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EXPRESSÃO CORPORAL:

A LINGUAGEM DA EDUCAÇÃO FÍSICA

André Amilton Mattos


Benildo Castro Venancio
Débora Borchardt
Jaciara Raquel Bloedorn Steilein

Tutora: Denise de Castro Insaurriaga Silva

1. INTRODUÇÃO

É na escola que a criança começa a desenvolver suas primeiras expressões corporais,


logo nos primeiros anos de vida, devido a rotina diária da maioria dos pais, a solução que os
mesmos encontram para equilibrar a rotina familiar é matricular seus filhos em creches, jardins de
infância e escolas.
A partir deste momento, as crianças começam a brincar umas com as outras através de
brincadeiras e jogos propostos pelos professores da escola. E a partir desta interação surge também
a conversação com os colegas da classe. Através dessa troca de informação as crianças começam a
desenvolver e aprimorar a sua expressão corporal.
Dentro deste meio, podemos entender a importância da Educação Física logo nos anos
iniciais da escola, pois é através das atividades propostas pelos professores nesta disciplina que os
alunos desenvolvem cada vez mais movimentos corporais através da prática de diversas
modalidades esportivas.
As brincadeiras sempre fizeram parte do dia a dia das crianças. Brincar é algo
essencial para o desenvolvimento das pessoas, junto de outras ações. É através dessas brincadeiras
que as crianças desenvolvem diversas expressões corporais. Esse tipo de atividade tem um fator
extremamente decisivo no desenvolvimento das crianças ao longo da sua jornada infantil,
preparando-as para cada fase no seu desenvolvimento intelectual e cognitivo.
Esse estudo tem por finalidade nos mostrar que brincar é importante para solidificar o
desenvolvimento infantil e trazer novos significados.

Acadêmicos: Jaciara Raquel Bloedorn Steilen, André Amilton Mattos, Benildo Venâncio de Castro e Débora Borchardt.
Professora Tutora: Denise de Castro Insaurriaga Silva
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Curso BEF0648/4– Prática Interdisciplinar:Cultura do
Movimento – 16/11/2021.
Acreditamos na relevância de brincadeiras de faz-de-conta para estimular a representação
e a metarepresentação no amadurecimento infantil. Esses jogos auxiliam as pessoas na criação de
uma identidade pessoal e no convívio delas em sociedade.
O objetivo geral deste trabalho é mostrar de maneira teórica a importância e meios de
conseguir desenvolver as expressões corporais logo nos anos iniciais da escola.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A comunicação através da linguagem do corpo é muito antiga, e ela é considerada uma


das primeiras formas de comunicação humana.
Quando a criança é inserida no ambiente escolar, ela passa a se comunicar através da
linguagem corporal, sendo esta comunicação através de gestos, expressões faciais e movimentos do
corpo em geral.
É natural que crianças muito pequenas, ainda não saibam como se comunicar, então
elas criam uma linguagem própria, utilizando gestos e expressões faciais na interação com outras
crianças.
Conforme vão evoluindo dentro do âmbito escolar, por exemplo, quando ingressam na
pré-escola, as expressões corporais começam a ficar mais evidentes, por conta da socialização que
a mesma tem umas com as outras e também com a inserção da disciplina de educação física.
“Pode-se considerar que a expressão corporal nasceu no momento em que o ser
humano surgiu no universo, devendo ser compreendida, especialmente, como a manifestação de
suas emoções e ideias e também de seus sentimentos, como por exemplo, o amor” HAAS e
GARCIA (2008)
Através da citação acima, podemos compreender que a expressão corporal está
diretamente ligada com os sentimentos e emoções. Sendo assim, entende-se que a expressão
corporal não é apenas uma simples diversão, e sim, um fator pedagógico que tem como objetivo
dar apoio para o desenvolvimento da criança.
Neste momento podemos perceber a importância das aulas de educação física nos anos
iniciais, pois é nesta hora que as crianças recebem a oportunidade de aprender e desenvolver seus
sentimentos e emoções através de brincadeiras.

