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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 3

2 AVALIAÇÃO E ANAMNESE APLICADAS À ESTÉTICA CORPORAL . 4

3 AVALIAÇÃO ESTÉTICA CORPORAL ................................................... 5

3.1 Exame físico funcional .................................................................. 5

4 ÍNDICES AVALIATIVOS ....................................................................... 10

5 IMAGEM CORPORAL E A EVOLUÇÃO DO PADRÃO DE BELEZA AO


LONGO DA HISTÓRIA ............................................................................................. 13

5.1 Imagem corporal e sua relação com a estética ........................... 16

5.2 Imagem corporal e sua relação com a estética para o bem-estar do


indivíduo......... ................................................................................................... 18

6 PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS PARA FLACIDEZ CUTÂNEA


CORPORAL .............................................................................................................. 21

7 INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS NO MANEJO DE AFECÇÕES


CUTÂNEAS CORPORAIS ........................................................................................ 29

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................... 43

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1 INTRODUÇÃO

Prezado aluno!

O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante


ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta, para ser esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse
aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No
espaço virtual, é o mesmo. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser
direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da
semana e a hora que lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.

Bons estudos!

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2 AVALIAÇÃO E ANAMNESE APLICADAS À ESTÉTICA CORPORAL

Miranda (2018) menciona em relação ao conceito de beleza com mutável, que


evolui continuamente na sociedade ao longo dos anos. Os padrões estéticos para
definir o que é belo e aceitável podem fazer com que os indivíduos que não se
encaixam em determinado formato corporal sintam-se insatisfeitos e levar à distorção
ou insatisfação com a imagem corporal. Um dos fatores mais preocupantes
relacionados aos problemas com a imagem corporal é o surgimento de transtornos
alimentares, doenças mentais que, quando instauradas, são de difícil manejo e
tratamento. Fazendo surgir a necessidade de identificar precocemente tais alterações,
a fim de promover a saúde e prevenir o surgimento desses problemas.
Vamos estudar, de forma aprofundada, os aspectos relacionados a imagem
corporal no campo da estética, compreendendo como o conceito de beleza se
aprofundou ao longo dos séculos. Além disso, vai conhecer a relação entre imagem
corporal e transtornos alimentares, bem como as ferramentas para avaliação e
autopercepção e satisfação da imagem corporal.
Para que o profissional consiga elaborar um plano de tratamento estético
corporal exige-se muita atenção, por meio da elaboração, a realização de uma
“entrevista” antes de dar início aos protocolos de tratamento, por meio da utilização
da ficha de anamnese.
Para Matiello et al., (2021), os tratamentos estéticos afetam no funcionamento
do organismo do (a) paciente, fazendo surgir a necessidade de que se busque um
pouco mais sobre o histórico clínico (doenças, cirurgias, alergias e outros), bem como,
seus hábitos diários, pois, caso não seja realizada uma avaliação criteriosa, podem
ocorrer diversas intercorrências. Havendo a necessidade de que haja uma avaliação
minuciosa em qualquer tratamento estético corporal, devendo ser utilizados métodos
adequados visando obter todas as informações necessárias, a fim de que haja uma
personalização do plano de tratamento de cada paciente de forma individual.
O profissional deve se lembrar de registrar toda informação que julgar
relevante. O cliente não é obrigado a responder todas as suas perguntas, mas é
interessante que ele entenda a importância da fidedignidade das informações para

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que o tratamento seja efetuado com segurança tanto para ele quanto para o
profissional. No caso de omissão de informações por parte do cliente, cabe ao
profissional decidir se realizará ou não o tratamento.

3 AVALIAÇÃO ESTÉTICA CORPORAL

A International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS) fornece


estatísticas anuais do número de procedimentos estéticos e cosméticos em todo o
mundo. Em sua última análise estatística, verificou-se que em 2020, 2.565.675
milhões de procedimentos não invasivos foram realizados no Brasil, 985.564 foram
procedimentos corporais, como redução da gordura localizada e remoção de pelos.
Seguindo esses dados, vemos a importância do conhecimento, do cuidado e
da prática baseada em evidência dos profissionais que atuam com tratamentos
estéticos corporais, sendo nítido que, para ter bons resultados, deve ser seguida como
padrão-ouro uma adequada avaliação clínica, para diagnóstico assertivo e elaboração
da conduta terapêutica. Abordaremos os conceitos e as ferramentas subjetivas e
científicas possíveis para uso na avaliação correta do tecido adiposo subcutâneo, do
tecido tegumentar e das disfunções estéticas que os acometem (RENNÓ, 2022).

3.1 Exame físico funcional

Antropometria

Segundo Rennó (2022), a palavra “antropometria” vem do grego anthropos,


com o significado de “homem”, e metrom, que significa “medida”. O método estuda as
medidas e proporções do corpo humano, incluindo dados de peso, altura, índice de
massa corpórea (IMC), índices avaliativos e mensuração da composição corporal.
Peso (kg) e altura (m2): são medidos em balança antropométrica e
estadiômetro, com a paciente vestindo o mínimo de roupas e estando descalça ou
com calçado baixo e leve.

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IMC: utilizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para considerar se
o paciente possui ou não quadros de obesidade. O dado é obtido calculando-se o
peso em quilos dividido pelo quadrado da altura em metros, e a classificação dos seus
resultados encontra-se na (Tabela 1).

Tabela 1 - Classificação de sobrepeso e obesidade e grau de morbimortalidade:

Faixa de IMC (kg/m²) Denominação Risco de complicações


18,5-24,9 Normal 0

25-29,9 Sobrepeso (pré- Baixo


obesidade)

30-34,9 Obesidade I Moderado

35-39,9 Obesidade II Alto

≥ 40 Obesidade III ou mórbida Altíssimo

Fonte: BRASIL (2013).

O IMC atua como ferramenta de triagem individual e pode ser utilizado para a
determinação de fatores de risco, pois se sabe que é proporcional à gordura corporal,
dessa forma está diretamente associado ao desenvolvimento de doenças e
disfunções estéticas. Apesar de ser a única ferramenta indicada pela OMS para avaliar
o desenvolvimento do ganho de peso, o IMC não é o indicador mais fidedigno, pois
não avalia a distribuição de gordura e massa magra; porém, na estética, nos traz
dados importantes, pois indivíduos com obesidade apresentam disfunções do tecido
tegumentar que afetam o processo de reparo e regeneração e a qualidade da pele. A
conduta deve também associar uma equipe multidisciplinar para maior sucesso no
tratamento (RENNÓ, 2022).

Perimetria/circunferência

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Entre as medidas antropométricas, temos a perimetria, conjunto de medidas de
circunferência, realizadas nos membros superiores, membros inferiores e diferentes
pontos do tronco.
Para a sua realização é necessária uma fita métrica, que preferencialmente deve
ser metálica, por apresentar maior estabilidade durante seu posicionamento no local
correto da medida. Para determinar as medidas reais, todas devem ser realizadas
sem compressão da fita sobre a pele e em triplicata, considerando o cálculo da média
dos resultados, todos os registros devem ser feitos com precisão de 0,1 cm (RENNÓ,
2022).
Para uma avaliação fidedigna, é necessário padronizar essa mensuração. A
seguir, encontra-se descrita detalhadamente a padronização para a mensuração de
diferentes regiões corporais:
Circunferência do braço: com o paciente em pé, ombros relaxados, ligeiramente
estendidos, cotovelo flexionado a 90.º e a palma da mão em supinação, o profissional
faz a marcação do local exato da medida, que deve estar entre o processo acromial
da escápula e o olecrano. Após a demarcação do local exato da medida, solicita-se
ao paciente que realize a extensão do cotovelo e deixe a palma da mão voltada para
a coxa. A fita métrica deve ser posicionada perpendicularmente ao eixo longo do
braço, contornando-o no local demarcado no mesmo plano, em toda a sua extensão.
Circunferência da coxa: a coxa pode ser medida em três circunferências: proximal
(na linha inguinal), distal (acima da patela) e medial (entre o proximal e o distal). Para
demarcação do local correto onde será efetuada a medida, o paciente deve estar em
pé, com flexão de quadril e joelho de 90.º, para facilitar, o pé direito ou esquerdo pode
estar sobre um apoio, assim se faz a demarcação. Para a realização da medida o
paciente deve estar em pé, com o peso distribuído igualmente em ambos os pés, que
deverão estar separados em aproximadamente 10 cm.
Proximal: o avaliador deve se posicionar lateralmente ao paciente e posicionar a
fita horizontalmente ao redor da coxa, abaixo da curvatura glútea. Nota-se que em
alguns indivíduos esta não será a maior medida de circunferência da coxa.

