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Plano de Aula, Programa de Ensino,

Pesquisa, Projecto de Pesquisa e


suas etapa
Introdução
O presente trabalho aborda sobre as componentes de: “Plano de Aula, Programa de
Ensino, Pesquisa, Projecto de Pesquisa e suas etapas”. O desenvolvimento dos temas
acima descritos obedeceu a sua estrutura organizativa dai que se espera ter se
conseguido atingir os objectivos desejados.
Atendendo e considerando que todo o processo educativo reveste-se de uma estrutura e
organização, procuramos o Maximo possível trazer os elementos que envolvem cada
item dos subtemas aqui arrolados. Entretanto frisar que nos foi meio difícil encontrar
algumas definições exaustivas de alguns itens deste trabalho como no caso quando nos
referíamos do conceito do projecto de pesquisa.

Objectivo
Geral:
 Descrever sobre o plano de aula, programa de ensino, passos de elaboração de uma
pesquisa e projecto.
Especifico:
 Identificar as etapas de um plano de aula;
 Enunciar as etapas de uma pesquisa e projecto;
 Caracterizar o programa de ensino.

Metodologia
Para a materialização deste trabalho, foi possível a revisão de obras de autores que
versam sobre o tema em questão, cujas referencias estão citadas ao longo do trabalho e
encontram-se referenciadas na bibliografia final do presente trabalho.
A abordagem dos quatros temas deste trabalho, para a sua maior compreensão, a autora
precisou referenciar tema por tema em uma sequência, nalgumas vezes começando por
definir alguns termos achados relevantes para clarificar o trabalho.

