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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 3
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
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2 AVALIAÇÃO E ANAMNESE APLICADAS À ESTÉTICA CORPORAL
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que o tratamento seja efetuado com segurança tanto para ele quanto para o
profissional. No caso de omissão de informações por parte do cliente, cabe ao
profissional decidir se realizará ou não o tratamento.
Antropometria
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IMC: utilizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para considerar se
o paciente possui ou não quadros de obesidade. O dado é obtido calculando-se o
peso em quilos dividido pelo quadrado da altura em metros, e a classificação dos seus
resultados encontra-se na (Tabela 1).
O IMC atua como ferramenta de triagem individual e pode ser utilizado para a
determinação de fatores de risco, pois se sabe que é proporcional à gordura corporal,
dessa forma está diretamente associado ao desenvolvimento de doenças e
disfunções estéticas. Apesar de ser a única ferramenta indicada pela OMS para avaliar
o desenvolvimento do ganho de peso, o IMC não é o indicador mais fidedigno, pois
não avalia a distribuição de gordura e massa magra; porém, na estética, nos traz
dados importantes, pois indivíduos com obesidade apresentam disfunções do tecido
tegumentar que afetam o processo de reparo e regeneração e a qualidade da pele. A
conduta deve também associar uma equipe multidisciplinar para maior sucesso no
tratamento (RENNÓ, 2022).
Perimetria/circunferência
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Entre as medidas antropométricas, temos a perimetria, conjunto de medidas de
circunferência, realizadas nos membros superiores, membros inferiores e diferentes
pontos do tronco.
Para a sua realização é necessária uma fita métrica, que preferencialmente deve
ser metálica, por apresentar maior estabilidade durante seu posicionamento no local
correto da medida. Para determinar as medidas reais, todas devem ser realizadas
sem compressão da fita sobre a pele e em triplicata, considerando o cálculo da média
dos resultados, todos os registros devem ser feitos com precisão de 0,1 cm (RENNÓ,
2022).
Para uma avaliação fidedigna, é necessário padronizar essa mensuração. A
seguir, encontra-se descrita detalhadamente a padronização para a mensuração de
diferentes regiões corporais:
Circunferência do braço: com o paciente em pé, ombros relaxados, ligeiramente
estendidos, cotovelo flexionado a 90.º e a palma da mão em supinação, o profissional
faz a marcação do local exato da medida, que deve estar entre o processo acromial
da escápula e o olecrano. Após a demarcação do local exato da medida, solicita-se
ao paciente que realize a extensão do cotovelo e deixe a palma da mão voltada para
a coxa. A fita métrica deve ser posicionada perpendicularmente ao eixo longo do
braço, contornando-o no local demarcado no mesmo plano, em toda a sua extensão.
Circunferência da coxa: a coxa pode ser medida em três circunferências: proximal
(na linha inguinal), distal (acima da patela) e medial (entre o proximal e o distal). Para
demarcação do local correto onde será efetuada a medida, o paciente deve estar em
pé, com flexão de quadril e joelho de 90.º, para facilitar, o pé direito ou esquerdo pode
estar sobre um apoio, assim se faz a demarcação. Para a realização da medida o
paciente deve estar em pé, com o peso distribuído igualmente em ambos os pés, que
deverão estar separados em aproximadamente 10 cm.
Proximal: o avaliador deve se posicionar lateralmente ao paciente e posicionar a
fita horizontalmente ao redor da coxa, abaixo da curvatura glútea. Nota-se que em
alguns indivíduos esta não será a maior medida de circunferência da coxa.
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Medial: o avaliador deve se posicionar anteriormente ao paciente e posicionar a
fita horizontalmente ao redor da coxa, ao nível do ponto médio entre a linha inguinal e
a borda proximal da patela.
Distal: o avaliador deve se posicionar anteriormente ao paciente e posicionar a
fita horizontalmente ao redor da coxa, próximo ao epicôndilo femoral e imediatamente
acima da borda superior da patela.
Circunferência da cintura: com o paciente em pé, o músculo abdominal relaxado,
os braços ao lado do tronco e os pés unidos, o avaliador posiciona uma fita métrica
ao redor do tronco do paciente, onde se encontra a menor circunferência, que deverá
estar entre a última costela e a crista ilíaca no plano horizontal. A medida deve ser
coletada de maneira que a fita métrica seja mantida em frente à caixa torácica e uma
de suas extremidades esteja abaixo do restante dela. Deve ser tomada ao final de
uma expiração normal.
