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Tema: O Teísmo
Introdução: O teísmo é uma posição filosófica que sustenta a existência de um ou mais deuses.
Podemos dividir o teísmo: monoteísmo que é crença em um só Deus; politeísmo que é a
crença em vários deuses; e henoteísmo que é a crença em vários deuses, sendo que um é
supremo a todos. Este conceito limita-se a classificar apenas aquilo que está relacionado com a
existência de deuses. Ao longo da história, várias correntes teístas surgiram, cada uma com
suas próprias características e justificações. Neste ensaio, vamos explorar algumas das
principais questões filosóficas relacionadas ao teísmo, apresentando argumentos a favor dessa
visão, objeções a esses argumentos e possíveis resoluções.
Um dos argumentos mais conhecidos para o teísmo é o argumento cosmológico, que busca
explicar a origem e causa do universo. Ele parte de que tudo o que existe tem uma causa, e,
portanto, o universo também deve ter uma causa. Essa causa é será atribuída a um Deus
supremo.
2. Mas uma série infinita de causas desse tipo é impossível pois assim não haveria uma
primeira causa, e, portanto, não haveria uma segunda, terceira, etc…
Uma objeção comum a esse argumento é que ele pressupõe uma causa externa para explicar a
existência do universo, mas não oferece uma explicação para a própria causa. Se tudo tem uma
causa, então o que Deus causou? Se Deus é a causa primordial, o argumento não resolve o
problema, apenas transfere a questão para um nível superior. Isso levanta dúvidas sobre a
validade do argumento e a necessidade de um Deus como causa.
Resolução da Objeção:
Uma possível resolução para essa objeção é considerar a noção de Deus como um ser
necessário e eterno. Segundo essa perspetiva, Deus não precisa de uma causa externa, pois
sua existência é intrínseca e não está sujeita às limitações temporais do universo. Nesse
contexto, a causa primordial é entendida como um princípio metafísico subjacente, e não como
uma causa física que exigiria uma explicação adicional. Portanto, o argumento cosmológico
pode ser mantido como uma defesa para o teísmo, sustentando que Deus é a causa necessária
para a existência do universo.
Argumento 2: Argumento Teleológico
Há ordem no universo.
Mas a ordem não pode existir sem desígnio. (Isto é, sem um projetista).
Uma objeção frequente a esse argumento é o princípio da seleção natural, proposto por
Charles Darwin. A teoria da evolução fornece uma explicação alternativa para a complexidade
observada no mundo natural, baseada na adaptação e na sobrevivência dos seres vivos ao
longo do tempo. Nesse sentido, a complexidade do universo pode ser compreendida como
resultado de processos naturais, sem a necessidade de uma intervenção divina.
Resolução da Objeção:
Uma possível resolução para essa objeção é considerar que o argumento teleológico não está
em oposição à teoria da evolução, mas sim o complementa. O fato de a evolução descrever os
mecanismos pelos quais a complexidade se desenvolve, não exclui a possibilidade de haver
uma intencionalidade por trás desses processos. Nesse sentido, o argumento teleológico pode
ser visto como uma interpretação metafísica adicional, que busca explicar o propósito
subjacente à complexidade e ordem observadas. Assim, a objeção não refuta necessariamente
a existência de um Deus como projetista, mas ressalta a importância de considerar várias
perspetivas para uma compreensão abrangente.
Conclusão:
O teísmo continua a ser um tema complexo e controverso na filosofia. Neste ensaio, exploro
dois argumentos teístas: o cosmológico e o teleológico. Esses argumentos enfrentam objeções
mas exploro possíveis resoluções. É importante destacar que essas resoluções não buscam
provar definitivamente a existência de Deus, mas oferecer reflexões que possam sustentar a
visão teísta em um contexto filosófico. A discussão à volta do teísmo permanece em constante
evolução, através de debates e investigações mais aprofundadas à procura de uma melhor
compreensão das questões metafísicas relacionadas à existência de Deus.