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Apresentação Biologia

o Para este trabalho vamos falar um pouco sobre um tipo de cancro


cuja ocorrência tem aumentado exponencialmente nos últimos
tempos- o cancro da pele, também conhecido com Melanoma.
Atualmente, o cancro da pele é a neoplasia maligna mais frequente
principalmente na população europeia.
o Iremos transmitir-vos alguns conhecimentos acerca da pele e da sua
constituição, dos raios ultravioleta e as mutações genéticas que
ocorrem. E para concluir falaremos também sobre a prevenção do
cancro da pele.
o Como todos já devem saber, a pele é o revestimento externo do
corpo considerado o maior órgão e o mais pesado do corpo humano.
A pele é extremamente importante e deve ser bem cuidada uma vez
que é a primeira linha de defesa do nosso corpo contra as bactérias e
fundos. Além disso, uma pele saudável mantém o equilíbrio dos
fluidos e ajuda a regular a temperatura corporal, assegura o bom
funcionamento do organismo, garantindo assim a homeostasia.
o Observando a estrutura da pele, podemos distinguir claramente 3
camadas distintas: a Epiderme, a Derme e a Hipoderme.
o A epiderme é a camada mais superficial da pele e é constituida por
células epiteliais (queratinócitos) com disposição semelhante a uma
“parede de tijolos” e subdivide-se em seis sub-camadas. Além das
células epiteliais, encontram-se também na epiderme os melanócitos,
que produzem o pigmento que dá a cor à pele (melanina) e células de
defesa imunológica (células de Langerhans). É a epiderme que dá
origem aos anexos cutâneos coo as unhas, pelos, glândulas
sudoríparas e glândulas sebáceas. Não possui vasos sanguíneos.
o A derme confere resistência estrutural, sendo constituída por tecido
conjuntivo com fibroblastos, algumas células adiposas
(armazenamento de gorduras) e macrófagos. O colagénio constitui o
principal tipo de fibra do seu tecido conjuntivo, mas encontram-se
também presentes fibras de elastina e fibras reticulares. A derme, em
comparação com a hipoderme, as células adiposas e os vasos
sanguíneos são escassos. Na derme encontram-se também
terminações nervosas, folículos pilosos, músculos lisos, glândulas e
vasos linfáticos.
o A hipoderme é formada também por tecido conjuntivo e fica situada
na região mais profunda da pele, unindo de modo pouco firme a
derme aos órgãos subjacentes. Funcionalmente, além de depósito
nutritivo de reserve, a hipoderme participa como isolante térmico,
defesa contra choques físicos.

Cancro
o O cancro ou neoplasia maligna, como já estudaram, é uma doença
genética, da qual as células do nosso organismo sofrem mutações no
material genético, ou seja, ocorre a alteração dos genes que
codificam as proteínas do sistema de controlo, estas multiplicam-se
desordenadamente e originam um tumor.
o Essas células cancerígenas podem chegar a invadir os tecidos
vizinhos ou espalhar-se por outras partes do corpo, uma vez que
numa neoplasia as células dividem-se descontroladamente
formando-se novos tumores longe do tumor primário- a este
processo característico designamos metastização.
o Por conseguinte, a principal causa do cancro da pele é a indução de
mutações genéticas pela radiação UV.
o Os cancros da pele não são todos iguais, dividem-se essencialmente
em 3 tipos: os carcinomas epidermoides, derivados das células da
epiderme, os melanomas, originados a partir dos melanócitos
(células produtores de melanina) e um conjunto heterogéneo de
outros tipos de tumores malignos que podem ocorrer na pele, onde
se incluem os linfomas cutâneos e alguns sarcomas.
o Normalmente, as células da pele desenvolvem-se de maneira controlada e
ordenada - novas células saudáveis empurram as células mais velhas para
a superfície da pele, onde morrem e, eventualmente, caem. Mas quando
algumas células se desenvolvem com danos no DNA, as novas células
podem começar a crescer fora de controle e, eventualmente, formar uma
massa de células cancerosas.
o Não está claro como exatamente os danos ao DNA das células da pele
podem causar o melanoma. É provável que uma combinação de fatores
ambientais e genéticos provoque o melanoma. Ainda assim, os médicos
acreditam que a exposição à radiação ultravioleta (UV) do sol e de
câmaras de bronzeamento é a principal causa de melanoma.
o O melanoma é o tipo de cancro de pele mais perigoso, por apresentar
maior capacidade de metastização, espalhando-se com facilidade pelas
veias sanguíneas e linfáticas presentes na derme a outras partes do corpo;
o Ao contrário das células normais, as células do melanoma não respeitam
as fronteiras dos órgãos, invadindo outros tecidos e podendo afetar
outras partes do organismo através da metastização;
o O melanoma é composto por melanócitos malignos e são tumores,
frequentemente, castanhos ou pretos porque as células continuam a sua
produção de melanina;
o O melanoma cresce nos tecidos de duas formas: crescimento radial
(menos invasivo e mais precoce) e crescimento vertical, ou seja, em
profundidade na derme e em proximidade vasos, com capacidade de
originar metásteses
o A luz UV não causa todos os melanomas, especialmente aqueles que
ocorrem em lugares em seu corpo que não recebem a exposição à luz
solar. Isso indica que outros fatores podem contribuir para o risco de
melanoma.

