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GESTRUT3D

Versão Educacional

Manual para uso


do programa
computacional
GESTRUT3D
Este texto fornece informações básicas para
utilização do programa computacional
GESTRUT3D: análise de estruturas reticuladas
tridimensionais

Desenvolvido por Francisco A. Romero Gesualdo


Versão 22.10.01
Sumário

1 Introdução .......................................................................................................................5
2 Informações básicas sobre o programa computacional ..................................................7
2.1 Generalidades ......................................................................................................... 7
2.2 Aspectos Gerais .................................................................................................... 12
2.3 Componentes básicos de uma estrutura ................................................................ 15
2.4 Sistemas de coordenadas ...................................................................................... 16
2.5 Unidades de medidas ............................................................................................ 18
2.6 Introduzindo e Editando nós ................................................................................. 18
2.7 Recursos de edição ............................................................................................... 21
2.8 Introduzindo e Editando Barras ............................................................................ 22
2.8.1 Como introduzir barras .................................................................................. 22
2.8.2 Escolha das seções transversais ..................................................................... 23
2.8.3 Modificando informações de barras .............................................................. 25
2.8.4 Excluindo barras ............................................................................................ 28
2.8.5 Continuidade de extremidades das barras ..................................................... 29
2.8.6 Rotação de eixos de barras ............................................................................ 29
2.8.7 Comprimentos de barras ................................................................................ 31
2.9 Introdução de Apoios ........................................................................................... 31
2.10 Configurar Visualização ..................................................................................... 33
2.10.1 Geral ............................................................................................................ 33
2.10.2 Cores ............................................................................................................ 36
2.10.3 Recuperar cor do fundo após optar por fundo preto em esforços ................ 37
2.11 Visualização da estrutura na tela principal ......................................................... 37
2.12 A opção “Operações” do menu principal ........................................................... 38
2.13 Conhecendo a distância entre dois nós ............................................................... 39
3 A opção ‘Informes’ do menu principal ........................................................................40
4 Banco de dados de seções transversais .........................................................................41
5 Formas rápidas de introdução de dados........................................................................45
5.1 Generalidades ....................................................................................................... 45
5.2 Grupo de valores inteiros...................................................................................... 45
5.3 Grupos de valores reais......................................................................................... 45
6 Introdução de carregamentos sobre a estrutura ............................................................46
6.1 Generalidades ....................................................................................................... 46
6.2 Combinação de carregamentos ............................................................................. 46
6.3 Ações de diferentes tipos ...................................................................................... 47
6.3.1 Generalidades ................................................................................................ 47
6.3.2 Forças sobre nós ............................................................................................ 48
6.3.3 Forças sobre barras ........................................................................................ 48
6.4 Formas especiais de introdução de forças distribuídas ......................................... 51
6.5 Visualizar ou modificar carregamentos numericamente ...................................... 52
7 Estruturas com entrada de dados facilitados ................................................................55
7.1 Generalidades ....................................................................................................... 55
7.2 Arcos, vigas, grelhas, sistemas treliçados e pórticos planos de múltiplos pavimentos
.................................................................................................................................... 55
7.3 Cúpulas ................................................................................................................. 58
7.4 Estruturas lamelares .............................................................................................. 58
7.5 Torres .................................................................................................................... 60
7.6 Gerador de camadas (edifícios de múltiplos pavimentos) .................................... 62
8 Cálculo da estrutura – resultados ..................................................................................64
8.1 Generalidades ....................................................................................................... 64
8.2 Reações de apoios ................................................................................................. 67
8.3 Deslocamentos ...................................................................................................... 67
8.4 Esforços ................................................................................................................ 67
8.5 Diagramas de esforços .......................................................................................... 68
8.5.1 Generalidades ................................................................................................ 68
8.5.2 Diagrama de esforços da estrutura completa ou de barra individual ............. 68
8.6 Dimensionamento ................................................................................................. 77
9 Recomendações ............................................................................................................78
10 Exemplos numéricos ..................................................................................................79
10.1 Exemplo 1 ........................................................................................................... 79
10.1.1 Comentários iniciais .................................................................................... 79
10.1.2 Informações da estrutura e introdução de dados ......................................... 79
10.1.3 Obtenção dos resultados .............................................................................. 82
10.2 Exemplo 2 ........................................................................................................... 88
10.2.1 Dados da estrutura ....................................................................................... 88
10.2.2 Introdução de dados ..................................................................................... 89
10.2.3 Carregamentos ............................................................................................. 91
10.2.4 Articulação das extremidades de barras ...................................................... 94
10.2.5 Resultados.................................................................................................... 96
11 Considerações finais ...................................................................................................97
APRESENTAÇÃO

Este manual apresenta aspectos gerais relativos ao uso do programa computacional deno-
minado Gestrut3D. Está sendo elaborado gradativamente e, portanto, ainda tem suas li-
mitações. Novas versões complementares deverão surgir com o passar do tempo. Mesmo
assim, já apresenta muitas funções que facilitam o seu uso. Espera-se que o usuário con-
siga descobrir muitas funções não mencionadas neste manual a partir da sua própria cu-
riosidade. Para identificar a versão observe o número mostrado na parte inferior da pri-
meira página deste manual. Este número deverá coincidir com o número da versão mos-
trada no topo da tela inicial do programa computacional – ou em “Ajuda>Sobre o Gestrut ...”
O Gestrut3D é resultado de um trabalho iniciado em 1981, quando ainda os recursos
computacionais eram muito restritos. Começou como um programa para cálculo de treli-
ças planas. Expandiu para pórticos planos e posteriormente para pórticos tridimensionais.
Exatamente em 1º. de maio de 1994 foi calculado o primeiro pórtico tridimensional com
o Gestrut3D para analisar um caso real de uma estrutura de um interessante empreendi-
mento. Dia marcante para o programa, mas triste pela perda do Airton Senna do Brasil.
O programa, que ao longo dos anos passou por diversas plataformas e linguagens com-
putacionais, foi montado inicialmente em sistema específico de uma marca de computa-
dor de mesa, depois em DOS e, posteriormente, adaptado para o Windows. É fruto do
interesse e prazer do autor pelo cálculo automatizado de estruturas.
À medida que o tempo passa, novas funções são incorporadas ao programa tendo em vista
as necessidades sugeridas com o seu uso. Considerando que não existe uma equipe vol-
tada para a elaboração do programa, apenas o autor, então, torna-se difícil testar o pro-
grama para diferentes situações quando modificações ou novas implementações são in-
corporadas. Desta forma, possíveis pequenas instabilidades podem ocorrer. Acontecendo,
por favor, entre em contato para que as falhas possam ser corrigidas. Por isto, a contri-
buição dos usuários é importante para tornar o programa mais robusto e completo.
Espera-se que este programa computacional na versão educacional seja útil para estudan-
tes e a todos que se interessam pelo aprendizado do cálculo de estruturas computacional-
mente.
Sugere-se a leitura dos exemplos numéricos da Seção 10, onde são usadas algumas fun-
ções complementares, bem como são mostradas dicas sobre o funcionamento do pro-
grama.
Toda sugestão será bem-vinda, tanto para melhorar este manual, como para aprimorar o
programa computacional.
Bom trabalho a todos.

Francisco A. Romero Gesualdo


1 INTRODUÇÃO
Este programa computacional permite a análise de esforços e deslocamentos em estrutu-
ras planas ou tridimensionais. Inclui o traçado de diagramas de esforços e visualização
gráfica de deslocamentos, mapeamento de esforços e dimensionamento de dois casos de
estruturas. É também possível ver a estrutura renderizada representada volumetricamente,
em escala. Na Figura 1.1 é mostrada a tela inicial do programa.

Figura 1.1 – Tela principal do Gestrut3D

Fonte: Autor
O cálculo de esforços e deslocamentos independe do material que compõe as barras da
estrutura, seja, concreto, aço, madeira, alumínio etc. Ao sistema computacional interessa
apenas os valores numéricos relativos às propriedades das barras.
Apesar disto, especialmente para estruturas formadas por peças de madeira e estruturas
tubulares metálicas, há módulos de dimensionamento especiais, disponíveis após o cál-
culo dos esforços e deslocamentos da estrutura. Assim, é possível avaliar o dimensiona-
mento de barras de estruturas tubulares metálicas, segundo a norma canadense
CAN/CSA-S16.1-94 “Limit States Design of Steel Structures”, e barras de estruturas de
madeira de acordo com a ABNT NBR 7190:1997, bem como, pela nova versão, em fase
final de publicação.
Juntamente com a instalação do programa são disponibilizados quatro arquivos como
exemplos para familiarização do usuário. Estão disponíveis no diretório Gestrut do seu
arquivo de documentos do Windows.
Esta é uma versão educacional. Sempre avalie os resultados com atenção, pois eventuais
falhas podem não ter sido detectadas. Em caso de dúvidas ou constatação de problemas,
por favor, envie mensagem para Gestrut3D@gmail.com para que o sistema possa ser
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aprimorado. O desenvolvedor do programa computacional não se responsabiliza por


eventuais falhas ou mal funcionalidades, pois se trata de versão educacional.
Toda vez que uma atualização de versão estiver disponível, surgirá o ícone na parte
superior da tela principal – Figura 1.2 – bem como na aba “Arquivo” do menu principal.

Figura 1.2 – Alerta de atualização de versão do programa computacional

Fonte: Autor

O usuário deverá baixar o arquivo para a reinstalação do programa. Não é necessário


desinstalar a versão atual, basta repetir o processo de instalação feito da vez anterior com
as atualizações.
Ao clicar sobre o ícone surgirá uma tela para orientações – Figura 1.3 – a partir da
qual é possível acessar os links para baixar o instalador.

Figura 1.3 – Tela de orientação de atualização

Fonte: Autor
2 INFORMAÇÕES BÁSICAS SOBRE O PROGRAMA COMPUTACIONAL

2.1 GENERALIDADES
Este software é formado por diversas telas, começando pela principal – Figura 1.1 – que
será mantida sempre ativa. As demais poderão ser acessadas e fechadas a qualquer tempo,
tais como, as telas relativas às coordenadas de nós, informações de barras, configurações,
geração de dados, esforços, diagramas de esforços, resultados etc. O fechamento de qual-
quer uma destas telas, exceto a principal, não causarão o fechamento do programa e ficam
sempre disponíveis para acesso.
A tela principal inicialmente mostrada ao usuário servirá de orientação à execução das
diversas outras etapas de cálculo da estrutura. É fundamental para a execução do projeto.
O acesso às demais telas será feito por meio do menu principal, ou diretamente a partir
da barra de ferramentas no lado esquerdo que contém algumas opções a serem acessadas
por meio de seus ícones. Nesta tela (principal) também será exibida a estrutura, sendo
possível identificar (selecionar) nós e barras ao movimentar o mouse, bem como, fazer
medidas de distâncias entre nós. Outras telas surgirão em função da opção do usuário.

Figura 2.1 – Estrutura plana em perspectiva isométrica

Fonte: Autor

No rodapé da tela ficam indicadas a versão do programa, a quantidade de nós e barras


definidas para a estrutura atual, bem como, as informações relativas aos nós e barras.
Existe a opção de selecionar nós e barras ao movimentar o mouse. Quando esta opção
está selecionada, sempre que for detectado um nó e/ou barra, suas informações serão
mostradas no rodapé e o nó e/ou barra serão destacados na imagem. A opção de arrastar
o mouse e mostrar as informações é feita por dois cliques do botão esquerdo do mouse
sobre a tela ou pelo botão da direita indicado pelo número 4 na Figura 2.1. Também pode
ser usado o atalho Ctrl + W. Adicionalmente, o botão indicado à direita permite redese-
nhar a imagem, o que eventualmente pode ser útil.
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A estrutura pode ser visualizada de várias formas. A mais simples é a visualização por
simples linhas associadas aos eixos das barras – exemplo da Figura 2.2a. É uma forma
interessante por reduzir a quantidade de elementos na visualização e, por isto, muitas
vezes é extremamente útil, por exemplo, para mostrar diagramas de esforços. Outra forma
é a visualização por faces das barras – exemplo da Figura 2.1. Neste caso, cada barra é
representada pelo seu eixo e por uma face que indica o eixo Y do sistema local da barra.
Isto permite observar a posição (giros) das seções transversais. A altura desta face pode
ser regulada, em pixels, pela caixa de controle numérico disponível. A escolha destas
visualizações é feita por meio dos botões que aparecem na parte superior da tela ( –
grupo de botões indicado na parte superior da Figura 2.1).

Figura 2.2 – Exemplo com formas de visualizações

a) Por linhas b) Renderizada

Fonte: Autor

A outra forma é a renderizada – Figura 2.2b, onde a imagem é mais próxima da realidade,
pois as seções transversais são desenhadas com os seus respectivos contornos. Estas di-
ferentes formas de visualizações são importantes em função dos objetivos do usuário. Na
forma renderizada também estão disponíveis as representações por linhas e faces.
O programa computacional é iniciado admitindo que a estrutura a ser analisada seja tridi-
mensional. No entanto, se a estrutura é plana, clique sobre o ícone , fazendo-o trans-
formar-se em , significando que a estrutura vigente passa a ser plana – Figura 2.1. A
informação do tipo de estrutura sempre estará indicada no canto superior esquerdo da tela.
Não haveria necessidade de ser disponibilizado pelo programa as duas possibilidades,
pois o sistema é sempre tridimensional. No entanto, ao usuário que está resolvendo uma
estrutura plana torna-se conveniente assim considerá-la para eliminar a introdução de da-
dos adicionais. É importante observar que se a estrutura é plana e está sendo resolvida
como tridimensional, é necessário considerar os vínculos transversais para que a estrutura
fique estável – não sofra tombamento. Se a opção for pela estrutura plana, a estabilidade
da estrutura será garantida automaticamente pelo Gestrut3D com a introdução automática
(não visualizada) desses impedimentos de tombamento da estrutura. Se a estrutura é plana
ou tridimensional, sua visualização sempre pode ser tridimensional. Para visualização
utilize as opções na barra vertical de ferramentas que aparece no lado direito da tela ou
recursos do mouse – barra de ferramentas indicada em destaques no lado direito da Figura
2.1.
Como padrão de visualização a estrutura é desenhada em perspectiva isométrica (sem
ponto de fuga) considerando um ângulo de rotação de 30 em torno do eixo x e y, e zero
em torno do eixo z – Figura 2.1. Pode ser conveniente que ao considerar a estrutura como
plana, todas estas rotações sejam nulas. Se assim for desejado, digite o valor “0” (zero)
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nos campos correspondentes das rotações X e Y – destaque 1 da Figura 2.1 – ou simples-


mente escolha a vista projetada em XY por meio do ícone indicado na barra de ferramen-
tas de progressão/rotação – destaque 3 da Figura 2.1. O incremento das rotações pode ser
controlado usando o campo direito do destaque 2 da Figura 2.1. Isso irá acelerar o giro da
estrutura na sua visualização. Da mesma forma o campo da esquerda do destaque 2 da
Figura 2.1 indicará o avanço (em pixels) para cima, ou para baixo, ou para a direita ou
esquerda quando as setas de movimentação translacionais (setas verdes) forem acionadas.
O botão é uma forma direta de acessar o diagrama da estrutura completa, desde que
disponível, após o cálculo dos esforços da estrutura.

Figura 2.3 – Formas de visualização (o Gestrut3D não mostra simultaneamente as duas imagens)

Fonte: Autor

Na Figura 2.4 estão esquematizados os casos de estruturas que tenham seções transversais
não definidas, designadas por ‘Nenhuma’. Estas barras serão representadas por apenas
uma linha de espessura definida nas configurações com a coloração estabelecida pela se-
quência de barras – Figura 2.4a. Na forma renderizada, as barras com seções transversais
do tipo ‘Nenhuma’ serão mostradas por apenas uma linha em cor avermelhada – Figura
2.4b. Na Figura 2.4c é mostrado um exemplo de estrutura renderizada formada por barras
de seções circulares.
10

Figura 2.4 – Formas de apresentação de barras com seção transversal do tipo ‘Nenhuma’
b) Representação renderizada com algumas bar-
a) Representação por face
ras sem seção transversal definida

c) Representação renderizada

Fonte: Autor

Figura 2.5 – Formas de visualização da estrutura

d) Linha e) Por face f) Sólido g) Wireframe

Fonte: Autor

Existe também a forma de visualização renderizada onde a estrutura pode ser vista de
forma completa incluindo os volumes formados por suas seções transversais, mas também
permite as mesmas visualizações comentadas anteriormente. Na Figura 2.5 estão mostra-
das algumas imagens produzidas pela forma de renderização para uma viga simples.
Neste caso, a renderização do tipo sólido – Figura 2.5c – é a mais próxima do real, pois é
feita em escala completa entre todos os elementos que compõe a estrutura. Isto é feito
pelos botões do grupo 1 indicados na Figura 2.3. As diferentes formas de visualização são
feitas pelas configurações acessadas pelo botão , que definirão escolhas de cores, trans-
11

parências e forma de visualização por sólido ou wireframe. Os botões , respectiva-


mente, são usados para visualizações na forma de sólido no tom esverdeado e para incluir,
ou não, o sistema de eixos na visualização renderizada.
Figura 2.6 – Detalhe de visualização de estrutura renderizada formada por perfis metálicos

Fonte: Autor
Na Figura 2.6 é mostrada uma estrutura renderizada com barras do tipo cantoneiras e
perfis do tipo I. Nota-se que a renderização não garante os detalhes de ligações, pois a
estrutura é caracterizada pela sua seção transversal e seu comprimento definido pelo seu
centro de gravidade. Algumas sugestões de cores são apresentadas, porém o usuário po-
derá personalizar ao escolher as duas cores necessárias para garantir a harmonia de com-
binações de cores. A indicação dos eixos x, y e z é opção, podendo ser removida ao clicar
sobre o ícone disponível. Para alterar a intensidade da transparência, clique sobre a barra
correspondente na posição entre 0% e 99%.

Figura 2.7 – Renderização do encontro de barras


h) Encontro de seção dupla e j) Representação aramada (wire-
i) Representação por sólido
simples frame)

Fonte: Autor

Como a renderização representa o conjunto de barras e suas correspondentes seções trans-


versais, poderá existir visualizações aparentemente estranhas, mas não errôneas, quando
alguns tipos de barras se encontram nos nós. Na Figura 2.7 são mostrados dois exemplos
do encontro entre barras. No caso da Figura 2.7a tem-se o encontro entre uma barra de
seção retangular simples com uma barra com duas seções retangulares. Na Figura 2.7b e
12

Figura 2.7c, tem-se o encontro de uma seção tipo T e outra formada por três retângulos
paralelos (triplo retângulo). Isto ocorre porque os elementos (barras) são tratados pelos
seus eixos posicionados no centro de gravidade da seção transversal. Durante a renderi-
zação apenas isto é levado em consideração e assim a imagem poderá ter um aspecto
questionável. Efetivamente o cálculo computacional considerará a continuidade entre os
elementos, como já dito, tendo como referência os eixos das barras. Portanto, sem pro-
blemas. Na dúvida, considere a visualização por linhas como forma mais efetiva de saber
a continuidade do encontro das barras.
Figura 2.8 – Sistemas de referências na visualização

Fonte: Autor

Na visualização da estrutura são mostrados dois pontos de destaque (referências) – Figura


2.8. Um deles está vinculado às letras x, y e z – balão 1 da Figura 2.8 –. Refere-se ao
sistema de eixos localizado no ponto de coordenadas nulas do sistema global de coorde-
nadas dos nós da estrutura. A outra marca, de menor tamanho – balão 2 da Figura 2.8 –,
indica o ponto de referência dos giros da imagem. É um ponto fixo, em torno do qual
ocorrem os giros da imagem.
Como regra geral é sempre prudente lembrar ao usuário que é uma boa prática salvar os
dados periodicamente durante o desenvolvimento do projeto, prevenindo-se de algum
possível problema durante a execução.

2.2 ASPECTOS GERAIS


À medida que se vai utilizando o programa, as informações de cada projeto desenvolvido
podem ser armazenadas em arquivos (extensão ‘.GES’). Estes arquivos são memorizados
automaticamente para futura reabertura, em uma lista de até 30 arquivos mais recentes
manipulados, sempre que se solicita a abertura de um novo arquivo ( ). É possível de-
cidir se é desejado carregar o último projeto sempre que o programa for iniciado. Para
alterar este estado, basta clicar na opção ‘Carregar projeto mais recente ao iniciar o programa’
na aba ‘Arquivo’ do menu principal – ou na tela de abertura de arquivo –, marcando ou
desmarcando a opção para a próxima vez que o programa for aberto – Figura 2.9b e Figura
2.10. Quando a opção está ativa o último arquivo será carregado automaticamente.
13

Figura 2.9 – Opções ao iniciar programa e abrir arquivos

a) Aba Arquivo do menu principal b) Lista de arquivos recentes

Fonte: Autor

Figura 2.10 – Tela de abertura de arquivos ( )

Fonte: Autor

Na tela de abertura de arquivos – Figura 2.9b e Figura 2.10 – todos os arquivos do tipo
GES, TXT ou LOG poderão ter a estrutura visualizada, desde que contenham informações
compatíveis com o formato GES. Esta visualização pode ser estática ou dinâmica – es-
14

trutura girando. Eventualmente, se o usuário não desejar observar a estrutura girando au-
tomaticamente, basta clicar sobre o “cadeado” existente na parte superior direita do visu-
alizador. O giro pode ser feito também com o mouse, basta clicar sobre a tela e movimen-
tar o mouse.
Também poderá ser usada a forma de escolha de arquivos na forma parecida ao do Ex-
plorer. Para isto clique sobre um dos botões que indicam a imagem – Figura 2.9b e
Figura 2.10. A pré-visualização da estrutura continuará ativa.

Figura 2.11 – Caixa de ferramentas da tela principal

Fonte: Autor

A tela principal é usada para visualização da estrutura e introdução de informações rela-


tivas aos nós e barras. Alterações de seções transversais e outras operações são feitas em
telas específicas. Poderão ser visualizadas várias telas simultaneamente. Sempre que al-
guma destas telas se tornar oculta por ordem de prevalência – isto ocorre quando a tela
principal é escolhida – ela poderá ser recuperada ao clicar sobre o botão que gerou a tela
ou pelo menu principal em ‘Visualizar’ seguindo a escolha da tela desejada. Observar que
existem vários tipos de operações que são realizadas com o mouse na tela principal. Por
isto consideram-se alguns ‘Modos’ definidos para caracterizar o tipo de operação. São
chamados de ‘Modo Barras’ (quando se está introduzindo barras), ‘Modo Apoios’
(quando se está introduzindo vinculações dos nós) e ‘Modo Medidas’ (quando se está
tomando medidas entre dois nós). Sempre que um desses modos for acionado haverá al-
gumas restrições pertinentes ao caso e, consequentemente, muitas vezes algumas opera-
ções demandarão o desligamento desses modos. Quando um modo é ligado, automatica-
mente aparece a informação em vermelho no canto superior esquerdo da tela.
15

Uma caixa de opções fica disponível do lado esquerdo com botões das operações mais
convencionais – Figura 2.11. Todas as opções disponíveis aparecem em outras partes do
programa. É possível fechá-la para ganhar mais espaço de visibilidade na tela principal
na opção ‘Menu Principal>Editar>Fechar caixa de ferramentas (esquerda)’ . Para retornar esta
caixa, repita a mesma operação.
As caixas disponíveis na parte superior central da tela principal, destacadas na Figura
2.11, permitem indicar o número do nó e da barra a serem destacados na visualização.
Para inibir a seleção do nó e/ou barra quando o mouse é arrastado, basta clicar no ícone
que está disponível no menu principal e na barra de ferramentas vertical à direita da
tela.

