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COMPETÊNCIAS ESPECIFICAS DE

LÍNGUA PORTUGUESA: PRÁTICAS


DE LINGUAGEM, OBJETOS DE
CONHECIMENTO E HABILIDADES.

Profa. Ma. Roseli do Nascimento Moreira


Profa. Especialista Odenise Jara Gomes Lente
LINGUAGENS
Conforme preconizado pela BNCC,
Linguagens é uma área que expressa os
campos da vida social e é composta pelos
componentes curriculares: Língua
Portuguesa, Arte, Educação Física.

DA APRENDIZAGEM

As atividades humanas realizam-se nas


práticas sociais, mediadas por diferentes
linguagens: verbal (oral ou visual-motora,
como Libras, e escrita), corporal, visual,
sonora e, contemporaneamente, digital. Por
meio dessas práticas, as pessoas interagem
consigo mesmas e com os outros,
constituindo-se como sujeitos sociais. Nessas
interações, estão imbricados
conhecimentos, atitudes e valores culturais,
morais e éticos (BRASIL, 2017, p. 63).
PARA OS ANOS INICIAIS SÃO CONSIDERADAS SEIS
COMPETÊNCIAS:
I. Compreender as linguagens como construção humana, histórica,
social e cultural, de natureza dinâmica, reconhecendo-as e
valorizando-as como formas de significação da realidade e
expressão de subjetividades e identidades sociais e culturais.

II. Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artísticas,


corporais e linguísticas) em diferentes campos da atividade
humana para continuar aprendendo, ampliar suas possibilidades
de participação na vida social e colaborar para a construção de
uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva.

III. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora,


como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, para
se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e
sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que
levem ao diálogo, à resolução de conflitos e à cooperação.
IV. Utilizar diferentes linguagens para defender pontos de vista que respeitem
o outro e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o
consumo responsável em âmbito local, regional e global, atuando criticamente
frente a questões do mundo contemporâneo.

V. Desenvolver o senso estético para reconhecer, fruir e respeitar as diversas


manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, inclusive aquelas
pertencentes ao patrimônio cultural da humanidade, bem como participar de
práticas diversificadas, individuais e coletivas, da produção artístico-cultural,
com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas.

VI. Compreender e utilizar tecnologias digitais de informação e comunicação


de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais
(incluindo as escolares), para se comunicar por meio das diferentes linguagens
e mídias, produzir conhecimentos, resolver problemas e desenvolver projetos
autorais e coletivos.
 O PAPEL DO PROFESSOR

 o papel do professor é o de mediador das


aprendizagens e que o aprendiz é o sujeito
em desenvolvimento, impactando na
organização e elaboração do planejamento,
afinal, as atividades propostas devem ser
para que o estudante reflita sobre a
linguagem escrita, partindo dos
conhecimentos que já possui sobre essa
escrita para, assim, formular novas
hipóteses.
ALFABETIZAR LETRANDO
OU
LETRAR ALFABETIZANDO
 O Documento de Referência
Curricular e em consonância com a
BNCC, as discussões sobre as práticas
pedagógicas em Língua Portuguesa, as
concepções de língua, linguagem e
leitura estão pautadas na vertente
enunciativo-discursiva de
linguagem e no Letramento,
enquanto abordagens teóricas
norteadoras do processo de ensino e
aprendizagem nos Anos Iniciais.
TRANSPOSIÇÃO DIDÁTICA
 A língua escrita, enquanto objeto do conhecimento,
está imbricada à sua função social, por isso deve ser
ensinada em situações de uso real, para além do
próprio ambiente escolar, considerando espaços
formais e informais de aprendizagem, visto que a
língua é uma construção social e cultural, além de
mecanismo para a comunicação e interação em
variadas práticas de linguagem.
 Pensar no tempo escolar e organizá-lo no
planejamento depende também de conhecimentos
pedagógicos e do quanto o professor está
comprometido com a aprendizagem dos estudantes,
destacando-se, ainda, que os estudantes devem
compreender o processo de construção do Sistema de
Escrita Alfabética até o 2º ano do Ensino
Fundamental, conforme proposta da BNCC.
PRÁTICAS

 Orientar as crianças a analisarem a fala, estabelecendo correspondências


entre letra-som.
 Consciência de palavra: atividade de colorir os espaços entre as palavras
de um texto, riscar uma palavra que foi apresentada antecipadamente
dentro de um texto ou frase, circular todas as palavras que sejam escritas
com uma letra escolhida dentro de um texto ou frase;
 Consciência da sílaba, bater palmas de modo a contar o número de sílabas
da palavra, inverter a ordem de sílabas na palavra, adicionar sílabas,
excluir sílabas, juntar sílabas isoladas para formar uma palavra,
segmentar as palavras em sílabas, fornecer palavras a partir de uma sílaba
dada;
 Consciência de rima da sílaba, produzir palavras em que a sílaba final
rime;
 Consciência da rima da palavra, produzir palavras que incluem mais do
que uma sílaba que rime, palavras que apresentem sons iguais desde a
vogal ou o ditongo tônico, sendo mais proeminente ao último
fonema(....).
LEITURA: INTERESSES POR IDADE

 4 anos: a partir dos 4 anos de idade, sejam inseridas, como forma


de valorizar a cultura local e ampliar o repertório de leitura dos
estudantes, histórias representativas da literatura Mato-Grossense,
africana e indígena, considerando é claro, a adequação à faixa etária
com a qual o professor estiver trabalhando.

