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UNIVERSIDADE BRASIL

O BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Luana Fernandes Da Silva Brandão

RESUMO

A Educação possui papel fundamental na formação do indivíduo que, por sua vez,
precisa ser trabalhado de forma integral, o que exige que a escola trabalhe com
estratégias alinhadas a faixa etária do público trabalhado. Neste contexto o presente
estudo teve como objetivo geral compreender como o brincar pode ser usado como
recurso pedagógico na Educação Infantil. Para isso, foi desenvolvido um estudo
exploratório de revisão de literatura, com base em bibliografia especializada com
renomados teóricos como Kishimoto (2011). Os resultados indicam que as
brincadeiras são essenciais no desenvolvimento da criança, que elas promovem o
desenvolvimento físico, emocional, cognitivo, possibilitando uma aprendizagem
prazerosa. Conclui-se que embora as brincadeiras seja uma atividade espontânea da
criança é preciso que elas estejam atreladas na educação com objetivos e
planejamento traçado para assim ser forma de aprendizagem, neste contexto é
fundamental o papel do professor mediador entre a criança e o objeto de estudo.

Palavras-chave: Brincadeira. Educação Infantil. Lúdico.

ABSTRACT

Education has a fundamental role in the formation of the individual who, in turn,
needs to be worked in full, which requires the school to work with strategies aligned
with the age group of the public worked. In this context, the present study aimed to
understand how play can be used as a pedagogical resource in early childhood
education. For this, an exploratory literature review study was developed, based on
specialized literature with renowned theorists such as Kishimoto (2011). The results
indicate that play is essential in the child's development, that it promotes physical,
emotional and cognitive development, enabling a pleasurable learning. It is
concluded that although play is a spontaneous activity of the child it is necessary that
they are linked in education with goals and planning designed to be a way of
learning, in this context is the role of the mediator teacher between the child and the
object of study.

Keywords: Just kidding. Child education. Ludic.


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1. INTRODUÇÃO
A escola tem papel fundamental no desenvolvimento do aluno e, para que
todos os seus objetivos sejam verdadeiramente cumpridos, é comum que
profissionais da educação discutam constantemente sobre quais as melhores
metodologias de ensino em prol de um trabalho efetivo com o público. E ao pensar
na criança da Educação Infantil, sabe-se que está em fase de exploração e deve ter
todas as suas potencialidades devidamente exploradas, porém sem desrespeitar a
infância e a linguagem que contemple o seu desenvolvimento.
O estudo justificou-se em razão da necessidade de a escola rever o seu papel
e tornar as atividades compatíveis com o perfil do alunado. Ao pensar na Educação
Infantil, verifica-se que esta tem como objetivo formar o aluno nos aspectos físicos,
cognitivos, emocionais e sociais, sem deixar de priorizar a infância e todas as
características inerentes a esta etapa, que levam os alunos a se interessarem por
atividades dinâmicas e atrativas.
Com isso, apontou-se a necessidade de a escola criar situações de
aprendizagem que sejam compatíveis com a linguagem natural da criança, para que
aprenda de forma efetiva e não deixe de usufruir dos seus direitos, tais como o de
brincar. Assim, a pergunta norteadora do estudo foi: Como o professor deve
organizar as atividades envolvendo o brincar para inserir no cotidiano escolar e
trabalhar o desenvolvimento integral das crianças da Educação Infantil?
O objetivo geral do estudo foi compreender como a educação lúdica por meio
do brincar pode ser utilizada como recurso pedagógico na Educação Infantil. Foi
realizado um estudo exploratório de revisão de literatura, contemplando artigos
científicos disponíveis nas bases de dados Google Acadêmico e Scielo, documentos
do Ministério da Educação e Cultura, além de livros sobre a temática. Em relação
aos critérios de seleção, foram selecionados artigos em português, a partir dos
descritores: Educação Infantil, Brincar, Criança e Ludicidade.
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2. DESENVOLVIMENTO
2.1. A EDUCAÇÃO LÚDICA

A Educação Lúdica tem sido discutida frequentemente na contemporaneidade,


já que é compreendido que a escola precisa desenvolver atividades alinhadas com o
público alvo, respeitando a faixa etária do público trabalhado. E ao falar em criança, é
muito comum associar as atividades lúdicos. De acordo com Kishimoto (2011, p. 11)
o lúdico apresenta como definição ‘’relativa ao divertimento ou ao jogo/brincadeira
que gera prazer’’, ou seja, compreende-se que são atividades que quando
realizadas, geram prazer.
Almeida (2004) mostra que a palavra trata-se de um adjetivo masculino, cuja
origem vem do latim Ludus, sendo essencial para o desenvolvimento humano, uma
vez que através dele aprende-se a agir, estimula a curiosidade, autoconfiança,
autonomia, entre outros.