2.3 COMPONENTES BÁSICOS DE UMA ESTRUTURA


A concepção do programa computacional se baseia em estruturas reticuladas tridimensi-
onais constituídas por nós e barras. A primeira informação a ser introduzida são os nós.
Estes representam o componente básico para a formação da estrutura. A partir destes
existirão as barras que obrigatoriamente interligam dois nós. Não representará nenhum
problema, caso existam nós excedentes, ou seja, nós não usados para conectar barras. No
entanto, toda barra tem importância na estrutura, por isto alguns cuidados devem ser to-
mados ao defini-la. Toda barra está associada a dois nós, um em cada extremidade.
Os nós são identificados por números sequenciais a partir de 1. Cada nó será definido
pelas suas coordenadas globais x, y e z. Estas coordenadas têm como referência um sis-
tema cartesiano global que pode estar localizado em qualquer ponto, pertencente ou não
à estrutura, pois todas as coordenadas tornar-se-ão relativas a este ponto.
De outro lado, as barras serão referidas ao seu sistema local de coordenadas (ver Seção
2.4), posicionado em seu nó inicial. Estas irão interligar apenas dois nós quaisquer – não
existem mais de dois nós pertencentes à mesma barra. Caso exista um nó (ilusório) que
esteja geometricamente posicionado ao longo da barra – Figura 2.12 –, isto não significará
que a barra está dividida em duas partes. Será apenas uma coincidência visual, ou seja,
isto não produzirá nenhum efeito para o sistema, e será uma mera coincidência geomé-
trica, pois a barra é caracterizada pela vinculação efetiva entre os seus dois nós de extre-
midades.
Figura 2.12 – Barra com nó intermediário geometricamente definido ao longo do seu compri-
mento

Barra vai de j para k

nó k
Nó não vinculado à barra que
coincide com o seu eixo:
nó j NÃO TEM EFEITO ESTRUTURAL
Fonte: Autor

Caso o nó intermediário seja parte da barra que vai do nó j para o nó k, como ilustrado na
Figura 2.12, não haverá nenhum problema dividir a barra em duas, sendo uma barra li-
gando o nó j ao nó intermediário e, outra, deste nó para o nó k. Uma barra pode ser divi-
dida em várias partes sem prejuízo dos resultados. Isto implica somente no aumento da
16

quantidade de nós e barras e, consequentemente, demandará um maior esforço computa-


cional para o processamento e armazenamento de dados. Em geral, isto é desprezível para
o todo. Muitas vezes isto é interessante quando se deseja conhecer informações em pontos
específicos de uma barra ou obter uma visualização mais exata da deformação ao longo
da barra.
As barras são caracterizadas pela seção transversal, seus módulos de elasticidade (E e G)
e rotação da seção transversal como será visto em detalhes em 2.8.

2.4 SISTEMAS DE COORDENADAS


Existem dois sistemas de coordenadas básicos: o sistema global e o local.
O sistema de coordenadas global é usado para a caracterização geométrica da estrutura –
coordenadas dos nós –, para a introdução de ações sobre nós e para a leitura de desloca-
mentos nodais. É um sistema cartesiano definido pelas direções x, y e z. Pode ter origem
em qualquer lugar, pois na definição geométrica da estrutura o importante é a posição
relativa dos nós. A inclinação deste sistema também pode ser qualquer. No entanto, é
conveniente que sejam adotadas coordenadas verticais e horizontais, uma vez que a mai-
oria das estruturas tem uma associação direta com efeitos de gravidade, facilitando a ma-
nipulação de informações pelo usuário.
O sistema de coordenadas local, Figura 2.13, é usado para caracterizar as barras indivi-
dualmente. Por isto, cada barra tem o seu sistema local. Serve também para definir a
orientação da barra – importante para a leitura de esforços em cada barra –, para informar
os momentos de inércia em torno dos eixos e a rotação das barras em torno do seu eixo
longitudinal, Figura 2.13b.
Figura 2.13 – Sistema de coordenadas local
c) Barra e seção transversal sem rotação d) Barra girada
y y y  y
x x
x
nó j nó k z
x

Fonte: Autor
O eixo y do sistema local, quando projetado na direção do eixo y global, caracterizará a
rotação () da barra, Figura 2.13b. É fundamental entender o significado da rotação men-
cionada. Em geral, as barras têm a rotação  igual a zero, mas tenha cuidado com isto,
especialmente quando a estrutura é tridimensional ver mais detalhes em 2.8.6.
Na Figura 2.13a tem-se a representação de uma barra e o sistema de coordenada local
visualizada na posição horizontal. Entretanto, uma barra genérica poderá ter qualquer ro-
tação (não confundir inclinação com rotação). Independentemente da sua posição na es-
trutura, isoladamente a barra deverá ser analisada com os eixos conforme definidos na
Figura 2.13. É fundamental observar a orientação da barra que se estende do nó j para o
nó k. Na Figura 2.14 é mostrada uma barra com duas orientações diferentes. No primeiro
caso a orientação é ascendente e, por isto, o nó j está abaixo do nó k. No segundo caso, a
orientação tem sentido contrário ao anterior. Isto produzirá diferentes orientações para a
17

barra, necessárias para a leitura de informações, por exemplo quanto ao sentido das forças
solicitantes.

Figura 2.14 – Orientação do sistema de coordenadas local

y x Nó j
Nó k
z

Nó j x y
y x Nó k

z
x y
Fonte: Autor

É importante entender estas convenções particularmente quando se têm forças aplicadas


ao longo das barras, pois as referências são diferentes para os dois casos. O usuário poderá
adotar qualquer uma das orientações sem que isto altere as respostas, desde que haja co-
erência na caracterização dos momentos de inércia e aplicação de forças. Quando as for-
ças estão aplicadas sobre as barras é necessário ter cuidados especiais, pois deve ser se-
guida uma convenção específica de sinais como será tratado na pág. 48 em 6.3.3 (Forças
sobre barras). Sempre se oriente pela visualização disponível no programa.

Figura 2.15 – Posição dos eixos locais girados de 90º

Fonte: Autor

Muito cuidado ao analisar barras com rotações de eixos. Por exemplo, para uma barra
com rotação de 90º – Figura 2.15, os esforços mudarão de eixos. Isto significa que a
análise dos resultados deverá ser cautelosa, podendo levar a equívocos. Cuidado. O
mesmo para avaliação dos diagramas de esforços. A forma de visualização pelo botão
permitirá observar a posição da seção transversal em relação ao arranjo de barras.
Quanto à leitura de informações (resultados finais), o Gestrut3D adota uma convenção
específica para facilitar a interpretação dos resultados. Mais detalhes são apresentados na
Seção 8.4, onde estão definidas as orientações dos esforços nas barras por meio da Figura
8.4, p. 68.
18

Figura 2.16 – Tipos de dados a serem modificados com alteração de unidades

Fonte: Autor

2.5 UNIDADES DE MEDIDAS


A escolha das unidades de forças e comprimentos, a princípio, não seriam necessárias.
Bastaria introduzir os dados em uma unidade para que os resultados sejam obtidos na
mesma unidade. No entanto, o GESTRUT3D permite trabalhar com unidades conside-
rando a possibilidade de se trabalhar com unidades de medida de comprimento e força.
Isto facilitará o processo, pois poderão ser feitas transformações ao longo das diferentes
etapas de cálculo de acordo com a necessidade do usuário ou para correções.
Como padrão, o programa considera as unidades “cm” e “kN”. Para alterar, basta clicar
sobre a caixa de opções correspondente existente na barra de ferramentas da tela principal
– Figura 2.16. Sempre que se fizer uma mudança, os dados serão transformados automa-
ticamente para a unidade escolhida. No entanto, será sempre perguntado ao usuário quais
os tipos de unidades que devem modificados, como mostrado na Figura 2.16. Isto é uma
forma de garantir ao usuário possíveis correções de informações porventura cometida na
entrada de dados.
Usar estas unidades torna-se adequado, especialmente, quando se utiliza o programa para
o dimensionamento das peças estruturais.

2.6 INTRODUZINDO E EDITANDO NÓS


Os nós serão introduzidos pelas suas coordenadas x, y, z referidas ao sistema global de
coordenadas. O acesso pode ser feito diretamente pelo ícone na barra de ferramentas,
Figura 2.17a, ou pelo menu principal usando a opção “Dados”, Figura 2.17b. Ambas redi-
recionam o programa para a tela de entrada ou de modificação das coordenadas dos nós,
Figura 2.17c.
19

Figura 2.17 – Introdução de nós


a) Via ícone do menu principal

b) Via opção “Dados”

Fonte: Autor
Como já dito, o programa se inicia considerando a introdução de uma estrutura tridimen-
sional, por isto, vê-se na tela de introdução de nós, a disponibilidade das coordenadas x,
y e z, Figura 2.18. Caso a opção por estrutura plana já tenha sido escolhida, ou se o ícone
presente nesta tela for clicado, automaticamente a coluna correspondente às coordenadas
z desaparecerão na tela, Figura 2.19. Enfim, as informações serão adaptadas automatica-
mente de acordo com o tipo de estrutura escolhida.
Para introduzir um novo nó, é necessário pressionar ENTER se estiver na célula da coor-
denada Z do último nó. O ENTER promoverá a introdução de nova linha. Para auxiliar,
é possível indicar valores para as três constantes existentes na barra de ferramenta: Const
X, Const Y, Const Z. Toda vez que um novo nó for introduzido, suas coordenadas auto-
maticamente aparecerão com valores correspondentes aos valores das coordenadas do nó
anterior somados, respectivamente, pelas constantes indicadas.
20

Figura 2.18 – Tela para introdução/edição de nós

Fonte: Autor
Ao se pressionar ENTER, não estando na célula da coordenada Z do último nó, implicará
em mudança para a próxima célula, seja horizontalmente ou, verticalmente, quando se
está na célula da coordenada Z.
Figura 2.19 – Parte superior da tela de coordenadas de estrutura plana

Fonte: Autor
A quantidade de casas decimais para apresentação das coordenadas de nós (não afeta a
precisão do processamento, serve apenas para a visualização das coordenadas) é definida
no campo demarcado na cor vermelha na Figura 2.19. Quando é indicado o número -1,
isto implica em apresentação dos resultados sem definição da quantidade de casas deci-
mais, ou seja, as coordenadas são mostradas com as casas decimais de cada coordenada.
Um número maior ou igual a zero indicará a quantidade de casas decimais.
Na tela de coordenadas de nós, Figura 2.18, é possível executar algumas tarefas, tais
como, copiar valores das coordenadas de um nó, colar, inserir e excluir nó em posição
qualquer, Figura 2.20a. A inserção de uma linha ocorrerá na posição onde o cursor estiver
posicionado, reposicionando as linhas (coordenadas de nós) subsequentes e, automatica-
mente renumerando todos os nós de numeração superior ao introduzido.
21

Figura 2.20 – Operações envolvendo coordenadas


b) Permuta e modificação de
a) Operações básicas c) Troca de colunas
linhas

d) Rebatimento e) Rotação f) Coordenadas polares

Fonte: Autor

Também é possível permutar linhas, Figura 2.20b. Basta indicar os números dos nós a
serem permutadas e clicar ‘Aplicar’.
De forma parecida é também possível permutar as colunas x, y e z entre si, que está indi-
cada na opção “Trocar colunas”, Figura 2.20c. Neste caso, é possível executar a operação
para somente os nós selecionados ou para todos os nós. Abaixo desta opção é possível
executar operações de adição, subtração, multiplicação e divisão para todas as colunas,
Figura 2.20b. Simplesmente a operação será aplicada à coluna indicada.
Na caixa para informar o número dos nós, é permitido usar códigos facilitadores para a
seleção de nós. Ver mais informações em 5.2.
Pode-se gerar nós a partir dos existentes em operação de “Rebater (espelhar)” nós. Estes
serão replicados a partir de um eixo de simetria, Figura 2.20d. Juntamente com os nós,
também podem ser rebatidas as barras por meio das opções “Com barras” ou “Somente
nós”.
Eventualmente pode ser desejado girar a posição da estrutura em torno de um dos seus
eixos. Isto pode ser feito pela opção “Rotação em torno do eixo” que é seguida pela escolha
do eixo. Esta rotação será feita para o ângulo indicado, Figura 2.20e. Cuidado, pois os
vínculos (apoios) não são girados, apenas acompanham os nós correspondentes.
Outra opção é “Replicar em Coordenadas Polares”. Neste caso a estrutura será replicada tan-
tas vezes quanto à indicada em “No. de repetições”, cada uma com giro indicado na caixa
“Variação (graus)”, Figura 2.20f.

2.7 RECURSOS DE EDIÇÃO


São oferecidos alguns recursos para a edição de informações da estrutura. Em qualquer
tela, com a imagem da estrutura, a movimentação horizontal ou vertical (translação) da
estrutura pode ser feita por simples clique do botão esquerdo do mouse.
22

Figura 2.21 – Teclas de atalhos

Fonte: Autor
Para focar em uma área específica da estrutura (zoom), pressione a tecla Shift e simulta-
neamente clique o botão esquerdo e arraste, marcando o retângulo da área visualizada.
Para girar a estrutura na tela (visualização) pode ser utilizado o botão direito do mouse:
clique e movimente. O mesmo efeito ocorre com o uso do botão central (rolamento) ou
simultaneamente pressionar Ctrl + botão esquerdo.
Cópia da imagem da tela, ou de região da tela, pode ser feita utilizando o botão direito
por meio do menu suspenso. Ao ser feita a escolha para a região da tela, pressione Shift
+ botão esquerdo e escolha a região a ser copiada – ver tabela de atalhos em Ajuda>Teclas
de atalhos do menu principal – Figura 2.21.

2.8 INTRODUZINDO E EDITANDO BARRAS


2.8.1 COMO INTRODUZIR BARRAS
Toda barra recebe um número sequencial para a sua identificação. Sua posição na estru-
tura é dada por dois números de nós que caracterizam as suas extremidades. Associam-se
a elas as suas propriedades geométricas (área e inércias nas três direções) e elásticas (mó-
dulo de elasticidade longitudinal e transversal), bem como a forma de continuidade das
extremidades (rígida ou articulada). Por isto, antes de introduzir uma barra é necessário o
estabelecimento destes parâmetros.
As barras podem ser introduzidas de duas formas. Pode ser usada a forma visual, por meio
do mouse, ou a forma numérica pela introdução de valores dos nós de extremidades. Para
introduzir barras é necessário acionar o botão para que os dados relativos às barras
estejam disponíveis. Esta opção também aparece na caixa de ferramentas do lado es-
querdo (Introduzir ou editar barras) e no ‘Menu Principal>Dados>Barras’.
Na Figura 2.22 é mostrada a tela com a caixa de informações relativa à entrada de dados
de barras. Não será possível acessar esta tela sem que pelo menos dois nós já existam.
Após escolher a seção transversal (pode ser ‘Nenhuma’), informam-se os nós de incidên-
cia das extremidades de barras de forma numérica – digitando os valores nos campos
correspondentes –, ou por meio do mouse. Pelo mouse, basta movimentá-lo desde um nó
selecionado (inicial) até o nó de extremidade da nova barra. Este movimento é feito com
o botão esquerdo do mouse pressionado. Ao liberar o mouse, automaticamente uma nova
23

barra é criada e recebe o número referente à quantidade de barras até o momento acrescido
do valor unitário.
Figura 2.22 – Tela para introdução de barras

Fonte: Autor
Na Figura 2.22 é possível notar uma reta tracejada indicando a incidência de nós de uma
barra gerada pelo movimento do mouse. Ao liberar o mouse a barra será criada ligando
os dois nós consecutivos escolhidos. É importante a ordem dos nós, no caso, a barra terá
a orientação dada pelo nó inicialmente escolhido para o segundo nó. À barra serão atri-
buídas as propriedades anteriormente selecionadas, dadas pela condição de continuidade
das extremidades (0 para articulada e 1 para contínua), área da seção transversal (Ax),
momento de inércia em torno de x (Ix), de y (Iy), momento de inércia à torção (J=Iz),
módulo de elasticidade longitudinal (E), módulo de elasticidade transversal (G) e rotação
da barra () – esta rotação é discutida em 2.4 e 2.8.6.
A seleção (identificação) de cada nó acontece dentro de um intervalo (caixa) que o usuário
pode especificar por meio da opção disponível nas configurações (ver Figura 2.39, pág.
33 em ‘Parâmetros para seleção’>Tamanho caixa’). O valor numérico definido se refere
à quantidade de pixels em torno de um nó, aumentando ou diminuindo o grau de abran-
gência. Um número muito grande pode dificultar o processo de seleção, pois poderá
abranger vários nós simultaneamente.
2.8.2 ESCOLHA DAS SEÇÕES TRANSVERSAIS
Toda barra precisa ser caracterizada pelas suas propriedades elásticas e geométricas. Para
a caracterização da forma geométrica pode ser utilizado um banco de dados ao qual o
usuário pode incorporar suas seções transversais – ver Seção 4. A seção transversal fica
definida pelo tipo da seção, por exemplo ‘RETANG’ e por suas dimensões, como ilus-
trado na Figura 2.23
24

Figura 2.23 – Escolha de seção transversal a partir do banco de dados

a) Tipo de seção transversal b) Dimensões da seção transversal

Fonte: Autor

A escolha destas propriedades pode ser feita pela introdução dos valores efetivos nos
campos correspondentes. Neste caso a barra não terá um tipo de seção transversal identi-
ficado. Receberá a designação “Nenhuma”. No entanto, é recomendado que a barra receba
um tipo de seção transversal cadastrado no banco de dados (ver Seção 2.13) criado pelo
usuário. A partir do banco de dados o usuário escolhe a seção transversal pelas caixas
mostradas na parte inferior esquerda da imagem da Figura 2.22 (mostrada como Ne-
nhuma). Na caixa superior, Figura 2.23a, escolhe-se a designação principal da seção
transversal, por exemplo, RETANG, CIRCUL etc. – até seis caracteres. Na caixa inferior,
Figura 2.23b, escolhe-se a dimensão da seção transversal definida anteriormente. Fa-
zendo-se esta escolha, os campos correspondentes às propriedades da barra serão auto-
maticamente preenchidos. Esta identificação permitirá o dimensionamento da barra após
o cálculo dos esforços (se for estrutura metálica tubular ou estrutura de madeira). As di-
mensões que aparecem na caixa de dimensões, Figura 2.23b, estão sempre em mm, inde-
pendentemente da unidade de medida escolhida para o programa. É apenas uma identifi-
cação da seção transversal, sendo a conversão automática para preenchimento nos campos
correspondentes. No entanto, quando se faz a visualização (edição) das seções transver-
sais, como por exemplo, na Figura 2.24, têm-se as unidades efetivas do projeto.
Figura 2.24 – Exemplo de modificação de informações associadas às barras

Fonte: Autor
Quando se tratar de peças de madeira, o módulo de elasticidade pode ser escolhido por
meio de uma tela especial acionada ao clicar o ícone demarcado na Figura 2.25. Neste
caso, os valores são calculados a partir das características indicadas na tabela de classes
de resistência da ABNT NBR 7190. Depois de escolhidos o tipo de madeira, classe de
resistência e valores de kmod, o valor é transferido clicando-se sobre “Transferir valor”.
25

Figura 2.25 – Escolha do módulo de elasticidade (para madeira)

Fonte: Autor

Outra forma mais abrangente de modificar informações de barras pode ser feita pela op-
ção do menu principal “Dados>Editar barras” ou o ícone que aparece na caixa de opções
disponível no canto superior esquerdo. Neste caso, faz-se a modificação visualizando-se
todas as informações ao mesmo tempo. Quando esta opção é acionada é feita uma verifi-
cação da consistência das informações relativas às seções transversais. Poderá ocorrer de
automaticamente uma seção ‘aparentemente’ definida será modificada para ‘Nenhuma’.
Por exemplo, se com alguma razão os dados indicam equivocadamente uma seção tipo
‘DUPLOR 150×25’, o programa modificará para seção tipo ‘Nenhuma’, pois falta um
parâmetro que representa a distância entre os retângulos. O correto seria algo como ‘DU-
PLOR 150×25×50’. A mesma verificação é feita quando o arquivo é carregado.
2.8.3 MODIFICANDO INFORMAÇÕES DE BARRAS
Acionando a tela pelas opções descritas no final da Seção anterior deste texto, será visu-
alizada a lista das barras e todas as suas informações numéricas, como exemplificado na
Figura 2.24. Neste exemplo tem-se uma estrutura composta por 13 barras, onde para cada
barra são mostradas todas as propriedades associadas. Se for desejado modificar (editar)
alguma informação da barra, dê dois cliques no mouse para que a forma de seleção passe
de “por linha” para a seleção de células individuais. Clique na célula correspondente e
faça a modificação desejada.
As propriedades relativas a Ax, Ix, Iy, Iz(J) somente poderão ser modificadas individual-
mente se a coluna “Seção transversal (mm)” estiver indicando “Nenhuma”. Se existe al-
gum tipo específico de seção transversal, as propriedades da barra somente poderão ser
alteradas pela escolha de outro tipo ou de dimensões de seção transversal. Esta planilha
poderá ser copiada para uma planilha Excel clicando o botão direito ou pelo menu prin-
cipal na opção “Enviar planilha para Excel”.
Caso a seção transversal ainda não esteja no banco de dados, existem duas opções para
considerar a barra com esta seção transversal. Uma possibilidade é inserir esta seção
transversal no banco de dados (ver Seção 3 na pág. 40). Outra opção é considerar a seção
transversal como “Nenhuma” e digitar as propriedades da barra diretamente na planilha
mostrada na Figura 2.24. Lembrar das facilidades de edição desta planilha por meio da
caixa de ferramentas mostrada na Figura 2.26a.
Tomar cuidado com a opção “Colar linha inteira”. Isto implica em transferir para a linha
atual todas as informações obtidas quando a opção “Copiar” foi acionada, ou seja, até os
números dos nós de incidência serão transferidos. A opção “Colar propriedades” é uma
forma rápida de transferir apenas as propriedades (todas) para uma linha específica, sem
alterar os nós de incidência da(s) barra(s).
26

Quando esta tela fica visível, também é mostrada a seção transversal desenhada com a
indicação das suas dimensões. Desta forma, as informações da seção transversal mostra-
das são mais completas. Isto implica em eventual incompatibilidade com arquivos antigos
do Gestrut3D. Caso as seções transversais não sejam reconhecidas, estas serão redefinidas
com a indicação de ‘Nenhuma’, mantendo-se as propriedades geométricas já definidas
para a seção não cadastrada.
A caixa mostrando a seção transversal poderá ser arrastada com o mouse para a posição
mais adequada para o usuário e a sua posição horizontal será mantida à medida que são
selecionadas as linhas (barras), alterando apenas a posição vertical da caixa de visualiza-
ção de seção. Caso desejado, esta visualização poderá ser desabilitada aplicando-se o bo-
tão direito do mouse e clicando sobre a opção ‘Desabilitar visualização de seções’ – Figura
2.26b. Caso seja desejado o seu retorno, aplique da mesma forma o botão direito do mouse
e clique sobre a opção ‘Habilitar visualização de seções’. Mais facilmente pode ser utilizado
o botão da caixa de ferramentas – Figura 2.26a – para o retorno, ou para desabi-
litar.
Figura 2.26 – Caixa de ferramentas para edição de barras
a) Caixa de ferramentas para edição de barras b) Visualização de seções transversais

Fonte: Autor
Algumas outras operações estão disponíveis, por exemplo, empregando-se a caixa de fer-
ramentas que aparece na tela em questão, Figura 2.26a. Esta caixa de ferramentas é útil
para navegar na tela de introdução de barras, edição de barras ou introdução de apoios.
Para todos estes casos mencionados a tela básica é a mesma, mas apresentam funções
diferentes. Clicando no ícone correspondente tem-se o retorno rápido à operação dese-
jada.
27

Figura 2.27 – Transferência de informações entre barras

Fonte: Autor
Dentre as opções disponíveis destaca-se a “Transferir”. Esta permite transferir proprieda-
des de uma barra para outra. Primeiramente selecione uma barra (pode estar na forma de
seleção por linha ou por célula). Depois clique em “Copiar” e, posteriormente em “Trans-
ferir”. Neste momento aparecerá a tela exemplificada na Figura 2.27, onde o usuário in-
dicará na caixa branca os números das barras a receber as propriedades marcadas nas
opções mostradas no lado direito. Marque então quais as propriedades desejadas para
serem transferidas. Ao marcar a opção “Seção transversal”, não há necessidade de marcar
individualmente as propriedades Ax, Ix, Iy, Iz (J), desde que esta seção transversal não
esteja indicada como “Nenhuma”. Nesta tela aparece qual é a barra de referência e o total
de barras da estrutura, no caso é a barra 1 de um total de 8 barras (indicação na cor azul).