1. Plano de aula
1.1. Conceito
Segundo HOKAMA (2002:69), plano de aula é o detalhamento do plano de ensino, as
suas unidades e subunidades que foram previstas no plano de ensino, em linhas gerais,
são detalhadas e sistematizadas para uma situação real.
“É a organização sequencial do que será desenvolvido pelo professor no período
escolar diário. Este planejamento é indispensável e deve ser considerado, como uma
tarefa que servirá para orientar as ações docentes, como para a revisão e o
aprimoramento a cada ano”. (Idem: 2002:69).
De acordo com LIBÂNEO (1992), citado por (TAVARES, 2001:117), o Plano de Aula
é uma previsão do desenvolvimento do conteúdo para uma aula ou conjunto de aulas e
tem um caráter bastante específico. Ele detalha o Plano de Ensino e o que se pode fazer
de concreto. Os tópicos que foram previstos em linhas gerais são especificados e
sistematizados, para uma melhor acção didática em sala.
Como a aula é um período de tempo variável, para a autora, aventa sobre a necessidade
d planificação continua não de uma aula, mas um conjunto delas e para cada tópico o
professor deve redigir, através de avaliação, um objetivo específico e prever formas de
verificação do rendimento dos alunos.
Em conformidade com LIBÂNEO (1992), PILETTI (2007) acrescenta que: o plano de
aula é a forma predominante do processo de ensino e aprendizagem.
“É na aula que organizamos e criamos as situações docentes, isto é, as condições e
meios necessários para os alunos assimilarem activamente conhecimentos, habilidades
e desenvolvam suas capacidades cognitivas”. (PILETTI: 2007).
Encontra-se aqui como principais qualidades profissionais do professor o
estabelecimento de uma ponte de ligação entre as tarefas cognitivas (objectivos e
conteúdos) e as capacidades dos alunos para enfrentá-las, de modo que os objectivos da
matéria sejam transformados nos objectivos dos alunos.
O plano de aula é o detalhamento do plano do ensino, por isso que a preparação de aulas
é uma tarefa indispensável. Assim como o plano de ensino, devem resultar num
documento escrito que servirá não só para orientar as acções do professor como também
para possibilitar constantes revisões e aprimoramentos de ano para ano. Assim sendo o
professor sempre deve elaborar o plano de aula dada a sua importância e isso deve ser
sempre por escrito e jamais mentalizados.
O professor deve prever formas de verificação do rendimento dos alunos, lembrando
que a avaliação é feita no inicio (o que o aluno sabe antes do desenvolvimento de
matéria nova), durante e no final de uma unidade didáctica. E se os alunos não dispõem
de pré-requisitos bem consolidados a decisão do professor deve ser outra, gastando mais
tempo para garantir uma base inicial de preparo através de recapitulação, pré-teste e
exercícios.
1.3. Etapas de elaboração do plano de aula
 O primeiro passo é indicar ou identificar o tema central da aula;
 A seguir estabelecer os objectivos da aula, muitas vezes diz-se que no final da aula o
aluno deve ser capaz de.
 Em terceiro lugar indicar o conteúdo que será objecto de estudo.
 Estabelecer os procedimentos e recursos de ensino;
 E por fim o plano de aula deve prever como será feita a avaliação, evitando apenas
propor questões do tipo “o que é…”, mas também as questões do tipo” dar relação…,
descrever...” se o professor assim fazer ira ajudar o aluno não são a memorizar mas a
desenvolver o raciocínio do aluno.
1.4. Exemplo de plano de aula
Escola S. Ponta-Gea Obj. Geral: Conhecer Rede e Bacia
Hidrográfica
Data: 27.08.2015 Obj. Específicos, o aluno deve ser capaz de:
Nome do prof: Ortencia J. Mufume - Definir rede e bacia hidrográfica;
Disciplina: Geografia, 8α classe - Identificar as principais Bacias
Hidrográficas
Tema: Rede e Bacia Hidrográfica - Relacionar e diferenciar Rede da Bacia
Hidrogr.
Tem F. Conteúdo Actividades Método Meio Ob
po Didáctica Do Do aluno s
professor
5’ G.N.I Recapitula O prof. Um aluno Elaboração Cartaz
ção da pede voluntário conjunta , giz
aula voluntários fala sobre ou
anterior para falar rio e seus marca
sobre os da aula elementos dor,
elementos anterior no quadr
de um rio máximo 3 o
alunos,
falando
sobre
conceito de
rio e os
seus
elementos.
20’ Mediação Conceito Explora a Contribuicã Elaboração Cartaz
de aula e de rede ideia dos o suas conjunta e , giz
assimilaçã hidrográfi alunos para idéias exposição ou
o ca; dar dando a marca
Conceito conceito de definição dor,
sobre rede de rede e quadr
bacia hidrográfica bacia o
hidrográfi , hidrográfic
ca Sistematiza a, usando o
a ideia dos seu
alunos conhecimen
esquematiz to.
ando a rede
hidrográfica
;
Depois faz
o mesmo
sobre a
bacia
hidrográfica
.
15’ Consolida Elaboraçã O Prof. Responde Elaboração Cartaz
ção e o de Questiona a as questões conjunta e , giz
sistematiz perguntas matéria da aula exposição ou
ação sobre a dada dando dada, passa marca
aula perguntas apontament dor,
do tipo: o no seu quadr
Define a caderno o
rede e bacia diário.
hidrográfica
.
5’ Controle e Marcação Passa o Elaboração Quadr
avaliação do TPC. TPC no Regista o conjunta e o, giz
quadro TPC. trab. ou
Ex:. Independent marca -
Diferencia e. dor
a rede e
bacia
hidrográfica
.
Faz a
relação dos
conceitos
acima
apresentado
s.

1.5. Importância de planificação


A Planificação Escolar exerce várias funções. De acordo com LIBÂNEO (1992, p. 223)
são elas:
• Explicitar princípios, diretrizes e procedimentos do trabalho docente;
• Expressar os vínculos entre o posicionamento filosófico, político-pedagógico e
profissional e as ações efetivas que o professor irá realizar na sala de aula;
• Assegurar a racionalização, organização e coordenação do trabalho docente;
• Prever objetivos, conteúdos e métodos, a partir da consideração das exigências postas
pela realidade social, no âmbito de preparo e das condições socioculturais e individuais
dos alunos;
• Assegurar a unidade e coerência do trabalho docente;
• Actualizar o conteúdo do plano sempre que é revisto;
• Facilitar a preparação das aulas.