A pele do corpo humano reage quando a radiação ultravioleta incide sobre


ela. Esta reação consiste num aumento da espessura da pele e num
incremento da pigmentação da mesma, conhecido como bronzeamento,
cuja finalidade é proteger a pele da referida radiação. No entanto, também
pode ocorrer mudanças negativas, este tipo de radiação produz mutações
nas células levando a um crescimento não controlado e ao aparecimento de
células tumorais.

Retomando ao principal fator ambiental de risco para o melanoma, a


exposição aos raios UV da radiação solar, a radiação eletromagnética do
sol divide-se em 3 áreas espectrais: ultravioleta (UV), visível e
infravermelho. Consequentemente, os espetros dos UV subdividem-se em
UVA, UVB e UVC. O intervalo UVC é completamente absorvido pela
camada de ozono pelo que, não atinge a superfície terrestre.

Desta forma, os mais prejudiciais são o UVA e UVB.

A região do espetro mais imputável pelas queimaduras solares é a


radiação UVB. Os raios UVA são os de maior incidência na superfície
terrestre e, embora não causem queimaduras, são capazes de penetrar nas
camadas mais profundas da pele causando o envelhecimento precoce,
manchas na pele e alergias, aumentando o risco de cancro da pele. Esta
radiação está presente durante todo o ano, atingindo a pele da mesma
forma, tanto no inverno como no verão e é esta que está presente nas
camaras de bronzeamento artificiais. Representam 95% da radiação solar
emitida pelo Sol.

Os raios UVB penetram mais superficialmente na pele e causam as


vermelhidões e queimaduras solares típicas das estações quentes do ano.
Esta radiação é parcialmente absorvida pela camada que nos protege de
todas as radiações, a camada de ozono e representa 5% da radiação UV que
atinge a Terra. Contudo, os que conseguem ultrapassar essa camada são
muito prejudiciais para o nosso organismo.

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Os raios UV provocam o rompimento da dupla hélice do DNA, bloqueando


a replicação e a transcrição, causando mutações e consequentemente o
desenvolvimento de cancro. A proliferação das células que sofreram dano
no DNA é posta em prova pelos famosos sistemas de controlo, assim
podem ocorre dois fenómenos, ou o dano é reparado e a célula assume a
sua função normal, ou a célula pode sofrer apoptose sendo eliminada do
tecido, ou muitas das vezes a divisão celular prossegue com o modelo de
DNA alterado. (não sei se esta certo)

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Consideramos então os raios UV um agente mutagénico.

Dentro das mutações genéticas, alteração no material genético, podemos


classificá-las quanto à localização e quanto à perpetuação; quanto à
localização temos:

- Mutação génica- quando ocorre num gene que codifica a síntese de uma
proteína por exemplo, a anemia falciforme) e a…

-Mutação Cromossómica- que ocorre nos cromossomas, por sua vez esta
divide-se em numérica, como é o caso da Trissomia 21, onde em vez de ter
2 pares de cromossomas contem 3 e estrutural, como é o caso da Sindrome
do Mio do gato, onde ocorre a mudança numa parte de um cromossoma.