Figura 2.28 – Continuidade de extremidade de barra

a) Na introdução de barras

b) Na edição (modificação) de barras

Fonte: Autor

Veja em 2.8.4 sobre a condição de continuidade das extremidades de barras, referentes


aos detalhes demarcados na cor vermelha na Figura 2.28.
28

É adequado estar atento às informações na planilha das barras. Aparecerá uma marca
(sutil), na cor vermelha, no canto superior esquerdo da célula indicando que o valor in-
troduzido não é compatível com a lógica estrutural – ver exemplo na Figura 2.29 onde a
barra 2 tem módulo de elasticidade (E) nulo. É necessário que o dado seja corrigido.
Figura 2.29 – Exemplo de indicação de dado impróprio associado às propriedades de barras

Fonte: Autor

2.8.4 EXCLUINDO BARRAS

Figura 2.30 – Exclusão de barras

Fonte: Autores

Existem algumas formas para excluir barras. Uma delas é por meio da tela de Proprieda-
des das barras aberta pelo ícone . Com isto tem-se a listagem de todas as barras que
formam a estrutura e suas propriedades. Então, basta selecionar as barras a serem excluí-
das e pressionar a tecla Del ou utilizar o botão ‘Excluir barras ’– Figura 2.30. Este botão
permitirá duas opções. A primeira é equivalente à exclusão pela tecla Del (‘Excluir as barras
já selecionadas’) – Figura 2.31a. A segunda permitirá a exclusão pela indicação numérica
de barras (‘Escolher numericamente as barras’).
Após a exclusão o botão de desfazer ficará ativo. O cancelamento da exclusão é possível
apenas para a última exclusão ou até o fechamento desta tela (da Figura 2.30).
Ao se fazer a opção ‘Escolher numericamente as barras’ surge a tela indicada na Figura
2.31b. Com esta opção é possível excluir de uma única vez um lote de barras, mesmo que
não estejam em sequência numérica. As formas de indicar as barras são apresentadas na
tela em forma de exemplos. A partir dessa tela é possível mover a tela de propriedades –
mostrada na Figura 2.30 –, que estará ao fundo e estará sobrepondo-se à imagem da es-
trutura. Os botões com setas que aparecem na base da tela da Figura 2.31b auxiliam esta
movimentação e permite a visualização da estrutura ao fundo. A indicação numérica que
29

aparece à direita das setas indica o passo de movimentação em pixels, garantindo maior
ou menor velocidade de deslocamento da tela.

Figura 2.31 – Opções para excluir barras

a) Opções para excluir barras b) Tela para informar barras a serem excluídas

Fonte: Autores

Para excluir barras individualmente, pode ser utilizado o menu suspenso (botão direito do
mouse) sobre a imagem da estrutura da tela principal. Ao selecionar uma barra (movendo
o mouse ou escolhendo numericamente), clica-se com o botão direito e aparecerá a opção
de excluir a barra específica – Figura 2.32.
É importante observar que toda vez que barras são excluídas automaticamente ocorrerá a
renumeração das barras, mantendo a numeração das anteriores e ajustando a numeração
das barras de numeração superior.

Figura 2.32 – Exclusão de barras individuais

a) Seleção de barra com o mouse b) Seleção de barra numericamente

Fonte: Autores

2.8.5 CONTINUIDADE DE EXTREMIDADES DAS BARRAS


As barras podem ter as extremidades articuladas ou serem contínuas. Isto é informado ao
Gestrut3D pela condição de continuidade das extremidades das barras. Valerá “0” (zero)
– articulada – ou “1” – contínua. Isto é informado na hora de introduzir a barra Figura
2.28a, ou modificado na tela de edição de barra, Figura 2.28b nas colunas correspondentes
(J: extremidade inicial; K: extremidade final) – ver 2.8.3.
2.8.6 ROTAÇÃO DE EIXOS DE BARRAS
As rotações das barras representam algo bastante importante especialmente nas estruturas
tridimensionais, pois indicam a posição exata da barra em relação ao sistema de coorde-
nadas global. É o ângulo de inclinação entre o eixo y da seção transversal (local) e o eixo
30

y do sistema global de coordenadas, por isto é a rotação em torno do eixo e não é a incli-
nação da barra, que é calculada automaticamente pelo Gestrut3D a partir das coordenadas
dos nós de extremidades das barras, Figura 2.33.
Figura 2.33 – Ângulo de rotação das barras ()

y  y

x
=0
x

Fonte: Autor
Para a maioria das barras este ângulo de rotação é nulo. Eventualmente poderá ser dife-
rente de zero. Admitem-se rotações entre 0° e 360° de acordo com a referência da Figura
2.33. A digitação de um valor fora do intervalo na planilha de edição de propriedades de
barras, causará o aparecimento de uma marca na cor vermelha no canto superior esquerdo
da célula. Cuidado com a situação de barras associadas a pilares verticais. Nesses casos,
esta inclinação é muito importante, pois o usuário poderá comprometer, ou superestimar,
a inércia da barra ao provocar a mudança da rotação.

Figura 2.34 – Rotação dos eixos de pilar

Fonte: Autor

Para melhor entender o caso especial de barras verticais – caso comum dos pilares – é
apresentada a Figura 2.34. As rotações indicadas têm como referência o pilar do pórtico
mostrado, supondo uma seção transversal tipo T. O sistema de coordenadas globais está
indicado na base do pilar. Os ângulos indicados representam os valores do ângulo  re-
ferente à rotação do eixo da seção transversal. É sempre sugerido visualizar a estrutura
no formato renderizado para conferir a real situação da barra, mesmo porque
estas indicações também dependem da orientação da barra (nós de incidência).
As ações aplicadas nas barras são feitas com referência ao sistema local da barra. Por isto,
a ação acompanhará a inclinação da barra o que afetará o carregamento da estrutura. No
caso de uma barra possuir rotação de 90°, a direção da solicitação passará de uma direção
31

para outra, por exemplo, de X para Y no sistema global. Por isto, haverá caso em que uma
estrutura caracterizada como plana deverá ser considerada como tridimensional quando
esta recebe carregamento inclinado em relação ao seu plano. Ver mais informações em
2.4.
É importante notar que ao se visualizar a estrutura na forma renderizada, a rotação da
barra poderá ser mostrada com um giro ao contrário do que o eventualmente esperado.
Notar que uma barra tem o mesmo momento de inércia quando tem uma rotação de 180°,
ou seja, para efeito do cálculo de esforços e deslocamentos esta rotação é indiferente –
ver Figura 2.35.
Figura 2.35 – Efeito da rotação de 180° de uma seção transversal – mesmo valor de inércia

x x x x

Fonte: Autor

2.8.7 COMPRIMENTOS DE BARRAS

Figura 2.36 – Formas de conhecer comprimentos de barras

a) Para todas as barras b) Para barra individual (com mouse)

Fonte: Autor

Existem algumas opções para visualizar a lista de comprimentos de barras. Dentre elas
tem-se a opção do menu principal em ‘Informes>Comprimentos de barras’ – Figura
2.36a. Com isto, os comprimentos de todas as barras serão listados na tela. Outra opção
é usar a opção de visualização das ações sobre a estrutura ( ), quando aparecerá a tela
com os informes das ações e os comprimentos de barras. Individualmente o comprimento
de cada barra pode ser visualizado na parte inferior da tela ao movimentar o mouse e
passar sobre uma determinada barra –Figura 2.36b. Os comprimentos das barras também
podem ser visualizados no modo ‘Medidas’ diretamente pelo mouse por meio da verifi-
cação da distância entre nós – ver 2.13, na pág. 39.

2.9 INTRODUÇÃO DE APOIOS

Os apoios são introduzidos ou modificados clicando-se sobre o ícone disponível em


várias partes do programa, ou usando o menu principal em “Dados>Apoios”. Esta tela
poderá ser acessada desde que exista pelo menos um nó, mesmo que as barras ainda não
tenham sido introduzidas. Ao abrir o modo de introdução de apoios –Figura 2.37–, sele-
cione um nó digitando o seu número na caixa “Nó(s)”, ou informe um grupo de nós (ver
32

5.2). Escolha os impedimentos de deslocamentos marcando as caixas X, Y ou Z para as


translações e rotações. Após isto escolha “Introduzir>Atualizar”. As caixas auxiliares indi-
cadas por ‘Translações’ e ‘Rotações’ servem para marcar (ou desmarcar) todos os víncu-
los com um único clique, respectivamente para cada tipo de vinculação. De forma seme-
lhante a caixa indicada por ‘Todos os vínculos’ marca (ou desmarca) todas as seis caixas
de vínculos individuais.

Figura 2.37 – Introdução de apoios

Fonte: Autor

Para selecionar um nó específico pelo mouse, clique sobre as imediações do nó. Automa-
ticamente o número do nó será reconhecido e destacado. Dê um clique no mouse e o
número aparecerá na caixa “Nó(s)”.

Figura 2.38 – Representação de apoios por traços


b) Três translações e
a) Três translações im- c) Três rotações impe-
rotações impedi- d) Direções dos eixos
pedidas didas
das

Fonte: Autor

Os apoios podem ser representados por traços ou triângulos. Um traço vertical ou hori-
zontal (cor definida pelo usuário em ‘Modificar cores’) indica a presença de um vínculo
que impede a translação – Figura 2.38a e b. Um traço horizontal ou vertical seguido de
um traço perpendicular indica a presença de um vínculo que impede a rotação em torno
do eixo na direção do traço indicado – Figura 2.38b e c. Na Figura 2.38d é mostrado o
sistema de eixos apenas para orientação de eixos das imagens anteriores.
33

Nessa tela principal será possível optar pela forma de representação dos apoios, por traços
ou por triângulos. Para mais opções fá em “Configurar>Configurar Visualização” ou clique
sobre o ícone . Esta opção aparece na definição “Representação dos apoios” na parte
inferior da tela ilustrada na Figura 2.39.

Figura 2.39 – Configuração de visualização

Fonte: Autor

2.10 CONFIGURAR VISUALIZAÇÃO


2.10.1 GERAL
Existem várias formas de configurações de visualização voltadas para apresentação de
cores, tamanhos e aparências em geral. O Gestrut3D tem o branco como padrão de cor
para o fundo da tela. Consequentemente, adota outras cores para a visualização de barras,
nós, apoios, forças etc. Complementarmente o programa também possui outros dois pa-
drões de cores associados ao fundo cinza e preto – ver 0. O usuário poderá definir seu
padrão de cor e defini-lo como cor de padrão do Gestrut3D estabelecido como “padrão
de cores do usuário”. Para efetuar isto, selecione as cores desejadas e, posteriormente,
utilize a opção do menu principal ‘Salvar config. atual como padrão do usuário’, mostrada na
Figura 2.40.
Na Figura 2.40 também é possível observar as demais opções de configurações. Dentre
elas há a opção ‘Fechar barra de progressão/rotação/desenho’ – destacada em vermelho – que
permite mostrar ou não a barra auxiliar de manipulação de imagens.
A barra de progressão/rotação/desenho, destacada na Figura 2.40, é necessária para mo-
dificar visualizações. Como padrão ela aparece do lado direito da tela. No entanto, o usu-
ário pode arrastá-la para qualquer posição da tela, na posição de melhor conforto.
Diversas operações estão disponíveis nesta barra de ferramenta: rotações em torno dos
eixos x, y e z, deslizamento (arraste) da estrutura para a direita, esquerda, para cima e
para baixo, visualização rápida da estrutura nos planos XY, XZ e YZ, vista isométrica da
34

estrutura de duas formas e (vistas a 45), visualização da estrutura completa e


zoom.
Figura 2.40 – Opções de configurações de cores e aparências e barra de progressão/rotação/de-
senho

Fonte: Autor

O deslizamento (arraste) da estrutura é feito pelos botões , , e . Logo abaixo destes


botões aparece uma caixa com um valor numérico que indica a quantidade de pixels a
serem movimentados a cada clique. Estes botões podem ser substituídos pelo arrasto do
mouse. Clique em para optar pelo arrasto via mouse e para retornar à forma padrão
do mouse. Estas opções também aparecem quando o botão direito do mouse é acionado.
A escolha do tipo do mouse pode ser feita por duplo clique do mouse, alternando-o entre
a forma padrão e a de arraste.
A rotação da estrutura para diferentes inclinações também é possível por meio da combi-
nação da tecla ‘Ctrl + botão direito do mouse’. Isto permitirá diferentes ângulos de visu-
alização, tal como os permitidos pelas mudanças de ângulos da barra de ferramentas da
Figura 2.40, clicando-se sobre as opções Eixo X, Eixo Y e Eixo Z.
O zoom pode ser de aproximação ou afastamento. Utilizam-se os dois botões da barra de
ferramentas ( ou ), ou o botão central de rolamento do mouse. A porcentagem de
aumento ou redução é definida na tela de configurações mostrada na Figura 2.39, na op-
ção “Incremento para zoom (%)”.
A primeira opção de configuração é ‘Configurar Visualização’. Está disponível por meio da
opção do menu principal “Configurar>Configurar Visualização” ou pelo ícone . O seu uso
implica na tela mostrada na Figura 2.39.
35

Por meio da tela da Figura 2.39 é possível definir formas de apresentação de resultados,
de aparência geral, tais como, de eixos, apoios, forças, numerações, fontes, cores etc.
Na parte superior esquerda desta tela há a opção de incluir a estrutura indeformada quando
se visualiza a estrutura deformada utilizando-se um tipo de linha que pode ser escolhido
entre Pontilhada, Tracejada, Traço e ponto, Traço, ponto e ponto ou Sólida.
Ainda na parte superior esquerda se escolhe a forma de visualização da estrutura, onde é
possível definir a espessura de visualização das linhas que representam as barras da es-
trutura pela opção “Espessura de linha da estrutura”. O valor unitário corresponde à mais
fina das linhas. Normalmente, o aumento da espessura da linha implica na necessidade de
alterar alguns outros parâmetros devido à sobreposição de algumas características, por
exemplo, o diâmetro das representações de articulações (se existir) de extremidades de
barras. Para estruturas com muitas barras, provavelmente indicar a espessura igual a 1
causará uma visualização mais apropriada ao reduzir a densidade de elementos mostra-
dos.
Na representação da estrutura deformada a escala é importante para realçar deslocamen-
tos. Depois da estrutura calculada, o Gestrut3D define uma escala para visualização que
é mostrada na caixa “Fator de ampliação de deslocamentos”. Nem sempre será a melhor para
os objetivos do usuário. Então, é possível modificar este fator digitando diretamente o
fator de escala desejado.
Dependendo da estrutura e do ângulo de visualização torna-se adequado apresentar, ou
não, a numeração de nós e barras. Por isto, há quatro opções quanto à forma de visuali-
zação dos números dos nós e das barras: “Nós e barras numerados”; “Somente nós”; “Nós e
barras sem números” e “Somente barras”.
Na visualização pode ser adequado posicionar o número do nó do ponto que define o nó.
Para isto, use a opção “Distância do nó ao nº. do nó” para definir de quantos pixels o número
se afasta do nó na direção x e y. Por padrão considera 4 em x e 1 em y. Algo semelhante
ocorre para as distâncias entre a barra e o seu nó. É possível distanciar ou aproximar o
número da barra aumentando, ou diminuindo, o valor correspondente na direção horizon-
tal e/ou vertical.
Quando a barra tem extremidade articulada, a sua visualização pode ser omitida ou não.
Se for mostrada, escolha a cor da circunferência e do miolo do círculo que representa a
articulação, bem como o seu diâmetro em pixels. Também é possível distanciar mais ou
menos a posição deste círculo em relação ao nó. Defina, então, qual é este valor em pixels
em “Dist. circ. ao nó”.
É também possível estabelecer qual é o estilo da fonte e seu tamanho, a ser usada na
visualização gráfica da estrutura usando o botão “Fonte para visualizar desenhos”. Esta opção
é interessante, especialmente ao capturar uma imagem a ser utilizada em algum texto
externo, quando seja importante ter textos legíveis. Isto é feito a partir do aumento de
tamanho ou modificação da fonte da opção mencionada.
Para acelerar ou reduzir o aumento ou redução do zoom pode ser escolhida a porcentagem
deste avanço pela opção “Incremento para zoom (%)”. Esta porcentagem indica o avanço do
zoom quando se rola o mouse ou os botões de aumento ou decréscimo de zoom.
Escolha se deseja incluir na visualização da estrutura os Eixos, os Apoios e as Forças
marcando nas caixas correspondentes. Opte pela quantidade de casas decimais mostradas
na visualização dos valores das forças. Note que é possível ver a força (o vetor) e ver o
valor da força, este é controlado pela caixa “Valores de forças”.
36

Quando a(s) extremidade(s) da barra é articulada, é permitido escolher se esta informação


é visualizada ou não. Caso seja visualizada, suas características serão definidas pela cor
do contorno do círculo, cor do miolo, diâmetro e distância do círculo ao nó. Esta última
característica é interessante quando para um nó convergem várias barras com extremidade
articulada. Distanciar o círculo permitirá uma melhor interpretação da situação.
Poderá ser escolhido o tipo de representação dos apoios – por traços ou por triângulos –
como comentado em 2.8.7, pág. 31. Também o tamanho dos apoios podem ser uma esco-
lha do usuário. O padrão do programa é representar apoios com o tamanho de 12 pixels.
Ao se visualizar forças uniformemente distribuídas o programa toma como padrão mos-
trar seis setas ao longo da barra para representá-las. Caso desejado este valor pode ser
alterado. É uma característica meramente visual que implica apenas em se ter uma ima-
gem mais limpa ou mais carregada visualmente.

Figura 2.41 – Visualização de seções circulares renderizadas

a) Escolha do nº de faces b) 14 faces c) 50 faces

Fonte: Autor

Para visualização renderizada de seções circulares é possível definir a quantidade de faces


a serem usadas na construção da imagem. Tem-se como padrão do programa a quantidade
de 14. Este valor pode ser escolhido entre 8 e 50 na opção ‘Nº de faces seções circulares
renderizadas’ – Figura 2.41a, na parte inferior da janela de configurações, ver Figura 2.39.
Notar que a representação estará mais bem ajustada à medida que se aumenta este número.
Comparar a Figura 2.41b com a Figura 2.41c.
2.10.2 CORES
Além das cores de entidades específicas comentadas anteriormente, as demais cores, tais
como, as do fundo da tela, barras, apoios, sistema de eixos etc., podem ser escolhidas pelo
botão . Esta opção além de poder ser acessada pelo menu principal por meio
de “Configurar>Modificar cores”, poderá também ser acionada em outras partes do pro-
grama. Também está disponível ao se clicar o botão direito sobre a imagem da estrutura
– tela onde a estrutura é desenhada. Ao se fazer esta opção surgirá a tela mostrada na
Figura 2.42. Para modificar a cor, clique sobre a cor desejada para aparecer a palheta de
cores. Escolha as cores de cada entidade e visualize a resposta por meio do botão ‘Aplicar’.
Ao escolher ‘Fechar’ considera-se que estas cores foram aceitas, e passam a vigorar na
visualização.
37

Figura 2.42 – Tela para definição de cores

Fonte: Autor
Figura 2.43Recuperar cores do programa
Como já dito, o Gestrut3D considera o fundo branco como padrão. No entanto, outros
dois padrões estão disponíveis: fundo cinza e fundo escuro. Caso o usuário queira optar
por um visual dentre os três padronizados, use ‘Configurar>Definir cores gerais’. Ao se fazer
uma das três escolhas o programa perguntará se é desejado manter este conjunto de cores
como padrão. Caso a resposta seja sim, este passa a ser o padrão de cores, sendo utilizado
nas próximas vezes que o programa for aberto.
Outra opção é fazer este procedimento de força personalizada, lembrando que o usuário
tem toda a liberdade para definir todas as cores, podendo definir a sua preferência indivi-
dualmente para cada componente de tela e salvá-la como cor padrão. Escolha as cores a
partir do painel de cores mostrado na Figura 2.42 e salve-o pela opção ‘Configurar>Salvar
config. atual como padrão do usuário’. Será observado que as cores mais escuras exigirão
espessuras das linhas de barras menores (mais finas), pois a cor clara se sobressai frente
à cor escura. Para alterar a espessura da linha use o botão de configuração – Figura
2.39, pág. 33.
2.10.3 RECUPERAR COR DO FUNDO APÓS OPTAR POR FUNDO PRETO EM ESFORÇOS
Quando for acionada a opção de escolha de cores para visualização de esforços dada pelo
ícone presente na tela Principal e de Resultados – ver 10.1.3 na p.82 –, é possível
reverter a cor do fundo da tela pela opção “Voltar cor de fundo Antiga” existente na lista pop-
up (botão direito do mouse sobre a tela de imagem).
Ao mesmo tempo é possível voltar à cor anterior utilizando a opção disponível na lista
pop-up “Recuperar cores do programa”.

