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SEMINÁRIO E INSTITUTO BÍBLICO MARANATA

CURSO TEOLÓGICO MINISTÉRIAL


FELIPE LIMA MONTEIRO

QUESTIONÁRIO – CAP. 19: DEUS EXISTE? E CAP. 21: O PROBLEMA DO MAL.

Disciplina: Introdução à Filosofia

Professor: Valberth Veras

FORTALEZA

2023
CAP. 19

1. Quais são as formas do “argumento do efeito para a causa”?

O "argumento do efeito para a causa" inclui várias formas, como o Argumento Cosmológico, o
Argumento Teleológico e o Argumento Moral. O Argumento Cosmológico parte da observação
de que tudo tem uma causa e conclui que deve haver uma causa primeira ou não causada, que é
Deus. O Argumento Teleológico argumenta que a complexidade e ordem do universo requerem
uma mente inteligente como causa, ou seja, Deus. O Argumento Moral postula que a existência
de um padrão moral absoluto implica a existência de um legislador moral, que é Deus.

2. Quais são os erros das diferentes formas do Argumento do Efeito para a Causa?

Os erros nas diferentes formas do Argumento do Efeito para a Causa incluem a falácia de
pressupor automaticamente que a causa é Deus, sem considerar outras possibilidades. Além
disso, esses argumentos podem enfrentar desafios relacionados à regressão infinita de causas e à
falta de evidência empírica direta para a existência de Deus.

3. Por que a primeira forma do Argumento Ontológico não comprova a existência de Deus?

A primeira forma do Argumento Ontológico, proposta por Anselmo, não comprova a existência
de Deus porque depende de uma definição a priori de Deus como "o ser mais perfeito" e faz
alegações baseadas unicamente na análise conceitual, sem necessidade de fundamentação
empírica ou experiência.

4. Avalie as críticas à segunda forma do Argumento Ontológico.

Críticos da segunda forma do Argumento Ontológico, como Immanuel Kant, argumentam que a
existência não é uma propriedade necessária e que a simples ideia de algo ser "mais perfeito"
não implica sua existência. Além disso, a análise de Gaunilo sobre a ilha perfeita demonstrou a
fragilidade do raciocínio ontológico.

5. Critique os argumentos contra a existência de Deus que partem do Mal.

Os argumentos contra a existência de Deus baseados no Mal, como o Problema do Mal,


questionam como um Deus benevolente permitiria o sofrimento e o mal no mundo. Esses
argumentos levantam questões legítimas, mas não necessariamente refutam a existência de
Deus, pois teólogos têm proposto várias teodiceias para abordar esse problema.

6. Por que a “existência necessária” é possível?

A "existência necessária" é possível em algumas abordagens filosóficas, como aquelas que tratam
Deus como um ser necessário, cuja não existência é impossível. No entanto, essa ideia é
contestada por filósofos que negam a existência de seres necessários ou que argumentam que a
necessidade de Deus não é evidente.

7. Por que a liberdade humana não é prova contra a existência de Deus?

A liberdade humana não é uma prova contra a existência de Deus porque muitos teólogos
argumentam que Deus concedeu livre arbítrio aos seres humanos como parte de Seu plano
divino. A existência de Deus e a liberdade humana não são necessariamente mutuamente
exclusivas e podem coexistir, dependendo da interpretação teológica.
8. Descreva e critique o agnosticismo kantiano.

O agnosticismo kantiano, proposto por Immanuel Kant, afirma que a existência de Deus é uma
questão além da capacidade da razão humana de conhecer. Embora seja uma posição
respeitável, ela é criticada por não fornecer uma resposta definitiva à questão da existência de
Deus e por deixar a questão em aberto sem uma resolução clara.

9. Que razões o ceticismo apresenta em prol da sua posição? Critíque-as.

O ceticismo apresenta razões em prol de sua posição, como a limitação do conhecimento


humano e a falta de evidências definitivas para a existência de Deus. No entanto, essas razões
podem ser criticadas por não considerar as evidências em favor da existência de Deus e por
desconsiderar a experiência pessoal e a fé religiosa como formas legítimas de conhecimento.

