolvimento das habilidades de leitura e interpretação de
textos, porém agora com o intuito de realizar uma sistematização para o estudo de textos literários.
É notório ainda que uma parte dos alunos estão finalizando o Ensino Médio sem terem
adquirido o hábito regular da leitura de textos literários ou de outros textos não literários. Isto por
que embora que dentro das aulas de literatura circule o discurso literário, na maioria das vezes os
textos literários são pouco trabalhados e vivenciados pelos alunos.
Como consequência, os alunos não apresentam competências para realizar análises e
interpretar textos literários em diferentes sentidos: expressão, estrutura, conteúdo e
contextualização. Estes resultados fazem imaginar que o ensino da literatura e o estudo do texto
literário não têm sido o foco central das aulas de literatura.
 Existe uma grande dificuldade no ensino da literatura durante o Ensino Médio, porém cabe
ao professor estabelecer e sistematizar modelos e metodologias de ensino que possam permitir o
ensino/aprendizado do aluno, o professor deve ainda, seguir um modelo levando em consideração a
realidade cultural e social dos alunos.
Este trabalho tem como ideia central apresentar soluções para o ensino da literatura no
Ensino Médio, onde o tema escolhido foi: A importância do ensino da literatura para o Ensino
Médio. A área de concentração é sobre o ensino da literatura, sendo um assunto de extrema
importância tendo em vista a qualidade do ensino oferecido nas escolas. Os principais objetivos
deste trabalho é entender a importância da literatura, compreender a literatura como uma disciplina
essencial para a realização de vestibulares e apresentar o motivo do baixo rendimento dos alunos
nas aulas de literatura. A escola onde o estágio foi realizado é uma escola estadual, localizada em
um bairro periférico distante do centro urbano e, é caracterizada por receber um público carente e
com uma realidade social específica.
Este paper de estágio apresenta o resumo e introdução nas primeiras laudas, em seguida está
delimitada a área de concentração do tema, ou seja, a fundamentação teórica do trabalho,
posteriormente, estão as vivências de estágio e por fim, as impressões de estágio.

2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Para a elaboração deste projeto, a área de concentração escolhida foi o ensino da literatura,
pois é preciso dar foco a este campo pelo fato de não estar sendo dada a devida importância dentro
das escolas à literatura. É possível observar que a escola não está cumprindo seu papel de formar
leitores e ainda não estão cultivando o hábito da leitura para com alunos. Diante disso, é de extrema
importância realizar uma pesquisa bibliográfica a respeito desta área.

O tema escolhido para este projeto é sobre a importância do ensino de literatura para o
Ensino Médio. Neste período da vida escolar do aluno, o contato com textos ocorre somente nas
aulas de língua portuguesa e a literatura acaba sendo esquecida pelo fato de se dar mais importância
a gramática, embora que exista uma significativa importância da literatura no Ensino Médio,
principalmente quando se faz necessário a realização de exames vestibulares. Por isso, deve-se dar a
devida importância para as aulas literatura no Ensino Médio.

É notório que a escola não vem cumprindo seu papel de formar leitores competentes e
também não tem cultivado o hábito de leitura entre os alunos. Isto fica evidente quando ocorre uma
introdução sistematizada de estudos de textos literários, que na maioria das vezes necessitam de
habilidades mais complexas de leitura, como por exemplo a análise do texto, a comparação e a
interpretação. Diante disso, é possível ver que durante as aulas de literatura, os textos literários não
têm tido a relevância que deveria ter.
Durante o Ensino Fundamental, os alunos entram em contato com os textos literários
somente nas aulas de Língua Portuguesa, o que deixa a literatura um pouco esquecida, pois durante
este período da vida escolar do aluno dá-se mais enfoque a gramática da língua. Com isso, o
estudante passa a ter um estudo mais sistematizado da literatura apenas quando inicia o Ensino
Médio. Há então, a necessidade de fazer a inclusão desta disciplina no Ensino Médio, onde existem
objetivos para a realização de tal fato, que não foram alcançados nos anos finais do Ensino
Fundamental. Entre esses objetivos pode-se destacar o desenvolvimento da habilidade de leitura,
compreensão de elementos que forma a cultura brasileira e ainda a reflexão de ideologias de viés
social.
Contudo, ainda que esses objetivos pareçam ser simples para se alcançar, o que se observa
é que grande parte dos alunos acabam o Ensino Médio sem adquirir ao menos o hábito da leitura de
textos literários ou não literários. A capacidade de realizar interpretações de textos é um outro
objetivo básico que na maioria das vezes não alcançados pelos estudantes.
No Brasil, existem dois programas nacionais de avaliação escolar (ENEM e SAEB), e os
resultados não são animadores. Os dois sistemas de avaliação têm detectado um baixo desempenho
dos alunos nas provas, além de haver a ausência do domínio da leitura e da interpretação de textos.
De acordo com os programas, mesmo aqueles alunos que conseguiram alcançar uma nota maior não
possuem as habilidades de leitura consolidadas, pois em alguns casos não conseguem identificar
alguns elementos textuais utilizados pelo autor.
Esse baixo rendimento dos estudantes ocorre na maioria das vezes por que embora durante
as aulas de literatura esteja sendo trabalhado o discurso sobre o literário, os textos na maioria das
aulas são pouco utilizados e vivenciados pelos alunos. O resultado disso é apresentado na
competência dos alunos em analisar e interpretar textos literários de variadas dimensões. Este
resultado faz entender que o ensino da literatura e o estudo de textos literários não têm sido tratados
como objetos centrais nas aulas de literatura.
A respeito disso, Cereja (2004), afirma que:
Em contraposição a esse quadro, notam-se algumas iniciativas por parte de órgãos
governamentais que, por meio de instrumentos oficiais tais como os Parâmetros
curriculares nacionais e as Matrizes curriculares de referência (Saeb/Enem), fazem críticas
à situação atual, mas apontam vagamente os caminhos a serem construídos. (CEREJA,
2004, p. 17).