2.11 VISUALIZAÇÃO DA ESTRUTURA NA TELA PRINCIPAL


A estrutura quando exibida na tela principal pode ser visualizada de diferentes formas. É
possível observar em detalhes pontos específicos da estrutura por meio do “zoom”, por
arrasto horizontal ou vertical (pressione botão esquerdo e arraste), ou girando-a em torno
dos eixos (movimente o mouse com o botão direito ou botão central, ou Ctrl+botão di-
reito) empregando a barra de ferramentas mostrada na Figura 2.40.
38

2.12 A OPÇÃO “OPERAÇÕES” DO MENU PRINCIPAL


A opção disponível no menu principal “Operações” permite executar algumas tarefas que
facilitem o usuário na geração da estrutura, permitindo modificar a estrutura a partir de
dados já introduzidos. Estas funções são mostradas na Figura 2.44. As três primeiras op-
ções estão também disponíveis nas operações de coordenadas de nós e permitem gerar a
estrutura a partir de partes já montadas.

Figura 2.44 – Opções disponíveis em “Operações”

Fonte: Autor

A quarta opção ‘Copiar barras da estrutura’ é uma forma de reproduzir barras. Escolha as
barras a serem copiadas, informe o deslocamento e a direção do deslocamento para agre-
gar barras à estrutura, tendo como guia a tela indicada na Figura 2.45a. Também é possí-
vel copiar os vínculos associados aos nós das barras copiadas.
Figura 2.45 – Telas com operações especiais
a) Copiar barras da estrutura

b) Tela para cálculo de áreas (exemplo)

Fonte: Autor

Faz-se um destaque especial à opção ‘Área de superfícies triangulares’. Com esta opção é
possível calcular áreas de superfícies formadas por três nós quaisquer, bastando informar
39

quais são os três nós (no plano ou no espaço) que caracterizam a superfície. A ordem
destes nós pode ser qualquer – Figura 2.45b.

2.13 CONHECENDO A DISTÂNCIA ENTRE DOIS NÓS


A partir do movimento do mouse na tela principal é possível conhecer a distância entre
dois nós. Para isto, selecione o modo ‘Medidas’ clicando no ícone (ou Ctrl+M) para
tornar o mouse com a forma . Ao identificar (selecionar) um nó pelo movimento do
mouse, clique e arraste até o outro nó para que automaticamente seja mostrada a distância
entre os nós. Enquanto o mouse permanecer clicado, a distância entre os nós será mos-
trada apenas na barra inferior Figura 2.46. Assim, é possível conhecer as distâncias entre
vários nós mantendo o mouse clicado tendo o primeiro nó como referência. Ao liberar o
mouse, será mostrada também uma caixa com informações dessa distância entre os nós
(tridimensionalmente) e as variações nas direções x, y e z. Ao liberar o mouse aparecerá
uma linha reta tracejada e alaranjada ligando os dois nós, bem como uma caixa com as
informações referentes à medida feita – Figura 2.46. Simultaneamente, a informação das
distâncias continuará sendo mostrada na barra horizontal inferior da tela. Ao clicar com
o botão direito sobre essa barra ou sobre a caixa de texto, surgirá a opção de enviar o
conteúdo para a área de transferência (clipboard) do sistema.
Para mudar o nó de referência, libere o mouse e arraste-o até selecionar o nó desejado.
Clique com o botão esquerdo e arraste até o outro nó para novas informações.
Para sair da forma ‘Medidas’ clique sobre o ícone , ou dê duplo clique sobre a imagem,
ou pressione a tecla ESC, ou use o atalho Ctrl+M, para que o mouse retorne à forma
padrão. Para reativar o modo ‘Medidas’ clique novamente sobre o ícone ou Ctrl+M.

Figura 2.46 – Verificação da distância entre nós pelo mouse

Fonte: Autor
3 A OPÇÃO ‘INFORMES’ DO MENU PRINCIPAL
São disponibilizadas no menu principal na aba ‘Informes’ – Figura 3.1 – algumas infor-
mações referentes às propriedades da estrutura, tais como, lista dos comprimentos das
barras, quantidades de barras com mesmos comprimentos, distância entre nós e quanti-
dade de barras agrupadas por características quando se tem uma torre gerada pelo pro-
grama. É também possível saber a inclinação de barras em relação aos eixos x, y e z, bem
como a quantidade de subestruturas, quando for o caso. Há também a informação relativa
ao tamanho da tela disponível, eventualmente útil em alguma circunstância.

Figura 3.1 – Tela da aba ‘Informes’

Fonte: Autor

Com a opção ‘Distância entre nós’ – Figura 3.2 – têm-se informações relativas entre dois
nós.

Figura 3.2 – Tela para visualizar distância entre nós e suas coordenadas

Fonte: Autor

Com o objetivo meramente ilustrativo, é mostrado na Figura 3.3 um exemplo para infor-
mação de inclinação das barras 18 e 19 de uma estrutura.

Figura 3.3 – Exemplo de verificação da inclinação de barras

Fonte: Autores
4 BANCO DE DADOS DE SEÇÕES TRANSVERSAIS
Figura 4.1 – Chamada do editor de seções transversais a partir do menu principal

Fonte: Autor
As seções transversais podem ser cadastradas em um banco de dados para facilitar o seu
uso em diferentes aplicações. Isto será feito por um aplicativo especial acionado a partir
do Gestrut3D, podendo ser feita em diferentes etapas de cálculo, a qualquer tempo da
análise. O ícone padrão para chamada deste aplicativo pode ser visualizado na Figura 4.1.
Ele aparece em várias telas ao longo do programa, portanto, pode ser acessado em dife-
rentes situações ao longo do programa. Isto também pode ser executado a partir do menu
principal na opção “Editar>Editar Seções”.

Figura 4.2 – Exemplo da tela do banco de dados de seções transversais

Fonte: Autor

O banco de dados contém as várias seções transversais cadastradas que são agrupadas por
tipos de seções identificadas por até sete caracteres, por exemplo, DUPLOR, RETANG,
CIRCUL etc. Cada tipo de seção conterá diferentes dimensões. Por exemplo, uma seção
cadastrada com o nome RETANG (seção retangular) está associada a diferentes dimen-
sões correspondentes à espessura e altura. Veja o exemplo mostrado na Figura 4.2.
Para evitar transformações e possíveis equívocos na manipulação das informações, o
banco de dados opera as unidades exclusivamente em milímetros. As informações são
atualizadas automaticamente quando transportadas para o Gestrut3D, adaptando-se as
unidades escolhidas pelo usuário no programa. Estas seções quando visualizadas (com
42

imagem) serão mostradas com a indicação da unidade real, embora sua escolha seja feita
por uma tabela com valores em mm.
Observa-se que alguns tipos de seções exigem mais informações do que outros, por isto
há mais ou menos colunas com valores na planilha. A coluna indicada como “Força distr.”
corresponde ao peso específico da barra vezes a área da sua seção transversal. Esta infor-
mação é utilizada pelo Gestrut3D para geração de carregamento de peso próprio. Vale
destacar que o peso próprio somente é considerado se o usuário solicitar a geração deste
tipo de carregamento pela opção do menu principal: “Carregamentos>Gerar peso próprio das
barras>Concentrado ou Distribuído”. Caso contrário o peso próprio da estrutura não é consi-
derado no cálculo de esforços.

Figura 4.3 – Identificação de algumas seções transversais

Fonte: Autor

A identificação das seções transversais é feita por meio da sequência de suas dimensões,
na seguinte ordem: b×h×c×a×h’, tendo como base as identificações mostradas na Figura
4.3. Quando não houver o parâmetro, este será omitido da sequência. Por exemplo, uma
retangular será identificada simplesmente por b×h. A seção transversal tipo TRIPLR terá
b×h×c. A DUPLOI por b×h×a×h’, sendo omitido o “c” da sequência. E assim por diante.
As seções transversais mostradas na Figura 4.3 são aquelas associadas ao dimensiona-
mento automatizado para peças estruturais de madeira, ou seja, são as identificadas, res-
pectivamente, por 'RETANG', 'DUPLOR', 'TRIPLR', 'SIMPLT', 'SIMPLI ', 'DUPLOT',
'DUPLOI', 'CIRCUL'. Estas são as identificações básicas (raízes) às quais pode ser agre-
gado mais uma letra ou número para diferenciar o mesmo tipo de seção, e com mesmas
dimensões, com alguma característica especial. É o caso típico de se ter a mesma seção
transversal, porém com pesos diferentes – caso de peças de madeira. Comentários adici-
onais sobre o tema também são fornecidos em 8.5, na pág. 68.
As cantoneiras estão definidas como “SIMPLC” (simples cantoneira), cujos parâmetros
estão caracterizados na Figura 4.4.
43

Figura 4.4 – Parâmetros para definição de cantoneiras

Fonte: Autor

As informações relativas a este banco de dados ficam armazenadas no arquivo Sec-


tion.dat, existente na pasta de documentos no subdiretório Gestrut3D, por exemplo,
‘C:\Users\Francisco_Notebook\Documents\Gestrut’. Caso o programa Gestrut3D seja
desinstalado, o Section.dat não será apagado e, portanto, poderá ser reutilizado caso uma
versão mais recente seja instalada. Ao reinstalar a nova versão com um Section.dat no
diretório Documents, o usuário será perguntado sobre a manutenção deste arquivo, ou se
sobrepõe o arquivo padrão existente na nova instalação. Provavelmente o usuário optará
por manter o arquivo já existente ao qual devem estar incorporadas seções particulares
cadastradas. Observe que também existirá nessa pasta um arquivo chamado de Sec-
tion.bak. Este é uma cópia da última versão modificada de Section.dat efetivada na última
modificação de seções transversais. Caso necessário, basta renomeá-lo para Gestrut.dat.
O banco de dados das seções transversais fica instalado em cada computador no diretório
de instalação do Gestrut3D. Este banco de dados é dinâmico, porém é um arquivo que
fica armazenado apenas no computador onde o programa computacional está instalado.
Sendo assim, se for utilizar em outro computador é necessário atualizar este banco de
dados, transportando-o para o outro computador. Esta atualização pode ser feita pela có-
pia do banco de dados (arquivo) por meio da operação ‘Arquivo>Banco de dados Seções Trans-
versais>Criar cópia do banco de dados das seções transversais’ – Figura 4.5. As informações
serão salvas em um arquivo com extensão ‘.dat’ com um nome qualquer escolhido pelo
usuário. Posteriormente, transfira esse arquivo para o outro computador por meio de ope-
ração ‘Arquivo>Banco de dados Seções Transversais> Transferir para este computador banco de
dados das seções transversais’. Os dados serão sobrepostos aos já existentes.

Figura 4.5 – Copiar e transferir banco de dados das seções transversais

Fonte: Autor

As seções transversais do tipo DUPLOR ou TRIPLR deverão ter a informação relativa à


quantidade de distâncias entre solidarizações longitudinais (m) ao longo da barra. Isto é
fornecido na fase de Resultados pela opção “Configurar” do menu principal, ou pelo ícone
“Configurar resultados” na aba “Dimensionamento”, onde aparece a informação “m (esp)”
para cada barra. Forneça o valor de “m” para as barras com este tipo de seção transversal.
Caso nada seja preenchido, o Gestrut3D considerará m=1 para a respectiva barra.
44

A seção transversal do tipo 'CIRCUL', para efeito de dimensionamento, será transformada


em uma seção transversal quadrada de lados iguais que tem área equivalente à da seção
transversal circular.
Também é possível fazer o dimensionamento de barras de perfis tubulares metálicos do
tipo ‘CHS/CSA’, ‘SHS/CSA’ e ‘RHS/CSA’ (norma canadense).
Tenha atenção ao abrir um projeto antigo com barras associadas a uma seção transversal
do banco de dado que foi alterado, ou melhor, que teve seções transversal excluídas. Por
exemplo, se havia no banco de dados uma barra com a designação ‘RETANG 15×27’ e
o usuário achou por bem excluí-la por algum motivo, então quando o projeto antigo for
aberto e não for encontrada a seção transversal especificada esta será alterada para ‘Ne-
nhuma’ e mantidos os valores de Ax, Ix, Iy e Iz.
5 FORMAS RÁPIDAS DE INTRODUÇÃO DE DADOS

5.1 GENERALIDADES
Em várias situações tem-se a necessidade de informar grupos (conjunto) de valores asso-
ciados aos números dos nós ou das barras. Neste caso tem-se um conjunto de valores
inteiros. Da mesma forma, em algumas situações é necessário informar sequências de
distâncias ou de outros parâmetros vinculados a valores reais.
Para facilitar a introdução de dados existem formas contraídas de fornecer a sequência
numérica, como apresentado a seguir.

5.2 GRUPO DE VALORES INTEIROS


Quando se tem um grupo de valores inteiros a serem introduzidos, é possível utilizar uma
combinação de caracteres tais como “/”, “;”, “-“, “a” e “@”, ou simplesmente “T” ou “t”.
Também é admitido o uso da vírgula que é um caractere equivalente a “/” ou “;”. O pri-
meiro “/” é usado para separar dois valores. O hífen “-“ é usado para ligar dois valores,
começando com o valor da esquerda e terminando com o valor da direita para uma vari-
ação sequencial definida. Este símbolo tem a mesma função que “a”, pois ambos indicam
uma variação do número inicial ao final. O incremento entre valores é igual 1, a menos
que o símbolo "@" seja usado após o segundo valor. Se você usar "@" é necessário es-
pecificar o incremento. Por exemplo, 5-9 tem o mesmo significado que 5-9 @ 1. Ambos
correspondem à sequência: 5, 6, 7, 8 e 9. Porém, se fosse desejado ter a sequência 5, 7 e
9, seria usada a forma contraída 5-9@2. O uso do “T” ou “t” indica que todos os nós, ou
todas as barras, serão selecionados.
Espaços entre números e símbolos são opcionais, pois é entendido como caractere neutro.
Exemplos:
• 8a29@7/17/21 = 8, 15, 22, 29, 17 e 21
• 5/11/20a23/30-38@3/50 = 5, 11, 20, 21, 22, 23, 30, 33, 36, 50
• 4;7;20,22,25/30 = 4, 7, 20, 22, 25 e 30
Esta forma contraída é sempre interessante quando se informa grupos de números de nós
ou barras.

5.3 GRUPOS DE VALORES REAIS


Para grupos de valores reais, por exemplo, relacionados com comprimentos, forças, mo-
mentos, propriedades geométricas etc., é possível utilizar uma forma contraída usando os
caracteres "/", para separar dois valores, e "*" que tem o significado de “vezes”. Ao digitar
“*”, automaticamente aparecerá o caractere “×”.
Ao contrário do caso de grupo de valores inteiros, neste caso a vírgula é entendida como
separador decimal, e não como separador de números. Para a manipulação de números
reais o Gestrut3D interpreta igualmente a vírgula e o ponto como separadores decimais.
Portanto, é indiferente utilizar uma forma ou outra, independentemente da configuração
do computador do usuário.
Veja os exemplos:
a) 1,5/1.8/2/2,4/3,1 corresponde a 1,5, 1,8, 2,0, 2,4 e 3,1
b) 1,5/3×2/4×1.8 equivale a 1,5/2/2/2/1,8/1,8/1,8/1,8
6 INTRODUÇÃO DE CARREGAMENTOS SOBRE A ESTRUTURA

6.1 GENERALIDADES
Existem diferentes formas de introdução de carregamentos sobre a estrutura. As ações
podem atuar diretamente sobre os nós ou sobre as barras. As forças sobre as barras podem
ser aplicadas na forma de força concentrada ou distribuída (linear ou uniformemente) na
direção paralela ou perpendicular ao eixo da barra. Está desabilitada a possiblidade de
momentos concentrados aplicados ao longo das barras.
É possível ter diferentes tipos de carregamentos, por exemplo, peso próprio, recalque,
sobrecarga, vento etc. Recomenda-se atribuir diferentes nomes para cada caso identifi-
cando-os com até três caracteres, por exemplo, G, PP, W, SBR etc. Isto facilitará o ge-
renciamento do processo de visualização ou de obtenção de resultados, pois isto pode ser
feito para um carregamento individual ou para qualquer combinação de carregamento.
Um carregamento identifica um conjunto de ações – ou apenas uma – simultâneas e de
qualquer natureza associada ao nome do carregamento. Quando o carregamento é multi-
plicado por qualquer constante, isto implicará em multiplicar todas as ações por esse valor
independentemente da sua natureza. Um carregamento pode englobar forças concentradas
sobre nós, concentradas ou distribuídas sobre barras, bem como recalques. Cada carrega-
mento representa um conjunto de ações.
Figura 6.1 – Combinações de carregamentos
a) Lista de carregamentos pré-defini- b) Opções de operações da lista de carregamentos
dos

Fonte: Autor

6.2 COMBINAÇÃO DE CARREGAMENTOS


Como já dito, é recomendado identificar isoladamente cada carregamento pela sua ca-
racterística. A visualização ou a análise da estrutura pode ser feita para qualquer combi-
nação de carregamento. Na tela da Figura 6.1 têm-se os carregamentos e algumas combi-
nações pré-definidas pelo Gestrut3D. Para visualizá-las basta clicar na primeira caixa no
canto superior esquerdo da tela principal do programa. No caso, são predefinidos pelo
programa três tipos diferentes de carregamentos identificados por G, Q e W, com dife-
rentes possibilidades de carregamentos. Não necessariamente precisam ser usados. No
entanto, sempre existirá, no mínimo, um carregamento identificado por até três letras.
Este carregamento poderá ser avaliado para o seu valor original ou multiplicado por qual-
quer constante. Havendo mais de um carregamento individual poderão ser analisadas di-
ferentes combinações. Toda ação estará associada a um nome de carregamento. Para ter
as combinações de carregamentos basta digitar a expressão na caixa de carregamento, por
exemplo, 1,3G+ 1,4(Q+0,4W). Após a sua digitação pressione ENTER. Outra forma é
47

usar a opção ‘Acrescentar’ pelo menu popup – Figura 6.1b – após a digitação da expressão.
Toda visualização ou obtenção de resultados será feita para a expressão constante nesta
caixa. Portanto, sempre se certifique que a operação seja feita para o carregamento ou
combinação desejada.
Se o usuário deseja excluir uma combinação de carregamento, ou todas, clique sobre a
caixa (sem opções suspensas) e faça a opção com o botão direito dentre as mostradas na
Figura 6.1b. Caso o usuário encontre alguma dificuldade na digitação da expressão dire-
tamente na caixa de expressões (canto superior esquerdo da tela), use a opção ‘Digitar a
expressão sem restrições’ disponível no menu suspenso desta caixa. Neste caso, a expressão
não será verificada em tempo real de digitação, permitindo que possíveis erros de com-
posição sejam cometidos, mas que serão verificados posteriormente.

6.3 AÇÕES DE DIFERENTES TIPOS


6.3.1 GENERALIDADES

A introdução de ações é feita utilizando os ícones ou pelas opções disponíveis


no menu principal em ‘Carregamentos’. Por meio de qualquer destas opções haverá acesso
à tela mostrada na Figura 6.2, onde serão introduzidas ações relativas às forças sobre nós,
recalques de apoio, forças concentradas sobre barras, forças uniformemente distribuídas,
forças trapezoidais distribuídas e momentos concentrados sobre barra. A opção para ações
devidas à variação de temperatura ainda não está disponível. Nesta mesma tela serão mos-
tradas as ações (lista) de forma numérica.