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Medial: o avaliador deve se posicionar anteriormente ao paciente e posicionar a
fita horizontalmente ao redor da coxa, ao nível do ponto médio entre a linha inguinal e
a borda proximal da patela.
Distal: o avaliador deve se posicionar anteriormente ao paciente e posicionar a
fita horizontalmente ao redor da coxa, próximo ao epicôndilo femoral e imediatamente
acima da borda superior da patela.
Circunferência da cintura: com o paciente em pé, o músculo abdominal relaxado,
os braços ao lado do tronco e os pés unidos, o avaliador posiciona uma fita métrica
ao redor do tronco do paciente, onde se encontra a menor circunferência, que deverá
estar entre a última costela e a crista ilíaca no plano horizontal. A medida deve ser
coletada de maneira que a fita métrica seja mantida em frente à caixa torácica e uma
de suas extremidades esteja abaixo do restante dela. Deve ser tomada ao final de
uma expiração normal.
Circunferência do abdome: segue o mesmo padrão postural do paciente e
avaliador, utilizado na medida de circunferência da cintura. No entanto, nesse caso, a
fita métrica deve ser posicionada na maior circunferência ao nível do abdome, que na
maioria das vezes está ao nível da cicatriz umbilical. A medida deve ser coletada de
maneira que a fita métrica seja mantida em frente à caixa torácica e uma de suas
extremidades esteja abaixo do restante dela. Deve ser tomada ao final de uma
expiração normal.
Circunferência do quadril: segue o mesmo padrão postural do paciente, utilizado
na medida de circunferência da cintura e abdome. No entanto, nesse caso o avaliador
se posiciona lateralmente ao paciente, onde deve posicionar a fita métrica na região
de maior circunferência ao nível do músculo glúteo máximo (Figura 1).

Figura 1 - Métodos para medidas de circunferência

Método para medir a circunferência do braço:

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Método para medir a circunferência da coxa proximal:

Método para medir a circunferência da coxa medial:

Método para medir a circunferência da coxa distal:

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Método para medir a circunferência da cintura:

Método para medir a circunferência do abdome:

Método para medir a circunferência do quadril:

Fonte: RENNÓ, 2022.

4 ÍNDICES AVALIATIVOS

Classificação do biotipo corporal

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Rennó (2022) traz que um dos índices que determinam o biotipo, segundo a
distribuição de gordura corporal, que pode ser do tipo androide (maçã) ou ginoide
(pera). Existem ainda outros índices corporais, os quais são constituídos pela relação
matemática entre duas ou mais dimensões antropométricas observadas no mesmo
paciente, e estabelecem valores de referência, ajustados por sexo, idade ou outras
condições específicas, assim como o IMC.
Indicador da relação cintura-quadril (RCQ): divide-se a medida da circunferência
da cintura (cm) com a medida da circunferência do quadril (cm).
Indicador da circunferência de cintura (CC): medida da circunferência da cintura
(cm).
Tipo Androide: Acúmulo de gordura na região abdominal, localizada tanto entre os
órgãos quanto no tecido subcutâneo. Esse tipo de disposição de gordura reflete um
perfil metabólico alterado e está associado à maior ocorrência de doenças crônicas.
Tipo Ginoide: Acúmulo de gordura na região gluteofemoral (quadril, nádegas e
pernas). Comumente observada no sexo feminino e favorece o desenvolvimento do
fibroedema geloide.

Mensurações da composição corporal

Ainda Segundo Rennó (2022), existem, basicamente, três métodos para


avaliação da composição corporal:
Direto: faz a pesagem de cada um dos componentes corporais, como na dissecação
de cadáveres.
Método Indireto: não há a manipulação dos componentes separadamente, mas a
partir de princípios químicos e físicos, que visam à extrapolação das quantidades de
gordura e massa magra, como pletismografia, tomografia computadorizada,
ressonância magnética e ultrassom.
Duplamente indiretos: baseados nas medidas antropométricas de perimetria e
adipometria e na bioimpedância elétrica, pois resultam de equações ou normogramas
derivados dos métodos indiretos.

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Adipometria

Trata-se de um método de medição das pregas cutâneas de espessura da


pele e do tecido adiposo subcutâneo em determinadas regiões do corpo, para a
estimativa de gordura corporal de forma localizada e de forma conjunta, quando
utilizado mais de um resultado dessas medidas em determinada equação para a
estimativa da composição corporal. A técnica é simples, rápida e de baixo custo, e
seus resultados são terapeuta-dependentes. É preciso usar um adipômetro
(plicômetro) e seguir corretamente a padronização.
Segundo o Comitê de Antropometria do Grupo de Alimento e Nutrição do
Conselho Nacional de Pesquisa (USA) e do Comitê Internacional para a Padronização
dos Testes de Aptidão Física, todas as medidas de dobras cutâneas devem ser feitas
do lado direito do corpo. Orienta-se demarcar, primeiramente, o local da dobra
cutânea, por meio de duas linhas paralelas distanciadas por cerca de 3 a 4 cm, mais
ou menos a largura de dois dedos, para mensurar o local exato da medida.
A dobra cutânea deve ser pinçada (tomada por uma pegada), levantando a
pele e o tecido gorduroso do tecido subjacente segurando os tecidos entre o polegar
e o indicador; em seguida, aplica-se o adipômetro a 1 cm distalmente do polegar e do
indicador, a meio caminho entre o ápice e a base da dobra; continua-se a segurar a
dobra com o polegar e o indicador durante a medida; após aplicar o adipômetro por 2
a 3 segundos, lê-se a medida da dobra com precisão de 0,5 mm e somente se solta a
pegada após retirado o adipômetro do local da dobra. Realizam-se as medidas em
triplicata até que as leituras se estabilizem com precisão de ± 1,0 mm e calcula-se a
média dos resultados (Figura 3).

Figura 3 - Demonstração da técnica correta da adipometria.

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Fonte: RENNÓ (2022).

5 IMAGEM CORPORAL E A EVOLUÇÃO DO PADRÃO DE BELEZA AO LONGO


DA HISTÓRIA

Calza (2019) expressa que a beleza está no campo da subjetividade, podendo


ser expressa nas coletividades a partir de uma determinação cultural ou de uma
imagem consensual do que é considerado belo, desejável ou atrativo. Os padrões de
beleza determinados pela sociedade em diferentes tempos da história influenciam de
forma direta a percepção da imagem corporal, já que o julgamento de um corpo
adequado ou não está baseado em um modelo corporal padronizado.
Na pré-história, as pinturas rupestres compunham a representação de corpos
volumosos, o que indicava um padrão de beleza feminino que poderia estar
relacionado à fertilidade e à sobrevivência, já que este era um momento de escassez
de alimentos. Esse padrão foi mantido durante toda Antiguidade (PIMENTA, 2012).
Ao comparar, por exemplo, corpos de indivíduos da nobreza com plebeus, é
notável que aqueles que possuíam mais bens eram os detentores de corpos mais
volumosos, enquanto os pobres possuíam corpos mais magros. Portanto, para além
de um padrão de beleza, o padrão corporal indicava também o status social do

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indivíduo. As classes mais nobres podiam revelar seu poder social pela abundância
de comida, por grandes banquetes, pouco desgaste físico e por seus corpos,
enquanto indivíduos pobres estavam vinculados à fome e ao trabalho físico
extenuante. Nesse momento da história, há uma clara relação entre gordura e poder
(SCAGLIUSI et al., 2006).
Para Calza (2019), foi a partir do século XIX, que se deu início a era industrial,
nesse cenário a estética corporal foi modificada. Momento em que houve uma
inversão da compreensão do belo; antes associado à exuberância e gordura, a partir
de então é definido pela magreza e pela negação do corpo gordo. Esse padrão foi
reafirmado no século XX, momento em que a Organização Mundial da Saúde (OMS)
reconhece a obesidade como uma doença. Todos esses fatores, reforçados pela
mídia, culminam na implementação do “estigma do obeso”, estereotipando e
relacionando a obesidade com fracasso social, preguiça, indisciplina, falta de controle,
infelicidade, falta de profissionalismo, solidão, dentre outras características que não
se limitam apenas à ingestão de alimentos ou ao processo de fome e saciedade.
Em contrapartida, o corpo magro passou a significar o corpo de um indivíduo
com autodisciplina, o qual tem controle da sua ingestão alimentar, portanto, de todas
as outras áreas da vida (PIMENTA, 2012). Atualmente, o estereótipo da magreza
ainda predomina e se agrava com o advento das mídias sociais digitais e toda
tecnologia midiática que possibilita a construção de imagens corporais irreais. Ao
utilizar as mídias sociais, em particular aquelas em que se compartilham fotos, pode
haver um sentimento de inadequação e culpa, ou seja, de uma insatisfação com a
imagem corporal baseada nesse padrão inalcançável. Outro fator que culmina na
“aversão à gordura” é o comportamento consumista, o qual incentiva o uso de uma
gama de produtos e técnicas que prometem eliminar a gordura corporal.
Simultaneamente, a atual forma de produzir alimentos com alta densidade
calórica, amplo prazo de validade (às custas da utilização de conservantes que atuam
como disruptores endócrinos, capazes de modificar a ação de hormônios), hipersabor,
abundantes e a promessa de uma comida rapidamente produzida, como as fast-foods,
propiciam um ambiente obesogênico. Em suma, simultaneamente, em que se
estabelece um padrão de magreza inalcançável, há estímulo para o avanço da