As atividades lúdicas possibilitam o desenvolvimento integral da criança.


O brinquedo e o jogo aproxima a criança da sociedade.
Brincar é uma necessidade básica.
Brincar ajuda a criança no seu desenvolvimento físico, afetivo, social e
intelectual (ALMEIDA, 2004, p. 14).

Vale ressaltar que a infância é a fase que as crianças mais brincam e é por
meio da brincadeira que elas expressam suas emoções e sentimentos, assim, como
mostra Broguére (2008) o brincar é tão essencial para crianças como o trabalho para
os adultos.
A criança consegue estabelecer as primeiras noções universais de ação e
reação, como quando ela faz algum gesto novo, como segurar um objeto e
em seguida soltá-lo em alguma superfície conveniente, e é recompensada
pelos adultos ao redor com um tipo de festejo (BROUGÈRE, 2008, p. 12).

A brincadeira está presente na infância em todos os tempos. Segundo


Kishimoto, 2011, p.18) “A própria história da humanidade nos mostra que todas as
crianças do mundo sempre brincaram, brincam hoje e, certamente continuarão
brincando.”
As brincadeiras em todos os tempos proporcionaram à criança experimentar
sua realidade de maneira lúdica e vivenciar os hábitos, costumes, crenças e cultura
de seu povo (MALUF, 2003). As brincadeiras expressam a mentalidade popular de
um povo em determinado período histórico.
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A tradicionalidade e universalidade das brincadeiras assentam-se no fato de que


povos distintos e antigos, como os da Grécia e do Oriente, brincaram de
amarelinha, empinar papagaios, jogar pedrinhas e até hoje as crianças o
fazem quase da mesma forma. Tais brincadeiras foram transmitidas de
geração em geração através de conhecimentos empíricos e permanecem na
memória infantil (KISHIMOTO, 2011, p.42).

Assim, as atividades lúdicas sempre existiram independentemente da época


ou cultura em que se encontravam, estando, mais evidentes e afloradas na época
da infância.

Supondo existir uma equivalência entre os povos primitivos e a infância,


poder-se-ia entender a infância como a idade do imaginário, da poesia, à
semelhança dos povos dos tempos da mitologia. Daí ter sentido a afirmação
de que o lúdico é uma conduta espontânea, livre, de expressão de tendências
infantis, axioma que parte do princípio de que o mundo, em sua infância, era
composto de povos poetas. (KISHIMOTO, 2011, p. 30).

Contudo, na idade média esta visão de lúdico e da criança teve um retrocesso,


pois a criança era vista como um mini adulto, que deveria ser educado para o futuro
tendo valor somente quando se tornava capaz de trabalhar, sendo útil para sua
família.
O lúdico e as brincadeiras eram vistas como atividades sem importância que
eram uma distração ao trabalho, algo negativo e não sério. De acordo com Kishimoto
(2011), somente a partir do romantismo a visão do lúdico e da infância mudou de
foco. A criança passou a ser vista como um ser livre e espontâneo e suas
brincadeiras eram a forma de expressar essa liberdade.
A ludicidade também pode sofrer mudanças e influências da própria cultura,
pela inserção de novos costumes mais atuais ou por segmentos trazidos pela mídia,
que podem influenciar e trazer novos significados a este universo seja pelos
brinquedos, jogos e brincadeiras ou até pela associação deste recurso a outros
instrumentos de aprendizagem.
A ludicidade também está associada a representações culturais, mostrando
costumes aos quais as crianças estão inseridas, e as brincadeiras acabam
transmitindo traços de regras sociais e culturais.

A cultura é favorecida através do lúdico, pois a criança externa exatamente o


meio em que vive, a sua criação, hábitos, valores, disseminando tudo o que
foi aplicado à sua educação e, ao mesmo tempo, agregando na formação de
outros que estão ao seu redor, assim como recebendo influencias, através da
troca de experiência, sendo este, um aspecto muito enriquecedor das
atividades (KISHIMOTO, 2011, p. 36).
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No entanto, a criança não recebe passivamente as influências culturais em


