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Introdução à patologia no idoso

UFCD_8907

762335 - Técnico/a de
Geriatria
Índice
Objetivos e conteú dos................................................................................................................................................................. 4

Saú de.................................................................................................................................................................................................. 6

Definiçã o de saú de segundo a OMS........................................................................................................................................ 6

Perspetiva triangular (social, mental e física)................................................................................................................... 6

Fatores que influenciam a saú de da pessoa idosa........................................................................................................... 7

Doença e as suas fases.............................................................................................................................................................. 10

O conceito de doença................................................................................................................................................................ 10

Sintoma, sinal e síndrome....................................................................................................................................................... 10

Aguda – Características e formas de intervençã o.......................................................................................................... 11

Convalescença – Características e formas de intervençã o......................................................................................... 11

Restauraçã o – Características e formas de intervençã o............................................................................................. 12

Qualidade de vida....................................................................................................................................................................... 13

Definiçã o de qualidade de vida segundo a OMS............................................................................................................. 13

Os aspetos relacionados com a qualidade de vida........................................................................................................ 15

As duas esferas da qualidade de vida: objetiva e subjetiva.......................................................................................22

Escala de avaliaçã o da qualidade de vida......................................................................................................................... 24

Promoçã o da saú de e prevençã o da doença.................................................................................................................... 26

Responsabilidade pessoal....................................................................................................................................................... 26

Atividade física............................................................................................................................................................................ 27

Nutriçã o adequada..................................................................................................................................................................... 29

Adaptaçã o ao stress e organizaçã o do ambiente........................................................................................................... 30

Vacinaçã o....................................................................................................................................................................................... 31

Higiene corporal......................................................................................................................................................................... 32

Prevençã o de acidentes............................................................................................................................................................ 33

O processo de administraçã o de medicamentos / vacinas........................................................................................36

Os principais grupos de fá rmacos utilizados na populaçã o idosa..........................................................................36

A automedicaçã o nos idosos.................................................................................................................................................. 38

A avaliaçã o morfoló gica do idoso......................................................................................................................................... 40

Estatura/Massa e Índice de Massa Corporal (IMC)...................................................................................................... 40

Bibliografia e netgrafia ............................................................................................................................................................ 43

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Objetivos:
 Definir e caracterizar os conceitos de saú de e doença.

 Analisar os aspetos relacionados com a qualidade de vida e respetiva avaliaçã o.

 Identificar os aspetos determinantes para a promoçã o da saú de e prevençã o de


doenças nos idosos.

 Reconhecer a importâ ncia da farmacologia, vacinaçã o e avaliaçã o morfoló gica na


prevençã o e cura de algumas doenças.

Conteúdos:

 Saú de

 Definiçã o de saú de segundo a OMS

 Perspetiva triangular (social, mental e física)

 Fatores que influenciam a saú de da pessoa idosa

 Doença e as suas fases

 O conceito de doença

 Sintoma, sinal e síndrome

 Aguda – Características e formas de intervençã o

 Convalescença – Características e formas de intervençã o

 Restauraçã o – Características e formas de intervençã o

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 Qualidade de vida

 Definiçã o de qualidade de vida segundo a OMS

 Os aspetos relacionados com a qualidade de vida

 Bioló gicos

 Sociais

 Médicos

 Econó micos

 Políticos

 As duas esferas da qualidade de vida

 Esfera objetiva

 Esfera subjetiva

 Escala de avaliaçã o da qualidade de vida – World Health Organization Quality of


Life Assesment (WHOQOL-100) OMS

 Promoçã o da saú de e prevençã o da doença

 Responsabilidade pessoal

 Atividade física

 Nutriçã o adequada

 Adaptaçã o ao stress

 Organizaçã o do ambiente

 Vacinaçã o

 Higiene corporal

 Prevençã o de acidentes

 O processo de administraçã o de medicamentos / vacinas

 Os principais grupos de fá rmacos utilizados na populaçã o idosa

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 A automedicaçã o nos idosos

 Avaliaçã o morfoló gica do idoso

 Estatura e Massa e Índice de Massa Corporal (IMC)

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Saúde

Definição de saúde segundo a OMS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a saú de como sendo o estado de completo
bem-estar físico, mental e social. Ou seja, o conceito de saú de transcende à ausência de
doenças e afecçõ es. Por outras palavras, a saú de pode ser definida como o nível de eficá cia
funcional e metabó lica de um organismo a nível micro (celular) e macro (social).

O estilo de vida, isto é, o conjunto de comportamentos adoptados por uma pessoa, pode ser
benéfico ou prejudicial à saú de. Por exemplo, um indivíduo que mantem uma alimentaçã o
equilibrada e que realiza actividades físicas diariamente tem maiores hipó teses de desfrutar
de uma boa saú de. Pelo contrá rio, e bebem as pessoas que comem em excesso, que nã o
descansam o suficiente e que fumam correm sérios riscos de sofrer doenças que poderiam ser
evitadas.

Perspetiva triangular (social, mental e física)

Em linhas gerais, a saú de pode dividir-se em saúde física e saúde mental embora, na
realidade, sejam dois aspectos interrelacionados. Para o cuidado da saúde física, é
recomendada a realizaçã o frequente e regular de exercícios, e uma dieta equilibrada e
saudá vel, com variedade de nutrientes e proteínas.

A saúde mental, por outro lado, faz referência ao bem-estar emocional e psicoló gico no qual
um ser humano pode utilizar as suas capacidades cognitivas e emocionais, desenvolver-se
socialmente e resolver as questõ es quotidianas da vida diá ria.

Convém destacar que as ciências da saú de sã o aquelas que proporcionam os conhecimentos


adequados para a prevençã o das doenças e a promoçã o da saú de e do bem-estar quer do
individuo quer da comunidade. A bioquímica, a bromatologia, a medicina e a psicologia, entre
outras, sã o ciências da saú de.

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Fatores que influenciam a saúde da pessoa idosa

A cada dia que passa todos envelhecemos. O envelhecimento é transversal a todos os seres
vivos. Enquanto somos jovens pouco pensamos neste processo, mesmo sendo ele uma
constante.

A maturidade que advém com ele é algo que nos atrai e, talvez por isso, lidemos com ele de
uma forma tã o subtil.

Contudo, no decorrer do ciclo biológico ocorre um declínio previsível das funçõ es do


organismo. O processo de envelhecimento nota-se especialmente no sistema nervoso,
acabando assim por atingir todos os outros sistemas.

A nível físico, vamos aqui referir apenas os principais sinais neurológicos de


envelhecimento:

Problemas visuais

Reflexos lentos

Aumento da tendência à vertigem

Reduçã o do olfacto

Diminuiçã o da agilidade de movimentos e de equilíbrio

Reduçã o da força muscular

Alteraçõ es de postura e marcha

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A nível psicológico existem alguns aspectos mais comuns, que passamos a indicar:

Tendência a ser auto-centrado, rígido, conservador e excessivamente crítico, ou o


oposto – muito flexível, vacilante e sem opiniã o.

Acentuaçã o do esquecimento de nomes, factos e eventos

Reduçã o da facilidade de usar as palavras para exprimir sentimentos e/ou emoçõ es

Ficar preso a momentos do passado

Medo da morte

Aumento da sensaçã o de solidã o e abandono

Integraçã o das aprendizagem que se adquiriram ao longo da vida – este aspecto pode
nem sempre ser de fá cil resoluçã o dependendo da experiência de vida do individuo

Gestã o de perdas (amigos, companheiros, familiares)

Dificuldade em lidar com as questõ es de perda de funcionalidade e saú de

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Doença e as suas fases
O conceito de doença

Chama-se doença ao processo e ao estado causado por uma infeçã o num ser vivo, que altera
o seu estado ontoló gico de saú de. Este estado pode ser provocado por diversos fatores,
podendo ser intrínsecos ou extrínsecos ao organismo enfermo. Estes fatores denominam-
se noxas (do grego nó sos).

