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Sumário
NOSSA HISTÓRIA ..................................................................................................... 2
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NOSSA HISTÓRIA
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ANAMNESE E AVALIAÇÃO CORPORAL
Antes de iniciar algum tratamento estético, é necessário que se realize uma
anamnese para avaliar se o paciente encontra-se apto a receber quaisquer forma de
tratamento. A anamnese é também essencial para escolha do tratamento mais
apropriado, local a ser tratado, tempo de sessões, quantidade de sessões e definir o
protocolo a ser utilizado. Também é fundamental que se compare os resultados
obtidos antes e após o tratamento. É necessário destacar ainda, a necessidade de
adoção de alguns cuidados no decorrer da anamnese e avaliação corporal, garantindo
que os dados coletados sejam fidedignos.
BUENO (2015) sugere que é preciso investigar o estilo de vida do cliente, por
exemplo: uma cliente que consome muito açúcar, farinha branca, sal e leite, terá um
processo inflamatório crônico sistêmico, que vai agir contra os tratamentos estéticos;
outro fator que irá contra é o jejum prolongado, que poderá prejudicar no resultado
final do tratamento.
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Fonte: SOUZA (2016)
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coloração da pele pressionada deve retornar ao normal no mesmo tempo da pressão,
caso não retorne verifica-se presença de edema. Neste teste pode-se notar o sinal de
Godet ou cacifo, caracterizado pela depressão da pele pressionada. Nesse momento,
avalia-se também o fibroedema geloide (celulite).
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DISTRIBUIÇÃO DA GORDURA CORPORAL
Figura (A) corpo retângulo, (B) triângulo invertido, (C) pera, (D) Ampulheta.
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Figura 3: Avaliação de Estrias
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Figura 5: Ficha de Anamnese Corporal: Medidas
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FILHO (2003) define a perimetria como a mensuração, geralmente em
centímetros, da circunferência de determinada região corporal. Jardim (2015)
ressalta que uma boa perimetria faz toda a diferença, e as medidas do seu
cliente podem dizer muito sobre ele. Inclua nas medidas (perimetria) braços,
pernas, costas, busto, cintura, panturrilhas.
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fita. Os dados devem ser tomados no mesmo momento da fase inspiratória
do cliente.
• Perimetria Glúteos: o profissional deve posicionar-se e tomar as medidas
lateralmente ao cliente, a fita métrica deverá ser posicionada no ponto de maior
massa muscular das nádegas.
• Culotes: para obtermos a perimetria dos culotes, deve-se colocar a fita métrica
logo abaixo da prega glútea, num plano horizontal.
• Perimetria das coxas: posiciona-se a fita métrica no plano horizontal, em nível
do ponto distal, que é medido a 5 cm da borda superior da patela.
• Perimetria do braço: com o braço flexionado, contração máxima do músculo,
põe-se a fita métrica na região de maior massa muscular.
O registro fotográfico também pode auxiliar na prevenção de alguns erros que
podem ocorrer no decorrer da perimetria. Neste registro é essencial que se adotem
certas precauções, como distância da fotografia, a luminosidade da sala, posição do
cliente, área a ser fotografada, e o fundo da fotografia, devendo ser aplicados os mesmos
em todas as fotos.
Em determinadas situações é interessante desenvolver uma ficha com
alterações posturais do paciente, como por exemplo, no caso de um indivíduo que
possua postura inadequada e queixe de gordura abdominal, o que pode indicar apenas
uma alteração postural.
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ponto da dobra subcutânea. Coloque o adipômetro perpendicular à dobra cutânea
segurando o cabo com a mão direita. Com o dedo indicador, acione o “gatilho” da
garra móvel e faça a leitura do equipamento. Repita a leitura três vezes no mesmo
local, as leituras maior e menor não devem variar mais do que 5% da leitura média.
Caso isso aconteça, repita por mais três vezes as medidas. Considere a média das
três medidas a medida final.
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ESTRUTURAS DA PELE E AVALIAÇÃO FACIAL
O sistema tegumentar é formado pela pele e seus vários órgãos acessórios,
como as glândulas sudoríparas e sebáceas, receptores sensoriais, cabelos e unhas
(GERSON et al., 2011b).
