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Guia prático para material impresso

AUTOR
EDUARDO DE CASTRO GOMES

SUMÁRIO DE CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Apresentação da disciplina - 11
Ementa - 11
Objetivos de ensino-aprendizagem - 11
Orientações para estudo - 12
Unidade 1. Compondo os cadernos - 13
1. Observações gerais - 13
2. Pré-textuais - 14
a) Sumário - 14
b) Nome da disciplina/autor e conteúdo programático - 14
c) Apresentação da disciplina - 15
d) Ementa - 17
e) Objetivos de ensino-aprendizagem - 17
f) Orientações para estudo - 17
3. Textuais - 18
a) Título da Unidade - 18
b) Seções (subtítulos) - 18
c) Textos - 18
d) Atividades - 19
e) Imagens - 19
f) Informações adicionais (coluna de indexação) - 20
g) Resumo - 20
4. Pós-textuais - 21
a) Referências - 21
b) Currículo do autor - 21
Unidade 2. Elaboração do texto - 22
1. O texto do CED - 22
2. Observações sobre a didática - 23
3. Características de um texto didático - 24
4. Transposição didática - 25
Unidade 3. Definindo objetivos e atividades - 29
1. Objetivos - 29
2. Atividades - 33
2.1 Atividades integradas - 33
2.2 Atividade individual - 33
2.3 Fórum - 33
3. Observações importantes sobre as atividades - 34
Unidade 4. Normas ABNT - 36
1. Referências – 36
2. Citações - 38
Apêndices - 39
Referências - 52
Currículo do autor - 53
Guia prático para material impresso

Apresentação da disciplina

Trataremos agora especificamente da mídia impressa. Portanto, Imagético: em um sentido


estudaremos aqui: os itens que compõem os cadernos, o layout restrito, é tudo que se
exprime por imagens: fotos,
gráfico, a forma dos textos e os elementos imagéticos que você gráficos, diagramas, desenhos,
utilizará em sua produção. etc.
Na Unidade 1 você verá como se compõe cada item do caderno
que deverá escrever, tais como “Introdução”, “ementa”, “objetivos”,
etc.
A Unidade 2 explica o texto didático e dialógico a ser escrito.
A Unidade 3 fala sobre como elaborar os objetivos do texto e
como eles estarão relacionados às atividades a serem feitas pelos
alunos.
A Unidade 4 explica as regras da ABNT a serem observadas para
a elaboração de citações, referências e fontes.
Os apêndices são compostos por uma lista de recomendações
para redação do texto para EaD e por uma explicação do processo de
produção do caderno: da sua concepção à disponibilização no Sistema
SisUAB.

Ementa

Concepção e planejamento do material impresso. Organização gráfica:


itens de estrutura do caderno: texto e imagens. Organização textual:
didática e dialogicidade. Fluxo da produção: da redação à publicação.

Objetivos de ensino-aprendizagem
Geral
Elaborar um caderno de sua disciplina respeitando as normas
constantes neste guia.
Específicos
1. Identificar os elementos de texto e imagens a serem
utilizados no caderno;
2. Aplicar os elementos de texto e imagens na elaboração do
caderno.
3. Definir os objetivos da disciplina a ser ministrada conforme as
atividades e o contexto do aluno.
4. Aplicar as orientações da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT) para normatização do texto.

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Guia prático para material impresso

Orientações para estudo


Você deve ler este material atentando para os seguintes
detalhes:
 Perceba, durante a leitura, que cada unidade
corresponde a um objetivo de ensino-aprendizagem.
 Observar também que cada Unidade traz uma respectiva
atividade. As atividades estão relacionadas diretamente
à parte prática deste guia, ou seja, à produção do seu
texto.
 No ambiente virtual da disciplina, Transposições
didáticas para mídia impressa, há um link no qual você
acessa o modelo do caderno, em Word. Transfira o
modelo para seu computador e utilize-o para escrever
seu texto nele.
 Seu texto deve ser o mais claro e objetivo possível.
Quaisquer dúvidas, durante o processo de redação,
podem ser dirimidas nos fóruns das Unidades, no
Ambiente Virtual.
 Pratique a leitura e as atividades deste guia tendo em
mente que o objetivo maior deste trabalho é a
compreensão perfeita, por parte do aluno, do conteúdo
escrito por você.

12
Guia prático para material impresso
Unidade 1. Copondo os cadernos
Unidade 1
Compondo os cadernos

1 Observações gerais

Estas observações devem ser bem entendidas antes da Você já pode começar a
escrever seu caderno a partir
elaboração dos cadernos: daqui. Utilize o modelo no
a) Cada caderno a ser escrito corresponde a uma Disciplina a ser Ambiente Virtual e faça as
substituições de texto nos
cursada pelo aluno e deve ser elaborado num total de cinco ou seis
locais indicados.
unidades de ensino.
b) Para um caderno de 5 (cinco) unidades, escreva cada unidade
com o mínimo de 09 (nove) e o máximo de 13 (treze) páginas,
incluindo imagens de qualquer tipo, bem como tabelas e fórmulas.
c) Para um caderno de 6 (seis) unidades, escreva cada uma com
o mínimo de 9 (nove) e o máximo de 11 (onze) páginas, incluindo
imagens de qualquer tipo, tabelas e fórmulas.
d) Não ultrapasse as 6 (seis) unidades. Se houver necessidade
de acréscimos de informação, poste-os no AVEA (que é o ambiente
virtual de ensino-aprendizagem, constante da plataforma moodle, que
você aprenderá a utilizar), com indicação no texto ou na coluna de
indexação, informando que o assunto está no ambiente virtual.
e) Cor predominante: por convenção, cada curso tem sua cor
respectiva (como exemplo: para o curso de Administração utilizamos a
cor azul; para o de Ciências Agrárias, verde, etc.).
f) Áreas de texto na página
 Área de conteúdo – a página do caderno tem duas colunas, a
A configuração da página é A4
mais larga, na qual consta o texto principal (este que você
(Word ou BrOffice). No AVEA da
está lendo agora) e outra coluna menor, chamada coluna de disciplina Transposições Didáticas
indexação, explicada a seguir. para a Mídia Impressa há um link
para o arquivo com o modelo de
 Coluna de indexação, situada na lateral, aí onde você está página diagramado, o qual você
vendo pequenos textos complementares, onde são ecritas deverá utilizar para fazer seu
caderno.
as atividades e inseridos pequenos textos explicativos,
ilustrações, frases, remissões a links no ambiente virtual, etc.
g) Palavras destacadas em cores. São termos, expressões,
nomes de autores ou de personagens, evento histórico, etc., que se
encontram na área de conteúdo, mas com informações adicionais na
área complementar. Veja que colocamos o termo “evento histórico”
Evento histórico – exemplo:
em azul e o explicamos ao lado, repetindo-o com a mesma cor e queda do muro de Berlim.
explicando-o. Deve ser destacado apenas o
nome do evento, e não todo o
h) Palavras destacadas em itálico são palavras de língua texto que se refere a ele.
estrangeira. Podem estar realçadas em cores ou não.
i) Palavras destacadas em negrito são palavras da língua
portuguesa que merecem destaque, mas que já estão explicadas no
próprio texto, não precisando de informações na área complementar.

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Guia prático para material impresso
Unidade 1. Copondo os cadernos
j) Seu caderno será composto por elementos chamados pré-
textuais, textuais, pós-textuais e imagens. Esses itens serão
detalhados a seguir.

2. Pré-textuais

São seis pequenos itens que antecedem o conteúdo da


disciplina. Trazem informações e orientações importantes que ajudam
o aluno no acompanhamento da leitura. Eles são:

a) Sumário;
b) Nome da disciplina/autor e conteúdo programático;
c) Apresentação da disciplina;
d) Ementa;
e) Objetivos de ensino-aprendizagem;
f) Orientações para estudo.

Veja agora a explicação de como deve ser feito cada um dos seis
itens:

a) Sumário

É uma lista indicando as páginas da Apresentação, Unidades e


Referências das disciplinas que compõem o respectivo caderno. É
colocado no início de cada volume.
No sumário dos cadernos do CED Não são listadas as subseções,
imagens ou quadros e tabelas.

SUMÁRIO
A) GESTÃO DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO

Apresentação
Unidade 1 - Organizações do conhecimento
Unidade 2 - Uso da informação
Unidade 3 - Inteligência e conhecimento organizacional
Referências

OBS.: O sumário deve ser feito depois de todo o texto escrito,


mas você deve colocá-lo na primeira página.

b) Nome da disciplina/autor e conteúdo programático

Digite o nome da disciplina em CAIXA ALTA, no alto e no centro


da segunda página, em negrito e fonte tamanho 12. O nome da
disciplina precede o do autor. Localize esta parte no arquivo modelo e
faça esse procedimento.
O conteúdo programático apresenta os títulos e seções de cada
unidade da disciplina em forma de sumário, com indicação do número

14
Guia prático para material impresso
da respectiva página. Todas as seções correspondentes às unidades Unidade 1. Copondo os cadernos

serão numeradas, com exceção da apresentação da disciplina, da


ementa; das orientações para estudo; das referências e do glossário.
Você deve escrever o título de cada uma das unidades e das seções,
sem incluir o número das páginas, pois este será o papel do
diagramador.
A página diagramada finalizada deverá ficar conforme o exemplo
a seguir:

GESTÃO DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO

AUTOR
(NOME DO PROFESSOR)

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
Apresentação da disciplina
Ementa e objetivos de ensino-aprendizagem
Orientações para estudo

Unidade 1 - Organizações do conhecimento


1.1 Contextualização, conceitos, características
1.2 O valor da informação e do conhecimento nas organizações
1.3 Criação do conhecimento
1.4 Resumo
Unidade 2 - Uso da informação
2.1 Sociedade da informação
2.2 Necessidade, busca e recuperação da informação
2.3 Modelo de uso da informação
1.4 Resumo
Unidade 3 - Inteligência e conhecimento organizacional
3.1 Modelos, fontes e profissionais do conhecimento
3.2 Inteligência e conhecimento organizacional
3.3 Propostas de gestão do conhecimento
1.4 Resumo
Referências
Glossário

c) Apresentação da disciplina
Sugerimos o seguinte padrão para o texto deste item:

Apresentação da disciplina

Prezado aluno,
Seja bem-vindo à disciplina ........................... Tratamos aqui
especificamente de ...........................................................................
Este caderno apresenta cinco unidades. Na Unidade 1, você
conhecerá.........................
A Unidade 2 traz ............................
A Unidade 3 explica o .........................
Veja na Unidade 4 a relação entre........
A última unidade apresenta.......
A partir deste material, você verá (ou este estudo é
importante porque)............................... ..........................................

Bom estudo.
Nome do autor

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Guia prático para material impresso
Unidade 1. Copondo os cadernos
O texto da apresentação deve ser uma conversa em linguagem
livre. Nele você apresenta a disciplina a um aluno, portanto:
 Dirija-se a um indivíduo e não a um grupo. Em um curso a
distância, geralmente na hora de acessar sua disciplina, o
aluno está sozinho, em casa ou local onde haja um
computador. Então, não utilize termos no plural:

“Prezados alunos, sejam bem-vindos...”,


“Caros alunos, vocês estão iniciando...”.