Acadêmicos: Jaciara Raquel Bloedorn Steilen, André Amilton Mattos, Benildo Venâncio de Castro e Débora Borchardt.
Professora Tutora: Denise de Castro Insaurriaga Silva
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Curso BEF0658/4– Prática Interdisciplinar:Cultura do
Movimento – 16/11/2021
Nota-se a partir deste estudo, que a educação física não está presente apenas para
trabalhar o corpo e os movimentos das crianças, mas também a parte cognitiva.
Podemos por exemplo colocar as brincadeiras cantadas como uma ótima prática para o
desenvolvimento das expressões corporais. Pois a partir do momento que as crianças estão em uma
roda de mãos dadas, olhando umas para as outras cantando em conjunto as cantigas, as mesmas
constroem parcerias que se estendem a outros espaços, sendo esses espaços não somente dentro da
escola, mas sim no âmbito familiar.
Num ambiente lúdico, torna-se possível à criança expressar fantasias. A nós, educadores,
cabe o papel de, entrando em contato com a imaginação da criança, viabilizar a
transformação desse rico material num projeto realizável, que poderá ter a forma de
desenho, de poesia, de música, de uma dança, de um simples objeto feito de caixas, ou de
uma estória representada ou apenas para o grupo. (ANDRADE, 2006, p.110).
Um outro exemplo é a utilização da dança como prática da expressão corporal através dos
movimentos. Ao trabalhar com a musicalidade e ritmos abrimos um leque maior para o
desenvolvimento corporal.
Segundo PAIVA (2000), quando se trata de ritmos mais complexos, as crianças tendem
a ter uma dificuldade maior, mas o incentivo deve esta presente para que ela aprenda a se expressar
dentro dos seus limites.
A utilização dessas atividades colabora diretamente no processo de formação destas
crianças como indivíduos na sociedade, melhorando o convívio dos grupos.
Estas atividades buscam também a cultura popular de cada região, que às vezes não é
tão lembrada, e através destas brincadeiras realizadas nas escolas é possível resgatar os laços
culturais. FIGURA 1: MUSICALIDADE E RITMOS NA SALA DE AULA

Fonte: Disponível em: https://atividadespedagogicas.net/2019/05/jogos-e-brincadeiras-sobre-expressao-corporal.html. Acesso em 08 de Novembro 2021.

A imagem acima, é um exemplo da utilização da musicalidade e dos ritmos incluindo


os movimentos corporais das crianças dentro da sala de aula logo nos anos iniciais.

Acadêmicos: Jaciara Raquel Bloedorn Steilen, André Amilton Mattos, Benildo Venâncio de Castro e Débora Borchardt.
Professora Tutora: Denise de Castro Insaurriaga Silva
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Curso BEF0658/4– Prática Interdisciplinar:Cultura do
Movimento – 16/11/2021
Segundo Erikson (1963) na fase adulta, as pessoas passam a desenvolverem laços mais
comprometidos e próximos com outras pessoas, fortalecendo relações mais íntimas através da
criação de uma identidade pessoal. Por conta dos jogos teatrais, os adultos obtêm momentos de
interação com outras pessoas, despertando interesse e criando momentos únicos, o que contribui
muito no seu desenvolvimento adulto.
Com base nisso, se propõe que experimentar jogos de improviso, faz com que adultos
obtenham momentos de naturalidade, engenhosidade e linguagem corporal.
Para Boal (1995), os jogos teatrais não fazem distinção se a pessoa é um trabalhador,
estudante, ator, não ator ou gênero, pois o jogo teatral é adotado como uma forma de expressão que
pode ser verbal ou não verbal e serve até mesmo para demonstrar um posicionamento político. O
que mostra que não é um jogo que precisa ser limitado ao teatro e pode tranquilamente ser
utilizado em um ambiente escolar, como explica Silva:
Através do jogo teatral o aluno pode experimentar verdadeiramente a arte teatral, sem
qualquer julgamento ou sentimento de inferioridade, passando então a vivenciar
rotineiramente a sua criatividade, evocando as suas potencialidades. Jogar em educação e
na vida é necessidade. Nossos alunos precisam do jogo, ele é um elemento da cultura que
ajuda na formação de conceitos. Ele produz conhecimento, sendo diversas as
possibilidades do jogo (SILVA, 2015, p.11).