2. Estudo de programa de ensino

2.1. Programa de Ensino

Para ARAUJO et al, (2014:7), programa de ensino é um documento orientador do Ministério da


Educação sobre o que os professores precisam saber, o que as escolas precisam ensinar e o
que será avaliado.

Segundo INDE (2015:2), Programas de ensino são:


“Instrumentos de base para as discussões pedagógicas dos professores nas escolas,
planificação de aulas, reflexão sobre a prática educativa, análise do material didáctico e
elaboração de projectos educativos, contribuindo para melhorar o desempenho profissional dos
profissionais da educação”.
2.2. Estrutura dos Programas de ensino, caso especifico de Ensino

Primário Moçambicano
Os Programas de Ensino Primário apresentam:
a) A Introdução
b) O Plano Temático (com indicação da unidade temática, os objectivos específicos, os
conteúdos, as competências parciais e a carga horária)
c) As Sugestões Metodológicas
d) A Avaliação

a) Introdução
Na introdução, faz-se uma descrição dos propósitos e significado do Programa, a filosofia que
está por detrás da sua concepção e as principais alterações em relação ao Programa anterior.

b) Plano temático
Para a orientação do professor, apresentamos uma grelha que ajudará a mediar o processo de
ensino-aprendizagem. Apresentamos também orientações para a utilização do plano temático.
Eis a seguir o esquema desse plano:

Unidade Objectivos específicos Conteúdos Competências Parciais Carga


Temática O aluno deve ser O aluno: Horária
capaz de:

c) Sugestões Metodológicas
Depois do plano temático, são apresentadas as Sugestões Metodológicas que o professor
poderá usar ou adaptar em função das necessidades de aprendizagem dos alunos, de modo a
desenvolverem as competências definidas para o fim de aprendizagem de cada tema.
Nas Sugestões Metodológicas, por vezes, são apresentadas algumas estratégias de
abordagem metodológica de alguns assuntos. Essas estratégias não são “receitas” para o
professor cumprir mecanicamente; trata-se de sugestões que podem ser úteis para a sua
actividade, como facilitador do processo de ensino e aprendizagem.

d) Avaliação
Abordam-se as estratégias e procedimentos de avaliação, incluindo os critérios
de Progressão por Ciclos de Aprendizagem, tendo em conta que a avaliação faz parte
do processo de ensino-aprendizagem. É o meio que permite verificar se os resultados
das actividades desenvolvidas pelos alunos correspondem às competências preconizadas
no Programa de Ensino.

3. Estudo da pesquisa e suas etapas


3.1. Conceito:
Para ANDER-EGG (1978:28), a pesquisa é: “um procedimento reflexivo sistemático,
controlado e crítico, que permite descobrir novos factos ou dados, relações ou leis, em
qualquer campo do conhecimento". A pesquisa, portanto, é um procedimento formal,
com método de pensamento reflexivo, que requer um tratamento científico e se constitui
no caminho para conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais.
3.2. Etapas de realização de projecto de pesquisa
O desenvolvimento de um projeto de pesquisa compreende seis passos:
1. Seleção do tópico ou problema para a investigação.
2. Definição e diferenciação do problema.
3. Levantamento de hipóteses de trabalho.
4. Colecta, sistematização e classificação dos dados.
5. Análise e interpretação dos dados.
6. Relatório do resultado da pesquisa.
3.3. Fases da Pesquisa

1. Escolha do tema.
2. Levantamento de dados.
3. Formulação do problema.
4. Definição dos termos.
5. Construção de hipóteses.
6. Indicação de variáveis.
7. Delimitação da pesquisa.
8. Amostragem.
9. Seleção de métodos e técnicas.
10. Organização do instrumental de pesquisa.
11. Teste de instrumentos e procedimentos.

