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Universidade Rovuma

Extensão de Cabo Delgado


Nome: Eliana Mário Júlio Makote
Cadeira: Filosofia de Educação, Ano: 3º Semestre: 1º
Os Pensadores Educacionais no século XX
Ordem WHITEHEAD, AlfredNorth. Fins da educação e outros ensaios. São Pagina
Paulo,1929.
1.Alfred A educação não é apenas informação. Alfred North Whitehead , já 182-
North disse com propriedade que “um homem meramente bem informado é 183
Whitehead o maçante mais inútil na face da terra.” Se educação é actualização
histórico-cultural, supõe-se que os componentes de formação que ela
propicia ao ser humano são algo muito mais rico e mais complexo do
que simples transmissão de informações.
A educação, como parte da vida, é principalmente aprender a viver
com a maior plenitude que a história possibilita. Por ela se toma
contacto com o belo, com o justo e com o verdadeiro, aprende-se a
compreendê-los, a admirá-los, a valorizá-los e a concorrer para sua
construção histórica, ou seja, é pela educação que se prepara para o
usufruto (e novas produções) dos bens espirituais e materiais.

2. John MONTESSORI. M. Pedagogias do século XX. Porto Alegre: Pagina


Dewey Artmed, 2003.
Para Dewey, educação era acção (learning by doing) . Desse modo, o 21
aspecto instrucional da educação ficava relegado a um segundo
plano. Dewey imaginava o processo educacional como algo
contínuo, no qual, permanentemente, reconstruía-se a experiência
concreta, activa e produtiva de cada ser humano. Para ele, a escola
não deveria preparar para a vida, pois a escola deveria ser a própria
vida. A educação tinha como finalidade propiciar à criança condições
para que resolvesse ela mesma os seus problemas, e não as
tradicionais ideias de formar a criança, de acordo com modelos
prévios, ou mesmo orientá-la para um porvir.
DEWEY, Jonh. Democracia e educação. São Paulo: Nacional, 1952. Pagina
Dewey afirmava que a criança era diferente do adulto não por 291-2
“pensar mal” ou “errado”, mas por pensar diferente. Porém, para ele
não são os conceitos em si que devem ser postos como importante
para ela ou para o homem, em um mundo contingente, em mundo em
constante mudança com um futuro pouco previsível. O que seria
necessário para a criança e para o adulto seria o aprendizado de como
lidar com a mudança constante. Assim, para Dewey o aprendizado da
resolução de problemas valia mais do que propriamente os problemas
em si e cada uma das soluções.
3. Ivan GRAMSCI, António. Os intelectuais e a organização da cultura. 2.ed. Pagina
llich Rio de Janeiro,
O sistema escolar para Ivan llich desempenha uma tríplice função 43-4
que, em consonância com o posicionamento da igreja ao longo da
história, fora implementado em seu tempo vigente: é, ao mesmo
tempo, o repositório do mito da sociedade, a institucionalização das
contradições desse mito, e o lugar do rito que reproduz e envolve as
disparidades entre mito e realidade. Isto dito, o autor conclui que
uma verdadeira reforma educacional deve ocorrer, sendo propícia
somente quando compreendido que nem a aprendizagem individual
nem a igualdade social podem ser incrementadas pelo rito escolar.
Ivan Illich propõe abordagens que possibilitam aos estudantes
acessar recursos para traçar suas próprias metas: Reforçar uma
sociedade inventiva e criadora, que se relacione com a natureza
(essência) das coisas e não por suas aparências (industrializadas),
disponibilizando artefactos e processos de reconhecido valor
educativo para que o jovem possa assumir sua responsabilidade na
vida da comunidade; Incentivar que os conhecimentos sobre a
aprendizagem humana (e sobre os recursos educacionais) englobem
também os saberes baseados na experiência em qualquer tipo de
pesquisa que, por prazer, reafirma o produtivo lazer (em grego
schole) na relação horizontalizada entre professores e alunos.
4. Paulo FREIRE, Paulo. Educação e mudança. 30ª ed.; Rio de Janeiro: Paz e Pagina
Freira Terra, 2007
Paulo Freire expressa que a escola deve ser um lugar de trabalho, de 22
ensino, de aprendizagem. Um lugar em que a convivência permita
estar continuamente se superando, porque a escola é o espaço
privilegiado para pensar. Ele que sempre acreditou na capacidade
criadora dos homens e mulheres, e pensando assim é que apresenta a
escola como instância da sociedade.
Paulo Freire diz que “não é a educação que forma a sociedade de
uma determinada maneira, senão que esta, tendo-se formado a si
mesma de uma certa forma, estabelece a educação que está de acordo
com os valores que guiam essa sociedade.
Segundo ele, é preciso que seja conferido ao homem o direito de
dizer sua palavra, o que significa sua iniciação quanto a
compreender-se e aos demais, homens no mundo, e seu papel no
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processo de transformação. Compreender que o homem é um ser
histórico e, portanto capaz de construir sua história participando
activamente com os outros no mundo, lembrando sempre que Paulo
Freire se reporta ao mundo imediato dos sujeitos, isto é, o local onde
vivem, criam, produzem, sonham.
Método de Paulo Freire Quando se fala de Método Paulo Freire, não
se fala de uma mera técnica de alfabetização, e sim, de um método
coerente com o posicionamento teórico-filosófico do autor. O que
deve ser levado em conta, primeiramente, é que para a alfabetização
é necessária a conscientização. O diálogo é então a base do método
de Freire. O diálogo é uma relação de comunicação, de
intercomunicação, que gera a crítica e a problematização, já que
ambos os parceiros podem perguntar: “por quê?”

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