Circunferência do abdome: segue o mesmo padrão postural do paciente e
avaliador, utilizado na medida de circunferência da cintura. No entanto, nesse caso, a
fita métrica deve ser posicionada na maior circunferência ao nível do abdome, que na
maioria das vezes está ao nível da cicatriz umbilical. A medida deve ser coletada de
maneira que a fita métrica seja mantida em frente à caixa torácica e uma de suas
extremidades esteja abaixo do restante dela. Deve ser tomada ao final de uma
expiração normal.
Circunferência do quadril: segue o mesmo padrão postural do paciente, utilizado
na medida de circunferência da cintura e abdome. No entanto, nesse caso o avaliador
se posiciona lateralmente ao paciente, onde deve posicionar a fita métrica na região
de maior circunferência ao nível do músculo glúteo máximo (Figura 1).
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Método para medir a circunferência da coxa proximal:
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Método para medir a circunferência da cintura:
4 ÍNDICES AVALIATIVOS
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Rennó (2022) traz que um dos índices que determinam o biotipo, segundo a
distribuição de gordura corporal, que pode ser do tipo androide (maçã) ou ginoide
(pera). Existem ainda outros índices corporais, os quais são constituídos pela relação
matemática entre duas ou mais dimensões antropométricas observadas no mesmo
paciente, e estabelecem valores de referência, ajustados por sexo, idade ou outras
condições específicas, assim como o IMC.
Indicador da relação cintura-quadril (RCQ): divide-se a medida da circunferência
da cintura (cm) com a medida da circunferência do quadril (cm).
Indicador da circunferência de cintura (CC): medida da circunferência da cintura
(cm).
Tipo Androide: Acúmulo de gordura na região abdominal, localizada tanto entre os
órgãos quanto no tecido subcutâneo. Esse tipo de disposição de gordura reflete um
perfil metabólico alterado e está associado à maior ocorrência de doenças crônicas.
Tipo Ginoide: Acúmulo de gordura na região gluteofemoral (quadril, nádegas e
pernas). Comumente observada no sexo feminino e favorece o desenvolvimento do
fibroedema geloide.
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Adipometria
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Fonte: RENNÓ (2022).
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indivíduo. As classes mais nobres podiam revelar seu poder social pela abundância
de comida, por grandes banquetes, pouco desgaste físico e por seus corpos,
enquanto indivíduos pobres estavam vinculados à fome e ao trabalho físico
extenuante. Nesse momento da história, há uma clara relação entre gordura e poder
(SCAGLIUSI et al., 2006).
Para Calza (2019), foi a partir do século XIX, que se deu início a era industrial,
nesse cenário a estética corporal foi modificada. Momento em que houve uma
inversão da compreensão do belo; antes associado à exuberância e gordura, a partir
de então é definido pela magreza e pela negação do corpo gordo. Esse padrão foi
reafirmado no século XX, momento em que a Organização Mundial da Saúde (OMS)
reconhece a obesidade como uma doença. Todos esses fatores, reforçados pela
mídia, culminam na implementação do “estigma do obeso”, estereotipando e
relacionando a obesidade com fracasso social, preguiça, indisciplina, falta de controle,
infelicidade, falta de profissionalismo, solidão, dentre outras características que não
se limitam apenas à ingestão de alimentos ou ao processo de fome e saciedade.
Em contrapartida, o corpo magro passou a significar o corpo de um indivíduo
com autodisciplina, o qual tem controle da sua ingestão alimentar, portanto, de todas
as outras áreas da vida (PIMENTA, 2012). Atualmente, o estereótipo da magreza
ainda predomina e se agrava com o advento das mídias sociais digitais e toda
tecnologia midiática que possibilita a construção de imagens corporais irreais. Ao
utilizar as mídias sociais, em particular aquelas em que se compartilham fotos, pode
haver um sentimento de inadequação e culpa, ou seja, de uma insatisfação com a
imagem corporal baseada nesse padrão inalcançável. Outro fator que culmina na
“aversão à gordura” é o comportamento consumista, o qual incentiva o uso de uma
gama de produtos e técnicas que prometem eliminar a gordura corporal.
Simultaneamente, a atual forma de produzir alimentos com alta densidade
calórica, amplo prazo de validade (às custas da utilização de conservantes que atuam
como disruptores endócrinos, capazes de modificar a ação de hormônios), hipersabor,
abundantes e a promessa de uma comida rapidamente produzida, como as fast-foods,
propiciam um ambiente obesogênico. Em suma, simultaneamente, em que se
estabelece um padrão de magreza inalcançável, há estímulo para o avanço da
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obesidade. Tal impasse traz conflitos em relação à satisfação corporal. Schieler foi o
primeiro autor a descrever o conceito de imagem corporal, compreendendo “a imagem
que formamos em nossa mente do nosso corpo” (DI PIETRO; SILVEIRA, 2012, p. 22,
tradução nossa).