3.3.1. Escolha do tema


Tema é o assunto que se deseja estudar e pesquisar. O trabalho de definir
adequadamente um tema pode, inclusive, perdurar por toda a pesquisa. Nesse caso,
deverá ser freqüentemente revisto.
Escolher o tema significa:
a) Selecionar um assunto de acordo com as inclinações, as possibilidades, as aptidões e
as tendências de quem se propõe a elaborar um trabalho científico;
b) Encontrar um objecto que mereça ser investigado cientificamente e tenha condições
de ser formulado e delimitado em função da pesquisa.
A escolha do tema procura responder à pergunta: O que será explorado?
3.3.2. Levantamento de dados
Para obtenção de dados podem ser utilizados três procedimentos: pesquisa documental,
pesquisa bibliográfica e contactos directos.
A pesquisa bibliográfica é um apanhado geral sobre os principais trabalhos já
realizados, revestidos de importância, por serem capazes de fornecer dados atuais e
relevantes relacionados com o tema. O estudo da literatura pertinente pode ajudar a
planificação do trabalho, evitar publicações e certos erros, e representa uma fonte
indispensável de informações, podendo até orientar as indagações.
3.3.3. Formulação do problema
Problema é uma dificuldade, teórica ou prática, no conhecimento de alguma coisa de
real importância, para a qual se deve encontrar uma solução. Definir um problema
significa especificá-lo em detalhes precisos e exatos devendo haver clareza, concisão e
objetividade. A colocação clara do problema pode facilitar a construção da hipótese
central.
O problema deve ser levantado, formulado, de preferência em forma interrogativa e
delimitado com indicações das variáveis que intervêm no estudo de possíveis relações
entre si.
a) Viabilidade. Pode ser eficazmente resolvido através da pesquisa.
b) Relevância. Deve ser capaz de trazer conhecimentos novos.
c) Novidade. Estar adequado ao estádio atual da evolução científica.
d) Exequibilidade. Pode chegar a uma conclusão válida.
e) Oportunidade. Atender a interesses particulares e gerais.
A pergunta de partida deve tentar ter em si, o seguinte teor: O quê? Como?
3.3.4. Especificação de objectivos
Toda pesquisa deve ter um objetivo determinado para saber o que se vai procurar e o
que se pretende alcançar. Deve partir, afirma ANDER-EGG (1978:62), "de um objetivo
limitado e claramente definido, sejam estudos formulativos, descritivos ou de
verificação de hipóteses".
O objetivo toma explícito o problema, aumentando os conhecimentos sobre
determinado assunto. Para ACKOFF (1975:27), "o objetivo da ciência não é somente
aumentar o conhecimento, mas o de aumentar as nossas possibilidades de continuar
aumentando o conhecimento”.
Os objetivos podem definir "a natureza do trabalho, o tipo de problema a ser
selecionado, o material a coletar" (CERVO, 1978:49). “Podem ser intrínsecos ou
extrínsecos,” teóricos ou práticos, gerais ou específicos, a curto ou a longo prazo.
Respondem às perguntas: Por quê? Para quê? Para quem?
3.3.5. Definição dos termos ou fundamentaçao teorica
O objetivo principal da definição dos termos é tomá-los claros, compreensivos e
objetivos e adequados. É importante definir todos os termos que possam dar margem a
interpretações errôneas. O uso de termos apropriados, de definições correctas, contribui
para a melhor compreensão da realidade observada. Alguns conceitos podem estar
perfeitamente ajustados aos objetivos ou aos factos que eles representam. Outros,
todavia, menos usados, podem oferecer ambiguidade de interpretação e ainda há aqueles
que precisam ser compreendidos com um significado específico. Muitas vezes, as
divergências de certas palavras ou expressões são devidas às teorias ou áreas do
conhecimento, que as enfocam sob diferentes aspectos. Por isso, os termos devem ser
definidos, esclarecidos, explicitados.
3.3.6. Construção de hipóteses
Hipótese é uma proposição que se faz na tentativa de verificar a validade de resposta
existente para um problema. É uma suposição que antecede a constatação dos factos e
tem como característica uma formulação provisória: deve ser testada para determinar