suas brincadeiras e diversões ou apenas aprende a brincar segundo os costumes
sociais, já que participam e constroem novos sentidos, porém são orientadas dentro
daquilo que vivenciam em seu cotidiano (FRIEDMANN, 2008).
Por exemplo, se a criança é criada em uma cultura onde os papéis são bem
delimitados, o menino poderá pegar uma boneca quando bem pequeno, mas
rapidamente será direcionado a brincar apenas com carrinhos e brinquedos
considerados masculinos, e se desenvolverá de acordo com essa concepção. De
qualquer forma, divisões como esta, são criadas pelos adultos, e é importante que a
criança não seja podada desta maneira, pois deve-se ter liberdade de explorar e
conhecer diferentes universos.
Kishimoto (2011) enfatiza que, quando possuem liberdade para explorarem o
mundo através das brincadeiras e situações imaginárias, as crianças também estão
desenvolvendo e representando papéis sociais, pois, vivenciam atividades em grupo,
seguem regras e as respeitam. A autora também ressalta que o universo lúdico vai
além do ato e brincar e/ou jogar, visto que pode-se encontrar ludicidade nas mais
diversas ações humanas, desde que exista o direcionamento adequado, como por
exemplo, através da dança, da música, leitura, entre outros.
Assim, através da ludicidade, a criança realiza atividades imaginárias onde,
sozinha ou em grupo, cria situações que acabam por representar algo de seu
cotidiano, como brincar de cuidar dos filhos, fazer comida, dirigir carros, entre outros.
Neste contexto, “A criança expressa as relações culturais, afetivas e sociais nas
quais está envolvida, vivencia e troca de papéis e posições e, nesse sentido, faz
acordos em uma tentativa de organizar a ação lúdica.”(ALMEIDA, 2004, p. 86)
Dessa forma, a ludicidade propicia e oportuniza a aquisição da cultura, ao
mesmo tempo em que, por ser uma ação livre, desenvolve a criatividade do
indivíduo. Assim, a atividade lúdica leva a criança a um outro mundo que é diferente
do seu mundo real.
Esse universo que ela adentra é cheio de imaginação, criatividade e prazer, e
por isso é necessário que ela tenha liberdade para se expressar. Diante disso,
Brougére (2008, p. 19) enfatiza: “Brincar torna-se o arquétipo de toda atividade
cultural que, como a arte, não se limita a uma relação simples com o real”.

O desenvolvimento da criança determina as experiências possíveis, mas não


produz por si mesmo a cultura lúdica. Esta origina-se das interações sociais,
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do contato direto ou indireto (manipulação do brinquedo: quem o concebeu


não está presente, mas trata-se realmente de uma interação social
(BROUGÉRE, 2012, p. 27).

Dessa forma, pode-se dizer que as atividades lúdicas contribuem para o


desenvolvimento a criança é por meio do brincar que a criança se sente estimulada a
experimentar, descobrir, criar e aprender. Assim, tais atividades são de suma
importância no processo de ensino aprendizagem, pois estimulam diversos aspectos
essenciais para o desenvolvimento pleno, uma vez que com as brincadeiras há
observação, experimentação, diálogo, criação, atenção, entre outros.

É por meio das brincadeiras, jogos, que a criança consegue experimentar,


aprender e imaginar. Por meio das atividades lúdicas elas conseguem se
desenvolver, expondo sua curiosidade, autonomia, autoconfiança, além de
desenvolver a sua linguagem e atenção, tornando a criança a ser um adulto
equilibrado eficiente ( BROUGÉRE, 2008, p. 12).

Assim, como mostra o autor, as brincadeiras e jogos fazem a criança crescer,


pois por meio do ato de brincar ou jogar estas crianças procura soluções de forma
prazerosa para vencer o que lhe foi proposto.
É válido ressaltar que com a era tecnológica, busca-se resgatar a linguagem
natural da criança nas mais diversas ações, para que consiga assimilar conceitos e
se desenvolver com naturalidade, sem imposições ou inúmeros artefatos.

A sociedade propõe numerosos produtos (livros, filmes, brinquedos) às


crianças. Esses produtos integram as representações que os adultos fazem
das crianças, bem como os conhecimentos sobre a criança disponíveis numa
determinada época. Mas o que caracteriza é que apenas parte dela é uma
produção da sociedade adulta, pelas restrições materiais impostas à criança
(KISHIMOTO, 2011, p. 29).

Deve-se perceber que naturalmente o ser humano é criativo em sua natureza,


tem a capacidade de criar coisas a sua volta e de se autoconstruir, se descobrindo e
se conhecendo. Assim, o universo lúdico deve ser valorizado como uma atividade
livre, espontânea, que também deve ser reconhecida na área da educação, como
atividade fundamental para o desenvolvimento, pois a criança que não brinca e se
diverte não desenvolverá conhecimentos importantes de si mesma, da sociedade e
cultura em que vive, o que com certeza trará prejuízos, limitações e dificuldades em
sua vida adulta.
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Neste sentido, acredita-se que a associação do lúdico aos conteúdos


