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FORTALEZA
2023
CAP. 19
O "argumento do efeito para a causa" inclui várias formas, como o Argumento Cosmológico, o
Argumento Teleológico e o Argumento Moral. O Argumento Cosmológico parte da observação
de que tudo tem uma causa e conclui que deve haver uma causa primeira ou não causada, que é
Deus. O Argumento Teleológico argumenta que a complexidade e ordem do universo requerem
uma mente inteligente como causa, ou seja, Deus. O Argumento Moral postula que a existência
de um padrão moral absoluto implica a existência de um legislador moral, que é Deus.
2. Quais são os erros das diferentes formas do Argumento do Efeito para a Causa?
Os erros nas diferentes formas do Argumento do Efeito para a Causa incluem a falácia de
pressupor automaticamente que a causa é Deus, sem considerar outras possibilidades. Além
disso, esses argumentos podem enfrentar desafios relacionados à regressão infinita de causas e à
falta de evidência empírica direta para a existência de Deus.
3. Por que a primeira forma do Argumento Ontológico não comprova a existência de Deus?
A primeira forma do Argumento Ontológico, proposta por Anselmo, não comprova a existência
de Deus porque depende de uma definição a priori de Deus como "o ser mais perfeito" e faz
alegações baseadas unicamente na análise conceitual, sem necessidade de fundamentação
empírica ou experiência.
Críticos da segunda forma do Argumento Ontológico, como Immanuel Kant, argumentam que a
existência não é uma propriedade necessária e que a simples ideia de algo ser "mais perfeito"
não implica sua existência. Além disso, a análise de Gaunilo sobre a ilha perfeita demonstrou a
fragilidade do raciocínio ontológico.
A "existência necessária" é possível em algumas abordagens filosóficas, como aquelas que tratam
Deus como um ser necessário, cuja não existência é impossível. No entanto, essa ideia é
contestada por filósofos que negam a existência de seres necessários ou que argumentam que a
necessidade de Deus não é evidente.
A liberdade humana não é uma prova contra a existência de Deus porque muitos teólogos
argumentam que Deus concedeu livre arbítrio aos seres humanos como parte de Seu plano
divino. A existência de Deus e a liberdade humana não são necessariamente mutuamente
exclusivas e podem coexistir, dependendo da interpretação teológica.
8. Descreva e critique o agnosticismo kantiano.
O agnosticismo kantiano, proposto por Immanuel Kant, afirma que a existência de Deus é uma
questão além da capacidade da razão humana de conhecer. Embora seja uma posição
respeitável, ela é criticada por não fornecer uma resposta definitiva à questão da existência de
Deus e por deixar a questão em aberto sem uma resolução clara.
A razão suficiente para se crer em Deus pode ser baseada em argumentos filosóficos,
experiências religiosas pessoais, evidências cosmológicas e teleológicas, bem como a busca por
significado e propósito na vida. No entanto, a força desses argumentos varia de acordo com as
crenças e perspectivas individuais, tornando a fé em Deus uma questão subjetiva e complexa.
CAP. 21
Porque devido a algumas das implicações filosóficas e valores associados a esse movimento
intelectual do século XVIII, onde se enfatizou a primazia da razão e do pensamento crítico,
frequentemente desafiando crenças religiosas tradicionais. Além disso, o movimento promoveu
a secularização da sociedade e uma ênfase na autonomia individual em oposição à autoridade
religiosa. Essas tendências podem ser vistas como ameaçadoras à fé e à moral religiosa, levando-
os a rejeitar o Iluminismo como uma influência potencialmente corrosiva sobre os valores e as
crenças religiosas. No entanto, é importante observar que nem todos os cristãos rejeitam o
Iluminismo, e muitos encontram maneiras de harmonizar a razão e a fé, incorporando princípios
iluministas em sua compreensão da religião e da ética.
O finitismo, que afirma que o universo teve um começo finito no tempo, enfrenta o desafio de
explicar o que causou esse começo, levando a perguntas sobre a causa primeira. O
necessitarianismo, que postula que tudo o que acontece é necessário e não pode ser de outra
forma, parece entrar em conflito com a experiência humana do livre arbítrio e da contingência, o
que gera desafios filosóficos e morais.
5. Contra-argumente o impossibilismo.
O impossibilismo, que argumenta que é impossível provar ou refutar a existência de Deus, pode
ser contra-argumentado afirmando que, embora possa ser impossível alcançar uma prova
conclusiva, argumentos e evidências podem apoiar a crença na existência de Deus, tornando essa
posição cética excessivamente cética em relação à capacidade da razão humana de discernir
verdades religiosas.
6. Segundo os autores, qual é a resposta teísta ao problema do mal? Critique-a.
A defesa cristã para o problema do mal, conhecida como teodiceia, busca reconciliar a existência
de um Deus onipotente, onisciente e benevolente com a presença do sofrimento e do mal no
mundo. Argumenta-se que o livre arbítrio concedido por Deus aos seres humanos é uma parte
fundamental da resposta a esse dilema, permitindo que as escolhas humanas, incluindo as más
escolhas, tragam sofrimento ao mundo. Além disso, a teodiceia cristã frequentemente aponta
para a ideia de que Deus permite o mal temporariamente para realizar um bem maior, como o
crescimento espiritual, a redenção e a formação do caráter humano. Essa perspectiva sustenta
que Deus não é a causa do mal, mas que Ele usa o mal como uma oportunidade para trazer à
tona um bem maior e que o sofrimento no mundo não é incompatível com Sua natureza
benevolente, mas parte de Seu plano divino para a humanidade.