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Sara Renata Mariana Maria

Apresentação Biologia
o Para este trabalho vamos falar um pouco sobre um tipo de cancro
cuja ocorrência tem aumentado exponencialmente nos últimos
tempos- o cancro da pele, também conhecido com Melanoma.
Atualmente, o cancro da pele é a neoplasia maligna mais frequente
principalmente na população europeia.
o Iremos transmitir-vos alguns conhecimentos acerca da pele e da sua
constituição, dos raios ultravioleta e das mutações genéticas que
ocorrem. E para concluir falaremos também sobre a prevenção do
cancro da pele.
o Como todos já devem saber, a pele é o revestimento externo do
corpo considerado o maior órgão e o mais pesado. A pele é
extremamente importante e deve ser bem cuidada uma vez que é a
primeira linha de defesa do nosso organismo contra as bactérias e
fungos. Além disso, uma pele saudável mantém o equilíbrio dos
fluidos, ajuda a regular a temperatura corporal e assegura o bom
funcionamento do organismo, garantindo assim a homeostasia.
o Observando a estrutura da pele, podemos distinguir claramente 3
camadas distintas: a Epiderme, a Derme e a Hipoderme.
o A epiderme é a camada mais superficial da pele e é constituida por
células epiteliais com disposição semelhante a uma “parede de
tijolos” e subdivide-se em seis sub-camadas. Além das células
epiteliais, encontram-se também na epiderme os melanócitos, que
produzem o pigmento que dá a cor à pele (melanina) e células de
defesa imunológica (células de Langerhans). Esta camada não possui
vasos sanguíneos nem nervos e tem espessuras variáveis ao longo do
corpo.
o A derme confere resistência estrutural, sendo constituída por tecido
conjuntivo com fibroblastos, algumas células adiposas
(armazenamento de gorduras) e macrófagos. O colagénio constitui o
principal tipo de fibra do seu tecido conjuntivo, mas encontram-se
também presentes fibras de elastina e fibras reticulares. Na derme,
em comparação com a hipoderme, as células adiposas e os vasos
sanguíneos são escassos. É nesta camada que se encontram as
terminações nervosas, folículos pilosos, músculos lisos, glândulas e
vasos linfáticos.

o E por fim a hipoderme é formada também por tecido conjuntivo e


fica situada na região mais profunda da pele, unindo de modo pouco
firme a derme aos órgãos subjacentes. Funcionalmente, além de
depósito nutritivo de reserva, a hipoderme participa como isolante
térmico e de defesa contra choques físicos.

Cancro
o O cancro ou neoplasia maligna, como já estudaram, é uma doença
genética, da qual as células do nosso organismo sofrem mutações no
material genético, ou seja, ocorre a alteração dos genes que
codificam as proteínas do sistema de controlo, estas multiplicam-se
desordenadamente e originam um tumor.
o Essas células cancerígenas podem chegar a invadir os tecidos
vizinhos ou espalhar-se por outras partes do corpo, uma vez que
numa neoplasia as células dividem-se descontroladamente
formando-se novos tumores longe do tumor primário- a este
processo característico designamos metastização.
o Por conseguinte, a principal causa do cancro da pele é a indução de
mutações genéticas pela ação da radiação UltraVioleta.
o Os cancros da pele não são todos iguais, dividem-se essencialmente
em 3 tipos: os carcinomas epidermoides, derivados das células da
epiderme, os melanomas, originados a partir dos melanócitos
(células produtores de melanina) e um conjunto heterogéneo de
outros tipos de tumores malignos que podem ocorrer na pele, onde
se incluem os linfomas cutâneos e alguns sarcomas.

o Normalmente, as células da pele desenvolvem-se de maneira


controlada e ordenada - novas células saudáveis empurram as
células mais velhas para a superfície da pele, onde morrem e,
eventualmente, caem. Mas quando algumas células se desenvolvem
com danos no DNA, as novas células podem começar a crescer fora
de controle e, eventualmente, formar uma massa de células
cancerígenas.

