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DESEMPENHO
OPERACIONAL
4 ª
Edição
Direitos exclusivos da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG).
Reprodução condicionada à autorização expressa do Comandante-Geral da PMMG.
Circulação restrita.
4ª Edição.
38 p.
CDU 658.3
Ficha catalográca elaborada pela Biblioteca da Academia de Polícia Militar de Minas Gerais
- Centro de Pesquisa e Pós-Graduação. Bibliotecária Regina Simão Paulino – CRB-6/1154
Missão
Visão
Valores
Representatividade
Respeito
Lealdade
Disciplina
Ética
Justiça
Hierarquia
GOVERNADOR DO ESTADO
Romeu Zema Neto
COMANDANTE-GERAL DA PMMG
Cel PM Rodrigo Sousa Rodrigues
COLABORADORES
Cel PM Flávio Godinho Pereira
Cel PM Marco Aurélio Zancanela do Carmo
Ten Cel PM Miller França Michalick
Ten Cel PM Breno de Souza Reis
Ten Cel PM Lúcio Ferreira da Silva Neto
Cap PM João Paulo Fiuza Da Silva
1º Ten PM Gabriela Fernandes Capanema
2º Sgt PM Adriano Felipe Malaquias
2º Sgt PM Leonardo Martins Miranda
3º Sgt PM Christiane Ferreira Silva Pires
3º Sgt PM Tiago Souza Rodrigues Silva
FC Philipp Augusto Krammer Soares
1 INTRODUÇÃO
Prevenir a criminalidade, bem como preservar a ordem pública e a paz social, sempre
constituiu, desde os idos de 1775, a missão principal da Polícia Militar de Minas Gerais
(PMMG). O modo para a concretização desse ideal tem se modernizado, ao longo desses
quase dois séculos e meio de existência da Corporação.
Atenta às necessidades e expectativas da sociedade e principalmente do cidadão, a
Polícia Militar tem aprimorado os processos organizacionais, com vistas a otimizar o seu
desempenho nas diversas áreas de gestão e manter perene o ganho de performance
retratado pelos indicadores de segurança pública, principalmente a partir de 2016.
Observando a dinâmica social, a Corporação segue o aprendizado organizacional
bissecular se adequando aos novos cenários sem, contudo, olvidar dos valores que
norteiam os ideais de liberdade e segurança e sua missão constitucional. Assim,
implementou em 2015 a primeira edição da Diretriz de Gestão do Desempenho
Operacional (GDO), com vistas a estabelecer uma metodologia cientica de análise,
indicação de respostas e ações para enfrentamento do fenômeno criminal e do grau de
insegurança dos mineiros.
O estabelecimento da diretriz foi precedido por estudos de experiências exitosas, no
campo da segurança pública, desenvolvidas em outros países e no Brasil.
Uma dessas experiências se deu na cidade de Nova Iorque, quando o Departamento de
Polícia daquela cidade desenvolveu, nos anos 1990, uma estrutura de gerenciamento que
consistia no emprego de SIG (Sistemas de Inormação Geográca) para mapeamento
do crime e identicação dos problemas, valendo-se de uma erramenta denominada
COMPSTAT (Computerized Comparison Crime Statistics). O modelo previa uma melhoria
sistêmica, no qual os chefes de polícia locais passaram a reunir-se, semanalmente,
para analisar e propor soluções para os problemas de criminalidade, utilizando técnicas
e ferramentas de melhoria de processos conhecidas como Six Sigma ou Gestão da
Qualidade Total.
Outra experiência que precedeu a concretização da GDO se deu na Colômbia, em 1995,
quando a polícia de Bogotá estabeleceu uma política de controle criminal denominada
“Segurança Cidadã”, que tinha seu foco na prevenção e gestão de riscos, buscando
conhecer e agir sobre as causas da criminalidade, de forma a minimizar as oportunidades
delitivas.
Em Minas Gerais, a concepção de uma gestão baseada em uma rotina de reuniões entre
os responsáveis pelo planejamento e execução do policiamento se deu no ano 2000, em
uma experiência batizada de “Polícia para Resultados”.