Com a evolução do conceito, a imagem corporal passou a se traduzir na
percepção que temos em nossas mentes do tamanho, do contorno e da forma de
nossos corpos, bem como em nossos sentimentos com relação a tais características
e às partes constituintes do nosso corpo. A imagem corporal pode ser compreendida
como um processo mutável, ou seja, que pode ser modificável ao longo do tempo, da
representação do corpo que um indivíduo faz em sua mente. A imagem corporal é
influenciada pela interação com a sociedade, por aspectos biológicos, emocionais,
relacionais, culturais e contextuais (SCHILDER, 1999).
Podemos definir de forma objetiva que a imagem corporal é como percebemos
o nosso corpo mediante fatores externos. A imagem corporal pode ser avaliada pela
dimensão perceptiva e atitudinal. A dimensão perceptiva é relativa à identificação
exata do tamanho corporal atual e, assim, pode resultar na presença ou ausência de
distorção da imagem corporal. Por outro lado, a dimensão atitudinal refere-se aos
sentimentos relativos à aparência e à forma do corpo, ou seja, gostar ou desgostar,
resultando em (in) satisfação com a imagem corporal (OLIVEIRA et al., 2020).
A insatisfação com a imagem corporal deriva da supervalorização de corpos
idealizados pela sociedade, o que pode levar a práticas extremas para o controle de
peso, redução de percentual de gordura, modificação de formas e volumes corporais,
apesar de o conceito de beleza estar em constante modificação. Essas práticas
podem ser consideradas um dos sintomas iniciais para o surgimento de transtornos
alimentares. A identificação da insatisfação com imagem corporal é pertinente, dadas
as possíveis repercussões na saúde e na qualidade de vida dos indivíduos,
principalmente relacionadas aos transtornos alimentares.
A seguir, veremos de forma mais específica como problemas com a imagem
corporal podem evoluir para o surgimento de transtornos alimentares. A influência da
imagem corporal no desenvolvimento de transtornos alimentares. As intensas
pressões sociais para se construir um corpo perfeito podem levar o indivíduo a praticar
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ações de risco para saúde física e mental. A frequente exposição a corpos
inalcançáveis nas redes sociais e nos comerciais, as promessas de emagrecimento
definitivo e a formação de uma falsa relação em que práticas de beleza se justificam
como promoção de saúde levam os indivíduos a ficarem insatisfeitos com seu corpo
e até a desenvolverem uma distorção da autoimagem corporal. Algumas pessoas
podem estar mais vulneráveis ao desenvolvimento dessas práticas, como mulheres,
adolescentes e atletas (TARAGANO; ALVARENGA, 2019).
Em mulheres, há uma pressão social da objetificação de seus corpos a fim de
que atinjam um “corpo ideal”, o que gera insatisfação corporal, oscilações no estado
de humor e comportamentos de alimentação inadequados (KACHANI; CORDÁS,
2021).
As cobranças para atingir padrões de beleza em mulheres são mais rígidas
do que para homens. O corpo feminino magro passa a ser idealizado como sinônimo
de sucesso. Entretanto, padrões corporais para o sexo masculino também têm sido
evidenciados. Enquanto o ideal de corpo feminino é tido como magro, os homens são
cobrados para terem corpos mais musculosos e um baixo percentual de gordura.
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Além disso, modalidades esportivas em que há exposição do corpo,
categorias de competição baseadas na massa corporal ou situações em que a leveza
ou a estética podem ser subjetivamente pontuadas também podem ser desfavoráveis
para a autoimagem. Dúvidas com a autoimagem corporal podem desencadear graves
e irreversíveis problemas de saúde, como o caso dos transtornos alimentares. Eles
são vistos como um fenômeno pluridimensional resultante da interação de fatores
psicológicos, biológicos, familiares e socioculturais e que se caracteriza pela intensa
preocupação com alimento, peso e corpo.
São definidos como comportamentos anormais de alimentação
diagnosticados por critérios muito restritos, e, como consequência dessa restrição,
inúmeras pessoas não são diagnosticadas com transtornos alimentares, apesar de
apresentarem notoriamente comportamento alimentar anormal. Nesse sentido, surge
o conceito de comer transtornado, que não aborda todos os critérios de restrição dos
transtornos alimentares, mas possibilita a caracterização de indivíduos com
comportamentos alimentares anormais, o que é imprescindível para a prevenção de
prejuízos à saúde (COELHO et al., 2015).