o Não está claro como exatamente os danos no DNA das células da


pele podem causar o melanoma. É provável que seja uma
combinação de fatores ambientais e genéticos. Mas ainda assim, os
médicos acreditam que a exposição à radiação ultravioleta do sol e
as câmaras de bronzeamento são a principal causa de melanoma.

o O melanoma é o tipo de cancro de pele mais perigoso, por


apresentar maior capacidade de metastização, espalhando-se com
facilidade pelas veias sanguíneas e linfáticas, presentes na derme, a
outras partes do corpo;

o Ao contrário das células normais, as células do melanoma não


respeitam as fronteiras dos órgãos, invadindo outros tecidos e
podendo afetar outras partes do organismo através da metastização;

o O melanoma é composto por melanócitos malignos e são tumores,


frequentemente, castanhos ou pretos porque as células continuam a
sua produção de melanina;

o Ele cresce nos tecidos de duas formas: crescimento radial (menos


invasivo e mais precoce) e crescimento vertical, ou seja, em
profundidade na derme e em proximidade dos vasos, com capacidade
de originar metásteses.

o A luz UV não causa todos os melanomas, especialmente aqueles que


ocorrem em certos sítios do corpo que não recebem a exposição à
luz solar. Isso indica que outros fatores podem contribuir para o
risco de melanoma.

Mas antes de aprofundarmos nas causas deste cancro, vamos resumir mais
uma vez como ocorre o aparecimento do cancro através de um curto video.

-video-

A pele do corpo humano reage quando a radiação incide sobre ela. Esta
reação consiste num aumento da espessura da pele e num incremento da
pigmentação da mesma, conhecido como bronzeamento, cuja finalidade é
proteger a pele da referida radiação. No entanto, também pode ocorrer
mudanças negativas, este tipo de radiação pode produzir mutações nas
células levando a um crescimento não controlado e ao aparecimento de
células tumorais.

A radiação eletromagnética do sol divide-se em 3 áreas espectrais:


ultravioleta (UV), visível e infravermelho. Consequentemente, os espetros
dos UV subdividem-se em UVA, UVB e UVC. O intervalo UVC é
completamente absorvido pela camada de ozono pelo que, não atinge a
superfície terrestre.

Desta forma, os mais prejudiciais são o UVA e UVB, sendo a região do


espetro mais imputável pelas queimaduras solares a radiação UVB.

Os raios UVA são os de maior incidência na superfície terrestre e, embora


não causem queimaduras, são capazes de penetrar nas camadas mais
profundas da pele causando o envelhecimento precoce, manchas e alergias,
aumentando o risco de cancro da pele. Esta radiação está presente durante
todo o ano, atingindo a pele da mesma forma, tanto no inverno como no
verão e é esta que está presente nas câmaras de bronzeamento artificiais.
Representam 95% da radiação emitida pelo Sol.

Já os raios UVB penetram mais superficialmente na pele e causam as


vermelhidões e queimaduras solares típicas das estações quentes do ano.
Esta radiação é parcialmente absorvida pela camada que nos protege de
todas as radiações, a camada de ozono, e representa 5% da radiação UV
que atinge a Terra. Contudo, os que conseguem ultrapassar essa camada
são muito prejudiciais para o nosso organismo.

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Os raios UV provocam o rompimento da dupla hélice do DNA, bloqueando


a replicação e a transcrição, causando mutações e consequentemente o
desenvolvimento de cancro. A proliferação das células que sofreram dano
no DNA é posta em prova pelos famosos sistemas de controlo, assim
podem ocorrer um destes 3 fenómenos, ou o dano é reparado e a célula
assume a sua função normal, ou a célula pode sofrer apoptose sendo
eliminada do tecido, ou como reparam no video a divisão celular prossegue
com o modelo de DNA alterado.

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Consideramos então os raios UV um agente mutagénico.