Figura 6.2 – Tela para introdução e/ou modificações de ações

Fonte: Autor

Cada tipo de ação será introduzido pela escolha de cada aba correspondente, conforme
será descrito a seguir. Estas forças poderão ser editadas modificando diretamente os va-
48

lores numéricos na planilha ou modificando os valores nos respectivos campos e efetiva-


dos ao clicar no botão ‘Atualizar ação’. Para entrar no modo de edição da planilha – acesso
às células individualmente –, dê dois cliques com o mouse em qualquer posição sobre a
planilha.
6.3.2 FORÇAS SOBRE NÓS
As ações sobre os nós podem ser aplicadas nas direções x, y e z na forma de forças con-
centradas e/ou momentos em que os valores são informados nos campos correspondentes
– Figura 6.2.
As ações sobre os nós podem ser consideradas na forma de forças concentradas, forças
distribuídas de forma uniforme ou trapezoidal, e como momentos concentrados. De forma
semelhante, pode-se considerar a existência de recalques de translações e rotações em
qualquer nó. No centro da tela, Figura 6.3, faz-se a opção por “Forças” ou “Recalques”.
Caso a opção seja recalque na forma de rotação, este será introduzido na unidade radianos.
Figura 6.3 – Tela para aplicação de forças e recalques sobre nós

Fonte: Autor

6.3.3 FORÇAS SOBRE BARRAS


As forças sobre barras podem ser concentradas, uniformemente distribuídas, linearmente
distribuídas (trapezoidais). Também poderá ser aplicado momento concentrado, forneci-
dos pelos parâmetros indicados na Figura 6.4.
49

Figura 6.4 – Abas da tela para aplicação de ações sobre as barras


a) Força concentrada b) Força uniformemente distribuída

c) Força trapezoidal d) Momentos concentrados

Fonte: Autor
É fundamental saber que os carregamentos sobre as barras são dados no sistema local (da
barra). Por isto, fique atento às informações contidas em 2.4 (pág. 16) e 2.8.6 (pág. 29).
A lista de comprimentos de barras que aparece do lado direito desta tela tem o objetivo
de permitir ao usuário uma rápida consulta a esta informação, tendo em vista que este
parâmetro está associado à posição de força sobre a barra, ou seja, não é possível aplicar
uma força em posição além do comprimento da barra. Também, para auxiliar este pro-
cesso, é permitido utilizar a letra “L” para indicar que o valor se refere ao comprimento
total da barra, no caso do valor “b” na aba de força uniformemente distribuída.
Os eixos de aplicação das forças são indicados nas figuras. As setas mostradas nestas
figuras indicam o sentido positivo das forças. Os sinais destas forças dependem da posi-
ção e da orientação da barra na estrutura. É indispensável muita atenção para introduzir
as forças sobre as barras. Na Figura 6.5 é mostrada uma ilustração dos sentidos positivos
das forças nas três direções do eixo local da barra. É mostrado apenas para o caso de
forças concentradas, mas para as demais situações (distribuídas, trapezoidais e momentos
concentrados) os sinais seguem a mesma lógica. Nessa figura estão mostradas várias bar-
ras com referência a um nó central tomado como nó inicial da barra. Assim, a barra é
mostrada com diferentes orientações. Especial atenção deve ser tomada para o caso da
barra vertical, quando esteja orientada de baixo para cima, ou de cima para baixo. Reco-
menda-se que o usuário sempre teste os resultados individualmente para cada barra para
saber o verdadeiro sentido das forças. A visualização na tela ajudará enormemente, porém
em alguns casos uma espécie de “ilusão de ótica” pode confundir o usuário, notadamente
para barras muito inclinadas.
50

Figura 6.5 – Convenção de sinais das forças sobre barras para os quatro quadrantes

Fonte: Autor

Notar que quando a barra está a 90 as forças têm uma orientação compatível com a
alteração de inclinação das barras com giros entre -90 e +90. Ao passar para o 3º. e 4º.
quadrantes (giro maior que 90 e menor que 270) ocorre uma brusca incompatibilidade
de sinais. De fato, é assim mesmo; o usuário deve ficar atento a isto.
A Figura 6.5 ilustra apenas as barras pertencentes ao plano XY. No entanto, qualquer que
seja a inclinação gerada pela coordenada z (positiva ou negativa) valerá a orientação in-
dicada, pois é como se a barra estivesse projetada no plano XY.
Especial atenção na leitura dos dados quando se tem força ao longo da barra, pois a ori-
entação da barra poderá alterar o que parece lógico na visualização. Especialmente para
forças cortantes que poderão parecer com sinais invertidos. Felizmente, na prática, estes
sinais não acarretarão consequências indesejáveis, se interpretados erroneamente. Ob-
serve sempre cautelosamente a apresentação visual destes carregamentos mostradas pelo
programa. Sempre confira com atenção. Utilize as diferentes formas de visualizações,
incluindo a forma renderizada, para ter certeza da real situação.
Para cada solicitação sobre a barra é necessário indicar o nome atribuído ao carregamento
associado (até três letras, ver Seção 6, p.46) que será fornecido na caixa “Carregamento”.
Indicar a(s) barra(s) que irão receber o carregamento na caixa “Barra(s) carregada(s)”.
Cada tipo de solicitação terá seus parâmetros associados ao carregamento correspondente,
automaticamente indicado na tela e nas imagens.
As opções de ações do tipo momento concentrado e variação de temperatura estão desa-
tivadas. Para o caso de momento concentrado, sugere-se criar um nó (dividir a barra) no
ponto onde este momento é aplicado. Desta forma, tem-se o momento aplicado sobre o
nó é não na barra. Caso de momento concentrados em extremidades de barras com arti-
culação, sugere-se que seja criado um nó com distância mínima da extremidade, por
exemplo, 0,01 do comprimento da barra, fazendo com que o ponto de aplicação do mo-
mento seja praticamente o mesmo da extremidade da barra. Esta subdivisão pode ser feita
por meio da opção do menu principal: Operações>Dividir barras: inserir nós ao longo de barras,
aplicando-se ‘proporção ao longo da barra’.
Alguns tipos especiais de carregamentos distribuídos podem ter sua introdução facilitada
como indicado na em 6.4 (pág. 51).
Para facilitar a informação referente aos comprimentos das barras, sempre aparecerá a
lista de comprimentos das barras na lateral direita das telas indicadas na Figura 6.4a.
51

6.4 FORMAS ESPECIAIS DE INTRODUÇÃO DE FORÇAS DISTRIBUÍDAS


Figura 6.6 – Gerenciamento de introdução de carregamentos

Fonte: Autor
A opção do menu principal “Carregamentos”, Figura 6.6, é usada para diferentes formas
de introdução e geração de carregamentos, bem como para acesso às funções associadas
a carregamentos. Dentre elas, existem algumas formas de aplicação de forças que podem
ser geradas diretamente pelo Gestrut3D, facilitando a introdução dos dados. Por exemplo,
ações provenientes do peso próprio da estrutura, em superfícies etc., como mostrado na
Figura 6.6. O peso próprio pode ser gerado na forma de forças concentradas sobre os nós.
Isto somente é possível para as barras catalogadas (Seção 2.13, p.39). Caso contrário o
programa indicará a impossibilidade desta ação. O nome do carregamento atribuído ao
peso próprio será estabelecido pelo usuário.
Figura 6.7 – Opções para introdução de forças distribuídas em barras e superfícies inclinadas
a) Sobre barras inclinadas b) Vento

c) Superfícies quaisquer d) Superfícies lamelares e de cúpulas

Fonte: Autor
52

Há também os casos de diferentes formas de forças distribuídas. Esta opção pode ser
acionada a partir do menu principal escolhendo-se “Carregamentos>Gerar de distribuída so-
bre superfícies e barras”. Isto resultará na tela mostrada na Figura 6.7, respectivamente para
os quatro casos disponíveis. Incluem-se neste caso a facilidade de introdução de força
uniformemente distribuída sobre barras inclinadas, distribuídas ao longo do eixo horizon-
tal ou distribuída verticalmente ao longo do comprimento da barra – Figura 6.7a –, ou
distribuída perpendicularmente ao eixo da barra (por exemplo, vento) – Figura 6.7b –, ou
sobre superfícies caracterizadas por regiões entre nós (superfícies tridimensionais) – Fi-
gura 6.7c –, ou devidas às solicitações sobre superfícies de estruturas lamelares e de cú-
pulas – Figura 6.7d.
A situação mostrada na Figura 6.7a será útil para introduzir forças uniformemente distri-
buídas sobre barras inclinadas. A força poderá ser distribuída ao longo do comprimento
efetivo da barra ou ao longo da sua projeção. Escolha o caso e informe o nome do carre-
gamento (até três caracteres), o valor da força distribuída (cuidado com as unidades –
aparecem indicadas), a direção da força no sistema global, o tipo de força a ser gerada
(concentrada ou distribuída) e as barras que recebem este carregamento. A situação típica
de uso deste recurso corresponde ao caso de forças geradas pelo peso próprio de telhas
que distribuem estas ações sobre os nós de extremidades de barras. Observa-se que a
geração de peso próprio das barras da estrutura é mais facilmente feita pela opção ‘Carre-
gamento>Gerar peso Próprio das barras>Concentrado’ do menu principal.
Outra opção bastante útil é o caso de cálculo da ação do vento em superfícies inclinadas.
O programa transformará a força distribuída em forças concentradas sobre os nós decom-
postas nas direções x e y, ou conforme for o plano da força, Figura 6.7b.

6.5 VISUALIZAR OU MODIFICAR CARREGAMENTOS NUMERICAMENTE


Para visualizar ou modificar as informações numéricas relativas às forças nodais ou sobre
barras, utilize o ícone da barra de ferramentas do menu principal, ou vá em “Carrega-
mentos>Editar carregamentos” do menu principal. Aparecerá a planilha com todos os nós e
barras e suas respectivas solicitações. Para modificar valores, dê um duplo clique sobre a
planilha para permitir acessar cada célula individualmente. Ao fazer a modificação de
valores, estes serão considerados atualizados automaticamente.
Lembre-se que as modificações também podem ser efetuadas com os procedimentos des-
critos em 6.3.2 e 6.3.3.
Figura 6.8 – Visualização ou modificação de carregamentos (exemplo)

Fonte: Autor
Como exemplo tem-se a tela mostrada na Figura 6.8. No cabeçalho desta planilha apare-
cem as especificações de cada coluna. Observar que cada coluna serve para múltiplas
informações, que estará associada ao tipo de ação. Por exemplo, a coluna “Nó/Barra” terá
o número do nó se a “Categ.” é “N”, ou seja, é força sobre o nó. Será “C”, “D”, “T” ou
“M” quando a força está aplicada sobre a barra, respectivamente, indicando que a força
sobre a barra é concentrada, distribuída, trapezoidal ou é momento concentrado. De forma
semelhante para as demais colunas.
53

Neste exemplo, tem-se uma estrutura com duas forças nodais sobre o nó 2 e forças con-
centradas sobe a barra 3. Estas ações são do tipo G (podem ser usadas até três caracteres
para designação de carregamentos – 6.1). Também estão indicadas forças sobre a barra 6
caracterizadas como carregamento Q.
Estas ações foram criadas a partir das formas ilustradas na Figura 6.3, p. 48 (força nodal)
e Figura 6.4, p.49 (força sobre barra). Portanto, esta tela permite apenas a eventual atua-
lização e/ou correção de valores já introduzidos diretamente na planilha. Estas correções
e/ou atualizações podem ser feitas empregando-se o formato convencional de introdução
de forças nodais ou sobre barras.
Para abandonar esta tela, simplesmente digite ESC ou clique em qualquer lugar da tela de
exibição da imagem da estrutura.
Para modificar os dados é possível digitar valores diretamente sobre as células. Para editar
as células individualmente dê um duplo clique, ou com o botão direito ”Editar valores das
Células”. Para voltar à forma de seleção por linhas da planilha, dê dois cliques ou use o
botão direito com a opção “Voltar à edição normal”. Modifique os valores e clique sobre o
botão “Atualizar ação’ para efetivar a modificação. A navegação sobre a planilha é feita
pelos ícones ou pela escolha da linha diretamente com o mouse. Quando uma linha
é selecionada, os dados serão mostrados na parte superior da tela em seus correspondentes
campos.
Um erro comum na hora de visualizar (imagem) a estrutura é pensar que todas as ações
visualizadas numericamente irão aparecer simultaneamente na tela. Isto é possível desde
que a combinação de carregamento indique a existência dos tipos de ações na sua com-
posição. No exemplo, tem-se ações do tipo G e Q. Então, se na caixa de combinação de
carregamento aparecer apenas G, as ações Q não serão visualizadas. Por isto, esteja atento
a esta possibilidade, pois poderá transparecer que desapareceram ações. Se quiser mostrar
todas as ações ao mesmo tempo, digite G+Q na caixa de combinação de carregamentos.
Enfim, sempre serão visualizadas as ações indicadas na composição do carregamento. É
possível fazer estas escolhas nas opções disponíveis nessa tela.
Diversas operações estão disponíveis para estas manipulações, a partir do botão direito
do mouse, como mostrado na Figura 6.9. Estão disponíveis operações de exclusão de
todos os carregamentos, de apenas as linhas selecionadas, do tipo de carregamento sele-
cionado (aparece indicado o tipo do carregamento). Também é possível modificar o nome
de um carregamento, fazer o agrupamento por tipo de carregamento (modifica apenas o
posicionamento para visualização na planilha), fazer transferências de carregamentos en-
tre nós e/ou barras. Há a opção de enviar a planilha de carregamento do Gestrut3D para
uma planilha eletrônica externa. É possível fazer a transferência de informações por co-
piar e colar. Além disto, há opções de Multiplicação ou Divisão de valores. Isto é comum
quando eventualmente o usuário confunde unidades de entrada, por exemplo, introduzi-
ram-se os dados em metros, mas o correto era centímetro. Com estas operações evita-se
a reintrodução dos dados.
Estes carregamentos poderão ser ordenados (em ordem crescente) com referência a uma
coluna específica. Basta clicar sobre a coluna desejada no cabeçalho da planilha. Qual-
quer operação poderá ser desfeita antes de se efetuar a próxima operação.
54

Figura 6.9 – Opções de operações de manipulação de carregamentos

Fonte: Autor
Algumas operações podem se efetuadas sem que a tela mostrada na Figura 6.9 esteja
aberta, ou seja, são operações aplicadas a partir do menu principal na opção ‘Carregamen-
tos’. Por exemplo, caso o usuário tenha usado a opção de ‘Excluir todos os carregamen-
tos’, estes podem ser recuperados usando o menu principal em ‘Carregamentos>Recuperar
todos os carregamentos’ – Figura 6.6.
7 ESTRUTURAS COM ENTRADA DE DADOS FACILITADOS

7.1 GENERALIDADES

Figura 7.1 – Exemplo: tela para introdução de dados para tipos especiais de estruturas

Fonte: Autor
Existem alguns tipos de estruturas que são especialmente consideradas no Gestrut3D e,
por isto, têm sua introdução de dados elásticos e geométricos facilitados. São os casos de
estruturas mostradas na Figura 7.1: arcos, telhados em duas águas, vigas de banzos para-
lelos, grelhas, estruturas de edifícios de múltiplos pavimentos (plana ou tridimensional),
vigas vagão e vigas contínuas. Além destas, cúpulas, estruturas lamelares e torres também
podem facilmente ser introduzidas por meio de quantidade de dados bastante reduzidas.
É uma forma de poupar o trabalho do usuário.

7.2 ARCOS, VIGAS, GRELHAS, SISTEMAS TRELIÇADOS E PÓRTICOS PLANOS DE MÚLTIPLOS


PAVIMENTOS

Para acessar esta opção, utilize o menu principal em “Dados>Gerar automático” ou o ícone
da barra de ferramentas indicados na Figura 7.2a (ver também Seção 10.2.2, p. 89).
56

Figura 7.2 – Acesso à tela para geração de dados de estruturas especiais


a) Estruturas planas b) Ícones para geração automática de estruturas

Fonte: Autor

Como visto na Figura 7.1, esta opção permite a geração automatizada para diversos tipos
clássicos de estruturas: arcos treliçados ou de alma cheia, telhados do tipo duas águas,
edifícios com múltiplos pavimentos, grelhas, vigas armadas e vigas contínuas. Estas es-
truturas são identificadas por letras minúsculas que associam a escolha do tipo de estru-
tura feita ao clicar sobre o botão (parte superior) indicado para cada tipo de estrutura ou
pela escolha de abas (parte inferior).

Figura 7.3 – Dados para geração do tipo de estrutura ‘e’

Fonte: Autor
57

Notar que o tipo de estrutura ‘g’ engloba diferentes formatos estruturais, tais como, os
tipos ‘b’ e ‘c’, bem como outros diferentes arranjos, bastando combinar os valores desig-
nados por h1, h2 e h3 – Figura 7.3. Se h2 é zero, tem-se a estrutura do tipo mostrada na
Figura 7.4g e h com o banzo inferior horizontal. Se h1 e h2 são nulos, tem-se a estrutura
do tipo ‘b’. Se h2 é zero e h1 igual a h3, tem-se a estrutura do tipo ‘c’. Assim por diante, é
possível gerar vários formatos estruturais derivados do caso ‘e’, como ilustrado na Figura
7.4.
Pelo controle dos parâmetros h1, h2 e h3 é possível gerar a estrutura do tipo indicado na
Figura 7.4b, mesmo não sendo uma estrutura treliçada. A remoção das diagonais e mon-
tantes será feita automaticamente e as barras inclinadas terão as seções transversais indi-
cadas para o banzo superior.
Também é interessante observar que os valores de h1, h2 e h3 podem ser negativos. Isto
produzirá estruturas como a exemplificada na Figura 7.4f. Tudo isto garante diversas pos-
sibilidades de acordo com o interesse do usuário.

Figura 7.4 – Alguns formatos possíveis de serem gerados com a opção ‘h’
a) h1=0; h2>0; h3= h2 b) h1=0; h2>0; h3=0

c) h1>0; h2=h1; h3=0 d) h1>0; h2=h1/2; h3=0

e) h1>0; h2>0; h3=0 f) h1<0; h2<0; h3<0

g) h1<0; h2=0; h3>h1 h) h1<0; h2=0; h3<h1

i) h1=0; h2=0; h3>0 j) h1=0; h2=0; h3<0

Fonte: Autor
58

7.3 CÚPULAS

Figura 7.5 – Geração de cúpulas

Fonte: Autor
Para gerar estruturas do tipo cúpula, utilize a opção disponível em “Dados>Gerar cúpulas”,
ou o segundo ícone (da esquerda para a direita) da barra de ferramentas mostrado na Fi-
gura 7.2b. A tela para introdução dos dados é mostrada na Figura 7.5.

7.4 ESTRUTURAS LAMELARES


São aqui chamadas de estruturas lamelares (designação clássica) os arranjos estruturais
tridimensionais formados pela interligação de várias barras que formam uma superfície
reta ou curva como ilustrado na Figura 7.6. Na realidade, é um arranjo estrutural na forma
de grelha plana ou curva.

Figura 7.6 – Tipos de eixos de estruturas lamelares

a) Eixo reto b) Eixo circular

Fonte: Autor
59

Para gerar estruturas do tipo lamelar, utilize a opção disponível em “Dados>Gerar lamela-
res”, ou o terceiro ícone (da esquerda para a direita) da barra de ferramentas mostrado na
Figura 7.2b na p. 56.
A tela para introdução dos dados é mostrada na Figura 7.7.

Figura 7.7 – Estrutura do tipo lamelar

Fonte: Autor

Se o eixo da estrutura é reto, informe a “Altura do ponto central para eixo reto (h)”. Se
tem eixo circular, informe o raio desta circunferência, indicado como “Raio do arco”.
Fornecendo a altura do pilar, é possível calcular a estrutura como um todo, formada por
pilares e barras das lamelas. No espaço reservado para informes, serão notificadas as ca-
racterísticas da estrutura gerada.
Os diversos parâmetros a serem introduzidos para este tipo de estrutura são ilustrados na
Figura 7.8

Figura 7.8 – Parâmetros das estruturas lamelares


Divisões em x
Barras interligando nós cumeeira
Barras ligando pilares

Tirantes entre pilares

Divisões em z Barras dos arcos de fechamento

Fonte: Autor
60

No canto superior direito existem seis opções do tipo “checklist”, a seguir descritas:
a) Tem tirantes ligando pilares: indica se os pilares são interligados por tirantes ou
não. Caso não existam, os pilares serão os únicos responsáveis pela contenção
lateral da estrutura;
b) Tem barras interligando os nós de cumeeira: os nós do topo da estrutura são inter-
ligados ou não por barras. Estas são barras posicionadas na direção z;
c) Tem barras nos arcos de fechamento: isto significa a existência ou não de barras
interligando os nós dos oitões. São barras inclinadas na direção x que acompa-
nham o formato da estrutura lamelar;
d) Tem apoios nos oitões: indica se os nós dos oitões (os mesmos do caso anterior)
estão apoiados ou não, por exemplo, sobre alvenaria de fechamento;
e) Tem barras ligando nós entre pilares (direção z): indica se há barras entre os nós
da parte inferior da estrutura (no nível dos pilares);
f) Todas as extremidades de barras são contínuas: indica se as extremidades das bar-
ras são contínuas ou articuladas. As extremidades articuladas indicam que so-
mente as extremidades das barras que “morrem” nas contínuas, Figura 7.9, é que
são articuladas, para permitir estabilidade ao sistema.

Figura 7.9 – Arranjo da estrutura lamelar

Fonte: Autor

Além destes dados devem ser informadas as dimensões da estrutura, tais como, largura
(direção x) e comprimento (direção z). Também devem ser fornecidos módulos de elas-
ticidade longitudinal e transversal das barras que compõem a cobertura lamelar. Estas
barras também devem ter a seção transversal definida no campo “Barras”. Os demais
elementos do sistema que são os pilares e tirantes (se existirem) também devem ser ca-
racterizados pelas suas seções transversais e módulos de elasticidade.
Caso o usuário tenha dúvidas sobre os parâmetros, é fácil gerar a estrutura e perceber os
efeitos correspondentes. Ao clicar em Gerar lamelar a estrutura gerada aparecerá ao fundo,
sem necessidade de deixar o ambiente de geração de estrutura lamelar. Ao repetir um
clique de geração, uma nova estrutura é gerada sem interferência da anterior. Lembre-se
de definir as seções transversais que compõem as barras da estrutura.

7.5 TORRES
A introdução de dados referentes às torres de seção quadrada é feita pela opção disponível
em “Dados>Gerar torres”, ou pelo ícone destacado na Figura 7.10b. A tela para introdução
destes dados é mostrada na Figura 7.11.
61

Figura 7.10 – Geração de torres de base quadrada


a) Exemplo de torre b) Ícone para gerar torres

Fonte: Autor

Figura 7.11 – Geração de torres

Fonte: Autor

As torres são geradas a partir da base, evoluindo para o topo por meio da adição de mó-
dulos. Cada módulo é gerado com a informação da sua altura, aresta (do quadrado da
base) e inclinação, informados nos campos correspondentes. A informação referente à
aresta do quadrado da base é automaticamente atualizada de acordo com a inclinação das
colunas principais, por isto, é fornecida apenas uma vez. A cada geração dos módulos
também é informada a altura total da torre.
62

As barras são geradas com seções transversais informadas nos campos correspondentes.
O formato de cada módulo é escolhido dentre as opções “Tipo de Módulo” que caracteriza
o arranjo frontal da torre. Caso exista travamento horizontal, este tipo deve ser informado
dentre as três opções disponíveis, onde se inclui a situação de não travamento horizontal.
Forças horizontais também podem ser incluídas nesta etapa de geração da torre, embora
isto possa ser feito posteriormente utilizando os recursos de carregamentos do Gestrut3D.
Se for desejado introduzir estas forças concentradas nesta fase, informe as componentes
horizontais nas direções x, y e z que atuam em cada nível do módulo a ser introduzido. O
nível 1 corresponde ao primeiro patamar acima da base do módulo (base é nível zero). O
número de níveis depende do tipo de módulo. Caso o módulo tenha apenas o nível 1, os
demais serão ignorados. Até três níveis são permitidos, o que engloba todas as configu-
rações de níveis disponíveis. Informe o nome do carregamento, lembrando que este pode
ter até três caracteres e, portanto, serão considerados apenas os três primeiros.
É possível desfazer a introdução do último módulo, bem como recomeçar a geração da
torre. Neste caso, todos os dados são apagados e não há forma de recuperá-los.

7.6 GERADOR DE CAMADAS (EDIFÍCIOS DE MÚLTIPLOS PAVIMENTOS)

Figura 7.12 – Dados para gerar camadas – edifícios

Fonte: Autor

O gerador de camadas é uma opção interessante para adicionar elementos com base na
estrutura já existente. Indicam-se as barras de referência a partir da qual agregam-se novos
elementos na direção vertical (y) com as mesmas características das barras já existentes.
É uma forma apropriada para gerar edifícios de múltiplos pavimentos que tenham con-
tornos não regulares. É aplicável a qualquer situação que exija geração de barras acima
(ou abaixo) de qualquer barra existente. Para acessar esta opção utilize o menu principal
‘Dados>Gerar camadas’ ou clique sobre o botão . Aparecerá a tela para introdução dos
dados indicada na Figura 7.12. No lado direito da tela aparece a relação de barras e seus
respectivos comprimentos com o objetivo exclusivo de poder auxiliar a referência de di-
mensões do sistema.
63

Podem ser geradas diversas camadas ao mesmo tempo e podem ser agregadas novas ca-
madas de acordo com o desejado. As camadas são geradas sempre na vertical (direção Y)
sendo criadas barras verticais interligando os nós das extremidades de referência até a
barra da camada superior.
As novas camadas são geradas a partir de uma referência que pode ser barras ou nível de
referência para barras contidas no plano xz, portanto, a definição destas referências pode
ser feita pela indicação direta do número das barras ou por indicação da coordenada y dos
nós de extremidades das barras. Neste caso, serão selecionadas as barras que tenham as
duas extremidades de barras com nós de coordenadas Y iguais ao valor indicado. As bar-
ras de referência podem ser também inclinadas, mas pela lógica, a geração das barras
somente pode ser feita pela indicação do número das barras – inclinadas nunca terão nós
de extremidades com a mesma coordenada Y.
Quando esta ferramenta está sendo usada para gerar edifícios de múltiplos pavimentos (a
partir do arranjo de referência da base), estas barras serão mantidas, como sempre ocorre
quando uma nova camada é gerada. As barras de travamento na horizontal interligando
os pilares deverão ser removidas manualmente, caso elas não existam no projeto. Para
isto, use o menu principal em ‘Dados>Editar barras’ ou clique sobre o botão da barra de
ferramentas. Neste ambiente escolha as barras e clique sobre ‘Excluir barras’.
Uma coisa importante é saber que ao ser feita a geração de uma nova camada são aplica-
das as operações de fundir nós e barras para garantir a continuidade das barras e a não
duplicação de barras. Por isto se na estrutura existente houver nó coincidente e/ou barra
coincidente estas serão fundidas – em toda a estrutura.
8 CÁLCULO DA ESTRUTURA – RESULTADOS

8.1 GENERALIDADES
Depois de todo o processamento relativo à introdução dos dados é feita a análise da es-
trutura. Os resultados serão processados na tela mostrada na Figura 8.1.