Dentre os transtornos alimentares, estão a anorexia nervosa, a bulimia
nervosa, os transtornos alimentares não especificados (TANEs) e o transtorno de
compulsão alimentar periódica (TCAP). Conforme o Manual Diagnóstico e Estatístico
de Transtornos Mentais (DSM-V), anorexia nervosa é um transtorno alimentar que se
caracteriza por perda de peso voluntária, acompanhada por distorção da imagem
corporal. Ela leva a um peso significativamente baixo e a comprometimento físico,
psíquico e social.
O indivíduo segue uma dieta restritiva motivado pela insatisfação com a
imagem ou massa corporal. Há restrição de refeições, de alimentos de alta densidade
calórica, além de alimentos fonte de carboidratos e gorduras. O baixo peso
autoinduzido e as perturbações da imagem corporal são os critérios principais para o
diagnóstico. Ainda, pode ser classificada em dois tipos: restritiva e purgativa.
A anorexia nervosa restritiva: é caracterizada por restrição da ingesta calórica,
aumento do gasto energético e jejum. Tal restrição pode estar acompanhada ou não
de atividade física excessiva e uso de anorexígenos (inibidores do apetite, hormônios
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sintéticos, entre outros). Já a purgativa é composta por episódios de compulsão
alimentar e/ou comportamentos purgativos como vômitos autoinduzidos, laxantes,
diuréticos e/ou enemas (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2014).
Já a bulimia nervosa é caracterizada por um ciclo constituído de uma dieta restritiva,
compulsão e purgação, cujos critérios diagnósticos incluem episódios recorrentes de
compulsão alimentar; comportamentos compensatórios inapropriados recorrentes a
fim de impedir o ganho de peso, como vômitos autoinduzidos; uso indevido de
laxantes, diuréticos ou outros medicamentos; e jejum ou exercício em excesso. A
compulsão alimentar e os comportamentos compensatórios inapropriados ocorrem,
em média, no mínimo uma vez por semana durante três meses, e a autoavaliação é
indevidamente influenciada por forma e peso corporais (AMERICAN
PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2014).
A dismorfia corporal, também conhecida como transtorno dismórfico corporal
(TDC), é uma doença mental caracterizada pela insatisfação com a imagem corporal
que afeta a relação que o indivíduo tem com sua aparência. A TDC é marcada por
uma percepção exacerbada de falhas no próprio corpo, sendo estas pouco ou não
perceptíveis para outras pessoas (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2014).
Os transtornos alimentares são condições de difícil tratamento, com
constantes recidivas, e podem atrapalhar não apenas a saúde física, mas também
outras áreas da vida, como trabalho, família, dentre outros relacionamentos, já que a
obsessão se torna o cerne da vida dos indivíduos com transtornos alimentares. Evitar
a progressão da doença é imprescindível.
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A identificação precoce de problemas relacionados à imagem corporal, como
a insatisfação e a distorção, é de grande importância para evitar a implementação e o
consequente agravo de transtornos alimentares. A insatisfação corporal é a
discrepância entre o corpo ideal e o corpo percebido pelo indivíduo; já a distorção
ocorre quando a percepção que o indivíduo tem da própria imagem corporal é afetada,
levando-o a ter preocupações irracionais sobre defeitos em alguma parte de seu corpo
(KACHANI; CORDÁS, 2021).
Alguns testes de avaliação da autopercepção e satisfação da imagem corporal
podem contribuir com diagnóstico precoce, sendo possível avaliar os sintomas desses
quadros, mesmo antes de o transtorno se implementar. Esses testes avaliam o
componente atitudinal da imagem corporal. Esses questionários de investigação são
ferramentas muito utilizadas, com diversas vantagens, como, por exemplo, serem um
método rápido, de baixo custo e de fácil de aplicação.
Além disso, não requerem treinamento especializado e são eficientes para
avaliação de coletividades. Essas ferramentas fornecem maior autonomia ao indivíduo
em comparação à entrevista clínica, pois retiram o viés de omissão das informações
por constrangimento e exposição da realidade. Ainda conseguem fornecer uma
resposta objetiva e padronizada, já que todos os participantes respondem à mesma
pergunta, independentemente de sua individualidade clínica. Outro ponto de
vantagem é que mitigam o viés resultante da interação entre o entrevistador e o
indivíduo (SCAGLIUSI et al., 2006).
Segundo Di Pietro; Silveira (2012), os questionários mais utilizados para
identificação de problemas com a imagem corporal, utilizados na população brasileira
são:
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A Body Dismorphic Disorder Examination (BDDE) e
A Escala de Avaliação de Insatisfação Corporal para Adolescentes.
