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Esse raciocínio tem sido utilizado por vários teólogos e filósofos ao longo dos séculos, desde a Grécia
Antiga com Platão e Aristóteles (com a teoria do Primeiro Motor), passando pela Idade Média com São
Tomás de Aquino, até a atualidade com William Lane Craig,[2] Alexander Pruss,[3] Timothy O'Connor,[4]
Stephen Davis, Robert Koons e Richard Swinburne.
Argumento
Há duas formas básicas do argumento cosmológico: a horizontal, ou argumento cosmológico Kalam, e a
vertical. O argumento cosmológico horizontal baseia seu raciocínio numa causa do início do Universo. O
argumento cosmológico vertical baseia seu raciocínio no Universo existente agora. O primeiro diz que o
Universo existe conforme uma causa originadora enquanto o segundo diz que ele existe conforme uma
causa sustentadora. Formas diferentes do argumento cosmológico combinam ambas as dimensões.
Parte-se da premissa geral de que tudo o que veio a existir possui uma causa. Ora, o Universo veio a existir,
nem sempre existiu, logo ele possui uma causa. De fato, cada ente possui uma causa, que também possui
uma causa e assim por diante. Entretanto, não é possível recuar infinitamente numa série de causas, pois
assim o Universo nem poderia começar. Sendo impossível a regressão infinita, deve haver uma causa
primeira, que é necessariamente incausada.
Essa versão do argumento cosmológico pode ser expressa com um silogismo formal:
Tudo que começa a existir tem uma causa.
O Universo começou a existir.
Portanto, o Universo teve uma causa.
Existem críticas; a primeira é que as premissas não são necessariamente verdadeiras, não se pode dizer que
tudo precisa ter causa e que o Universo teve um começo. A segunda é que a própria causalidade não é um
conceito pacificado em filosofia, como explicou David Hume. Existem também modelos de causalidade
não lineares, como na teoria do caos, nos quais cada evento é causa e efeito de outro. Por fim, aventa-se a
possibilidade de uma regressão infinita, como na teoria M, segundo a qual o Universo não possui começo
nem fim.[5][6]
Ver também
Argumento ontológico
Causalidade
Contingência
Existência de Deus
Referências
1. Norman Geisler. Argumento Cosmológico. In: Enciclopédia Apologética. São Paulo: Vida,
2002;
2. O Novo Ateísmo e cinco argumentos para a existência de Deus (https://pt.scribd.com/doc/36
215706/O-Novo-Ateismo-e-Os-Argumentos-Para-a-Existencia-de-Deus-William-Lane-Crai
g);
3. Alexander Pruss. The Principle os Sufficiente Reason: A Reassessment. Cambridge:
Cambridge University Press, 2006;
4. Timothy O'Connor. Theism and Ultimate Explanation: The Necessary Shape of Contingency.
Oxford: Blackwell, 2008;
5. Argumentos para provar a exstência de Deus (http://www.filedu.com/anunesseraquedeusexi
ste.html). Acessado em 24 de outubro de 2011.
6. Reflexão de Bertrand ussel (http://teismo.net/?p=746). Acessado em 24 de outubro de 2011.
Ligações externas
(em português) Filedu (http://www.filedu.com/brussellporquenaosoucristao.html) - Porque
não sou Cristão, sobre o argumento da Causa primeira (Bertrand Russell). Acessado em 8
de fevereiro de 2012.
(em português) Teísmo (http://teismo.net/?p=746) - Considerações sobre o Porque não sou
Cristão de Russell – "A Causa primeira". Acessado em 8 de fevereiro de 2012.
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