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GESTÃO DO DESEMPENHO OPERACIONAL - 4ª EDIÇÃO
Já no ano de 2005, foi instituída em Minas Gerais a metodologia de “Integração da Gestão
em Segurança Pública” (IGESP), um modelo de atividades que buscava organizar e
facilitar a gestão do trabalho dos órgãos de segurança pública, sob coordenação da então
Secretaria de Estado de Defesa Social (SEDS), atualmente denominada Secretaria de
Estado de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP).
Com a proposta de um modelo de gestão baseado em resultados, os órgãos de Segurança
Pública e outros entes públicos com potencial para interferir no processo criminal,
passaram a desenvolver estratégias e ações que se orientavam para a solução menos
onerosa e mais ecaz de problemas aetos à segurança pública.
Nesse sentido, visando minimizar os impactos do fenômeno criminal e da violência,
foi feito um arranjo institucional no estado de Minas Gerais que estruturou o Sistema
Integrado de Defesa Social, formado atualmente pela SEJUSP, Polícia Militar, Polícia
Civil, Corpo de Bombeiros Militar, dentre outros órgãos. Tal sistema avalia questões
relacionadas à criminalidade e busca, entre outras coisas, efetivar ações que possam
culminar na redução criminal e na elevação do nível de conança da sociedade nos
órgãos de segurança pública.
A dinâmica do IGESP sofreu alterações que perduraram até o ano de 2017, na ocasião
houve a concentração de esorços para a avaliação e solução de problemas especícos
em quatorze municípios prioritários, classicação que levou em conta a criminalidade
violenta e o Princípio de Pareto (adotando a regra 80/20). Esse processo cou conhecido
como IGESP focal.
Apesar de o processo ter se modicado ao longo do tempo, transormando-se em IGESP
Focal e minimizando a utilização das orientações previstas na metodologia original,
percebe-se que alguns comandos regionais mantiveram as regras do IGESP, como
idealizadas em sua origem, e continuaram os trabalhos em diversos outros municípios
mineiros.
Assim, partindo dessa análise temporal e com base nas experiências obtidas ao longo
desses anos, o Comando da Polícia Militar de Minas Gerais, percebendo a necessidade
de otimização e padronização da metodologia de acompanhamento e avaliação de
resultados operacionais na Instituição, estabeleceu no ano de 2015 a Diretriz de Gestão
do Desempenho Operacional.
Com o objetivo de manter a diretriz alinhada aos planejamentos estratégicos da PMMG,
bem como aprimorar os parâmetros de avaliação, seleção de indicadores e ajuste de
metodologia, foram realizadas revisões nos anos de 2017 (2ª edição), 2019 (3ª edição) e
2020 (3ª edição revisada).
A variação das metodologias de segurança pública observadas em Minas Gerais refetiu
em oscilações signicativas nos indicadores que monitoram a criminalidade. A gura 1
retrata, em um lapso temporal, as políticas de segurança pública e a variação da Taxa
de Crimes Violentos entre o ano 2000 e o ano de 2020. Percebe-se que, a partir de 2016,
após à implantação da metodologia da GDO, houve uma redução contínua do número de
crimes violentos.
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POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS
Figura 1 – Variação da Taxa de Crimes Violentos e das metodologias
de segurança pública 2000 - 2020
Polícia de Acordo de
Resultados Resultados GDO 1ª Ed GDO 3ª Ed
IGESP GDO 2ª Ed
00 01 002 003 004 005 006 007 008 009 010 011 012 013 014 015 016 017 018 019 020 021
20 20 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2
2 ALINHAMENTO ESTRATÉGICO
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GESTÃO DO DESEMPENHO OPERACIONAL - 4ª EDIÇÃO
4 INDICADORES DE DESEMPENHO
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POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS
A partir da aplicação dos percentuais de aumento/redução, conforme o QA em que
cada UEOp foi enquadrada, obtém-se sua respectiva meta em valores absolutos para
cada indicador. O cômputo da meta da UDI é obtido pela soma das metas das UEOp
subordinadas, com o que se calcula a meta do respectivo indicador para a UDI.