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Dessa forma, avalia a diferença entre a medida percebida do próprio corpo e
a medida real do sujeito (THURM et al., 2021) por meio de um índice de percepção
corporal que indica se indivíduo tem:
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Para escolher o tratamento adequado é fundamental entender as alterações
fisiológicas da pele e as necessidades ao nível celular para planejar de forma
estratégica as intervenções estéticas para restabelecer as funções celulares e
promover a reestruturação da pele. A pele é um órgão que reveste todo o corpo
delimitando as estruturas internas do ambiente externo, atuando na proteção dos
demais sistemas. Diferentemente destes, está exposta constantemente às agressões
do meio externo, sofrendo desgaste ao longo dos anos (HARRIS, 2017).
Tassinary; Sinigaglia; Sinigaglia (2019) conceituam a flacidez cutânea como
sendo a perda de sustentação da pele causada pela diminuição de elementos
fundamentais que constituem o tecido conjuntivo. Processo esse que ocorre de forma
natural ao longo dos anos na combinação de fatores intrínseco e extrínseco. Dentro
dos fatores intrínsecos estão a genética, os hormônios e o estresse oxidativo. Porém,
os fatores externos aceleram o processo degenerativo do tecido cutâneo, onde se
destaca a exposição solar, a alimentação, o aumento do peso corporal, entre outros.
A perda da propriedade viscoelástica do tecido está relacionada
principalmente à redução da produção de fibras de colágeno e elastina, que diminuem
progressivamente após os 30 anos. Porém, esse processo não se limita apenas a
esses dois elementos.
Além do envelhecimento fisiológico, as propriedades biomecânicas da pele
podem sofrer modificações quando o tegumento é submetido a cargas de tração
excessivas, como obesidade ou redução drástica de peso e gravidez. A Lei de Hooke
traz como teoria a deformação de um corpo elástico ao se expandir, ou seja, determina
a capacidade do tecido de sofrer deformação quando submetido a uma determinada
força (carga). Um bom exemplo para visualizar esse efeito é a analogia do estiramento
de um atilho (banda elástica): quando o estiramento estiver de acordo com a
capacidade de distensão do atilho, ao soltar, ele irá retornar à forma original.
Porém, se o estiramento ultrapassar o limite de força e tempo de distensão do
atilho, este não voltará à sua forma original, ocorrendo sua deformação e possível
rompimento.
As alterações visuais causadas pela flacidez devem ser bem avaliadas para
a assertividade do tratamento, ocorrendo por muitas vezes a confusão pelos
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profissionais em relação à hipotonia muscular e à flacidez cutânea. O processo
fisiopatológico e o tratamento desses dois tipos de flacidez diferem, porém, o mesmo
indivíduo pode ter a combinação de ambos, resultando no comprometimento do
contorno corporal (TASSINARY; SINIGAGLIA; SINIGAGLIA, 2019).
Procedimentos estéticos
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Para obter resultados efetivos com o microagulhamento, é necessário que as
agulhas cheguem até a junção dermoepidérmica para realizar a indução percutânea
de colágeno. O intervalo entre as sessões é de no mínimo 28 dias, respeitando o
tempo de cicatrização das lesões.
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Esse mecanismo de ação desencadeia um processo inflamatório que,
posteriormente, resulta na neocolagenase. Para se obter resultados com a aplicação,
é essencial atingir parâmetros específicos na aplicação da radiofrequência. As
publicações demonstram que para a neocolagênese acontecer é essencial alcançar
uma temperatura entre 39°C e 42°C (TAGLIOLATTO, 2019).
Existem diferentes configurações de equipamentos que devem ser
consideradas para obter os melhores resultados, como o Número de eletrodos na
manopla:
Frequências altas têm ação mais superficial (CUNHA; FIDELIS; PINTO, 2019).
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A criofrequência é a união da radiofrequência multipolar e da monopolar,
sendo aplicadas simultaneamente por meio de um aplicador, com um termo indutor
que chega a temperaturas de até –10°C. Essa técnica de tratamento combina
diferentes estímulos de temperatura simultaneamente, que trabalham de forma
sinérgica, sendo que o frio age de fora para dentro e o calor, de dentro para fora.
Esse estímulo de inúmeros choques térmicos proporciona efeitos fisiológicos
fundamentais para atingir os resultados com a técnica:
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produção de colágeno. As sessões são realizadas até duas vezes por semana com
duração de 15 a 30 minutos, dependendo da área tratada. O fluxo de aplicação varia
de 20 e 80mL/min, com volume total aplicado de 600 a 1.000mL (MILANI, 2020). O
corpo humano tem uma corrente elétrica endógena na faixa de microampères, que
participa de quase todas as funções celulares.