A pele recobre todo o corpo humano, possuindo diversas funções vitais como:
• Unhas;
• Glândulas sebáceas;
• Glândulas sudoríparas;
• Glândulas mamárias.
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O estrato córneo é a camada superior e mais externa da pele, muito fino,
embora seja capaz de se regenerar, desintoxicar o corpo e responder a estímulos. É
constituído, principalmente, por queratina, uma proteína fibrilar que fornece proteção
à pele. É encontrada em todas as camadas da epiderme.
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corpo contra infecções identificando o material estranho (antígenos). As células imunes
ajudam a destruir esses invasores estranhos (GERSON et al., 2011a).
O estrato germinativo, também conhecido como camada basal da epiderme,
é a camada viva, localizada sobre a camada papilar da derme, constituída das
células basais, é a camada inferior da epiderme. A mitose (divisão celular) ocorre
continuamente na camada basal da célula. Quando as células se dividem, elas
migram até a superfície e se tornam fortes e protetoras. Aqui elas produzem lipídeos,
que a mantêm juntas. O estrato germinativo também contém as células
melanócitos. Que produzem a melanina. As células de Merkel – que são as células
sensoriais, e receptores de toque, também se localizam nessa camada (GERSON
et al., 2011a).
A junção dermoepidérmica é o mecanismo da pele de unir as duas
camadas, pois se ele não existisse nós teríamos a epiderme separada da derme,
ou seja, a epiderme “cairia”. A função da zona da membrana basal é fornecer a
ancoragem e a adesão da epiderme com a derme, mantendo a permeabilidade
nas trocas entre estes dois componentes e atuando como filtro para a
transferência de materiais e células inflamatórias ou neoplásicas. Como a
epiderme não é vascularizada, suas células recebem os nutrientes necessários
devido a esta junção.
A derme é a camada que vem abaixo da epiderme e possui ligação como
estrato germinativo devido à junção dermoepidérmica. Nela encontramos anexos
cutâneos, vasos sanguíneos e linfáticos e redes nervosas. Ela também possui
camadas, porém não são tantas como na epiderme. Apresenta apenas duas
camadas: a derme papilar e a derme reticular. A derme papilar é mais delgada e
altamente vascularizada, formada por feixes delicados de fibras colágenas
(principalmente do tipo III) e elásticas, dispostas em uma rede frouxa, circundada por
abundante gel de mucopolissacarídeos. Já a derme reticular compõe a maior parte
da espessura da derme, e é constituída de fibras colágenas (principalmente do tipo
I) entrelaçadas, além de fibras elásticas que estão dispostas paralelamente à
superfície da pele.
E a última camada é formada pelo tecido adiposo e chamada de tecido
subcutâneo ou hipoderme. É constituída de tecido conjuntivo frouxo e localiza-se
abaixo da derme. Não é considerada parte da pele e tem como principal função
manter a temperatura do corpo, dar forma e contorno ao corpo, armazenamento
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de energia e dar mobilidade a toda a pele. Sua espessura varia de acordo com
cada indivíduo, pois ela é formada por acúmulo de gordura em suas células, os
adipócitos.
DUARTE (2015) explana que a capacidade de armazenamento
energético é virtude altamente ilimitada. Resulta do aumento das reservas de cada
adipócito (favorecimento da lipogênese relativamente à lipólise) e da replicação e
diferenciação de pré-adipócitos. A ausência de limite representa vantagem
adaptativa em curto prazo, e desvantagem em longo prazo, traduzida em disfunção
endócrino-metabólica.
Hipoderme ou tecido subcutâneo é a terceira camada da pele, a mais
profunda, formada basicamente por células de gordura, sendo assim, sua
espessura é bastante variável, conforme a constituição de cada pessoa. Ela
apoia e une a epiderme e derme ao resto do corpo. Além disso, a hipoderme
mantém a temperatura do seu corpo e acumula energia para o desempenho das
funções biológicas, é isolante térmico, modela a superfície corporal, absorve
choques mecânicos e é responsável pela fixação dos órgãos internos, pois se
posiciona entre eles, fazendo assim um preenchimento (GIARETTA, 2015).