Na linguagem corrente, a doença é considerada como sendo o oposto à saú de: é aquilo que
causa uma alteraçã o ou uma desarmonizaçã o no sujeito, seja a nível molecular, corporal,
mental, emocional ou espiritual.

Existem distintas ciências que tratam do estudo das doenças. A fitopatologia, por exemplo,
dedica-se a analisar as doenças que afetam as plantas e os restantes géneros botâ nicos. As
patologias que afetam os animais, por outro lado, sã o estudadas pela veteriná ria. A ciência
médica, por sua vez, encarrega-se das doenças dos humanos.

Desta forma, os diversos ramos da medicina investigam as características pró prias de cada
entidade, os seus componentes e os processos que desenvolvem em relaçã o à evidência
morfofisioló gica que causa na biologia do organismo doente.

Perante a dificuldade em definir em concreto o que é uma doença (dado que cada
individuo o faz de acordo com as suas pró prias vivências), existem vá rios conceitos que
podem ser utilizados, de acordo com o contexto, como sinó nimos: patologia, indisposiçã o,
padecimento, anormalidade, perturbaçã o, desordem, desequilíbrio e alteraçã o, entre outros.

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Sintoma, sinal e síndrome

Sintoma:

É uma queixa subjetiva. É o que o paciente sente e conta durante uma consulta. Não há
uma tradução no exame físico. Exemplos: dor torácica (dor no peito), tontura, etc.

Sinal:

É um tipo de exame físico, ou seja, um dado objetivo que pode ou nã o ser relatado pelo
paciente. Logo, um sinal pode também ser um sintoma. Exemplo: inchaço nas pernas (edema),
ascite (acú mulo de líquido no abdô men), etc. Essa queixa é relatada pelo paciente durante
uma consulta (sintoma) e comprovada através do exame físico (sinal).

Síndrome:

É um conjunto de sinais e sintomas típicos de uma determinada doença. Exemplo: fadiga, falta
de ar (dispneia) e edema nos membros inferiores sã o típicos da síndrome da insuficiência
cardíaca congestiva.

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Aguda – Características e formas de intervenção

As doenças agudas sã o aquelas que têm um curso acelerado, terminando com convalescença
ou morte em menos de três meses.

A maioria das doenças agudas caracteriza-se em vá rias fases. O inicio dos sintomas pode ser
abrupto ou insidioso, seguindo-se uma fase de deterioraçã o até um má ximo de sintomas e
danos, fase de plateau, com manutençã o dos sintomas e possivelmente novos picos, uma longa
recuperaçã o com desaparecimento gradual dos sintomas, e a convalescência, em que já nã o há
sintomas específicos da doença mas o indivíduo ainda nã o recuperou totalmente as suas
forças. Na fase de recuperação podem ocorrer as recrudescências, que sã o exacerbamentos
dos sintomas de volta a um má ximo ou plateau, e na fase de convalescência as recaídas,
devido à presença continuada do factor desencadeante e do estado debilitado do indivíduo,
além de (novas) infecçõ es.

As doenças agudas distinguem-se dos episódios agudos das doenças crónicas, que sã o
exacerbaçã o de sintomas normalmente menos intensos nessas condiçõ es.

Convalescença – Características e formas de intervenção

Embora cada doença infecciosa específica tenha uma evoluçã o particular, todas as
patologias desta natureza apresentam diferentes períodos de evolução comuns.

A destruição ou neutralização dos microorganismos causadores da doença infecciosa pelo


sistema de defesa, permite o desaparecimento dos sinais e sintomas provocados por esta
doença, embora possa passar algum tempo, designado período de convalescença, até que o
organismo debilitado recupere totalmente das alteraçõ es e lesõ es sofridas. O período de
convalescença corresponde a uma fase intermédia entre o padecimento da doença e um
estado de perfeita saúde, sem se ter em conta as eventuais sequelas permanentes que a
patologia possa ter causado. Quando a doença termina de forma brusca, a convalescença
também começa subitamente, enquanto que o limite é mais impreciso quando a patologia
desaparece lentamente.

Cada doença infecciosa provoca uma convalescença de maior ou menor duraçã o, muito
variá vel dependendo do caso, em alguns casos com a persistência de alteraçõ es apenas
perceptíveis, mas noutras com sinais e sintomas mais evidentes: ná useas, falta de apetite,
sensaçã o de debilidade, flacidez dos membros. Ao longo deste período o médico pode, de

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acordo com a doença, prescrever uma dieta nutritiva ligeira e recomendar repouso, para
depois passar progressivamente para uma dieta mais rica e uma atividade física normal e,
eventualmente, prescrever algum medicamento.

Embora muitas pessoas pensem que a convalescença de uma doença infecciosa possa ser
acelerada através da administraçã o de tó nicos reconstituintes ou vitaminas, estes produtos
nã o costumam ser eficazes, podendo até ser perigosos. Por exemplo, ocasionalmente, recorre-
se à administraçã o de alguns produtos, sem se ter cm conta que sã o constituídos por á lcool e
que podem, por isso, ser prejudiciais, sobretudo para as crianças. Em relaçã o á s vitaminas, o
organismo de um convalescente, de facto, necessita delas, mas normalmente podem ser
perfeitamente obtidas em quantidades suficientes com uma alimentaçã o adequada, sem
necessidade de se recorrer aos tã o populares complexos vitamínicos. O melhor é seguir os
conselhos do inédito, que devera prescrever os medicamentos necessá rios ao longo do
período de convalescença.

Restauração – Características e formas de intervenção

As doenças associadas à reconstituição da imunidade, também denominadas síndrome


inflamató ria de reconstituiçã o imune ), doença de restauração imune (DRI) ou síndromes de
reconstituiçã o imune (SRI), constituem importante capítulo da á rea médica, particularmente
em doentes com SIDA, durante os primeiros meses de tratamento antirretroviral (TARV).

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Qualidade de vida
Definição de qualidade de vida segundo a OMS

Muito se fala em Qualidade de Vida nos dias de hoje. Essa expressã o tornou-se a procura
incansá vel de pessoas que vivenciam a correria do dia-a-dia, o stress, a falta de tempo para o
lazer e para a família, os problemas de saú de e todas as outras situaçõ es que causam
desconforto e insatisfaçã o. Aproveitando-se dessa situaçã o, o termo “Qualidade de Vida” tem
sido usado e explorado por diversos setores com diversos interesses. Com isso, vemos a
expressã o “Qualidade de Vida” estampada em todos os lugares, como um “guarda-chuva”
que tudo pode significar e em que tudo pode se pendurar. Entretanto, grandes centros de
pesquisa, universidades e as mais importantes organizaçõ es internacionais empenham-se
para mostrar o que “Qualidade de Vida” realmente significa e quais os principais passos para
que possamos alcançá -la.

Segundo a OMS, Qualidade de Vida é "a perceçã o do indivíduo da sua posiçã o na vida no
contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relaçã o aos seus objetivos,
expectativas, padrõ es e preocupaçõ es". A Qualidade de Vida pode variar de acordo com a
cultura da pessoa, e que irá variar para cada um, dependendo dos seus objetivos e as suas
expectativas. Observaram, também, que alguns aspetos sã o comuns e universais, como o bem-
estar físico, psicológico, relações sociais, o ambiente, o nível de independência e as
crenças pessoais ou religiosidade. A estes seis itens deram o nome de “domínios”, ou seja,
sã o os principais aspetos que determinam a Qualidade de Vida de uma pessoa.

