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Resumo
Introdução
Conclusão
Esta pesquisa bibliográfica permitiu-nos averiguar o motivo pelo qual foi criada a teoria de John Dewey e em que contexto
educacional o mesmo se encontrava.
Ele se opôs ao sistema tradicional de ensino da época que era regida pela burguesia. Pois o mesmo não concordava com os
métodos educacionais que eram neste período utilizados. Que se limitava a transmissão de informações conceituais e de
técnicas de memorização.
Portanto, Dewey desenvolveu sua teoria baseada em um pensamento liberal, onde o mesmo trouxe inúmeras
contribuições para o sistema educacional atual, é o caso da Concepção do Novum Curriculum em Moçambique. A teoria da
Escola Nova trouxe através da problematização novas técnicas para que ocorresse na educação uma aprendizagem
significativa, ou seja, de forma integral. Onde o aluno desenvolveria tanto a parte conceitual como a técnica, através de
experiências vivenciadas em seu quotidiano.
A partir deste pressuposto, Dewey desenvolve uma teoria educacional que influi indirectamente no Sistema Nacional
da Educação em Moçambique, na medida em que em Moçambique, antes da Independência, tínhamos um ensino que não
estava concebido em função do aluno, mas sim em função do professor. Alcançada a Independência, o país pauta por uma
Educação que visa formar o homem novo. Isto não teve bons resultados e em 1983, concebe-se o Sistema Nacional da
Educação em vista a formar o futuro homem moçambicano. Por isso, com esta mudança de currículo, podemos encontrar
patente, uma influência indirecta do pensamento da Escola Nova de Dewey que isto se repercutiu na concepção do currículo
de 1992 e a sua posterior mudança para o novo currículo de 2002 em função de se aliar a teoria e a prática.
É claro, nestes documentos da renovação e concepção do novo currículo, a referência a Dewey é implícita, posto que
nestes documentos, não está clara e evidente, a ideia de que foi à luz do pensamento deweyano que se concebeu o actual
currículo, contudo, a maneira como é abordado o currículo, os objectivos educacionais preconizados, a tendência de pautar
por um ensino voltado ao aluno como mentor fundamental da educação, podemos inferir que há uma identidade àquilo que
Dewey propôs na América da sua época, e quiçá, os que conceberam este currículo, terão lido sobremaneira a pedagogia de
Dewey e nela se inspiraram.
Num meio como o nosso, já não se deverá falar duma Educação autoritária onde o
professor é o único detentor de conhecimentos. A Educação actual deveria democratizar
o saber onde tanto o aluno como o professor são tomados e considerados como sujeitos
do saber, e estes são, ao mesmo tempo, aprendizes e educadores. Ao modo como
referenciou Dewey, a escola deve ser um lugar onde o homem se torna verdadeiro
homem, se inova, faz a sua criatividade. O homem deve ser como o filósofo, um homem
que está sempre insatisfeito e sempre procura indagar a verdade.
No nosso meio, a organização da escola segundo um intuito democrático
preconizado pela Escola Nova; a elaboração do curriculum; a inserção das ciências no
cenário educativo; a formação qualificada dos professores; o uso de critérios técnicos e
profissionais na administração escolar; a educação integral e integrada do homem com
fins práticos ligados ao teórico; a expansão das oportunidades educativas através da
extensão das escolas com ensino básico; o aumento de escolas primárias completas em
função de se combater o analfabetismo e a pobreza; a melhoria da qualidade de ensino
centrado na formação dos professores; a descentralização da administração escolar; a
adequação do sistema educacional às novas condições socioeconómicas face à
globalização é expressão de ideias que Dewey concebeu ao formar a Escola Nova ou
Progressista.
Bibliografia