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obesidade. Tal impasse traz conflitos em relação à satisfação corporal. Schieler foi o
primeiro autor a descrever o conceito de imagem corporal, compreendendo “a imagem
que formamos em nossa mente do nosso corpo” (DI PIETRO; SILVEIRA, 2012, p. 22,
tradução nossa).
Com a evolução do conceito, a imagem corporal passou a se traduzir na
percepção que temos em nossas mentes do tamanho, do contorno e da forma de
nossos corpos, bem como em nossos sentimentos com relação a tais características
e às partes constituintes do nosso corpo. A imagem corporal pode ser compreendida
como um processo mutável, ou seja, que pode ser modificável ao longo do tempo, da
representação do corpo que um indivíduo faz em sua mente. A imagem corporal é
influenciada pela interação com a sociedade, por aspectos biológicos, emocionais,
relacionais, culturais e contextuais (SCHILDER, 1999).
Podemos definir de forma objetiva que a imagem corporal é como percebemos
o nosso corpo mediante fatores externos. A imagem corporal pode ser avaliada pela
dimensão perceptiva e atitudinal. A dimensão perceptiva é relativa à identificação
exata do tamanho corporal atual e, assim, pode resultar na presença ou ausência de
distorção da imagem corporal. Por outro lado, a dimensão atitudinal refere-se aos
sentimentos relativos à aparência e à forma do corpo, ou seja, gostar ou desgostar,
resultando em (in) satisfação com a imagem corporal (OLIVEIRA et al., 2020).
A insatisfação com a imagem corporal deriva da supervalorização de corpos
idealizados pela sociedade, o que pode levar a práticas extremas para o controle de
peso, redução de percentual de gordura, modificação de formas e volumes corporais,
apesar de o conceito de beleza estar em constante modificação. Essas práticas
podem ser consideradas um dos sintomas iniciais para o surgimento de transtornos
alimentares. A identificação da insatisfação com imagem corporal é pertinente, dadas
as possíveis repercussões na saúde e na qualidade de vida dos indivíduos,
principalmente relacionadas aos transtornos alimentares.
A seguir, veremos de forma mais específica como problemas com a imagem
corporal podem evoluir para o surgimento de transtornos alimentares. A influência da
imagem corporal no desenvolvimento de transtornos alimentares. As intensas
pressões sociais para se construir um corpo perfeito podem levar o indivíduo a praticar

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ações de risco para saúde física e mental. A frequente exposição a corpos
inalcançáveis nas redes sociais e nos comerciais, as promessas de emagrecimento
definitivo e a formação de uma falsa relação em que práticas de beleza se justificam
como promoção de saúde levam os indivíduos a ficarem insatisfeitos com seu corpo
e até a desenvolverem uma distorção da autoimagem corporal. Algumas pessoas
podem estar mais vulneráveis ao desenvolvimento dessas práticas, como mulheres,
adolescentes e atletas (TARAGANO; ALVARENGA, 2019).
Em mulheres, há uma pressão social da objetificação de seus corpos a fim de
que atinjam um “corpo ideal”, o que gera insatisfação corporal, oscilações no estado
de humor e comportamentos de alimentação inadequados (KACHANI; CORDÁS,
2021).
As cobranças para atingir padrões de beleza em mulheres são mais rígidas
do que para homens. O corpo feminino magro passa a ser idealizado como sinônimo
de sucesso. Entretanto, padrões corporais para o sexo masculino também têm sido
evidenciados. Enquanto o ideal de corpo feminino é tido como magro, os homens são
cobrados para terem corpos mais musculosos e um baixo percentual de gordura.

5.1 Imagem corporal e sua relação com a estética

A adolescência é um período crítico, pois é nessa fase que ocorrem mudanças


físicas e mentais decorrentes da puberdade. Estima-se que se adquira cerca de 50%
da massa corporal, fazendo os requerimentos de energia e nutrientes aumentarem a
fim de suprirem o crescimento dos tecidos (PEARSON et al., 2012).
Além das mudanças somáticas, ocorrem alterações psicossociais, como o
desenvolvimento da autoimagem e da personalidade, fato que pode ser prejudicado
pelo culto ao corpo, exaltado nas sociedades ocidentais. Esse cenário pode levar à
insatisfação com a imagem corporal. No ambiente esportivo, o atleta é exposto a
fatores de risco para o desenvolvimento de distorção da imagem corporal. Atletas
podem sentir-se pressionados a reduzir massa corporal e a alterar composição
corporal, apesar de desconhecerem a maneira mais adequada de fazê-lo.

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Além disso, modalidades esportivas em que há exposição do corpo,
categorias de competição baseadas na massa corporal ou situações em que a leveza
ou a estética podem ser subjetivamente pontuadas também podem ser desfavoráveis
para a autoimagem. Dúvidas com a autoimagem corporal podem desencadear graves
e irreversíveis problemas de saúde, como o caso dos transtornos alimentares. Eles
são vistos como um fenômeno pluridimensional resultante da interação de fatores
psicológicos, biológicos, familiares e socioculturais e que se caracteriza pela intensa
preocupação com alimento, peso e corpo.
São definidos como comportamentos anormais de alimentação
diagnosticados por critérios muito restritos, e, como consequência dessa restrição,
inúmeras pessoas não são diagnosticadas com transtornos alimentares, apesar de
apresentarem notoriamente comportamento alimentar anormal. Nesse sentido, surge
o conceito de comer transtornado, que não aborda todos os critérios de restrição dos
transtornos alimentares, mas possibilita a caracterização de indivíduos com
comportamentos alimentares anormais, o que é imprescindível para a prevenção de
prejuízos à saúde (COELHO et al., 2015).
Dentre os transtornos alimentares, estão a anorexia nervosa, a bulimia
nervosa, os transtornos alimentares não especificados (TANEs) e o transtorno de
compulsão alimentar periódica (TCAP). Conforme o Manual Diagnóstico e Estatístico
de Transtornos Mentais (DSM-V), anorexia nervosa é um transtorno alimentar que se
caracteriza por perda de peso voluntária, acompanhada por distorção da imagem
corporal. Ela leva a um peso significativamente baixo e a comprometimento físico,
psíquico e social.
O indivíduo segue uma dieta restritiva motivado pela insatisfação com a
imagem ou massa corporal. Há restrição de refeições, de alimentos de alta densidade
calórica, além de alimentos fonte de carboidratos e gorduras. O baixo peso
autoinduzido e as perturbações da imagem corporal são os critérios principais para o
diagnóstico. Ainda, pode ser classificada em dois tipos: restritiva e purgativa.
A anorexia nervosa restritiva: é caracterizada por restrição da ingesta calórica,
aumento do gasto energético e jejum. Tal restrição pode estar acompanhada ou não
de atividade física excessiva e uso de anorexígenos (inibidores do apetite, hormônios

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sintéticos, entre outros). Já a purgativa é composta por episódios de compulsão
alimentar e/ou comportamentos purgativos como vômitos autoinduzidos, laxantes,
diuréticos e/ou enemas (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2014).
Já a bulimia nervosa é caracterizada por um ciclo constituído de uma dieta restritiva,
compulsão e purgação, cujos critérios diagnósticos incluem episódios recorrentes de
compulsão alimentar; comportamentos compensatórios inapropriados recorrentes a
fim de impedir o ganho de peso, como vômitos autoinduzidos; uso indevido de
laxantes, diuréticos ou outros medicamentos; e jejum ou exercício em excesso. A
compulsão alimentar e os comportamentos compensatórios inapropriados ocorrem,
em média, no mínimo uma vez por semana durante três meses, e a autoavaliação é
indevidamente influenciada por forma e peso corporais (AMERICAN
PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2014).
A dismorfia corporal, também conhecida como transtorno dismórfico corporal
(TDC), é uma doença mental caracterizada pela insatisfação com a imagem corporal
que afeta a relação que o indivíduo tem com sua aparência. A TDC é marcada por
uma percepção exacerbada de falhas no próprio corpo, sendo estas pouco ou não
perceptíveis para outras pessoas (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2014).
Os transtornos alimentares são condições de difícil tratamento, com
constantes recidivas, e podem atrapalhar não apenas a saúde física, mas também
outras áreas da vida, como trabalho, família, dentre outros relacionamentos, já que a
obsessão se torna o cerne da vida dos indivíduos com transtornos alimentares. Evitar
a progressão da doença é imprescindível.

5.2 Imagem corporal e sua relação com a estética para o bem-estar do


indivíduo

A identificação precoce é o cenário ideal de tratamento desses problemas de


saúde, por isso, profissionais de saúde devem conhecer as ferramentas adequadas
para identificação de problemas com a imagem corporal. Testes de avaliação de
autopercepção e satisfação da imagem corporal, podem ser utilizados.