Figura 8.1 – Resultados do Gestrut3D

a) Menu de resultados com botões desabilitados

b) Menu de resultados com botões habilitados

c) Opções de cálculo

Fonte: Autor

O acesso para visualização da tela de “Resultados Gestrut” (Figura 8.1) é feito a partir da
tela principal ao acionar o botão . Caso a estrutura não tenha sido ainda cal-
culada, os botões de acesso aos resultados aparecerão desativados, como ilustrado na Fi-
gura 8.1a. Para o acesso direto para efetivação do cálculo da estrutura, podem ser usados
os botões: .
Efetivamente a estrutura será calculada somente se um dos botões for pressionado,
quando surgirão três opções de cálculo como mostrado na Figura 8.1c. A primeira (‘Cálculo
padrão’) trata da situação padrão, completa, sem simplificações. A segunda (‘Sem deforma-
ção axial’) é adequada para um cálculo simplificado quando as deformações axiais das
barras são desprezadas, ou seja, as barras são admitidas com área da seção transversal
infinita. Esta opção é válida, especialmente para estudantes que queiram comparar resul-
tados de cálculo de estruturas feitas pelo processo manual. É o que ocorre no cálculo pelo
Processo dos Deslocamentos simplificado. Acredita-se que a maioria dos exemplos nu-
méricos existente na literatura se baseia nesta hipótese simplificadora e, por isto, os re-
sultados devem ser comparados adequadamente. A terceira opção ‘Fundir barras’ é equiva-
lente à escolha existente no menu principal em ‘Operações>Fundir barras coincidentes’. Está
65

aí disponível para facilitar eventual checagem das condições estruturais, pois eventual-
mente algum equívoco pode ter sido cometido na montagem da estrutura. Possíveis barras
duplicadas serão eliminadas (se de fato isto não é desejado) ou barras que tenham nós de
extremidades coincidentes. Não é uma operação obrigatória. É meramente preventiva,
observando que possíveis irregularidades poderão ser detectadas durante o cálculo. En-
fim, use-a quando houver dúvida sobre possíveis erros de montagem geométrica.
Portanto, escolha a opção correta para a sua finalidade, sempre considerando que a pri-
meira opção é a mais completa. A propósito, faça um estudo comparativo para os dois
tipos de cálculo e avalie as diferenças de resultados. A que se observar que as hipóteses
simplificadoras são importantes do ponto de vista didático por ter a capacidade de reduzir
graus de liberdade e tornar o ensino e, consequentemente, o aprendizado mais acessível
quando se faz o cálculo sem recursos computacionais.
Em algumas tentativas de cálculo serão observado um alerta de deslocamentos excessi-
vos, seja por insuficiência de rigidez ou por instabilidade estrutural não detectada na so-
lução matemática da matriz de rigidez. Para todo cálculo executado o programa verificará
a consistência desses deslocamentos. Havendo suspeita, o usuário será informado. Neste
caso, os cálculos poderão ser feitos, mas os resultados poderão ser instáveis. Quando estes
casos acontecem? Uma situação é quando o usuário utiliza valores de propriedades das
seções transversais unitários, por simplicidade de eventual teste, seja para áreas, inércias
e módulo de elasticidade. Neste caso os deslocamentos tornam-se excessivos frente ao
valor real, mas não produz falsos resultados. Um segundo caso de alerta é quando a es-
trutura está em situação específica (única) de estabilidade. Isto ocorre quando a estrutura
apresenta articulações de extremidades de barras, mas a condição geométrica e de carre-
gamento específicos garantem a transferência de esforços. Nesta situação a instabilidade
não pode ser detectada pela análise da matriz de rigidez, mas apenas pela incompatibili-
dade de deslocamentos. Veja o exemplo de uma viga simples mostrado na Figura 8.2. Do
ponto de vista estrutural pela análise de vínculos essa viga é instável. No entanto, para o
carregamento específico (força F horizontal) o sistema funciona, ou seja, é possível trans-
ferir a força F de C até A, mesmo com a articulação ao longo do trecho. De outro lado,
qualquer tentativa de aplicação de força perpendicular ao eixo da barra será malsucedida,
pois a viga não tem vinculação suficiente para a transferência deste tipo de solicitação.
Da mesma forma se o ponto B não estiver alinhado com os pontos A e C o sistema se
desestabilizará.

Figura 8.2 – Viga simplesmente apoiada com força axial


A C

B F

Fonte: Autor

Os casos mencionados serão manifestados pelo programa na forma de mensagens. No


caso de impedimento geométrico detectável na matriz de rigidez será mostrada a mensa-
gem indicada na Figura 8.3a. Esta é uma mensagem que indica impedimento de cálculo,
ou seja, há algo efetivamente equivocado do ponto de vista estrutural. No segundo caso,
a mensagem de deslocamento excessivo, indica algo fortemente impróprio, mas o cálculo
é permitido, embora os resultados possam apresentar problemas – Figura 8.3b. Nesta si-
tuação, todos os resultados serão apresentados com um alerta de que são suspeitos, ou
66

seja, não há garantia de exatidão e estão por conta da decisão do usuário. Observe que
esta situação somente deve ser aceita pelo usuário se for em caso de teste. Caso os dados
da estrutura tenham sido introduzidos de forma efetiva (módulo de elasticidade e seções
transversais reais) e este alerta seja apresentado, sugere-se a interrupção do cálculo.

Figura 8.3 – Mensagens de impedimento e alerta

d) Impedimento total: não é possível prosseguir

e) Alerta: resultados ficam suspeitos

Fonte: Autor

Ao se efetivar o cálculo, os botões à direita deverão ser ativados, Figura


8.1b, a menos que exista algum problema detectado pelo programa, tais como, estrutura
instável (falta de vinculações), inexistência de carregamento, área ou inércia nula de al-
guma barra etc. O tipo de problema será indicado como mensagem na tela de resultados.
Após o cálculo da estrutura tem-se a sessão de análise dos resultados que podem ser vi-
sualizados de diferentes maneiras. A tela de resultados é apresentada em tamanho redu-
zido, suficiente para enquadrar os resultados horizontalmente, contudo poderá ser redi-
mensionada de acordo com o interesse do usuário. Visualizam-se nesta tela reações de
apoio, deslocamentos, esforços nas barras e vários outros tipos de informações, tais como,
matriz de rigidez, diagramas de esforços nas barras (mostrado individualmente para cada
barra). Também é usada para se fazer o dimensionamento de barras tubulares metálicas
ou de madeira.
A tela de resultados apresenta o visual indicado na Figura 8.1, onde estão disponíveis
opções por meio dos ícones na barra de ferramentas horizontal, bem como pelo menu
principal. É possível visualizar os resultados diretamente na tela na forma de texto ou
planilha, ou ainda enviar estes resultados para uma planilha eletrônica do tipo Excel. In-
formações mais detalhadas serão vistas por meio dos exemplos numéricos mostrados na
Seção 10.
67

8.2 REAÇÕES DE APOIOS


As reações de apoios são apresentadas ao clicar em (ou pelo menu principal em “Resul-
tados>Deslocamentos”. São mostradas no sistema global para os nós escolhidos nas respec-
tivas direções com vínculos impedidos. Podem ser na forma de forças ou momentos. Os
sentidos positivos seguem o sistema global de coordenadas. Assim, se uma força hori-
zontal é positiva, implica em atuar sobre a estrutura da esquerda para a direita. Se uma
reação vertical do tipo força é positiva, significa que a reação é de baixo para cima. As
reações de apoio na forma de momento têm os sentidos dados pela “regra da mão direita”.

8.3 DESLOCAMENTOS
Os deslocamentos são apresentados para todos os nós (ou para os nós escolhidos na aba
“Nós e Barras” da tela de configurações – ). São apresentadas três translações e três
rotações nas direções x, y e z, respectivamente.

8.4 ESFORÇOS
O programa computacional apresenta a lista de esforços, na forma mostrada no exemplo a seguir,
ao se clicar sobre , ou pelo menu principal na opção: “Resultados>Esforços”.
ESFORÇOS NAS BARRAS (Combinação de carregamento: G) - Sistema local
N [kN] Vy [kN] Vx [kN] Mt [kN·cm] My [kN·cm] Mx [kN·cm]
Barra 1 (1 —> 3) (L = 319,253)
-43,45 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00
-43,45 -0,11 0,00 0,00 0,00 35,50
Barra 2 (3 —> 5) (L = 319,253)
-28,41 -0,11 0,00 0,00 0,00 35,50
-28,41 0,11 0,00 0,00 0,00 0,00
Barra 3 (5 —> 7) (L = 319,253)
................
As barras são identificadas pelos seus números, seguindo a orientação da barra (entre
parêntesis) dada pelo nó inicial e final. Na mesma linha também aparece o comprimento
da barra. Nas duas linhas subsequentes são fornecidos os valores dos esforços em cada
uma das extremidades da barra pela ordem: N (força axial), Vy (força cortante na direção
y), Vx (força cortante na direção x), Mt (momento torsor), My (momento em torno do
eixo y) e Mx (momento em torno do eixo x). Considerar que os eixos de referência estão
no sistema de coordenadas local (da barra), seguindo a convenção dada na Figura 8.4.
68

Figura 8.4 – Convenção de esforços nas barras

My1 Mt2
Vy2
N2
Vx2 My1
nó fi- Mx2
nal
Vy1 nó final
Vx1
Mt1 nó ini- Mx1
cial
N1 nó inicial

Fonte: Autor.

8.5 DIAGRAMAS DE ESFORÇOS


8.5.1 GENERALIDADES
Os diagramas de esforços podem ser visualizados para a estrutura completa ou individu-
almente para cada barra. A forma individualizada apresenta uma maior quantidade de
informações apresentando detalhes das curvas dos diagramas, seus valores numéricos
ponto a ponto, saída para planilha de dados (Excel) e geração de arquivo em formato dxf
que permite a visualização em AutoCAD.
8.5.2 DIAGRAMA DE ESFORÇOS DA ESTRUTURA COMPLETA OU DE BARRA INDIVIDUAL

8.5.2.1 Generalidades
É possível visualizar os diagramas de esforços da estrutura completa. Isto nem sempre é
uma boa prática, pois quando se trata de estruturas com muitas barras têm-se uma grande
quantidade de informações em pouco espaço de visualização. Por isto, existe a opção de
selecionar barras específicas, bem como é possível ter a visualização dos diagramas por
barras individuais indicadas no campo ‘Algumas’ da aba ‘Diagramas’ – Figura 8.5.

Figura 8.5 – Ícones para diagramas de esforços

Fonte: Autor
69

Estes diagramas são visualizados após o processamento da estrutura, após clicar no botão
da tela de resultados – e escolher a forma de cálculo –, ou pelas opções do
menu principal. Os diagramas podem ser vistos a partir dos botões
. Respectivamente, para momento fletor, força cortante,
força normal e momento de torção. Os ícones mostrados com um ponto vermelho são
para a visualização de barras individualmente. Estão disponíveis em diferentes telas do
programa, bem como nas abas de Configurações de resultados como mostrado na Figura
8.5.
A visualização do diagrama da estrutura completa estará acompanhada da barra de ferra-
mentas mostrada na Figura 8.6. São opções válidas para a apresentação dos diagramas de
esforços, ou seja, a maioria das configurações de visualização da estrutura (geometria,
forças, apoios etc.) definidas não valerão para aquelas feitas pelo ícone – ver mais
detalhes adiante.

Figura 8.6 – Barra de ferramentas do diagrama de estrutura completa

Fonte: Autor

Os diagramas de esforços são apresentados seguindo a orientação de eixos do sistema


local de coordenadas (ver o detalhe na única imagem da Figura 8.5). O diagrama é dese-
nhado na direção paralela ao plano definido na opção ‘Direção do eixo’ da tela de confi-
gurações de diagrama. Quando se escolhe a direção associada ao momento fletor Mx e
força cortante Vy, o diagrama é desenhado no plano paralelo ao eixo y do sistema de
eixos da barra. Se a escolha for para o momento fletor My e força cortante Vx o desenho
é feito na direção perpendicular ao plano caracterizado pelo eixo y local da barra. Isto
também é válido para a visualização da força normal ou do momento de torção, embora
deva ser observado que os valores dos diagramas são iguais para estes dois casos, mas a
visualização acompanha a convenção descrita, ou seja, existem duas formas de visualiza-
ções para o mesmo diagrama.
Para a posição nula (início da barra) apenas é mostrado o valor do esforço. Mesmo que
para o diagrama da estrutura completa, a posição do diagrama tem como referência a
extremidade inicial da barra. Isto pode produzir alguma estranheza em casos em que a
orientação da barra está definida de forma contrária à sequência imaginada como intui-
tiva. Veja o exemplo referenciado na Figura 8.7, onde no caso a) a barra 1 é orientada do
nó 1 para o nó 2 e a barra 2 é definida do nó 2 para o nó 1. Observe que o resultado é o
mesmo, mas pelo algoritmo do programa onde na extremidade inicial não aparece a po-
sição do valor do diagrama, tem-se informações em posições diferentes.
70

Figura 8.7 – Exemplo de apresentação de valores em diagramas de esforços

a) Barra 1: do nó 1 para o nó 2

b) Barra 1: do nó 2 para o nó 1

Fonte: Autor

É importante também observar que se o exemplo em questão fosse iniciado com a intro-
dução da barra 1 orientada do nó 1 para o nó 2 – Figura 8.8 a – (no caso a barra 1 tem
comprimento de 360 cm e uma força de 60 kN a 100 cm do nó 1) e, na sequência do
procedimento fosse considerada a inversão de orientação da barra 1 – Figura 8.8b –, então
seria necessário cuidar do carregamento sobre a barra uma vez que a introdução de car-
regamentos sobre barra é dado em função da orientação da barra. Isto quer dizer que os
carregamentos não simétricos sobre a barra devem ser ajustados seguindo esta lógica,
caso contrário poderia gerar forças em posições não desejadas. No exemplo, é necessário
alterar o valor de ‘a’ de 100 cm para 260 cm para que a força concentrada seja mantida
na posição equivalente – ver Figura 8.8.

Figura 8.8 – Orientação de nós e carregamento

a) Barra vai do nó 1 para o nó 2 b) Barra vai do nó 2 para o nó 1


F F
1 2 1 2

a L–a L–a a
L L
Fonte: Autor

Mesmo assim, é possível a partir dessa tela acessar outras telas, mesmo a de diagrama
individual. No canto superior direito na opção ‘Barra’ escolhe-se o número da barra para
a apresentação detalhada do diagrama da barra indicada. Ao ser digitado o número da
barra dê dois cliques (ou ENTER) para ter o diagrama da barra individual. Quando se
escolhe a barra com o mouse, o diagrama será automaticamente apresentado.
O diagrama de esforços de barras individuais apresenta uma quantidade maior de infor-
mações, portanto com melhor qualidade. Inclui-se, neste caso, a apresentação de pontos
de máximos esforços. As proporções dimensionais destes diagramas aparecem com uma
71

definição automática. Entretanto, para alguns ajustes o usuário poderá acentuar ou não ao
alterar o tamanho da tela (pelo mouse), horizontalmente ou verticalmente. A imagem po-
derá ser deslocada ao clicar o mouse e arrastando, mantendo-o acionado. Com o botão de
rolamento do mouse tem-se o zoom do diagrama.

8.5.2.2 Diagrama de esforços da estrutura completa

Figura 8.9 – Exemplo de visualização de diagrama de momento fletor de uma barra isolada

Fonte: Autor

O diagrama de esforços da estrutura completa será apresentado na tela principal onde


deverão ser utilizadas todas as opções disponíveis no menu principal, nas barras de ferra-
mentas disponíveis (horizontal central ou vertical na lateral direita) e com o botão direito
do mouse (menu popup). Estas barras de ferramentas podem ser posicionadas de acordo
com a vontade do usuário.
É importante destacar que uma barra com força distribuída (linear ou trapezoidal) terá a
apresentação de valores (resultados) de esforços apenas em suas extremidades, ou valor
máximo, quando visualizado o diagrama da barra isolada (detalhada) – Figura 8.9. Se
estes detalhes forem insuficientes, faça a subdivisão da barra em várias partes (Menu
principal: ‘Operações>Dividir barras: inserir nós ao longo das barras ’). Isto ocorre porque a re-
ferência estrutural é sempre cada extremidade de barra e as informações ao longo da barra
são obtidas por interpolação, nem sempre disponíveis para visualização, pois são opera-
ções internas de processamento, por exemplo, equações do 2º ou 3º.
72

Figura 8.10 – Opções para o diagrama completo


b) Barra na late-
a) Barra superior central
ral direita

c) Retorno da barra superior central

Fonte: Autor

Para arrastar a imagem na tela em qualquer direção basta clicar o mouse, mantê-lo pres-
sionado e arrastá-lo. Com o botão de rolamento do mouse tem-se o zoom desejado.
Havendo qualquer irregularidade de visualização, por exemplo, imagem com tamanho
excessivo, ou se desapareceu da tela, ou após algum zoom saiu fora de controle do usuá-
rio, clique no botão existente no menu principal ou na barra de ferramentas à direita
da tela – Figura 8.10b –, para mostrar a estrutura completa. É sempre bom ter esta infor-
mação em mente.
As cores dos nós, das barras, do diagrama e do fundo da tela podem ser selecionados pelo
usuário. Também poderão ser escolhidos a fonte, a numeração dos nós, das barras e os
valores de pontos (posição e esforço) do diagrama – Figura 8.10a. O primeiro conjunto
de opções passarão a ter efeito somente após o botão ‘Aplicar’ ser pressionado. Estas op-
ções são especiais para o traçado do diagrama, ou seja, não valem as definições atribuídas
para o desenho geométrico e ações da estrutura.
Nos diagramas de esforços são apresentados valores de pontos característicos do dia-
grama, tais como, nos pontos de mudanças de funções e pontos de máximos (ou mínimos).
Estes valores são mostrados no formato em que aparece o valor do esforço no ponto se-
guido de ‘em’ e a posição ao longo do eixo (z) da barra. Caso desejado, a posição pode
ser omitida para que apenas o valor do esforço seja mostrado. Para isto desmarque a opção
‘Com a posição z’ – ver a Figura 8.10a. Estes valores podem ser apresentados sempre na
posição horizontal da tela ou na posição perpendicular ao eixo da barra. A opção é feita
ao marcar ou desmarcar a caixa ‘Na horizontal’. O número de casas decimais para o esforço
e para a posição do diagrama pode ser definido pelo usuário. São opções que podem me-
lhorar ou não o visual do diagrama.
O diagrama poderá ser preenchido com a cor desejada ou apenas ter o seu contorno tra-
çado. A segunda opção permite visualização de mais detalhes, pois no primeiro caso as
informações poderão ser sobrepostas, sem que seja possível uma clara visualização. A
opção ‘Pixels para máximo valor do diagrama’ indica o tamanho do valor máximo do dia-
grama convertido para pixels da tela. Como padrão tem-se o valor igual a 300. Desta
73

forma, à medida que se aumenta este valor o diagrama será mostrado com o aumento
proporcional dos valores dos diagramas mais realçado, ou seja, atribui-se mais pontos da
tela aos valores do diagrama. Efeito parecido ocorre aplicando-se o rolamento do mouse
no sentido de afastar a estrutura. Em qualquer um destes procedimentos haverá alguma
alteração de escala. Eventualmente os diagramas poderão sofrer algum inconveniente de
posição, escala e outras possíveis variações. Isto facilmente poderá ser corrigido pelo
usuário por movimentos de translação e ajustes de zoom, de forma a garantir a apresen-
tação mais apropriada. Lembra-se que o botão pode ser uma alternativa interessante
nessas circunstâncias.
O padrão de cores, fontes e características do diagrama definidos em um projeto será
mantido para o próximo novo projeto desde que o usuário opte por salvar estas configu-
rações pelo ícone . Todas estas configurações serão incorporadas ao projeto pois ficam
salvas no seu arquivo de dados. As cores padrões e outras configurações do programa
poderão ser recuperadas ao clicar sobre o ícone .
Nessa tela também está disponível a opção de mostrar ou não os apoios em ‘Mostrar
apoios’. Isto poderá ser útil em caso de necessidade de saber a posição dos apoios no
diagrama. De forma semelhante tem-se a possibilidade de visualizar as articulações das
extremidades de barras (se houver) em ‘Mostrar articulações’.
Observar a escolha da direção do eixo para o diagrama – X ou Y. Fique atento a isto. É
comum que por algum motivo essa configuração tenha sido alterada e na visualização do
diagrama não se tenha barras com momentos fletores ou forças cortantes nulas. Lembrar
que é bastante comum a existência de esforços em torno do eixo X (estrutura plana so-
mente terá esforço em torno de X). Esta é uma dica: verifique a indicação do eixo. No
caso de forças axiais, os esforços são os mesmos para as duas direções.
Como já dito, quando o diagrama estiver muito achatado é possível deixá-lo mais notável
alternando o valor do campo ‘Pixels para máximo valor do diagrama’ – Figura 8.10a.
A barra de ferramentas da Figura 8.10a pode ser restabelecida, caso tenha sido fechada
por algum motivo, aplicando-se a opção indicada em Figura 8.10c acionando o botão
direito (menu popup) e escolhendo-se ‘Configurações de diagrama estrutura completa’.
Enquanto visualizando o diagrama da estrutura completa é também possível modificar
algumas configurações da barra de ferramentas (Menu principal>Configurar>Configurar
visualização ou ). Nesta situação, algumas opções ficam inibidas, pois prevalecem as
configurações definidas na tela de configurações do diagrama completo – Figura 8.10a.
Particularmente destaca-se a configuração relativa ao realce dos nós que fica disponível
em – ver Figura 2.39. Pode ocorrer desta opção ser
inconvenientemente marcada. Neste caso, os nós serão realçados (destacados) por uma
pequena cruz na cor escolhida (+) em cada nó. Se isto ocorrer, lembre-se então de
desmarcar esta opção.
As opções da barra de ferramentas da Figura 8.10b podem ser usadas para movimentações
e projeções do diagrama (estrutura). O retorno à visualização da estrutura após a monta-
gem do diagrama da estrutura completa pode ser feito ao clicar em ‘Voltar p/ estrutura’
disponível nas duas barras de ferramentas mostradas. Terá o mesmo efeito acionar o botão
presente na barra de ferramentas principal ou no menu principal em ‘Visualizar’.
Especialmente quando se tem estruturas formadas por muitas barras este processo poderá
ficar mais lento devido à grande quantidade de operações a serem processadas. Além
74

disto, a visualização poderá ficar comprometida pela significativa quantidade de infor-


mações na tela, normalmente com sobreposições. Assim, há a opção de visualizar o dia-
grama de cada barra individualmente para permitir mais detalhes e obtenção de mais in-
formações sobre o diagrama. Para isto, eleja a barra a ser visualizada no campo ‘Detalhar
diagrama da barra’. A seleção do número da barra pode ser feita por meio do mouse ou pela
digitação de número válido para a barra – maior que zero e inferior à quantidade de barras
que formam a estrutura. Ao se fazer a escolha pelo mouse automaticamente será mostrada
a tela do diagrama de esforços da barra individual. Se o valor for digitado, tecle ENTER
ou dê dois cliques, para a visualização do diagrama da barra individual.
O diagrama da estrutura completa também pode ser visualizado para um conjunto de bar-
ras selecionadas. Para tanto, indique as barras a serem visualizadas no campo ‘Visualizar
apenas as barras’. Digitando ‘T’ ou ‘t’ implicará na escolha de todas as barras. Caso neste
campo não exista nada digitado, será equivalente a ‘T’, ou seja, será apresentado o dia-
grama de todas as barras.