A microcorrente, conhecida como MENS, é a utilização de uma corrente que
atua com parâmetros de intensidade na faixa de microampères, sendo considerada
uma corrente fisiológica e homeostática, pois trabalha na mesma faixa de intensidade
da corrente elétrica endógena do corpo. Quando um tecido se encontra saudável, a
corrente elétrica endógena flui livremente pelo organismo, porém quando o tecido se
encontra em desequilíbrio, esse fluxo é interrompido.
A utilização de microcorrentes pretende restaurar a homeostase dos tecidos
auxiliando no fluxo da corrente fisiológica. No tratamento para flacidez cutânea, a
microcorrente atua no aumento da síntese de ATP (adenosina trifosfato) celular em
até 500% e no aumento do transporte de aminoácidos que, por consequência,
aumenta a síntese de proteínas de 30 a 40% (BORGES, 2006). 8 Procedimentos
estéticos para flacidez cutânea corporal.
A dermotonia ou vacuoterapia é a utilização de um equipamento de vácuo que
promove uma sucção, ou seja, pressão negativa nos tecidos por meio de ventosas
conectadas ao equipamento. Sua aplicação favorece as trocas gasosas, o aumento
da mobilidade dos líquidos corporais e o aumento do trofismo e da tonificação cutânea.
No tratamento da flacidez cutânea, a dermotonia age no estímulo das fibras de
colágeno e elastina, como também no aumento do aporte de enzimas e nutrientes nos
tecidos (BORGES, 2006).
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princípios ativos que atuam diretamente no estímulo dos fibroblastos, assim como
também fornecem os elementos essenciais para ocorrer a produção de colágeno e
outros componentes fundamentais para reestruturar o tecido.
Os fatores de crescimento são proteínas que atuam como mensageiros
regulando as funções celulares, alterando o crescimento, a diferenciação e a
proliferação das células. Existem diferentes fatores de crescimento que ativam e
desativam diferentes atividades celulares, atuando na manutenção da estrutura da
pele, na produção e maturação de células novas, na produção e na distribuição do
colágeno e da elastina. Esses compostos são produzidos pelo organismo, porém os
tratamentos estéticos podem estimular sua produção e são ainda utilizados como
princípios ativos em formulações.
Cirillo; Germano; Maluf (2015) trazem ainda os principais fatores utilizados no
combate à flacidez cutânea.
Fator transformador de crescimento-beta3 (TGF-ß3): induz a proliferação e o
crescimento de células da derme e a síntese de colágeno e elastina.
Fator de crescimento epidermal (EGF): regula o crescimento dos fibroblastos, bem
como sua proliferação e diferenciação.
Fator de crescimento fibroblástico (b-FGF): induz a proliferação e a migração dos
fibroblastos.
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Para associar diferentes técnicas no mesmo plano de tratamento, o
profissional deve compreender o mecanismo de ação dos procedimentos estéticos, a
fim de não fazer associações equivocadas. A aplicação dos protocolos sugeridos pode
variar conforme a avaliação do profissional, bem como as contraindicações do cliente
(CALZA, 2019).
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comprimento de onda, a capacidade de produção de colágeno é limitada, fazendo
com que se obtenha resultados satisfatórios.
Resultando, no desenvolvimento de um novo conceito de tratamento a laser
que não apresenta os efeitos colaterais do laser ablativo contínuo de CO₂ e do
Erbium, que proporciona o estímulo em 2004.
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Coerência: as ondas de luz se propagam juntas no tempo e no espaço.
Dentro do mecanismo fisiológico que envolve o laser fracionado temos a
molécula que absorve a luz, chamada de cromóforo, que se transforma em um
fotoproduto e desencadeia uma série de respostas bioquímicas que podem ser
observadas de forma clínica.
Com a absorção da luz, o cromóforo emite calor, inovações tecnológicas no
manejo de afecções cutâneas corporais desencadeando uma reação térmica com
capacidade de promover a destruição do tecido. Este é o princípio da fototermólise
seletiva.
Concluiu-se com essa teoria que o laser realiza a preservação das estruturas
circunvizinhas ao seu alvo, podendo ser empregado no tratamento de cicatrizes
atróficas, como nas estrias.
A radiação exerce grande influência sobre o cromóforo água e colunas de
lesão dérmica são geradas por feixes de laser que se alternam com o tecido íntegro,
chamadas de zonas microtérmicas (microthermal treatment zone). No tecido íntegro
ocorrerá a migração dos queratinócitos para as microthermal treatment zone (caminho
mais curto) derivadas de uma rápida reepitelização com menor risco de cicatrizes
inestéticas e discromias (BODENDORF et al., 2009).