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A identificação precoce de problemas relacionados à imagem corporal, como
a insatisfação e a distorção, é de grande importância para evitar a implementação e o
consequente agravo de transtornos alimentares. A insatisfação corporal é a
discrepância entre o corpo ideal e o corpo percebido pelo indivíduo; já a distorção
ocorre quando a percepção que o indivíduo tem da própria imagem corporal é afetada,
levando-o a ter preocupações irracionais sobre defeitos em alguma parte de seu corpo
(KACHANI; CORDÁS, 2021).
Alguns testes de avaliação da autopercepção e satisfação da imagem corporal
podem contribuir com diagnóstico precoce, sendo possível avaliar os sintomas desses
quadros, mesmo antes de o transtorno se implementar. Esses testes avaliam o
componente atitudinal da imagem corporal. Esses questionários de investigação são
ferramentas muito utilizadas, com diversas vantagens, como, por exemplo, serem um
método rápido, de baixo custo e de fácil de aplicação.
Além disso, não requerem treinamento especializado e são eficientes para
avaliação de coletividades. Essas ferramentas fornecem maior autonomia ao indivíduo
em comparação à entrevista clínica, pois retiram o viés de omissão das informações
por constrangimento e exposição da realidade. Ainda conseguem fornecer uma
resposta objetiva e padronizada, já que todos os participantes respondem à mesma
pergunta, independentemente de sua individualidade clínica. Outro ponto de
vantagem é que mitigam o viés resultante da interação entre o entrevistador e o
indivíduo (SCAGLIUSI et al., 2006).
Segundo Di Pietro; Silveira (2012), os questionários mais utilizados para
identificação de problemas com a imagem corporal, utilizados na população brasileira
são:

 A Escala de Figuras de Stunkard,


 O Questionário de Imagem Corporal (Body Shape Questionnaire – BSQ) e
 O Questionário de Atitudes Corporais (Ben – Tovin and Walker Body Attitudes
Questionnaire – BAQ).

Menos utilizadas são:

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 A Body Dismorphic Disorder Examination (BDDE) e
 A Escala de Avaliação de Insatisfação Corporal para Adolescentes.

Imagem corporal e sua relação com a estética

O BSQ é utilizado para verificar a preocupação do indivíduo com o formato


corporal e seu peso, além de mensurar a frequência com que indivíduos
experimentam a sensação de se “sentirem gordos”, apresentando avaliação contínua
e descritiva dos distúrbios da imagem corporal tanto em indivíduos que apresentam
sinais e sintomas, como naqueles subclínicos dos transtornos alimentares (GRIMM et
al., 2021). O BSQ foi traduzido e validado para uma população de universitários
brasileiros.
A Escala de Figuras de Stunkard possui nove silhuetas que representam
diferentes pesos corporais. O indivíduo deve selecionar a figura que mais se parece
com seu corpo e a que gostaria de ter, possibilitando a compreensão do tamanho atual
percebido, do tamanho desejado e da discrepância entre essas variáveis, o que é
interpretado como o grau de insatisfação corporal dos entrevistados (STUNKARD,
1984). A escala foi validada para a população brasileira.
O BAQ (BEN-TOVIM; WALKER, 1991) avalia as atitudes em relação ao corpo
por meio de seis subescalas que investigam a depreciação do corpo, o sentir-se gordo,
a gordura nos membros inferiores, a saliência (importância pessoal do tamanho e da
forma corporais), a atração física e a aptidão física. A escala foi traduzida e validada
para a população brasileira (SCAGLIUSI et al., 2006). Menos aplicado, o BDDE
pretende avaliar a qualidade de vida relacionada à imagem corporal, ajudando no
diagnóstico do TDM. É validado para população brasileira.
A Escala de Avaliação da Insatisfação Corporal para Adolescentes entre 12 e
19 anos, de ambos os sexos, tem o mesmo objetivo e também foi validada para a
população brasileira (CONTI; SLATER; LATORRE, 2009). Ainda, o teste de Avaliação
da Dimensão Corporal® (ADC) é utilizado para avaliar a presença da distorção da
dimensão corporal.

20
Dessa forma, avalia a diferença entre a medida percebida do próprio corpo e
a medida real do sujeito (THURM et al., 2021) por meio de um índice de percepção
corporal que indica se indivíduo tem:

 Percepção adequada ou patológica,


 Hipoesquematia (quando o sujeito se percebe menor do que ele é) e
 Hiperesquematia, leve, moderada ou grave (quando o sujeito se percebe maior
do que ele realmente é) (THURM et al., 2021).

Verifica-se a existência de diversos instrumentos para avaliação da imagem


corporal. Sendo, os principais métodos, os questionários e as escalas de silhuetas.
Ferramentas essas que podem auxiliar os profissionais da saúde a identificarem
precocemente problemas relacionados à imagem corporal, evitando que os sintomas
e atitudes se agravem e evoluam para um transtorno alimentar. Ademais, é importante
cuidar para que os pacientes sob responsabilidade do nutricionista desconstruam
ideias como o padrão de beleza ideal e os estereótipos acerca da obesidade,
passando a valorizar aspectos de saúde mais relevantes.

6 PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS PARA FLACIDEZ CUTÂNEA CORPORAL

Calza (2019) explica em relação aos tratamentos da flacidez cutânea, cujo


principal objetivo é a reestruturação do tecido conjuntivo, tornando-o mais firme. Dito
dessa maneira, parece uma tarefa fácil, porém, na prática, o profissional deve estar
atento a alguns pontos cruciais para proporcionar os melhores resultados.
Diante disso, faremos uma análise do mecanismo fisiopatológico da flacidez
cutânea, visando conhecer os procedimentos estéticos para o seu tratamento, bem
como os ativos e as possíveis associações para os protocolos.

Fisiopatologia da flacidez cutânea

21
Para escolher o tratamento adequado é fundamental entender as alterações
fisiológicas da pele e as necessidades ao nível celular para planejar de forma
estratégica as intervenções estéticas para restabelecer as funções celulares e
promover a reestruturação da pele. A pele é um órgão que reveste todo o corpo
delimitando as estruturas internas do ambiente externo, atuando na proteção dos
demais sistemas. Diferentemente destes, está exposta constantemente às agressões
do meio externo, sofrendo desgaste ao longo dos anos (HARRIS, 2017).
Tassinary; Sinigaglia; Sinigaglia (2019) conceituam a flacidez cutânea como
sendo a perda de sustentação da pele causada pela diminuição de elementos
fundamentais que constituem o tecido conjuntivo. Processo esse que ocorre de forma
natural ao longo dos anos na combinação de fatores intrínseco e extrínseco. Dentro
dos fatores intrínsecos estão a genética, os hormônios e o estresse oxidativo. Porém,
os fatores externos aceleram o processo degenerativo do tecido cutâneo, onde se
destaca a exposição solar, a alimentação, o aumento do peso corporal, entre outros.
A perda da propriedade viscoelástica do tecido está relacionada
principalmente à redução da produção de fibras de colágeno e elastina, que diminuem
progressivamente após os 30 anos. Porém, esse processo não se limita apenas a
esses dois elementos.
Além do envelhecimento fisiológico, as propriedades biomecânicas da pele
podem sofrer modificações quando o tegumento é submetido a cargas de tração
excessivas, como obesidade ou redução drástica de peso e gravidez. A Lei de Hooke
traz como teoria a deformação de um corpo elástico ao se expandir, ou seja, determina
a capacidade do tecido de sofrer deformação quando submetido a uma determinada
força (carga). Um bom exemplo para visualizar esse efeito é a analogia do estiramento
de um atilho (banda elástica): quando o estiramento estiver de acordo com a
capacidade de distensão do atilho, ao soltar, ele irá retornar à forma original.
Porém, se o estiramento ultrapassar o limite de força e tempo de distensão do
atilho, este não voltará à sua forma original, ocorrendo sua deformação e possível
rompimento.
As alterações visuais causadas pela flacidez devem ser bem avaliadas para
a assertividade do tratamento, ocorrendo por muitas vezes a confusão pelos

22
profissionais em relação à hipotonia muscular e à flacidez cutânea. O processo
fisiopatológico e o tratamento desses dois tipos de flacidez diferem, porém, o mesmo
indivíduo pode ter a combinação de ambos, resultando no comprometimento do
contorno corporal (TASSINARY; SINIGAGLIA; SINIGAGLIA, 2019).

Procedimentos estéticos

Para Calza (2019), o microagulhamento trata-se de uma técnica que utiliza


um dispositivo com microagulhas que perfuram a pele, resultando em dois principais
mecanismos de ação: a indução percutânea de colágeno e o drug delivery. A lesão
provocada pelas micropunturas desencadeia, por meio da perda da integridade do
tecido e da dissociação dos queratinócitos, a liberação de citocinas e fatores de
crescimento que, por consequência, promovem um aumento das Glicosaminoglicanos
– GAGs (longas cadeias de carboidratos de açúcar encontradas em numerosas
células do corpo humano) e do colágeno.
Além disso, os microcanais criados ao aplicar o dispositivo na pele podem ser
aproveitados para aumentar a disponibilidade de elementos essenciais para a
manutenção das células por meio de ativos próprios para a realização do
microagulhamento. A técnica aumenta a permeação dos ativos em até 80%,
potencializando o efeito do tratamento, sendo fundamental a escolha correta dos
ativos conforme o objetivo do tratamento (SETTERFIELD, 2020).
Existem diferentes métodos para a aplicação do microagulhamento, sendo os
dois a seguir os mais utilizados:
Microagulhamento com roller: equipamento composto por uma haste onde em uma
das extremidades tem um rolo com microagulhas encravadas, variando na quantidade
e no comprimento das agulhas.
Microagulhamento elétrico: é realizado por meio de um dispositivo elétrico que
funciona por uma bateria ou ligado diretamente na tomada por meio de um carregador.
Para realizar as micropunturas, são utilizados cartuchos com diferentes quantidades
de agulhas.