propostos nos eixos curriculares, permitirá que a criança amplie seus horizontes
através da exploração, imaginação e acesso a diferentes culturas e construções.
Porém, para isso, é preciso que os professores estejam conscientes de que os
alunos se desenvolvem de maneiras diferentes, o que impossibilita a utilização de um
método padrão de ensino e é a partir desse ponto que o professor deve usar outros
mecanismos para garantir o desenvolvimento de toda a sala. Neste contexto, ressalta
se sempre os elementos lúdicos, uma vez que estes correspondem a linguagem
natural da criança.
Estas, de acordo com Almeida (2004) devem estimular a criatividade,
participação e interesse da criança, deixando que a criatividade seja usada para
descobrir, construir e criar gosto pelo conhecimento, já que é comum que as crianças
passem a gostar do ambiente escolar e das atividades ali desenvolvidas, quando se
identificam e sentem prazer em aprender.
Com isso, as metodologias tradicionais de ensino, ou seja, as mecanicistas,
que valorizam cópias e repetições, deixando os alunos como meros receptores de
conteúdos, devem ser substituídos por metodologias dinâmicas, atrativas e que
estejam alinhadas ao universo do aluno.
Maluf (2003) afirma que ninguém ensina a quem não quer aprender, é preciso
entender que ensinar é um convite a exploração, a descoberta, a imaginação, e não
só uma simples aula para decorar assunto , trabalhar a pensar com diferentes
assuntos de forma lúdica ,vale bem mais que memorizar fatos; a educação deve ser
dada de forma inteligente , divertida e inovadora.

2.2. O BRINCAR E O DESENVOLVIMENTO INFANTIL

A infância é o período mais importante e significativo para o desenvolvimento


social, cognitivo, motor e emocional, e para o processo de aprendizagem da criança.
É através do contato com o universo lúdico que a criança desenvolve suas
potencialidades: sua identidade, sua autonomia e socialização, trabalha suas
limitações e habilidades. O contato com as regras sociais, situações de conflitos que
estimulam a resolução de problemas e todas as vertentes advindas da interação,
proporciona a oportunidade e a criança organizar a sua realidade, lidando com
possibilidades, limitações, conflitos, soluções, etc.
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O brincar é uma atividade que precisa estar presente no cotidiano da criança.


Maluf (2003, p. 20) nos mostra que: "... É importante a criança brincar, pois ela irá se
desenvolver permeada por relações cotidianas, e assim vai construindo sua
identidade, a imagem de si e do mundo que a cerca".
Por meio das brincadeiras, as crianças criam fantasias, capacidade de
imaginar, de imitar os adultos sem medo de imposição e adquiri experiências para a
vida adulta. É onde ela explora e reflete a realidade e a cultura em que ela vive. A
experiência de vivenciar os diferentes papéis sociais (papel da mãe, papel do pai,
um super herói, um médico, etc.) através do faz de conta, permite que ela
compreenda o papel do adulto e aprenda a se comportar como ele, podendo assim,
conhecer o mundo e conhecer-se a si mesma. Cunha (2007, p. 23) esclarece:

Neste tipo de brincadeira a criança traduz o mundo dos adultos para a


dimensão de suas possibilidades e necessidades, as crianças precisam
vivenciar suas idéias em nível simbólico, para poderem compreender seu
significado na vida real.

Para Kishimoto (2003), quando a criança brinca, ela sai do papel passivo para
o ativo tendo a oportunidade de enfrentar seus medos, criando seu mundo imaginário
de sua maneira, onde cria poderes, vive seu momento de super-herói, e governa seu
próprio mundo. ‘’Brincando, portanto, a criança coloca-se num papel de poder, em
que ela pode dominar os vilões ou as situações que provocariam medo ou que a
fariam sentir-se vulnerável e insegura’’. (KISHIMOTO, 2003, p.66)
De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil
(RCNEI), referindo-se ao brincar pode-se entender que:

Brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da


identidade e da autonomia. O fato de as crianças, desde muito cedo poder se
comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde representar determinado
papel na brincadeira faz com que ela desenvolva sua imaginação. Nas
brincadeiras as crianças podem desenvolver algumas capacidades
importantes, tais como a atenção, a imitação, a memória, a imaginação.
(BRASIL, 1998, v. 2, p. 22).

Portanto, o ato de brincar de faz de conta é essencial para o desenvolvimento


integral das crianças, ou seja, em nível cognitivo, social, afetivo, motor, explorando a
imaginação, criatividade, representação e autonomia. O faz de conta permite que a
criança possa ser quem ela quiser, quando e onde quiser, além de poder transformar
qualquer objeto naquilo que ela deseja. Segundo Kishimoto (2003, p.43) “ao prover
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de uma situação imaginativa por meio de uma atividade livre a criança desenvolve a
iniciativa, expressa seus desejos e internaliza as regras sociais”. Para Vygotsky
(2007) uma das funções básicas do brincar é que a criança aprenda a elaborar
situações e resolver problemas conflitantes de seu dia-a-dia, pois ela elabora
hipóteses para solução dos problemas e toma atitudes, além do seu comportamento
habitual de sua idade, pois busca alternativas para transformar seus sonhos e
desejos em realidade para satisfazer suas necessidades que estão no seu interior.