Nota-se que os sistemas responsáveis por medir o nível de qualidade da educação brasileira
reconhecem o problema, mas ainda não conseguiram encontrar caminhos viáveis que possibilitem
sanar a ocorrência.
 Grande parte das vezes, o docente não é claro e nem preciso quanto ao ensino da literatura,
onde sequer consegue responder de forma específica qual o papel da literatura e qual o objeto de
estudo da literatura. Na maioria das vezes, o professor acaba associando a literatura ao pensar
humano, a história e cultura deixada pela humanidade ou simplesmente, a definem como apenas um
componente curricular. Essa confusão sobre o objeto de estudo da literatura, pode estar associada
com a falta de metodologia por parte dos professores, onde eles ficam presos somente ao livro
didático e o utiliza como o seu primacial referencial teórico. Em um estudo realizado com
professores e alunos, Cereja (2004) relata que:
Como consequência da falta de precisão sobre metodologia e sobre o objeto da disciplina,
falta também maior clareza sobre os objetivos do ensino de literatura, daí a incidência de
respostas como humanizar ou “conscientizar o aluno”, “definir o sentido da palavra
cultura”, “conviver com obras da literatura”.
É claro que a literatura, como arte e enunciação discursiva ancorada em determinado
contexto sócio histórico, carrega consigo um conjunto de aspectos sociais, ideológicos,
psicológicos, estéticos, etc., contudo não se pode esquecer que sua natureza é
eminentemente verbal e só por isso é estudada na disciplina Língua Portuguesa. (CEREJA,
2004, p. 56).

Comumente surgem algumas indagações a respeito do ensino como um todo, e uma delas é
a respeito de qual modelo de ensino será adotado para que os alunos alcancem as competências e
habilidades propostas para as aulas. No ensino de literatura, além dos modelos tradicionais, existem
outros que são pertinentes para o ensino da disciplina, tais como os recortes de autores a serem
utilizados nas aulas, bem como quais autores e quais estilos utilizar dentro das aulas de literatura.
Todas as formas metodológicas apresentam vantagens e desvantagens, e neste caso cabe ao
professor avaliar quais das possibilidades existentes é mais viável para que o seu aluno possa
compreender o assunto e participe da aula. Essas opções metodológicas, mencionadas
anteriormente, devem ser analisadas para que elas se tornem possíveis a sua prática levando em
consideração o projeto pedagógico da escola, os alunos e as propostas de ensino.
Existem diversas possibilidades de trabalho para o ensino da literatura, uma delas é
organizar o curso em grandes unidades temáticas, e a partir de cada uma dessas unidades expandir
um amplo leque de leitura, relacionando autores e gêneros que possam de alguma forma contribuir
para a importância do assunto em foco. Porém, existe uma dificuldade por parte do aluno nessa
forma metodológica pois o aluno não possui domínio nem um conhecimento mais amplo sobre o
autor do movimento e da época em que o texto foi elaborado.
Uma outra possibilidade metodológica seria o curso organizado em torno dos gêneros
literários, onde haveria uma significativa evolução de gêneros variados da literatura. Contudo,
também há uma dificuldade apresentada nesta hipótese, onde as características do texto deveriam
ser relacionadas com a questão social e cultural da época. A leitura seria ainda, abordada por textos
de épocas diferentes, e na maioria dos casos esses textos possuem uma leitura pouco acessível e os
temas são de pouco interesse para os jovens.
Uma outra hipótese e que pode ser dividida em duas partes é a diacronia, que consiste em
ensinar a literatura a partir de uma sequência histórica como ponto de partida. Este modelo
estabeleceria relações com os diversos períodos da literatura e da cultura, onde dentro deste
parâmetro pode-se seguir por dois caminhos possíveis, sendo eles, de trás para frente ou da frente
para trás.
Convencionalmente a literatura é retratada partindo de suas origens até chegar a sua
contemporaneidade, neste caso é necessário estudar textos muito antigos, o que distancia o jovem
da realidade, porém neste modelo é possível acompanhar de forma natural os movimentos da
literatura e a formação de sua tradição. Há ainda um outro modelo para o ensino da literatura que
consiste em ensinar partindo da contemporaneidade para as origens da literatura, neste caso os
alunos começariam a estudar textos e autores da modernidade e os textos mais antigos seriam
estudados somente no terceiro ano de Ensino Médio quando os alunos estariam mais preparados e
mais amadurecidos.
Existe uma dificuldade no ensino de literatura durante o Ensino Médio, porém existem
diversos modelos e metodologias de ensino que permitem o professor ensinar para que o aluno
aprenda. Cabe ao professor estabelecer qual modelo deseja seguir levando em consideração a
realidade cultural e social de suas turmas.