Cada um destes domínios possui suas características. No caso do domínio Físico, o que
determina nossa Qualidade de Vida seria a existência ou nã o de dor e desconforto, a

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energia e a fadiga, e a qualidade de nosso sono e repouso. Já no domínio Psicoló gico, os itens
importantes seriam os sentimentos positivos e negativos, a auto-estima, a imagem corporal
e aparência, e os aspetos cognitivos, como pensar, aprender, memó ria e concentraçã o. A esses
subitens ou subdomínios, damos o nome de “facetas”.

No domínio Nível de Independência, ressalta-se a importâ ncia da capacidade de trabalho,


da mobilidade, de manter-se apto para as atividades da vida quotidiana, o dos prejuízos da
dependência de medicamentos. As relações pessoais, o suporte ou apoio social e a vida
sexual sã o itens importantes para a Qualidade de Vida e que estã o inseridos no domínio das
Relaçõ es Sociais. O domínio do Ambiente inclui a segurança física e proteção, o ambiente no
lar, os recursos financeiros, a disponibilidade e qualidade dos serviços de saúde, o
transporte, a oportunidade de lazer e aspetos do ambiente físico, como ruído, poluiçã o,
trâ nsito e clima. Por ú ltimo, temos o domínio dos aspetos espirituais, religiã o e crenças
pessoais, que influenciam as perspetivas e objetivos de uma pessoa, trabalhando, assim, com a
sua Qualidade de Vida.

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Os aspetos relacionados com a qualidade de vida

Qualidade de vida e saúde

Qualidade de vida e saúde são termos indissociáveis. A Qualidade de vida surge, de tal
forma, associada à saú de que muitos autores nã o as distinguem uma da outra. Para eles
saúde e qualidade de vida são a mesma coisa. De facto, a saú de nã o é o ú nico fator que
influencia a nossa qualidade de vida, contudo ela tem uma importâ ncia fulcral.

Geralmente, saúde e qualidade de vida sã o dois temas muito relacionados, uma vez que a
saú de contribui para melhorar a qualidade de vida dos indivíduos e esta é fundamental para
que um indivíduo ou comunidade tenha saú de. Mas nã o significa apenas saú de física e mental,
mas sim que essas pessoas estejam de bem nã o só com elas pró prias, mas também com a vida,
com as pessoas que as cercam, enfim, ter qualidade de vida é estar em harmonia com vá rios
fatores.

No que diz respeito à saúde, a qualidade de vida é, muitas vezes, considerada em termos
de como ela pode ser afetada de forma negativa, ou seja, a ocorrência de uma doença
debilitante que nã o constitui risco de vida, uma doença que constitui risco de vida, o declínio
natural da saú de de uma pessoa idosa, o declínio mental, processos de doenças cró nicas, etc.
Todas estas situaçõ es sã o castradoras da nossa qualidade de vida.

Neste sentido, uma vida saudá vel tem um profundo impacto na qualidade de vida das pessoas.

Qualidade de vida e saúde física

A saúde física afeta, obviamente, a nossa qualidade de vida. Por exemplo, existe uma relaçã o
entre atividade física, a melhoria da condiçã o de saú de e a qualidade de vida. Da mesma
forma, existe uma relaçã o ente uma correta alimentaçã o e a qualidade de vida. A qualidade de
vida e alimentação saudável sã o conceitos que estã o estritamente relacionados. Ter uma
alimentaçã o saudá vel e equilibrada é fundamental para o bem-estar do indivíduo. Quando o
organismo recebe as quantidades ideais de nutrientes e vitaminas de que precisa, a sua saú de
física melhora e consequentemente aumenta a qualidade de vida.

Em resumo, se conseguirmos melhorar a nossa condição de saúde física rumo a uma vida
mais saudá vel, através de uma correta promoçã o da saú de, entã o conseguiremos melhorar a
nossa qualidade de vida.

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Qualidade de vida e saúde mental

O conceito de qualidade de vida tem vindo a ganhar, cada vez mais, uma importâ ncia
crescente no domínio da saú de mental e dos cuidados de saú de, aumentando a sua
importâ ncia no discurso e prá tica médica.

Nã o é por acaso que a definição dada pela OMS para saúde é ampla. Ela define-a como “o
estado de completo bem-estar físico e mental”. Muitas vezes, algumas pessoas ao pensar em
saú de e qualidade de vida deixam de lado a saú de mental.

Contudo, a saúde mental possui, hoje, uma enorme importâ ncia. Assistimos ao aumento dos
casos de stress cró nico e burnout, ansiedade e depressã o para além de tantos outros
problemas psicoló gicos e emocionais.

Uma pessoa com a saúde mental debilitada, deprimida, por exemplo, tem grande
dificuldade em manter relacionamentos amorosos, desempenhar as funçõ es no trabalho e até
mesmo educar os filhos. Uma pessoa com problemas emocionais pode influenciar todos os
membros da família. Uma pessoa com a saú de mental afetada está mais propensa à
dependência de drogas e de á lcool, a contrair doenças infeciosas, desenvolver alergias,
doenças auto-imunes, etc. Existem, no entanto, muitas outras consequências nefastas quando
descuramos a saú de e o bem-estar mental e emocional.

Cuidar da saúde mental é muito mais simples do que parece, basta manter boas relaçõ es
com as pessoas que nos rodeiam, ter uma vida amorosa satisfató ria, nã o remoer problemas
passados, nã o ser demasiado exigente consigo mesmo, perdoar-se e perdoar o pró ximo, rir
sempre que puder, chorar quando precisar e amar. Se sentir dificuldades em fazer isto, é
melhor procurar ajuda de um profissional.

Estar com boa saúde mental é estar em equilíbrio com o seu mundo interior e com o mundo
que o rodeia, é estar em paz consigo mesmo e com os outros.

Stress e qualidade de vida

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O stress é na atualidade um grave problema com inquestioná veis implicaçõ es na qualidade
de vida. Os problemas serã o mais intensos dependendo do nível de stress a que o individuo
está sujeito, das causas que lhe deram origem e dos sintomas percecionados.

Meio ambiente e qualidade de vida

O meio ambiente traz vários benefícios ao homem, sendo que um deles é, sem dú vida,
melhorar a sua qualidade de vida. A qualidade de vida e meio ambiente sã o, por isso também,
dois termos indissociá veis.

O meio ambiente diz respeito a tudo o que nos rodeia, logo a nossa qualidade de vida está
diretamente associada à qualidade do meio ambiente envolvente. Deste modo, a preservaçã o
do meio ambiente sã o um importante fator para aumentar a qualidade de vida das pessoas.

A título de exemplo, imagine uma cidade com muito lixo, muita poluiçã o e sem espaços verdes.
Certamente que serão fatores, por um lado, suscetíveis de causar doenças e por outro, nã o
produzem sentimentos de bem-estar nas pessoas. Um praticante de atividade física, por
exemplo, quando opta por fazê-lo num espaço verde, une os benefícios do exercício físico a um
local de ar puro, tornando a sua atividade muito mais agradá vel e saudá vel. Uma pessoa
quando realiza uma massagem e pode usufruir simultaneamente dos sons da natureza,
consegue tirar ainda mais proveito do seu momento de relaxamento.

Qualidade de vida e respeito ao meio ambiente

Hoje mais do que nunca, notamos que há uma preocupação crescente com o homem para
que este tenha uma vida com qualidade.

Entre vá rios outros fatores é preciso preservar e respeitar o meio ambiente para garantirmos
a nossa qualidade de vida, para isso, devemos ter atitudes mais assertivas e protetoras, no
sentido de tornarmos o nosso habitat melhor tanto para nó s como para as geraçõ es
vindouras.