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TIPOS DE PELE
A correta identificação dos tipos de pele é fundamental para selecionar
com sucesso produtos cosméticos eficazes. Embora existam tantas variações
sutis de tipos de pele quanto ao número de seres humanos, certas
características predominantes permitem que os tipos de pele sejam agrupados
em quatro classificações, e as condições em outras seis (MICHALUN;
MICHALUN, 2010).
Segundo Gerson et al. (2011c) as pessoas nascem com um tipo de pele,
que é determinado pela genética e a etnia. O tipo de pele é baseado
principalmente pela quantidade de sebo que é produzido nos folículos das
glândulas sebáceas e na quantidade de lipídios encontrados entre as células.
Os tipos de pele podem ser classificados em quatro categorias: normal, oleosa,
mista e seca. Na maior parte dos casos, os indivíduos têm uma combinação de
tipos de pele, tais como uma zona T (testa nariz e queixo). O metabolismo
celular e a produção de óleo/ lipídios se tornam mais lentos à medida que
envelhecemos.
Pele Seca
A pele seca se desenvolve como resultado de glândulas sebáceas pouco
ativas. Embora hereditária como a pele oleosa, também é consequência do
envelhecimento. Como todas as atividades corporais diminuem com o tempo, o
mesmo acontece com a atividade das glândulas sebáceas. A pele seca tende a
ficar desidratada, poderá tornar-se escamosa, áspera e apresentar pruridos.
Raramente apresenta cravos, e quando aparecem é na região do nariz. A falta
de oleosidade na pele reduz sua capacidade de reter umidade, já que a
oleosidade da pele age como barreira natural contra a perda de umidade. A pele
seca caracteriza-se por ser muito fina, bastante delicada e tênue. A secreção
insuficiente de óleo na pele não gera a ‘cola’ necessária para reter as células na
camada córnea. Como resultado, a pele seca tem menos células na camada
córnea que a pele oleosa (MICHALUN; MICHALUN, 2010).
Produtos oclusivos podem reduzir a perda de água, para conter a umidade e
proteger a camada superior da barreira da pele, que ajudam a combater a
desidratação.
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Biotipo cutâneo – Alípica
Embora seja comum para uma pessoa com a pele seca, a desidratação é uma
condição que pode ser observada em todos os tipos de pele. A pele desidratada não tem
água. Isso é diferente de pele seca, que não contém óleo. É muito importante lembrar
essa diferença, porque até mesmo a pele oleosa pode estar desidratada e precisar de
hidratação. A pele desidratada pode ter aspecto fino, descamada, esticada e seca, a pele
que precisa de umidade tende a absorver os produtos rapidamente. A desidratação pode
ser causada por vários fatores internos e externos, como medicamentos e produtos. Beber
muita água e tratar a pele com umectantes e hidratantes pode ajudar a minimizar os
efeitos de uma pele seca (GERSON et al., 2011c).
Pele Oleosa
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A limpeza excessiva pode piorar a situação, porque remove o manto ácido da
pele e irrita, se ela ficar sem óleo perde seu equilíbrio, com isso pode ocorrer do
organismo se defender e acabar produzindo mais sebo para tentar proteger o tecido
da pele, independentemente do tipo de pele, o objetivo é equilibrar a função da
barreira. É muito importante equilibrar a produção do sebo por meios de tratamentos
e produtos (GERSON et al., 2011c).
Pele Normal
A pele normal tem um bom equilíbrio entre a água e o óleo, às vezes, ela
pode oscilar entre seca e oleosa. Os folículos têm um tamanho normal e a pele
geralmente não apresenta manchas (GERSON et al., 2011c).
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insuficientes constituem o principal fator de deterioração da pele normal. Existem
outros fatores que incluem como, consumo insuficiente de água, dieta inadequada
etc. É apropriada proteção contra a oxidação causada pelos radicais livres, o uso
consistente de hidratantes e protetores durante o dia ajudam a impedir a perda de
umidade.
