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COORDENAÇÃO DA
EDUCAÇÃO INFANTIL
2023
FICHA TÉCNICA
Diretora Pedagógica
Maria Aparecida Pacobahyba Raposo
Corretora ortográfica
Adrianny Geni Ricco Knebel Diniz
Sumário
1 Apresentação……………………………………………………………………….. 4
7 Referências………………………………………………………………………… 38
Apresentação
Olá, Educadores!
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A Educação Infantil e o contexto do letramento: a inserção de
práticas sociais no cotidiano pedagógico
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II - favoreçam a imersão das crianças nas diferentes linguagens e o progressivo
domínio por elas de vários gêneros e formas de expressão: gestual, verbal, plástica,
dramática e musical;
III - possibilitem às crianças experiências de narrativas, de apreciação e interação com
a linguagem oral e escrita, e convívio com diferentes suportes e gêneros textuais orais e
escritos (...)
IV - recriem, em contextos significativos para as crianças, relações quantitativas,
medidas, formas e orientações espaço temporais;
(BRASIL, 2009b, p. 04).
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Dessa maneira, o ambiente letrado nas instituições de Educação Infantil deve ser
planejado de forma a ser convidativo, despertando o interesse e a curiosidade nas crianças pela
leitura e escrita, bem como pela numeracia em suas diferentes funções sociais. Portanto, a sala
de referência precisa ser planejada e organizada com essa intencionalidade pedagógica,
propondo contextos investigativos que levarão as crianças a entenderem a importância das
funções sociais da escrita que permeiam desenhos, letras e números. A BNCC nos diz:
Segundo as autoras Ferreiro e Teberosky (1999), as crianças são capazes de lidar com a
escrita enquanto objeto cultural, assim como de criar hipóteses sobre o seu funcionamento e
representação construindo sistemas interpretativos sobre a língua escrita. Diante disso, o
professor como mediador desse processo deve perceber a curiosidade, a necessidade e o
interesse da criança, e assim realizar intervenções que as ajude a avançar em suas hipóteses de
escrita de maneira contextualizada e lúdica, por meio de práticas significativas de letramento.
Compreendemos, portanto, que é através das interações e das brincadeiras com a escrita
que a criança constrói o seu próprio conhecimento e com isso vai avançando na elaboração de
suas hipóteses e na compreensão das funções sociais existentes. Entendemos que letrar é
entrar no mundo da criança e, junto com ela, conhecer os múltiplos letramentos em que seu
contexto oferece. A partir disso, meninos e meninas terão uma aprendizagem prazerosa e
significativa mediante as experiências que forem oportunizadas nas instituições de Educação
Infantil.
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Orientações para o uso do material estruturado da Educação Infantil
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Partindo dessa premissa, elencamos a seguir, um conjunto de objetivos de
aprendizagem e desenvolvimento - (OAD) que deve ser garantido e oportunizado às
. Cada OAD pode ser entrelaçado a novos conjuntos de objetivos para assegurar
crianças.
práticas integrais para meninos e meninas. A organização desse material também foi
pensada para que todos os objetivos de aprendizagens sejam vivenciados pelas crianças,
garantindo um processo de desenvolvimento integral. Dessa forma, orientamos para as
instituições de Educação Infantil reservarem os meses de outubro a dezembro para:
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OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E
DESENVOLVIMENTO, SEGUNDO A BNCC
Usar estratégias pautadas no respeito mútuo para lidar com conflitos nas
(EI03EO07)
interações com crianças e adultos.
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CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS - (CG)
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ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO - (EF)
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ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES - (ET)
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TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS - (TS)
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OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E
DESENVOLVIMENTO PRIORITÁRIOS PARA A
PRÉ-ESCOLA
INFANTIL IV
CAPÍTULO 1
(EI03EO01) (EI03CG04)
(EI03TS01) (EI03EF01)
JUNHO
(EI03EF06) (EI03ET02)
(EI03ET07) (EI03EO06)
INFANTIL IV
CAPÍTULO 2
(EI03EO03) (EI03EF02)
(EI03CG01) (EI03EF08)
AGOSTO
(EI03TS01) (EI03ET04)
(EI03EF03) (EI03ET06)
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INFANTIL IV
CAPÍTULO 3
(EI03EO02) (EI03EO03)
(EI03CG02) (EI03ET05)
SETEMBRO
(EI03TS02) (EI03ET06)
(EI03EF04) (EI03EF05)
INFANTIL IV
CAPÍTULO 4
(EI03EO02) (EI03EF02)
(EI03EO07) (EI03EF07)
OUTUBRO
(EI03CG05) (EI03ET03)
(EI03TS02) (EI03ET08)
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INFANTIL V
CAPÍTULO 5
(EI03EO01) (EI03CG04)
(EI03TS01) (EI03EF01)
JUNHO
(EI03EF06) (EI03ET02)
(EI03ET07) (EI03EO06)
INFANTIL V
CAPÍTULO 6
(EI03EO03) (EI03EF02)
(EI03CG01) (EI03EF08)
AGOSTO
(EI03TS01) (EI03ET04)
(3I03EF03) (EI03ET06)
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INFANTIL V
CAPÍTULO 7
(EI03EO02) (EI03EO03)
(EI03CG02) (EI03EF05)
SETEMBRO
(EI03TS02) (EI03ET06)
(EI03EF04) (EI03ET05)
INFANTIL V
CAPÍTULO 8
(EI03EO05) (EI03EF01)
(EI03CG03) (EI03EF05)
OUTUBRO
(EI03TS02) (EI03ET01)
(EI03TS03) (EI03ET06)
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Orientações de ampliação das experiências
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Jogos e brincadeiras com materiais de largo alcance
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Jogos e brincadeiras com materiais de largo alcance
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Brincando com as letras
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Interagindo com as letras
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Explorando rótulos de embalagens
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Formando palavras com materiais diversos
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Escrita Espontânea