É , sobretudo, quando falamos sobre o meio ambiente que vamos tomar consciência de que
somos organismos vivos que se encontram em harmonia com a natureza. A nossa qualidade
de vida depende do estado em que o meio ambiente se encontra, ou seja, precisamos de ar,
á gua, alimentos, elementos essenciais para a sobrevivência, daí ser fundamental um meio
ambiente ecologicamente equilibrado e que garantamos a sua sustentabilidade.

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Desta forma, a qualidade de vida depende da qualidade do ambiente, além disso, ela nã o
quer dizer quantidade de vida, devendo, pois, haver um destaque para a valorizaçã o e sentido
da existência, que deve ter em conta as necessidades de que todos os seres humanos sentem
para viver condignamente.

Também nã o se pode falar de saú de desvinculada do meio ambiente, pois sempre que se
melhorar o ambiente estar-se-á a proteger a saú de física e mental do homem.

Qualidade de vida no trabalho

Nã o é por acaso que muitas empresas e organizações revelam preocupação, hoje em dia,
com a qualidade de vida no trabalho. Como sabemos é no trabalho que passamos muito do
nosso tempo. Muitas vezes, estamos mais tempo em contacto com os colegas de trabalho do
que até com a nossa pró pria família. Por estes motivos, a qualidade de vida no trabalho,
passou a ser vista como fundamental nos tempos modernos. Quando nos referimos a trabalho,
referimo-nos à s atividades desenvolvidas nas empresas, organizaçõ es, na escola, etc.

A qualidade de vida do trabalhador, geralmente, é observada tendo em conta a qualidade


de vida nas empresas e a sua produtividade, mas também em aspetos da vida do trabalhador
nã o diretamente ligados ao seu trabalho. Nã o obstante, algumas polémicas recentes usam a
terminologia “qualidade de vida do trabalhador” deixando claro que a qualidade de vida nã o
se limita somente ao local e ao momento do trabalho, mas também à relaçã o com vá rios
outros aspectos, designadamente, a satisfaçã o pessoal, o relacionamento familiar, as
oportunidades de lazer, etc.

O que é qualidade de vida no trabalho?

Quando falamos em qualidade de vida no trabalho queremos com isso referirmo-nos aos
benefícios e malefícios do ambiente de trabalho para o indivíduo. O objetivo é desenvolver
ambientes de trabalho que sejam tã o favorá veis tanto para o indivíduo como para a saú de
econó mica da organizaçã o.

Conceito de qualidade de vida no trabalho

Como vimos, qualidade de vida é uma expressã o que se refere à s condiçõ es de vida do
homem, em vá rios â mbitos, nomeadamente, o bem-estar físico, mental, psicoló gico e
emocional, relacionamentos sociais, como família e amigos e também saú de, educaçã o e
outros aspetos que influenciam a vida humana. O conceito de qualidade de vida no trabalho

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refere-se a estas condiçõ es no local do trabalho, muitas vezes, também referida como
qualidade de vida nas empresas.

Importância da qualidade de vida no trabalho

A importância da qualidade de vida no trabalho é crescente no atual contexto econó mico


e social, tendo em conta a relevâ ncia que o emprego representa na vida das pessoas e o
quanto um bom ambiente organizacional pode ser ú til na gestã o das pessoas e na melhoria da
produtividade das empresas e organizaçõ es.

Torna-se claro, que não se pode dissociar o lado humano do lado profissional, uma vez
que o homem é provido de competências e capacidades individuais que podem ser alteradas
em virtude das condiçõ es do meio em que está inserido.

Neste sentido, com o passar dos tempos, as empresas começaram a refletir sobre o bem-estar
dos seus colaboradores e a produtividade individual de cada um.

Perante esta nova realidade, o termo qualidade de vida no trabalho começou a ser debatido e
implementado nas organizaçõ es. Estas medidas tinham como objetivo melhorar a qualidade
de vida no trabalho, fundamentalmente, da saú de física e mental dos seus colaboradores.

O termo qualidade de vida nas empresas começou a ser visto como um agente de melhoria
na gestã o de pessoas, pois colaboradores motivados e saudá veis estã o estritamente
relacionados com a melhoria no ambiente de trabalho e consequentemente com a
produtividade.

Atualmente, os profissionais que se encontram no mercado de trabalho, procuram mais


do que um bom salá rio e benefícios, procuram também um ambiente de trabalho humanizado
e adequado. Se o trabalhador sentir conforto e bem- estar no local de trabalho, sentir-se-á
motivado, melhorando a sua produtividade.

Trabalho - saúde física e mental

A alteração dos estilos de vida, alteraçõ es no mercado de trabalho e dos tempos livres sã o
fatores que têm um forte impacto na saú de das pessoas. O trabalho e os tempos livres
deveriam ser uma fonte de saú de para as populaçõ es. A maneira como a sociedade
organiza o trabalho deveria ajudar a criar uma sociedade saudá vel. A promoçã o da saú de
gera condiçõ es de vida e de trabalho seguras, estimulantes, satisfató rias e agradá veis,
melhorando a qualidade de vida no trabalho e nas empresas.

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A saúde mental conduz a vários tipos de alterações, nomeadamente, do funcionamento da
rotina diá ria, capacidade para trabalhar, qualidade de vida no trabalho, desempenho de
papéis familiares e sociais e com o envolvimento em atividades de lazer. Em virtude do seu
diagnó stico, dos seus tratamentos prolongados e da incerteza do prognó stico, a doença
mental constitui-se como um risco para a qualidade de vida do trabalhador e de quem o
rodeia.

O trabalho é uma das principais causas de stress na atualidade. O stress, por sua vez,
exerce uma influência direta no desempenho profissional e na produtividade.

O stress crónico tende a desencadear problemas psicossociais intensos. Por estes


motivos é que o stress e qualidade de vida no trabalho sã o conceitos tã o presentes no
quotidiano dos trabalhadores.

Programas de qualidade de vida no trabalho

Pelos motivos apresentados, as empresas apercebem-se, cada vez mais, da importâ ncia da
qualidade de vida no trabalho e da sua relaçã o com a produtividade. Por isto, tendem a
implementar programas de qualidade de vida no trabalho, que visam melhorar as condiçõ es
dos trabalhadores.

Estes programas consistem em ações levadas a cabo pela empresa, que passam pela
implantaçã o de melhorias e inovaçõ es tanto ao nível da gestã o, como alteraçõ es de índole
tecnoló gica ou outras no ambiente de trabalho. Por exemplo, melhorando a ergonomia,
melhorando as condiçõ es climá ticas, estimulando um melhor relacionamento interpessoal,
facultando condiçõ es relacionadas com a assistência à saú de e aos filhos, etc. A qualidade de
vida nas organizaçõ es pode ser francamente melhorada se estas medidas forem bem
desenhadas e implementadas.

Tal como no aspeto pessoal, a qualidade de vida no trabalho é essencial para o


desenvolvimento dos colaboradores, tanto dentro como fora do ambiente da empresa. Neste
sentido, é importante salientar o papel social das organizaçõ es também na formaçã o de
cidadã os mais conscientes de seu papel na sociedade.

A qualidade de vida não se esgota no tempo. Muitas pessoas estã o preocupadas e


questionam-se sobre a melhor forma de ter uma boa qualidade de vida, no presente. Contudo,
a qualidade de vida deve também ser encarada como um objetivo futuro e duradouro. A

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longevidade é cada vez maior, porém por vezes com uma qualidade de vida reduzida. Muitos
tratamentos médicos permitem-nos melhorar a nossa condiçã o de saú de, contudo muitas
vezes à custa de terapêuticas que nos debilitam e reduzem a qualidade de vida.