Figura 8.11 – Geometria e carregamento

Para efetivar a visualização dê dois cliques nesse campo, ou tecle ENTER, ou pressione
o botão ‘Aplicar’. Tem-se o mesmo efeito quando se utilizam os botões de diagramas
.
75

Figura 8.12 – Diagrama de momento fletor da estrutura exemplo

Na Figura 8.11 é apresentado um exemplo de visualização de uma estrutura solicitada por


força uniformemente distribuída de 0,01 kN/cm sobre a barra 1. A barra 2 é solicitada por
uma força linearmente distribuída (trapezoidal) na barra superior horizontal que vale 0,02
kN/cm na extremidade incial e 0,08 kN/cm na extremidade final, bem como por uma
força concentrada de 5 kN que está a 400 cm do nó 2. A barra 3 tem uma força concentrada
de 8 kN a 100 cm abaixo do nó 3. Também existe uma força concentrada de 10 kN sobre
o nó 2. O diagrama de momento fletor é mostrado na Figura 8.12.
Um segundo exemplo é apresentado na Figura 8.13. Trata-se de uma grelha com forças
uniformemente distribuídas sobre as barras. Na Figura 8.13b é mostrado o diagrama de
momentos fletores de algumas barras escolhidas no campo ‘Visualizar apenas as barras’.
Figura 8.13 – Escolha de barras para visualização da estrutura completa
a) Carregamento b) Diagrama das barras escolhidas

Fonte: Autor

Na Figura 8.14 é mostrado um terceiro exemplo de estrutura com forças uniformemente


e linearmente distribuídas, bem como força concentrada. Na Figura 8.15 e na Figura 8.16
são mostrados, respectivamente, os diagramas de momentos fletores e forças cortantes.
76

Figura 8.14 – Exemplo de estrutura plana

Fonte: Autor

Figura 8.15 – Exemplo de diagrama de estrutura completa – Diagrama de momento fletor


77

Figura 8.16 – Exemplo de diagrama de estrutura completa – Diagrama de força cortante

Fonte: Autor

8.6 DIMENSIONAMENTO
Após a estrutura ser calculada é possível fazer a verificação de dimensionamento das
barras. Estão disponíveis para verificação estruturas com barras metálicas tubulares for-
madas por perfis ‘CHS/CSA’, ‘SHS/CSA’ e ‘RHS/CSA’, tratadas de acordo com a norma
canadense CAN/CSA-S16.1-94 “Limit States Design of Steel Structures”. Também é
possível fazer a verificação do dimensionamento de barras de madeira formadas por se-
ções do tipo 'RETANG', 'DUPLOR', 'TRIPLR', 'SIMPLT', 'SIMPLI ', 'DUPLOT', 'DU-
PLOI'. Estas barras de madeira são verificadas de acordo com a ABNT NBR 7190:1997.
Opcionalmente é possível que estas últimas também sejam verificadas pela orientação da
nova edição da ABNT NBR 7190 que já foi colocada à consulta popular pela ABNT.
Os tipos indicados são as designações de seções transversais reconhecidas pelo Gestrut3D
e, portanto, permite ao programa interpretar o tipo de seção e executar o dimensionamento
correspondente.
Como as seções transversais são identificadas por até 7 caracteres, é possível ter seções
transversais do tipo RETANG1, RETANG2, e assim por diante, acrescentando-se carac-
teres alfanuméricos como o sétimo caractere. Isto permite ter seções transversais com
mesmas dimensões, porém com diferentes características, por exemplo, de peso. São ca-
sos como barras de mesma seção transversal, porém de espécies de madeira diferentes, o
que implica em massa por unidade de comprimento diferente. Basicamente, a diferença
recairá apenas quanto ao cálculo do peso destas barras. A inclusão do sétimo caractere
mantem a barra habilitada para o dimensionamento, pois o Gestrut3D reconhece apenas
os primeiros 6 caracteres para identificar o tipo de seção transversal. Portanto, é uma
forma apropriada para trabalhar com barras de diferentes características e ter seu dimen-
sionamento permitido.
Ver também comentários adicionais já apresentados na Seção 3, na pág. 40.
9 RECOMENDAÇÕES
Ao se desenvolver um projeto é sempre prudente observar alguns procedimentos para
evitar falhas resultantes de condutas condicionadas. A seguir são indicadas algumas dicas
de procedimentos importantes:
a) Sempre observe com atenção as unidades de medidas. O programa computacional
permite o uso de unidades de comprimento e força definidas pelo usuário, portanto
deve ser o ponto de partida para o restante das informações a serem fornecidas.
Adote a sua unidade e siga à risca para não provocar desproporcionalidades di-
mensionais. Parece que a unidade ‘kN’ e ‘cm’ pode ser uma boa alternativa dentro
das métricas usuais;
b) Em qualquer circunstância, lembre-se de salvar seu projeto sistematicamente
como forma de preservar os dados já introduzidos;
c) Muito cuidado ao aplicar carregamentos sobre barras, pois as barras dependem de
sua orientação, ou seja, a barra se inicia em um dos nós de uma extremidade e
termina no nó oposto. Por isto, visualmente, é indiferente saber qual é o nó inicial
e final, não se percebe nenhuma diferença. No entanto, numericamente isto pode
produzir alguma confusão em termos de sentido do carregamento. Desta forma,
fique atento e faça suas verificações. Embora possa ser trabalhoso, muitas vezes
compensa aplicar o carregamento em apenas uma barra e verificar as reações de
apoio da estrutura ou observar outros detalhes para saber se efetivamente as infor-
mações estão corretas. Para testar, crie um nome de carregamento qualquer e as-
socie a solicitação individualmente, sem precisar alterar muita coisa;
d) Sempre verifique as reações de apoio e compare com as forças aplicadas em cada
direção (x, y e z). É básico, mas fundamental, pois é comum trocar sinais inadver-
tidamente ou ter cometido erro de digitação;
e) Se for calcular uma estrutura plana, use a opção de estrutura plana para que o
próprio programa se encarregue de estabilizar a estrutura na direção z. Se preferir
manter a estrutura na condição de tridimensional, não se esqueça de introduzir
impedimentos na direção z (estrutura no plano XY) ou na direção perpendicular
ao plano da estrutura.
10 EXEMPLOS NUMÉRICOS

10.1 EXEMPLO 1
10.1.1 COMENTÁRIOS INICIAIS

Figura 10.1 – Estrutura do exemplo 1

Fonte: Autor

Neste primeiro exemplo será analisada uma estrutura simples com um único carrega-
mento que será chamado de G. A estrutura e o carregamento são mostrados na Figura
10.1.
10.1.2 INFORMAÇÕES DA ESTRUTURA E INTRODUÇÃO DE DADOS

10.1.2.1 Generalidades
A estrutura da Figura 10.1 é plana e formada por três nós e três barras, solicitada por
forças horizontal e vertical concentradas sobre o nó 2. Nesta figura estão indicadas as
numerações de nós e barras. Deve ser lembrado que esta numeração pode ser qualquer
desde que seja sequencial com variação unitária e iniciada pelo número 1. No exemplo,
estes números estão indicados dentro de círculos, para os nós, e dentro de caixas, para as
barras.

Figura 10.2 – Coordenadas de nós do exemplo numérico

Fonte: Autor

Cada barra tem uma orientação, adotada pelo usuário, e está indicada por setas paralelas
às barras. Para facilitar a introdução de dados, o sistema de coordenadas cartesiano global
pode ser posicionado sobre o nó 1, tendo-se o eixo das abscissas na horizontal e o eixo
das ordenadas na vertical. Em relação a este serão fornecidas as coordenadas dos nós.
Para introduzir estas coordenadas, abre-se a tela de Coordenadas dos Nós (como visto em
2.6), resultando nos valores de coordenadas indicados na Figura 10.2. Neste caso, é apro-
priado selecionar a opção para estrutura plana. As células na tela das coordenadas podem
ser selecionadas clicando o mouse ou são podem ser percorridas horizontalmente pressi-
onando-se a tecla ENTER e verticalmente com esta mesma tecla quando se tem a célula
selecionada da última coordenada (y para estrutura plana e z para estrutura tridimensio-
nal).
80

Figura 10.3 – Tela para introdução de barras

Fonte: Autor

Após a introdução das coordenadas, devem ser introduzidas as barras. Então clique no
ícone da caixa de ferramentas ou da tela principal, gerando uma tela como ilustrado
na Figura 10.3 após a movimentação do mouse
Nesta tela, o primeiro passo é escolher as propriedades das barras, uma a uma. Estas pro-
priedades podem ser digitadas nos campos correspondentes (nó inicial, nó final, condição
de extremidade de barra, Ax, Ix, Iy, J=Iz, E, G e ) – ver 2.8. Se a opção for manual,
então o tipo de seção transversal será “Nenhuma”. Isto implicará em impossibilidade de
dimensionamento e de geração automática de peso próprio. A outra opção é escolher a
seção transversal a partir do banco de dados de seções transversais – ver Seção 2.13. A
partir disto têm-se as informações numéricas da barra, permitindo a introdução da barra.
A introdução da barra poderá ser feita de forma numérica (manual) ou pelo mouse. Digite
os nós de início e fim da barra e clique em “Adicionar barra 1”. Lembre-se de fornecer a
condição de vinculação das extremidades da barra (0: articulada; 1: contínua). Ao execu-
tar esta operação a barra será desenhada na tela.
Se a opção é introduzir barras de forma visual empregando-se o mouse, então, simples-
mente deslize o mouse sobre a estrutura para selecionar o nó inicial. Esta seleção é per-
cebida pela indicação de um quadrado em torno do nó. Tendo-se o nó inicial escolhido,
clique o botão esquerdo e mantenha-o pressionado até encontrar o nó final da barra. Ao
encontrá-lo, libere o mouse. Pronto, a barra será introduzida com as propriedades seleci-
onadas.

Após introduzir as barras, poderão ser introduzidos os apoios. Clique sobre o ícone
para abrir a tela de introdução de apoios. Selecione um nó digitando o seu número na
caixa “Nó(s)”, ou informe um grupo de nós (ver 5.2). Escolha os impedimentos de deslo-
camentos clicando sobre as caixas X, Y ou Z para as rotações e translações. Após isto
escolha “Introduzir>Atualizar”.
Para selecionar um nó específico, clique sobre as imediações do nó. Automaticamente o
número do nó será reconhecido e o seu número aparecerá na caixa “Nó(s)”.
81

Figura 10.4 – Tela para introduzir forças nodais com o nó 2 carregado (ao fundo)

Fonte: Autor

10.1.2.2 Forças sobre os nós


Para introduzir forças sobre os nós, utilize qualquer dos ícones da barra de ferramentas.
Ocorre o mesmo efeito se o usuário voltar para a tela principal e escolher a opção “Da-
dos\Nós” do menu principal. Observe sempre a unidade de força definida como padrão e
mantenha a sua compatibilidade.
Nessa tela informe o número do nó carregado (ou grupo de nós) e preencha os campos
correspondentes às forças nodais. Na Figura 10.4 é mostrada a tela de forças nodais e, ao
fundo, o nó 2 com a força de 10 na direção vertical e 5. A unidade destas forças corres-
ponde à unidade escolhida na barra do menu principal .
Na visualização numérica de forças nodais esta ação será mostrada como negativa, pois
é contrária à direção positiva do eixo y.
Na caixa “Identificação de carregamento” aparecerão as especificações de todos os car-
regamentos (simples – sem combinações). Caso um novo carregamento a ser introduzido
não constar desta lista, simplesmente digite o novo carregamento (até três caracteres al-
fabéticos) e pressione ENTER. Se não pressionar o ENTER, este carregamento será in-
corporado à lista automaticamente quando a ação for introduzida.

10.1.2.3 Forças sobre as barras


Introduzem-se forças ao longo das barras escolhendo a opção do menu principal “Carre-
gamentos>Introduzir e/ou Editar carregamentos” ou pelo ícone disponível na barra de ferra-
mentas principal .
São permitidas forças concentradas, uniformemente distribuídas, momentos concentrados
e forças linearmente distribuídas que podem ser escolhidas nas abas da tela ilustrada na
Figura 6.4, p.49. Quando um carregamento se estende ao longo de toda barra, esta infor-
mação pode ser fornecida digitando-se a letra “L”, o que representa o comprimento total
da barra, ou seja, não é necessário fornecer o valor numérico referente ao comprimento
da barra. Para facilitar ficam listados os comprimentos de todas as barras, caso necessário.
Os sentidos das forças seguem aqueles indicados nas figuras desta tela, por exemplo, uma
força concentrada Fy atuando para baixo será introduzida com o sinal positivo. É impor-
tante observar que quando se faz a visualização geral dos carregamentos mostradas por
“Carregamentos>Editar carregamentos”), o valor da força vertical será mostrado como
negativo, pois é contrário à direção positiva do eixo y – ver Figura 6.5 na pág. 50.
82

Valem as mesmas observações feitas em 10.1.2.2 para a “Identificação do carregamento”.


10.1.3 OBTENÇÃO DOS RESULTADOS
Tendo-se a estrutura definida (conjunto de barras e apoios) e o carregamento, executa-se
o cálculo por meio do ícone , ou simplesmente clicando em “Resultados” do
menu principal. A tela de resultados aparecerá. Então, clique sobre o ícone “Calcular”. Na
tela aparecerá a informação do dia, hora e a combinação de carregamento processada.
Poderão ser vistas as informações relativas às reações de apoio, deslocamentos, esforços
nas barras e tudo mais referente aos resultados, incluindo o dimensionamento das barras.
Clique nos botões para, respectivamente, ter todas as informações referentes
a reações de apoio, deslocamentos e esforços nas barras. Usando o primeiro botão, tem-
se as três informações com único clique.
É possível visualizar os diagramas de esforços da estrutura completa ou individualmente,
para cada barra, escolhendo-se os ícones , respectivamente, para diagramas de
momentos fletores, forças cortantes e forças axiais.

Figura 10.5 – Tela para escolha de visualização de esforços por cores

Fonte: Autor

Usando-se o ícone , escolhe-se um dos esforços e a extremidade inicial ou final das


barras para que os esforços sejam visualizados em cores. Por exemplo, elegendo a força
axial na extremidade inicial como mostrado na tela mostrada na Figura 10.5. Ao se fazer
esta opção, automaticamente o Gestrut3D apresenta a estrutura na sua tela principal.
A escala de cores visualizadas é definida pelo programa. No entanto, o usuário pode mo-
dificá-la escolhendo outras cores na parte inferior da tela “Modificar cores”, mostrada na
Figura 2.42, p.37. Para isto digite individualmente em cada caixa de cores abaixo de “Dis-
tribuição de cores para esforços em barras”.
Quando se visualiza várias cores, como no caso, o fundo escuro melhora a qualidade vi-
sual. Por isto, há a opção de escolha de fundo preto ou normal. Escolhendo-se a primeira
opção o fundo da tela ficará preto, o que nem sempre é interessante, especialmente quando
se deseja obter imagens para impressões de outras situações da estrutura. Caso esse fundo
preto não seja desejado, recupere a cor do fundo antigo como indicado em 2.10.3, p. 37
(botão direito do mouse pela opção “Voltar cor de fundo Antiga”.
83

Figura 10.6 – Tela de visualização de esforços por meio de cores com estrutura indeformada

Fonte: Autor
Resulta a tela apresentada na Figura 10.6, onde pode ser observado, pelas cores, que a
barra 2 tem a maior força de compressão (cor azul com intensidade entre 19,02 kN e
16,064 kN, a barra 1 também comprimida (cor verde) por força entre 7,197 kN e 4,241
kN, e a barra 3 é tracionada (cor vermelha) com força entre 7,586 kN e 10,539 kN. Isto
permite o mapeamento dos esforços em toda a estrutura. Notar que a indicação dos valo-
res mencionados está na parte superior da tela acompanhando a escala de cores.
Na visualização da estrutura, os deslocamentos são considerados lineares entre os nós.
Além disto, são plotadas apenas as translações – as rotações não são consideradas. Por
isto na estrutura do exemplo em questão onde se têm apenas três nós, a estrutura defor-
mada mostra-se retilínea entre nós. Para se ter uma visualização mais realista da estrutura
deformada é apropriado dividir as barras em várias partes promovendo a inclusão de vá-
rios nós ao longo delas. Com isto, a deformação ao longo da barra ficará mais precisa,
pois mais deslocamentos serão processados pela presença dos vários nós.
É importante destacar que isto não significa que os resultados serão mais precisos. Apenas
serão conhecidas mais informações ao longo da barra, que poderiam ser calculadas por
interpolação a partir dos deslocamentos e esforços nas extremidades da barra. Como o
programa não interpola informações, então é necessário incluir mais nós.
84

Figura 10.7 – Tela para divisão de barras

Fonte: Autor

Para incluir nós ao longo de barras (dividir barras) há a função disponível no menu prin-
cipal “Operações>Dividir barras”. Com isto, surge a tela mostrada na Figura 10.7, que exige
o preenchimento de dois campos. O superior se refere ao número de divisões das barras
ou proporção ao longo da barra (ver instruções na tela). No campo inferior informe quais
barras serão subdivididas. No exemplo, dividiram-se as três barras em 10 partes.

Figura 10.8 – Estrutura com barras subdivididas

Fonte: Autor

Fazendo-se esta subdivisão das três barras, a estrutura passa a ser formada por 30 nós e
30 barras. A numeração dos nós iniciais é mantida e os novos nós são numerados suces-
sivamente. As barras iniciais, no caso, 1, 2 e 3 são reaproveitadas em novas barras. Com
isto a estrutura deformada terá o aspecto mostrado na Figura 10.8. Compare essa imagem
85

com a da Figura 10.6. Agora é possível observar os deslocamentos ao longo da barra.


Além disto, agora é possível conhecer os deslocamentos e esforços em uma quantidade
bem maior de pontos, lembrando que os deslocamentos dos nós 1, 2 e 3 (iniciais) conti-
nuam exatamente iguais, bem como os esforços nas barras que convergem para estes nós.
O trecho horizontal, que na primeira configuração aparentava indeformável, fica agora
mais acentuado visualmente, pois seus deslocamentos eram regidos pelas translações dos
apoios dos nós 1 e 3, agora mostra-se deformável.

Figura 10.9 – Configurações para resultados

Fonte: Autor
Para as definições de apresentação de resultados existe uma tela de configurações que
pode ser acessada a partir da barra de ferramentas da tela de “Resultados” pelo ícone ,
Figura 10.9. Com isto, é possível definir o formato de saída dos resultados, a apresentação
gráfica (especialmente para estruturas calculadas com não linearidade geométrica), quais
nós e barras serão listados, definições para dimensionamento de barras, definição de ve-
rificação de deslocamentos e características dos diagramas de esforços.
Se for desejado verificar o dimensionamento das barras, no caso, foram definidas seções
transversais retangulares qualificadas para o dimensionamento de estruturas de madeira,
emprega-se o botão da barra de ferramentas de “Resultados”. Se a estrutura fosse for-
mada por peças tubulares metálicas seria usado o botão . Antes de iniciar a verificação
das barras é fundamental estabelecer os parâmetros associados à estrutura. Então, defina
o material, coeficientes, tipo de apresentação de resultados e demais informações usando
as abas da tela de configuração: “Dimensionamento”, “... Mais” ou “... Mais (aço)”.
Na aba “Dimensionamento”, Figura 10.9, definem-se os comprimentos de flambagem de
cada barra nas direções x e y na tabela “Barras de comprimentos impostos”, onde se in-
dicam os números das barras e os respectivos comprimentos de flambagem. A letra “L”
86

significa o comprimento total da barra. Podem ser indicados os valores efetivos (numeri-
camente), ou por exemplo, 2L, ou 1,5L. O sinal de multiplicação “” pode ser omitido.
Ao digitar, utilize o caractere “*” ou “x”, que serão mostrados na tela como “”.

Figura 10.10 – Opções ao clicar botão direito sobre a planilha com comprimentos de barras

Fonte: Autor

Como facilidade tem-se, à direita, uma tabela com os comprimentos de todas as barras,
caso a informação a ser manipulada seja por meio de valores numéricos. É importante
observar que na segunda coluna desta tabela aparece uma coluna designada por “m (esp)”.
Este “m” não significa metros, mas sim a quantidade de intervalos entre solidarizações
(espaçadores interpostos ou chapas laterais) em barras múltiplas de seções transversais de
madeira. Caso seja necessário modificar os valores de ‘m’, basta clicar na célula corres-
pondente e digitar o valor. Caso se tenha um lote de barras com o mesmo valor de “m”,
dê dois cliques sobre esta planilha (ou use o botão direito do mouse). Com isto, uma tela
se abrirá, onde serão informados o valor de ‘m’ e quais barras receberão este valor. Na
introdução dos valores de “m” pode ser usado o mouse direito sobre a planilha com as
opções mostradas na Figura 10.10.
Figura 10.11 – Aba “Mais...” para configuração de dimensionamento

Fonte: Autor

Na aba “Mais...”, Figura 10.11, é possível escolher o tipo de madeira e os coeficientes de


modificação, combinação e fluência, bem como a norma a ser considerada, o tipo de ma-
deira e a direção x e y, ou somente x, ou somente y. É importante estabelecer o grau de
refinamento do relatório por meio da opção “Mostra detalhes”. Sendo ‘sim’, o relatório
ficará extenso, pois mostrará todas as etapas de cálculo para cada barra selecionada.
Sendo ‘não’ o relatório apresentará apenas os índices de aproveitamento de cada barra e
eventuais observações referentes a cada barra, como exemplificado na Figura 10.12.
Propositadamente neste exemplo, somente a barra 3 satisfez a condição de dimensiona-
mento. As demais barras têm seções transversais insuficientes para os esforços atuantes.
A barra 1 tem índice de esbeltez excessivo (mesmo assim o programa mostra o índice de
aproveitamento, no caso, 4,089). A barra 2 tem força atuante superior à força crítica de
87

Euler (FE). A barra 3 é verificada, pois nela predomina força axial de tração que resulta
em índice de aproveitamento baixo igual a 0,062 relativo à condição de verificação da
resistência. Por isto, aparecem os valores ‘0,000’ para a estabilidade em X e Y. Quando
os três hifens (‘---‘) são mostrados como observação, significa que para a barra não foram
identificados problemas.