sua validade. Correcta ou errada, de acordo ou contrária ao senso comum, a hipótese
sempre conduz a uma verificação empírica. A função da hipótese, na pesquisa
científica, é propor explicações para certos fatos e ao mesmo tempo orientar a busca de
outras informações.
3.3.7. Indicação de variáveis
Ao se colocar o problema e a hipótese, deve ser feita também a indicação das variáveis
dependentes e independentes. Elas devem ser definidas com clareza e objetividade e de
forma operacional. Todas as variáveis, que podem interferir ou afetar o objeto em
estudo, devem ser não só levadas em consideração, mas também devidamente
controladas, para impedir comprometimento ou risco de invalidar a pesquisa.
3.3.8. Delimitação da pesquisa
Delimitar a pesquisa é estabelecer limites para a investigação. A pesquisa pode ser
limitada em relação:
a) Ao assunto - selecionando um tópico, a fim de impedir que se torne ou muito extenso
ou muito complexo; b) À extensão - porque nem sempre se pode abranger todo o âmbito
onde o fato se desenrola; c) a uma série de fatores - meios humanos, econômicos e de
exigüidade de prazo - que podem restringir o seu campo de ação.
Nem sempre há necessidade de delimitação, pois o próprio assunto e seus objetivos
podem estabelecer limites.
ANDER-EGG (1978:67) apresenta três níveis de limites, quanto:
a) Ao objecto - que consiste na escolha de maior ou menor número de variáveis que
intervêm no fenômeno a ser estudado. Selecionado o objeto e seus objetivos, estes
podem condicionar o grau de precisão e especialização do objeto;
b) Ao campo de investigação - que abrange dois aspectos: limite no tempo, quando o
fato deve ser estudado em determinado momento, e limite no espaço, quando deve ser
analisado em certo lugar. Trata-se, evidentemente, da indicação do quadro histórico e
geográfico em cujo âmbito se localiza o assunto;
c) Ao nível de investigação - que engloba três estágios: exploratórios, de investigação e
de comprovação de hipóteses, já referidos anteriormente. Cada um deles exige rigor e
refinamento metodológico.
3.3.9. Amostragem
A amostra é uma parcela convenientemente selecionada do universo (população); é um
subconjunto do universo. Os processos pelos quais se determina a amostragem são
descritos em detalhe no próximo capítulo.
3.3.10. Seleção dos métodos e técnicas
Os métodos e as técnicas a serem empregados na pesquisa científica podem ser
selecionados desde a proposição do problema, da formulação das hipóteses e da
delimitação do universo ou da amostra.
3.3.11. Conclusões
Última fase do planejamento e organização do projecto de pesquisa, que explicita os
resultados finais, considerados relevantes. Entretanto, as conclusões devem estar
vinculadas à hipótese de investigação, cujo conteúdo foi comprovado ou refutado. Em
termos formais, é uma exposição factual sobre o que foi investigado, analisado,
interpretado; é uma síntese comentada das idéias essenciais e dos principais resultados
obtidos, explicitados com precisão e clareza.
3.3.12. Relatório
Exposição geral da pesquisa, desde o planejamento às conclusões, incluindo os
processos metodológicos empregados. Deve ter como base a lógica, a imaginação e a
precisão e ser expresso em linguagem simples, clara, objetiva, concisa e coerente. Tem
a finalidade de dar informações sobre os resultados da pesquisa, se possível, com
detalhes, para que eles possam alcançar a sua relevância. São importantes a objetividade
e o estilo, mantendo-se a expressão impessoal e evitando-se frases qualificativas ou
valorativas, pois a informação deve descrever e explicar, mas não intentar convencer.
Para SELLTIZ (1965:517) o relatório deve abranger quatro aspectos:
a) Apresentação do problema ao qual se destina o estudo.
b) Processos de pesquisa: plano de estudo, método de manipulação da variável
independente (se o estudo assumir a forma de uma experiência), natureza da amostra,
técnicas de colecta de dados, método de análise estatística.
c) Os resultados.
d) Consequências deduzidas dos resultados.
3.3.13. Referencia Bibliografica
Aqui são indicadas todas as obras literárias que foram usados para suportar a pesquisa.