Devemos, pois, procurar uma boa qualidade de vida em todas as fases da nossa vida,
cientes de que é no idoso que, muitas vezes, observamos os maiores problemas.

As opções que fazemos ao longo da vida, como o tipo de alimentaçã o, o exercício físico, as
condiçõ es de trabalho, o meio ambiente em que vivemos, etc sã o tudo fatores que irã o
influenciar nã o só a nossa longevidade e saú de, como também a nossa qualidade de vida atual
e futura.

Perante as alterações demográficas que se começaram a verificar, no ú ltimo século, e que


nos mostram uma populaçã o cada vez mais envelhecida, torna-se imperioso proporcionar aos
idosos nã o só uma sobrevida maior, mas também uma boa qualidade de vida.

Mediante a subjetividade que o conceito de qualidade de vida do idoso acarreta, torna-se


necessá rio orientar as políticas para um envelhecimento bem sucedido, o que para a maioria
dos idosos, está relacionado ao bem-estar, à felicidade, à realizaçã o pessoal, enfim, à qualidade
de vida nessa faixa etá ria (terceira idade).

Como melhorar a qualidade de vida

Para que possamos garantir uma boa qualidade de vida no futuro, devemos começar já a
preocuparmo-nos com a manutençã o de há bitos saudá veis, a saber: cuidar do corpo, uma
alimentaçã o equilibrada, exercício físico, relaçõ es saudá veis, ter tempo para realizar
atividades de lazer e vá rios outros há bitos que propiciem à pessoa bem-estar e qualidade de
vida.

A promoção da saúde é o processo que visa aumentar a capacidade dos indivíduos para
controlarem a sua saú de, no sentido de a melhorar. Para atingir um estado de completo bem-
estar físico, mental e social, o indivíduo deve ser capaz de identificar e realizar os seus desejos,
satisfazer as suas necessidades e modificar ou adaptar-se ao meio.

As duas esferas da qualidade de vida: objetiva e subjetiva

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Hoje em dia todos costumam prezar especialmente por duas coisas na vida: boa condição
financeira e qualidade de vida. Aparentemente essas sã o duas características da vida que
caminham em direções opostas, um a vez que uma boa condiçã o financeira costuma-se
vincular a uma grande dedicaçã o ao trabalho e qualidade de vida a tempo livre para lazer.
Contudo há formas de fazer com que essas duas esferas caminhem juntas, aqui daremos dicas
de como isso é possível.

A primeira dica que temos é quanto a interpretaçã o que se tem de qualidade de vida.
Qualidade de vida, muitas vezes, é erroneamente vinculada a tempo livre e vivido fora do
ambiente do trabalho, no entanto esse é um grande equívoco. Possuir uma boa qualidade de
vida deve iniciar-se exatamente no ambiente de trabalho. Nã o há dú vidas que grande parte
do nosso tempo nas nossas vidas é gasto com o trabalho, desse modo, nada mais ó bvio que a
procura por qualidade de vida se inicia ali.

Refletindo sobre isso é importante em primeiro lugar manter uma boa relação dentro do
ambiente de trabalho, procurando trabalhos na á rea que lhe de agrado e em locais em que a
convivência seja saudável.

Desse modo, a sua qualidade de vida já começará ao seguir as suas obrigaçõ es e rotina, mas
isso nã o pode ser tudo, é necessá rio sim, estar atento à s outras esferas da vida na procura da
qualidade de vida.

Tendo conseguido melhorar as relações no trabalho é necessá rio preocupar-se com as


outras esferas da vida. Não faz sentido trabalhar exaustivamente na procura de dinheiro
se nã o haverá tempo e prazer para aproveitá -lo, por isso é saudável que se saiba dividir o
tempo e pesar sempre se vale a pena ter um pouco mais de dinheiro ou ter um pouco mais de

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diversã o e lazer. Na verdade essas duas esferas devem caminhar em cooperação e nã o em
competiçã o, uma vez que uma depende da outra.

Ter tempo mas nã o ter o dinheiro necessá rio para aproveitá -lo como gostaria nã o gera
qualidade de vida, por isso é necessá rio saber trabalhar com dosagem de modo que uma
verdadeira qualidade de vida seja alcançada. Outro ponto importante é nã o envolver-se com
o trabalho mais do que o necessá rio e mais do que o que é saudá vel. É necessá rio estar atento
para fugir de problemas como o stress, e compulsões do tipo workaholic.

Escala de avaliação da qualidade de vida

Neste contéudo é necessário a utilização da internet para análise e discussão do link a


seguir:

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https://www.repository.utl.pt/bitstream/10400.5/2940/4/escala%20de
%20qualidade%20de%20vida%20WHOQOL-100%20PORTUGAL.pdf

Embora não haja um consenso a respeito do conceito de qualidade de vida, três aspectos
fundamentais referentes ao construto qualidade de vida foram obtidos através de um grupo
de experts de diferentes culturas: (1) subjetividade; (2) multidimensionalidade (3) presença
de dimensõ es positivas (p.ex. mobilidade) e negativas (p.ex. dor).

O desenvolvimento destes elementos conduziu a definiçã o de qualidade de vida como "a


percepçã o do indivíduo de sua posiçã o na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos
quais ele vive e em relaçã o aos seus objetivos, expectativas, padrõ es e preocupaçõ es"
(WHOQOL GROUP, 1994). O reconhecimento da multidimensionalidade do construto refletiu-
se na estrutura do instrumento baseada em 6 domínios: domínio físico, domínio psicoló gico,
nível de independência, relaçõ es sociais, meio-ambiente e espiritualidade / religiã o / crenças
pessoais.

DOMÍNIOS E FACETAS DO WHOQOL

Domínio I - Domínio físico

 Dor e desconforto

 Energia e fadiga

 Sono e repouso

Domínio II - Domínio psicológico

 Sentimentos positivos

 Pensar, aprender, memó ria e concentraçã o

 Auto-estima

 Imagem corporal e aparência

 Sentimentos negativos

Domínio III - Nível de Independência

Mobilidade

Atividades da vida cotidiana

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Dependência de medicaçã o ou de tratamentos

Capacacidade de trabalho

Domínio IV - Relações sociais

 Relaçõ es pessoais

 Suporte (Apoio) social

 Atividade sexual

Domínio V- Ambiente

 Segurança física e proteçã o

 Ambiente no lar

 Recursos financeiros

 Cuidados de saú de e sociais: disponibilidade e qualidade

 Oportunidades de adquirir novas informaçõ es e habilidades

 Participaçã o em, e oportunidades de recreaçã o/lazer

 Ambiente físico: (poluiçã o/ruído/trâ nsito/clima)

 Transporte

Domínio VI- Aspectos espirituais/Religião/Crenças pessoais

 Espiritualidade/religiã o/crenças pessoais

Promoção da saúde e prevenção da doença


Responsabilidade pessoal:

A Promoção da Saúde é o processo que visa aumentar a capacidade dos indivíduos e das
comunidades para controlarem a sua saú de, no sentido de a melhorar. Para atingir um estado

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de completo bem-estar fisico, mental e social, o indivíduo ou o grupo devem estar aptos a
identificar e realizar as suas aspiraçõ es, a satisfazer as suas necessidades e a modificar ou
adaptar-se ao meio. Assim, a saúde é entendida como um recurso para a vida e nã o como
uma finalidade de vida;

A saúde é um conceito positivo, que acentua os recursos sociais e pessoais, bem como as
capacidades físicas. Em consequência, a Promoção da Saúde nã o é uma responsabilidade
exclusiva do sector da saú de, pois exige estilos de vida saudá veis para atingir o bem-estar

A promoçã o da saú de pressupõ e o desenvolvimento pessoal e social, através da melhoria da


informaçã o, educaçã o para a saú de e reforço das competências que habilitem para uma vida
saudá vel. Deste modo, as populaçõ es ficam mais habilitadas para controlar a sua saú de e o
ambiente e fazer opçõ es conducentes à saú de.