Estipula-se que a temperatura estimulada da derme seja de 60 a 100°C em
640 microssegundos e, decorrente ao aquecimento, ocorre uma vaporização das
células com desnaturação do colágeno. Esse processo gera um estímulo à
reorganização e à contração da derme. Também acontece a dissipação de energia
por meio da formação de radicais livres que se ligam a células íntegras, lesionando-
as. Na camada córnea há pouca presença de água, por isso, permanece
funcionalmente íntegra sobre a coluna de lesão, minimizando o risco de efeitos
adversos e infecções.
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tratamento de cálculos renais, somente a partir da década de 1990, começou a ser
aplicada em patologias ortopédicas com ótimos resultados.
Assim, essa terapia é uma das mais recentes inovações tecnológicas
utilizadas no tratamento da lipodistrofia localizada. Trata-se de uma energia mecânica
que possui alta potência (onda sonora), a qual é emitida por um dispositivo específico,
que penetra no tecido adiposo, promovendo um forte efeito de cavitação instável
(ruptura de microbolhas), causando efeitos microscópicos no tecido tratado.
Ainda segundo os autores, os geradores de ondas de choque funcionam
baseados em quatro sistemas, que variam conforme o fabricante:
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da liberação de mediadores como fator de crescimento endotelial vascular, que
aumentam a circulação local e a angiogênese.
O equipamento de terapia por ondas de choque auxilia também no processo
de reabilitação por meio dos seguintes mecanismos de ação:
Tecarterapia
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O aumento da quantidade de oxigênio e nutrientes no tecido,
A redução da lipodistrofia localizada.
Terapia vibro-oscilatória
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Intradermoterapia pressurizada
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semanais combinadas com dieta, durante as aplicações os ativos fosfatidilcolina e
desoxicolato. Foram observadas, como resultado, a diminuição do volume e da
espessura de gordura, porém, não foi possível identificar o aumento da circulação, os
marcadores inflamatórios ou as alterações no metabolismo da glicose e dos lipídios.
Apesar da existência de algumas lacunas nos mecanismos de ação da
intradermoterapia pressurizada, alguns estudos mostraram resultados promissores
para o tratamento da adiposidade localizada sem grandes efeitos adversos.
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Actigym: de origem marinha e obtido por biotecnologia, auxilia na definição do
abdômen e aumenta o tônus muscular, evitando flacidez.
Planta carnívora: extrato da planta carnívora responsável pela eliminação da
gordura que favorece a lipólise.
Para Low; Reed (2001), A anamnese sempre deve ser o início de todo e
qualquer tratamento, buscando nela compreender qual disfunção o paciente
apresenta, se está em um grau inicial ou avançado e quais serão os melhores recursos
empregados na busca da obtenção de um melhor resultado ao final. Algumas das
inovações tecnológicas têm sido mais empregadas nas clínicas de estética corporal,
dentre elas, temos: tecarterapia, terapia vibro-oscilatória e terapias por ondas de
choque (Quadro 1).
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Aplique gel neutro como meio de contato do aparelho com a pele.
Observe se a superfície do cabeçote está em contato com a pele do paciente.
Movimente o cabeçote de forma uniforme e circular.
Pode ser aplicado em região de coxas, glúteos, abdômen e braços.
Após o término da aplicação, retire o gel neutro e limpe a região.
Ao final do tratamento, a região pode apresentar hiperemia, sensação de calor,
desconforto e estiramento cutâneo.
Fonte: Adaptado de LOW; REED (2001).
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Examine de forma minuciosa a pele do paciente e limpe a área de tratamento com
solução de clorexidina alcoólica caso contenha creme na pele.
Programe o equipamento conforme a disfunção estética e o tratamento desejado.
Aplique gel neutro como meio de contato do aparelho com a pele.
Observe se a superfície do cabeçote está em contato com a pele do paciente.
Realize uma aplicação estática pontual ou movimentos lentos com o aplicador sobre
o local de tratamento, dependendo do objetivo terapêutico.
Posicione o aplicador do cabeçote de forma vertical sobre a área tratada e inicie os
disparos.
Pode ser aplicado em região de coxas, glúteos, abdômen e braços.
Após o término da aplicação, retire o gel neutro e limpe a região.
Ao final do tratamento, a região pode apresentar hiperemia e discreto quadro de
petéquias e/ou equimose. O paciente deve ser orientado a não se expor ao sol.
Fonte: Adaptado de ADATTO et al. (2011).