Para Froebel (KISHIMOTO 1996), que foi quem deu início aos jogos em instituições
pedagógicas, ele já percebia a importância que brincadeiras, brinquedos e atividades livres e
orientadas teriam no desenvolvimento das crianças e que não poderiam deixar de estar presente.
Sendo um importante alicerce para professores os incentivarem a aprimorar suas habilidades e
conhecimentos.
As brinquedotecas tiveram origem na década de 80, esse espaço tem como intuito
estimular as crianças através de brincadeiras lúdicas. São locais onde crianças conseguem se
desenvolver de forma mais livre e sem preocupações. Ambiente onde elas conseguem estabelecer
um ótimo convívio social, e expressar o seu lado criativo, emocional e intelectual (KISHIMOTO
1996).

FIGURA 2 - CRIANÇAS EM UMA BRINQUEDOTECA

Acadêmicos: Jaciara Raquel Bloedorn Steilen, André Amilton Mattos, Benildo Venâncio de Castro e Débora Borchardt.
Professora Tutora: Denise de Castro Insaurriaga Silva
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Curso BEF0658/4– Prática Interdisciplinar:Cultura do
Movimento – 16/11/2021
Fonte: Disponível em: https://www.unochapeco.edu.br/noticias/brinquedoteca-portas-abertas-para-o-mundo-do-faz-de-conta Acesso em 14 de Nov de 2021.

3. RESULTADOS E CONCLUSÕES
Através da nossa pesquisa, podemos concluir a importância da disciplina de educação
física já nos primeiros anos da escola. É possível notar o quão importante são as expressões
corporais para o desenvolvimento das crianças. A educação física tem um papel fundamental desde
o início, colaborando também com o desenvolvimento cognitivo e motor dos alunos.
Ao desenvolvermos nas escolas as atividades rítmicas, danças, jogos e brincadeiras,
nós como professores estamos tornando o processo de construção de conhecimento, em um
momento de descontração e alegria, assim incentivando as crianças a estarem fazendo amigos e
aprendendo a trabalhar em equipe.
Essa pesquisa nos mostrou o quanto é importante o papel das instituições pedagógicas
no desenvolvimento das expressões corporais das crianças e como isso afeta o cotidiano na vida
adulta.
Além de aprenderem as regras de convivência e a respeitar o espaço dos colegas de
classe, as crianças desenvolvem autonomia, criatividade, cooperação e conseguem ter um norte
para resolução de problemas.

4. REFERÊNCIAS

ANDRADE, E. T. Corpo e Fantasia no Processo do Conhecimento. p. 110-121. Disponível em:


< http:// www.crmariocovas.sp.gov.br/inf. Acesso em 08 de novembro de 2022.

BOAL, A. 200 Exercícios e jogos para o ator e o não-ator com vontade de dizer algo através
do teatro. 12 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1995.

Acadêmicos: Jaciara Raquel Bloedorn Steilen, André Amilton Mattos, Benildo Venâncio de Castro e Débora Borchardt.
Professora Tutora: Denise de Castro Insaurriaga Silva
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Curso BEF0658/4– Prática Interdisciplinar:Cultura do
Movimento – 16/11/2021
ERIKSON, E.H. Childhood and Society. (2nd ed.). New York: Norton, 1963.

HASS, A. N; GARCIA, A. Expressão Corporal: aspectos gerais – Porto Alegre: EDIPUCRS,


2008.

KISHIMOTO, T. M. Froebel e a concepção do jogo infantil.


www.revistas.usp.br/rfe/article/download/33600/36338 Acesso em: 14 de Nov de 2021.

PAIVA, I. M. R. Brinquedos Cantados. 2.ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2000.

SILVA, A L. Do Ensinar e do Aprender Teatro: a improvisação teatral e o


processo criativo na sala de aula. (Mestrado Profissional em Arte) - Universidade Federal da
Bahia, Salvador – BA, 2015.

Acadêmicos: Jaciara Raquel Bloedorn Steilen, André Amilton Mattos, Benildo Venâncio de Castro e Débora Borchardt.
Professora Tutora: Denise de Castro Insaurriaga Silva
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Curso BEF0658/4– Prática Interdisciplinar:Cultura do
Movimento – 16/11/2021

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