Em nível operacional, caberá às Seções de Emprego Operacional (P/3) das UEOp a gestão
dos processos relacionados à GDO, visando prestar assessoria oportuna e eciente aos
respectivos Comandantes de Unidade, por meio da execução das seguintes atribuições:
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GESTÃO DO DESEMPENHO OPERACIONAL - 4ª EDIÇÃO
5.2.2 Nível Tático
No nível tático, caberá às P/3 das UDI a gestão dos processos relacionados à GDO, visando
prestar assessoria oportuna e eciente aos respectivos Comandantes de UDI, por meio
da execução das seguintes atribuições:
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GESTÃO DO DESEMPENHO OPERACIONAL - 4ª EDIÇÃO
5.4.2 Elaboração do Relatório A3
Problema percebido
1
Entender a situação atual
6. Discutir com as partes afetadas
2
Identicar a causa undamental
Planejar 3
Criar contramedidas e visualizar o estado futuro
4
Criar o plano de implementação
5
Criar o plano de acompanhamento
7
Obter aprovação
Executar 8
Executar o plano de implementação
Vericar 9
Executar o plano de acompanhamento
Não
Metas atingidas?
Sim
10
Agir Estabelecer padrão do processo
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GESTÃO DO DESEMPENHO OPERACIONAL - 4ª EDIÇÃO
6 PRESCRIÇÕES FINAIS
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GESTÃO DO DESEMPENHO OPERACIONAL - 4ª EDIÇÃO
MINAS GERAIS. Polícia Militar. Comando-Geral. Plano Estratégico: 2020-2023 2ed. Belo
Horizonte, 2020b.
MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Defesa Social. Manual IGESP. Belo Horizonte,
2009.
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POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS
Anexo A – Fichas técnicas dos Indicadores
Setor
CINDS/DOp.
responsável
O indicador tem por nalidade vericar o número de crimes violentos ocorridos por
Descrição
100.000 habitantes.
Unidade
Índice
de medida
CV
ICV = ______ X 100.000
Fórmula Pop
de cálculo Sendo:
- CV = Total de registros de ocorrências de crimes violentos;
- Pop = População.
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GESTÃO DO DESEMPENHO OPERACIONAL - 4ª EDIÇÃO
INDICADOR DE HOMICÍDIOS CONSUMADOS (IHC)
UDI gestora Diretoria de Operações.
Setor
CINDS/DOp.
responsável
O indicador tem por nalidade vericar o número de vítimas de homicídios
Descrição
consumados por 100.000 habitantes.
Unidade
Taxa
de medida
VHC
IHC = ______ X 100.000
Pop
Sendo:
- VHC = Total de vítimas de homicídios consumados;
- Pop = População;
- Após cálculo da IHC da UEOP o valor é analisado tendo como parâmetro a taxa média de
Fórmula Minas Gerais. Desse modo, para cálculo das metas, inicialmente verica-se em qual Quartil
de cálculo Adaptado (Q.A) a Unidade se encontra, e assim, serão aplicados percentuais de redução de
acordo com os previstos no quadro abaixo:
% DE REDUÇÃO A % DE REDUÇÃO A % DE REDUÇÃO A % DE REDUÇÃO A
SER DEFINIDO PELO SER DEFINIDO PELO SER DEFINIDO PELO SER DEFINIDO PELO
COMANDO DA PMMG COMANDO DA PMMG COMANDO DA PMMG COMANDO DA PMMG
1º QA 2º QA 3º QA 4º QA
METADE DA DOBRO DA
MÉDIA DA TCV MÉDIA DA TCV MÉDIA DA TCV
DO ESTADO DO ESTADO DO ESTADO
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POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS
INDICADOR DE FURTOS (IF)
Setor
CINDS/DOp.
responsável
Descrição O indicador tem por nalidade vericar o número de urtos por 100.000 habitantes.
Unidade
Índice
de medida
QF
IF = ________ X 100.000
Fórmula Pop
de cálculo Sendo:
- QF = Quantitativo de Furtos (tentados e consumados);
- Pop = População.