E, sim:
“Prezado aluno, seja bem-vindo...”,
“Caro aluno, você está iniciando...”.

 Escreva palavras de incentivo, mostre a importância do


assunto que será trabalhado e da interatividade entre autor
e estudante.
 Chame a atenção para a interação com as demais mídias
que compõem o material didático.
 Use sempre o gênero masculino. Nunca use as
terminações femininas entre parênteses: (a) e (as), ou com
barras: os/as, dos/das, etc.. É perfeitamente aceitável o
tratamento no masculino quando se referir ao gênero
humano, que, lógico, inclui as mulheres. Além disso, ao se
iniciar um caderno com o “(a)” e “(as)”, a lógica seria
terminá-lo assim, mas isso dá a impressão de interrupção no
texto que precisa ser escrito com o máximo de simplicidade,
sem acréscimo de elementos desnecessários. Com a licença
dos pedagogos, que orientam a não darmos exemplos
negativos, segue um texto “recheado” do que dissemos
acima, sobre o que não fazer. São trechos retirados de um
artigo cujo tema é, ironicamente, o texto didático. Tente ler
sem se cansar:

[...] O livro didático não é apenas um instrumento


auxiliar na prática do/a professor/a [...]. Sua
trajetória desde a produção até o uso pelo aluno
passa pela comercialização, aceitação e escolha
destes livros pelos/as professores/as. [...] antes
de chegar a seu público último (o/a aluno/a) é
validado e escolhido por outras instâncias
(editora, governo, professores/as) [...].
Quem são os/as autores/as destes livros, quais as
editoras que dominam este mercado, quem são
os/as editores/as e planejadores/as
brasileiros/as? Apple (1995), coloca que a maioria
dos/as editores/as americanos/as começaram o
seu trabalho na área de vendas [...] (LOGUERCIO;
DEL PINO; SOUZA, 2007, p. 2, grifos nossos).

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Guia prático para material impresso
Unidade 1. Copondo os cadernos

Repare que as palavras com as barras causam muitas


interrupções, tornam o texto cansativo e são
desnecessários.

 Faça uma apresentação geral da sua disciplina, resumindo


os conteúdos das Unidades e das atividades. Cada parágrafo
deverá falar de uma unidade, e não devem ser muito
extensos. Que tal cada parágrafo conter mais ou menos
três a quatro linhas? No final, você pode compor um
parágrafo de até cinco linhas sintetizando a importância do
estudo para a aprendizagem do aluno.

d) Ementa

É um item aprovado pelo colegiado do curso e não pode ser


alterado. Consta no texto do professor autor exatamente como consta
no projeto político pedagógico e deve estar de acordo com a ementa
postada no ambiente virtual.

e) Objetivos de ensino-aprendizagem

Os objetivos devem mostrar ao aluno o que ele deve ser capaz


de fazer após a compreensão do conteúdo e a prática das atividades
propostas na disciplina. É partir deles que você deve se orientar para
desenvolver o texto e elaborar as atividades. Na Unidade 3 detalhamos
este item.

f) Orientações para estudo

Explique neste item como o aluno deve praticar a leitura e as


atividades, e como deve ser a integração com as outras mídias.
Exemplo:

Orientações para estudo

1. Fique atento aos quadros comparativos da Unidade 1, eles são a base das
atividades de estatística postadas no Ambiente Virtual.
2. A Unidade 2 está voltada para estudos de campo, portanto, as atividades
exigem que você se programe para as visitas aos locais indicados no
Ambiente Virtual.
3. Os assuntos da Unidade 3 estão mais detalhados no vídeo da disciplina. É
importante que você assista ao vídeo para executar as atividades.
4. Cada atividade deverá ser postada no AVEA com tempo necessário para
que sejam feitas observações e correções, até a entrega final do
exercício.

17
Guia prático para material impresso
Unidade 1. Copondo os cadernos
Aqui terminam as explicações sobre os elementos pré-textuais.
Lembramos que esses devem ser uma orientação para o aluno ter um
rendimento satisfatório ao estudar o conteúdo da disciplina, que é o
assunto explicado a seguir, nos elementos textuais.

3 Textuais

Estes itens compõem as Unidades do caderno, nas quais você


desenvolverá seu texto. São eles:

a) Título da Unidade;
b) Seções (subtítulos);
c) Textos;
d) Atividades integradas e Fórum do AVEA;
e) Imagens;
f) Informações adicionais (coluna de indexação);
g) Resumo.

Veremos agora cada um desses itens detalhadamente:

a) Título da Unidade
Para praticidade no
Sumário, sugerimos que
você não escreva títulos É o nome geral de cada Unidade. É esse título que consta no
de unidades com mais de
uma linha. Já os subtítulos
Sumário do caderno.
podem conter mais de
uma linha.
b) Seções

As seções são títulos que identificam cada parte (subitem) do


texto geral da Unidade, sendo precedidas pelo indicativo de seção
(número ou grupo numérico). As seções não devem constar no
Sumário geral do caderno, apenas no conteúdo programático e na
parte textual das unidades. Se possível, devem ter no máximo uma
linha.

c) Textos

O texto para EaD apresenta certas peculiaridades. Apesar de


Os parágrafos não estarmos tratando de textos acadêmicos, você verá que em EaD, o
devem ser longos.
Escreva no máximo 15
texto não pode conter palavras tão difíceis que não estejam bem
linhas por parágrafo. explicadas, e deve ser escrito didaticamente. Por esses motivos,
dedicamos a Unidade 2 exclusivamente à produção do texto.

Observação:
Reiteramos o que já dissemos acima nas Observações Gerais “f”
(área de conteúdo e área complementar).

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Guia prático para material impresso
Tal qual este Guia, o texto, em sua diagramação final, ficará Unidade 1. Copondo os cadernos

disposto em duas colunas, uma principal, na qual ficará o conteúdo da


disciplina, e outra secundária, chamada de coluna de indexação, com
largura menor, na qual ficarão as atividades e informações adicionais.
A coluna de indexação está reservada para pequenos textos de
reflexão, biografias, atividades e observações complementares. Veja ao
lado um exemplo de texto na coluna de indexação (o que explica o
tamanho dos parágrafos, que neste caso está digitado em cor azul).

d) Atividades

São pequenos textos na coluna de indexação que informam os


exercícios a serem realizados pelo aluno. Definimos três tipos de
atividades: as integradas, as individuais e os fóruns, elas são
detalhadas na terceira Unidade deste Guia.

e) Imagens

O número de páginas do caderno já inclui os espaços para


imagens. A diagramação do texto prevê o maior aproveitamento desse
espaço. Um texto consistente, bem explicado, além de ser suficiente
para a compreensão do aluno, ajudará na diagramação e na economia
de espaço. Evite, portanto, ser prolixo.
Deve também haver um cuidado entre o texto escrito e as
imagens para que não haja valorização de um em detrimento de outra
e vice versa ou explicações desnecessárias sobre a ilustração. Por
exemplo, uma figura da Mona Lisa, ilustrada no caderno, pode ter sua
forma de criação detalhada no texto, mas é redundante informar que o
quadro mostra a figura de uma mulher de cabelos longos, entretanto
deve constar o autor, o valor histórico da imagem em sua técnica
inovadora, o sfumatto, e outras explicações para além do óbvio.

Observações sobre o tipo digital de imagens

Talvez você não esteja familiarizado com alguns termos


técnicos/tecnológicos sobre imagens, como resolução em pixels, JPG,
vetor, CMYK, RGB, etc. Este conhecimento é importante, pois, mesmo
que a imagem apareça perfeita na tela do seu computador, ela pode
não ter a mesma qualidade no material impresso. Em alguns casos,
uma foto, que geralmente é digitalizada em formato JPG ou GIF, pode
não ser tão nítida e detalhada quanto um desenho vetorizado. Por isso,
sugerimos que você faça a impressão de sua imagem para comprovar
a nitidez. Isso também é necessário para garantir a qualidade de seu
caderno.

As imagens, fórmulas, tabelas, etc., devem apresentar conexão


entre os parágrafos e citações.

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Guia prático para material impresso
Unidade 1. Copondo os cadernos
Os formatos para imagens devem ser:
 Fotos de alta qualidade: extensão JPG.
 Desenhos, ilustrações, organogramas, diagramas
esquemáticos e cliparts: vetorizados.
 Mapas: se apresentarem muitos detalhes, devem ser
digitalizados em extensão JPG de alta qualidade. Caso
apresentem formas simples, é preferível que sejam
vetorizados.

f) Informações adicionais (coluna de indexação)

 Glossário
Não coloque nas informações São pequenos textos na coluna de indexação que explicam
adicionais: pensamentos, termos técnicos ou palavras que estão presentes no texto principal,
frases de auto-ajuda ou
expressões semelhantes, a
mas que nele não são detalhados.
não ser que seja necessário São colocados ao lado do parágrafo correspondente, e não
para ilustrar algo importante. podem ser extensos, nem apresentarem significados de siglas, essas
devem ter suas traduções postadas no texto.
As palavras ou termos a serem detalhados devem ser
destacados com a cor respectiva do padrão designado pelo CED para
cada curso, tanto no texto como no glossário.
Veja exemplo a seguir e ao lado uma breve explicação sobre a
palavra destacada, no caso, de um assunto de Artes Visuais, cuja cor é
o vermelho escuro:
O Renascimento foi um
importante movimento de O Renascimento foi muito fecundo na criação de novas técnicas,
ordem artística, cultural e seja nos materiais usados na pintura, seja na concepção do uso do
científica que se deflagrou na
passagem da Idade Média pincel e da perspectiva.
para a Moderna..
 Biografias
Textos opcionais curtos que, quando relevantes, podem ser
usados para descrever a biografia de pessoas citadas no texto. Não
pode ser extenso. Também são colocados ao lado do parágrafo
correspondente ao personagem a ser biografado. O nome deve ser
destacado com a cor respectiva do padrão designado pelo CED para
cada curso, tanto no texto como na coluna de indexação. Leia como
Nicolau Copérnico, astrônomo
exemplo o texto a seguir e a pequena biografia ao lado:
polonês, nasceu em Torun, em Nicolau Copérnico criou um modelo heliocêntrico e forneceu o
19 de fevereiro de 1473 — e ponto de partida para a astronomia moderna.
morreu em Frauenburgo, em
24 de maio de 1543. Seu
último livro, "Das revoluções  Significado de siglas e abreviaturas
das orbes celestes", publicado
em seu último ano de vida, Textos curtos que, quando relevantes, também são colocados ao
ensejou a chamada Revolução lado do parágrafo correspondente à sigla ou abreviatura, as quais
Copernicana.
devem estar destacadas com a cor respectiva do padrão designado
pelo CED para cada curso, no texto principal e no texto da coluna de
indexação.

g) Resumo

20
Guia prático para material impresso
O resumo apresenta-se em um texto de, no máximo, cinco Unidade 1. Copondo os cadernos

linhas, no qual você fará considerações gerais sobre os pontos mais


relevantes do conteúdo de cada unidade. Veja a seguir um exemplo de
resumo:

Resumo
Nesta unidade foram abordados os conceitos de organização e de sistema.
Enfatiza-se a organização enquanto função administrativa desempenhando um
papel importante no agrupamento dos recursos organizacionais para a
concretização dos objetivos previamente definidos.