4. Estudo sobre Projecto de Pesquisa

4.1. Etapas de projecto de pesquisa

Segundo Robledo Lima Gil, são etapas de um projecto de pesquisa nomeadamente:


4.1.1. Escolha do tema
Devesse responder a seguinte questão: “O que pretendo abordar”.
O tema é um aspecto ou uma área de interesse de um assunto que se deseja provar ou
desenvolver. Escolher um tema significa eleger uma parcela delimitada de um assunto
estabelecendo limites ou restrições para o desenvolvimento da pesquisa pretendida.
A definição do tema pode surgir com base na sua observação do quotidiano, na vida
profissional, em programas de pesquisas em contacto e relacionamento com
especialistas, no feedback de pesquisa já realizadas e em estudos da literatura
especializada (BARROS; LEHFELD, 1999).
Na escolha de tema, deve ter em conta a sua actualidade e relevância, seu conhecimento
a respeito, sua preferência e sua aptidão pessoal para lidar com o tema e estudo ou
escolhido.

4.1.2. Formulação do problema


Aqui refletes se sobre o problema que se pretende resolver com a pesquisa, se realmente
é um problema e se vale a pena tentar encontrar uma solução para ele. A pesquisa
cientifica depende da formulação adequada do problema, isto porque objectiva buscar
sua solução.
4.1.3. Introdução

Aqui, da-se ênfase sobre idéia geral do projecto para que o leitor possa se informar do
que foi ou a pesquisa trata.
4.1.4. Revisão da literatura (fundamentação teórica);

Aqui se procura responder questões de natureza como: “Quem já escreveu e o que já foi
publicado sobre o assunto, que aspectos já foram abordados, quais as lacunas existentes
na literatura. É imprescindível a literatura porque ela fornece elementos para que se
evite a duplicação de pesquisas sobre o mesmo enfoque do tema. Favorecerá a definição
de contornos mais precisos de problema a ser estudado.
4.1.5. Justificativa;

Nesta etapa do projecto de pesquisa, procura-se aventar sobre as razoes que ditaram
sobre a opção deste e não aquele, ou melhor, o porquê da realização, sua importância
em relação a outros temas. Das vantagens do estudo, e a justifica deve convencer quem
quer que seja ao ler o seu projecto.
4.1.6. Ojbectivos
Estão aqui expostos entre os objectivos gerais e específicos.
4.1.7. Metodologia

Deve ter em conta aspectos como: sujeitos da pesquisa, colecta de dados e analise de
dados;
4.1.8. Cronograma

Reserva-se em enunciar quanto tempo irá ser necessário para a realização do projecto ou
da pesquisa, orçamento necessário, necessidades entre outras despesas.
4.1.9. Referencias

Aqui são indicadas as referencias bibliográficas ou obra de autores que tornaram


possível a materialização da pesquisa, tomando em consideração o nome de autor, titula
da obra, edição e editora bem como ano e local da sua publicação.
Ao passo que para o site Slideshare.net/móbile, um projecto de pesquisa pressupõe a
observância de três etapas, nomeadamente:
1. Escolha do tema;
2. Elaboração do Projecto;
3. Redação do texto.
Para este, na escolha do tema, não basta encontrar o tema relevante mais sim, identificar
um problema dentro dele.