23
Para obter resultados efetivos com o microagulhamento, é necessário que as
agulhas cheguem até a junção dermoepidérmica para realizar a indução percutânea
de colágeno. O intervalo entre as sessões é de no mínimo 28 dias, respeitando o
tempo de cicatrização das lesões.

Procedimentos estéticos para flacidez cutânea corporal

Para Calza (2019), a corrente galvânica é amplamente utilizada na estética


com diferentes objetivos, caracterizando-se por uma corrente contínua de fluxo
unidirecional, constante e com efeitos polares.
A iontoforese utiliza-se dessa corrente para aumentar a permeabilidade
transcutânea de substâncias ionizáveis, na qual se utiliza um equipamento com
eletrodos, aplicado na pele utilizando uma solução com ativos formulados para a
realização da técnica.
Baseado na lei física de Du Fay, na qual "cargas de um mesmo polo se
repelem e cargas de polos diferentes se atraem", os ativos utilizados se encontram
em soluções ionizáveis com polaridades específicas, que por meio da repulsão
contínua gerada pela aplicação da corrente conseguem penetrar nos tecidos. Existe
uma grande variedade de soluções ionizáveis que devem ser escolhidas conforme o
objetivo do tratamento, sendo responsabilidade do fabricante indicar a polaridade da
solução para a aplicação da polaridade correta (BORGES, 2006).
Calza (2019) explica que a radiofrequência é um equipamento de eletroterapia
que por meio da corrente elétrica gera o aumento da temperatura nos tecidos, que
promove uma cascata inflamatória, resultando na regeneração tecidual. Sua aplicação
para o tratamento da flacidez cutânea age de diferentes maneiras:

 Promove o aumento da circulação sanguínea;


 Incrementa a oxigenação e nutrição dos tecidos;
 Desnatura as fibras de colágeno;
 Promove a contração do tecido conjuntivo.

24
Esse mecanismo de ação desencadeia um processo inflamatório que,
posteriormente, resulta na neocolagenase. Para se obter resultados com a aplicação,
é essencial atingir parâmetros específicos na aplicação da radiofrequência. As
publicações demonstram que para a neocolagênese acontecer é essencial alcançar
uma temperatura entre 39°C e 42°C (TAGLIOLATTO, 2019).
Existem diferentes configurações de equipamentos que devem ser
consideradas para obter os melhores resultados, como o Número de eletrodos na
manopla:

 Monopolar promove aquecimento nas camadas profundas da pele, atingindo o


tecido subcutâneo;

 Multipolar promove aquecimento mais superficial, atingindo a derme (SADICK;


ROTHAUS, 2016).

A Frequência do equipamento pode variar de 0,5 a 1,5MHz:

 Frequências baixas têm ação mais profunda;

 Frequências altas têm ação mais superficial (CUNHA; FIDELIS; PINTO, 2019).

Calza (2019) menciona que o campo elétrico gerado pela aplicação da


radiofrequência promove a aceleração das moléculas de água gerando aquecimento
das camadas da pele. Dependendo do equipamento, esse aquecimento pode atingir
a derme e a hipoderme. O efeito imediato da aplicação da radiofrequência é a
contração do colágeno, conhecido como efeito lifting, e o incremento da circulação
sanguínea local. O efeito tardio é a estimulação da síntese de colágeno, resultante na
efetividade do uso da radiofrequência no tratamento da flacidez cutânea. A frequência
de aplicação é de no máximo uma vez por semana e no mínimo uma vez a cada 21
dias.

25
A criofrequência é a união da radiofrequência multipolar e da monopolar,
sendo aplicadas simultaneamente por meio de um aplicador, com um termo indutor
que chega a temperaturas de até –10°C. Essa técnica de tratamento combina
diferentes estímulos de temperatura simultaneamente, que trabalham de forma
sinérgica, sendo que o frio age de fora para dentro e o calor, de dentro para fora.
Esse estímulo de inúmeros choques térmicos proporciona efeitos fisiológicos
fundamentais para atingir os resultados com a técnica:

 Procedimentos estéticos para flacidez cutânea corporal;


 Aumento da vasodilatação;
 Incremento da reabsorção de catabólicos;
 Aumento da oxigenação dos tecidos;
 Aumento do aporte de nutrientes;
 Aumento da hidratação;
 Contração das fibras de colágeno (BRITO et al., 2019).

A utilização do resfriamento da ponteira evita danos indesejáveis da epiderme


gerando conforto do paciente, permitindo a elevação da temperatura interna dos
tecidos que potencializa o seu efeito. O intervalo entre as sessões pode variar de uma
semana a quinze dias (BRITO et al., 2019).
Para Calza (2019), a carboxiterapia é a aplicação do gás carbônico medicinal
por meio de um equipamento conectado a um cilindro onde o gás é armazenado. Os
resultados da terapia dependem da região anatômica que o gás será injetado, sendo
importante determinar o volume de gás, o fluxo de entrada nos tecidos e a frequência
segundo o objetivo do tratamento. O dióxido de carbono utilizado na carboxiterapia é
inodoro, incolor e atóxico. Esse gás também é produzido constantemente de forma
natural pelo metabolismo celular em grandes volumes, sendo eliminado pela
respiração.
A aplicação da carboxiterapia aumenta o fluxo sanguíneo, por consequência
o acréscimo da oxigenação e da nutrição celular gera aumento do fluxo linfático, que
auxilia na eliminação de metabólicos e melhora o tônus da pele pelo aumento da

26
produção de colágeno. As sessões são realizadas até duas vezes por semana com
duração de 15 a 30 minutos, dependendo da área tratada. O fluxo de aplicação varia
de 20 e 80mL/min, com volume total aplicado de 600 a 1.000mL (MILANI, 2020). O
corpo humano tem uma corrente elétrica endógena na faixa de microampères, que
participa de quase todas as funções celulares.
A microcorrente, conhecida como MENS, é a utilização de uma corrente que
atua com parâmetros de intensidade na faixa de microampères, sendo considerada
uma corrente fisiológica e homeostática, pois trabalha na mesma faixa de intensidade
da corrente elétrica endógena do corpo. Quando um tecido se encontra saudável, a
corrente elétrica endógena flui livremente pelo organismo, porém quando o tecido se
encontra em desequilíbrio, esse fluxo é interrompido.
A utilização de microcorrentes pretende restaurar a homeostase dos tecidos
auxiliando no fluxo da corrente fisiológica. No tratamento para flacidez cutânea, a
microcorrente atua no aumento da síntese de ATP (adenosina trifosfato) celular em
até 500% e no aumento do transporte de aminoácidos que, por consequência,
aumenta a síntese de proteínas de 30 a 40% (BORGES, 2006). 8 Procedimentos
estéticos para flacidez cutânea corporal.
A dermotonia ou vacuoterapia é a utilização de um equipamento de vácuo que
promove uma sucção, ou seja, pressão negativa nos tecidos por meio de ventosas
conectadas ao equipamento. Sua aplicação favorece as trocas gasosas, o aumento
da mobilidade dos líquidos corporais e o aumento do trofismo e da tonificação cutânea.
No tratamento da flacidez cutânea, a dermotonia age no estímulo das fibras de
colágeno e elastina, como também no aumento do aporte de enzimas e nutrientes nos
tecidos (BORGES, 2006).

Princípios ativos e associação no tratamento da flacidez cutânea

Setterfield (2020) menciona que no tratamento para flacidez cutânea, é


importante o profissional ter o conhecimento de que, além do estímulo ao fibroblasto
para a produção de colágeno, é necessário fornecer às células os elementos
essenciais para que esse processo ocorra de forma efetiva. Existem diversos

27
princípios ativos que atuam diretamente no estímulo dos fibroblastos, assim como
também fornecem os elementos essenciais para ocorrer a produção de colágeno e
outros componentes fundamentais para reestruturar o tecido.
Os fatores de crescimento são proteínas que atuam como mensageiros
regulando as funções celulares, alterando o crescimento, a diferenciação e a
proliferação das células. Existem diferentes fatores de crescimento que ativam e
desativam diferentes atividades celulares, atuando na manutenção da estrutura da
pele, na produção e maturação de células novas, na produção e na distribuição do
colágeno e da elastina. Esses compostos são produzidos pelo organismo, porém os
tratamentos estéticos podem estimular sua produção e são ainda utilizados como
princípios ativos em formulações.
Cirillo; Germano; Maluf (2015) trazem ainda os principais fatores utilizados no
combate à flacidez cutânea.
Fator transformador de crescimento-beta3 (TGF-ß3): induz a proliferação e o
crescimento de células da derme e a síntese de colágeno e elastina.
Fator de crescimento epidermal (EGF): regula o crescimento dos fibroblastos, bem
como sua proliferação e diferenciação.
Fator de crescimento fibroblástico (b-FGF): induz a proliferação e a migração dos
fibroblastos.