É fundamental capacitar as pessoas para aprenderem durante toda a vida, preparando-as


para as suas diferentes etapas e para enfrentarem as doenças cró nicas e as incapacidades.
Estas intervençõ es devem ter lugar na escola, em casa, no trabalho e nas organizaçõ es
comunitá rias e ser realizadas por organismos educacionais, empresariais e de voluntariado, e
dentro das pró prias instituiçõ es

Atividade física:

O grande desenvolvimento tecnológico e da informática ocorrido, principalmente nas


ú ltimas décadas do século XX, proporcionou melhoras significativas na vida das pessoas,
através da evoluçã o das ciências da saú de, educaçã o, estrutura das cidades, transporte,
saneamento bá sico, eletrodomésticos, má quinas, computadores, internet e outros. Entretanto,
a modernizaçã o contribuiu também para que o homem se habituasse a desenvolver cada
vez menos atividades físicas, seja no trabalho, em casa, na escola ou em momentos de lazer.

Esta reduçã o do gasto caló rico com a diminuiçã o da demanda energética no cotidiano do
homem está ligada à falta de movimento e deterioração da saúde, bem-estar e qualidade
de vida (NACIONAL CENTER FOR CHRONIC DISEASE PREVENTION AND HEALTH
PROMOTION - CDC, 2002). Como exemplo, pode-se citar o sedentarismo como um dos

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responsáveis pelo sobrepeso, o qual é fator de risco independente para a morbimortalidade
populacional por doenças cró nicas nã o transmissíveis (DCNT), principalmente quanto à sua
relaçã o com o aumento da prevalência de hipertensã o arterial (HA) e diabete mellitus (DM).

A prática regular de exercício pode produzir importantes benefícios a curto, médio e


longo prazo. Esses benefícios sã o listados a seguir:

Aumenta o consumo da glicose.

 Diminui a necessidade de insulina exó gena.

 Diminui a concentraçã o basal e pó s-prandial da insulina.

 Aumenta a resposta dos tecidos à insulina.

 Melhora os níveis da hemoglobina glicolisada.

 Melhora o perfil lipídico:

 diminui os triglicerídeos.

 aumenta a concentraçã o de HDL-colesterol.

 diminui levemente a concentraçã o de LDL-colesterol.

 Contribui para diminuir a pressã o arterial.

 Aumenta o gasto energético:

 favorece a reduçã o do peso corporal.

 diminui a massa total de gordura.

 preserva e aumenta a massa muscular.

 Melhora o funcionamento do sistema cardiovascular.

 Aumenta a força e flexibilidade muscular.

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Nutrição adequada:

Uma nutrição adequada é a ingestã o de uma dieta equilibrada para que o seu corpo possa
assimilar os nutrientes necessá rios para uma boa saú de. A cada dia, o corpo humano renova-
se, isto é, renova os mú sculos, a matéria ó ssea, a pele e o sangue. As substâ ncias que ingerimos
sã o a base para a formaçã o destes novos tecidos. Se a dieta contiver poucos nutrientes
essenciais ao corpo, a boca estará mais vulnerável a infecções.

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Quais são os diferentes tipos de nutrientes?

Uma boa alimentação deve conter os seguintes nutrientes:

 Carboidratos;

 Á cidos graxos essenciais (contidos em produtos gordurosos);

 Aminoá cidos (encontrados nas proteínas);

 Quinze vitaminas;

 Cerca de vinte e cinco minerais;

 Á gua.

Como o nosso corpo não pode fabricar todos nutrientes de que precisamos, principalmente
certas vitaminas, precisamos obtê-los dos alimentos e suplementos alimentares que
ingerimos.

Adaptação ao stress e organização do ambiente:

O stress é uma resposta fisiológica e comportamental normal a algo que aconteceu ou está
para acontecer que nos faz sentir ameaçados ou que, de alguma forma, perturba o nosso
equilíbrio. Quando nos sentimos em perigo real ou imaginado, as defesas do organismo

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reagem rapidamente, num processo automá tico conhecido como reaçã o de "luta ou fuga” ou
de “congelamento", é a resposta ao stress.

Inicialmente, o stress pode ser positivo, contudo para além de um certo nível, este deixa de
ser proveitoso e começa a prejudicar gravemente a saú de, a alterar o humor, a produtividade,
os relacionamentos e a qualidade de vida, em geral. Sã o as diferentes fases do stress (v.
adiante eustress e distress).

Devemos saber reconhecer os seus sinais e sintomas e, consequentemente, tomar medidas


para minimizar os efeitos do stress.

Os sintomas de stress sã o a forma que o nosso organismo encontra para nos informar das
alteraçõ es a que está a ser sujeito. Certamente que já sentiu as mã os transpiradas ou o seu
coraçã o a bater mais depressa, antes de efetuar uma apresentaçã o ou participar numa reuniã o
importante ou até enquanto visualiza um filme de terror. Estes sã o alguns dos sintomas de
stress na pele e no coraçã o, mas muitos outros afetam o nosso corpo (sintomas físicos) e
mente (sintomas psicoló gicos).

Desde o stress positivo até pressentirmos muito stress, passando por um stress excessivo
ou stress agudo, tudo sã o fases em que os sintomas de stress e ansiedade vã o-se agravando
com o decorrer do tempo. Saber reconhecer quais os sintomas em cada uma das fases é de
primordial importâ ncia, uma vez que, a tendência é que se nada for feito em contrá rio, o
stress irá agravar-se com o decorrer do tempo, podendo desencadear graves consequências
para a nossa saú de. Inicialmente os sintomas podem ser ténues, mas quando o stress causa
diarreia, dor no peito, queda de cabelo, manchas na pele, dor de barriga, dor nas costas,

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tonturas, entre outros sintomas exuberantes, entã o estamos seguramente perante uma severa
ameaça à sua saúde e degradação da qualidade de vida.

Se os seus métodos de lidar com o stress nã o estã o a contribuir para melhorar a sua saú de
física e emocional, é altura de encontrar formas mais saudá veis. Há muitas maneiras
saudáveis de gerir, prevenir e lidar com o stress, mas todas elas requerem mudança. Pode-
se mudar a situaçã o ou mudar a sua reacçã o. Ao decidir qual a opçã o a escolher, é ú til pensar
nos 4 aspecos seguintes:

evitar, alterar, adaptar e aceitar.

Dado que cada um de nó s tem uma resposta ú nica para o stress, nã o existe apenas um método
que sirva a todos ou para qualquer situaçã o, por isso você deverá experimentar diferentes
técnicas e estratégias para perceber a que melhor se ajusta a si. Foque-se naquilo que o faz
sentir calmo e em controlo.

Tente ganhar controlo sobre o seu ambiente – Se as noticias dos jornais e TV o fazem ansioso,
desligue a TV ou feche o jornal. O trá fico deixa-o tenso, tente ir por um caminho com menos
trá fego. Se ir à s compras sozinho o stressa, arranje companhia. Tente sempre que possível
descortinar uma alternativa que esteja sobre o seu controlo, que possa decidir por si e
executar na hora.

Vacinação:

As vacinas permitem salvar mais vidas e prevenir mais casos de doença do que qualquer
tratamento médico.A introduçã o de campanhas das vacinaçã o contribuiu, em todo o mundo,
para a diminuiçã o da incidência das doenças evitá veis pela vacinaçã o.Como consequência
directa da vacinaçã o a varíola foi erradicada em 1980, a poliomielite está em vias de ser
erradicada e o sarampo pode também vir a ser extinto. Assim, existe um elevado nú mero de
indivíduos imunes na populaçã o, um menor nú mero de susceptíveis e uma probabilidade
menor de vir a contr air determinadas infecçõ es na infâ ncia.