Para resolver essa tensão, a criança em idade pré-escolar envolve-se num


mundo ilusório e imaginário onde os desejos não realizáveis podem ser
realizados, e esse mundo é o que chamamos de brinquedo. (VYGOTSKY,
2007, p.108)

Para a criança, o brinquedo tem um significado muito importante, pois é a


ponte entre a imaginação e a brincadeira. Através dele a criança pode dar diversas
direções para sua imaginação. A Brincadeira é o verdadeiro impulso da criatividade.
A brincadeira do faz de conta, é também conhecida como brincadeira
simbólica. Brincando simbolicamente, a criança amplia seu vocabulário, aprende
novas palavras, nomeia os objetos, utiliza expressões do seu cotidiano construindo
assim, várias formas de linguagem, pois não estão apenas brincando, mas sim
desenvolvendo seu aprendizado através da imaginação e criatividade, controlando
seus medos e ansiedade.
Brincando, a criança explora o mundo, constrói seu saber, desenvolve o
sentimento de grupo, aprende a respeitar o outro, ativa a imaginação, expressa suas
emoções, exterioriza seus conflitos, e acima de tudo se autorrealiza. Nas
brincadeiras nas quais está implícito o perder e o ganhar, ajudam a criança entender
e trabalhar suas frustrações, pois aprender a lidar com esse sentimento é essencial
para o equilíbrio emocional e o desenvolvimento da personalidade.
Outro aspecto importante trazido pelas brincadeiras é o desenvolvimento do
raciocínio, da atenção e da criatividade, na medida em que as brincadeiras trazem
novas linguagens, ajuda ela a pensar.
Na fase dos dois aos sete anos de idade, aparecem as linguagens em que as
crianças entram em contato com a socialização, pensamento e intuição, onde
despertam para a comunicação com outras crianças e adultos.
Para Piaget (2003, p.28-29):
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É fácil dar-se conta de que estes jogos simbólicos constituem uma atividade
real do pensamento, embora essencialmente egocêntrica, ou melhor,
duplamente egocêntrica. Sua função consiste em satisfazer o eu por meio de
uma transformação do real em função dos desejos: a criança que brinca de
boneca refaz sua própria vida, corrigindo-a à sua maneira, e revive todos os
prazeres ou conflitos, resolvendo-os, compensando-os, ou seja, completando
a realidade através da ficção.

A criança tem oportunidade de simular situações e conflitos da sua vida


familiar e social, o que permite a ela transpor suas emoções, seus medos, suas
angústias e resolver seus conflitos internos, portanto, ela é um ser sociável que se
relaciona com o mundo a sua volta de acordo com sua compreensão e
potencialidades, e brinca espontaneamente independente do ambiente. Por isso,
quanto mais atividades lúdicas forem inseridas nas atividades pedagógicas, maior
será o envolvimento e o resultado do objetivo trabalhado.
Os jogos de faz de conta, sem dúvida, levam as crianças a buscarem
explicações em relação ao mundo em que vivem, o qual inclui, além da cultura
infantil, a cultura lúdica e a cultura adulta, as quais, numa interação, formam a
“cultura de pares”, conforme mostra Ades (2009, p. 161).
Segundo Ades (2009),a cultura de pares não estabelece uma fronteira, mas
mostra como autonomia e negociação se intercalam. A autonomia porque as
crianças buscam, durante todo o tempo, uma independência nas suas atitudes do
dia a dia, assim como os adultos as realizam. E a negociação, porque as crianças
dependem da ação do adulto para cumprir as suas tarefas, e neste processo, é
comum surgirem conflitos, pela incompreensão de ambas as partes.
É pela busca da autonomia que as negociações se tornam ainda mais
importantes para a criança, que possui o desejo de experimentar o poder e controle
do mundo adulto. Este último representa, então, a peça-chave na transmissão do
repertório lúdico infantil.
Segundo estudos realizados por Sakamoto (2005), brincar na infância constitui
construções significativas na vida da criança, nos mais distintos aspectos, inclusive
no papel social que esta desempenha ao tomar contato com outras pessoas e
explorar outros os locais por onde passa.
Winnicott (1975), ao abordar a criatividade como elemento essencial no
desenvolvimento do indivíduo, apresenta uma interessante perspectiva de
compreensão sobre este conceito. Para este psicanalista, a construção da identidade
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e o formato do mundo interno subjetivo são resultados diretos da criatividade e