4. Pós-textuais
São compostos por:
a) Referências;
b) Currículo do autor.

a) Referências
São listas em ordem alfabética (entrada pelo sobrenome do
autor(es) ou título da obra) de referências utilizadas no decorrer da
elaboração do caderno, citadas direta ou indiretamente no texto. As
referências devem seguir sempre a NBR 6023.
Constam nelas:
 Livros e revistas acadêmicos/científicos;
 Artigos científicos;
 Obras de arte;
 Documentos oficiais.
 Artigos/textos acadêmicos ou científicos publicados na
Internet em sites ou blogs educacionais (é necessário um
cuidado especial ao se usar blogs pessoais como fontes,
pois muitos não apresentam consistência ou a
fundamentação exigida em textos do nível que estamos
tratando);
Na Unidade 4 você verá um detalhamento sobre a elaboração
das referências, pois para cada tipo de fonte de consulta há uma forma
de apresentação.

Importante: Nunca utilize como fonte de consulta a Wikipédia ou blogs


pessoais que não apresentem dados ou pesquisas científicas comprovadas, pois
não são fontes de consultas seguras ou de conteúdos reconhecidos como
adequados para fundamentar ou argumentar um trabalho institucional deste
nível.

h) Currículo do autor
O currículo deve ser resumido entre 10 a 15 linhas, com uma
foto, em resolução mínima de 300 dpi. Se, por acaso, o professor não
apresentar o currículo e nem ser encontrado para completar o seu

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Guia prático para material impresso
Unidade 1. Copondo os cadernos
trabalho, os revisores do CED recorrerão ao Currículo Lattes para
inserir no caderno somente as informações básicas sobre o autor.

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Guia prático para material impresso
Unidade 2. Elaboração do texto
Unidade 2
Elaboração do texto

1. O texto do CED
O docente que se propuser a compor um texto de acordo com
os padrões do CED perceberá que esses padrões, ao contrário do que
se possa imaginar, não caracterizam divergências do trabalho habitual
com textos usados em sala de aula, e, sim, acréscimos de técnicas e
recursos que podem ser utilizados até mesmo na modalidade de
ensino presencial.
Uma dessas técnicas são os ajustes do seu texto para atividades
no ensino online. Isso não significa abandonar práticas de sala de aula,
como leitura individual ou em grupo, exposições orais de compreensão
da leitura, etc. Aqui se percebe um dos pontos de convergência entre
as duas modalidades, pois, se as técnicas do ensino online podem ser
utilizadas no presencial, as práticas presenciais também podem ser
executadas no ensino a distância.
O que significam, então, esses ajustes? É simples: o seu texto,
utilizando as tecnologias de informação e comunicação, terá agora
recursos que o complementam, que o tornam mais claro, dinâmico e
interativo. Ou seja, seu texto agora terá um aspecto de hipertexto, no
Síncrono: refere-se à atividade
qual uma frase escrita poderá estar ligada a um texto digital, vídeo,
online realizada pelo aluno ao
mesmo tempo no qual apresentação,
o tutor fórum, etc., disponibilizados no ambiente virtual ou em
ou o professor está
outros ambientes da internet. Você poderá ainda sugerir uma
conectado.
atividade no caderno a ser executada por alunos de vários municípios
em tempo síncrono ou assíncrono.
Saiba também que nesse processo de heutagogia, o caderno
Assíncrono: diz-se da atividade
não é apenas um material escolar, mas, de reforço de identidade
realizada quando não há
universitária.
necessidade de o professor ou O aluno entende que tem a possibilidade de, esforçando-
tutor estar conectado ao
se e seguindo os passos indicados, adquirir conhecimento a respeito de
ambiente virtual ao mesmo
tempo em que qualquer
o aluno estáconteúdo. Em muitos locais onde não há possibilidade de
aulas
acessando presenciais, ele ter em mãos um caderno de curso universitário,
o AVEA.
seja de graduação, pós-graduação ou extensão, pode elevar a
Heutagogia: processo autoestima
segundo o do indivíduo como aluno. O material, assim, quando
qual o aluno é responsável pela
compreendido convenientemente, reforça nele a identidade
sua própria aprendizagem.
universitária e o estimula a persistir e não desistir do curso.
Talvez por não assimilarem todos esses conhecimentos da
proposta de Educação a Distância, em todas essas características, a
experiência do CED mostra que muitos professores iniciantes nesta
modalidade apresentaram dificuldades na sua produção. Assim, antes
de falarmos em como redigir, apresentamos as recomendações para
produção de material didático do CED.

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Guia prático para material impresso
Unidade 2. Elaboração do texto 2. Observações sobre a didática
Duas questões definiram a escolha do texto didático para os
cadernos do CED neste guia. A primeira é o cuidado de, mesmo
mantendo o rigor científico, procurar tornar a informação possível de
ser entendida através de uma linguagem compreensiva. A segunda
refere-se à necessidade de assimilarmos esta realidade: que nem
sempre os alunos conseguem compreender o que os professores
escrevem.
O problema da primeira questão é que o costume em lidar
demasiadamente com textos científicos pode levar o professor a
escrever aquilo que para ele está claro dentro do seu nível de
conhecimento acreditando estar escrevendo um texto didático.
Quando esse texto chega às mãos do aluno, este não o entende por
estar além do seu nível de compreensão.
Nossa experiência no CED nos mostra que, se o autor estiver
ligado ao problema do aluno, com certeza tornará seu texto mais claro,
mais acessível. Isso é possível? Claro que é. Muitos professores
conseguiram aliar o rigor com a clareza. E, ainda, quanto mais o
professor detiver o conhecimento de sua disciplina, mais ele chegará a
torná-la acessível ao seu aluno. Para explicar melhor e fundamentar a
questão do rigor científico, citamos Fontana (2008, p. 2393, grifos nossos)
que afirma:

Não apenas o tópico e a metodologia, mas a


própria linguagem, tornam-se pouco acessíveis
fora da comunidade científica onde se origina.
Além disso, a finalidade do trabalho científico
atém-se mais à descrição e explicação de dados da
realidade, buscando respostas para problemas
identificados, sem preocupação com o ensino.
Por isso, existe a necessidade de
transformação/adaptação do conhecimento
científico “para o âmbito do ensino, conferindo-
lhe o status de saber escolar” É, pois, um
processo necessário, que transforma o texto-fonte
(oral ou escrito) em texto didático.

Se Fontana considera que a metodologia e linguagem científicas


são restritas a um público, Ribeiro e Leal (2010) afirmam que o texto
científico, por produzir e divulgar verdades científicas, não se direciona
apenas à academia e, sim, à humanidade. Seja de que forma for, as
duas perspectivas, de restrição ou amplitude do alcance do texto
científico ao público, são também fatores que deságuam na segunda
questão definidora de nosso tipo de texto: a dificuldade na
compreensão do texto por parte do aluno.
Não discutiremos essa dificuldade na pretensão de resolvê-la,
mas ela também não pode ser ignorada, se quisermos obter resultados
de uma educação a distância com qualidade. Como autor, você deve

24
Guia prático para material impresso
primar por elucidar o conteúdo em um texto didático para que seja Unidade 2. Elaboração do texto

compreendido, pois a realização das atividades e os objetivos a serem


alcançados pelo aluno dependem de uma excelente explicação textual.

3. Características de um texto didático


Ribeiro e Leal (2010) definem:

Os textos didáticos são utilitários, criados com o


intuito de transmitir conhecimento e de maneira a
que todos os leitores, ao final da leitura, cheguem
a uma mesma, específica e única interpretação
(negritos nossos).

Claro que a assertiva acima pode ser criticada, porque um texto


didático, como qualquer texto, leva a uma compreensão nova, para
além de sua denotação. Entretanto, se formos claros, tentando
aproximar a nossa linguagem à do aluno e definindo objetivos claros, a
interpretação poderá se aproximar um pouco da univocidade que
tanto aspiramos.
As autoras caracterizam o texto didático da seguinte forma:
• São impessoais e objetivos;
• Abordam fatos e eventos pretensamente acontecidos;
• Abordam informações científicas ou técnicas consideradas
verdadeiras.

Exemplo de um texto didático ( FAUSTO, Boris apud RIBEIRO e


LEAL, 2010):

A grande marca deixada pelos paulistas na vida


colonial do século XVII foram as bandeiras.
Expedições que reuniam às vezes milhares de
índios lançaram-se pelo sertão, aí passando meses
e às vezes anos, em busca de indígenas a serem
escravizados e metais preciosos. (…) A grande
bandeira de Manuel Preto e Raposo Tavares que
atacou a região de Guaíra em 1629, por exemplo,
era composta de 69 brancos, 900 mamelucos e
2.000 indígenas.

As autoras esclarecem que este texto é didático, pois expõe “um


conteúdo específico da História do Brasil em uma linguagem acessível
aos professores e alunos do ensino médio ou superior e por ser, em
especial, um texto voltado para o processo de ensino-aprendizagem”.
Em síntese, em um texto didático:
• Há conhecimentos fundamentais: as principais abordagens do
assunto;
• Há conteúdos que permitam conhecimento organizado: os
alunos assimilam as informações de forma associada uma às outras,
não há dispersão nem descontinuidade do pensamento entre as ideias;

25
Guia prático para material impresso
Unidade 2. Elaboração do texto • O tema, termo ou assunto é explicado exatamente, com uma
linguagem clara, direta e objetiva, que flui sem prolixidade;
• Os conectivos são usados de forma que uma frase completa a
ideia anterior sem interrupções bruscas;
• As palavras são colocadas de forma que “deslizem” pelo
entendimento do aluno;
• Há ferramentas e informações de como utilizá-las: conteúdos
explicativos e exemplos de como podem ser praticados os exercícios
teóricos ou atividades práticas.
Veja a seguir como trabalhar um texto para a linguagem
didática.

4. Transposição didática
A transposição didática é a adaptação de textos científicos e de
outras fontes para uma linguagem de ensino. Conforme Fontana (2008,
p. 2393, grifo nosso), essa transposição:

[...] corresponde às operações de transformação


de um objeto de estudo, geralmente de natureza
científica, em um objeto de ensino. O trabalho
científico surge em condições de produção muito
distintas do trabalho didático. [...] Mesmo assim, é
um processo bastante complexo, que exige do(a)
professor(a) várias competências.