1. Escolha do tema
O autor avança enunciando que deve se tomar algumas actitudes na escolha de tema,
como:
 Relevância humana, social e cientifica da pesquisa;
 Verficar se o tema e o problema já foram abordados antes, por quem, como, onde e
quando;
 Saber o enfoque que dará ao problema, caso o tema e o problema já tenham sido
pesquisados por outros, mas com outro foco, em outro país e há muito tempo;
 Identificar a viabilidade ética, técnica e financeira da pesquisa sobre o tema e problema
escolhidos;
 Gostar do tema e empolgar-se pela descoberta da solução para o problema de pesquisa
identificado.

2. Na elaboração do projecto
Tendo em conta que o projecto é o guia, é o mapa do pesquisador durante seu percurso
de navegação investigativa, mas que não deva se prender rigorosamente as
etapas previstas no projecto de modo a não mexer ou mudar o planificado, se
necessário for, quando da sua execução.
3. Redação do texto
Concederá como a ultima e decisiva etapa na elaboração do projecto de pesquisa
acadêmico, sendo deverá apresentar a seguinte ordem:
1. Capa: Título subtítulo, área e sub área da pesquisa, nome do pesquisador, nome do
orientador, local, mês e ano;
2. Página 1: Introdução com problematização do tema, justificativa e hipóteses;
3. Página 2: Objectivos: Geral e específicos;
4. Página 3 e 4: Fundamentação teórica e relato de outras pesquisas sobre o tema;
5. Página 5: Metodologia;
6. Página 6:Cronograma de trabalho;
7. Página 7: Referencias.

Conclusão
Terminado o trabalho, percebemos que o plano de aula é um plano diário, especifico
para cada aula e que devia ser adequado em função da classe e com resultados
imediatos. E para se testar sobre o que o plano preconizava atingir, os alunos devem ser
propostos a tarefas como é caso de exercícios e ou avaliações.
Percebi ainda, que o Programa de Ensino é um documento orientado para que os
professores e as escolhas atinjam os propósitos do ministério face as unidades temáticas
dos livros didáctico de cada classe e do currículo em vigor.
Nesta senda de percepção, ficou claro que um projecto parte pela percepçao de um
problema, das dos objectivos, das hipóteses e entre vários elementos que sequenciam e
tornam a pesquisa algo concreto saindo do ideal para a realidade, com um espaço
geográfico delimitado e sobre um aspecto especifico.

Bibliografia

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trabalhadores sociales. 7. ed. Buenos Aires: 1978.
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ASTI VERA, Armando. Metodologia da pesquisa cientlfica. 5. ed. Porto Alegre: 1979.
BARROS, Aidil Jesus Paes de; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Fundamentos
de metodologia: um guia para a iniciação científica. São Paulo: 1986.
BEST. J. W. Como investigar en educaci6n. 2. ed. Madrid: Morata, 1972. Capítulos 1 e
2.
CASTRO, Cláudio de Moura. A prática da pesquisa. São Paulo:, 1978.
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia científica: para uso dos
estudantes universitários. 2. ed. São Paulo: 1978.
GOODE, William J., HATT, Paul K. Métodos em pesquisa social. 3. ed. São Paulo:
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INDE, Programa do Ensino Primario. Maputo, 2015
LAKATOS, Eva Maria, et al. Fundamentos de Metodologia Cientifica. 5ª ediçao. Atlas
Editora. Sao Paulo. 2003
LIBÂNEO, José Carlos. Didáctica. Cortez, 1994.
NIVAGARA, Daniel. Didáctica Geral Aprender a Ensinar.
PILETTI, Claudino. Didáctica Geral. São Paulo,2007.
SELLTIZ, C. et aI. Métodos de pesquisa nas relações sociais. São Paulo: 1965.
TAVARES, Rosilene Horta. Didactica Geral. São Paulo. 2011
XAVIER, Antonio Carlos. Como fazer e apresentar trabalhos científicos em eventos
acadêmicos. Recife: Respel, 2010.
internet: www.Slideshare.net/móbile

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