O argumento cosmológico ou da causa primeira parte da
constatação empírica da existência do Universo. Foi o filósofo São Tomás de Aquino que procurou demonstrar a existência de Deus através das cinco provas: Prova pelo movimento, pela causa eficiente, pelo possível e pelo necessário ( todas estas constituem diferentes versões do argumento cosmológico), pelo grau de perfeição e pelo governo do mundo (argumento teleológico). Segundo a prova pela causa eficiente é possível constatar uma ordem de causas eficientes entre as coisas sendo assim nenhuma coisa a causa eficiente de si mesma. Ao partirmos desta causa acabaremos por precisar de uma causa primeira sem causa/incausada, Deus, já que não irá ser possível recuar até ao infinito pois isso levar-nos-ia à inexistência de uma primeira causa, de causas intermédias e de um efeito. Assim, segundo este elemento, está provado que Deus existe. Na minha perspetiva este argumento é pouco coerente e demonstra a sua contrariedade quando afirma que tudo tem de ter uma causa e momentos mais tarde rebate dizendo que Deus não tem causa. Para além de que se apresentarmos este argumento para tudo o que não conseguimos provar a existência ou como aconteceu acabaríamos por ter de aceitar que há coisas infinitas que nunca tiveram um começo nem terão um fim, algo pouco plausível. Para além desta objeção existem outras como o porquê de haver mal sendo Deus sumamente bom. Em suma este argumento não pode ser considerado válido ou forte uma vez que tem inúmeras lacunas por serem explicadas que acabam por levar à conclusão de que Deus possa na verdade não existir.