Já quanto à perpetuação, temos dois tipos:

- Mutações Somáticas- ocorrem nas células não sexuais e não são


transmissíveis à descendência;

- Mutações germinais- Afetam os gâmetas ou as células precursoras dos


gâmetas, podendo ser transmitidas à geração seguinte.

Vamos agora dar início à análise do nosso artigo científico feito por Luiz
Alberto Veronese; José Eduardo Corrente; Mariangela Esther Marques,
onde comparam os melanomas benignos dos malignos. De uma forma
simples podemos diferenciar o melanoma benigno do maligno
considerando que este primeiro não apresenta um caracter grave, não
causa danos fatais, já o segundo é nocivo e pode causar a morte.

No entanto, embora a descrição de ambos pareça bastante simples, os


patologistas cirurgiões têm uma grande dificuldade em conseguir separar
com segurança. uma vez que não existe um só critério exclusivo e
definitivo para a malignidade, ou seja, os critérios utilizados para
identificar um melanoma maligno também podem estar presentes nos
melanomas benignos.

Deste modo, este estudo propõe uma análise dos critérios considerados
mais importantes, comparando a presença dos mesmos em ambos os
melanomas.

Assim, com o objetivo de avaliar a presença de alguns desses critérios em


melanomas malignos e benignos, comparando-as para verificar se algum
critério poderia ou deveria ser considerado mais relevante para o
diagnóstico de melanoma maligno com espessura inferior a 2 milímetros
foram estudados 33 melanomas benignos, bem como 101 casos de
melanomas extensivo/superficiais: 25 intra-epidérmicos e 76 invasivos de
pequena espessura ( inferior a 2 mm).

Os critérios selecionados foram assimetria, falta de delimitação, ninhos


dérmicos maiores que os epidérmicos, presença de áreas de regressão
extensas ou focais, confluência de ninhos juncionais, falta de maturação,
borda da lesão de padrão pushing, zonas de necrose, presença de infiltrado
linfocitário dérmico (leve ou intenso), melanina situada profundamente,
extremidades da lesão com células isoladas, proliferação linear de células
isoladas na camada basal, melanócitos na camada granular, disseminação
pagetóide (extensa ou focal); núcleos grandes e de forma irregular;
nucléolos grandes, irregulares ou múltiplos; e mitoses anormais e nas
camadas superficiais e/ou profundas.
Nesta tabela podemos observar 3 grupos, o primeiro grupo é aquele que
mostra uma diferença estatisticamente significativa a 1% , são estes
critérios representados com um asterisco ; o segundo grupo é o que
mostra diferença estatisticamente significativa a 5% ; Já o terceiro grupo é
composto por critérios que não mostraram diferença de freqüência
estatisticamente significativa

….

(Considerações finais)

A prevenção é a melhor arma para combater este problema.

● Ter cuidado na exposição solar, evitando as horas de maior intensidade,


entre as 12 e 16 horas;
●  Nas atividades ao ar livre, usar chapéu, óculos de sol, e vestuário
adequado para proteger braços e zona do decote;
● Usar protetor solar com um índice de proteção solar igual ou superior a
30, renovando a aplicação com frequência e sempre que exista exposição
à água ou transpiração;
● É desaconselhável a utilização de produtos “bronzeadores”, bem como a
utilização de solário.
● Não se esqueça do cabelo: aplique um protetor solar capilar quando se
expuser ao sol. Este produto protege o cabelo dos danos do sol, mar e
cloro e preserva a cor.

● Mantenha-se hidratado (por dentro e por fora):Beba muitos líquidos e,


em casa, depois de tomar duche, aplique um hidratante pós-solar no rosto
e corpo.

● Regra ABCDE: Para além dos cuidados a ter com o sol, é importante
vigiar seguindo a regra ABCDE para a vigilância de sinais: A-Assimetria:
presente? B-Bordos: irregulares? C-Cor: várias cores? D- Dimensão: está a
aumentar? E-Evolução: alteração da forma?
https://www.publico.pt/2020/05/21/impar/opiniao/sabe-prevenir-cancr
o-pele-1916017

https://www.cuf.pt/mais-saude/7-cuidados-ter-ao-sol

https://www.minhavida.com.br/saude/temas/melanoma

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