Procedimentos estéticos para flacidez cutânea corporal

É importante a associação dos cosméticos com diferentes técnicas de


tratamento para potencializar os resultados. Além disso, é fundamental o tratamento
home care, que são os produtos cosméticos e os cuidados que o cliente deve realizar
em casa.
Para receber tratamento estético, a pele deve ser previamente preparada para
obter o máximo de aproveitamento dos estímulos que serão dados ao tecido durante
as sessões, sendo fundamental a redução do estrato córneo, a hidratação e a nutrição
dos tecidos.

28
Para associar diferentes técnicas no mesmo plano de tratamento, o
profissional deve compreender o mecanismo de ação dos procedimentos estéticos, a
fim de não fazer associações equivocadas. A aplicação dos protocolos sugeridos pode
variar conforme a avaliação do profissional, bem como as contraindicações do cliente
(CALZA, 2019).

7 INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS NO MANEJO DE AFECÇÕES CUTÂNEAS


CORPORAIS

Existe uma pressão externa, baseada em padrões de beleza estabelecida


pela mídia, este padrão mobiliza a percepção do indivíduo sobre si mesmo e a
autoestima que se seguiu, o que faz com que a relação entre os indivíduos se torne
cada vez mais curta, onde, a aparência e impressão corporal trata-se de elementos
importantes de julgamento na interação social, cujo comportamento está estruturado
para ser considerado mais ou menos bonito.
Conforme Sahd (2020) explica, a beleza se torna um valor social, a qual pode
garantir sucesso ou fracasso tanto nas relações interpessoais quanto na vida
profissional. O fato da beleza ter se tornado algo tão importante, fez também com que
houvesse um movimento em busca de tratamentos e aparelhos com alta inovação
tecnológica e procedimentos de beleza com vários ativos agregados, o que pode
trazer felicidade e bem-estar aos consumidores.
O que se tem observado na contemporaneidade, é que esse interesse não
está apenas no público feminino, mas também no masculino, fazendo com que cada
vez mais indústrias da estética invistam em mecanismos que incentivam os indivíduos
a comprar esses bens ou serviços.
Isto posto, faremos uma análise das inovações tecnológicas, bem como de
seu mecanismo fisiológico na estética corporal e protocolos utilizados nos
tratamentos. Além disso, poderemos perceber a relação entre os recursos estéticos
com as inovações tecnológicas.

Inovações tecnológicas e mecanismos fisiológicos


29
A prática clínica dermatológica com o uso de lasers ablativos de CO₂ (10.600
nm) e Erbium (2.940 nm) para fins terapêuticos, iniciou-se na década de 1990. Sendo,
inúmeras as inovações tecnológicas desenvolvidas nos últimos anos pela indústria,
as quais são empregadas em tratamentos de disfunções estéticas corporais, como
lipodistrofia localizada (gordura localizada), fibroedema geloide, flacidez tissular e
estrias. Além de outras inovações tecnológicas empregadas no tratamento dessas
disfunções corporais, como: laser fracionado (fototermólise fracionada), terapia por
ondas de choque, tecarterapia, endermoterapia vibratória, radiofrequência
microagulhada e intradermoterapia pressurizada.
Laser fracionado (fototermólise fracionada): a busca por tratamentos que
proporcionem efeitos positivos e com menor número de atendimento, faz surgir a
opção de tratamento baseado em tecnologia a laser (luz por emissão estimulada pela
radiação). Segundo Ramsdell (2012), a energia do laser possui características físicas
que liberam a emissão de radiação com grande potencial de energia, empregado em
um comprimento de onda específico baseado no objetivo terapêutico.
Lasers ablativos: são aqueles que removem a epiderme e a derme superficial, e,
podem alcançar até a derme profunda e gerar um calor residual acentuado, de forma
que promove um aquecimento da água contida na derme profunda, podendo chegar
a uma temperatura de até 100°C, fazendo com que ocorra uma redução na elastose
actínica e a promoção da neocolagênese.
Sahd (2020) traz ainda que embora essa técnica possa ser considerada
eficiente, foram observados efeitos colaterais recorrentes e acentuados, como
cicatrizes hipertróficas e queloideanas e hipocromia transitória ou definitiva, fazendo
com que seu uso entrasse em declínio. Diante disso, visando reduzir os efeitos
colaterais decorrentes do uso de lasers ablativos, foram desenvolvidos os lasers
fracionados não ablativos, como o Erbium modificado (1.540 –1.550 nm) e o YAG
laser (1.440 nm).
Para Manstein et al., (2004), estes possuem uma baixa afinidade pela água e,
por não serem ablativos, não conseguem remover a epiderme. Apesar de não
possuírem efeitos colaterais. Um ponto positivo é que devido ao seu curto

30
comprimento de onda, a capacidade de produção de colágeno é limitada, fazendo
com que se obtenha resultados satisfatórios.
Resultando, no desenvolvimento de um novo conceito de tratamento a laser
que não apresenta os efeitos colaterais do laser ablativo contínuo de CO₂ e do
Erbium, que proporciona o estímulo em 2004.

Inovações tecnológicas no manejo de afecções cutâneas corporais da


neocolagênese

Dessa maneira, foi criada a fototermólise fracionada (Fractional


Photothermolysis), com o intuito de proporcionar eficácia e recuperação tecidual
rápida, considerando o caráter estético da intervenção. A ampliação da luz por
emissão de radiação estimulada é uma sigla que forma a palavra laser (light
amplification by stimulated emission of radiation). Essa radiação tem propriedades
físicas específicas que permitem emitir de forma abundante energia com
comprimentos de ondas específicos. Qualquer laser tem quatro componentes:

 Sistema de transmissão de energia (composto por um braço articulado com


fibra óptica ou espelhos, que garante a emissão correta de luz na direção do
alvo), meio (líquido, sólido ou gasoso), fonte de energia (onde os átomos são
excitados e há a inversão de polaridade) e cavidade óptica onde o meio se
encontra (local onde a amplificação é processada).

Existem três propriedades únicas que divergem o laser de outras fontes de


energia luminosa:
Colimação: a emissão do feixe luminoso ocorre de maneira alinhada, sem
divergências, atingindo uma longa distância, para que a energia possa ser aplicada
de forma pontual;
Monocromática: a luz tem o mesmo comprimento de onda sendo absorvida
seletivamente por alvos de tecido específicos, denominados cromóforos
(hemoglobina, melanina, água, etc.); e

31
Coerência: as ondas de luz se propagam juntas no tempo e no espaço.
Dentro do mecanismo fisiológico que envolve o laser fracionado temos a
molécula que absorve a luz, chamada de cromóforo, que se transforma em um
fotoproduto e desencadeia uma série de respostas bioquímicas que podem ser
observadas de forma clínica.
Com a absorção da luz, o cromóforo emite calor, inovações tecnológicas no
manejo de afecções cutâneas corporais desencadeando uma reação térmica com
capacidade de promover a destruição do tecido. Este é o princípio da fototermólise
seletiva.
Concluiu-se com essa teoria que o laser realiza a preservação das estruturas
circunvizinhas ao seu alvo, podendo ser empregado no tratamento de cicatrizes
atróficas, como nas estrias.
A radiação exerce grande influência sobre o cromóforo água e colunas de
lesão dérmica são geradas por feixes de laser que se alternam com o tecido íntegro,
chamadas de zonas microtérmicas (microthermal treatment zone). No tecido íntegro
ocorrerá a migração dos queratinócitos para as microthermal treatment zone (caminho
mais curto) derivadas de uma rápida reepitelização com menor risco de cicatrizes
inestéticas e discromias (BODENDORF et al., 2009).
Estipula-se que a temperatura estimulada da derme seja de 60 a 100°C em
640 microssegundos e, decorrente ao aquecimento, ocorre uma vaporização das
células com desnaturação do colágeno. Esse processo gera um estímulo à
reorganização e à contração da derme. Também acontece a dissipação de energia
por meio da formação de radicais livres que se ligam a células íntegras, lesionando-
as. Na camada córnea há pouca presença de água, por isso, permanece
funcionalmente íntegra sobre a coluna de lesão, minimizando o risco de efeitos
adversos e infecções.

Terapias por ondas de choque

Sems, Dimeff e Iannotti (2006), explicam que na década de 1980, a técnica


de terapias por ondas de choque era aplicada em tratamentos médicos para o

32
tratamento de cálculos renais, somente a partir da década de 1990, começou a ser
aplicada em patologias ortopédicas com ótimos resultados.
Assim, essa terapia é uma das mais recentes inovações tecnológicas
utilizadas no tratamento da lipodistrofia localizada. Trata-se de uma energia mecânica
que possui alta potência (onda sonora), a qual é emitida por um dispositivo específico,
que penetra no tecido adiposo, promovendo um forte efeito de cavitação instável
(ruptura de microbolhas), causando efeitos microscópicos no tecido tratado.
Ainda segundo os autores, os geradores de ondas de choque funcionam
baseados em quatro sistemas, que variam conforme o fabricante:

 Sistema eletro-hidráulico: ondas de choque focal;


 Sistema eletromagnético: ondas de choque focal;
 Sistema piezoelétrico: ondas de choque focal;
 Sistema eletropneumático: ondas de choque radial.