Este é o nosso trabalho, conforme você leu em negrito na


citação: transformar um objeto de estudo em objeto de ensino. Para
isso, vamos seguir quatro etapas adaptadas das competências
enumeradas por Santos, Pereira e Azevedo (2001, p. 21 apud
FONTANA, 2008, p. 2393):

a) Selecionar os assuntos pertinentes para o ensino;


b) Adequar esses assuntos aos objetivos de ensino;
c) Trabalhar a linguagem textual;
d) Disponibilizar esse conhecimento aos alunos.

Vamos explicar com mais detalhes cada etapa:

a) Seleção dos assuntos


Lembre-se que há um número limite de páginas, e por isso nem
tudo poderá ser escrito e explicado. Você deve escolher os principais
conteúdos de sua disciplina, os conceitos e autores indispensáveis,
fatos importantes, conceitos de fórmulas, enfim, tudo o que os alunos,
imprescindivelmente, devem saber.

b) Adequação desses assuntos aos objetivos de ensino


A Unidade 3 deste guia mostra como deverá ser essa adequação.

26
Guia prático para material impresso
c) Trabalhar a linguagem textual Unidade 2. Elaboração do texto

Talvez seja a etapa mais difícil, mas essa é exatamente a


transposição, ou seja, a partir dos assuntos selecionados, adequá-los
ao estilo didático. Para isso, tenha em mente quatro elementos:
coerência, conectivos, termos de ligação e coesão.
 Coerência – quando você escreve um texto, há uma intenção
Há que se ressaltar que esses
para escrevê-lo; para isso, você se vale de palavras, orações,
encadeamentos se amparam
em elementos sintáticos, masfrases, parágrafos tentando dar-lhe uma conformação e
também em fatores encadeamento lógicos. Isso é a coerência textual. Assim, você
socioculturais os quais devem
ser procurados e respeitados. tem um conjunto de informações que confirmam, negam ou
Por isso, seu texto deve estar esclarecem um argumento, devidamente explicado. A
em consonância com a
linguagem do seu aluno,
coerência deixa seu texto com sentido, o leitor entende o que
respeitando as regras leu e aonde você quer chegar.
gramaticais.

 Conectivos são os elementos gramaticais de ligação em um


texto, evitando que ele seja uma justaposição de palavras ou
frases. Os conectivos podem ser ou preposições (‘de’, ‘para’,
‘com’); podem ser conjunções (‘que’, ‘enquanto’, ‘entretanto’,
‘porém’); pronomes (‘ele’, ‘aquele’, ‘o qual’); locuções
adverbiais e advérbios (‘logo’, ‘ali’, ‘cá’) e outros recursos
linguísticos.

 Outros termos de ligação são palavras ou frases que vão


"emendar" e dar sentido às suas informações. São a ponte
entre uma informação e outra, a posterior informação
complementando a anterior, fazendo o texto fluir de modo a
ser bem entendido, ou seja, o texto fica coerente. Alguns
exemplos:

"Na opinião do autor…",


"De acordo com o matemático…"
"Do ponto de vista didático…,”
"Como caracteriza fulano…",
"Em Sicrano vamos encontrar o seguinte
esclarecimento..."
"Beltrano explicita seus pressupostos, utilizando-se da
seguinte argumentação…".

Obs.: em alguns momentos do texto esses termos de ligação


podem até se constituir em mais de uma frase.

 Coesão é o elo correto entre as informações, conectivos e


termos de ligação, quando o texto consegue ser um todo
integrado. Quando esses elementos são bem selecionados e
devidamente colocados, eles conseguem produzir a tão
esperada coerência do texto. A coerência depende dos
elementos de coesão para que o texto seja bem entendido.

27
Guia prático para material impresso
Unidade 2. Elaboração do texto

O problema é que, no entendimento de alguns autores, o texto


já esclareceu tudo o que se pensou. Detalhes importantes são
omitidos, pois se pensa que o leitor vai captar imediatamente o que o
autor pretendia transmitir. Assim, são criados textos onde uma ideia
passa abruptamente para outra, sem haver uma transição coerente
entre dois pensamentos, embora eles estejam relacionados entre si.
Isso é mais comum do que se imagina. São textos cuja leitura se torna
difícil até para nós, imaginemos, então, a dificuldade dos nossos alunos
para compreenderem esses cadernos!

Exemplo (texto fictício):

Problemas econômicos na Amazônia (título)


A Amazônia é sempre evidenciada mundialmente quando
se fala em desmatamento. As enchentes e as vazantes causam
muitos problemas. O quilo da farinha custa oito reais.

Perceba: o título fala em economia, e há três informações no


período acima. Perguntamos: o que tem a ver o desmatamento, as
cheias e vazantes com a economia? Claro que têm a ver, mas não são
evidenciadas as consequências econômicas dos desmatamentos, das
cheias e das vazantes nem o alto custo da farinha como advindo desse
fenômeno natural. Somente a última frase está claramente relacionada
à economia, mas é uma frase solta. Deve haver algum relacionamento
entre as informações, mas faltam conectivos e termos de ligação para
esclarecer, para existir coerência.
Perceba também que o texto nos dá duas informações
principais: desmatamento e enchentes/vazantes. O quilo da farinha é
só um exemplo de alguma conclusão que ficou sem esclarecimento.
Veja agora o mesmo tema desenvolvido e analisado:
Problemas econômicos na Amazônia
A Amazônia é sempre evidenciada mundialmente quando se
fala em desmatamento, geralmente associado aos lucros das
empresas, que deixam a maioria da população em condições
econômicas e ambientais desfavoráveis, provocadas pela degradação
ambiental, interferindo no trabalho dos pequenos produtores.
Porém, as consequências do desmatamento não são os únicos
problemas econômicos enfrentados pelos moradores da região. As
enchentes e as vazantes são fenômenos naturais preocupantes, que
acarretam consequências tão agravantes quanto o desmatamento,
pois influenciam dramaticamente no bolso do consumidor.
Na época da cheia, por exemplo, grande parte da produção de
farinha, alimento dos mais abundantes, se perde, e o quilo da farinha
chega a custar oito reais. Esse preço é considerado um absurdo pelos
moradores da região.

28
Guia prático para material impresso
Analisando o texto: Unidade 2. Elaboração do texto

Primeira informação:
"A Amazônia é sempre evidenciada mundialmente quando se
fala em desmatamento, geralmente associado aos lucros das
empresas, que deixam a maioria da população em condições
econômicas e ambientais desfavoráveis”.
A primeira informação agora tem complementações que se
associam ao título (problemas econômicos): o desmatamento é
associado aos lucros das empresas, e a população fica afetada
economicamente.
O conectivo e termo de ligação estão na frase "porém
(conectivo de conjunção adversativa), o desmatamento não é o único
problema enfrentado pela região". Esta informação faz a ligação entre
a situação econômica da população às enchentes e vazantes, e dá
sentido ao se mencionar esses dois problemas.

Segunda informação:
"As enchentes e as vazantes são fenômenos naturais
preocupantes, que (conectivo pronome relativo) acarretam
consequências tão agravantes quanto o desmatamento, pois
(conjunção) influenciam dramaticamente no bolso do consumidor."

A conclusão, que não foge ao tema da economia, é o exemplo


do aumento do preço da farinha, cuja produção é prejudicada pela
enchente (viu como uma ideia se liga à outra?):
"Na época da cheia, por exemplo, grande parte da produção de
farinha, alimento dos mais abundantes, se perde, e o quilo da farinha
chega a custar oito reais. Esse preço é considerado um absurdo pelos
moradores da região".

VEJA O ESQUEMA SINTETICAMENTE:


DESMATAMENTO => AFETA ECONOMIA => ALÉM DO
DESMATAMENTO, A CHEIA E VAZANTE TAMBÉM AFETAM A
ECONOMIA => EXEMPLO: PREJUÍZO NA PRODUÇÃO E AUMENTO DE
PREÇOS DE ALIMENTOS.

d) Disponibilizar o conhecimento aos alunos


Após a redação, revisão e versão final do seu texto, ele é
disponibilizado, ou seja, distribuído com os demais cadernos impressos
que compõem o módulo, aos alunos. Ele também é postado, em
formato digital, no ambiente virtual de ensino-aprendizagem, para que
o aluno tenha acesso a ele.

29
Unidade 3 Guia prático para material impresso
Unidade 3. Definindo objetivos e atividades

Definindo objetivos e atividades

1. Objetivos
Como você viu na Unidade 1, os objetivos são elementos pré-
textuais, no entanto eles estão ligados às atividades que você vai
sugerir no texto. Esses objetivos indicam o que o aluno deverá ser
capaz de realizar, após o estudo da disciplina. Mas, o que o seu texto
quer alcançar?
A resposta é: a compreensão exata, por parte do aluno, dos
conteúdos e atividades da disciplina, sendo capazes de exercer
profissionalmente esse aprendizado.
Para que essa compreensão corresponda aos objetivos de
ensino-aprendizagem, você deve ter uma rota certa, e seu texto
deverá ser elaborado de forma a conduzir o aluno rumo a esses
objetivos, sem a preocupação de assuntos paralelos. Portanto:
 Ao sugerir uma atividade, lembre-se de elaborá-la de modo
que o aluno tenha condições, recursos materiais, e possa ser capaz de
cumprir o objetivo proposto para aquela unidade;
 Não aconselhamos que você se dirija ao aluno na terceira
pessoa: “Ao final da disciplina o aluno deverá...”. Converse com o
aluno diretamente: “Ao final da disciplina você deverá...”.
 Não escreva parágrafos introdutórios longos. Seja conciso;
 Os objetivos são numerados.

As atividades, entre outras coisas, podem incluir tarefas onde o


aluno poderá:
 Apresentar as definições dos termos usados na disciplina;
 Apresentar exemplos do assunto explicados didaticamente;
 Demonstrar o conhecimento dos conceitos com atividades
práticas;
 Explicar conceitos.
Exemplo:

Objetivos de ensino-aprendizagem
O estudo desta disciplina permitirá a você:
1. Explicar os conceitos de ........., envolvendo os nomes das
técnicas de ......................., com tendência a ...............................;
2. Definir ................................., comparando cada uma
com ................................e padrão de ..............................;
3. Escolher e aplicar ............................. utilizando o
método ................................
4. Avaliar os........................... considerando os .....................
associadas a todo o processo de......................

30
Guia prático para material impresso
Usamos no exemplo acima alguns verbos que vão ajudar você na Unidade 3. Definindo objetivos e atividades

elaboração dos objetivos e ajustá-los às atividades, de acordo com a


natureza da sua disciplina.
A seguir, apresentaremos uma relação de verbos que, segundo
Grounlund (1975) citado por Teles (2010, p. 84-85), podem ser
utilizados na elaboração de objetivos gerais e específicos.

● objetivos instrucionais gerais:


Analisar – pensar – aplicar – interpretar - apreciar – avaliar -
desempenhar – compreender -usar – localizar – reconhecer –
computar - ouvir – criar – demonstrar - falar - traduzir –
escrever.