representam as primeiras produções criativas do indivíduo.
Assim, a visão winnicottiana para a criatividade destaca a inseparabilidade na
relação entre o indivíduo e o mundo, ou, entre o sujeito e o objeto. Ou seja, “o que é
objetivamente percebido” e “o que é subjetivamente concebido”, para Winnicott
(1975, p. 77), é uma contradição que deve ser aceita, mas que não precisa,
necessariamente, ser resolvida.
Complementando, Sakamoto (2008) descreve que é na infância que o
indivíduo saudável irá explorar as experiências que permitirão a construção de
conhecimento sobre si, sobre o outro e sobre o mundo.
Após empreender o Eu, o sujeito passa a desvendar o refinamento de
algumas peculiaridades, a ampliar habilidades ou adquirir noivas capacidades
mentais, enriquecendo de conhecimento por meio de inúmeras competências e
habilidades. Propor brincadeiras no campo da aprendizagem evidencia que o brincar
transformado em instrumento pedagógico na educação, levará a criança a cumprir
seu papel social e mais tarde tornar-se um adulto capaz.

2.3. O TRABALHO DO PROFESSOR FRENTE AO BRINCAR NA EDUCAÇÃO


INFANTIL

Segundo Morin (2004) o professor pode analisar através da atividade lúdica o


desenvolvimento das crianças em conjunto ou até mesmo cada uma particularmente
e mencionar suas aptidões como o uso das linguagens e as capacidades sociais,
afetivas e emocionais que dispõem.
Este, por sua vez, deve organizar situações para que as brincadeiras possam
ocorrer de maneira diversificada para favorecer as crianças a possibilidade de
escolherem os temas objetos e companheiros para que assim elaborem de forma
pessoal sujas emoções, sentimentos e regras sociais.
Kishimoto (2000) complementa mostrando que quando há intencionalidade
nas brincadeiras das crianças é preciso que o professor tenha consciência que elas
não estarão brincando livremente nesta ocasião, pois há objetivos didáticos em
questão e o professor deve se comprometer a acompanhar todo o processo.
De acordo com Morin (2004) brincar deve ser visto pelos professores como
uma atividade séria e não apenas como uma atividade desorganizada, barulhenta e
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desnecessária. Em situações educacionais, o brincar permite que os adultos


compreensivos aprendam sobre as crianças e suas necessidades. Isso faz com que
os professores sejam capazes de saber de onde as crianças estão em sua
aprendizagem e desenvolvimento no geral, facilita também ao professor promover
novas aprendizagens nos domínios cognitivos e afetivos. O papel do professor é
garantir que a aprendizagem seja continua e inclua fatores além dos intelectuais.
Assim, ‘’ele pode tentar diagnosticar o que a criança aprendeu por meio do brincar
livre ou dirigido sendo um observador e avaliador, e estimular o desenvolvimento de
um novo ciclo’’ (LOBO, 2016, p. 21). Para Morin (2004, p.55) “todo desenvolvimento
verdadeiramente humano, significa o desenvolvimento conjunto das autonomias
individuais, das participações comunitárias e do sentimento de pertencer à espécie
humana”. Com isso, entende-se que o educador tem que respeitar o nível da
maturidade da criança, pois uns aprendem e brincam com mais facilidades que
outros. Dessa maneira, ‘’as situações de jogos e brincadeiras são consideradas
como parte das atividades pedagógicas, porque são elementos estimuladores do
desenvolvimento’’ (ALMEIDA, 2004, p. 33). Segundo Lobo (2016) muitos educadores
acreditam que ações didáticas de cópias e reprodução no papel têm maior resultado
pedagógicas, essa é a visão extremamente tradicional. Quando o educador oferece
a criança uma vasta oferta de materiais e atividade diferenciada está desenvolvendo
sua autonomia e valorizando sua participação nas escolhas das atividades do dia.
O papel do professor é fundamental diante das atividades lúdico como
observador e organizador das brincadeiras e jogos que as crianças gostam e
conhecem, o educador também possibilita a ampliação do repertorio das brincadeiras
e incrementam as que as crianças já conhecem, enriquecendo assim suas
experiências. De acordo com Hoffman (2000) o educador pode, considerando seus
objetivos lúdicos:
• Propor acordos e não necessariamente regras;
• Dar oportunidades para que os alunos expressem suas vontades nos atos de
brincar;
• Dar responsabilidades para os alunos auxiliarem nas atividades e se sentirem
realmente ativos, importantes e contemplados;
• Conversar, estar pronto para ouvir e analisar se as aulas estão desenvolvendo
adequadamente os seus alunos.
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O papel do professor no contexto educacional é diretamente impactado por


