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O PRAGMATISMO

No fim do século XIX e início do século XX, um


grupo de filósofos americanos inaugurou uma nova
corrente filosófica, O PRAGMATISMO.

Entre os nomes mais representativos dessa corrente


estão William James, John Dewey e Charles Sanders
Peirce, cuja preocupação com a linguagem e com
as questões lógicas dela decorrentes inspiraram a
nova corrente filosófica.

A mais marcante reorientação da filosofia no século


XX, definindo todo um novo campo de investigação
filosófica: a filosofia analítica.
O PRAGMATISMO
 na filosofia moderna, a busca da verdade exigia a
identificação de um fundamento imutável, a partir do
qual fosse possível afirmar que algo é falso ou
verdadeiro;
 Descartes, por exemplo, julgou encontrar tal
fundamento na evidência da existência de si mesmo;
Rousseau argumentava em favor da “natureza
humana”
 Para os pragmatistas,a verdade em si mesma é
inatingível pelo intelecto humano, pois não há como
nos situarmos “fora da realidade” para avaliá-la
objetivamente
 Os pragmatistas negam a relatividade; pois o
único critério possível são as consequências
práticas que determinada ideia ou ação
pode vir a produzir.
 concordam que a verdade não é imutável,
isto é, a concepção daquilo que
consideramos verdade hoje pode mudar em
função de fatores práticos que alterem
nosso ponto de vista.
 William James é mais radical, acreditando que a
verdade pode mudar de uma época a outra ou de uma
pessoa a outra;
 Para Peirce, o conhecimento teórico deve ser
testado na prática, como forma de demonstrar sua
validade, o que não significa que a ideia de
verdade deva se conformar a cada situação ou
problema em particular;
 John Dewey, nesse sentido, aproxima-se mais de
Peirce. Segundo o filósofo, afirmar que algo é
verdadeiro significa afirmar que algo é confiável
em cada situação concebível (Dewey, 1980).
 John Dewey foi o filósofo pragmatista que mais se
debruçou sobre a questão da educação. Ele
desenvolveu uma versão particular de pragmatismo
que ele mesmo chamava de instrumentalismo.
 Enfatizou que pensamento humano não consiste em
uma esfera isolada e independente das relações que o
sujeito estabelece com o mundo. Ao contrário: o
pensamento é um instrumento por meio do qual nos
relacionamos com as coisas e com as pessoas ao nosso
redor.
 Segundo Dewey, nossa relação com o meio pode ser
congruente ou incongruente. No primeiro caso,
tudo está bem, pois estamos satisfeitos e não há
necessidade de mudança. No segundo, uma
mudança no meio exige de nós uma ação, para
trazermos congruência à nossa relação com o meio.
 Assim, o pensamento é orientado para a resolução de problemas, e a
principal função da educação é preparar a pessoa humana para usar o
pensamento adequadamente (Cunha, 1994).
 Para Dewey, o grande problema do sistema educacional de sua época é que
os alunos saem da escola sem o adequado preparo para a vida. Ao insistir
na repetição e na memorização de fórmulas prontas, a escola leva os
alunos a respostas automatizadas que pouco ou nada têm a ver com o dia a
A escola, ao dar soluções prontas
dia pessoal ou do trabalho.
por meio de fórmulas a serem decoradas,
 Segundo Dewey (1980), a vida constantemente nos desafia com problemas,
mas não necessariamente compreendidas,
que devem ser resolvidos com artificial
cria um mundo base nosondemesmos
tudo é padrões de pensamento
que conduzem a investigação
dado pronto de científica.
antemão. O cientista identifica um problema
e levanta hipóteses para resolvê-lo.
 A escola, ao dar soluções prontas por meio de fórmulas a serem decoradas,
mas não necessariamente compreendidas, cria um mundo artificial onde
tudo é dado pronto de antemão.
 Para superar esse modelo, Dewey propõe a transformação da sala
de aula em uma comunidade de investigação científica; Em outras
palavras, sua proposta é a de apresentar problemas para que os
alunos, por si mesmos, busquem soluções. Desse modo, a
aprendizagem tem em vista as consequências práticas dos
conteúdos trabalhados e está em sintonia com a vida dos
educandos.
 O pragmatismo teve uma influência marcante na história da
educação brasileira, principalmente na década de 1930. Nesse
período, vários intelectuais brasileiros, como Fernando de
Azevedo, Anísio Teixeira, Lourenço Filho, entre outros, buscaram
inspiração nas ideias de Dewey.

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