 6 anos: Utilização de livros com textos que utilizem figuras de


linguagem que explorem o som das palavras e estruturas frasais
mais simples sem longas construções; ampliação das temáticas com
personagens inseridas na coletividade, favorecendo a socialização,
sobretudo na escola; a ilustração deve integrar-se ao texto a fim de
instigar o interesse pela leitura; uso de letras ilustradas, palavras
com estrutura dimensiva diferenciada e explorando caráter
pictórico. Excelente momento para enfatizar os poemas...

 Dos 7 aos 8 anos: Nesse período, as crianças já conseguem ler


frases completas e compreender histórias maiores. Essa faixa etária
também é caracterizada pela formação da personalidade, que já
sabe inclusive apontar as histórias ou livros que mais lhe agradam.
 Dos 9 aos 11 anos: A partir dos 9 anos a relação com a leitura
começa a mudar, sendo que aos 10 anos o estudante tem certo
conhecimento do vocabulário, dos tipos de história e uma
personalidade cada vez mais forte e influente na hora da
escolha do livro. Nessa idade, as histórias clássicas infanto-
juvenis são as que fazem mais sucesso, por estimularem a
criatividade, imaginação e a inteligência. Os enredos mais
comuns são suspense, mistério e fantasia.

 A partir dos 12 anos: Após os 12 anos, a leitura deve passar


a ser mais aprofundada, explorando os clássicos, temas
densos e os diferentes gêneros literários. Aqui os livros
deixam de valorizar imagens para focar quase que
exclusivamente no seu conteúdo, que deve ser capaz de
estimular, educar e cativar esses leitores.
DOCUMENTO DE REFERÊNCIA CURRICULAR - LÍNGUA
PORTUGUESA (ANOS INICIAIS) ESTÁ ORGANIZADO POR CAMPOS

 a) Campo da Vida Cotidiana: relativo à participação em situações


de leitura e produção de texto, próprias de atividades vivenciadas
cotidianamente no espaço familiar, escolar, social e cultural, nas
quais circulam alguns gêneros como: agendas, listas, bilhetes,
recados, avisos, convites, cartas, cardápios, diários, receitas, regras
de jogos e brincadeiras;

 b) Campo Artístico-literário: relativo à participação em situações


de leitura, fruição e produção de textos literários e artísticos,
representativos da diversidade cultural e linguística, que favoreçam
experiências estéticas. Alguns gêneros deste campo: lendas, mitos,
fábulas, contos, crônicas, canção, poemas, poemas visuais, cordéis,
quadrinhos, tirinhas, charge/cartum, dentre outros.
 c) Campo da Vida Pública: relativo à participação em situações
de leitura e produção de texto, especialmente de textos das esferas
jornalística, publicitária, política, jurídica e reivindicatória,
contemplando temas que impactam a cidadania e o exercício de
direitos. São gêneros deste campo: notas; álbuns noticiosos;
notícias; reportagens; cartas do leitor (revista infantil);
comentários em sites para criança; textos de campanhas de
conscientização; Estatuto da Criança e do Adolescente; abaixo-
assinados; cartas de reclamação, regras e regulamentos.

 d) Campo de Estudo e Pesquisa: relativo à participação em


situações de leitura/escrita que possibilitem conhecer os textos
expositivos e argumentativos, a linguagem e as práticas
relacionadas ao estudo, à pesquisa e à divulgação científica,
favorecendo a aprendizagem dentro e fora da escola. Alguns
gêneros deste campo em mídia impressa ou digital: enunciados de
tarefas escolares; relatos de experimentos; quadros; gráficos;
tabelas; infográficos; diagramas; entrevistas; notas de divulgação
científica; verbetes de enciclopédia.
EIXOS DE CONHECIMENTO DO
COMPONENTE LÍNGUA PORTUGUESA
 LEITURA: Saber selecionar os gêneros, conforme a
turma e faixa etária, utilizar as estratégias antes, durante e
depois da leitura.
- Antes da leitura: Antecipação...

- Durante a leitura: Confirmação, rejeição ou retificação


das antecipações ou expectativas criadas antes da leitura...
- Depois da leitura: Construção da síntese semântica do
texto; utilização do registro escrito para melhor
compreensão; troca de impressões a respeito do texto lido;
relação de informações para tirar conclusões; avaliação
das informações ou opiniões emitidas no texto; avaliação
crítica do texto.
HABILIDADES RELACIONADAS À
DECODIFICAÇÃO: PROCESSO INICIAL DE
ALFABETIZAÇÃO
 Compreender diferenças entre escrita e outras formas
gráficas (outros sistemas de representação);
 Conhecer o alfabeto;

 Compreender a natureza alfabética do nosso sistema de


escrita;  Dominar as relações entre grafemas e
fonemas;
 Saber decodificar palavras e textos escritos;

 Saber ler, reconhecendo globalmente as palavras e


demonstrando fluência e rapidez de leitura.
OS EIXOS DA PRODUÇÃO DE TEXTO, ORALIDADE
E ANÁLISE LINGUÍSTICA: ARTICULAÇÕES
POSSÍVEIS

 Todos os eixos e campos propostos para o trabalho


pedagógico relacionam-se uns com os outros, mas no
caso dos eixos de Análise Linguística/Semiótica,
Oralidade e o de Produção de Texto, é possível dizer que
há uma interdependência, pois os objetos de
conhecimento estão relacionados a partir do gênero
textual/discursivo solicitado na proposta de produção.
SEQUÊNCIA DIDÁTICA
REFERÊNCIA
MATO GROSSO. Documento de Referência Curricular
para Mato Grosso: Ensino Fundamental - anos iniciais.
Cuiabá-MT: SEDUC, 2018.

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