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Contação de história
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Escrita do nome com os elementos da natureza
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Sugestões de práticas inclusivas
Oferecer diferentes estratégias é oferecer possibilidades dentro dos mesmos objetivos e da mesma
intencionalidade. Nesse sentido, é necessário que todas as crianças participem das mesmas
experiências propostas pelo educador. Segue, algumas sugestões para facilitar a mediação das
vivências:
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A transição da Educação Infantil para Ensino Fundamental
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Diante do exposto e considerando que os eixos estruturantes das práticas pedagógicas que
são as interações e a brincadeira (BRASIL, 2017), as práticas lúdicas e as que promovem trocas das
crianças com o meio, com seus pares, com os adultos e com a cultura devem permanecer como
premissa da ação educativa. Estar no Ensino Fundamental não deve ser critério para
desconsiderar a necessidade que as crianças têm de brincar e interagir. Do mesmo modo que
considerar a ludicidade no processo de ensino-aprendizagem não é impeditivo para que as
situações de letramento sejam propostas para as crianças da Educação Infantil que
posteriormente consolidarão esse aprendizado no processo de alfabetização. Ao ponderar esta
articulação, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) ressalta que:
No processo da transição, assim como em todo o processo educativo, as crianças devem ser as
protagonistas. No entanto, os educadores também são atores sociais de extrema importância,
pois devem agir conduzindo constantes diálogos entre si, com os meninos e meninas e com as
famílias/responsáveis. Considerando que o/a professor(a) é uma figura de referência, as
Diretrizes Curriculares Municipais para a Educação Infantil de Caucaia (CAUCAIA, 2022, p. 102)
sugerem práticas pedagógicas para este momento de transição, sendo elas:
Socializar e dialogar com as professoras do 1º ano a documentação avaliativa (portfólio e
relatório) das crianças do infantil V;
Oportunizar, se possível, um momento de planejamento em conjunto com as professoras do
infantil V e do 1º ano do Ensino Fundamental;
Participar, se possível, de momentos formativos para compreender os objetivos de cada etapa
de ensino: Educação Infantil (infantil V) e Ensino Fundamental (1º ano);
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Buscar conhecer as rotinas e as práticas pedagógicas dos professores de ambas etapas de
Educação;
Realizar, juntamente com o grupo gestor, reunião formativa para os pais sobre essa transição
da Educação Infantil para o Ensino Fundamental e suas principais características: rotina,
organização dos espaços e trabalho pedagógico;
Dialogar com os pais sobre a importância de acompanhar e observar o processo de transição
das crianças da Educação Infantil para o Ensino Fundamental;
Inserir práticas lúdicas no cotidiano pedagógico por meio das interações e das brincadeiras.
Considerando isso, durante a construção das práticas de transição, as crianças da Educação
Infantil precisam se apropriar dos novos espaços, da nova rotina e do grupo de professores que
irá conduzir o trabalho no ano posterior. Já o grupo docente do 1º ano do Ensino Fundamental
deve se apropriar do que foi construído e vivenciado pelas turmas do Infantil V de maneira
individual e coletiva. Esta apropriação se inicia a partir dos diálogos entre os profissionais destas
duas etapas da Educação Básica e é endossada pelos documentos pedagógicos produzidos. O
documento “Afinal, o que é transição?”, produzido pela Secretaria da Educação do Ceará reitera
que:
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Através do planejamento dialogado e alinhado entre Educação Infantil e Ensino
Fundamental, oportunizam-se práticas que versam sobre as duas etapas e garantem a
construção de um currículo integrador (CEARÁ, 2019). Esta integralidade garante que não haja
rupturas entre as formas de conduzir os processos de ensino-aprendizagem. Portanto, de
acordo com o Documento Curricular Referencial do Ceará (DCRC), a ideia de construir uma
estrutura curricular que integra o percurso das crianças da pré-escola ao 1º ano do Ensino
Fundamental serve para:
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Disponível em:
34
Disponível em:
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Salientamos que durante os meses de novembro a dezembro, as experiências de transição
propostas às turmas de Infantil V precisam ser compostas por vivências práticas que tenham
como foco os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento correlacionados às áreas de
conhecimento, conforme está disposto nas tabelas das páginas anteriores. Dessa maneira, o
trabalho integrado e contínuo garantirá que as crianças vivenciem o processo de transição de uma
etapa para a outra a partir de um contexto pautado em práticas pedagógicas significativas que
respeitam as singularidades da primeira infância.
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Ampliação dos saberes
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Referências
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: MEC, 2017.
CAUCAIA. Secretaria Municipal de Educação. Diretrizes Curriculares Municipais para a
Educação Infantil. Caucaia: SME, 2022.
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Ministério da Educação. –
Brasília: MEC, SEB, 2009.
CEARÁ. Afinal, o que é transição? Fortaleza: Secretaria de Educação. 2021. Disponível em:
<https://drive.google.com/drive/folders/16lSBA_Gi1Gsta6E1VRF-ctsbUDDI_rhg>. Acesso em: 11
de maio de 2023.
FERREIRO, Emília e TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da Língua Escrita. Artmed Editora. Porto
Alegre. 1999.
FERREIRO, Emilia. Reflexões Sobre Alfabetização. São Paulo: Cortez, 2000.
SOARES, Magda. Alfaletrar: toda criança pode aprender a ler e a escrever. São Paulo: Contexto,
2021.
SOARES, Magda. Novas práticas de leitura e escrita: Letramento na cibercultura. Revista
Educação e Sociedade. Campinas, vol. 23, nº81, p. 143 -160. 2002.
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