Biotipo cutâneo – Eudérmica
• Óstios: finos
• Espessura: normal
• Coloração: normal
• Textura: normal
• Brilho: natural
• Fatores climáticos: resistentes
• Suporta contato com sol, sabões e detergentes.
Pele Mista
A pele mista pode ser oleosa e seca, ou oleosa e normal ao mesmo tempo. A
zona T no centro do rosto é mais oleosa. Essa área possui maior número de
glândulas sebáceas e óstios maiores. As áreas externas do rosto podem ser normais
ou secas e apresentar descamação por causa da desidratação ou do acúmulo de
células mortas (GERSON et al., 2011c).
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sobre estas características ao seu cliente para confirmar a sua avaliação.
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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)
O documento intitulado Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
foi criado nos primórdios da bioética, devido à preocupação que existia com as
pesquisas realizadas com seres humanos. Essa apreensão perdura até os dias
atuais e ocupava lugar de destaque nas discussões das pesquisas cientificas.
(SAKAGUTI, TRINDADE, 2007). O primeiro relato sobre a utilização do TCLE foi um
documento elaborado para estabelecer uma relação entre o pesquisador e o
pesquisado. O registro é datado em 19 de outubro de 1833. O médico
estadunidense, Willian Beaumount (1785-1853) realizou seus trabalhos com o
consentimento de Alexis St. Martin. Esse apresentava um ferimento provocado por
arma de fogo, no qual era possível observar o seu estômago (SAKAGUTI;
TRINDADE, 2007).
No documento firmado entre as partes, ficou estabelecido que o médico fosse
custear todas as despesas do pesquisado, além disso, forneceria uma remuneração
no valor de U$ 150,00. O estudo durou um ano e sofreu fortes críticas éticas pela
forma como foi desenvolvido, pois o pesquisado não recebeu todas as informações
necessárias e o seu envolvimento com o experimento não aconteceu de forma
voluntária. No entanto, esse relato é considerado o vanguardista do TCLE
(MINOSSI, 2011).
Durante a história da bioética, observamos que nem sempre houve uma
preocupação com o participante de um experimento ou até mesmo de um
procedimento médico. Existe uma infinidade de relatos com o desrespeito causado
por cientistas ou médicos que não se preocupavam com a autonomia das pessoas.
Esses fatos envolviam dor, sofrimento, humilhação e até mesmo mortes. O perfil
das pessoas que tinham sua autonomia privada eram prisioneiros de guerra, pobres,
escravos e condenados à morte (SAKAGUTI; TRINDADE, 2007).
Foi somente a partir do Código de Nuremberg que o consentimento voluntário
passou a ser tratado com uma prerrogativa dos pesquisados. Em seu artigo 1º, o
código destaca que o consentimento voluntário do ser humano é extremamente
essencial para o desenvolvimento de uma pesquisa. No entanto, vários médicos e
cientistas não respeitam essa diretriz. O motivo seria a associação que muitos
profissionais faziam com os crimes cometidos durante a guerra, com isso, suas
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penalidades ou exigências não valeriam para as pesquisas realizadas no pós-guerra
(SAKAGUTI; TRINDADE, 2007).
No fim dos anos 1950, nos Estados Unidos, vários pacientes começaram a
denunciar pesquisadores que omitiram informações a respeito dos procedimentos.
Porém, foi somente a partir da década de 1960 com a Declaração de Helsinque que
os consentimentos passaram a receber uma análise mais detalhada (SAKAGUTI,
TRINDADE, 2007).
Por fim, em 1993, ocorreu à criação das “Diretrizes Éticas Internacionais para
Pesquisas Biomédicas Envolvendo Seres Humanos”. Esse documento promoveu
uma valorização dos TCLE em todas as pesquisas com seres humanos (SAKAGUTI,
TRINDADE, 2007).
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os participantes teriam a sua autonomia respeitada, para decidir se iriam ou não
participar do estudo. (HARDY et al., 2002).