essas variações nas correntes pedagógicas. A relação professor-aluno, suas opções
metodológicas e a forma de atuação didática, por mais que sejam carregadas de
aspectos subjetivos de cada docente, são coerentes com opções políticas e visões
sociais, ainda que estas opções não sejam conscientes. Ainda que fruto da influência
ideológica da sociedade na qual está inserida, essas concepções afetam diretamente
o processo de alfabetização.
Refletir sobre o papel do professor diante deste cenário, requer a
compreensão de que existem outros condicionantes no processo educativo e na
alfabetização que extrapolam a atuação docente. Esses condicionantes são
justamente questões culturais e socioeconômicas, que devem ser levados em conta
para discutir a alfabetização em seus aspectos teóricos.
A historicidade visível no processo de variação e surgimento dessas
tendências, assim como de predominância de uma ou outra dependendo do
momento em que se encontrava a sociedade, não basta para a compreensão do que
é tido como prática docente em relação a alfabetização, uma vez que essas
tendências não aparecem de forma pura ao longo dos anos.
Os docentes, inseridos neste contexto dialético, enfrentam a contradição entre
as condições concretas de trabalho, os interesses e intenções políticas oficiais e seu
próprio arcabouço ideológico que, diversas vezes, não é coerente com os ideais
vigentes na sociedade.
As tendências pedagógicas liberais apontam o professor como o responsável
por conduzir o ensino de forma que seu alunado esteja preparado para atender à
demandas sociais pré-estabelecidas, enquanto as tendências progressistas apontam
a direção inversa: o conhecimento e o acesso ao saber como ponto de partida para a
transformação social realizada pelo aluno. As duas tendências se desdobram no
decorrer dos anos em resposta à novas demandas e movimentos sociais.
O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil – (RCNEI), mostra
que o professor é essencial na criação de um ambiente propício para a
aprendizagem e desenvolvimento humano, de experiências educativas e sociais
variáveis (OLIVEIRA, 2000).
Ainda de acordo com Oliveira (2000), é importante valorizar as atividades
feitas pelas crianças, animando-as sem promover uma competição que não seja
saudável, visto que em jogos não competitivos, não há a necessidade de
ganhadores ou
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perdedores. Além disso, é preciso estimular suas imaginações participando das


brincadeiras e até contando histórias sobre as vivências na mesma fase. De acordo
com Kishimoto (2000), em muitos momentos o professor se sobrecarrega com ouras
funções e acaba não dando a devida atenção para este processo do brincar,
deixando de acompanhar a evolução de seus alunos, as novas aquisições de
conhecimento e as relações desenvolvidas entre as crianças neste processo.
Outro fator extremamente relevante é a parceria com a família, pois estes
devem estar alinhados aos objetivos da escola, compreendendo a sua proposta,
auxiliando e incentivando o desenvolvimento do aluno. Para isso, é necessário que
os profissionais da escola desenvolvam ações que contemplem toda a comunidade,
para que a família seja inserida neste processo. Porém, antes disso, é necessário
que o professor tenha formação adequada para desempenhar com excelência as
suas funções. E para o bom desempenho desta profissão, Oliveira (2000, p. 33) faz
as seguintes considerações:

É indispensável não só gostar de crianças, mas também aprender a trabalhar


com elas, compreendê-las e desfrutar com elas os múltiplos divertimentos e
fantasias que lhes são característicos. É necessária uma clara vocação
pedagógica, bem como a capacidade de saber estar com muita atenção e
disponibilidade com cada uma das crianças e, simultaneamente, com o grupo
no seu conjunto. Neste sentido, é necessário que estes profissionais sejam
atentos e capazes de compreender as particularidades de cada criança. Ter
imaginação, sentido de humor e espírito alegre incluem-se também nas
características da personalidade do educador que podem constituir uma
excelente mais-valia para um correto desenvolvimento da carreira. Esta é
uma profissão considerada compensadora por quem a exerce, mas também
desgastante dada à atenção que as crianças exigem (OLIVEIRA, 2000, p. 24)
Dessa forma, é preciso que o profissional saiba contemplar verdadeiramente à
infância em suas ações, considerando a necessidade do brincar e tornando a escola
um ambiente fértil para a aprendizagem e desenvolvimento. No entanto, embora
gostar de crianças seja importante, estar apto para tal função é ainda mais
(KISHIMOTO, 2000).
Neste sentido, fomenta-se a necessidade de formação inicial e continuada
adequadas para que o professor esteja aberto aos novos métodos de ensino que
fogem dos modelos tradicionais e evidenciam a necessidade de trabalhar de forma
lúdica, mostrando que a aprendizagem também pode acontecer longe dos cadernos
e lápis, com explorações, observações e construções constantes (SANTOS, 1997).
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Sabemos que é possível ao ser humano adquirir e construir o saber,


brincando, ou seja, ‘’ brincando aprendemos a conviver, a ganhar ou perder,
a esperar nossa vez e lidamos melhor com possíveis frustrações. Deve-se
considerá-la como um sujeito em desenvolvimento que explora as situações
e fórmula significados, assumindo ações. O trabalho organizado seguindo
esta metodologia deverá ser definido em conjunto com os professores e
equipes técnica de cada unidade, oferecendo um fio condutor para as
atividades realizadas com as crianças, garantindo um significado concreto e
a possibilidade de um trabalho que interage as diversas áreas de
conhecimento (SANTOS, 1997, p. 66).