10. Por que há razão suficiente para se crer em Deus?

A razão suficiente para se crer em Deus pode ser baseada em argumentos filosóficos,
experiências religiosas pessoais, evidências cosmológicas e teleológicas, bem como a busca por
significado e propósito na vida. No entanto, a força desses argumentos varia de acordo com as
crenças e perspectivas individuais, tornando a fé em Deus uma questão subjetiva e complexa.
CAP. 21

1. Por que o cristão deve rejeitar o Iluminismo?

Porque devido a algumas das implicações filosóficas e valores associados a esse movimento
intelectual do século XVIII, onde se enfatizou a primazia da razão e do pensamento crítico,
frequentemente desafiando crenças religiosas tradicionais. Além disso, o movimento promoveu
a secularização da sociedade e uma ênfase na autonomia individual em oposição à autoridade
religiosa. Essas tendências podem ser vistas como ameaçadoras à fé e à moral religiosa, levando-
os a rejeitar o Iluminismo como uma influência potencialmente corrosiva sobre os valores e as
crenças religiosas. No entanto, é importante observar que nem todos os cristãos rejeitam o
Iluminismo, e muitos encontram maneiras de harmonizar a razão e a fé, incorporando princípios
iluministas em sua compreensão da religião e da ética.

2. Descreva três formas de argumentos ateus e critique-os.

Três formas de argumentos ateus comuns incluem o Argumento do Mal, o Argumento da


Incoerência Divina e o Argumento da Falta de Evidência. O Argumento do Mal questiona como
um Deus benevolente permitiria o sofrimento no mundo, mas pode ser criticado por não
considerar explicações teodiceicas. O Argumento da Incoerência Divina argumenta que as
características atribuídas a Deus são contraditórias, mas muitos teólogos afirmam que essas
características podem ser reconciliadas de maneira satisfatória. O Argumento da Falta de
Evidência alega que não há evidência suficiente para a existência de Deus, mas essa alegação é
discutível, pois a evidência pode ser interpretada de várias maneiras, e a falta de evidência direta
não implica necessariamente a inexistência de Deus.

3. Exponha e critique os argumentos em prol do dualismo.

Os argumentos a favor do dualismo, que defendem a existência de duas substâncias distintas,


mente e corpo, enfrentam desafios filosóficos significativos. O problema principal é explicar
como a mente e o corpo interagem, uma questão conhecida como o problema da interação
mente-corpo. Além disso, não há consenso sobre a natureza da mente, e algumas visões
dualistas parecem implicar uma separação completa entre mente e corpo, o que pode ser
problemático para explicar a experiência humana.

4. Quais são os problemas do finitismo e do necessitarianismo?

O finitismo, que afirma que o universo teve um começo finito no tempo, enfrenta o desafio de
explicar o que causou esse começo, levando a perguntas sobre a causa primeira. O
necessitarianismo, que postula que tudo o que acontece é necessário e não pode ser de outra
forma, parece entrar em conflito com a experiência humana do livre arbítrio e da contingência, o
que gera desafios filosóficos e morais.

5. Contra-argumente o impossibilismo.

O impossibilismo, que argumenta que é impossível provar ou refutar a existência de Deus, pode
ser contra-argumentado afirmando que, embora possa ser impossível alcançar uma prova
conclusiva, argumentos e evidências podem apoiar a crença na existência de Deus, tornando essa
posição cética excessivamente cética em relação à capacidade da razão humana de discernir
verdades religiosas.
6. Segundo os autores, qual é a resposta teísta ao problema do mal? Critique-a.

A defesa cristã para o problema do mal, conhecida como teodiceia, busca reconciliar a existência
de um Deus onipotente, onisciente e benevolente com a presença do sofrimento e do mal no
mundo. Argumenta-se que o livre arbítrio concedido por Deus aos seres humanos é uma parte
fundamental da resposta a esse dilema, permitindo que as escolhas humanas, incluindo as más
escolhas, tragam sofrimento ao mundo. Além disso, a teodiceia cristã frequentemente aponta
para a ideia de que Deus permite o mal temporariamente para realizar um bem maior, como o
crescimento espiritual, a redenção e a formação do caráter humano. Essa perspectiva sustenta
que Deus não é a causa do mal, mas que Ele usa o mal como uma oportunidade para trazer à
tona um bem maior e que o sofrimento no mundo não é incompatível com Sua natureza
benevolente, mas parte de Seu plano divino para a humanidade.

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