- Para o quantitativo dos furtos tentados ou consumados, com todos os alvos dos
eventos disponíveis para a modalidade criminosa, serão considerados os registros
Nota ao usuário
efetuados pelas polícias Militar e Civil, inclusão dos registros associados e dos
registros independentemente do local do fato.
Fonte: Produzido pelo autor.
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GESTÃO DO DESEMPENHO OPERACIONAL - 4ª EDIÇÃO
INDICADOR DE ACIDENTES DE TRANSITO COM VÍTIMA NAS
RODOVIAS ESTADUAIS E FEDERAIS DELEGADAS (IAV)
O indicador tem por nalidade aerir o número de acidentes de trânsito com vítimas
Descrição nas rodovias estaduais e federais delegadas no Estado de Minas Gerais, em relação à
frota de veículos existentes.
Unidade
Índice
de medida
Periodicidade Mensal.
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POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS
INDICADOR DE REAÇÃO IMEDIATA AOS CRIMES VIOLENTOS (IRI)
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GESTÃO DO DESEMPENHO OPERACIONAL - 4ª EDIÇÃO
INDICADOR DE APREENSÃO DE ARMAS DE FOGO (IAF)
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POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS
INDICADOR DE EFETIVIDADE NO CUMPRIMENTO DE DEMANDAS
GERADAS VIA DISQUE DENÚNCIA UNIFICADO (IDDU)
Unidade
Coeciente
de medida
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GESTÃO DO DESEMPENHO OPERACIONAL - 4ª EDIÇÃO
INDICADOR DE PREVENÇÃO AOS CRIMES E INFRAÇÕES AMBIENTAIS (IPCIA)
IPCIA =
{ A (Fauna+ Flora+ R. Hídricos+ Pesca+ A.P.P.)
B { *100
Sendo:
A = Número de registro de ações/scalizações;
B = Registros de ocorrências.
Fórmula
de cálculo Fauna: A = (Y11.001 a Y11.011 e Y11.999) e B = (M 31.001 a M 31.022 e
M31.999);
Flora: A = (Y 12.001 a Y 12.014, Y 12.999) e B = (N 32.301 a N 32.388e N32.999);
Recursos Hídricos: A = (Y 13.001 a Y 13.007 e Y 13.999) e B = (L 28.201 a L
28.221 e 28.999)
Pesca: A = (Y 05.011 a Y 05.018 e Y05.999) e B = (M 30.401 a M 30.455 e
M30.999)
Atividades Potencialmente Poluidoras: A = (Y 14.001 a Y14.016 e Y 14.999) e
B = (L 27.101 a L27.135 e L27.999)
Periodicidade Mensal.
Nota ao usuário As metas serão calculadas sobre os resultados obtidos nos anos anteriores.
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POLÍCIA MILITAR DE MINAS GERAIS
OPERAÇÕES LEI SECA (OLS)
CONTEXTO/CONSIDERAÇÕES: CONTRAMEDIDA:
Trata-se de uma descrição ampla do que tem ocorrido e como tem causado o Neste campo devem ser inseridas as medidas a serem adotadas para se
problema a ser enfrentado. atingir a meta/objetivo.
Neste campo deve-se tornar claro o problema com a utilização de dados, gráfcos, Neste campo deve ser descrito como as ações serão implementadas,
tabelas, diagramas ou imagens. especifcando além da ação, o responsável e os prazos. Sugere-se
utilizar erramentas tipo 5W2H ou gráfco de GANTT .
META/OBJETIVO:
Neste campo deve ser inserido o estado desejado, o cenário a ser alcançado. Pode
ser representado numericamente, em percentual ou de orma gráfca.
Este campo deve ser preenchido com informações que permitam entender quais Este campo se destina a monitorar os resultados das ações
fatos podem ter dado causa ao problema. A análise da causa raiz pode ser feita, implementadas, sugere-se que seja feito comparando o planejado com
por exemplo, por meio do diagrama de Ishikawa ou técnica dos “5 porquês”. o executado atualmente (no momento do monitoramento).