Com isso, uma comissão do Conselho Nacional de Saúde foi formada e ouviu
diferentes nichos da população para elaborar um documento detalhado e
abrangente. Ao fim do processo, a Resolução no 196/1996, sobre Pesquisas
Envolvendo Seres Humano, foi publicada e encontra-se atualmente em vigor
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 1996).
A expressão termo de consentimento livre e esclarecido é uma tradução dos
termos da língua francesa consentement livre et ésclaire, que por sua vez deriva da
expressão inglesa informed consent (SAKAGUTI; TRINDADE, 2007).
As instruções presentes na Resolução no 196/1996 relata que todas as
pesquisas que utilizam seres humanos, independente da área de atuação, devem
submeter seu estudo a um Comitê de Ética em Pesquisa (CEP). Devido a isso, todas
as instituições brasileiras que realizam esse tipo de pesquisa foram obrigadas a
construir um CEP. Na impossibilidade de uma instituição construir um CEP, ela
deve submeter seus trabalhos ao CEP de outro centro, preferencialmente, o CEP de
uma faculdade, universidade, instituto de pesquisa ou outro órgão que possui
indicação da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP/MS) para
realização dos seus trabalhos (Hardy et al., 2002).
Ademais, o TCLE deve ser submetido ao CEP de acordo com as diretrizes da
resolução no 196/1996. O comitê irá avaliar se o TCLE esclarece os pontos
principais da pesquisa e se permite que o indivíduo pesquisado apresente autonomia
e voluntariedade para tomar sua decisão.
No entanto, em procedimentos médicos ou biomédicos que são realizados
dentro do consultório, não se faz necessário que o TCLE passe pela aviação de um
CEP, porque não está sendo realizada uma pesquisa cientifica. Porém, é de extrema
importância que o documento seja avaliado por um advogado especialista em ética,
para garantir que esteja redigido de acordo com os princípios éticos, além de garantir
a idoneidade do documento.
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biomédico(a) esteta, data e assinatura de todos em todas as folhas. Uma via
fica com paciente e/ou pesquisado e a outra é arquivada pelo profissional
(SAKAGUTI; TRINDADE, 2007).
Uma das finalidades do TCLE é servir como uma peça contratual entre o
profissional e o paciente, conforme os princípios jurídicos, defendendo os direitos
das partes envolvidas na causa junto à justiça e no conselho de classe do
profissional (SAKAGUTI; TRINDADE, 2007).
Por outro lado, de acordo com uma vertente, o TCLE é um documento
informativo e esclarecedor. Por isso, não deveria ser utilizado com instrumento de
defesa do profissional, pois, para muitos profissionais da saúde que trabalham com
procedimentos minimamente invasivos (injetáveis), essas táticas são vistas como
um desvio da prática sensata, induzida principalmente por profissionais
incompetentes, devido ameaça de processos por negligência profissional. Além
disso, apesar de o paciente ter assinado o TCLE concordando com o tratamento,
nada impede que ele entre na justiça e processe o esteta em casos de erros ou falta
de assistência por parte do profissional (MINOSSI, 2011).
Caso o biomédico queira utilizar as imagens do paciente em algum congresso
ou artigo cientifíco, é necessário uma autorização especial ou “Autorização do
Uso de Imagem”, que pode estar embutida em um item dentro do TCLE. Nessa
autorização, deve estar escrito a maneira pela qual as imagens serão utilizadas e
como a identidade do paciente será preservada (SAKAGUTI; TRINDADE, 2007).
Elaboração do TCLE
De acordo com as normas da resolução no 196/1996, o TCLE é um
documento elaborado pelo pesquisador ou biomédico(a) e precisa ter a assinatura
ou impressão digital do paciente e/ou responsável legal e visto do profissional.
Em alguns casos, também é utilizado a assinatura de uma testemunha para dar
mais credibilidade ao documento. Além disso, o termo precisa ser elaborado em uma
linguagem acessível, de preferência sem a utilização de termos técnicos, e deve
apresentar os seguintes itens: (SILVA et al., 2005; SAKAGUTI; TRINDADE, 2007;
MINOSSI, 2011).