Figura 10.12 – Relatório sem detalhes

Fonte: Autor

No caso da barra 2 onde a observação indica Nd > FE, tem-se um caso em que a barra
deve ser reforçada. Seja por aumento da seção transversal em torno do eixo com problema
(no exemplo os dois eixos indicam problemas), ou por aumento da quantidade de solida-
rizações ao longo da barra – ‘m (esp)’ – quando a seção transversal é formada por seção
múltipla.
Para a verificação do estado limite de serviço (utilização) é importante lembrar que a
combinação do carregamento é diferente à do estado limite último. Portanto, observe este
detalhe que pode ser negligenciado no instante da verificação da estrutura. No exemplo
em questão não se preocupou com a composição do carregamento e, por isto, será mos-
trada a verificação dos deslocamentos para a mesma combinação de carregamento por ser
um caso meramente ilustrativo.

Figura 10.13 – Verificação dos deslocamentos

a) Aba para verificação dos deslocamentos b) Resultado após clicar em “Aplicar”

Fonte: Autor
Os deslocamentos podem ser verificados por meio do botão “Aplicar” da aba “Verif. des-
loc.”, Figura 10.13, ou pelo menu da tela ‘Resultados Gestrut’ na opção “Verifcar\Desloca-
mento máximo”. De qualquer forma, é importante configurar a condição de deslocamento.
O máximo deslocamento é definido pelo vão dividido por uma quantia estabelecida por
norma. O Gestrut3D considera como padrão L/200 – definido na ABNT NBR 7190:1977
–, mas o valor 200 pode ser modificado pelo usuário, bastando digitar outro valor no
campo correspondente. O campo relativo ao vão (L) é automaticamente preenchido pelo
Gestrut3D que considera a máxima distância entre nós na direção perpendicular à definida
88

pelo usuário (padrão é Y). Caso o valor apresentado não corresponda ao desejado, digite
o valor desejado. Indique quais os nós que deverão ser considerados. Pode ser ‘Todos’ ou
nós específicos. Para os nós indicados o Gestrut3D buscará o máximo deslocamento na
direção definida.

10.2 EXEMPLO 2
10.2.1 DADOS DA ESTRUTURA
Neste exemplo, Figura 10.14, será considerada uma estrutura mista formada por um sis-
tema treliçado de madeira (Dicotiledônea C40) sobre pilares de concreto. As condições
de continuidade das extremidades de barras estão indicadas por círculos ou semicírculos,
indicando que as extremidades das diagonais e montantes são articuladas. Os banzos são
contínuos, exceto nas extremidades das barras de apoio e cumeeira. A base dos pilares é
engastada. O vão total vale 1040 cm. Estrutura foi considerada como plana.

Figura 10.14 – Estrutura do exemplo 2

20°

140 180 200 200 180 140

400

Fonte: Autor

As barras dos banzos inferior e superior são peças de (5×15) cm, bem como as barras das
diagonais. Os montantes são formados por duas peças de (2,5×15) cm espaçadas de 5 cm.
Todas as barras da parte treliçada têm módulo de elasticidade igual a 1092 kN/cm2. Os
pilares têm seção transversal retangular de (15 × 30) cm, com módulo de elasticidade
igual a 3200 kN/cm2.
89

Figura 10.15 – Carregamentos sobre a estrutura do exemplo 2


a) Permanente b) Sobrecarga
1,8 kN 0,7 kN
1,7 kN 1,7 kN 0,6 kN 0,6 kN
1,5 kN 0,5 kN
1,5 kN 0,5 kN

c) Vento

Fonte: Autor

A estrutura está sujeita a três tipos de carregamentos como indicado na Figura 10.15,
sendo constituídos de ações provenientes de peso próprio, sobrecarga e vento, respecti-
vamente, nomeados por G, Q e W. Os valores indicados para os carregamentos são me-
ramente ilustrativos para facilitar o gerenciamento dos cálculos.
Na composição do carregamento para o estado limite último, os coeficientes de pondera-
ção das ações serão admitidos como 1,4 para o γG e o γQ. A ação do vento interpretada
como ação variável secundária, portanto ponderada por ψ0 = 0,5. Para a verificação do
estado limite de serviço (utilização), apenas a ação permanente e a sobrecarga serão com-
binadas, pois o coeficiente ψ2 associado ao vento vale zero. Neste caso, para a sobrecarga
será usado o coeficiente ψ2 = 0,4.
10.2.2 INTRODUÇÃO DE DADOS
Para introdução das informações geométricas da estrutura será usado o recurso de geração
automática de estruturas planas convencionais pelo ícone mostrado na Figura 10.16.

Figura 10.16 – Ícone para gerar estruturas planas convencionais

Fonte: Autor
90

Surgirá a tela mostrada na Figura 7.1 (p.55). Nessa tela foram escolhidas as seções trans-
versais para as barras, os módulos de elasticidade e as dimensões da estrutura. Caso a
estrutura não tenha pilares, basta fornece o valor zero no campo ‘Comprimento dos pila-
res’. No campo ‘Sequência de distâncias entre montantes’ informe as distâncias sequen-
cialmente separadas por ‘/’, ou ‘;’. Se houver repetição de distâncias sequenciais, elas
podem ser indicadas, por exemplo, 4×130 que é equivalente a 130/130/130/130. Fique
atento às unidades de medida. Elas são mantidas (mostradas na tela) conforme definido
antes de acionar esta tela. O caractere “×” (operador de multiplicação) é resultante da
digitação da tecla asterisco ‘*’, ou ‘x’ ou ‘X’.
Para o tipo de estrutura escolhido (duas águas e simétrica), é possível gerar a estrutura
fornecendo ‘metade de dados para gerar toda estrutura’, ‘gerar metade da estrutura com dados’
ou ‘dados completos para gerar toda estrutura’. Isto permite gerar diferentes configurações
de estruturas, mesmo que não sejam simétricas. Note que para a terceira opção é neces-
sário que a quantidade de distâncias entre montantes, obrigatoriamente, deve ser par para
se caracterizar a posição do montante.
Caso a estrutura gerada não corresponda exatamente à desejada, é possível fazer altera-
ções dentro do Gestrut3D removendo-se ou acrescentando-se nós e barras por meio da
edição destas informações. É importante observar se os apoios correspondem exatamente
ao desejado, pois nem sempre estarão de acordo com a expectativa do usuário.
Todas as extremidades de barras serão consideradas como contínuas.
O uso do botão “Fechar” resulta no fechamento da tela em questão com o retorno para a
tela principal do Gestrut3D. O botão “Aplicar” resulta na geração e visualização da estru-
tura, mantendo a edição da estrutura. Isto permite alterar dados antes de retornar à tela
principal do Gestrut3D.
Ao retornar à tela principal do Gestrut3D, no exemplo, será observado que os apoios nos
nós 1 e 14 impedem apenas translações em x, y e z. Por ser uma estrutura plana, a direção
z é redundante e não precisaria ser indicada. Para transformar estes apoios em engastes,
use o botão ou “Dados\Apoios” e modifique o tipo de apoio dos nós 1 e 14 marcando as
seis caixas de translações e rotações e digitando ‘1;14’ no campo referente a ‘Nó(s)’. Não
se esqueça de clicar sobre “Introduzir>Atualizar”, sem o que as alterações não são proces-
sadas. Volte para a tela principal para introduzir os carregamentos.
A numeração dos nós e barras foi definida automaticamente, sendo as barras numeradas
sequencialmente de acordo com a sua característica: banzo superior, inferior, montante e
diagonal. Veja a estrutura gerada na Figura 10.17. Esta imagem foi obtida alterando-se as
cores pela opção , escolhendo-se fundo branco, barras na cor preta, nós
na cor azul e apoios na cor verde escura. É interessante destacar que para se obter uma
imagem com apenas a estrutura (sem carregamentos, sem eixos ou outra propriedade),
utilize a opção de e desmarque as caixas correspondentes. Apro-
veite essa tela para alterar o número de casas decimais para três para visualizar as forças.
Lembre-se de periodicamente salvar modificações feitas no seu projeto, às vezes para
recuperar etapas prontas, ou evitar perdas por outros motivos.
91

Figura 10.17 – Estrutura gerada

Fonte: Autor

10.2.3 CARREGAMENTOS
Na caixa de combinações de carregamentos (canto superior esquerdo) já estão pré-defi-
nidos os tipos de carregamentos a serem usados no exemplo: G, Q e W. Caso fosse dese-
jado usar outra identificação, bastaria digitar até três caracteres e clicar ENTER para ser
incorporado aos tipos definidos.

10.2.3.1 Introduzindo o carregamento de peso próprio G (permanente)


Siga a sequência:
• Escolha ‘G’ na caixa de combinações (já deve estar sendo visualizado);
• Pressione o botão ou “Carregamentos\sobre Nós”;
• No campo ‘Nós carregados’ digite 4/12 (ou 4;12, ou 4,12) e no campo ‘Fny’ digite
-1,5. Se for pressionado o botão , isto significará a não necessidade de digitar
o sinal negativo. Depois de preenchidos os campos clique em ;
• Repita a operação, agora para os nós 6 e 10 para a força 1,7.
• Repita para o nó 8 e força 1,8;
• Lembrar que para visualizar a ação introduzida na tela ao fundo, é necessário
clicar sobre ;

10.2.3.2 Introduzindo o carregamento de sobrecarga Q (variável)


• Escolha ‘Q’ na caixa de combinações;
• No campo ‘Nós carregados’ digite 4/12 (ou 4;12, ou 4,12) e no campo ‘Fny’ digite
-0,5;
• Repita a operação, agora para os nós 6 e 10 para a força 0,6.
• Repita para o nó 8 e força 0,7;
92

Lembrete: para visualizar o carregamento Q é necessário que este carregamento tenha


sido escolhido na caixa de combinação de carregamento da tela principal.

10.2.3.3 Introduzindo o carregamento de vento W (variável)


• Escolha ‘W’ na caixa de combinações;
• Força uniformemente distribuída sobre a barra 22 (pilar). Esta barra segue a ori-
entação do nó 1 para o 2, de baixo para cima. Por isto a direção y da barra está
posicionada na horizontal e é positiva da esquerda para a direita. A força de 0,71
kN/m é transformada em 0,0071 kN/cm para compatibilizar com as unidades de
medida escolhidas. A tela da Figura 10.18 é acionada pelo ícone ou pelo menu
principal: ‘Carregamentos>sobre Barras’.

Figura 10.18 – Introdução da força uniformemente distribuída na barra 22

Fonte: Autor

• Força uniformemente distribuída sobre a barra 23 (pilar). Semelhante à barra 22,


observando que a incidência da barra vai do nó 14 para 13, portanto, da base para
o topo. Então, basta indicar o número da barra e fazer qy = 0,0015;
• Forças concentradas sobre os nós do banzo superior: como as forças são inclina-
das, estas devem ser projetadas na direção x e y;
• Considerando a forma de força concentrada mostrada na Figura 10.15c, executam-
se os passos a seguir;
• No campo ‘Nós carregados’ digite 4, no campo ‘Fny’ digite 1,128 e em Fnx digite
-0,410;
• Repita a operação, para o nó 6, fazendo Fny = 1,597 e Fnx = -0,581;
• Repita a operação, para o nó 8, fazendo Fny = 2,067 e Fnx = -0,547. Neste caso,
as forças foram introduzidas pela composição de forças atuando no lado esquerdo
e direito. No entanto, estas poderiam ser introduzidas separadamente, ou seja, para
a força da esquerda e da direita repetindo-se o nó, pois o Gestrut3D faz a soma
resultante automaticamente;
• Repita a operação, para o nó 10, fazendo Fny = 0,188 e Fnx = 0,068;
• Repita a operação, para o nó 12, fazendo Fny = 0,094 e Fnx = 0,034;
93

Há uma outra forma de introduzir forças com as características à do vento, ou seja, forças
inclinadas. A opção “Carregamentos\Gerar de Distribuída sobre barras e superfícies\For-
ças de Vento’, tela mostrada na Figura 10.19. Neste caso, a força do vento deve estar
distribuída sobre as barras. Na realidade, basta ser distribuída no intervalo entre os dois
nós consecutivos do banzo superior. O Gestrut3D transformará a força distribuída em
duas forças concentradas atuantes sobre os nós de extremidade da barra, projetando-as
nas respectivas direções escolhidas. O termo ‘vento’ efetivamente significa força distri-
buída que será transformada em forças concentradas sobre os nós da barra.
Figura 10.19 – Introdução de ação de vento uniformemente distribuída

Fonte: Autor

Depois da introdução das ações sobre nós e barras tem-se, numericamente, as informações
mostradas na Figura 10.20 obtidas por meio do ícone ou ‘Carregamentos\Editar carrega-
mentos’. Esta tela pode ser usada para editar os carregamentos. Para editar uma célula
individualmente dê duplo clique. Verifique as várias opções que aparecem ao clicar o
botão direito sobre essa tela que permitem excluir carregamentos, acrescentar, modificar,
multiplicar e dividir valores de forças, enviar dados para planilha externa etc.
Figura 10.20 – Ações aplicadas sobre a estrutura do exemplo 2

Fonte: Autor
94

É importante observar que a geração do carregamento implica em acrescentar o carrega-


mento solicitado a possíveis carregamentos já existentes com o mesmo nome. Por exem-
plo, se o usuário clicar duas vezes em “Gerar”, o carregamento será duplicado. Se for
necessário limpar carregamentos já introduzidos, use o ícone ou ‘Carregamentos\Editar
carregamentos’ e com o botão direito use a opção adequada associada a “Excluir carrega-
mento” : todos, das linhas selecionadas ou do tipo de carregamento selecionado. Também
é possível renomear o carregamento como opção da operação mencionada.

10.2.4 ARTICULAÇÃO DAS EXTREMIDADES DE BARRAS


Utilize o ícone ou ‘Dados>Editar barras’ para ter a lista de barras e suas propriedades
elásticas e geométricas. Ao surgir a lista de barras dê dois cliques sobre a planilha para
entrar no modo de edição de células individualmente (ou com o botão direito opte por
‘Editar células’. Então, modifique as colunas ‘J: 0/1’ e ‘K: 0/1’ para ajustar ás condições de
extremidades de barra ao caso do exemplo em questão, como foi definido na Figura 10.14,
p.88.
Para facilitar utilize o recurso ‘Transferir’, principalmente para as barras de montantes e
diagonais que têm igualmente as duas extremidades articuladas. Modifique as condições
de extremidades de uma destas barras, clique em “Copiar” e depois em “Transferir”. Por
exemplo, modificando a barra 13 (montante) e fazendo ‘J: 0/1’ e ‘K: 0/1’, ambos iguais a
zero. Use “Copiar” e depois clique em “Transferir”. Marque as caixas ‘(0/1) extremidade
inicial e final’, digite 13a21 no campo corresponde e clique em “Transferir” – Figura 10.21.
Figura 10.21 – Tela para transferir informações

Fonte: Autor
Observe com cuidado as extremidades das barras 1/3/4/6/7/12. Estas têm apenas uma das
extremidades articuladas. Com isto, as características das barras ficam tal como apresen-
tado numericamente na Figura 10.22 e visualizado na Figura 10.23.
Note que as extremidades articuladas aparecem como um círculo vermelho. Para verificar
detalhes é possível usar o mouse para selecionar a região do nó. Caso a visualização não
esteja apropriada, é possível aumentar o diâmetro destes círculos escolhendo um ‘Diâme-
tro’ maior em ‘Configuração de visualização’ ( ).
95

Figura 10.22 – Informações das barras

Fonte: Autor

Figura 10.23 – Estrutura do exemplo 2

Fonte: Autor
96

10.2.5 RESULTADOS

10.2.5.1 Casos a serem resolvidos


Têm-se duas combinações de carregamento a serem verificadas, uma para o estado limite
último e a outra para o estado limite de serviço.

10.2.5.2 Estado limite último


A combinação a ser verificada tem a seguinte composição de carregamento: 1,4×G +
1,4(Q + 0,5W).
Verificando na caixa de combinação de carregamentos observa-se que esta combinação
já faz parte da lista pré-definida que aparece na forma: 1,4×(G +Q + 0,5W). Faça, então,
a escolha desta combinação.
Ao clicar sobre o ícone ou no menu principal em ‘Resultados’, surgirá a tela
‘Resultados do Gestrut’, onde nela será possível visualizar todas as respostas referentes à
estrutura calculada.
Lembre-se que com esta combinação de carregamento é possível visualizar os desloca-
mentos, mas não se trata de valores referentes ao estado limite de serviço.

10.2.5.3 Estado limite de serviço (utilização)


A combinação a ser verificada tem a seguinte composição de carregamento: G + 0,4Q.
Esta opção não está disponível na caixa de carregamentos. Então, clique sobre esta caixa
e digite a expressão G + 0,4Q e tecle ENTER para incluir esta opção na lista. Se o ENTER
não for pressionado, mesmo assim é possível visualizar e calcular esta combinação, po-
rém ela poderá ser perdida nas próximas operações. Feito isto, volte para a tela de resul-
tados e atualize o cálculo pelo ícone “Calcular”.
11 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este texto abrange uma parte das funções disponíveis no Gestrut3D. Espera-se que com
a utilização do programa computacional, o usuário vá observando e descobrindo capaci-
dades não detalhadas.
Lembrando-se novamente: sugestões sempre serão bem-vindas.
Espera-se que o programa computacional seja útil a todos e contribua para à tão prazerosa
tarefa da análise estrutural.
ÍNDICE

Barra isolada, 70
A Escala, 73
Estrutura completa, 69, 72
Abrir arquivos, 14
Extremidade articulada, 74
Ações sobre barras
Sistema de eixos, 70
Momento concentrado, 51
Diagramas de esforços, 5, 7, 67, 86
Ações sobre nós, 16
Diagramas de esforços, 7
Alerta
Dicas
Deslocamento excessivo, 66
Diagrama achatado, 73, 74
Estabilidade, 66
Diagrama nulo, 74
Alterar ações, 48
Imagem desapareceu, 73
Apoios por traços, 32 Dimensionamento, 5, 24, 78, 81, 83, 86, 87
Arcos, 56
Distância entre dois nós, 39
Área de superfícies triangulares, 38
Dividir
Arquivos
Barras, 84
Abertura, 12
Articulação
Articuladas, 35 E
Atalhos, 22
Edifícios de múltiplos pavimentos, 56
Atualização de versão, 6
Encontro de barras
Renderização, 11
B Erro
Erro nos dados, 8
Banco de dados, 24, 42, 44
Espelhar estrutura, 21
Transferindo banco de dados, 44
Estado limite de serviço (utilização), 88, 90, 97
Barras, 7, 15, 18, 19, 24, 25, 27
Estado limite último, 88, 90, 97
Excluir, 28
Estrutura
Introduzindo, 22 Desapareceu, 73
Marca vermelha, 28
Estrutura indeformada, 35, 84
Visualizar comprimentos, 31
Estruturas tubulares, 5
Botões
Euler, 88
Copiar imagem, 22
Excluir barras, 28
Transladar, 21
Excluir carregamentos, 94, 95
Zoom, 22
Excluir combinação de carregamento, 48

C F
Calcular, 65
Ferramentas, 26
Casas decimais, 20, 35, 91
Força cortante
Combinação de carregamento, 47, 54, 83
Sinais do diagrama, 51
Continuidade de extremidades, 23, 29, 81
Forças distribuídas, 52, 53
Convenção, 17, 68
Fundir
Copiar barras da estrutura, 38
barras, 65
Cores, 35, 36, 37, 38, 83, 84
Fundo preto, 37, 83
Recuperar padrão do programa, 37
Cúpula, 59, 60
G
D Girar imagem, 22
Grelhas, 56
Deslocamentos excessivos, 66
Deslocamentos nodais, 16
Diagrama completo I
Diagrama da barra individual, 75
Identificação de carregamento, 82
Diagrama de esforços, 69
99

Identificação seções transversais, 43


Índice de esbeltez, 87
S
Informar valor de 'm', 87 Seção circular, 43, 45
Intervalos de solidarização 'm', 87 Seção circular renderizada, 36
Introduzir ações, 48 Seção transversal, 16, 23, 24, 25, 27
Forças sobre as barras, 49 Nenhuma, 9, 24, 25
Forças sobre os nós, 49 Selecionar nós, 32
Sistema global, 16, 18, 30
M Sistema local, 16
Subdividir
m (esp), 87 Barras, 85
Madeira, 5, 24, 67
Medidas, 39
Metálica, 24
T
Modificar carregamentos, 54 Tamanho dos apoios, 36
Modos, 14 Teclas de atalhos, 22
Módulo de elasticidade, 16, 23, 24 Telhados em duas águas, 56
Mouse Transferir propriedades de barras, 25, 27
Deslizamento (arraste), 33, 34 Tubulares metálicas, 5, 24, 67

N U
Nenhuma (cor), 9 Unidades de medidas, 18
Nós, 7, 15, 18, 19, 20, 21, 22, 25
Realçar, 74
V
O Vigas contínuas, 56
Vigas de banzos paralelos, 56
Operações entre coordenadas de nós, 21 Vigas vagão, 56
Visualização, 5, 16, 33, 34, 35, 48, 82, 83, 84, 91, 95
P Barra com articulação, 35
Carregamentos, 47
Permutar, 21 Cores, 33, 37
Peso próprio, 43, 47, 52, 81 Eixos, apoios e forças, 35
Escala, 35
Fonte, 35
R Nós e barras, 35
Rebater estrutura, 21 Rotação com mouse, 34
Recuperar telas, 14 Visualizar, 53, 54, 92
Renderização. Visualizar barra, 15
Encontro de barras, 11 Visualizar seção transversal
Replicar em coordenadas polares, 21 Desabilitar ou habilitar, 26
Restabelecer barra de ferramentas
Diagrama da estrutura completa, 74 W
Restabelecer estrutura
Geometria e ações da estrutura, 74 Wireframe, 11
Resultados, 65
Rotação da estrutura, 21
Rotação de eixos de barras, 23, 29
Z
Zoom, 34, 35, 37

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