As ondas de choque radial trata-se de partículas superficiais as quais têm a


propriedade de se propagar radialmente a partir do aplicador, e quando penetram no
tecido, perdem energia e ocorre a cavitação perto do aplicador, indicado na estética
para tratamento de flacidez tissular, fibroedema geloide e aspecto celulítico. De forma
que as ondas de choque focal são mais profundas e concentram toda a energia gerada
em um ponto distante da fonte. Que por meio de um pico de energia pode variar de
baixo a alto. Sendo, a onda desfocada de forma ampla, a qual não tem foco e não se
propaga radialmente, ideal para tratamentos muito superficiais, como úlceras na pele
e celulite (SEMS; DIMEFF; IANNOTTI, 2006).

Inovações tecnológicas no manejo de afecções cutâneas corporais

O mecanismo de ação fisiológica da terapia de ondas de choque se baseia na


ação mecânica, que proporciona a formação de microbolhas que eclodem,
fragmentando a estrutura tecidual local; ação analgésica por estímulo intenso local,
que libera enzimas locais de atuação na fisiologia da dor; e ação vascular decorrente

33
da liberação de mediadores como fator de crescimento endotelial vascular, que
aumentam a circulação local e a angiogênese.
O equipamento de terapia por ondas de choque auxilia também no processo
de reabilitação por meio dos seguintes mecanismos de ação:

 Liberação de óxido nítrico: o óxido nítrico é um importante vasodilatador


formado nos neurônios do corno posterior da medula espinal. Ele promove um
efeito inibitório nas vias nervosas aferentes da dor, causando a modulação da
dor.
 Liberação de fator de crescimento vascular endotelial, síntese de óxido nítrico
endotelial e proteínas ósseas morfogênicas.
 Liberação de fator de crescimento vascular endotelial, síntese de óxido nítrico
endotelial e proteínas ósseas morfogênicas: estes fatores auxiliam na
cicatrização das tendinopatias em inserções tendíneas, além de estimularem a
liberação de fatores angiogênicos e a neovascularização, melhorando o fluxo
sanguíneo local, promovendo a cicatrização de tendões e ossos.

Tecarterapia

O termo tecarterapia segundo Sahd (2020), trata-se de um dos tipos de


radiofrequência, o qual provêm da transferência elétrica capacitiva e resistiva da
terapia, na realidade, ela é um aperfeiçoado retorno de um equipamento antigo de
Arséne D’Ansorval, o qual estudou o objetivo da excitação neuromuscular produzida
pelas correntes de alta frequência, e, obtém uma corrente cujo efeito principal baseia
–se no aquecimento em profundidade.
Tecnologia essa que possui dois sistemas: resistivo (calor de fora para dentro,
com ação profunda, atingindo os tecidos fibróticos e mais resistentes) e capacitivo
(calor de dentro para fora, ação mais superficial, efeito localizado sobre o tecido).
Dentre os seus benefícios de aplicação, estão:

 A melhora no aspecto da pele,

34
 O aumento da quantidade de oxigênio e nutrientes no tecido,
 A redução da lipodistrofia localizada.

Diante disso, a tecarterapia representa atualmente uma forma de onda


uniforme e segura, a qual evita todo e qualquer tipo de lesão cutânea. Além de se
tratar de um procedimento seguro e não invasivo, o qual possui como efeito primordial
a produção de calor ao atravessar o organismo humano.

Terapia vibro-oscilatória

Sahd (2020) ensina que a primeira aplicação da terapia vibro-oscilatória surgiu


em 1968, quando Hagbarth e Eklund usaram vibração oscilatória em alta frequência
(150 Hz) para tratar pacientes com espasticidade, rigidez e doença cerebelar, e
concluíram que a terapia também pode causar o relaxamento muscular antagonista
avaliado.
Realizada de forma precisa e pontual, essa técnica não implica em
comprometimento do tecido adjacente aos micropontos vaporizados e proporciona
significativo impacto no tecido, favorecendo o estímulo para a síntese do novo
colágeno. Os eletrodos que contêm as agulhas são compostos, respectivamente, de
duas, quatro ou oito agulhas de tungstênio, com diâmetro de 200 milésimos de
milímetro, com peso e comprimento idênticos e dispostos de forma paralela, tendo
como objetivo atingir o mesmo plano de profundidade. As agulhas com comprimento
de 1,5 mm ultrapassam a epiderme e agem na derme, estimulando a contração e a
renovação do colágeno.
Conforme esclarece Min et al. (2015), a radiofrequência fracionada propicia
uma corrente entre as microagulhas, gerando uma lesão térmica diretamente na
derme e, assim, demonstrando a sua eficácia no aumento da deposição de colágeno
em tratamentos de cicatrizes.
Portanto, a radiofrequência pulsada microagulhada leva à ativação de
fibroblastos dérmicos, melhorando a formação de colágeno e resultando em melhora
da pele.

35
Intradermoterapia pressurizada

Segundo Al-Kaf; Othman (2017), a intradermoterapia pressurizada trata-se de


uma tecnologia sem agulha que tem por objetivo a liberação de medicamentos na pele
por meio de força mecânica, pressão de gás e ondas de choque sem a necessidade
de injetar agulhas, este tratamento permite diferentes aspectos estéticos, como
gordura localizada, flacidez e celulite, promovendo maior conforto ao paciente durante
a aplicação.
Tendo sido descrito pela primeira vez em 1936, esse sistema de entrega sem
agulha desenvolvido por Marshall Lockhart e, em 1940, Higson e outros
pesquisadores também desenvolveram dispositivos de alta pressão os quais usavam
jatos finos de fluido para penetrar na pele e depositar o fármaco no tecido subjacente,
o que permitiu a administração de medicamentos altamente viscosos que as agulhas
tradicionais geralmente não conseguiam gerenciar, tornando a aplicação menos
dolorosa.
Já na França, em 1964, a intradermoterapia pressurizada recebeu mais
atenção, e foi então fundada a Sociedade Francesa de Mesoterapia. Fazendo com
que a técnica de intradermoterapia se espalhasse pelo mundo, sendo descrita como
a injeção na derme de fármacos altamente diluídos sem necessidade de agulhas
perfurocortantes. Assim, o uso da intradermoterapia para o tratamento da lipodistrofia
localizada envolve a utilização de fármacos, reagentes e extratos de plantas nas
camadas de gordura e tecido conjuntivo da pele, os quais consistem em uma ampla
gama de agentes usados para dilatar vasos sanguíneos, como enzimas, nutrientes,
antibióticos e hormônios.
Tratamento esse, indicado para pequenas áreas com excesso de gordura ou
depósitos de gorduras localizadas, ou correção de irregularidades, ou assimetria do
contorno corporal após qualquer procedimento cirúrgico (MOHAMED; EL-DESOKY;
MOHAMED, 2015).
Mohamed, El-Desoky e Mohamed (2015) visando uma efetiva redução da
adiposidade abdominal, utilizaram aplicações de intradermoterapia em seis sessões

36
semanais combinadas com dieta, durante as aplicações os ativos fosfatidilcolina e
desoxicolato. Foram observadas, como resultado, a diminuição do volume e da
espessura de gordura, porém, não foi possível identificar o aumento da circulação, os
marcadores inflamatórios ou as alterações no metabolismo da glicose e dos lipídios.
Apesar da existência de algumas lacunas nos mecanismos de ação da
intradermoterapia pressurizada, alguns estudos mostraram resultados promissores
para o tratamento da adiposidade localizada sem grandes efeitos adversos.

Inovações tecnológicas no manejo de afecções cutâneas corporais

Para Sahd (2020), a intradermoterapia pressurizada, tem a vantagem de ser


aprovado para uso por todos os profissionais da área cosmética, por ser um
tratamento inovador, não cirúrgico, sem agulhas, que garante um tratamento indolor,
eficaz e confortável.
Nesta técnica, a aplicação de ativos acontece para dentro do tecido
subcutâneo devido a uma caneta pressurizada a qual consegue disparar jatos com
alta velocidade, causando o rompimento do tecido epitelial, reduzindo
significativamente as contaminações causadas pelo uso de agulhas. À profundidade
que os ativos podem chegar, varia conforme o tipo de equipamento utilizado e o ativo
administrado. Ativos estes que para uso na intradermoterapia pressurizada são
associados, recebendo o nome de mescla, em que se tem o conjunto de ativos
específicos para tratamento de afecções estéticas diferentes. Dentre essas mesclas,
temos associações para tratamentos de lipodistrofia localizada, fibroedema geloide e
flacidez tissular. Veja a seguir as mesclas para tratamento de lipodistrofia localizada
e fibroedema geloide.