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O Programa Nacional de Vacinação (PNV) é um programa universal, gratuito e acessível a
todas as pessoas presentes em Portugal. Apresenta um esquema de vacinaçã o recomendado
que constitui uma “receita universal”. A intervenção ao nível de certas comunidades locais
reveste-se de especial importâ ncia, nomeadamente, como forma de prevenir a disseminaçã o,
a partir de casos importados, de doenças infecciosas que se encontram eliminadas do nosso
país (ex: poliomielite) ou em fase de eliminaçã o (ex: sarampo).Somente taxas de cobertura
vacinal muito elevadas, de cerca de 95%, permitem obter imunidade de grupo. No caso do
tétano, em que a protecçã o é individual, apenas uma cobertura vacinal de 100% evitaria o
aparecimento de casos.

Higiene corporal:

A higiene corporal é um conjunto de cuidados que as pessoas devem ter com o seu corpo
para ter melhores condiçõ es de vida, bem-estar e saú de mental. Consiste em medidas que
garantem a limpeza do corpo, da mente e do ambiente, a fim de garantir uma vida saudá vel
para as pessoas.

A palavra higiene é de origem grega que significa 'hygeinos' que quer dizer o que é saudá vel.
Além de proteger contra possíveis doenças, também ajuda na autoestima das pessoas, pois
com a higiene elas sentem-se mais confortá veis e confiantes. A lavagem diá ria tem como

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prerrogativas também, a manutençã o da saú de individual e a proteçã o contra os mais
diversos agentes externos.

As mãos devem estar sempre limpas e os alimentos e a comida nã o devem ser


manipulados antes da lavagem das mesmas. Devem ser lavadas, principalmente, antes e
depois das refeiçõ es e apó s o uso do banheiro. É recomendá vel que sejam higienizadas com
á gua e sabonete ou com á lcool. Uma outra dica é a utilizaçã o de sabonete líquido que, ao
contrá rio do sabonete em barra, nã o tem contato com outras pessoas.

Os riscos, para quem não lava as mãos, podem ser a contaminaçã o com bactérias e germes,
que sã o transmitidos quando há um contacto com um objeto contaminado. As unhas devem
ser mantidas sempre limpas e cortadas regularmente. O lixo armazenado por baixo das
unhas pode causar doenças (intestinais e verminoses) quando a pessoa leva a unha à boca.

O cabelo também é um item essencial para uma boa higiene corporal. Nele, ocorre o
acú mular da poeira e gordura e por isso é importante que a lavagem ocorra,
preferencialmente, duas vezes por semana. Além da lavagem, devem ser cortados
regularmente, pois a falta de corte deixa os fios mais quebradiços e danificados.

Prevenção de acidentes:

Os Idosos são muitas vezes alvo fácil de atropelamentos enquanto peõ es e de acidentes
como condutores, devido á s suas dificuldades de locomoçã o, audiçã o e visã o entre outras, e
ainda por falta de sensibilizaçã o para os métodos mais modernos de circulaçã o e de gestã o de
trá fego.

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Os Profissionais de Saúde podem ser intervenientes activos neste â mbito promovendo
acçõ es na Comunidade ( Lares, Centros de Dia, etc), onde se discuta e chame a atençã o para
esta problemá tica.

Apesar do risco de cair em casa ser grande, muitos acidentes devido a queda podem ser
prevenidos. Boas prá ticas baseadas na evidência mostram que é possível reduzir as lesõ es nos
idosos em 38 % através de métodos com custos eficazes. A reduçã o de lesõ es pode melhorar a
qualidade de vida e reduzir os gastos dos serviços de saú de devido a lesõ es nesta faixa etá ria.

O primeiro passo é compreender as suas causas. Nas pessoas idosas a diminuiçã o da


massa muscular, a osteoporose, a diminuiçã o da visã o e da audiçã o, assim como a falta de
condiçõ es de segurança da casa e do jardim aumentam a probabilidade de cair.

As quedas podem ser prevenidas fazendo pequenos ajustamentos na casa e no estilo de


vida, mas, promover a segurança, é também, garantir que as pessoas idosas se alimentam
convenientemente e se mantêm fisicamente activas.

Quando falamos de segurança, é importante conhecer e utilizar os dispositivos de


segurança que facilitem a vida diá ria quando a autonomia e o bem-estar estã o em causa.

Manter a segurança é uma questão de tomar medidas de protecção, de algum bom senso,
de muita prudência e precauçã o que, com convicçã o se vã o fazer sentir na reduçã o dos
acidentes domésticos e de lazer com pessoas idosas.

Alguns fatores de risco de quedas:

 Viver sozinho.

 Tomar medicamentos, em especial medicamentos psicotró picos.

 Doenças cró nicas tais como artroses, depressã o, doença pulmonar cró nica.

 Mobilidade reduzida e balanço.

 Dificuldades cognitivas e demência.

 Reduçã o da acuidade visual.

 Calçado e vestuá rio inadequado.

 Uso de bengalas ou andarilhos

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 Subir para escadotes, cadeiras, bancos, á rvores, autocarros.

 Pisos escorregadios ou irregulares, pavimentos degradados.

Prevenir as quedas em TODA A CASA é uma questão de bom senso:

 Mantenha uma boa iluminaçã o em toda a casa e uma luz acesa na entrada principal.

 As lâ mpadas devem ser de fá cil manutençã o e substituiçã o.

 Nunca deixe fios elétricos e de telefone desprotegidos. Prenda-os à parede.

 Evite tapetes soltos no chã o, principalmente nas escadas. Se usar, fixe-os ao chã o.

 Pinte de cores diferentes ou faça marcas visíveis no primeiro e no ú ltimo degrau das
escadas. Devem ter degraus com piso antiderrapante. Converse com o seu médico sobre a
necessidade de colocar barras de apoio (corrimã o).

 Use sapatos com saltos largos e calcanhares reforçados, para evitar que o pé se
movimente. Nã o use chinelos. Prefira os sapatos fechados.

 Cuidado para nã o errar a dosagem dos remédios.

 Nã o use camisolas e roupõ es compridos, para evitar tropeçar, principalmente se tiver


que se levantar no meio da noite.

 Ao dormir, deixe a luz do corredor acesa para auxiliar a visã o, caso acorde no meio da
noite.

 Se cair e tiver dores, procure assistência médica. Deixe o telefone num local de fá cil
acesso, se necessitar de pedir ajuda.

 No quintal, evite a acumulaçã o de folhas e flores hú midas no chã o.

O processo de administração de medicamentos /


vacinas

Os principais grupos de fármacos utilizados na população idosa

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Os medicamentos são uma parte integrante da vida dos idosos, permitindo manter sob
controle as doenças de que padecem, ajudando-lhes a viver melhor, sem dores ou desconforto.
No entanto, por vezes a quantidade de medicamentos que um idoso toma é tã o elevada que
requer uma organizaçã o e administraçã o com cuidados redobrados.

No médico. O acompanhamento da toma dos medicamentos por parte de um idoso


começa nas consultas – se possível, deve acompanhar o idoso, para assim saber qual o seu
estado de saú de, que medicamentos vai tomar, para quê, qual a dose, durante quanto tempo,
se existem efeitos secundá rios, interaçõ es com outros medicamentos, se os comprimidos
podem ser esmagados ou têm de ser tomados inteiros, ou qualquer outra questã o pertinente.
Nã o tenha receio de esclarecer todas as suas dú vidas com o médico.

