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11ºB
Filipe Silva
A fé não mata, o que mata é o fideísmo.
O que mata não é a crença, é a revolta como
resultado da falta dela.
O amor não mata, o que mata é a indiferença
KET ANTONIO
O fideísmo é polémico; os próprios cristãos rejeitam-no.
Justifique esta afirmação.
De acordo com o fideísmo (do latim fides, fé), o conceito de religião e de
razão são totalmente incompatíveis. Assim sendo, esta doutrina religiosa
defende que todos os princípios primitivos do ser humano não podem ser
suportados através da razão, portanto, o conhecimento deriva única e
exclusivamente do poder da fé. O fideísmo é controverso, acreditar em algo
sem qualquer fundamento não é apenas errado como também perigoso,
aliás, a própria igreja católica rejeita-o.
O fideísmo é um irracionalismo, consequentemente, este é guiado apenas
a partir do sentimento. O problema é que isto levanta diversas questões a
nível filosófico, nomeadamente: “Se mesmo que a razão consiga provar a
existência de Deus, devemos continuar a ignorá-la?”, “Se a razão provar o
contrário, então é correto contrariá-la apenas por não suportar a nossa
crença?”, “O sentimento é o nosso único guia, isso significa que uma
religião que defenda que o homicídio é correto é válida?”. Estas são
perguntas que, num ponto de vista fideísta, não possuem uma resposta
concreta.
Por outro lado, o fideísmo, mesmo sendo menosprezado pela maioria dos
cristãos, põe em causa uma questão extremamente pertinente: “Até que
ponto a religião convive com a razão?”. É claro que o fideísmo é apenas
uma possível resposta, existindo outras como o ateísmo ou o agnosticismo,
no entanto, esta em particular, possui falhas graves na sua conceção.
Filipe Silva