● objetivos específicos:
Referente a comportamento de estudo
Pesquisar – preparar – descobrir – categorizar – projetar –
citar - rotular – circular – compilar - acompanhar –
representar – fazer graficamente – planejar - copiar -
localizar – sublinhar – prestar atenção - nomear - selecionar
- registrar –marcar – reproduzir - anotar.
Referente a comportamento criativo
Revisar - parafrasear – mudar – designar – recontar –
sistematizar - generalizar – perguntar – variar - sintetizar -
renomear - questionar - reorganizar – recombinar - reagrupar
reconstruir - prever – reescrever - reordenar – rearrumar -
refrasear - reelaborar – reestruturar – alterar - simplificar.
Referente a comportamento de linguagem
Acentuar – abreviar – duplicar – falar – alfabetizar – assinalar
- ler – pronunciar - verbalizar – colocar – dizer – soletrar -
escrever - articular – pontuar - estabelecer – sumariar –
recitar – editar – separar – narrar - traduzir.
Referente a comportamento matemático
Comparar - contar - calcular - adicionar - dividir - multiplicar
subtrair – tabular - integrar – planejar - extrair – reduzir -
numerar - intercalar - grupar – solucionar - extrapolar -
derivar – medir - estimar – fazer - provar – computar –
verificar.

Referente a comportamento artístico

31
Guia prático para material impresso
Unidade 3. Definindo objetivos e atividades

Harmonizar - pintar - ilustrar - construir - traçar - desenhar -


compor - esculpir - cortar - ornamentar – configurar - edificar
- perfurar - armar - pregar - misturar - fundir - modelar –
forjar - entornar – pontilhar – colorir - combinar – vibrar –
embrulhar – decorar - pressionar – batucar – manobrar -
enrolar – esmagar – arear – girar – alisar – esboçar – entalhar
– serrar - guiar - esfregar – lustrar – colocar.
Referente a comportamento social
Reunir - comunicar - participar - interagir - contribuir - reagir –
permitir - encontrar - conversar - elogiar - argumentar -
aceitar - concordar – permitir - perdoar - discordar - discutir -
ajudar - responder - cooperar - ajudar – convidar.
Verbos variados
Apontar – relatar - tentar - aproximar - abrir – completar -
corrigir - considerar - retirar - adquirir – reparar - repartir -
rasgar - suprir - usar - voltar - fechar – apresentar - produzir -
repetir – manifestar - tocar - designar - determinar – mostrar
– repartir – trabalhar - fazer sentir – levar – incluir – informar
– conduzir – destacar – propor – montar.

Procure orientar seus objetivos, observando as questões a


seguir:

1.1 Como o aluno vai entender esses objetivos?


Imagine-se no lugar do aluno. O texto da atividade deve
possibilitar a proximidade entre o leitor e o conteúdo. Uma linguagem
muito rebuscada ou extremamente técnica pode ser familiar para
você, mas pode ser um problema na aprendizagem do aluno que não
conhece termos acadêmicos, científicos ou técnicos.
Sugerimos o equilíbrio entre o diálogo e o texto científico, de
acordo com as especificidades de cada disciplina. Ou seja, professores
da área das ciências exatas não devem apresentar textos muito
técnicos, frios, e os da área de humanas, ao contrário, procurem
expressar conceitos com exatidão. Você deve ter essa sensibilidade de
aplicar a técnica e o diálogo.

1.2 Com que meios o aluno vai alcançar esses objetivos?


Esta é uma questão muito importante, pois há atividades
impossíveis de serem realizadas, considerando as condições dos

32
Guia prático para material impresso
alunos do interior do Estado do Amazonas, e considerando também Unidade 3. Definindo objetivos e atividades

que o caderno é disponibilizado a outras instituições de ensino de todo


o País. As atividades devem ser possíveis de realização. Alguns lugares
remotos no Amazonas não dispõem de material, infraestrutura ou
condições de acesso a elementos que talvez sejam exigidos por você
para executar a atividade.
Antes de sugerir um filme ou a visita a alguma biblioteca,
procure saber se na cidade do aluno há condições de ele adquirir o
filme ou se há biblioteca para a realização dessa tarefa. Uma sugestão
em caso negativo é colocar no ambiente virtual um link para o filme ou
para um site de alguma biblioteca. Veja mais detalhes sobre as
atividades no item 2 desta Unidade: Atividades.

1.3) Como fixar o que se quer alcançar?


É possível a fixação do que foi entendido com o estímulo à
leitura do caderno, com a prática de exercícios, experimentos e
associações empíricas do estudo com o cotidiano do aluno. Quaisquer
desses elementos podem ser explorados pelo professor, lembrando-se
sempre que há mais duas mídias oferecidas: o AVEA e o vídeo. Assim, é
extremamente necessário que se utilize a linguagem da atividade de
forma explicitamente didática, trabalhada com a linguagem
hipertextual, relacionando o conteúdo impresso com o AVEA e o vídeo
da disciplina.

1.4) Como avaliar o que se quer alcançar?


Levando-se em conta os conteúdos da disciplina, as atividades
integradas, o conteúdo do vídeo e a web, e a participação (feedback)
do aluno convém perguntar sempre: o caderno, o vídeo e o ambiente
virtual contemplam tudo o que os objetivos e as atividades propõem?
O aluno vem correspondendo e interagindo no AVEA de forma regular
e demonstra interesse? Na verdade, a avaliação deve acontecer em
consonância com os objetivos. Estes devem apresentar os critérios que
serão usados para avaliação, exemplo: “ao final da unidade I, o aluno
deverá escrever um texto de uma página, mostrando quais os objetivos
da comunicação, segundo Berlo, apresentando exemplos”.

1.5) Como entrelaçar os objetivos entre si, a outros temas e


entre as várias mídias?
Esta é uma questão de coerência, coesão e linguagem
hipertextual. Ou seja, os conteúdos devem expressar claramente as
conexões entre os objetivos e os respectivos temas tratados em cada
unidade, de modo que o aluno não tenha a impressão de corte
abrupto de assuntos, de texto incompleto ou não condizente com os
objetivos. Da mesma forma, o material impresso deve indicar os
recursos apropriados da web ou do vídeo para cada situação.

33
Guia prático para material impresso
Unidade 3. Definindo objetivos e atividades
2. Atividades
2.1 Atividades integradas
Essas atividades envolvem mais de uma ação e mais de um
recurso para serem realizadas. São executadas no AVEA ou fora dele.
Trata-se de uma sequência de atividades, como, por exemplo, uma
visita a um museu, com relatório de atividades e coleta de dados, que
serão transformados em um artigo, um vídeo, etc..

IMPORTANTE!
As atividades integradas devem ser elaboradas de acordo com a realidade
local do aluno. Lembre, por exemplo, que em alguns lugares:
 Há dificuldades naturais impostas pela região geográfica;
 As condições de acesso do aluno à internet são precárias;
 Há impossibilidade de acesso a alguns materiais, como filmes raros,
material químico, objetos arqueológicos e outros;
 Não existem museus, bibliotecas, laboratórios, orquidários e outros
campos de pesquisa, portanto, não podem ser sugeridas atividades a esses locais.
 Procure conhecer a realidade local do aluno e elabore atividades
coerentes, explicando para que local estão dirigidas estas atividades. 1) Assista ao filme ‘Turistas’,
disponibilizado no Avea, e
pesquise notícias sobre a
Veja ao lado dois exemplos de textos para atividade integrada. O turistas no Brasil.
violência aos
primeiro (1) especifica no próprio caderno a atividade. O segundo (2) é opinativo, de uma
Faça um texto
página, intitulado “Segurança e
um texto padrão, indicado para atividades descritas no Avea, que
turismo”, e poste-o no AVEA.
podem sofrer alterações ao longo da execução da disciplina. Esse
segundo texto orienta o aluno a buscar no Avea a atividade
correspondente ao assunto respectivo.

Ícone das atividades integradas


Há um ícone (figura ao lado) que você deve colocar na coluna de
indexação, imediatamente acima do texto da atividade. Os pequenos
desenhos remetem a algumas das várias formas de recurso que podem
2) Realize as atividades
ser usados, como uma videoconferência, discussão em grupo,integradas
leitura propostas no Avea,
referentes a esta Unidade.
de livros, vídeos, etc.

2.2 Atividade individual


É a atividade que envolve somente uma ação, executada no
AVEA ou fora dele. Pode ser um resumo de um texto, um artigo, um
vídeo, o desenvolvimento de uma fórmula, uma atividade prática
(tocar uma música, fazer um exercício físico, pintar um quadro) etc.

Ícone das atividades individuais


Há um ícone (figura ao lado) que você deve colocar na coluna de
indexação, imediatamente acima do texto da atividade.

2.3 Fórum
É uma ferramenta (recurso) de discussão online realizada
exclusivamente no Avea, na qual a turma debate o assunto
determinado pelo professor ministrante. Não iremos detalhar aqui

34
Guia prático para material impresso
como se cria o fórum, pois este detalhamento está incluído na Unidade 3. Definindo objetivos e atividades

disciplina Transposições Didáticas para a Mídia Web.

Exemplos de textos colocados diretamente no Avea para o Fórum


“Depois de assistir ao filme ‘Turistas’, disponibilizado aqui no
Avea, e pesquisar na Internet ou em jornais notícias sobre a violência
aos turistas, vamos debater neste Fórum a imagem do Brasil segundo
os estrangeiros”.

Como incluir no caderno uma indicação para o Fórum


Há um ícone (figura ao lado) e um texto padrão para o Fórum.

Texto padrão:

Vá ao ambiente virtual e participe do Fórum desta Unidade.

Nota:
 Este texto padrão é escrito após o texto da atividade integrada,
no final da Unidade.
 O texto especificando o assunto da discussão do Fórum deve
ser escrito no Avea.
 O Fórum tem característica assíncrona, ou seja, os alunos não
precisam participar todos ao mesmo tempo da discussão, mas
deve ser estabelecida uma data limite para a participação.
 Cada Unidade deverá ter uma atividade e um fórum.

3. Observações importantes sobre as atividades

As constantes inovações nas ciências, tecnologia e nas áreas


de estudo implicam em mudanças nos conteúdos a serem
apreendidos pelos alunos. Trata-se de um dinamismo que traz, a
qualquer momento, alterações nas formas de ensino-
aprendizagem e nas formas de realizar atividades. Por exemplo,
um assunto da área de Administração se aprende realizando
determinado tipo de atividades. Porém, daqui a uns seis meses, o
assunto pode sofrer alterações, que requerem outras atividades
para serem eficazmente assimilados. Exemplo, quando o curso de
Administração foi iniciado não havia a ponte do Rio Negro, as
balsas funcionavam mal e a logística do transporte de tijolos
dificultavam a entrega do produto. Hoje o cenário é outro. Por
esses motivos, observe que:
 No Avea as informações podem ser alteradas de acordo com a
contextualização e atualização de conteúdos da disciplina, mas
deve manter as conexões com o caderno impresso,
informando-se quais assuntos apresentam alguma novidade.