Dentro das mutações genéticas, alteração no material genético, podemos


classificá-las quanto à localização e quanto à perpetuação; quanto à
localização temos:

- Mutação génica- quando ocorre num gene que codifica a síntese de uma
proteína por exemplo, a anemia falciforme;

-Mutação Cromossómica- que ocorre nos cromossomas, por sua vez esta
divide-se em numérica, como é o caso da Trissomia 21, onde em vez de ter
2 pares de cromossomas contem 3 e estrutural, como é o caso da Sindrome
do Mio do gato, onde ocorre a mudança numa parte de um cromossoma.
Já quanto à perpetuação, temos dois tipos:

- Mutações Somáticas- ocorrem nas células não sexuais e não são


transmissíveis à descendência;

- Mutações germinais- Afetam os gâmetas ou as células precursoras dos


gâmetas, podendo ser transmitidas à geração seguinte.

Cancro da pele em Portugal

Nas últimas décadas, a incidência dos vários tipos de cancro de pele


aumentou de forma muito significativa tornando-se a neoplasia maligna
mais frequente na população europeia. Segundo a Associação Portuguesa
de Cancro de Pele, as estimativas indicam que há cerca de 12 mil novos
casos de cancro de pele por ano, em Portugal, sendo que este último ano
(2020) esse número sofreu um aumento de mil casos. Dos 12 mil caso mais
de 1000 são de melanomas, que ainda apresenta uma taxa de mortalidade
de 15%, especialmente quando é detetado tardiamente. No entanto, quando
o cancro é detetado numa fase inicial, a cura chega aos 99,5% dos casos.

ARTIGO CIENTíFICO

Vamos agora dar início à análise do nosso artigo científico feito por Luiz
Alberto Veronese; José Eduardo Corrente e Mariangela Esther Marques,
onde comparam os melanomas benignos dos malignos. De uma forma
simples podemos diferenciar o melanoma benigno do maligno
considerando que o primeiro não apresenta um caracter grave, não causa
danos fatais, já o segundo é nocivo e pode causar a morte.

No entanto, embora a descrição de ambos pareça bastante simples, os


patologistas cirurgiões têm uma grande dificuldade em conseguir
separá-los com segurança, uma vez que não existe um só critério exclusivo
e definitivo para a malignidade, ou seja, os critérios utilizados para
identificar um melanoma maligno também podem estar presentes nos
melanomas benignos.

Deste modo, este estudo propõe uma análise dos critérios considerados
mais importantes, comparando a presença dos mesmos em ambos os
melanomas.

Metodos/Procedimento

Assim, com o objetivo de avaliar a presença de alguns desses critérios em


melanomas malignos e benignos, comparando-as para verificar se algum
critério poderia ou deveria ser considerado mais relevante para o
diagnóstico de melanoma maligno com espessura inferior a 2 milímetros
foram estudados 33 melanomas benignos, bem como 101 casos de
melanomas extensivos/superficiais: 25 intra-epidérmicos e 76 invasivos de
pequena espessura ( inferior a 2 mm).

Os critérios selecionados foram assimetria, falta de delimitação, ninhos


dérmicos maiores que os epidérmicos, presença de áreas de regressão
extensas ou focais, confluência de ninhos juncionais, falta de maturação,
borda da lesão de padrão pushing, zonas de necrose, presença de infiltrado
linfocitário dérmico (leve ou intenso), melanina situada profundamente,
extremidades da lesão com células isoladas, proliferação linear de células
isoladas na camada basal, melanócitos na camada granular, disseminação
pagetóide (extensa ou focal); núcleos grandes e de forma irregular;
nucléolos grandes, irregulares ou múltiplos; e mitoses anormais e nas
camadas superficiais e/ou profundas.

Resultados
Após o estudo microscópico de cada caso anteriormente descrito, os dados
foram organizados numa tabela na qual foram inseridos os critérios
estudados, o número de casos em que eles estavam presentes e a
percentagem dos critérios observados em cada grupo. Também foi
realizada a análise estatística para comparar os resultados.