Dessa forma, é de extrema relevância englobar o lúdico e, simultaneamente,


discutir o papel do professor neste processo, para que compreenda a necessidade
de inserir as brincadeiras no processo educativo, bem como rever a sua postura,
que deve ser mediadora, ou seja, atuando de forma descentralizadora, criando
caminhos para levar o aluno de encontro ao objeto de estudo (KISHIMOTO, 2000).
Hoffman (2000) ao falar do papel do professor neste processo, reflete sobre o
sistema educacional, enfatizando que são diversos os fatores que mantém as
práticas pedagógicas tradicionais, dificultando a inovação das metodologias.
Neste contexto, ressalta-se a necessidade de um sistema que promova o
acesso à educação universal, envolvendo participação da sociedade, aprendizagem,
questionamento, compreensão, entre outros fatores.
O modelo tradicional, baseia-se na avaliação classificatória, que de acordo
com Hoffman (2000), está relacionada ao modelo elitista e capitalista, que associa a
educação e qualidade ao excesso de provas e notas e erroneamente atribui o
desenvolvimento do aluno a quantidade de acertos, ou seja, quanto maior a nota,
maior o seu aprendizado.
No entanto, Hoffman (2000) discute a ineficácia deste tipo de modelo de
avaliação, pois é incapaz de apontar as falhas no processo de ensino aprendizagem,
não demonstrando as dificuldades do aluno na aquisição de novos conhecimentos,
tampouco as falhas do professor na transmissão dos conteúdos.
Além disso, limita os alunos a responderem questões sugeridas pelos livros
didáticos e professores, sendo que não é incomum verificar alunos que estudam ou
decoram as matérias apenas para alcançar boas notas. E através disso, ao invés de
desenvolverem conhecimento, desenvolvem apenas técnicas de memorização,
obediência e passividade.
O processo de escolarização inovador, envolve uma relação entre professor e
aluno baseada em muito diálogo, debate, questionamento e compreensão,
explorando
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a capacidade mental dos alunos, buscando o desenvolvimento máximo possível


(MORIN, 2004).
Levando em consideração os aspectos citados, surge a proposta da mediação
mediadora, que ‘’leva o professor a prestar mais atenção e entender melhor o aluno,
buscando questões desafiadoras capazes de garantir maior autonomia moral e
intelectual (HOFFMAN, 2000, p. 38).
Neste sentido, é importante o aluno ter espaço para expor suas ideias e
dialogar com a classe e o professor. As atividades tradicionais, por sua vez, podem
ser substituídas por diversas produções que explorem a espontaneidade do aluno, e
todas elas são válidas para analisar suas ideias e também dificuldades, servindo
para um direcionamento para o professor repensar em suas práticas, se estão
contemplando os alunos ou não, buscando sempre a inovação.
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CONCLUSÃO

A partir do desenvolvimento do estudo foi possível verificar que a


escolarização para as crianças necessita de atividades que estejam alinhadas a
infância, trabalhando a linguagem natural dos alunos, tornando o processo de ensino
aprendizagem agradável e efetivo.
Desta forma, o presente estudo objetivou compreender como a educação
lúdica pode ser utilizada como recurso pedagógico na Educação Infantil. E com a
contribuição de renomeados teóricos os objetivos foram atingidos, pois foi constatado
que através do lúdico a criança desenvolve inúmeras habilidades de socialização,
autoconhecimento, raciocínio, entre outros, que permitem que o indivíduo estabeleça
uma relação positiva consigo, com o outro e com o meio onde está inserido.
Além disso, a aprendizagem torna-se um ato prazeroso, uma vez que as
habilidades são despertadas através do ato de brincar, gerando leveza, diversão,
além de respeitar primordialmente o direito da criança.
Por fim concluiu-se que embora as atividades lúdicas sejam de grande
importância na vida das crianças, a escola e o professor possuem papel fundamental
na organização das propostas que contemplam a ludicidade bem como a
organização do ambiente deixando um clima propicio para as atividades das
crianças, gerando oportunidades para que a criança observe, explore, crie soluções,
desenvolva inteligência emocional, entre outros, sendo direcionada pelo professor
que deve trabalhar como mediador, visando que o aluno torne-se autor de sua
própria aprendizagem.
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