35
Guia prático para material impresso
Unidade 3. Definindo objetivos e atividades
 Uma informação registrada em material impresso possui vida
longa. Logicamente, estas características não permitem que
sejam feitas alterações rápidas nesse material, ou seja, é
impossível literalmente apagar e reescrever uma informação
naquela edição do caderno. Será preciso todo o processo de
atualização e reedição.
 Mesmo que não haja mudanças significativas de conteúdos a
serem ensinados, não podemos descartar o surgimento de
formas inovadoras de se realizar atividades.
 Os cadernos são disponibilizados na Internet no sistema
SisUAB para utilização por instituições de ensino de outras
regiões do país. Isso implica no fato de que uma atividade seja
inadequada à realidade de determinada região. Este é mais um
motivo pelo qual seja preferível as atividades serem somente
detalhadas no Avea.

36
Guia prático para material impresso
Unidade 4. Normas ABNT
Unidade 4
Normas ABNT

1. Referências (orientação para elaboração de referências


conforme ABNT, NBR 6023)
As referências são a lista de fontes que você consultou para
fazer seu caderno.
Devem constar em uma única lista no final do documento, em
ordem alfabética. Inicie com o sobrenome do autor(es) ou título da
obra, de referências utilizadas no decorrer da pesquisa citadas direta
ou indiretamente no texto.
As referências são alinhadas à margem esquerda do texto,
separadas entre si por dois espaços de 1,5. Siga sempre a NBR 6023.

1.1 Livros
A sequência dos elementos na referência de livros é esta:
Autor(es).Título. Edição. Local: editora, ano.
 Exemplos com uma, duas, três e mais de três autorias:
DAMIÃO, Regina Toledo; HENRIQUES, Antônio. Curso de Direito
Jurídico. São Paulo: Atlas, 1995.
PENNA, C. V.; FOSKETT, D. J.; SEWELL,P.H. Serviços de informação e
biblioteca: um manual para planejadores. São Paulo: Pioneira, 1979.
238p.
FRANÇA, J. L. et al. Manual para normalização de publicações técnico-
científicas. 6.ed. rev. e amp. Belo horizonte: UFMG, 2003.
 Exemplos de obras de vários autores, quando houver indicação
explícita de responsabilidade do conjunto:
1. FERREIRA, A. S.(Coord.). O fonoaudiólogo e a escola. São Paulo:
Summus, 1991.
2. FERREIRA, S.M.S.P.; TARGINO, M. G.(Org.). Preparação de revistas
científicas: teoria e prática. São Paulo: Reichamann & Autores, 2005.
 Exemplo de referência em meios eletrônicos:
KURAMOTO, Hélio. Uma abordagem alternativa para o tratamento e a
recuperação da informação textual: os sintagmas nominais. Ciência da
Informação, Brasília, v.25, n.2, 1996. Disponível em:
http://www.ibict.br/ cionline/250296/25029605.pdf. Acesso em: 16
jun.2006.

37
Guia prático para material impresso
Unidade 4. Normas ABNT 1.2 Videos
Elementos: Título. Diretor. Produtor. Local: Produtora, data.
Especificação do suporte em unidades físicas.
Exemplo:
OS PERIGOS do uso de tóxicos. Produção de Jorge Ramos de Andrade.
Coordenação de Maria Izabel Azevedo. São Paulo: CERAVI, 1983. 1
videocassete (30 min), VHS, son., color.

1.3 Documentos iconográficos


Inclui pintura, gravura, ilustração, fotografia, desenho técnico,
diapositivo, material estereográfico, transparência, cartaz entre outros.

Elementos essenciais: autor, título (quando não existir, deve-se


atribuir uma denominação ou a indicação Sem título, entre colchetes),
data e especificação do suporte.

 Fotografias. Exemplos:

KOBAYASHI, K. Doença dos xavantes. 1980. 1 fotografia, color., 16 cm


x 56 cm.

FRAIPONT, E. Amilcar II. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 30 nov. 1998.


Caderno 2, Visuais. p. D2. 1 fotografia, p&b. Foto apresentada no
Projeto ABRA/Coca-cola.

 Figuras extraídas de arquivo de computador

VASO. TIFF. 1999. Altura: 1083 pixels. Largura: 827 pixels. 300 dpi. 32
BIT CMYK. 3.5 Mb. Formato TIFF bitmap. Compactado. Disponível em:
<C:\Carol\VASO.TIFF>. Acesso em: 28 out. 1999.

 Fotografias extraídas de arquivo de CD-ROM

ESTAÇÃO da Cia. Paulista com locomotiva elétrica e linhas de bitola


larga. 1 fotografia, p&b. In: LOPES, Eduardo Luiz Veiga. Memória
fotográfica de Araraquara. Araraquara: Prefeitura do Município de
Araraquara, 1999. 1 CD-ROM.

 Fotografias extraídas da Internet

STOCKDALE, René. When’s recess? [2002?]. 1 fotografia, color.


Disponível em:
<http://www.webshots.com/g/d2002/1-nw/20255.html>. Acesso em:
13 jan. 2001.

38
2. Citações (orientação para elaboração de citações conforme
ABNT, NBR 10520)
As citações em um texto podem ser da seguinte forma:
2.1 Citação direta até três linhas no texto deve estar contida entre
aspas duplas. Exemplo:
Botelho (2001, p.20) diz que “[...] a informação todos devem ter
acesso”.

2.2 Citação direta com mais de três linhas no texto


Deve ter um recuo de 4 cm da margem esquerda com a letra
menor que a do texto (corpo 10), espaçamento simples e sem aspas.
Exemplo:

A teleconferência permite ao indivíduo participar


de um encontro [...] local de origem. Tipos
comuns de teleconferência incluem o uso de
televisão, telefone [...] que pode ser emitido em
um salão de qualquer dimensão (NICHOLS, 1993,
p.181).

2.3 Citação indireta. Exemplo:


Segundo Carrière (1995) nos anos 70, ainda na Argélia, cineastas e
médicos fizeram um documentário educacional sobre uma doença dos
olhos que se espalhava por uma das províncias centrais do país.

2.4 Citação de citação. Exemplo:


Segundo Silva (1983 apud ABREU, 1999, p. 3) “[...] o homem é
importante [...]”.

2.5 Ao enfatizar trechos da citação


Deve-se destacá-los indicando esta alteração com a expressão “grifo
nosso” e/ou “grifo do autor”. Exemplo:
[...] para que não tenha lugar a produção de degenerados, quer
physicos, quer morais [...]” (SOLTO, 1916, p.46, grifo nosso).

2.6 Citação que inclui texto traduzido. Exemplo:


“Ao fazê-lo pode estar envolto em culpa, perversão, ódio de si mesmo
[...]” (RAHNER, 1962, v. 4, p. 463, tradução nossa).

OBS.: Os colchetes nas citações indicam supressões.

39
APÊNDICES
Guia prático para material impresso
Apêndices

Recomendações para produção de material didático


do CED

A produção de um caderno não é feita aleatoriamente, há


Design instrucional é ação que
recomendações segundo o processo de design instrucional queenvolve
defineo planejamento, o
desenvolvimento
os aspectos do conteúdo, da aparência e da aplicação dos materiais, e a utilização
de métodos, técnicas,
não somente dos cadernos, lembrando que todas as mídias são materiais, eventos
atividades,
interdependentes. e produtos educacionais em
situações didáticas específicas,
O objetivo das recomendações é fundamentar teoricamente e
para facilitar a aprendizagem.
situar o autor do material na concepção, execução e avaliação do
produto. Essas recomendações estão mostradas no quadro 1 (abaixo) e
detalhadas em seguida.

Teorizar a respeito do trabalho

Atentar para qualidade e coerência com a EaD

Desenvolver estratégias de avaliação

Considerar as interações entre as mídias e os


agentes envolvidos

Compreender as rotinas dos envolvidos no


processo de produção para poder respeitá-las

Estabelecer interação entre as mídias:


texto, vídeo e web

Reelaborar as diretrizes conceituais e


metodológicas.

Quadro 1 - Recomendações para identidade de um sistema EaD.


Fonte: Universidade Federal do Amazonas, 2007, p. 12.

Veremos agora detalhadamente cada item do quadro.

a) Teorizar a respeito do trabalho


Este item se refere tanto ao conhecimento das teorias
relacionadas à disciplina a ser trabalhada pelo professor autor, quanto
às teorias relacionadas a EaD.

44
Guia prático para material impresso
Quanto as teorias de EaD, faremos um breve comentário sobre a Apêndices

teoria da distância transacional.


Segundo Grof et al (s. d., p. 1), as teorias do Ensino a Distância
são:
- Teoria da Industrialização (Peters), que dá a perspectiva de
industrialização do ensino a distância;
- Teoria da autonomia e independência (Wedemeyer), que fala
sobre a independência, a distância e a relevância dessa independência
para o sucesso do aluno;
- Teoria da distância transacional (Michael Moore), Esta teoria
Michael G. Moore é
pioneiro em EaD, versa
e Ph.D. sobre uma questão muito importante no aproveitamento do
reconhecido pelo seu O seu autor, Michael G. Moore, a apresentou em 1972, quando
aluno.
trabalho na conceituação e
foi chamada “Teoria da Autonomia do Aluno - a segunda dimensão da
no desenvolvimento da
aprendizagem independente”.
Educação a Distância.
Nesta teoria afirma-se que EaD não é apenas a separação
geográfica entre alunos e professores, mas um conceito pedagógico
que descreve as relações professor-aluno que se dão quando estes
estão separados no espaço e ou no tempo (In: Keegan, 1993).
Segundo Grof et al (s.d., p.1):

[...] Michael Moore (1993) diferencia a distância


transaccional da distância geográfica, referindo-
se-lhe da seguinte forma: ‘A transacção a que
chamamos Ensino a Distância ocorre entre
indivíduos, mestres e aprendentes, num ambiente
que possui característica especial de ambos
estarem separados um do outro. Esta separação
física conduz a lacunas de ordem psicológica e
comunicacional originando frequentemente um
espaço potencial para a existência de situações de
ruído na comunicação professor-aluno’.

O que significam essas lacunas e ruídos? Moore aborda a Teoria


da distância transacional explicando que a separação entre alunos e
professores cria um “espaço de potenciais mal-entendidos entre as
intervenções do instrutor e as do aluno” (2002, p.2), ou seja, entre
outros fatores, há falhas na transmissão, forma e conteúdo do ensino,
bem como na forma de receber esse conteúdo. Moore observa que
esta não é uma característica exclusiva da EaD, pois “em qualquer
programa educacional, mesmo na educação presencial, existe alguma
distância transacional”.
Moore também aponta três elementos a serem observados na
distancia transacional que, em trabalhados, atenuam os percalços do
distanciamento transacional: a) o diálogo entre professores e alunos;
b) a estrutura dos meios de comunicação, dos programas e dos
processos educacionais, c) a autonomia do aluno (Moore apud ABED,
2002, p. 3-8).