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• Título (nome do procedimento que será realizado).
• Introdução do experimento ou tratamento.
• Objetivos (finalidade do procedimento).
• Metodologia (descrever a técnica que será utilizada).
• Complicações ou riscos que o tratamento possui (pré-tratamento, durante,
após).
• Benefícios esperados.
• Orientações para o pós-procedimento.
• Informações do profissional, tais como: nome completo, telefone, endereço
da clínica, número do CRBM.
• Identificação do paciente (nome, CPF, RG, endereço).
• Data, cidade e estado em qual foi realizado o tratamento;
• Garantia de esclarecimento a qualquer momento sobre o tratamento ao
paciente.
• Preservação da identificação do paciente, caso o profissional queira usar
as imagens do tratamento em revistas, artigos, congressos, entre outros,
Mediante autorização do uso de imagem.
• Assinatura ou impressão digital das partes envolvidas (paciente, biomédico(a)
e testemunha).
• Declaração que as informações prestadas foram efetivamente entendidas.
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• Evitar o uso de adjetivos e eufemismo.
• Utilizar títulos e subtítulos em destaque, para introduzir melhor o assunto
abordado no TCLE e facilitar a compreensão.
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RESPONSABILIDADE CIVIL E REGULAMENTAÇÃO DAS CLÍNICAS
DE ESTÉTICAS
A responsabilidade civil é definida como um direito de reparar um dano
que uma pessoa causa a outra. O causador do dano sofrido pode pedir na justiça
reparação pelo malefício causado a ele. Essa norma é baseada pelo princípio de
que ninguém pode lesar o interesse ou direito de outro indivíduo. Isto é descrito no
artigo 927 do Código Civil, que diz: “Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e
187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo”. Já os artigos 186 e 187
relatam (OLIVEIRA, 2008):
• Art 186: Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente
moral, comete ato ilícito (ANGHER, 2015).
• Art 187: Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo,
excede manifestamente os limites impostos pelo fim econômico ou social, pela
boa-fé ou pelos bons costumes (ANGHER, 2015).
Além disso, o parágrafo único do artigo 927 do Código Civil relata que: “haverá
obrigação de reparar o dano independentemente de culpa”. Ou seja, a culpa não é um
fator primordial do código, essenciais são a conduta humana, o dano ou lesão
realizada e vínculo de causalidade entre a conduta e o dano (ANGHER, 2015).
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Quando a existência de um dos fatores supracitados for comprovada em algum
procedimento estético, fica caracterizada a culpa do agente. Ou seja, o biomédico(a)
deverá reparar o malefício causado ao paciente, pois sem a intenção acabou por
provocar um dano ou lesão.
• Art 393: o devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caos fortuito
ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado
(ANGHER, 2015).
➢ Parágrafo único do Art 393: o caso fortuito ou força maior verifica-se no
fato necessário, cujos efeitos não era possível evitar ou impedir
(ANGHER, 2015).
No caso do biomédico (a) esteta, o tipo de dano mais evidente que pode
provocar é o dano estético que lesa a beleza física do paciente, comprometendo a
harmonia corporal. Este tipo de lesão pode ser permanente, o que impossibilita a
correção do malefício. Ademais, o dano estético em muitos casos, vem acompanhado
de lesões morais ou materiais, por isso elas são consideradas eventos complexos que
devem ser analisadas não somente no âmbito estético, mas também em relação à
expectativa criada pelo procedimento que não foi correspondida (OLIVEIRA, 2008).
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desagradável (OLIVEIRA, 2008). Exemplos: cicatrizes, hipercromias, hipocromias,
entre outros.
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médicos, tendo em vista que até o presente momento não existem condutas
específicas aos biomédicos(as) estetas.
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jurisdição do estado no qual o empreendimento foi fundado.
Além disso, toda empresa que presta serviços ou fornece algum tipo de produto
precisam observar e respeitar as regras que compõem o Código de Defesa do
Consumidor (CDC), que foi publicado em 11 de setembro de 1990, e regulariza as
regras que compõe a relação entre consumidor e fornecedores.
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