3 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO

A realização deste trabalho de estágio está dividida em quatro partes, onde cada uma das
partes é necessária para a obtenção da nota para aprovação na disciplina de estágio. A primeira
etapa consiste em escrever o projeto de estágio, para realizar esta etapa é necessário definir a área
de concentração da pesquisa, o programa de extensão que será utilizado, o projeto de extensão, qual
será o produto virtual a ser construído e ainda a delimitação do tema a ser trabalhado durante o
projeto. Para a conclusão desta etapa faz-se necessário construir um referencial bibliográfico a
respeito do tema proposto, bem como a elaboração de um plano de aula para ser utilizado no
período de pandemia.
A segunda etapa do estágio consiste em realizar uma observação virtual e preencher um
roteiro dessa observação virtual.
A terceira parte do trabalho é a escrita do paper de estágio que deverá ser baseado no
mesmo tema do projeto de estágio, e deverá também conter um referencial teórico a respeito do
tema. Nesta etapa do trabalho, haverá também a elaboração do projeto de extensão de acordo com o
programa de extensão escolhido. Na terceira etapa, haverá ainda, a produção do produto virtual, que
neste caso será um folder explicativo sobre o tema do trabalho.
A última etapa e não menos importante, será a realização da socialização do estágio. É
nessa parte que haverá a apresentação do trabalho a tutora e aos colegas acadêmicos.
Nas três primeiras etapas faz-se necessário a postagem dos arquivos no ambiente virtual de
aprendizagem na disciplina de estágio.
Todas as observações de aulas, entrevista e regência correram muito bem, contribuindo para
a minha formação profissional, e se tornando um divisor de águas.

4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (considerações finais)

O estágio curricular é de extrema importância para a vida acadêmica e profissional do

discente, pois a partir desta interação com professores e a escola é possível buscar e adquirir novos
conhecimentos. O estágio contribui de forma significativa na vida do acadêmico, pois é a partir dele
que será possível realizar um primeiro contato com a profissão onde o discente será inserido
posteriormente, possibilitando ainda a aplicação da teoria na prática. O estágio é ainda uma
importante vivência para que o indivíduo possa refletir sobre sua escolha profissional.
Existem também outros benefícios que o estágio proporciona, entre eles está a aplicação de
conteúdos acadêmicos em sua vivência de estágio, além de ser possível realizar uma
complementação do conhecimento. O estágio, na maioria das vezes, é a primeira oportunidade do
acadêmico para vivenciarem o cotidiano de sua futura profissão.
O estágio contribui de forma significante em minha vida, tendo em vista que todo o
conhecimento que obtive nas práticas de estágio será aplicado futuramente. Objetivou-se neste
estágio buscar e apresentar soluções cabíveis a respeito do ensino da literatura no Ensino Médio,
podendo afirmar que o objetivo proposto foi alcançado. A principal dificuldade para a realização
deste estágio foi participar da rotina do professor com as escolas fechadas devido a pandemia da
Covid-19, porém foi possível fazer a observação a partir das aulas on-line, adquirindo os melhores
resultados possíveis.
A partir da fundamentação teórica foi possível refletir sobre o ensino da literatura e elencar
possíveis soluções para se ter uma melhor qualidade no ensino/aprendizagem do aluno. Cabe ao
professor, buscar novas ferramentas e metodologias que o ajudarão nesta tarefa.
REFERÊNCIAS

ANTUNES, Benedito. O ensino da literatura hoje. FronteiraZ, nº 14: São Paulo, 2015.

CEREJA, William Roberto. Uma proposta dialógica de ensino de literatura no ensino médio. Puc: São
Paulo, 2004.

OSAKABE, Haquira. Ensino de gramática e ensino de literatura. Linha d’água: São Paulo, 1988.

ROUXEL, Annie. Aspectos metodológicos do ensino da literatura. Alameda Editorial: São Paulo, 2013.
APÊNDICE I – REGISTRO DE FREQUÊNCIA

(Insira aqui a Ficha de Registro de Frequência digitalizada)