45
Guia prático para material impresso
Apêndices Neste manual não temos espaço nem tempo para nos
aprofundarmos sobre mais teorias de EaD, mas mencionamos três
autores brasileiros os quais podem ser indicados, além de Moore,
como pontos de partida para um estudo mais fundamentado. O
primeiro, Marcos Formiga, relaciona a EaD às tecnologias de
informação e comunicação (TICs):

A EAD está intrinsecamente ligada às TICs por se


Marcos Formiga é pós-graduado
constituir setor altamente dinâmico e pródigo em
em economia pela UFPE, Honorary
inovação, que transforma, moderniza e faz
fellow e diplomado pela
caducar termos técnicos e expressões linguísticas
Universidade de Londres. Ocupou
em velocidade alucinante. A sociedade da do MEC e no
cargos de direção
informação e do conhecimento reflete-se na EAD
Ministério da Integração Nacional.
pela apropriação célere dos conceitos e
É professor pesquisador do
inovações, que moldam a mídia e seLaboratório
refletem nade Estudos do Futuro
própria EAD (2008, p. 39). da UnB e assessor especial da CNI-
SENAI-DN.

A segunda, Andrea Filatro, destaca três perspectivas teóricas


identificadas como:

Andrea Filatro é doutora e


mestra em educação pela USP.
É autora das obras Design
 A perspectiva associacionista, que considera
aprendizagem como mudançaInstrucional
de Contextualizado e
comportamento. Design Instrucional na Prática,
além de obras didáticas
 A perspectiva cognitiva (e aqui se incluem as
publicadas pelas Editoras
teorias construtivistas e socioconstrutivistas), que
Scipione e FTD.
vê a aprendizagem como alcance da
compreensão.
 A perspectiva situada, que entende cada uma
dessas perspectivas em termos de fundamentos
teóricos e implicações para a aprendizagem, o
ensino e a avaliação (2008, p. 96, grifos originais).

Dessas perspectivas, enfatizamos a cognitiva, por se tratar do


alcance exato da compreensão da disciplina por parte do aluno, como Almeida é pós-
Maria Elizabeth
doutora pela Universidade do
veremos mais adiante. Minho. Tem experiência na área de
A terceira autora, Maria Elizabeth Almeida, falando sobre
Educação, com ênfase em
teorias aplicadas em EaD, explica um dos termos trabalhados,e Formação
Tecnologia a de
Educadores.
heutagogia: “o conceito de heutagogia (heuta – auto, próprio – e
agogus – guiar) surge como o estudo da auto-aprendizagem na
perspectiva do conhecimento compartilhado” (2008, p. 107).
Destacamos também a heutagogia por se referir a um processo
bem característico de EaD, no qual o aluno é o grande responsável pela
sua aprendizagem, determinando quando e como a aprendizagem
ocorre. Consequentemente é importante saber trabalhar a
interatividade com este “educador-educando” por meio das mídias
adotadas (cadernos, ferramentas do ambiente virtual de ensino-
aprendizagem – Avea e vídeo).

46
Guia prático para material impresso
Essa interatividade reforça o processo de aprendizagem do Apêndices

educando e deve estimulá-lo a continuar na busca do seu


conhecimento. Segundo Silva e Santos:

[...] o professor online constrói uma rede e não


uma rota. Ele define um conjunto de territórios a
explorar, enquanto a aprendizagem se dá na
exploração - ter experiência – realizada pelos
aprendizes e não a partir de sua récita. Isto
significando, portanto, modificação radical em sua
autoria em sala de aula online. O professor não se
posiciona como detentor do monopólio do saber,
mas como aquele que dispõe teias, cria
possibilidades de envolvimento, oferece ocasião
de engendramentos, de agenciamentos e estimula
a intervenção dos aprendizes como co-autores da
aprendizagem (2003, p. 55).

Podemos inferir, a partir da citação, que o uso das metodologias


não presenciais não significa somente adaptar as metodologias de sala
de aula. O professor deve saber estimular o aluno a ser co-autor na
própria aprendizagem.
Sugerimos ao professor autor a leitura do livro: “Educação a
distância: o estado da arte” (LITTO; FORMIGA, 2008). O livro traz, entre
outros temas, artigos sobre a história da EaD no Brasil e no mundo,
aprendizagem por novas tecnologias, os conceitos de andragogia e
heutagogia e a avaliação dos agentes envolvidos nessa modalidade de
ensino.

b) Atentar para qualidade e coerência com EaD


A qualidade está relacionada a todas as etapas do processo de
produção do material didático, do design pedagógico à avaliação do
curso. Destacamos aqui alguns itens para um bom desenvolvimento da
disciplina:
 O texto deve estar bem elaborado em forma de hipertexto
entre as mídias.
 A dinâmica da disciplina deve permitir a interatividade com o
tutor, professor e colegas.
 As atividades devem ser bem explicadas.
 O tutor deve manter constante contato com os alunos, dando
retorno sobre as atividades executadas, a fim de evitar as lacunas e
ruídos de comunicação do distanciamento transacional e permitir o
acompanhamento do desenvolvimento do aluno, até sua avaliação.
Coerência: as atividades devem estar de acordo com a realidade
do aluno e com as condições da instituição nas ações de modalidade
EaD. Para se conseguir essa coerência, as transposições didáticas do
ensino presencial para o online observam pelo menos os seguintes
requisitos:

47
Guia prático para material impresso
Apêndices  A distância, extensão e diversidade geográfica.
Algumas atividades sugeridas pelo professor podem não ser
fáceis, ou até mesmo impossíveis de se realizar, conforme a região e
condições locais onde vive o aluno. O professor deve conhecer essa
realidade para adequar a atividade ao ambiente do aluno.
 Os vários contextos socioculturais do lugar;
 As condições de meios de comunicação;
 As condições de transporte;
 Tipos e condições de equipamentos;
 Recursos humanos.
 Questões burocráticas;
 Situações de risco. Francisco Antonio Pereira
Fialho é doutor em Engenharia
de Produção pela Universidade
Por esses e outros fatores, o professor Francisco Fialho, da
Federal de Santa Catarina
Universidade Federal de Santa Catarina, na entrevista intitulada
(1994). Tem experiência na área
de Engenharia e Gestão do
Possibilidades de uma educação transformadora, na revista eletrônica
Conhecimento. Atua com
Dialógica, observa que: mídias do conhecimento, eco-
ergonomia e ergonomia
cognitiva.

Há lugares onde só se vai chegar com a educação


a distância. E não precisa ser na Amazônia.
Imagine a periferia do Rio de Janeiro, [...], ou São
Paulo, onde o professor não vai poder mais entrar
por causa da violência, mas poderá estar
virtualmente presente e possibilitar, como diz
Paulo Freire, a transformação da realidade
(GOMES, 2008).

Considerando esta observação, a compreensão da dinâmica do


processo de EaD permitirá a você notar a importância dessa
modalidade de ensino para o desenvolvimento individual do aluno e o
coletivo de uma região. Uma vez que os cadernos deverão ser
disponibilizados online para possíveis aproveitamentos por IFES
(Instituições Federais de Ensino Superior) de outras regiões do país, a
qualidade do material deve ser excelente, tanto no aspecto didático-
pedagógico, quanto no logístico e aos termos usados nas tecnologias
da informação e comunicação (TIC). E mesmo que o material não fosse
disponibilizado a outras IFES, primar pela sua qualidade é um dever de
todos nós. Ymiracy Nascimento de Souza Polak
é pós-doutora em EAD pelo Institute
of Edcation, London University. Tem
c) Desenvolver estratégias de avaliação experiência nas áreas de Saúde e
Essas estratégias se relacionam à avaliação da produção
Educação, comdoênfase em ensino e
no uso de mídias em educação. Atua
professor autor e do desempenho dos alunos de graduação na
principalmente com educação a
modalidade EaD. No entanto, bem mais abrangente quedistância,
verificar o
enfermagem, gestão
educacional.
grau de aprendizagem, o cenário configurado pelas novas tecnologias
suscita novas perspectivas de avaliação. Conforme Ymiraci Polak:

48
Guia prático para material impresso
[...] a avaliação do aprendiz, tanto na EaD quanto Apêndices
também no ensino presencial, deve ser
instrumento de apoio e de contínua motivação
necessária ao processo de construção do
conhecimento. A avaliação nesse cenário deixa de
ser um termômetro para aferir o grau de
conhecimento do aluno e passa a ser um
instrumento para modificação de práticas,
redefinição de estratégias de aprendizagens, re-
planejamento de metas e objetivos, além de ser,
também, um instrumento de inclusão, e não mais
classificatório, restritivo e, muitas vezes, punitivo
(2008, p. 153).

Então, de acordo com a citação, pode-se concluir que a avaliação


não mede apenas o desenvolvimento dos agentes quanto ao conteúdo
e participação, mas também verifica as necessidades de melhoria de
todo o processo de ensino-aprendizagem, extraindo dessas situações
possíveis avanços.
Quanto à avaliação propriamente dita do material impresso do
professor autor, são observados como requisitos primordiais: a
linguagem dialógica nos textos, a observância dos elementos gráficos
e o cumprimento dos prazos para realização das tarefas. Cada um
desses elementos será detalhado nas aulas seguintes.

A nota final e a entrega de certificados ou declarações de


conclusão do texto impresso só serão efetuadas após a entrega do
trabalho final, pelo revisor final, ao núcleo de design do CED,
juntamente com o check list apresentado ao final deste guia
complementar.

A produção dos alunos deve ser avaliada pelo professor autor,


levando-se em conta as atividades integradas do conteúdo impresso
com o vídeo e a web. A fim de garantir uma avaliação de qualidade, o
professor deve exercitar o uso de todas as ferramentas disponíveis
para a execução das tarefas pelo aluno, como veremos no item a
seguir.

d) Considerar as interações entre as mídias e os agentes envolvidos


Se a motivação é importante para manter o interesse do aluno
pelo material impresso, o mesmo se diz em relação ao vídeo e web.
Para isso, você será instruído a produzir o material impresso, o roteiro
de vídeo e as atividades a serem postadas no ambiente virtual de
aprendizagem, de forma que o aluno se familiarize com esses meios e
a interatividade possa ser autoestimulada. Conforme o professor
Francisco Fialho, é preciso saber que:

49
Guia prático para material impresso
Apêndices

[...] deve haver um mix de educação presencial,


vídeo conferência, Internet. As várias ferramentas
devem ser dosadas “homeopaticamente”. Cada
realidade deve ter um mix diferente. Acredito que
teremos no futuro profissionais que dirão, por
exemplo: “para tal situação a mistura ideal é 90
por cento de internet, 10 por cento a distância, 1
por cento presencial”. Isso é uma arte que
precisamos trabalhar formando profissionais
especializados em utilizar as mídias tecnológicas.
Tudo isso é uma possibilidade de uma educação
transformadora (GOMES, 2008).

