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Mensagem

Poema
«D. Dinis»
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D. Dinis e a Rainha Santa Isabel,


retrato da Universidade
de Coimbra (1655).
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Primeira Parte: BRASÃO


II. OS CASTELOS
Sexto: D. Dinis
Na noite escreve um seu Cantar de Amigo
O plantador de naus a haver,
E ouve um silêncio múrmuro consigo:
É o rumor dos pinhais que, como um trigo
De Império, ondulam sem se poder ver.

Arroio, esse cantar, jovem e puro,


Busca o oceano por achar;
E a fala dos pinhais, marulho obscuro,
É o som presente desse mar futuro,
É a voz da terra ansiando pelo mar.
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Caracterização de D. Dinis

— Poeta/trovador (v.1)
Rodeado por um ambiente de mistério
— Lavrador (v. 2)

«silêncio múrmuro» que só o rei pode ouvir

É o som dos pinhais que


«ondulam sem se poder ver»,
isto é, acessíveis apenas
a sonhadores/visionários,
porque só o futuro os revelará
como «trigo / De Império»

Manuscrito das cantigas


de amigo de Martim Codax.
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«O plantador de naus a haver,» (v. 2)

Metáfora O rei é aquele que cria condições


 para as navegações — espécie
Remete para os pinheiros de intérprete de uma vontade
— o presente — que D. Dinis superior, mantendo uma
mandou plantar, que serão relação com o futuro
as naus das Descobertas —
o futuro

Representação de D. Dinis
no Compêndio de crónicas de reis
do Antigo Testamento (século XIV).
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«Arroio, esse cantar, jovem e puro,


Busca o oceano por achar;» (vv. 6-7)

A poesia de D. Dinis, o seu cantar


— «jovem e puro» —, é um regato
que corre em direção a um
«oceano por achar»

Ideia repetida no poema:


D. Dinis prepara
os Descobrimentos
e a literatura portuguesa

Representação de D. Dinis
no Compêndio de crónicas de reis
do Antigo Testamento (século XIV).

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