 Lipoxyn: peptídeo que promove ação antiadipogênese (impede o recrutamento


de células que armazenam gordura).
 Cafeína: inibe a enzima fosfodiesterase, atuando no processo de degradação
dos triglicérides armazenados nos adipócitos.

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 Actigym: de origem marinha e obtido por biotecnologia, auxilia na definição do
abdômen e aumenta o tônus muscular, evitando flacidez.
 Planta carnívora: extrato da planta carnívora responsável pela eliminação da
gordura que favorece a lipólise.

As mesclas para tratamento de flacidez tissular são as seguintes:

 DMAE: atua diretamente na flacidez.


 Silício orgânico: combinação de antioxidantes que hidratam profundamente
a pele e promovem a luminosidade, devolvendo a jovialidade ao tecido.
 Hialuronato de sódio: combinação de antioxidantes que hidratam
profundamente a pele e promovem a luminosidade, devolvendo a
jovialidade ao tecido.

Protocolos utilizados nas inovações tecnológicas

Para Low; Reed (2001), A anamnese sempre deve ser o início de todo e
qualquer tratamento, buscando nela compreender qual disfunção o paciente
apresenta, se está em um grau inicial ou avançado e quais serão os melhores recursos
empregados na busca da obtenção de um melhor resultado ao final. Algumas das
inovações tecnológicas têm sido mais empregadas nas clínicas de estética corporal,
dentre elas, temos: tecarterapia, terapia vibro-oscilatória e terapias por ondas de
choque (Quadro 1).

Quadro 1 - Passo a passo para a aplicação da tecarterapia

Examine de forma minuciosa a pele do paciente e limpe a área de tratamento com


solução de clorexidina alcoólica.
Programe o equipamento e escolha a melhor ponteira conforme a disfunção estética
e o tratamento desejado.

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Aplique gel neutro como meio de contato do aparelho com a pele.
Observe se a superfície do cabeçote está em contato com a pele do paciente.
Movimente o cabeçote de forma uniforme e circular.
Pode ser aplicado em região de coxas, glúteos, abdômen e braços.
Após o término da aplicação, retire o gel neutro e limpe a região.
Ao final do tratamento, a região pode apresentar hiperemia, sensação de calor,
desconforto e estiramento cutâneo.
Fonte: Adaptado de LOW; REED (2001).

Quadro 2 - Passo a passo para a aplicação da terapia vibro-oscilatória

Examine de forma minuciosa a pele do paciente.


Limpe as ponteiras de aplicação antes e depois de cada sessão.
Sugestão para a escolha da ponteira ideal:
 Ponteira multipontas: auxilia na redução temporária da aparência do
fibroedema geloide, modela o contorno corporal, melhora a circulação
sanguínea local e alivia as dores musculares.

 Ponteira côncava para drenagem: como o nome já diz, auxilia na drenagem


linfática.

 Ponteira, quatro pontos e ponto central: melhora a circulação sanguínea local


e alivia as dores musculares.

Esfolie a pele do paciente.


Programe o equipamento conforme a disfunção estética e o tratamento desejado.
Aplique creme ou óleo vegetal como meio de contato do aparelho com a pele.
Pode ser aplicado em região de coxas, glúteos, abdômen e braços.
Após o término da aplicação, retire o excesso do creme ou óleo vegetal.
Ao final do tratamento, a região pode apresentar hiperemia e aumento da
temperatura local.
Fonte: Wanner; Avram (2008).

Quadro 3 - Passo a passo para a aplicação da terapia por ondas de choque

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Examine de forma minuciosa a pele do paciente e limpe a área de tratamento com
solução de clorexidina alcoólica caso contenha creme na pele.
Programe o equipamento conforme a disfunção estética e o tratamento desejado.
Aplique gel neutro como meio de contato do aparelho com a pele.
Observe se a superfície do cabeçote está em contato com a pele do paciente.
Realize uma aplicação estática pontual ou movimentos lentos com o aplicador sobre
o local de tratamento, dependendo do objetivo terapêutico.
Posicione o aplicador do cabeçote de forma vertical sobre a área tratada e inicie os
disparos.
Pode ser aplicado em região de coxas, glúteos, abdômen e braços.
Após o término da aplicação, retire o gel neutro e limpe a região.
Ao final do tratamento, a região pode apresentar hiperemia e discreto quadro de
petéquias e/ou equimose. O paciente deve ser orientado a não se expor ao sol.
Fonte: Adaptado de ADATTO et al. (2011).

Recursos estéticos com inovações tecnológicas

Para Sahd (2020), nas clínicas de estética e saúde, vem sendo demonstrado
um crescente aumento na associação de recursos estéticos com inovações
tecnológicas para tratamento de afecções estéticas corporais. Essa união de
procedimentos permite alcançar resultados mais rápidos e evidentes. Na lipodistrofia
localizada ou gordura Inovações tecnológicas no manejo de afecções cutâneas
corporais localizada, temos o excesso de adipócitos localizados de forma
desordenada em regiões específicas do corpo. Nessa disfunção existe uma hipertrofia
das células adiposas uniloculares encontradas em uma região específica do corpo.
Para alcançar um tratamento eficaz, são necessárias associações entre
recursos estéticos e inovações tecnológicas que proporcionem a lipólise, dentre elas,
temos: a tecarterapia, com efeito, hipertérmico (hiperativação), que propicia aumento
no metabolismo celular, oxigenação intracelular, estímulo de fluxo sanguíneo e

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aquecimento do tecido (39–42°C), ideais para tratar lipólise termoinduzida, termolesão
tecidual e termocontração de colágeno.
Esse tratamento pode ser associado com o recurso manual da massagem
modeladora, que melhora a circulação, auxilia na redução de edemas, melhora a
aparência da pele e do metabolismo celular e, além disso, pode-se associar aos dois
tratamentos o recurso da terapia por ondas de choque, que é uma das mais recentes
inovações tecnológicas usadas no tratamento da lipodistrofia localizada, na qual a
energia mecânica com alta potência (onda sonora), emitida por um dispositivo
específico, penetra no tecido adiposo promovendo um forte efeito de cavitação
instável (ruptura de microbolhas), acarretando efeitos microscópicos no tecido tratado.
O fibroedema geloide está relacionado a uma infiltração edematosa do tecido
conjuntivo subcutâneo, de característica não inflamatória, seguida de polimerização
da substância fundamental amorfa presente no espaço intersticial da derme. Esse
edema se infiltra no tecido conjuntivo e produz uma reação fibrótica consecutiva.
Desse modo, podem ser encontrados a fibrose e o edema que acometem o tecido
conjuntivo da derme e o tecido subcutâneo (BORGES; SCORZA, 2016).
Na procura por um tratamento eficaz que melhore o aspecto fibrótico do
fibroedema geloide, existe a busca por recursos que incrementem o sistema
circulatório, diminuam o edema, eliminem toxinas e melhorem, assim, a oxigenação e
a nutrição tecidual. Dentre a associação de recursos estéticos e inovações
tecnológicas que obtenham esses efeitos, temos: a tecarterapia com seu efeito
atérmico (bioestimulação) com mobilização iônica (Na+, K+, Ca₂ +) através da
membrana do meio intracelular para o extracelular, que visa a melhorar a resposta
celular e, com isso, o funcionamento das células, além da drenagem linfática local e o
efeito térmico (vascularização), proporcionando o aumento da microcirculação,
levando à oxigenação intracelular, estimulando o metabolismo celular e promovendo
um leve aquecimento do tecido (37–38°C), sendo ideal para tratar fibroses.
Pode ser associado à intradermoterapia pressurizada utilizando ativos
específicos para o fibroedema geloide e recursos da drenagem linfática manual, que
auxiliam no metabolismo celular, na excreção.

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Inovações tecnológicas no manejo de afecções cutâneas corporais de toxinas
e no equilíbrio hídrico dos espaços intersticiais, mantendo em equilíbrio a pressão
tissular e hidrostática. A flacidez tissular ou cutânea é causada pela redução das fibras
de sustentação da pele (elastina e colágeno), acarretando uma hipotonia, ou seja, um
baixo tônus dérmico. As fibras do tecido conjuntivo sofrem alterações com a flacidez,
e a elastina perde gradualmente a sua característica de elasticidade, enquanto o
colágeno se torna rígido.
O tratamento para essa disfunção com radiofrequência pulsada
microagulhada segue como objetivo para o aumento da atividade nervosa
parassimpática com diminuição da simpática, elevação da elasticidade dos tecidos
com abundância de colágeno, neoelastogênese e neocolanogênese.
Pode ser associado aos recursos cosméticos estéticos, com ativos
específicos para flacidez, como: seiva da Pistácia grega, sacarídeos da Peonia,
Dmae, gluconolactona, silício orgânico, extrato de chá-verde, Matrixyl®, entre outros.
É sempre importante observar cada peculiaridade existente nas disfunções e
entender de maneira correta como funciona cada recurso, a fim de fazer uma
associação que agregue melhorias, pois, se feita de maneira errônea, pode
desencadear uma piora no quadro da afecção do paciente.

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