Portanto, é imprescindível saber como utilizar os recursos


disponíveis para ministrar sua disciplina, conforme a realidade de cada
caso. A EaD segue parâmetros e metodologia próprios, e para o
processo ter êxito, é preciso que professor e aluno sigam todos os
passos, que o educador tenha um compromisso em proporcionar
material adequado, com linguagem clara e consistente, e o aluno
dedique tempo para planejar e escolher sua metodologia e horário
para adquirir o conhecimento necessário no curso a distância.

e) Compreender as rotinas dos envolvidos no processo de produção


para poder respeitá-las
O acompanhamento e avaliação das produções, tanto do texto
quanto do vídeo e web, são feitos ao longo do curso pelos ministrantes
e tutores indicados pelo CED. Para cada mídia utilizada nos cursos de
EaD do CED há ministrantes, tutores, encontros presenciais e
acompanhamento específicos, que obedecem a um fluxo de produção.
O professor autor é primeiramente orientado pelos ministrantes
dos encontros presenciais do curso de Pós-graduação em produção de
material didático para EaD. Por isso, é imprescindível a frequência nos
presenciais.
O envio do texto da disciplina deve seguir o calendário do Curso
e ser periodicamente enviado por meio do ambiente virtual ao revisor
de linguagem EaD e revisor de normas ABNT, que sugerem as
alterações a serem feitas pelo autor. Após todas as revisões previstas,
o texto é entregue pelo revisor final, com uma cópia em CD e outra
impressa, para diagramação.

f) Estabelecer interação entre as mídias: texto, vídeo e web


A partir do material impresso, serão estruturados os demais
materiais, como vídeos e web. Assim, o professor-autor já deve elencar
os objetivos a ser atingidos por meio do vídeo, do ambiente virtual de
aprendizagem e das atividades escritas explicando os passos dessa

50
Guia prático para material impresso
atividade sistemática, visando à aprendizagem e a interação entre as Apêndices

mídias.
Apesar de os conteúdos disciplinares poderem contar com
recursos como o vídeo e a web, eles deverão ser apresentados de
forma interessante, estabelecendo relações firmes entre conteúdo e
forma direcionados pelos cadernos.

g) Reelaborar as diretrizes conceituais e metodológicas


Esta reelaboração é de competência do corpo de direção e
coordenação do CED, que segue as diretrizes do Ministério de
Educação. As disciplinas, ementas, conteúdos programáticos dos
cursos são criados, implantados e desenvolvidos conforme estipulado
nos respectivos projetos pedagógicos, que devem ser aprovados pelo
MEC.

Fluxo da produção dos conteúdos para material impresso

Mostraremos agora o caminho de produção do caderno, desde a


criação até a publicação, e a importância na observação dos prazos
estipulados para essa produção.

O professor-autor deverá ter o cuidado de, na redação nos


moldes de EaD, considerar o tempo e as etapas desde a criação do
texto até a publicação. Um elemento sério a ser respeitado é o prazo
acordado entre os revisores e autores, para troca de versões do texto e
entrega do material finalizado.
Um trabalho bem executado junto aos revisores de EaD e de
ABNT evitará atrasos e perdas de conteúdo no meio do processo, e
poderá evitar até mesmo inconvenientes de reajustes de cronogramas
de aulas e de envio do seu texto aos polos. Por isso, autor e tutores
devem sempre estar em contato e em acordo de opiniões quantos aos
ajustes da linguagem EaD.
Os prazos devem ser respeitados, pois o texto percorre um
trajeto entremeado de fases as quais não podem ser interrompidas,
nem intercaladas, a fim de se obter um material de qualidade que uma
instituição de ensino superior requer. Listamos a seguir esse trajeto,
para conhecimento da importância na rigidez dos prazos.
1) O autor inicia a redação do texto;
2) O tutor do caderno impresso faz as revisões de texto e
orienta o autor na linguagem EaD. Essa etapa pode (e em alguns casos,
deve) ocorrer mais de uma vez, dependendo do nível de satisfação dos
ajustes;
3) Uma vez completada a revisão, o material é adaptado às
normas da ABNT. O tutor de ABNT mantém contato com o autor, o
qual procederá aos reajustes nesta etapa até ser finalizada;

51
Guia prático para material impresso
Apêndices 4) Após as revisões de linguagem EaD e de ABNT, o texto é
enviado, nas versões impressa (em Word) e digital, ao coordenador de Unidade 4
O fluxo da
revisão, que dará o aval para diagramação. Veja a seguir os dois ícones produção dos
conteúdos para
que você deverá utilizar como orientação para os diagramadores. material
impresso
5) Depois da diagramação, é impressa a boneca do caderno, na
qual estarão incluídas outras disciplinas. É importante que a entrega do
material das disciplinas correspondentes a um mesmo módulo seja
feita em datas próximas umas das outras, para que um material não
fique por muito tempo aguardando outros impressos, nem ocorram
atrasos na solicitação do ISBN à Biblioteca Nacional e de envio da
versão final à gráfica. Com a boneca pronta, é feita a solicitação de
ISBN.
6) O material completo é enviado à direção do CED, para
conhecimento da versão final e aprovação para envio à gráfica;
7) O material é enviado para impressão na gráfica;
8) O material é enviado aos polos.
9) O material é enviado ao Sistema Sisuab, do MEC, para
disponibilidade na Internet.
Como se percebe, são muitas as etapas a serem transcorridas. E
esse processo não termina na entrega do material impresso ao final do
curso de Pós-Graduação.
Como observamos no início da unidade 2, desejamos alcançar a
perfeita compreensão por parte dos alunos dos cursos de graduação,
para que se obtenham resultados satisfatórios na execução das
atividades propostas. Isso implica em se seguir rigorosamente os
passos mostrados aqui. Mas, não se assuste em pensar como decorar
todos esses procedimentos. Para que você tenha certeza de que
preencheu cuidadosamente todos os itens, elaboramos um check list,
reproduzido a seguir, a ser utilizado pelo professor autor e pelo revisor. O
check list deve ser entregue no formato impresso ao revisor final
juntamente com o caderno finalizado. O caderno deve ser entregue nas
versões impressa e digital.

52
Transposições didáticas
Guia prático para
material impresso
CHECK LIST PARA PRODUÇÃO DE CADERNOS DO CED para mídia impressa

Caderno:_____________________________________________________________
Autor:_______________________________________________________________
Revisor:______________________________________________________________
Data revisão: ____ /____ /_____
1) Itens do guia de produção:
a. Nome da disciplina e autor ___ sim ___não.
b. Sumário___ sim ___não.
c. Palavras do professor autor___ sim ___não.
d. Introdução___ sim ___não.
e. Orientações para estudo___ sim ___não.
f. Ementa de acordo com AVEA ___ sim ___não.
g. Objetivos de ensino-aprendizagem___ sim ___não.
h. Unidades___ sim ___não.
i. Síntese das unidades___ sim ___não.
j. Atividades___ sim ___não.
k. Referências___ sim ___não.
l. Glossário___ sim ___não.
m. Currículo do professor___ sim ___não.
2) Ortografia correta. ___ sim ___não.
3) Texto didático. ___ sim ___não.
4) Definições satisfatórias dos assuntos. ___sim ___não.
5) O texto dialoga como leitor. ___ sim ___não.
6) Parágrafos em sequência lógica. ___ sim ___não.
7) Coerência textual. ___ sim ___não.
8) Conteúdo (definições, objetivos, datas históricas etc.)
coerente. ___sim ___não.
9) Ideias dos autores expostas de maneira clara. ___ sim ___não.
10) Texto comparado com outras fontes ___ sim ___não.

SOBRE IMAGENS
11) Texto corresponde à imagem ou vice-versa. ___ sim ___não.
12) Imagens, tabelas, quadros e fórmulas corretas. ___ sim
___não.
13) Numeração das imagens em sequência. ___ sim ___não.
14) Título da imagem ___sim ___ não.
Guia prático para material impresso
Apêndices 15) Fonte das imagens corretas: sobrenome do autor (caixa baixa),
ano (entre parênteses), página (se for o caso). ___ sim ___não.

REFERÊNCIAS
16) Textos de outros autores estão referenciados ___ sim ___não.
17) Autores citados no texto se encontram na lista de referências.
___ sim ___não.
18) Datas referidas em citações do texto correspondem à data na
lista de referências. ___ sim ___não.
19) Fonte das citações corretas: autor, ano, página. ____ sim
___não.

GLOSSÁRIO
20) Quantidade de verbetes aceitável. ____ sim ____ não.
21) Palavras do glossário estão no texto com a cor respectiva do
curso: administração (azul), Artes Plásticas (vermelho),
Agrárias (verde) e Educação Física (mostarda) ___ sim ___não.
22) Somente significados de palavras (não de siglas nem
biografias)___ sim ___não.

ATIVIDADES
23) Atividades possíveis de serem realizadas. ___ sim ___não.
24) Atividades coerentes com o conteúdo. ___ sim ___não.
25) Atividades correspondem ao texto da página. ___ sim ___não.
26) Textos das atividades pequenos. ___ sim ___não.
27) Ícones das atividades corretos. ___ sim ___não.

________________________ __ _________________________
Professor autor Tutor de impresso

IMPORTANTE: o caderno somente será finalizado quando todos os itens listados


forem considerados satisfatórios, para obtenção de ISBN e de nota nesta disciplina
do curso de pós-graduação. Faça tantas cópias do check list quantas forem
necessárias. Tendo-o sempre em mãos quando estiver trabalhando no seu texto,
diminuirá o risco de esquecer algum item do processo de redação.

54
Guia prático para material impresso
Referências Apêndices

ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini. As teorias principais da


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RIBEIRO, Denise; LEAL, Mara Lucia. Textos - perspectivas de gêneros. In
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http://linguaportugesaeliteratura.blogspot.
com.br/2010/03/textos-perspectivas-de-generos-1.html. Acesso em:
10 jan. 2013.
Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais.
Subsecretaria de Trabalho, Emprego e Renda – SUBTER. Elaboração de
material didático impresso - orientações aos autores. 2009. Disponível em
http://www.social.mg.gov.br/documentos/Subsecretaria_Trabalho_Emprego_Renda/
Economia_popular_solidaria/material_didatico.pdf. Acesso em: 10 jan. 2013.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS. Pró-reitoria de Ensino de
Graduação. Centro de Educação a Distância. Guia de referência para
produção de material didático em educação a distância. Organizado
por Zeina Rebouças Corrêa Thomé. Manaus: EDUA, 2007.

Currículo do autor
Eduardo de Castro Gomes é mestre em Educação e graduado em
Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade
Federal do Amazonas (Ufam). É professor do Centro de Educação a
Distância da Ufam, onde já ocupou o cargo de Diretor em exercício por
oito vezes. Atuou como professor de graduação na área de
Comunicação e de especialização. Ministrou sobre estrutura de
diagramação de material impresso para EaD, no 2º Curso de Pós-
graduação Lato-Sensu de produção de material didático para educação
a distância (Ufam). Tem experiência na área de design gráfico,
editoração gráfica, webdesign, ambiente virtual Moodle e ferramentas
de suporte de comunicação para educação a distância.

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