Análise de resultados

Nesta tabela podemos observar 3 grupos, o primeiro grupo é aquele que


mostra uma diferença estatisticamente significativa a 1%, são estes
critérios representados com dois asteriscos; o segundo grupo é o que
mostra diferença estatisticamente significativa a 5%, com 1 asterisco; já o
terceiro grupo é composto por critérios que não mostraram diferença de
freqüência estatisticamente significativa.

A importância de cada um deste critério varia conforme o melanoma que é


estudado. Vários desses critérios podem ser observados em lesões
benignas, inclusive até com freqüência alta.

Por outro lado, outros critérios muito importantes podem não estar
presentes em lesões malignas finas. Pelos resultados deste estudo, os
critérios considerados de maior importância para o diagnóstico de
melanomas malignos são os do primeiro grupo, pelo fato de se
apresentarem com maior freqüência nos mesmo e com baixa freqüência
nas lesões benignas, com diferença significativa em torno de 1% de
probabilidade.

Conclusão

Isso não significa que os outros critérios os não devam ser pesquisados,
mas apenas alerta para o facto de que eles poderão não estar presentes.

No entanto, devemos lembrar que todo o esforço deve ser feito quando se
examina uma lesão desse tipo. Primeiramente utilizando os métodos mais
simples e práticos, porém sem nunca abandonar a possibilidade do uso da
imuno-histoquímica, isto é, um método de localização de antígenos (p.ex.
proteínas) nos tecidos, da biologia molecular e de uma consulta com
especialista da área.

Os resultados aqui demonstrados poderão ser modificados com estudos


posteriores, nos quais o número de casos avaliados deverá ser maior e a
restrição à espessura do melanoma modificada.

Considerações finais

Concluída a análise do artigo científico e para finalizar iremos


informar-vos sobre algumas prevenções que todos devemos de ter. Tais
como:

Ter cuidado na exposição solar, evitando as horas de maior intensidade,


entre as 12 e 16 horas;

 Nas atividades ao ar livre, usar chapéu, óculos de sol, e vestuário


adequado para proteger braços e zona do decote;

Usar protetor com um índice de proteção solar igual ou superior a 30,


renovando a aplicação com frequência e sempre que exista exposição à
água ou transpiração;

Estar devidamente hidratado (por dentro e por fora): Beber muitos


líquidos e, em casa, depois de tomar banho, tratar muito bem da pele,
pois como dissemos no início do trabalho ela é fundamental para o bom
funcionamento do nosso organismo.
Não esquecer do cabelo: aplicar um protetor solar capilar também é
muito importante. Este produto protege o cabelo dos danos do sol, mar
e até mesmo do cloro e preserva a cor.

É desaconselhável a utilização de produtos “bronzeadores”, bem como a


utilização de solário.

Regra ABCDE: Para além dos cuidados a ter com o sol, é importante
vigiar seguindo a regra ABCDE para a vigilância de sinais:
A-Assimetria: presente? B-Bordos: irregulares? C-Cor: várias cores? D-
Dimensão: está a aumentar? E-Evolução: alteração da forma?

Então só as pessoas de pele clara precisam de cuidado? perguntam

vocês, a resposta é claramente não, emboras as pessoas com cabelos

loiros ou ruivos, pele clara e olhos claros tenham maior risco de

desenvolver cancro da pele e uma pele mais escura ter uma maior

proteção natural contra a radiação UV, ainda assim, essa proteção é

muito limitada. Damos-vos o exemplo do artista muito conhecido, Bob

Marley; esta estrela do mundo da música morreu de um melanoma que

não foi tratado suficientemente cedo e que metastizou. Este melanoma

originou-se debaixo de uma unha, onde a pele das pessoas é muito mais

clara, até mesmo em pessoas de pele negra.

Final da história a prevenção é a melhor arma para combater este


problema

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