Para Sahd (2020), nas clínicas de estética e saúde, vem sendo demonstrado
um crescente aumento na associação de recursos estéticos com inovações
tecnológicas para tratamento de afecções estéticas corporais. Essa união de
procedimentos permite alcançar resultados mais rápidos e evidentes. Na lipodistrofia
localizada ou gordura Inovações tecnológicas no manejo de afecções cutâneas
corporais localizada, temos o excesso de adipócitos localizados de forma
desordenada em regiões específicas do corpo. Nessa disfunção existe uma hipertrofia
das células adiposas uniloculares encontradas em uma região específica do corpo.
Para alcançar um tratamento eficaz, são necessárias associações entre
recursos estéticos e inovações tecnológicas que proporcionem a lipólise, dentre elas,
temos: a tecarterapia, com efeito, hipertérmico (hiperativação), que propicia aumento
no metabolismo celular, oxigenação intracelular, estímulo de fluxo sanguíneo e
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aquecimento do tecido (39–42°C), ideais para tratar lipólise termoinduzida, termolesão
tecidual e termocontração de colágeno.
Esse tratamento pode ser associado com o recurso manual da massagem
modeladora, que melhora a circulação, auxilia na redução de edemas, melhora a
aparência da pele e do metabolismo celular e, além disso, pode-se associar aos dois
tratamentos o recurso da terapia por ondas de choque, que é uma das mais recentes
inovações tecnológicas usadas no tratamento da lipodistrofia localizada, na qual a
energia mecânica com alta potência (onda sonora), emitida por um dispositivo
específico, penetra no tecido adiposo promovendo um forte efeito de cavitação
instável (ruptura de microbolhas), acarretando efeitos microscópicos no tecido tratado.
O fibroedema geloide está relacionado a uma infiltração edematosa do tecido
conjuntivo subcutâneo, de característica não inflamatória, seguida de polimerização
da substância fundamental amorfa presente no espaço intersticial da derme. Esse
edema se infiltra no tecido conjuntivo e produz uma reação fibrótica consecutiva.
Desse modo, podem ser encontrados a fibrose e o edema que acometem o tecido
conjuntivo da derme e o tecido subcutâneo (BORGES; SCORZA, 2016).
Na procura por um tratamento eficaz que melhore o aspecto fibrótico do
fibroedema geloide, existe a busca por recursos que incrementem o sistema
circulatório, diminuam o edema, eliminem toxinas e melhorem, assim, a oxigenação e
a nutrição tecidual. Dentre a associação de recursos estéticos e inovações
tecnológicas que obtenham esses efeitos, temos: a tecarterapia com seu efeito
atérmico (bioestimulação) com mobilização iônica (Na+, K+, Ca₂ +) através da
membrana do meio intracelular para o extracelular, que visa a melhorar a resposta
celular e, com isso, o funcionamento das células, além da drenagem linfática local e o
efeito térmico (vascularização), proporcionando o aumento da microcirculação,
levando à oxigenação intracelular, estimulando o metabolismo celular e promovendo
um leve aquecimento do tecido (37–38°C), sendo ideal para tratar fibroses.
Pode ser associado à intradermoterapia pressurizada utilizando ativos
específicos para o fibroedema geloide e recursos da drenagem linfática manual, que
auxiliam no metabolismo celular, na excreção.
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Inovações tecnológicas no manejo de afecções cutâneas corporais de toxinas
e no equilíbrio hídrico dos espaços intersticiais, mantendo em equilíbrio a pressão
tissular e hidrostática. A flacidez tissular ou cutânea é causada pela redução das fibras
de sustentação da pele (elastina e colágeno), acarretando uma hipotonia, ou seja, um
baixo tônus dérmico. As fibras do tecido conjuntivo sofrem alterações com a flacidez,
e a elastina perde gradualmente a sua característica de elasticidade, enquanto o
colágeno se torna rígido.
O tratamento para essa disfunção com radiofrequência pulsada
microagulhada segue como objetivo para o aumento da atividade nervosa
parassimpática com diminuição da simpática, elevação da elasticidade dos tecidos
com abundância de colágeno, neoelastogênese e neocolanogênese.
Pode ser associado aos recursos cosméticos estéticos, com ativos
específicos para flacidez, como: seiva da Pistácia grega, sacarídeos da Peonia,
Dmae, gluconolactona, silício orgânico, extrato de chá-verde, Matrixyl®, entre outros.
É sempre importante observar cada peculiaridade existente nas disfunções e
entender de maneira correta como funciona cada recurso, a fim de fazer uma
associação que agregue melhorias, pois, se feita de maneira errônea, pode
desencadear uma piora no quadro da afecção do paciente.
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8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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