Na farmácia. Sempre que for à farmá cia aviar uma receita, certifique-se que o
farmacêutico escreva na caixa do medicamento correspondente as indicaçõ es do médico no
que toca à dose e à hora da toma. Quer leve duas caixas de medicamentos ou dez, confira
sempre toda a informaçã o para evitar confusõ es com a toma. Se possível, vá sempre à mesma
farmá cia – será uma excelente forma de criar uma relaçã o com o farmacêutico que, para além
de passar a conhecer o estado de saú de do idoso, pode ajudá -lo sempre que tiver alguma
dú vida.

DOENÇAS CARDIOVASCULARES

Doenças que afetam o sistema circulatório.

As mais comuns sã o:

 IAM;

 Angina;

 Aterosclerose;

 AVC.

MEDICAMENTOS:

Específicos para cada caso e paciente:

 Anti – hipertensivos, previnem o IAM e AVC;

 AAS, aspirina – “afinam o sangue”;

 Drogas para diminuir o colesterol (previnem Aterosclerose). Ex: Sinvastatina;

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 Verapamil.

DEPRESSÃO

 Sã o transtornos do humor, dos quais fazem parte todas as formas de depressã o e o


transtorno bipolar.

 Em algum momento da vida 15% a 20% da populaçã o apresentará depressã o.

 Nos idosos principalmente, essa condiçã o é pouco diagnosticada em serviços de


atendimento primá rio e outros serviços médicos gerais.

MEDICAMENTOS:

 Antidepressivos: Nortriptilina (Pamelor), Imipramina e Desipramina.

A automedicação nos idosos

A automedicação acontece pelo uso de medicamentos sem orientação de um profissional


de saú de ou sem prescriçã o médica. É responsável por danos à saúde que geram
hospitalizaçã o e, em casos mais graves, até intoxicaçõ es. Esses riscos ocorrem por diversos
motivos, desde a falta de orientaçã o sobre como tomar o medicamento, como a dose e
posologia, e até mesmo a superdosagem, que pode ocasionar efeitos tó xicos no organismo
piorando o estado de saú de do paciente e trazendo efeitos indesejados.

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Quando se tem algum sintoma desagradá vel, qual é o primeiro pensamento para solucionar o
este problema? A maioria pensa logo em ir à farmácia, e lá encontra uma diversidade de
medicamentos de venda livre, ou seja, que podem ser vendidos sem a existência de uma
prescriçã o médica. É aí onde mora o perigo. O uso indiscriminado e incorreto desses
medicamentos pode ser prejudicial à saú de.

Conheça alguns prejuízos que essa atitude pode lhe oferecer:

O diagnó stico errado do problema gera a escolha de um tratamento ineficaz para o


caso;

A interaçã o com outros medicamentos já utilizados pode potencializar ou anular os


seus efeitos terapeuticos;

Surgimento de reaçõ es adversas, ou seja, reaçõ es indesejadas e inesperadas com o uso


de medicamento, que sã o danosas à saú de e dificilmente identificadas, além das reaçõ es
alérgicas (resposta imunoló gica exacerbada contra o medicamento exposto);

Mascarar o diagnó stico de outras doenças na fase inicial pela semelhança de sintomas
manifestados por uma virose, como exemplo: dor de cabeça, dor no corpo, febre, cansaço;

Alguns medicamentos sã o contra-indicados para pacientes que já possuem alguma


doença diagnosticada, sendo de conhecimento apenas de profissionais da saú de;

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Em casos mais graves, podem ocorrer intoxicaçõ es por medicamentos, quando se
utiliza em doses e intervalos maiores que indicados pela posologia, além de resultar em
hospitalizaçã o.

Quando se trata da saúde a medida mais simples e eficaz é a informaçã o, preferencialmente


fornecida por um profissional da saú de, que permite a identificaçã o dos sintomas e a
orientaçã o sobre a forma correta de realizar o tratamento, bem como acompanhar o paciente
até a sua recuperaçã o.

Observa-se também um comportamento na terceira idade bem evidente em relaçã o a


automedicaçã o, o que gera efeitos graves a saú de. Por muitas vezes, eles nã o comentam com o
médico sobre se automedicar, à s vezes esquecem, ou ficam receosos em levar pequenos
“puxõ es de orelha” em fazer o errado. Com isso, aumentam as hipoteses do aparecimento de
tremores parecidos com os da doença de Parkinson, decorrentes do uso errado de
medicamentos para labirintite ou até o aparecimento de ulceras no estô mago, decorrente do
uso de anti- inflamató rios.

Principais cuidados que devem ser tomados ao utilizar medicamento na terceira idade:

Nenhum medicamento deve ser tomado “para o resto da vida”;

Evite o uso prolongado de medicamentos sintomá ticos, como tranquilizantes,


soníferos;

O tempo de tratamento deve ser definido junto ao médico;

Informar ao médico todos os medicamentos que já estã o sendo utilizados para que nã o
haja reaçõ es entre os que serã o prescritos;

Atentar para os horá rios do medicamento, para que nã o haja esquecimento, pois
quebra o tratamento.

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A avaliação morfológica do idoso
Estatura - Estatura/Massa e Índice de Massa Corporal (IMC)

O envelhecimento, antes considerado um fenó meno, hoje faz parte da realidade da maioria
das sociedades. De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde, trata-se de “um
processo sequencial, individual, acumulativo, irreversível, universal, nã o patoló gico, de
deterioraçã o de um organismo maduro, pró prio a todos os membros de uma espécie, de
maneira que o tempo o torne menos capaz de fazer frente ao stresse do meio ambiente e,
portanto, aumente a sua possibilidade de morte.

O processo de envelhecimento traz diversas mudanças anató micas e fisioló gicas que podem
afetar a funcionalidade e aumentar o risco de doenças. O envelhecimento pode traduzir-se,
parcialmente, pela diminuição da estatura e do peso, perda de tecido ósseo e muscular,
aumento da gordura corporal e diminuição da quantidade de água corporal total.

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Com o avançar da idade, a estatura corporal tende a diminuir devido à compressã o das
vértebras, mudanças na largura e forma dos discos vertebrais e perda de tô nus muscular. O
peso também diminui com a idade e varia segundo o sexo. As mudanças que acompanham a
perda de peso no idoso incluem diminuiçã o da massa muscular e da massa celular em geral. A
densidade específica da massa livre de gordura (MLG) em adultos diminui consideravelmente
com o avanço da idade.

Em geral, a massa corporal tende a aumentar até aproximadamente 70 anos de idade,


quando inicia um decréscimo em torno de 0,4 kg por ano]. Após essa idade, a altura, o peso
e o IMC tendem a reduzir. A combinaçã o do aumento da massa gorda e reduçã o da massa
magra em idosos é chamada de “obesidade sarcopênica” e está associada com diminuiçã o da
força muscular e fragilidade, resultando em reduçã o da qualidade de vida.

Outra mudança relacionada com a idade é a distribuiçã o de gordura corporal. O


envelhecimento está associado com uma maior proporçã o de gordura visceral (intra-
abdominal), que se associa com aumento no risco de doenças cardiovasculares na
população em geral.

Compreender as mudanças na composição corporal que acompanham o processo de


envelhecimento e as suas implicaçõ es na saú de é de suma importâ ncia, tanto para o
conhecimento gerontoló gico como para o suporte nutricional do idoso. Estas mudanças estã o
diretamente implicadas com o estado funcional e de sobrevivência da população idosa.

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Bibliografia e netgrafia
FALCÃ O, Ana Mraia de Aragã o e AZZI, Roberta Gurguel, Psicologia e formaçã o docente:
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